Você já tentou escrever alguma coisa mas acabou travando ou quer escrever tem o sonho de escrever literatura mas não sabe por onde começar nesse vídeo a gente vai te dar alguns princípios básicos para escrever textos literários vamos [Música] lá a gente já sabe que a escrita faz parte da nossa vida o tempo todo né a gente escreve mensagens nos aplicativos a gente escreve textos a gente escreve trabalhos acadêmicos escreve e-mails coisas no trabalho enfim o tempo inteiro nós estamos escreve vendo mas nem sempre essa escrita que a gente faz ela é voltada para algo artístico
ou para algo criativo em geral não e quando a gente pensa na ideia de escrita criativa a gente tá pensando justamente nessa escrita que é uma escrita de textos literários e que explora a nossa criação a nossa criatividade e se você ama ler e ama a literatura que Eu presumo que sim com certeza você já tentou ou já pensou na possibilidade de escrever alguma coisa mas aí a gente quando tá nesse estágio né para e pensa nossa mas por onde eu posso começar como eu posso escrever histórias escrever ver poemas a gente tem aquele desejo
de expressão de colocar no papel os nossos sonhos as nossas anseios as nossas ideias né tudo que fervilha dentro da nossa mente durante uma leitura ou durante a vida mesmo tem essa dificuldade né como que a gente pode começar e dar Passos Digamos que iniciais pra gente conseguir de fato escrever textos literários então a ideia aqui é que a gente comece do começo traçando alguns princípios fundamentais para que você Desenvolva a sua escrita criativa e possa escrever aí Quem sabe no futuro grandes obras então a ideia aqui é pensar em princípios básicos fundamentais e iniciais
pra gente dar o primeiro passo nesse mundo da criação a gente conhece mais referências a gente vai ter para depois colocar isso em prática na nossa escrita então ler bons livros né É fundamental e afeta diretamente a forma como nós estamos escrevendo se cercar de boas referências vai fazer com que você perceba até onde a língua é capaz de chegar por meio da literatura Então é por causa disso Justamente que é fundamental que a gente Leia né o máximo que a gente puder porque a gente consegue se dar conta de que existem recursos na escrita
expressividade sentidos construções ali né das frases combinadas dos adjetivos das imagens enfim coisas que um autor é capaz de fazer um bom escritor que a gente quando se depara é sente aquela aquela sensação assim de agora tá na moda aquela expressão explodiu o meu cérebro né explode o cérebro assim a gente sente aquela sensação de que nossa eu queria ter pensado nisso antes de antes do fulano né quando a gente lê sei lá grandes textos né Vamos pensar em algo muito consagrado a gente tá lá lendo Dom Casmurro e aí de repente o machado vai
lá descrever para nós e a captu com olhos de cigana oblíqua e dissimulada E aí esses momentos você olha e pensa ai por que que eu não pensei nisso antes do Machado ter essas referências nos ajuda de fato a pensar nossa se ele conseguiu escrever algo com essa robustez com essa profundidade nessa qualidade de escrita é porque é possível chegar lá e é possível superar inclusive de certa forma Então vamos sempre pensar na ideia das referências pensando nas referências existe um outro princípio essencial que é o princípio de ler como um escritor até então a
gente pode ter lido por fruição então eu tô lendo por prazer leio os livros que eu gosto né tô fazendo essa vivência Mas a partir do momento que eu sento no na cadeira do escritor digamos assim eu vou aproveitar muito mais a leitura para desenvolver esse lado analítico de ler aquele livro pensando né nossa como o autor desenvolveu esse personagem aqui como ele caracterizou esse personagem para que eu entenda como ele éé eu vou pegar a Vidas Secas do Graciliano e vou pensar Nossa como o Graciliano Ele montou essa personagem do Fabiano para que eu
de fato Entenda como ele é perceba essa angústia interior que ele tem essa limitação essa dificuldade esse jeito meio bicho será que ele me descreveu isso será que isso tá posto em diálogos em atitudes qual quais recursos o autor utilizou para mostrar os sentimentos as características sem tantos adjetivos Será que ele usou ele usou adjetivos de que forma então quando a gente pensa em ler como um escritor a gente tá pensando justamente nesse olhar analítico pros bastidores né aí a gente pode pensar né ler toda uma história e pensa Nossa mas como esse autor desenvolveu
