Pena de Prisão - Um Olhar Crítico-Libertário

[Música] hoje hoje acho que hoje já dar eu sou um estudante que não sou mais Desembargador eh escrevo mas não nada profissional né porque escrever direito como profissão Acho que são muito poucos né E são mais a cultura manuales né que tem um mercado maior por razões que a gente sabe ou até que não se sabe Ah aula eu dou aula só em pós como professor convidado mas assim o que me ocupo tem diariamente é estudar então acho que no fundo assim com honestidade parece que eu sou um estudante estudante e é um momento precioso

da vida é um precias da vida eu levo assim porque eu estudo literalmente todos os dias e nos últimos 5 anos todos os dias inclusive sábado domingo especificamente niet tanto assim já que eu desenvolvi como a gente viaja muito uma habilidade de estudar mesmo em aeroporto mesmo em viagem então eu consigo assim estudar dentro do aeroporto com toda Então é isso que eu tenho feito e talvez e nisso que eu tenho feito é que surge assim o digamos assim a o pano de fundo né que que me orienta para para essa conversa de hoje que

é essa discussão sobre a pena de prisão que Jader causa eu acho que em ti também é um profundo malestar em pleno século XX nós estamos discutindo o medieval prisional hoje ainda em Porto Alegre né a tem a notícia de que foi morto dentro do presídio de segurança máxima do Estado um uma apenada com a exatamente com toda a estrutura da criação do presídio da idade média e hoje E hoje nós ainda estamos discutindo e ainda somos considerados exóticos aqueles porque colocamos em Pauta essa verdade metafísica parece hoje que é prisão as pessoas parecem que

não conseguem hoje olhar o mundo né sem a ideia judaico Cristão de culpa e de punição que é assim a lógica né de todo o ressentido nietz trabalha muito com isso no livro que eu tô alinhavando parte por aí né né e a lógica que funciona assim já me parece assim eu sofro logo Alguém tem que ser culpado eu sofro logo Alguém tem que pagar por isso que é o sentimento da sociedade em relação na busca de culpados e mais agressivamente ainda no nosso campo que é o Penal em relação às vítimas né a gente

não consegue perceber de que que se sofre sem culpados e quando eu sofro eu tô dizendo que eu sofro né quer dizer o sofrimento meu é o sofrimento que eu suportei e que me levou a isso e que eu participei de todo esse Festival do sofrimento Então é assim hoje hoje me sinto como a gente nós nos sentimos mal tu e eu né J segunda-feira foi o exemplo quando nós estamos fomos discutir a redução da maioridade penal a gente nós falávamos lá né a gente se sente como idiota de ter que justificar isso e o

que é p justificar isso diante da academia né então que eu acho que o simbólico de tudo isso eu acho que tá no momento ainda anterior ao momento racional eu acho que ainda tá carregado em momentos do inconsciente eu acho que sim tem um inconsciente coletivo de que a gente carrega no DNA dessa busca terrível de achar culpados pelo nosso sofrimento mas assim agora tentando aterrisar né Eh parece assim que hoje Hoje nós estamos Marcados pelo senso comum um senso comum agressivo que é colocar os indesejados no cárcere tem algumas pessoas que eu odeio que

eu tenho nojo que eu tenho asco delas e quero me livrar e cada vez mais essa esse senso comum ele se torna espetacularmente agressivo né E como consequência desse dessa verdade que surge do senso comum né a gente tem o discurso ainda mais chão né de que a causa da violência é a impunidade isso passa a ser fé porque a fé independe prova ninguém até hoje provou que a violência diminui com a pão penalização mas nós terminamos acreditando nisso não adianta a realidade no mostrar diferente e e a gente sabe que nunca ao menos na

realidade brasileira nunca nunca se puniu tanto é assim né hoje nós somos o terceiro país do mundo que mais pune pessoas a ONU tá passando um sabão na realidade brasileira Estão dizendo olha pare com isso e os Estados Unidos já estão tentando fechar algumas prisões na Suécia e nós cada vez mais botando gente na na prisão e cada vez mais o discurso da impuri no Rio Grande do Sul eu tenho esses dados aí tomado nota já nos últimos 10 anos a população do Rio Grande do Sul Deve ter aumentado 5 ou 6% e a população

carcerária no Rio Grande do Sul nos últimos 10 anos aumentou 125% nós punimos tanto que não sabemos onde vão colocar os cara todos os presídios do país estão absurdamente abarrotados e nós ficamos se repete tanto esse discurso da impunidade como causa da da da violência que nós terminamos acreditando nisso tu pergunta para qualquer pessoa qual é a causa da violência ela vai ter dizer que é o discurso da impuri nós terminamos acreditando nisso como hipótese superadora mas na verdade nós terminamos E aí esse é o problema do senso comum J simplificando fenômeno complexo vamos lá

porque a característica do senso comum é essa é a simplificação nós temos um fenômeno hoje da violência real ou imaginária eu até acho que é mais imaginária do que real mas não interessa se é imaginária ou ou real Porque sendo imaginária as pessoas vivem como se fosse o Real eh nós temos esse fenômeno e e Nós não sabemos literalmente nós não damos conta do homem criminoso do homem violento Nós não sabemos o que fazer com o homem violento nós chegamos até hoje e no no caminho da humanidade Nós não sabemos o que fazer com estuprador

por exemplo hum é um fenômeno e mesmo que não se pode falar em criminalidade nós temos falar em criminalidades porque a lógica do natário não é a lógica do criminoso colarinho branco que não é a lógica do assassino que não é a lógica do suador que são lógicas diferentes nós temos criminalidades fantásticas bu a pessoa que der resposta ao fenômeno da criminalidade vai ganhar o prêmio Nobel a gente não sabe o que fazer mas o idiota sabe porque o idiota tem resposta para tudo é da características do idiota não ter dúvidas o idiota não consegue

já conviver com a dúvida então ele tem um fenômeno complexo que ele não sabe o que fazer com o fenômeno que é complexo ele simplifica esse fenômeno dando respostas simplificadoras a um fenômeno completo que dá essa loucura que tem eu lembro assim na última eleição tanto os dois últimos candidatos o aio e a Dilma os dois falando sobre superar a violência e o Aécio disse maravilhosamente bem né do Alto do seu porque na verdade assim todo político tem a necessidade de saber de tudo né de falar sobre tudo são gênios tão gênios eh dizia ass

o a que o problema da violência seria superado com a que ele ia superar o problemo da violência com a modificação do Código Penal aumentar as penas reduzir a idade penal de uma criatividade fantástica né nunca ninguém disse isso antes né eu quando eu vi assim digo ó meu Deus como é gênio o n a gente tá estudando há 30 anos já não sabe o que fazer e é tão simples ou seja tu tem um fenômeno complexo que tu não dá conta tu simplifica essa complexidade mas o Terrível é assim que essa verdade do senso

