o olá camaradas me chamo caetano e essa nosso canal sobre questão agrária na aula de hoje a gente vai trabalhar o conceito de campesinato falar do campesinato hoje é falar sobretudo do território rural a partir daqueles que mais precisam dele e a partir da sua classe trabalhadora a partir dos povos do campo o campesinato enquanto classe ele se materializa a partir da relação terra trabalho e capital sobre essa relação a gente fez dois vídeos é muito importante que você veja para entender melhor como funciona o artesanato enquanto classe o primeiro vídeo é um vídeo chamado
o que é classe social que a gente trabalha a diferença das classes sociais no meio rural e no meio urbano e o outro vídeo é um vídeo sobre a renda fundiária o conceito de campesinato ele é construído historicamente pela sociologia rural e essa sociologia rural ela tem uma base fundamental marxista tô marx ele trabalhava os camponeses como uma unidade econômica a autônoma e patriarcal e na visão de mar ele ele trabalhava também o campesinato enquanto classe com nunca pensou uma classe mais passiva do que a tiro então assim a gente tem que tentar também entender
o contexto em marcos no seu tempo histórico a massa ele vive no século 19 e nesse século 19 ele tem uma grande mudança social e urbana e paisagística que estava acontecendo no mundo que era o processo de industrialização então é lógico que o foco principal da obra de março foi sobre esse processo de industrialização e a classe que energia a partir desse processo que era a classe operária calça é hoje a principal referência quando a gente está falando de questão agrária inclusive o livro que causa que pública que é o livro mais famoso dele é
um livro chamado a questão agrária onde ele vai pegar os conceitos que marque em deus desenvolvem no terceiro volume do capital e aplicar isso a partir da realidade da alemã oi e aí o que é que causa que percebe em relação ao campesinato ele diz que o campesinato ele não pode ser tratado mas como aquele grupo auto-sustentável que era antes do capitalismo na visão de country que o capitalismo ele transforma o camponês e uma outra coisa que não é mais aquele camponês autônomo aquele camponês que faz agricultura de subsistência campesinato ele vai desempenhar um duplo
papel na economia capitalista ele vai ser ao mesmo tempo o chefe da sua família da produção e fornecer trabalhar para a subsistência daquela família mas vai ser obrigado também a fazer um excedente e vender a sua produção para ter capital de renda e portanto sobreviver na sociedade capitalista causa que ele também vai ser um grande defensor do modelo de reforma agrária coletiva então para ele ohm eu faria se desenvolver quando substituísse os métodos pré-capitalistas de produção como a servidão ou como a escravidão e o latifúndio por grandes empresas coletivas e estatais e no qual os
camponeses pudessem a partir do cooperativismo a partir do apoio estatal se desenvolver e funcionar como empresas coletivas empresas estatais que fizessem uma produção capitalista para o meio rural para essa ideia de causa que sobre transição socialista no meio rural lei ele vai trabalhar o campesinato como um protagonista político a partir da luta de classes para lene o campesinato ele era o proletário em potencial então ele tem tanto potencial revolucionário quanto a classe operária e nessa ideia é que nem me vai colocar em destaque a questão da aliança operário-camponesa e dizer que o campesinato ele é
tão importante para o processo revolucionário quanto e urbana classe dos trabalhadores urbanos no caso os operários e aí essa ideia de ler e aliança operário-camponesa vai fundamentar a própria simbologia do comunismo a força e representando os trabalhadores do campo e o martelo representando os trabalhadores das cidades a saia 9 ele vai trabalhar a economia camponesa a partir do seu equilíbrio econômico e dentro dessa lógica ele vai ser muito crítico a o modelo de reforma agrária sobre terra estatal e coletiva que foi o modelo das cocôs modelo soviético baixa dizer que o havia também um grande
base na união soviética dentro do processo revolucionário onde de um lado uma parte que estava mais ligada às cooperativas de operários e cooperativas de camponeses defendiam cooperativas mais autônomas e a outra parte que foi a parte vencedora defendia esse modelo de cooperativa estatal que foi o modelo da reforma agrária soviética e sai a nova ele era crítico deste modelo porque ele dizia que isso atrapalharia o equilíbrio econômico doméstico das famílias camponesas então ou seja desde uma propriedade autônoma o camponês ele tinha condições de ser equilibrar entre a subsistência e o o que ele pudesse ter
ir para achar nove esse modelo de cooperativa estatal ele desde aquele brava porque a maior parte do louco não ia parar na família camponesa e sim e a parar nas mãos do estado então chayanov ele vai ser um grande defensor do modelo de reforma agrária parcelar que foi alguns dos modelos adotados em diferentes socialistas do leste europeu como por exemplo a polônia e também é um modelo que é vai ser adotado no brasil nos programas de reforma agrária no brasil a maior parte dos assentamentos que temos hoje no brasil é um assentamento baseado através dessa
reforma agrária parcelar toda ferida puxar norte também você vai ter um outro intelectual chamado da alesc que vai ser também um grande defensor desse modelo da reforma agrária passa lá e ao mesmo tempo crítico do modelo de produção das cocô soviéticas e galeski ele vai trabalhar com a ideia de uma dupla caráter da e a mesa então ele vai dizer que o camponês ele ao mesmo tempo já estou da sua família e já estou da sua produção e aí ele vai colocar aqui são de leva quando ele vai fazer uma metáfora dizendo é mais importante
