paciente Lindolfo Trindade 47 anos procura o pronto atendimento porque a pa está 19 por 11 190 por 110 MM de mercúrio e agora como conduzir esse paciente Será que precisa medicar posso dar alta preciso internar Enfim vou dar todos os detalhes de como a gente raciocina para conduzir os pacientes que chegam com crises hipertensivas no pronto atendimento Olá sou er médico professor nesse canal eu mostro para médicos e acadêmicos de medicina Como atualizar os seus conhecimentos com muito raciocínio Clínico então se você é médico acadêmico de medicina já se inscreve aqui no canal e ativa
as notificações e tá chegando a abertura da 22ª turma do método seja o médico na prática hoje com mais de 4.500 alunos Essa é a sua oportunidade de fazer parte do curso mais completo para atendimentos de emergência adulto são mais de 150 videoaulas com material em PDF casos clínicos prescrições e essas aulas vão se atualizando Além disso todos os guidelines utilizados paraa aula são disponibilizados logo abaixo da aula então você não precisa ficar mais procurando em sites de sociedade guidelines diretrizes ficar buscando atualização em que a gente sabe que sai todos os dias então para
você médico acadêmico de medicina que quer ter tudo isso num único local é a sua chance e com uma oferta mais do que especial no dia 9 de Dezembro eu vou abrir então as vagas para essa 22ª turma com uma condição inédita E que provavelmente nunca mais vai se repetir a oportunidade de se tornar membro vitalício do método seja médico na prática não perde essa oportunidade aguarde no dia 8 eu vou fazer uma Live para explicar com detalhes como vai funcionar e tudo que tem dentro do método para dia 9 abrirem as inscrições te espero
dentro da plataforma crise hipertensiva Esse é um tema que todo médico e acadêmico de medicina precisa dominar muito bem porque todo dia aparece paciente com elevação da pressão arterial quando a gente pensa nas estatísticas 30% da população é hipertenso Então invariavelmente você vai se deparar ou já tá se deparando muito com pacientes com hipertensão e aqui vale uma questão né por conta que a gente sabe E os pacientes também que a hipertensão é um importante fator de risco na vida predispondo a iam predispondo a AVC insuficiência renal alterações visuais e por aí vai como a
gente sabe muito bem e a medicina sabe muito bem da essa relação direta entre hipertensão e desfechos negativos o próprio paciente e muitas vezes a própria equipe os próprios colegas médicos tem uma certa visão errada sobre essa relação direta da Hipertensão com esses desfechos Como assim quando a gente vê um paciente com 19x 11 como o paciente Lindolfo que eu disse no início automaticamente vem na cabeça assim poxa vida esse paciente tá com risco de ter um AVC tá com risco de ter um iam mas na verdade não é o valor em si que determina
esse maior risco de evento não é porque o paciente tá nesse momento com uma pressão de 19x 11 que ele tem maior chance de fazer um AVC de fazer um iam não é essa a questão a relação entre a pressão arterial e desfechos negativos doenças como infarto e i AVC é ao longo de vários e vários anos essa é uma uma dificuldade que muita gente tem para entender essa relação eu olho um paciente com 19x 11 se ele não tá em emergência hipertensiva e eu vou explicar as diferenças se ele não tá em emergência hipertensiva
ele tem o mesmo risco de fazer um AVC um iam do que um paciente que tá com uma pressão relativamente normal porque o fato é que conforme o paciente passa os dias ficando hipertenso e não faz um controle adequado e infelizmente a maioria hoje as estimativas mostram também que apenas 30% dos pacientes hipertenso conseguem fazer tratamento e ainda desses nem todos consegue fazer o AJ adequado da pressão e manter níveis pressóricos normais não consegue Então esse é o ponto que você precisa entender conforme vão passando os seus anos esse paciente que se mantém hipertenso Aí