comum essa mentira do senso comum Tu termina acreditando nela e daí tu vai viver na mentira vamos lá se eu acredito honestamente que o problema da violência é impunidade o que que eu vou querer punir cada vez mais eu vou aumentar as penas eu vou criar novos tipos penais eu vou querer cada vez mais uma pamp penalização o princípio da presunção da inocência começa a ser deixar de lado porque eu preciso condenar Moris Olha o processo numa visão condenatória ou seja Tu termina destruindo todas as conquistas clássicas do Direito Penal porque tu acredita mentira e

esse é o problema da mentira e e e na verdade assim Tu termina já se tu pensa um outro olhar tu vira exótico é que é uma dificuldade das pessoas receberem o novo o o Kun fala que nós temos assim são categorias mentais que no São forjadas e que todas o novo que bate nas nossas categorias mentais e que não são por elas recebidas recebem ap pechas de exóticas e nós não damos importância para elas delas eh o que eu gosto de chamar atenção assim é de um exemplo do salo que o salo dá tu

imagina já se nós tivéssemos hoje no Islã discutindo eu e tu discutindo a descriminalização do delito de infidelidade feminina que para nós é ridículo né que as nossas categorias mentais não suportam até a existência da a criminalização da infidelidade da infidelidade feminina e no Islã matam a pedradas a mulher que é infiel Se nós formos discutir isso lá com as categorias mentais do pessoal do Islã nós vamos ser exóticos seriam Os Comunistas que agora querem destruir a família que vai destruir os valores de mumia e assim por diante porque são outras categorias mentais ou seja

é difícil hoje a gente de tentar destruir essa ideia persecutória porque são categorias mentais que são postas e impostas tanto que o delus vai dizer o seguinte que a gente não consegue lutar contra os clichês se não se luta também contra a máquina que produz os clichês as máquinas geradoras do senso comum agora trazendo bem assim para nós para nós bem no nosso canto dos juristas parece assim que a máquina que produz Clichê são as faculdades de direito é assim faculdades de direitos com saber medieval repetidora de práticas consagradas sem uma possibilidade criativa eh uma

espécie de mercado persa do saber que termina dando no que dá ou seja a as verdades do senso comum são passadas já já do PR da criminalidade pelos próprios professores dentro das faculdades ou seja nós temos uma máquina que gera essa imbecilização nossa e parece assim para nos protegermos do Caos nós terminamos nos agarrando em opiniões prontas que são essas verdades do censo comum que o Ratinho Repete que a xerazade rece Repete que o da Atena Repete que esse pessoal todo repete e que em efeito a Cascata alcança toda a sociedade civil né vá nós

discutirmos isso comos nossos pais com os nossos amigos todos vão achar que nós estamos loucos que nós somos aspas os Defensores dos bandidos vem com essas coisas de direitos humanos ou seja falam de coisa que sequer sabe do que estão falando bom mas qual é a característica né do do censo comum já a característica do senso comum quem diz bem isso é marlian xui é saber por ouvir dizer os caras sabem porque ouviram falar e acham que o sabendo por saber falar estão com a verdade definitivo que é a forma o saber por ouvi dizer

é a forma mais baixa de captação conceitual Ou seja é uma espécie de papagaiada e com discurso saboroso o discurso da da filósofo sherazad é um discurso que abala algumas pessoas embora ela não diga absoluta amente nada porque eu acho que ela não tem condições intelectuais de pensar mais abstratamente Hum acho que é um uma reprodutora do senso comum de frases feitas de frases vulgares assim eh os militantes como ela diz né os militantes eu convido os militantes dos Direitos Humanos adotar um bandido olha não se sustenta é momento nenhum é idiotia fantástica e é

é um grau assim de de dois ou três neurônios e que tem esse sentido forte nas pessoas e vamos lá eu o que passa parece assim eh eu acho já cada vez mais que pra gente entender o direito principalmente o direito penal tem que ser de fora do Direito Penal porque o direito penal ele se completa Aim mesmo por isso ele é conservador né já a todas as soluções do da violência do penal está dient do código penal por exemplo a pena de prisão no código penal a a a a punição é para reprimir e

reprovar ou seja se tu vai olhar a a prisão a punição pelo código penal tu vai partir dessas duas verdades mas tu tem que colocar evidentemente alguns interrogantes Anes antes da pena de prisão que foge do campo do direito que tu vai entrar no campo da filosofia ou da sociologia tu tem que saber por que que é prão Qual é o seu sua finalidade se cumpre o seu motivo para que serve para quem serve ou seja tu tem n interrogantes tu tem que colocar para tentar legitimar ou deslegitimar a prisão mas o direito termina o

direito penal termina se Bastando por si próprio né então na filosofia Tu vai dizer de novo né mar sh Ela diz que para Aristóteles a filosofia nasce com espanto né o espanto quando o sujeito se quando quando o sujeito tu começa a perceber que as verdades que nós temos não são verdades e ou com a com a capacidade de admiração né do do Platão n que um fugir da ignorância eu me admiro e tento fugir daquilo que eu não sei é que a idiotia não permite se admirar não permite e é ter o espanto porque

ela tem verdades Eu acho assim o jeito mais fascista é o sujeito ter a verdade é o que se projeta Don da Verdade que isso alcança também alguns de nós no campo do direito no campo das críticas do direito que achamos que temos que criar uma teoria que possibilite a extração da verdade não é mas assim para nit né Eu acho que aí que eu entraria já para nit niet diz assim que a filosofia nasce com Thales de Mileto quando o Tales de Mileto lá na antiga Grécia foi ao mar olhou pro mar e nesse

momento que Ele olhou pro mar na primeira vez na história alguém olhou pro mar e viu água antes detalhes de meleto as pessoas olhavam pro mar e não viam mar viam obra dos Deuses viam posid Zeus A Guerra dos Deuses nesse momento em que Thales de Mileto e olha para coisa e vê a coisa como era e não o discurso sobre a coisa nasce a filosofia Ou seja quando Ele olhou pra água e viu água e e e eu acho assim que nós temos que discutir prisão exatamente o que ela é não o discurso sobre

o que é prisão eu acho que nós precisamos em relação à prisão É nos desiludir é é meio de novo né nitian m né é tentar destruir a prisão amareladas Ou seja é é abandonar essa certeza cotidiana que nós temos de que prisão é resposta saudável para algumas coisas é a partir daí que eu gostaria assim de conversar um pouco né sobre a o plano da prisão mas para chegar na prisão né Eu acho que a tem que conversar já a primeira coisa assim sobre o penal assim vai bem surrada assim uma conceituação de penal

