a terra em transe dirigido por Glauber Rocha e lançado em 1967 apresenta e ilusória crença alimentada por intelectuais políticos e militantes de esquerda na década de 60 em uma aliança de classes que supostamente seria capaz de garantir a democracia e reformas políticas de base abrindo um Novo Horizonte de lutas Embora tenha servido singelo Alerta sobre pretensões imperialistas o discurso populista da esquerda visando o poder o cegou quanto assim potências as promessas o movimento do cinema novo sem perder de vista a crítica ao domínio estrangeiro se recusa compactua com a união de classes em seu Manifesto
uma estética da Fome Glauber Rocha rejeita celebração A Crítica da modernidade ele enfatiza que somente a partir da Consciência do subdesenvolvimento ir a fome que é possível superar o estado de miséria o cineasta haveria no cinema novo um senso de que o atraso insensibilizado da América Latina era reflexo do avanço dos países supostamente civilizados e que o seu desenvolvimento tecnológico e industrial foi obtido a custa dos países periféricos com ajuda de elites locais em terra em transe de Glauber Rocha recupera o tema da consciência revolucionária em vez de tratá-lo como uma possibilidade real ele trata
como um problema no presente Glauber reconstrói novamente e em termos alegóricos a crise política vivida no Brasil lá na época do golpe a Trama se desenvolve em Eldorado que vive um impasse revolucionário que o divide entre forças conservadoras liderados pelo Senador dias e forças progressistas liderados pelo governador da Província de alecrim o Vieira também o candidato mais cotado para vencer as eleições presidenciais o dias disposto a o poder a Qualquer Custo planeja um golpe com ajuda da empresa multinacional Sprint para depor o então Presidente Fernandes e impedir assim as eleições presidenciais já que ele sabe
que não vai vencer o início do filme mostra agitação no pátio do Palácio do Governo da Província de alecrim bem no instante do golpe o Vieira chega no palácio e é recepcionado por militantes políticos secretários do governo estudantes repórteres e sindicalistas ele ouve então que o presidente exige a sua renúncia em 5 horas e É nesse momento que junta-se ao grupo o jornalista e poeta Paulo Martins figura maior do filme E o único que exige uma postura revolucionária de Vieira naquele momento o governador não quer derramar sangue e ordena que se dispersa e os resistentes
em seguida Paulo abandona o palácio decidido a lutar pelo que seria o começo de nossa história o carro em que estava atravessa uma barreira policial é ali na estrada e Paulo é clivado em morto a balas antes de morrer ele recorda-se de tudo o que se passou na sua vida até o deslance do golpe o filme nos mostra algumas vezes na narração do próprio personagem a sua memória à beira de desaparecer pois o Paulo está prestes a morrer é na memória de Paulo que dobre vai construir a sua interpretação histórica sobre o caminho que levou
ao fracasso do projeto populista e pretensamente revolucionário no Brasil lá na década de 60 uma das questões também terra em transe é o problema da decisão política quando a revolução Deixa de ser Miragem e se encontra no alcance das mãos embora a consciência de Paulo vacile no decorrer da trama pois ele julga ser necessário um líder Em outro momento acredita nas promessas de um político populista assim como também despreza e umas massas ao mesmo tempo o vira o contrário preferem resignar-se ao ver o sangue derramado e ele chama sangue de inocentes e o Paulo pergunta
a ele quem são os inocentes Afinal todos em Eldorado são responsáveis não apenas os opressores mas também os que adiam a luta contra a opressão os líderes demagógicos atolados em compromissos falsos que se sujeitam a pedir favores em vez de tomarem a força o próprio povo que nas palavras do Paulo sai correndo atrás do primeiro que eles a cena com uma espada ou uma cruz portanto não há inocentes Eldorado os cartazes que aparecem nos comícios do Vieiro estão em branco o que é sintoma de um povo que nada exige e também de um líder político
cujas palavras nada dizem o palanque do candidato mais se parece com um carro alegórico da escola de samba porque Ali temos passistas temos música e temos fantasias e na sequência que Glauber contrapõe a campanha de Vieira aos discursos do dias não se ouve o que vira fala o público propositalmente por o ato ele nada disse que deve ser levado a sério daí o acompanhamento musical circense que embala entonação de sua fala é como se ele estivesse se divertindo o povo fazendo aquela gente de palhaça gigas por outro lado já é Solitário seu discurso é um
monólogo e ele nunca está acompanhado do Povo ao contrário sua postura era estou prática O que é acentuado pela posição da câmera num ângulo contratou G nisso afinal se resume na Perspectiva do Glauber Rocha aliança de classes ou a frente única defendida pelo populismo na época como uma mutuado de representantes das mais diversas camadas sociais portadores os interesses mais distintos e sem a menor coerência de princípios cover Jerônimo e E aí Eu não tenho medo meu filho Fábio você optou em e fale hum E aí G1 E aí Olá eu sou o único cobre um
operário foi presidente do sindicato espelhamento das classes acho que tá tudo errado e eu não sei mesmo que fazer para estar numa grande crise e o melhor aguardar a ordem do presidente eu estou vendo que o povo o imbecil um analfabeto não despolitizado e Já pensaram Jerónimo no poder ir o planeta é hoje eu vou falar agora é hoje eu vou falar a licença do doutores São Jerônimo faz a política da gente mas São Jerônimo no é o povo o povo sou eu que tem os sete filhos meu demorar aí E aí a música e
amigos e o amor seja o a E aí e eu quero nada ainda o Jerônimo de fato não é o povo ou se ué Ele só o é na medida em que representa a para Elite aquilo que esse pensa ser o povo é Sara agitador do gabinete de Vieira que diz que gerou em meu povo é Aldo ou militante comunista que criou o silêncio a bala para que ele possa falar e é o político velhaco que finalmente o em coragem e ele mesmo Jerônimo não diz outra coisa senão o que tá as pessoas querem que
ele Diga ou seja temos lugares-comuns súplicas a legitimação implícita da autoridade constituída já imaginaram então Jerônimo no poder bem pela sua atitude submissa e ele jamais chegaria ao poder e é o segundo Homem do Povo o que eu dar conta da sua miséria objetivamente sem nenhuma Súplica produzem intolerável que a miséria em estado bruto sem o verniz de um discurso ideológico edificante assim esse homem logo em seguida é acusado de extremistas e agredido pela própria esquerda que seria então uma esquerda moderada que por sua vez não está disposta a revolucionar em defesa do Povo mas
apenas dar manutenção A reformas que adiam a luta revolucionária e Eu não eu não eu não