o camponês comprar uma geladeira ou um prato então se a gente pensar quanto unidade doméstica a geladeira ela é fundamental se a gente compensado quanto unidade produtiva um trator também pode ser fundamental ea partir desse dilema é que galera que vai complexificar essas relações econômicas que não é simples você falar de uma população geralmente mais pobre do que a população urbana e ficar lei determinando qual tipo de política pública que ela população vai ter ah não cara que compra geladeira no lugar de tratou é ignorante não não é muitas vezes a geladeira é muito mais
importante do que o trator justamente porque é fundamental para armazenamento de alimentos armazenamento de sobras de alimento reaproveitamento de alimentos em conservação de alimentos tão e é isso vai depender de caso para caso e é sobre essa complexidade que galera fala e afirma no seu trabalho o outro eu tô muito importante para entendermos a teoria do campesinato é ou se é carlos mariátegui josé carlos mariátegui ele vai analisar a questão do peru e vai concluir que a gente não pode dizer que a maior parte da população camponesa do peru que é também indígena a gente
não pode tratar essa população somente sobre o lado da cultura do índio ou somente sobre o lado da produção pelo contrário eles são ao mesmo tempo índio e ao mesmo tempo camponeses ea partir disso que você é carlos mariátegui ele vai receber unificar a luta que amoleça com uma luta prioritária no sul global principalmente em países que não eram países industrializados como é o caso do peru e como era o caso toque do brasil na década de vem ele vai dizer que não sou global a a educação do peru mas assistente também para a maior
parte da população do sul global os camponeses são a classe prioritário e a principal classe de resistência quando a gente analisa as clássica pesinato na história do brasil a primeira pergunta aqui no joelho é quando é que aparece os camponeses na história brasileira tem um grande explorador chamado palácios ele vai dizer que o campesinato essa para começar a aparecer na documentação brasileira a partir do ano 1700 você vai ver um grande número de relatos em uma população pulseira pequena proprietário de terras em média a proprietária de terras que vai aparecer seja na atividade econômica complementar
a cana-de-açúcar seja também em zonas do sertão em zonas de pecuário e alguns outros atores vão trabalhar sobre a economia indígena e o que eram os povos indígenas aqui no brasil e vão perceber que havia algumas populações indígenas no brasil que eram grandes populações agrícolas principalmente no interior do brasil então lindo brasileiro parte dessa população indígena era uma população também agricultura e dentro do conceito histórico mais flexível e mais complexo e campesinato a gente pode encontrar no brasil alguns grupos indígenas que se caracterizavam como gente espero anos ou seja ao mesmo tempo indígena e ao
mesmo tempo camponesa e mesmo agricultura praticada pelos povos tupis-guaranis também vai são agricultura fundamental para trabalhar a a própria culinária nordestina hoje então muito a sobrevivência dos pobres no brasil na colônia seja o escravo seja quer saber cultura indígena ela foi essencial foi essencial cuscuz foi essencial a união e foi essencial a macaxeira essencial fruta-pão essencial é essencial caju essencial cajá ou umbu-cajá então essa culinária principalmente aqui no nordeste que a gente tem uma herança muito grande dessa parte de carboidratos da culinária indígena ela é também parte uma herança indígena mais uma herança de uma
tradição camponesa própria a própria cultura indígena e alguns outros autores como robert slenes vamos falar que entre os escravos vindos da áfrica mesmo na produção de plantation no engenho de cana-de-açúcar havia o que o autor vai chamar e o ciro flamarion cardoso também vai chamar em brecha camponesa então havia uma brecha ellen produção camponesa dentro desse sistema de plantation que fazer com que o escravo pudesse ali na senzala numa terra a pesada produzir a sua horta a sua agricultura de subsistência então gente para controle campesinato é uma classe social que existe seja desde 1700 ou
seja antes mesmo da chegada dos portugueses né se você quiser ter uma visão é mais flexível desse conceito de campesinato então nós vamos entrar aqui nesse debate aí nossa ideia não é essa mais entendemos como principalmente depois da abolição da escravidão essa classe social que vai ter a sua base negra sua base indígena e sua base também na população pobre branca brasileira principalmente os imigrantes no caso do sul do brasil essa classe social ela vai forjar historicamente o que a gente entende como culinária regional o que a gente tem como tradição local o que a
gente entende como folclore o que a gente entende como cultura local e amazon da gente essa classe que vai fornecer ao meio rural há uma alternativa que seja economicamente viável mas que também não extermínio em vidas nós termina a população não extermínio a natureza que seja ao mesmo tempo resiliente sustentável com o meio ambiente e quem valoriza a produção local a cultura local a culinária local e é isso que a gente tem visto hoje na sociedade brasileira algumas soluções alternativas que vem surgindo e comercialização camponesa seja na alta culinária que cada dia mais valoriza esses
essa coisa dos produtos típicos do produto ecologicamente correto e tudo isso a gente tá falando nada mais nada menos que uma cultura alimentar e uma forma de produzir autenticamente camponesa que lógico que num país de dimensões continentais como o brasil ela vai se desenvolver historicamente diferente de forma diferente é sobre cada região do brasil então é isso gente espero que vocês tenham gostado e a gente vai tentar aqui tá sempre postando esses vídeos a terça-feira se inscreva no canal mais uma vez eu peço que se inscrevam e um abraço a todos vocês ah tá mas
é