bem direta né claro que pode falar do Direito Penal dos mais diversos locais como tudo na vida né mas para mim o direito penal é a face Mais Cruel Do Poder um poder como todo poder que é inconfiável porque a característica do poder é imbecilizado niet tem uma expressão que eu acho Fantástico ele diz assim paga-se caro por chegar ao poder o poder imbeciles nós que trabalhamos no poder sabemos disso né de como o poder deixa as pessoas idiotas e esse poder esse poder que a gente tá vendo que para heidger acho Fantástico heidger diz

assim quando ele discute com niet ele diz assim que é da característica de todo o poder ser mentiroso trabalhar com a mentira o poder precisa mentir para os que obedecem que eles têm vantagem em Serem obedecidos eu gostaria por exemplo já de de de um debate entre Dilma e Aécio na eleição para presidente ter um detector de mentiras porque é da característica do poder então o poder que é isso que nós sabemos e eu tô falando de todos os poderes que esse poder inconfiável que seleciona algumas pessoas indesejadas para destruir essas pessoas ou seja o

o Direito Penal o crime ele não anda por aí metafisicamente ele é feito por alguém alguém determinar do momento diz isso é crime e responde para isso x anos de prisão em tal regime histórico Ou seja é o poder que faz isso ou seja o poder que elege as pessoas que têm ódio para destruir as pessoas é assim eu odeio o estuprador eu quero me ver livre do estuprador e eu não sei o que fazer com estuprador o que que eu faço eu tipificou a conduta dele no 213 para destruir o desgraçado ou seja essa

é a finalidade do Direito Penal embora gente saiba dos discursos do zafaron gente Espetacular né que vem o direito penal como uma forma de contenção do Poder mas eu acho que isso é metafísico eu acho que na nossa realidade já nós que andamos militando por aí nós sabemos que o direito penal é uma Face do Cruel do Poder para destruir as pessoas ponto mesmo porque não existe o bom poder né Eh o nit tem uma pressão também que ele que eu gosto muito que ele diz assim que o meu grito de virtude se erga contra

tudo o que tenha poder bom E aí surge nessa questão do Poder né um problema ético que é quase insuportável que nós temos que nos dar conta J A pergunta é assim quem é que coloca as pessoas no presídio Nas condições que estão sofrendo do jeito que estão quem é que coloca as pessoas lá em todas essas condições terrível que que nós sabemos e E aí eu acho que não temos que fugir de nós V né diria um bom corintiano né um bom torcedor do corinti o responsável É nós mano somos nós as pessoas estão

no presídio Nas condições que estão no presídio porque nós juristas mandamos para lá não foi a lei porque quem pode isso é uma questão primária da filosofia né quem pode dizer o sim pode dizer o ou não nós que determinamos um de nós denunciou um de nós defendeu e um de nós julgou ou seja as pessoas estão no presídio Nas condições que condições que estão no presídio sofrendo que estão no presídio porque nós juristas queremos ponto nós somos responsáveis éticos pela vida do presídio porque somos nós que colocamos as pessoas no presídio e quando eu

coloco alguma pessoa no presídio algo de mim vai junto eu fico ligado no plano da história para todo sempre com a vida dessa pessoa eu vou preso junto Talvez isso explique porque nós mandamos muito as pessoas no presídio parece que nós temos a noade a necessidade de nós irmos presos juntos de nós sofrermos juntos do outro ou seja o que eu tô querendo dizer já que o nosso atuar não é acético Ou seja quando tu vai fazer uma audiência Quando tu vai acusar alguém quando tu vai julgar alguém tu tá com uma responsabilidade insuportável que

eu acho e agora já num olhar mais abolicionista né que eu tô escrevendo sobre isso que não tem salvação uma sentença judicial no plano afetivo no plano psicanalítico no plano de realidade nenhum ser humano Digno suporta mandar uma pessoa viver dentro como um pasto sexual dentro de presídio central por isso Jader é que eu acho que o direito penal não é para qualquer um mais ainda Advogado criminal não pode ser qualquer um porque hoje nessa estrutura que nós sabemos do advogado criminal é o defensor do um contra todos nós já conversamos sobre isso acho em

algum outro momento já quando o sujeito pratica um crime ou H notícia de um crime na sociedade contra uma pessoa contra essa pessoa que tem a notícia contra ela tu tem toda uma estrutura policial que necessita tem ou não necessita buscar culpados para se justificar perante a sua estrutura burocrática e se justificar perante a sociedade essa coisa aí que nós falamos sociedade ainda não sabia o que que é contra Esse Cara eu tenho toda a estrutura do Ministério Público que precisa buscar as culpados para justificar um discurso fascista que é emergente para se justificar na

sua estrutura se justificar perante a mídia contra Esse Cara eu tenho toda a estrutura do poder judiciário porque a grande maioria dos vies se consideram fazendo parte integrante do aparato de segurança do estado não são garantidores do direito contra Esse Cara eu tenho toda a mídia contra Esse Cara eu tenho toda a sociedade para defender Eu tenho um só um que é o advogado que termina hoje sofrendo preconceito porque ousa defender o um contra todos e mais terrível ainda já começa a sofrer preconceito entre os próprios Advogados ou seja não é para qualquer um eu

acho que a grande maioria de nós não suportaria essa carga da advocacia criminal ou seja não é para qualquer um bu e voltando né hoje parece assim que todas as pessoas querem a penalização o que se deu né Eu acho J que a dramatização da violência nos alcança Eu acho assim que a violência tratada pela mídia ela é vista como espetáculo Hum como algo assim hum cinematográfico né porque a a a violência né a violência ela gera em nós além do Medo a violência gera em nós algum Fascínio nós somos Marcados pelo medo o medo

