A Eucaristia (Parte I) I Catequese Tradicional #025

[Música] Olá sejam bem-vindos meus caros alegria poder estar com os senhores aqui novamente e começando agora o nosso dando continuidade na realidade as nossas aulas relacionadas ao catecismo de São Pio X e hoje especial nós vamos começar um outro ciclo das aulas relacionadas aos sacramentos né Nós Já terminamos o batismo terminamos a confirmação E hoje nós vamos entrar talvez no momento mais especial das nossas aulas referentes aos sacramentos e porque hoje nós vamos tratar do Sacramento da Eucaristia né esse Sacramento pela própria grandeza que ele possui que nós vamos tentar trazer resumidamente tudo que a

igreja nos ensina sobre este Sacramento ele terá uma duração maior no nosso curso né é um curso que será um pouco mais longo eu estimo eu acho que pelo menos quatro aulas em torno do Sacramento da Eucaristia devido à necessidade de nós entendermos de forma precisa e ampla todos os desdobramentos deste grandioso Sacramento tá então os senhores já puderam perceber aqui no quadro Eu dividi o Sacramento em três palavras três expressões melhor dizendo que serão na verdade três grandes blocos né o primeiro bloco que começa hoje nós vamos tratar da questão da presença real e

no desdobramento da presença real os efeitos e os modos como a presença real acontece no sacramento portanto esse bloco aqui eu penso que dará duas aulas acredito eu e será o nosso primeiro bloco em relação a esse Sacramento o segundo bloco nós vamos tratar da Eucaristia como comunhão é o momento em que nosso senhor Jesus Cristo vem até nós no sacramento Então nós vamos ver como é essa essa participação na vida de Nosso Senhor o que ele causa na nossa alma quando ele vem até nós as disposições necessárias para recebê-lo será o segundo bloco e

o terceiro bloco que também vai ser bem longo vai tratar provavelmente eu vou tentar dar todo em uma aula mas talvez não seja possível nós vamos tratar da Eucaristia como sacrifício e aí nós vamos tratar da santa missa tá então eh como é eu diria que esse grande bloco da Eucaristia ele vai ser um ciclo importante dos nossos estudos por quê quando nós nos debruçamos sobre o catecismo de São p x e todos os catecismos do catecismo Romano os catecismos que depois foram publicados o sacramento da Eucaristia aparece sempre como o terceiro Sacramento né batismo

confirmação Eucaristia Essa ordem não tem nada a ver com hierarquia tá ela só foi feita na igreja porque para que nós possamos receber este Sacramento nós precisamos ter o batismo e a vida da graça porque é a única maneira de nós conseguirmos o frutos deste Sacramento mas analisando teologicamente e pelo que a igreja ensina a Eucaristia é o maior de todos os sacramentos por quê Porque é um Sacramento que traz o próprio autor dos sacramentos ou seja esse Sacramento traz aquele que criou os sacramentos ou seja ele está muito além dos outros sacramentos porque a

é de onde vem a fonte dos outros sacramentos que nós vamos estudar daí a sua importância ele só tem essa posição em terceiro lugar para uma questão didática né você precisa primeiro receber a vida da graça para depois comungar mas analisando separadamente é o mais importante de todos os sacramentos tá então portanto a nossa aula hoje Se concentrará toda na presença real por que que começa por isso porque a igreja ela vai começar a mostrar primeiramente todos os ataques que o sacramento recebeu durante a história e esses ataques sempre estão Associados a erros sobre o

entendimento dos sacramentos né até século XV mais ou menos não foram muitas as objeções em torno do Sacramento da Eucaristia a Igreja refutou muitos deles até com uma certa eh desenvoltura e depois até com alguma dificuldade mas não não teve tanto problema quanto a isso quando veio a reforma protestante é que muitas outras críticas mais aguçadas e mais profundas surgirão em torno desse Sacramento tá então a gente vai tentar analisar um pouquinho desses erros relacionados à presença real pois bem né primeiro grande erro quanto à fé na presença real de Nosso Senhor na Eucaristia ele

vem lá dos primeiros séculos da igreja século 2 e século 3 com a heresia dos docetas esse essa heresia ela negava uma existência material de Jesus Cristo Jesus Cristo era um espírito um fantasma Um ser puramente espiritual que veio ao mundo para realizar o que ele realizou sem a presença física Eles tentaram eles tornaram achavam inconcebível que Deus pudesse se fazer matéria não é então era puro espírito orora seres acreditavam que nosso senhor era puro espírito é claro que eles vão negar a presença real de Cristo na Eucaristia como que Cristo poderia estar presente fisicamente