sim depois de 20 30 40 anos ele tem uma maior chance de desenvolver AVC desenvolver iam por aí vai então é ao longo dos anos e não o valor em si Porque conforme vai passando o tempo e essa artéria vai sofrendo isso todo tu a fisiopatologia que é mul fatorial paraa hipertensão vai modificando essas artérias deixando enrijecida predispondo a formação de placas ateroscleróticas isso não acontece de um dia para noite vai acontecendo ao longo de vários e vários anos e aí por conta disso por conta de formação de placa do próprio enrijecimento arterial isso sim
é que vai predispor a todas as complicações e comorbidades possíveis lá na frente então quando você se deparar com paciente hipertenso automaticamente na sua cabeça você precisa dividir em três situações possíveis um pseudocrise hipertensiva que é a mais frequente do dia a dia urgência hipertensiva e emergência hipertensiva Vale lembrar que muitos guidelines Como por exemplo o europeu não considera urgência hipertensiva para eles não existe urgência hipertensiva mas seguindo a última diretriz de hipertensão arterial de 2021 última diretriz brasileira Traz essa definição sim de urgência hipertensiva por isso que eu vou te passar dessa maneira Então
olha só primeiro pseudocrise hipertensiva o que é pseudocrise hipertensiva dentro desse grupo A gente pode separar dois tipos de paciente Um o paciente que é previamente hipertenso e que não faz controle adequado da pressão e dois o paciente que não é hipertenso que tá apresentando uma crise hipertensiva naquele momento uma elevação da pressão arterial Então isso é importante o que que a gente mais se depara no dia a dia paciente que é hipertenso e que não faz o tratamento adequado e que ele ele costuma falar assim ó ah não é porque minha pressão é 16
por10 esse é o normal da minha pressão ou 17 ou 18 e aí acontece um determinado momento em que ele vai lá aferir a pressão e tá 19 por exemplo aí ele se preocupa fala não mas é porque minha pressão era 16 agora tá 19 esse tipo de paciente Ele tá em pseudocrise hipertensiva Por que pseudo já que ele tá com uma pressão elevada porque não é uma crise é justamente essa condição ele se mantém hipertenso já faz tempo Então esse tipo de paciente vai est com uma pressão elevada e praticamente assintomático é que acaba
tendo componente ansioso ele fica preocupado e tudo mais mas se ele tá completamente assintomático com uma pressão elevada pseudocrise hipertensiva isso é muito frequente também aquele paciente assim ah tô passando aqui na frente de uma farmácia tô passando aqui na frente do posto e vou aferir a pressão E aí vê que tá 18 19 se assusta e fala ah não vou passar em consulta porque tá alta a minha pressão só que no dia anterior ela tava nesse mesmo valor e nos dias subsequentes também porque é um paciente que não faz controle adequado ele é hipertenso
e que não cuida Então esse é o primeiro paciente que chega com pseudocrise hipertensiva o outro tipo de pseudocrise hipertensiva é o paciente que não é hipertenso e que por alguma ansiedade ou dor a pressão subiu vamos lembrar que em situações de estress de ansiedade transtorno de ansiedade ou síndrome do pânico por exemplo ou em situações de dor Ah o paciente tá com a coluna travada um exemplo a pressão automaticamente vai subir por quê em situações de estress ocorre uma descarga adrenérgica com isso é normal e o esperado que a frequência cardíaca aumente e que
a pressão arterial também aumente Então isso é uma pseudocrise hipertensiva que para esse paciente Olha só você não deve passar antipertensivo ele não é hipertenso e sim você deve aliviar aquela causa que tá fazendo a pressão subir por exemplo se for um transtorno de ansiedade um ansiolítico se for dor tratamento paraa dor então pseudocrise hipertensiva esses dois cenários paciente que é hipertenso e que não faz o acompanhamento e o paciente que não é hipertenso e que tá passando por algum momento que fez a pressão subir isso aqui é o mais frequente no dia a dia
e vamos pro segundo tipo que é a urgência hipertensiva Qual é a definição de urgência hipertensiva é o paciente apresentando uma pressão de 18 por 12 ou mais e que tá apresentando sintomas inespecíficos Então olha como que esse valor de 18 por 12 ele é arbitrário não existe nenhum estudo mostrando que acima desse valor é que o paciente vai ter risco alguma coisa não tem então de arbitrária por definição foi colocado esse valor 18 por 12 acompanhado de sintomas inespecíficos então é o paciente que previamente era hipertenso e que ela Possivelmente subiu um pouco naquele