é algo Fantástico que nós Tend nos filmes de terror na vida e o Lick ferr até diz assim que a função da filosofia o papel da filosofia é tentar vencer o medo porque nós todos temos medo e o medo mais agressivo é o medo da morte né e e eu acho que nesse espetáculo da dramatização da violência eh a mídia apropriando bem isso e a mídia só apropria porque tem um respaldo na sociedade né É É que a gente percebe assim desse Fascínio que todas as histórias infantis por exemplo são baseadas no medo né Eu

acho que nós ficamos infantilizados que que eu quero dizer com isso eh todas as os cantos de ninar das mães é fulcrada no medo né a mãe impinge o medo na criança para vir pro colo para para relaxar que é a história da bula sem cabeça e vamos lá e a A Bruxa Malvada o que mais tem o velho do saco ou seja todas essas histórias são fundadas em nós que nos caracterizam forja em nós o medo e depois a gente tem o medo quando criança vai pro colo da mãe e daí quando a gente

fica grande aparece a dita violência nós ficamos com medo mas agora não vamos mais para o colo da mãe mas nos tornamos crianças daí nós vamos exigir um pai que saia matado todos os velhos do saco que tem aí ou seja eu preciso de um pai punidor de um pai caçador que seja um pai o herói que fique matando os bandidos e e isso termina eu eu vejo assim essa coisa do Medo nessa infantilização nossa é algo isso mesmo a a as pessoas mesmo que vamos lá para explicar isso eu eu eu acho que eu

tô convencido como diz o ramsen né ramsen rasser que o medo e a criminalidade não é a coisa e o seu espelho o medo é maior do que a criminalidade porque o medo passa pela fantasia né bu e e e e na verdade assim a gente tem que vê a violência se é que exige o problema da violência já e deve existir porque todo mundo fala embora eu não tenha percebido eu pessoalmente né aqui na zona sul de Porto Alegre on nós estamos a violência só pode olhar a violência dentro da totalidade ou seja dentro

do contexto histórico Ou seja a a violência não pode ser vista já diante tão só tendo em o direito penal é a fase facee menos Nobre da solução ou da espera ou da superação da violência é o direito penal ou seja o as as contingências gerador da violencia estão em outros locais é falsa o tonco vai dizer que é falsa a ideia de que a violência se esgota na criminalidade isso é mentira existe violência terrível espetacularmente terrível que não é violência criminosa as pessoas que estão morrendo hoje na fila do NSS buscando o atendimento e

que morrem pessoas que morrem de fome que morrem de frio a violência do salário mínimo são violências terríveis uma violência de uma pessoa que morre na fila do INSS esperando esperando uma consulta médica que não chega a tempo ela é muito mais agressiva do que assalto a 10 bancos e isso não é violência Ou seja é é um discurso falacioso de que a violência se esgota na criminalidade existem outras violências que são as a mãe a geradora da criminalidade que não é crime que a gente sabe disso né E na verdade o crime vai dizer

o Garcia pablos né o crime é um problema de todos é um problema da comunidade nasce conosco e ela é eterna eu acho que nós não vamos superar a violência porque nós somos violentos A não ser que nós tenhamos a condição já de superar esse homem nós a vinda do além do homem que fala nit porque nós somos constituído pela violência Todos nós somos violentos Todos nós somos violentos o n temão que diz fantástica fantástica eu acho que ele diz assim diz assim quando eu ouço falar que uma pessoa comete um crime eu não penso

como é que essa pessoa cometeu o crime eu fico pensando como é que eu ainda ainda não cometia esse mesmo crime porque todos nós temos o Gerbe da violência e e esse essa campanha da violência é espetacular o discurso da da velocidade da violência dos meios de comunicação de massa é fantástico hoje Qualquer pessoa qualquer tipo de possibilidade de alguma violência ela é filmada ou seja e esse clima de violência o que que faz consolida um estado policialesco que termina nós sociedade civil legitimando o estado a destruir os direitos do cidadão por exemplo o drama

é tão fantástico e o espetáculo é tão grande que nós autorizamos por exemplo a polícia militar no rio invadir a casa dos Operários que moram nas favelas do Rio nós damos legitimidade a isso e e não existe coisa mais Sagrada do que a tua casa mas nós legitimamos isso pelo pela pel essa coisa fantástica da e e eu tô convencido E aí Jader tu vai dizer grande coisa né eu tá convencido é que essa criação do tipo social bandido ela infunde terror na classe média e nós começamos a identificar os delinquentes com as classes populares

para nossos delinquentes é os favelados são os sem terra são os sindicalizados são as classes marginalizadas acho que a gente não pode ser hipócrita né já nessa coisa assim da da criação do tipo social bandido se nós saímos à meia-noite às 4 horas da manhã na Avenida Farrapos aqui em Porto Alegre encontrar uma pessoa de terno em gravata nós não vamos ter medo nenhum Mas se nós encontrarmos uma pessoa far esfarrapada Nós vamos morrer de medo tanto que o trabalho da Ana uma preciosa colega Nossa juiz de Santa Catarina que a tese de Mestrado dela

foi a reincidência como resposta ao olhar do outro no momento que eu olho pra pessoa com medo da pessoa eu termino identificando essa pessoa dizendo para ela que ela é uma delinquente ou seja só o medo que eu tenho das pessoas diferentes dos da outra classe passa violência e estimula a violência Bueno e a ideia de novo né para superar todo esse espetáculo que nós temos a ideia transmitida pela mídia simplista existe do lado os bons e do outro lado os maus nós os bons eles os maus o mundo dividido entre brancos e pretos e

entre os mocinhos e bandidos e na verdade já a gente vê esse discurso tu deve muito injúria isso né já o promotor dizend nós temos que defender nós os bons deles os maus niet de novo Tem uma passagem que tá no no eomo que ele diz assim o dia que eu conheci o homem bom eu tive nojo da humanidade porque normalmente o dito homem bom é um hipócrita é um fascista é aquele homem bom que quer que os delinquentes vá pra cadeia e que não paga os direitos da empregada doméstica dele e que S Nea

o imposto de renda que compra produtos que vê do Paraguai que tenta corromper o guardinha da esquina é o cara que para no local proibido é aquele que ora no do domingo com a família O pão nosso de cada dia que fala do Perdão Divino mas que quer botar na cadeia todos os outros que não pesos Contra Eles o Terrível nisso tudo J que essa toda essa irracionalidade que tem que alcança a sociedade civil Hum vamos lá eu acho que talvez Jader a sociedade civil tem até o direito de est irracional ante a violência mas

o escândalo é quando a irracionalidade alcança o operador jurídico que é aquele que tem o dever ético de preservar as garantias de cidadão ou seja quando nos pega nos que nos pega esse discurso não alcança o nosso Imaginário a consequência lógica que emerge assim que nós ficamos frouxos na defesa das garantias do cidadão nós começamos a negociar as garantias do cidadão até dando um instrumento teórico para esse espetáculo patético por exemplo de delação premiada que é a loucura a neurose as garantias do cidadão começam a desaparecer e a presunção de violência né a gente viu

no julgamento do Mensalão a presunção de violência começa a ser relativizada ou seja uma conquista da civilizatória que hoje termina sendo derru derru né e bem no cabo assim no sulco né O que termina assim o acusado ru é começa a ser visto como inimigo que os caras Falam até tem o direito penal do inimigo né Eu até diria diferente né Eu acho que quem precisa do Direito Penal é quem precisa de inimigos se eu não preciso de inimigos eu não preciso do Direito Penal Ou seja eu tenho eu passo nesse espetáculo todo tendo nojo