esse enredo para sair desse clímax né dessa situação crítica até a resolução do conflito Como é o estilo desse autor como ele usa a linguagem que expressões ele usa como é o uso dele dos pronomes todas essas coisas tão minúsculas tão escondidas elas formam o conjunto da obra que a gente lê e causam essa admiração que nós temos pelas obras né então quando a gente resolve ler como um escritor a gente resolve Digamos que dse secar as coisas né a gente vai botar na mesa abrir e pensar como que o autor fez isso para que
depois a gente consiga aprender e às vezes até replicar aquelas técnicas né então escrita além de ser uma questão romântica assim de inspiração e de talento né verdade escrita é muito mais técnica né então quando a gente pensa na técnica que existe ali nas nos recursos utilizados a gente é capaz de chegar a conseguir expressar coisas que antes a gente não conseguiria né sem conhecer aqueles bastidores agora um terceiro princípio fundamental para que a gente consiga fazer tudo isso a gente precisa dominar os gêneros literários O que que significa isso se eu quero escrever um
romance ou um poema ou um conto é essencial que eu entenda como eles funcionam porque eu não posso simplesmente querer escrever um romance E aí eu sento e tento escrever né só uma história corrida mas eu preciso ter uma ideia de enredo de espaço de tempo de técnicas narrativas de construção de personagens para que de fato eu tenha mais possibilidades na minha criação inclusive para subverter as regras né a gente pensa em regras do gênero literário não é tanto nesse ponto mas eu posso subverter as características principais desde que eu as domine então é fundamental
que a gente Pense nisso com os poemas mais ainda Acontece muito que com os poemas é ah eu vou só escrever uma frase eu vou cortar ela aqui e vai virar um poema porque parece verso né mas na verdade existe toda uma técnica toda uma estrutura por trás de um poema que a gente precisa conhecer Para conseguir reproduzir então o que que é um verso livre o que que é um verso metrificado que recursos sonoros eu posso ter dentro de um poema para de fato fazer com que isso aconteça com que essa magia do poema
aconteça tudo isso não são apenas conhecimentos teóricos Na verdade são caminhos que você pode percorrer na hora de conduzir a sua escrita se você os conhece você é capaz de percorrê-los de desviá-los de mudá-los você é livre e realmente tem um poder sobre a sua escrita para fazer as suas escolhas agora pensando que você já tem referências você já lê de um modo mais analítico você já tem um conhecimento um pouco mais técnico obviamente a gente não pode pensar deixar de pensar no quarto princípio que é o exercício o segredo da escrita é o exercício
e a prática não existe escritor que sentou uma vez na vida na mesa lá na escrevaninha escreveu o seu livro Uma vez só de primeira e já tava perfeito e nunca mais olhou pro livro e mandou pra publicação isso não existe porque o princípio da escrita sempre é a prática o exercício e Inclusive a reescrita muitas e muitas vezes então quanto mais a gente pratica quanto mais a gente coloca tudo que a gente tem ideio no papel e testa e tira e altera e faz todas essas modificações é melhor vai ser a forma com que
nós escrevemos escrita de trabalho né é um trabalho duro é um trabalho árduo que nos permite fazer toda essa experimentação então aqui a dica principal é não esperar a inspiração chegar se você ficar lá sentado esperando a inspiração Em alguns momentos ela vai até chegar mas em geral os melhores textos eles não nascem de grandes momentos de inspiração os melhores textos nascem do trabalho duro Então procure definir de fato uma frequência de escrita e Aposte nisso né tente Pensar Em que momento você escreve melhor uma boa atividade que me acompanhou por muito tempo foi ter
Digamos que uma espécie de diário assim que você possa escrever todos os dias literatura ou não mas que você possa ter um exercício de escrita diário Inclusive a mão que é uma ótima experiência muito diferente de escrita digital tecnológica e que vai te fazer realmente ter contato diário com as palavras de uma outra forma uma forma muito mais criativa e menos instrumental que que eu quero dizer com isso a gente escreve todo dia sim Oi Fulano tudo bem mensagem de WhatsApp e-mail etc a gente escreve todos os dias mas essa escrita ela é uma escrita
totalmente instrumental ela nos serve para algo útil e ela nos atende naquele momento e depois ninguém vai ficar guardando né mensagem de WhatsApp e e-mail a menos que seja algo muito bonito ou romântico né ou etc mas o o que que acontece é quando a gente pensa na escrita criativa a gente tá pensando numa escrita que foge a um instrumental numa escrita que é um convite pra criação de algo totalmente novo e a partir disso a gente pode pensar em realmente fazer essa experiência de uma escrita contínua todos os dias eu vou sentar e eu
