Muito bom dia, meus irmãos! Sejam bem-vindos à meditação do dia de hoje. Peçamos a Deus que nos abençoe e nos guarde neste dia, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. Pai Nosso, que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso reino; seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós, dentre as mulheres, e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém. Senhor Todo-Poderoso, nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
No dia de hoje, entramos no Capítulo 22 do Caminho de Perfeição, cujo título é "Declara o que é a oração mental". Então, entramos agora na definição de oração mental. Diz Santa Teresa: "Sabei, filha, que a diferença entre a oração mental e a não mental não está em ter a boca fechada ou aberta.
Se falando, entendo perfeitamente e percebo que falo com Deus, concentrando mais nisso do que nas palavras que digo. Estão juntas aqui a oração mental e a vocal, isso assim é, a menos que vos aconselhem a falar com Deus, rezando o Pai Nosso ao mesmo tempo que pensam no mundo. Nesse caso, calo-me, mas se quereis tratar com tão grande Senhor de maneira cabível, é bom que encareis aquele com quem falais, bem como quem sois vós, ao menos para usar de cortesia.
Porque como podeis falar ao Rei de Alteza ou conhecer as cerimônias que se empregam para falar com uma grande personagem se não conheceis bem a sua e a vossa condição social? Porque é de acordo com a dignidade e conforme o uso comum que se prestam as honras, sendo vital que também saibais disso, se não quiserdes ser despedidas como simplórias, sem nada conseguir. Pois o que é isto, Senhor meu?
O que é isto, meu Imperador? Como é possível suportar semelhante coisa? Sois Rei, Deus meu, para sempre, e não é emprestado o reino que tendes!
Quando se diz no Credo: 'Vosso reino não terá fim', quase sempre me alegro de maneira especial. Louvo-Vos, Senhor, e bendigo-Vos para sempre, pois nunca permitais, Senhor, que me tenha por bom que, indo falar com Vosso, faça apenas com a boca, que é isso, cristãos! Então dizeis que não é preciso oração mental?
Estais entendendo a vós mesmos? Certamente, penso que não sabeis o que falais, querendo assim que todos fiquemos desatinados. Não sabeis como é a oração mental, nem como se deve rezar vocal, nem o que é contemplação, visto que, se não, condenaríeis de um lado o que louvis de outro.
Sempre que me lembrar, hei de unir a oração mental à vocal, para que não vos espanteis, filhas, pois sei onde vão dar essas coisas, tendo tido a minha cota de sofrimento nesse particular. Razão porque não gostaria que ninguém vos deixasse desossadas, porque andar com medo nesse caminho pode prejudicar. É muito importante entender que ides bem, já que quando se diz de algum caminheiro que ele está errado e se perdeu, faz com que ele ande de um lado para o outro, e enquanto fica procurando por onde há de seguir, ele se cansa, perde tempo e chega mais tarde.
Quem poderá afirmar que é ruim se começarmos a rezar as horas ou o Rosário, pensando naquele com quem vamos falar e em quem é que fala para saber de que modo havemos de tratar? Então, olha que interessante esse ponto aqui! Eu até volto aqui quando ela fala da união da oração mental e da vocal.
Quem poderá afirmar que é ruim se começarmos a rezar as horas ou o Rosário, que iniciemos, pensando naquele com quem vamos falar e em quem é que fala para saber de que modo o havemos de tratar? Pois eu vos digo, irmãs: se o muito que é preciso fazer para compreender essas duas coisas fosse bem feito, antes de começardes a oração vocal que ides fazer, teríeis dedicado bastante tempo à oração mental. Sim, não vamos falar a um príncipe com descuido, como falamos a um lavrador ou a uma pobre como nós, para quem qualquer tratamento é adequado, assim, por sua humildade.
Este Rei, se eu, sendo grosseira, não sei falar com Ele, nem por isso deixa de me atrair para si, nem de me ouvir, nem os seus guardas me expulsam, porque os anjos que ali estão bem que gostam mais da grosseria de um pastorzinho humilde do que Ele vê que, se mais soubesse, mais diria do que muitos sábios e eruditos, por mais elaborados que sejam seus raciocínios. Se não se dirigem a Ele com humildade, o fato de Ele ser bom não justifica, no entanto, que sejamos irreverentes, por tolerar o mau odor que vem do fato de permitir junto de si pessoas como eu. Sendo bom, que procuremos conhecer sua limpeza e saber quem é.