do acusado a presença dele a face dele termina dando asco nos operadores jurídicos o cheiro dele fala faz malas pessoas o zizer que tem um texto dele que diz assim que o que caracteriza o preconceito nosso Pequeno Burguês é o cheiro daí Porque se cria muito perfume né E nós pequenos burgueses bundinha perfumados não suportamos o cheiro da pobreza Esse é o grande preconceito né E nós temos nojo desse cara asco dele mas vamos paraa prisão como justificar jer bom se eu tenho a prisão J me parece assim que eu tenho que justificar essa coisa

estamos de acordo ela não é porque é ela é feita tanto que a prisão a pena de prisão tem 300 anos ou seja é um nada no tema da história o zafaron diz assim ninguém absolutamente ninguém até hoje deu um sentido racional para de prisão nunca ninguém ninguém ninguém nós temos 300 anos de prisão e ninguém não apareceu ainda o gênio que justificasse racionalmente não com o discurso chadano hum infantil eh idiotizado não qu alo sério com argumentos sérios que justificasse a pena de prisão ninguém ninguém ninguém até hoje pro salo né Eh eh o

salo diz o salo recebe assim na teoria agnóstica da pena para ele assim eh ele acha que que que não tem legitimação nenhuma que não tem fim nenhum que a a lei é que a prisão é apenas um fato sociológico que tá aí que a gente não sabe por quê tá porque tá não tem sentido e e e parece na visão do do salo que é uma das grandes funções da pena que não é dita né que é que ela vivifica o crime ou seja manté acesa a dor ou seja o prazer das pessoas o

orgasmo da das pessoas é pelo sofrimento não pelo prazer as pessoas precisam ser que aquilo que eu falava antes do ressentido né precisam viver no passado não consegu enterrar a dor e a pena termina vivificando esse sofrimento não deixa viver o sofrimento que é o gozo do ressentido vamos lá já tô tentando assim de de de de de demonstrar por exemplo vamos lá o caso do goleiro Bruno que é o famoso né na visão do salo é assim surge o problema do do Bruno vem toda a televisão e fica uma semana falando do Bruno do

Bruno Dá uma acalmada passa os 15 20 dias daí é preso o macarrão vem tudo de novo continua mantendo aceso daí dá uma acalmada passa um tempo daí vem as testemunhas começa tudo de novo o sofrimento passa um tempo vem as testemunhas vem tudo de novo daí vem a sentença vem tudo de novo daí sai a condenação vem tudo já passou três ou 4 anos e nós estamos remoendo isso e daí tem a sentença primeiro grau depois vai pro recurso pro segundo grau vai pro Supremo Daí o cara é condenado definitivamente Daí vem toda aquela

volta nó já estão há qu ou C anos daí o sujeito cumpre o parte do regime fechado Daí ele passa pro semi aberto vem todo o espetáculo tu mantém aceso o sofrimento ou seja Tu termina talvez a o sal salo a demora do processo tem esse sentido de vivificar a dor tanto que o salo propõe que se esqueça o crime para tentar salvar o criminoso ou seja parece que a gente tem que fazer tentar não escrever na memória algumas coisas determinadas experiências nós temos que esquecer existe sofrimento na vida já e a gente não não

consegue suportar as dores da vida e a gente precisa esquecer só que o ressentido não consegue esquecer então a pena parece que tem essa tesão neurótica para as pessoas vamos lá não tô querendo dizer que ele não tenha solidariedade pela vítima longe disso que eu tô querendo dizer que o direito penal não tem nada a ver com a vítima a vítima tem todos os direitos em outros locais porque a vítima quer é vingança e o est não pode ser um um repositório da vingança do cidadão eu fico pensando Jad no caso da Bis 200 e

poucas pessoas morreram acho que foi isso né eu fico imaginando o grau do sentimento de culpa de Muitos pais pela morte dos filhos Porque aconteceu um dia x o cara inventou de o imponderável da vida é o a inocência do Devir que fala o niet e de repente tu resolve sair de casa para ir numa boate um fio sobe um pega lá aquele dia tava desencapado o fio que foi o jato para lá e veio para cá que explodiu que naquele dia naquela hora o local que estava que tava o não funcionava o aquele troce

que apaga incêndio ou seja é uma confluência absurda de de troços que acontece mas aí há o sofrimento daquele que te acha culpado por isso que precisa julgar a culpa no outro no ressentimento é aquele aquela filha por exemplo que aquele dia não queria ir na boate e o pai disse minha filha vai na boate hoje o que deixou ir O que fugiu que não ia sabe aquelas coisas neuróticas que todos nós temos é um grau de Sofrimento terrível mas eu vou ter que a vida é sofrida eu vou ter que um dia superar isso

eu um dia eu tenho que deixar de viver no passado e viver no futuro a forma de eu me agarrar no passado é eu querer Vingança tu não consegue enterrar os teus mortos tanto que o niet diz assim Normalmente quando eu ouço o grito eu quero Justiça eu tô ouvindo a seguinte expressão eu quero Vingança então parece assim o que eu tô querendo dizer Jader que a o processo tem essa coisa da vivificação da dor de eternizar a dor quando na verdade a gente tem que esquecer alguma coisa senão a vida fica no passado mas

é uma dificuldade de passar do passado e daí volta para aquela coisa primária que eu falei antes lá né eu sofro Alguém tem que ser ocupado Hum eu preciso achar culpados mesmo onde não tenha culpados porque se eu não achar culpados o espelho reflete para trás e eu vou ter que me achar culpado quando na verdade eu acho agora da visão de que ninguém é culpado de nada mesmo porque na visão de ninguém é responsável por nada nós somos o que somos porque não conseguimos ser diferentes e ponto final como justificar a o subtítulo passaria

assim como justificar a prisão ou de como crer na bondade do carcereiro eu só posso justificar a prisão seu acreditar no bom carcereiro que é uma contradição em termos né porque é da essência do carcereiro ser ma ferol nossol di justificação da pena é dos mais sérios problemas da filosofia do direito ou seja como justificar a violência programada por pela sociedade contra um membro dessa mesma sociedade como é que eu vou justificar essa esse grau de dor que nós programamos a lei da execução penal é um rito que termina programando de como vai ser a