dia e que ele tá apresentando espine um pouco de malestar às vezes uma cefaleia enfim não tem uma precisão de quais seriam esses sintomas inespecíficos Vale lembrar que é importante para esse paciente descartar emergência hipertensiva que eu vou falar a seguir mas então por definição é o paciente com 18 por2 12 ou mais apresentando sintomas inespecíficos e aí por último o terceiro tipo Aí sim é o paciente com emergência hipertensiva que aqui nesse caso é também arbitrariamente atribuído a 18x 12 ou mais acompanhado de lesão de órgão alvo então é o paciente que tá tendo
um infarto tá tendo um AVC secção aguda de aorta E por aí vai um edema agudo de pulmão uma infuência cardíaca descompensada Então nesse caso a gente classifica como uma emergência hipertensiva e que graças a Deus é a minoria das vezes no pronto atendimento então a partir de hoje Toda vez que você se deparar com o paciente hipertenso você pensa nessas três possibilidades e aí sim a gente pode falar de como conduzir um paciente que tá com uma crise hipertensiva tendo essa Divisão a gente vai ver se vai fazer medicamento ou não e quais medicamentos
são importantes dependendo da classificação paraa paciente com pseudocrise hipertensiva se é o paciente assintomático que é hipertenso e não faz controle adequado nesse caso você poderia simplesmente D alta pro ambulatório Aí entra um monte de discussão ah como que vai dar alta o paciente com 18 19 o paciente vai achar ruim a equipe vai falar meu Deus como que esse médico tá liberando um paciente com 18 por10 de pressão vamos lembrar que no dia anterior ele também tava com 18 por10 no diâmetro e assim por diante enfim mas nesses casos você pode dar alta e
encaminhar ele pro ambulatório para fazer o controle adequado ou então você pode ver se o paciente tá fazendo uso ou não de medicamentos e pode até começar um esquema para ele ele por exemplo captopril com Hidroclorotiazida pode ser um esquema útil ali dependendo do se do seu local de atendimento mas para esse paciente você até pode dar um captopril ali na hora não vai fazer muita diferença mas pode e ó captopril não precisa ser sublingual o efeito via oral é o mesmo que sublingual Então isso é mais lenda de ah sublingual Ele é mais rápido
não tem estudos que mostram uma diferença muito pequena de início de ação quando faz sublingual mais rápido então você pode passar vi oral Mas ó não precisa fazer o paciente ficar esperando no pronto atendimento até porque essa pressão não vai abaixar muito então não adianta você passar ele vai ficar ansioso vai ficar mais um paciente ocupando lá o leito ocupando espaço desnecessariamente então para esse paciente você até pode ali passar um antipertensivo da Alta Faz uma receita e encaminha ele pro ambulatório se for associado a dor ou ansiedade você vai fazer um ansiolítico por exemplo
diazepan 5 mg via oral e se for a dor você vai avaliar o tipo de dor o que que tá levando esse paciente à dor e pode fazer associações de analgésica com antiinflamatório e até mesmo o opioide fraco ou forte dependendo da indicação isso para paciente com pseudocrise hipertensiva e na urgência hipertensiva na urgência hipertensiva o guideline Traz duas opções e faz um alerta quanto a uma terceira Primeira opção clonidina 0,1 MG podendo fazer de 01 a 02 que o comprimidinho geralmente é de 01 podendo fazer de 01 a 02 e repetir A cada 30
minutos com dose máxima de 0,6 a vantag agem da clonidina ela faz um pouquinho de sedação também tem ação Central então isso ajuda ainda a baixar um pouquinho mais a pressão então esse seria a primeira escolha segunda escolha captopril de 25 a 50 mg podendo repetir se você fez 25 Você pode repetir dali uma hora mais 25 MG via oral não precisa fazer su linguão então no guideline Essas são as duas principais opções e o guideline traz um alerta no caso de uso de nifedipina não utilizar nifedipina de ação rápida não tem mais mas antigamente