É verdade que ao chegar logo se percebe isso. Ao contrário do que ocorre com os senhores daqui, que, dizendo-nos quem foi o seu pai e o que possuem de renda, bem como o seu título, nada mais têm a dizer, porque aqui na terra não se levam em conta as pessoas para honrá-las, por mais que o mereçam, considerando-se apenas as suas posses. Então, paramos aqui neste quarto parágrafo do Capítulo 22, onde Santa Teresa nos ensina que é possível unir a oração mental à oração vocal.
Se nós rezamos a oração vocal, seja o terço, que é uma oração repetitiva, seja alguma outra devoção, sejam orações que, de repente, a gente. . .
Leia em algum devocionário, em algum manual: isso é a oração vocal. Agora, a partir do momento em que nós colocamos toda a nossa inteligência, o nosso sentido, entendemos aquilo que falamos e meditamos no que dizemos, então nós estamos unindo oração mental e oração vocal. E o primeiro passo para essa oração, que Santa Teresa nos indica, é o entendimento de quem somos nós e quem é este outro com quem nós falamos: quem é Deus?
Como é conveniente colocar-se diante de Deus! Eu posso falar com Deus de maneira irreverente e descuidada? Muita gente, às vezes até bem intencionada, pensa assim: "Ah, a oração é a conversa de um filho com o pai.
" É mesmo? Só que, às vezes, a pessoa tem uma relação com o pai, com a mãe, com as pessoas próximas, que é uma relação um tanto quanto descuidada e até um pouco desrespeitosa e irreverente, e transfere isso para a oração ao falar com Deus. E veja aqui, né?
Santa Teresa não está dizendo, nem eu, que nós devemos rebuscar a nossa oração, colocando cem pronomes de tratamento e que se crie toda uma cerimônia para falar com Deus. Não, não é isso. Mas nós devemos partir do pressuposto da humildade, reconhecer que Deus é Deus e merece toda a honra, todo o louvor.
Então, eu não posso rezar de qualquer jeito, não posso falar de qualquer jeito, mas eu devo, sim, me aproximar dele e devo falar como um filho; uma criança fala a seu pai com total confiança. Então partamos disso: humildade para saber quem é Deus e quem somos nós, reverência, respeito por Deus ao lhe falar e a união, o quanto possível, da oração vocal com a mental. Se eu vou repetir orações vocais e tenho em mente com quem estou falando, isso já vai se tornando oração mental.
Que Nossa Senhora nos ajude nesse nosso caminho. No dia de hoje, em especial, nos unamos à Deia e ao Tiba. Tiba sofreu, no dia de ontem, um grave acidente, onde, ao entrar num rio para tirar o seu filho, que estava brincando na água — não estava afogando nem nada, mas ele foi só retirar um dos meninos dele — e acabou batendo a cabeça numa pedra.
Teve um traumatismo craniano e a situação de saúde é bastante delicada. Eles estão, agora, nesse momento, esperando uma transferência de hospital da cidade onde vivem para Porto Alegre e também estão esperando uma avaliação para uma possível cirurgia neurológica. Que Deus coloque a sua mão ali sobre a família da Deia e do Tiba, sobre os filhos, principalmente sobre o Tiba, para que ele, que tanto divulgou e divulga, através do seu canal, a devoção a Nossa Senhora das Lágrimas, que Nossa Senhora das Lágrimas o alcance, o cure.
E por ele nós pedimos: vede, ó Jesus, que são as lágrimas daquela que mais vos amou na terra e que mais vos ama no céu. Que Nossa Senhora guarde a ele, à Deia e aos filhos. Peçamos também à Nossa Senhora que nos abençoe nesse dia: à vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas, livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.
Amém. O Senhor nos abençoe, nos guarde, nos livre de todo mal. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. Deus abençoe e até amanhã, se Deus quiser.