dor Ou seja eu tenho uma violência ilegal que é o crime e eu agrego ao Crime uma violência legal que é a violência feita pelo estado ou seja eu tenho a violência que um pratica depois esse um vai sofrer a violência de todos contra um Ou seja é uma luta desigual porque nós é o terror é o terror que nós sociedade civil estamos programando a dor dos caras é como botar no campo de concentração aliás eu não sei se nós não preferimos já às vezes um campo de concentração do que tá dentro de um presídio

central eu só sei que tanto de uma quanto outra eu preferia a morte do que tanto ir pro PR Central que ir para um campo de concentração bom daí tem os caras que terminam justificar né então claro como só tentar explicar explicar a existência da prisão a necessidade da prisão a primeiro discurso dos utilitaristas né já que que pega assim os manuais ou seja os caras diz assim os utilitaristas que com o fato que a pena de prisão busca evitar novos crimes pelo mesmo a gente aquele discurso que nós ouvimos todo dia né que os

caras diz assim enquanto tá preso não tá cometendo crime que é uma mentira fantástica dentro dos presídios continuam cometendo crimes hoje na Zero Hora aqui de Porto Alegre nós vimos que uma pessoa foi morta dentro do presídio central ou seja os caras lá dentro do presídio continuam cometendo crime mais segunda daí uns desumanos di assim bom mas se eles estão praticando o crima estão praticando em relação a eles mesmos são todos delinquentes mas é mais dentro do presídio há uma infinidade de crimes praticado pelo Estado contra o cidadão o crime que o estado através dos

seus agentes comete dentro dos presídios com corrupção com prática de crime com com com atentado contra os pessoas de maltrato de tudo isso que nós sabemos de tortura daí ind carão bom mas ainda tá dentro do presídio Mas mesmo hoje esse discurso não vinga porque de dentro do presídio os caras coment os cara organizam os crimes que acontecem fora do presídio de novo esse crime aconteceu hoje em aqui em Porto Alegre lá no no presídio de segurança máxima o crime que aconteceu lá dentro foi porque era uma disputa de tráfico de zona de tráfico de

crime de locais fora do presídio ou seja de dentro do presídio as pessoas estão Reunidas praticando delitos fora do presídio Ou seja é uma mentira o curso utilitarista no segundo momento os caras falam as outras correntes da prevenção especial né que é assim que o presídio busca corrigir o cidadão recuperar isso é de uma imbecilidade né já é de uma imbecilidade cinematográfica em lugar nenhum do mundo em curso momento nenhum da história presídio recuperou alguém mesmo os presídios mais sofisticados que estão sendo fechados por exemplo na Suécia o grau de reincidência em torno de 50

e poucos por no Brasil é em torno de 70% ou seja o grau de reincidência é o presídio é um mal em si nunca o presídio recuperou alguém eu acho assim que que quem precisa disso somos nós os juízes do discurso da recuperação o juiz precisa mentir para ele mesmo que tá mandando o cara no presídio para ser recuperado e que ele não quer se recuperar para ele aplacar o sentimento de cubo que ele tem ele não pode suportar a ideia de que ele tá mandando um cara do presídio para ser destruído para ele virar

passo sexual para ele ficar animaliz eu preciso mentir para mim mesmo que tô colocando lá o cara para se recuperar senão eu não suporto a condenação ent o mecanismo da defesa e a mentira é tão grande Agora vamos pegar assim no campo filosófico né que o nit diz assim que é impossível recuperar alguém é impossível mudar alguém porque di oit só pode mudar uma pessoa se tu mudar o passado de uma pessoa que é a tarefa do Impossível e diz assim oit que nós somos uma totalidade que eu sou a minha história a história dos

meus pais Vem vindo que são acumulados em mim numa visão assim eh mas marxiana eu seria uma abstração eu sou a minha história os dois livros que eu li os meus Sofrimentos os meus traumas psicológicos meu pai Dona ros a dona minha mãe dona Rosana meu pai s o Jorge as mulheres que eu tive as mulheres que eu não tive tudo isso essa coisa o meu cachorro o de Alen os filhos que eu tenho os filhos que eu não tive tudo isso foge esse hamilto que explode aqui num contínuo um processo de continuidade a presença

de vocês as pessoas as escolas tudo tudo isso me faz para esse Hilton não ser aqui eu tenho que ter tirado alguma coisa do passado dele para ele ser outro amo Tu teria que me tirar um pai botar um outro pai uma outra faculdade ou alguma coisa ou seja eu sou o meu passado eu não consigo mudar tanto que niet seguia como Norma de vida quando eu tinha 16 anos uma uma frase célebre de do píndaro que até hoje as pessoas dizem que é do niet mas não é dele que ele diz assim que na

verdade a a grande palavra chave da vida para niet é assim torna-te aquilo que tu és que nós somos o que somos e nós somos o que somos já Exatamente porque não conseguimos ser diferentes que é Inocência do dever que fala o n tu não consegue modificar as pessoas ou seja nunca nunca nunca se se corrigiu ninguém terceiro da prevenção geral né daí os caras diz assim não mas aí eu funciona o medo a existência da lei penal a existência do presídio o que que faz intimida as pessoas para não praticar novos crimes hum nós

sabemos que é mentira né já nós estamos cada vez mais aumentando as penas cada vez mais criando os crimes de onos aí que é da nossa geração aí que entende e não adianta os crimes estão acontecendo cada vez mais o direito penal não intimida ninguém ninguém a laau a laau professor de Barcelona ela diz assim que quem a lei penal funciona para quem não precisa da lei penal o exemplo que que ela diz é assim Por que razão nós estamos aqui em quatro né Por que razão nós não cometemos crimes de estupro Nenhum de Nós

vai ser hipócrita ao ponto de dizer que é por falta e vontade tanto não é falta e vontade que isso vai aparecer no sonho na hora que você que a lei da psicanálise desaparece que o inconsciente vem Nenhum de Nós vai ser idiota ao dizer que nós não cometemos o crime de estupo porque está escrito no artigo 203 do Código Penal nós não nós damos razões para não cometer o crime de estupo São razões éticas são razões Morais nós não cometemos o crime de estupo porque nós somos somos educados assim e nós não vamos praticar

crime de estupo tem a lei ou não tem a lei ou seja para nós funciona agora pro manico do Parque não funciona a lei porque ele vai praticar do mesmo jeito tem ou não tem a lei ou seja o nit vai dizer que o limite que funciona é o interno que tá noutro lugar que não está nessa imposição externa porque se essa imposição externa resolvesse nós já teríamos a nossa experiência a diminuição Ele é bem claro Senhor por n assim o que só há o limite moral o autocontrole o autodomínio não há o limite que