tinha o famoso adalate vinha uma cápsul Zinha com gel fazia um furinho pingava debaixo da língua esse sim tinha um efeito muito rápido fazia uma hipotensão rápida e Severa muitas vezes então isso foi proscrito não deve utilizar nifedipina de liberação rápida mas o nifti Pina convencional pode ser uma opção 10 mg pro paciente podendo repetir A cada 30 minutos a 1 hora com dose máxima de 30 mg Esses são os três medicamentos mais utilizados pro dia a dia é claro que você vai ter que adequar a sua realidade Às vezes você não tem Esses medicamentos
se local Apesar que captopril é muito muito encontrado né mas ainda assim Esses são as três opções e E aproveito para falar de dois medicamentos que não devem ser indicados ali nessa situação e que a gente vê muito infelizmente primeiro furosemida furosemida ele não é hipotensor não vai ajudar a baixar a pressão e simplesmente tirar volume do paciente a furosemida só tá indicado naqueles casos de paciente com gesto que a gente tá pensando numa emergência hipertensiva numa infuência cardíaca descompensada num edema Gudo de pulmão Aí sim para esse paciente furosemida é fantástico agora pro paciente
que tá numa urgência hipertensiva não passe furosemida para esse paciente Esse é o primeiro outro betabloqueador o betabloqueador ele demora para agir ele demora para ter essa ação como hipotensor então de maneira geral na emergência para uma urgência hipertensiva não vai fazer diferença fazer Beta bloqueadora então não utilize também de rotina Atenolol Propranolol porque não vai resolver tá legal então esses são os medicamentos para urgência hipertensiva e por último emergência hipertensiva os medicamentos precisam ser venosos nada de via oral e de maneira geral para cada uma das condições tem um protocolo específico por exemplo se
for AVC se for dissecção aguda de aorta se for iam para cada um desses tem um protocolo próprio mas de maneira geral nitroprusiato de sódio é a a maioria das vezes a primeira escolha por ser um potente um potente vaso dilatador de ação rápida uma segunda Possibilidade é a nitroglicerina menos potente do que o nitroprusiato mas uma boa escolha também ele é mais veno dilatador mais fácil de usar naqueles locais onde você não tem muito recurso onde não tem até mesmo bomba de infusão dá para fazer em microgotas e uma outra um outro medicamento é
o metoprolol injetável esse sim indicado em algumas situações como por exemplo de secção aguda de aorta com o paciente com um iam associado então para esses casos pode valer a pena entrar com o Metoclopramida venoso Então dessa maneira você tem um Panorama Geral das três classes que a gente precisa separar o paciente que chega em crise hipertensiva E aí sim você poder conduzir da melhor maneira então vamos ao caso Clínico do início que eu falei paciente Lindolfo 47 anos com 19 por 11 de pressão tá com pouco de malestar pouco de dispneia fala que tá
assim com um um certo desconforto na hora de respirar você examina o paciente não tem nenhuma alteração não tem creptação pulmonar na na oscula tá frequência cardíaca normal frequência respiratória é normal tudo normal a não ser os sinais vitais a pressão que tá 19x 111 mas no seu exame físico aí por por cautela você até roda um eletrocardiograma tá normal o Eletro E aí esse paciente em qual dos três ele se encaixa pseudocrise hipertensiva urgência hipertensiva ou emergência hipertensiva coloca aqui nos comentários Qual dos três e quais medicamentos você faria para esse paciente baseado no
seu local de atendimento o que você costuma fazer já deixa aqui nos comentários também aproveito Para te convidar que no próximo vídeo eu vou trazer como conduzir com segurança o paciente que chega com a exacerbação de DPOC tema extremamente importante também pro dia a dia então eu já peço que você compartilhe esse vídeo de hoje com seu amigo médico e acadêmico de medicina manda para ele traz ele para cá que é importante demais ele saber como conduzir um paciente com crise hipertensiva um grande abraço e nos vemos no próximo vídeo