vou escrever um pouco e a partir disso eu vou ver como que é a minha escrita funciona como sou eu escrevendo o que eu sou capaz de escrever até aqui o que eu preciso melhorar de fato são cois que a gente só percebe no Exercício contínuo agora vamos pensar num quinto princípio nós vamos ali escrever todo dia como nós já falamos e nós precisamos nesse processo desapegar da urgência ou da Necessidade ou da ilusão de ser original que é algo muito comum em Quem começa a escrever né Quem começa a escrever vai escrever um livro
vai escrever um romance um poema quer escrever algo totalmente novo né quer Inovar quer Eh fazer algo absolutamente novo e original e olha como ele é o gênio da literatura né e em geral não é assim que as coisas acontecem a gente vai escrevendo e vai percebendo que e como diz aquele ditado bem eh Popular o buraco é mais embaixo e a gente percebe que essa questão da originalidade na verdade ela não é assim como nós imaginamos né Uma das coisas que atrapalha muito é pensar não eu preciso escrever algo muito novo e maravilhoso e
original e isso te trava Porque você vai sentar e vai travar diante da página em branco e vai pensar Nossa mas eu preciso escrever algo muito original aqui mas o que que eu vou escrever que é tão original assim o que que vai ser tão maravilhoso e isso vai te travar e vai te fazer também pensar de uma forma muito crítica sobre os textos que você já fez então Esqueça essa ideia né E quando a gente fala de literatura também a gente está falando de textos que muito dificilmente não vão estabelecer uma relação intertextual com
outros textos seja nos personagens seja na história seja na linguagem seja nos recursos de estilo alguma coisa vai ter em comum entre um livro e outro entre um poema e outro é muito difícil que a gente não tenha realmente relações intertextuais entre os textos e tudo bem né E realmente é a literatura é feita disso mesmo de relação de né uma Digamos que uma retroalimentação assim entre um texto e outro né as palavras elas são a matéria que nos move enquanto criadores de textos literários então é essencial que a gente tenha a coragem de assumir
essa repetição de temas e pensar que não é exatamente a o que nós estamos contando mas a forma como nós estamos contando que faz toda a diferença Vamos pensar um exemplo muito prático eu posso ler Don shot e ver que ali existe um personagem que fica louco lendo livros eu também posso ler Madame bovari do flobert e ver que ali a Yama bovari fica louca entre aspas de ler livros e decide que quer uma vida muito mais emocionante maravilhosa esses dois personagens em essência partem do mesmo Ponto a leitura leva eles a fazer alguma coisa
mas o que a gente tem depois disso de circunstância de consequência e de de todo o resto é muito diferente então a gente pode pensar nisso como uma prova Cabal de que de fato existem relações que fazem parte do processo da literatura e não são ruins elas na verdade enriquecem muito mais o texto e agora para terminar Vamos pensar no sexto princípio que é o princípio de ter um primeiro leitor todo grande escritor teve alguém de absoluta confiança para poder ler os seus textos pela primeira vez e mais importante criticá-los então é muito importante que
você tenha alguém para ler os seus textos Alguém que entenda minimamente do assunto né que não seja simplesmente leitor por prazer mas que ten um pouquinho de conhecimento e senso crítico daquilo e alguém que não vai te fazer Digamos que alguém que não vai ter medo de dizer o que está ruim a gente não pode ter um primeiro elitor que só nos elogia a gente precisa ter um primeiro leitor que nos critique Porque só os elogios eles não bastam a literatura de verdade se faz com muita reescrita foi assim com grandes escritores a gente pode
pensar no TS helliot com s rpal a gente pode pensar no drumon com marrio de Andrade e vários outros exemplos que a gente poderia trazer aqui de autores que se ajudaram a criar esses textos Então vamos desapegar dessa história de elogios no início que a gente quer é crítica mesmo a gente quer deixar o texto muito bom então é essencial que a gente tenha alguém para nos criticar no bom sentido claro né como diz o ditado críticas construtivas certo vamos pensar nisso agora com esses seis princípios eu tenho certeza que você tá preparado para conseguir
aí iniciar a sua carreira de escrita literária né E se você quiser mais vídeos sobre esse tema sobre criação literária comenta aqui pra gente saber ou quais assuntos dentro da escrita te interessam e você quer que a gente explore mais e vai ser um prazer trazer mais conteúdo sobre isso aqui no canal comenta aqui dá o teu like se inscreve no canal e até o próximo vídeo [Música]