vem de fora então vamos lá então também não previne crimes e chega o último momento né no último momento daí os caras vem que que agora eu acho que é o que tá mais na moda daí os caras diz assim como tudo isso não funciona vem os R retribucionista e diz pena é castigo olho por olho dente por dentro daí surge uma pergunta terrível né no plano da da filosofia já se o estado enquanto reserva ética pode ser vingador se o estado enquanto reserva ética pode ser delinquente como todos os outros delinquentes a vingança vai

dizer o nit né é uma herança da nossa animalidade ou seja quanto mais primatas nós formos mais nós somos vingativos Ou seja a a vingança é a herança do primav do ultrapassado a vingança é o momento de moral Ele termina arrematando assim quanto mais humanos nós formos mais nós desenvolvemos a capacidade de perdoar ou seja o vingativo é o animal e o estado não pode ser animal porque quando eu quero a vingança quando daí acontece o o os bobocas são assim muito criativos né Eu vi uma a entrevista da da sh Jad que a secretária

dele tava dizendo assim bom mas se acontecesse esse com o teu filho volta à história eu fico animaliz eu vou querer comer o cara com feijão e arroz mas isso sou eu animal o estado não pode fazer isso nós estamos n outro lugar é outra realidade bem não se consegue desde o meu ponto de vista justificar racionalmente e tanto que o niet diz assim hoje ele veja só o cara quase 200 anos atrás ele disse isso 1876 por aí ele disse o seguinte não adianta a punição macula muito mais do que o crime porque é

de novo a vingança de todos contra um é algo premeditado é algo pensado é algo racionalizado bom mas aí continua a loucura né Mesmo sem justificar icamente a unanimidade defende a prisão mesmo entre os progressistas mesmo os das lutas de classe daí o que eles fazem eles alteram quem vai sofrer a prisão né os caras não tem que botar o sonegador os ricos da cadia não não não a lógica continua sendo a mesma embora a gente saiba que quase 100% dos caras que estão presos hoje são das CR subalterno que são os eleitos tá certo

mas é que se tu muda a lógica que de de buscar a penal outros tipos com o mesmo tipo de prisão tu continua tendo a mesma lógica fascista eu eu sou abolicionista já cada vez mais eu sou mas ainda continua assim né continua essa crença inabalável de que o cárcere inibe a criminalidade mas o que que é isso Jader isso é fé nada mais do que fé porque a fé não necessita de provas a a fé ela se justifica por si mesmo ela é porque é Ou seja é como a crença de que Cristo Nasceu

de Maria virgem não interessa provar ou não invadiu as pessoas pessoas e é tão forte isso né Essa tamanha fé que existe é tão agressivo que impossibilita até o diálogo com as pessoas porque entra no terreno não da Razão entra no terreno da irracionalidade da fé porque afirmar é muito mais segura do que provar e e a crença a crença forte só demonstra que a crença é forte não de que a crença é verdadeira vai dizer o niet bom o ferraioli também vem nesse discurso né ele diz assim que a história das penas é mais

horrenda e infamante do que a própria história dos delitos ou seja as penas são mais infamantes caus mais vergonha para nós homens do que os próprios delitos de novo porque nós temos as penas organizadas por nós organizadas em gabinete e vamos lá todos os caras a gente sabe né o uson vai dizer que é o sofrimento estéril da prisão e para focou a a prisão a função dele é infiltrar os caguetas é despersonalizar é infantilizar as pessoas o Ferrai diz assim que o estado que mata o estado que tortura é um estado delinquente eu até

hoje escrevi no Face isso Jad o estado que permite isso que está acontecendo é um estado delinquente é o estado cafageste mas é delinquente cafageste não só o estado é delinquente o operador jurídico que permite isso porque a gente diz assim o estado fica uma uma distração muito grande né não é delinquente o operador jurídico que permite que essa coisa aconteça dentro dos presídios que sabendo disso tem mas assim o argumento definitivo contra e embora não seja cantiano né Eu acho que vem de cant né que é o argumento que também usa o o o

ferraioli ele diz assim que o argumento contra prisão é aquele o imperativo categórico cantiano de que cada homem não deve ser tratado como coisa mas sim como pessoa e o momento que eu boto o cara no presídio eu agrido o imperativo categórico Universal porque eu vou tratar uma pessoa humana como coisa vou tratar como meio e não como fim e Aí surge assim um problema já que é complicado que é o discurso que os caras vem para ser de nós e é uma constatação terrível prisão deu para prisão ela faliu mas nós não sabemos o

que vão fazer com o homem criminoso e o homem parece assim vai dizer o nit né Jad o homem parece que precisa acreditar no nada do que prefere acreditar no nada do que em nada acreditar o homem tem que acreditar em alguma coisa mas vamos lá embora assim a gente não possa fazer eu acho que aão que diz que nós temos que ser criadores e tentadores eu acho que tem coisas que a gente possa fazer embora a gente não saiba o que fazer coisas Possivelmente tentar primeiro a gente tem que ter consciência já que o

direito penal não resolve o problema da criminalidade por uma razão óbvia o direito penal sempre sempre sempre vai chegar tarde quando o direito penal aparece a vítima já foi estuprada ponto eu não posso fazer nada pra vítima no direito penal eu posso tentar fazer algumas out coisa nos outros Campos do direito todo direito chega o motorista de táxi já já houve o latrocínio quando o direito penal chega o avião da Tan já caiu lá não adianta sempre chega depois é a característica do Direito Penal A não ser que tu esteja um direito penal nazista que

é aquele que tu queira pra usar o direito penal antes que aconteça os delitos como o Hitler fez bem nesse sentido né bom se os judeus são os grandes delinquentes se os ciganos são os grandes delinquentes se os homossexuais são os grandes delinquentes se Os Comunistas são os grandes delinquentes já vão matar Antes hum mas essa não é a função do Direito Penal essa é uma função de uma higienização social que é outra coisa né bom se o direito penal chega tarde Jader Talvez nós pudéssemos pensar em chegar antes do delito que é uma prevenção

mas a prevenção que eu tô falando não é prevenção dessa polícia alesca também pode ser da polícia Alesa né é que todo delinquente Jader ele dá avisos antes de praticar o crime ele emite sinais ele emite sons talvez a gente pudesse ouvir antes o que eu tô querendo dizer já é que ninguém sai de uma hora para outra por aí estuprando não não é assim o cara tá caminhando na rua por que que eu vou fazer o jar tenho n para fazer vou estuprar não se a gente vai pro presídio a gente sabe disso que

trabalhou muito no crime é assim que coisa de ser 60 ou 70% doss caras que comete crimes de estupro foram estupradores foram estuprados quando criança o cara tá dando resposta ao sofrimento dele é o que a psicanálise diz Todo Bem que eu pratico a resposta é um bem que eu recebi todo o mal que eu pratico a resposta é o mal que eu recebi quando nós estamos andando Jader lá no no semáforo lá no centro e um rapazote pega o revólver lá de 20 anos e bota em nós e nos assalta esse assalto começou há

15 anos atrás ele só explodiu naquele momento já houve toda uma violência que ele passou deformação de deformação que teve que chegou até ali ou quem sabe a gente pudesse solidariamente ouvir o sofrimento do outro antes Todo delinquente emite sinais o caso da Suzane halten hofen stofen e ela matou o pai e a mãe o pai psiquiatra mãe psic psicóloga já né Já tá se entendendo alguma coisa não é um no sábado de tarde ela com o guri que ela resolve matar o pai e a mãe essa guria necessariamente deu sinais que não se ouviu

o guri do caso Bernardo lá a sociedade tá toda lá fazendo uma festa e festa no mau sentido né de botando cartaz e tal Possivelmente porque não ouviu os gritos que ouve que agora está lhe dando a culpa só falta o santificar a criança para placar uma culpa foram dados sinais sinais fortes todas as delinquências já dá o sinal a outra talvez a mais forte já Se a gente pudesse quem sabe pensar em paz pais que eu tô falando agora é pai o masculino a gente que trabalha no crime e as pesquisas que tem são

essas tem a do do Trindade aqui de Porto Alegre n que a constatação assim que entre os as pessoas os jovens que estão em conflito com a lei 85% não tem pai mas isso tá te dizendo tudo Jader ou é coincidência é eu fui Desembargador lá no tribunal uns 15 anos já eu acho que quatro ou cinco vezes em 15 anos apareceram pais nos julgamentos sua mãe Ah lá no começo já na ruptura do cordão umbilical na forção do é faltou alguém que INJET a lei com letra maiúscula da psicanálise que é o limite essas

pessoas que não tem o limite e o grande delinquente é o que perdeu o limite tanto que a psicanálise vai dizer que só existe um livre que é o louco porque não tem limite essas pessoas nascem alejadas nascem alejadas e o Terrível que se não tem um pai e o e e esse pai que eu tô dizendo na nossa cultura é o pai homem pode ser uma mulher pode ser um professor pode ser Sei lá eu alguém só que esses caras não encontram o pai e eles vão procurar Principalmente nos lugares menos sofisticados vai buscar

um outro pai Qual é o pai que ele vai encontrar no morro ou seja parece assim que se nós trabalharmos com a ideia da por nit era assim ter filhos era uma questão de segurança do estado não não tô querendo ser fascista né tô apenas dizendo o que n diz que ou seja o que eu quero chamar a atenção é da responsabilidade ética não só dos pais mas de nós como sociedade com os filhos que vê essim que nós estávamos discutindo antes que tô dizer que ten um filho e eu tenho três né é uma

o Diego Filho do meio que vocês não conhecem que é o que é o ligado a ao jornalismo né ele disz que é uma responsabilidade ética ter filhos é nós vão ter que pensar nisso porque qu porque 80 esse dado tá gritando jadre 85% dos caras estão aí Bueno Eu talvez assim que nós não conseguimos dar conta né do fenômeno mas eu acho que nós precisamos já da mentira da mentira prisional e a mentira causa efeitos o o Heider né quando trabalho com n que ele diz assim como causa efeito a mentira por exemplo ele

diz assim que a ideia de danação eterna Jader a danação eterna lá no no inferno que não existe Olha o efeito que causa nas pessoas ou seja a mentira causa efeitos é metida de que a prisão causa efeitos benéficos ela é forte e e e parece que nós temos Fazendo de Conta que temos uma solução e nós precisamos dessa voltando né nós precisamos dessa mentira prisional para provar que nós somos bons e eles não são bons quando na verdade eu não tenho dúvida que todas as pessoas que estão no prío são iguaizinhos a nós iguaizinhos

a nós são homens pessoas humanas como nós que pegaram os crim deles não pegaram os nossos que sofreram mais ou menos são pessoas como nós que não há diferença entre o juizz e condenado entre o promotor e O Condenado entre o advogado e O Condenado nós somos humanos humanos em Tod a dimensão com Sofrimentos com dores com Como assim quantas vezes no tran nós matamos as pessoas né o cara que te corta a frente e acho assim que nisso né também acho que é agora é mais terrível eu acho que é um gozo de botar

os caras no pres o gozo em destruir o outro eu acho que tem muitos de nós operadores jurídicos e nisso aí tenho que pegar os juízes porque é o que dá a Palavra Final acho que é um que acho que é uma questão de gozo já são prisões absurdamente irracionais irracionais que não tem o menor significado que tu só vai explicar como o fenômeno do inconsciente como um gozo né Ou seja é tão terrível isso assim o troço do gozo que apesar de todas as denúncias prisionais já tu tá nisso há 20 anos eu tô

há 40 anos o teu pai tá 50 outro tá 100 anos sempre houveram essas denúncias Prision e nunca se Fez absolutamente nada é gozo é gozo nós queremos isso eu lembro assim uma colega de de caxis Um dia disse essa história de que não tem dinheiro para presídio é uma grande mentira o governo roto fez parece foi o rigoto fez a a transpol aquela a rodovia de asfalto da de Caxias até a praia né Para dar transporte pros gros não que não seja importante mas só aquele dinheiro ele tinha solado o presídio de todos os

presídios todos os presídios do Estado do Rio Grande do Sul foi uma opção foi uma opção a opção da Rodovia do Parque essa aqui é uma opção tem o dinheiro tem o dinheiro o problema é que nós não queremos ou seja não adianta denunciar tá sabendo que tá acontecendo isso mas nós queremos isso já ou seja nós parece que precisamos deles como criminosos perpetuando como sofredores eu acho que nós terminamos a uma agressão moral fantástica né com essas pessoas eu terminaria de novo com niet né Eu acho Fantástico essa essa ideia dele que ele diz

assim e pega ele não tava quando ele disse isso ele não tava falando já em relação aos presídios Então vamos sobre a vida aspas né ele diz assim o que revolta no sofrimento não é o sofrimento em si o que revolta no sofrimento é a sua falta de sentido ou seja parece assim pegando o presídio né O Que revolta não é o sofrimento do presídio O Que revolta é o sofrimento sem o menor sentido eu acho E aí retomo o niet né que ele diz que quanto mais nós desenvolvemos a capacidade de perdoar mais humanos

nós nos tornamos que nada mais é da que a fala do sujeito de 2000 anos atrás que é Pai perdoa porque eles não sabem o que fazem i