no sacramento se ele sequer existia fisicamente é claro que a heresia foi debelada né logo na no no seu início mas alguns cristãos naquela época adotaram esse pensamento e a igreja já teve que frisar a presença real mas não no entanto isso não causou nenhum tipo de dano profundo na fé da igreja como os outros também não vão causar Mas é uma maneira de nós entendermos como se desenvolveu a doutrina e é justamente nos ataques que a igreja sofre é que ela expõe a doutrina para esclarecer as questões o outro que vai abrir um uma

crítica pesada contra a Eucaristia é berengário de t esse berengário de que viveu no século X né ele dizia que a Eucaristia era um símbolo da presença real de Cristo não naquele sentido de símbolo sacramental que eu expliquei pros senhores mas ele dizia que não era só um simbolismo mesmo aquilo ali simbolizava a presença de Cristo na reunião dos cristãos né na missa e a igreja e os concílios vão condenar e Olha que curioso ele vai se retratar ele vai compreender que ele se equivocou na hora de de defendeu o essa tal posição e acabou

voltando atrás no seu pensamento tá então no caso do berengário de t a igreja não teve tantos problemas para resolver A negação do Sacramento depois vem o problema dos enses os albigenses é claro vão negar a presença real porque eles consideravam a matéria impura nãoé se a matéria era impura se só o que era espiritual era Santo a presença real de Cristo não podia ser feita Cristo não se Faria presente em algo impuro então não acreditavam E aí o combate contra os albigenses já foi mais drástico n né os senhores sabem que teve que haver

uma cruzada contra os albigenses porque Eles resolveram tomar a força as cidades católicas por onde eles passavam e foi por conta da influência catara albigense que nasceu a inquisição justamente para separar Quem era cátaro Quem não era cátaro Quem era albigense Quem não era albigense das decisões judiciais do poder civil da época Então para que o pod civil não ficasse lá tomando decisões a respeito de uma heresia a igreja toma para si o julgamento dos cátaros é aí que nasce a inquisição Tá mas o fato é que eles negavam também a presença real de Jesus

Cristo na Hóstia consagrada tá outro que vai também provavelmente negar Por que que fala-se provavelmente porque não se tem nenhum escrito dele falando diretamente sobre isso mas pelo que ele defendia nas suas teses Muito provavelmente ele negou foi Zílio tá muito provavelmente ele perdão ziglio não wycliff desculpe tá w zingl também mas o zingl é mais paraa frente um pouquinho wycliff tá wycliff vai negar a presença de Nosso Senhor Jesus Cristo a presença real Mas é uma negação implícita tá pelas teses que ele defendia e vai continuar aí então vem finalmente a questão do surgimento

da reforma protestante e curiosamente os teólogos católicos não chamavam os protestantes de Protestantes eles eram chamados de sacramentos olha que coisa curiosa os sacramentos Por que sacramentos né era porque eles vão negar muitas vezes a eficácia Sobrenatural ou algumas vezes a matéria dos sacramentos e vai haver uma variação tão grande do entendimento disso que a igreja vai chamar todos eles de sacramentos mas cada um deles desenvolveu uma tese diferente para negar a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia tá o primeiro exemplo que nós trazemos aqui é justamente aquele que eu havia falado Zílio né

e um outro chamado ecampo esse ecampo de Basileia vai defender a seguinte tese de que quando Cristo fala isto é o meu corpo ele diz Isto é um sinal do meu corpo ou seja a mesma tese da simbologia da presença simbólica o ecampo e o Zílio tá os dois vão ter esse mesmo essa mesma essa mesma defesa de que não há uma presença real há uma presença tá ninguém deles nega a presença o que eles vão negar é de que maneira essa presença se realiza tá é isso que nós vamos ver nas diferentes teses quando

a gente passar por todos esses erros a gente vai ver a definição da igreja e aí a gente vai ter a certeza do que que é a doutrina oficial da Igreja Católica o próximo que vai de alguma maneira negar a presença real no sentido Total católico é Calvino tá Calvino ele não vai seguir a mesma tese de Zílio nem do ecampo né ele vai simplesmente dizer o seguinte que há uma presença espiritual de Cristo na coisa Cristo tá presente tá mas uma presença espiritual na Sagrada hóstia tá que vai contra também o que a igreja

ensina de presença real e para espanto de todos Lutero não nega isso Lutero nunca negou a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia ele mesmo fala nos seus escritos que ele tentou achar isso lá mas tá muito claro ele fala é claro que está presença real e curiosamente Lutero lutou muito para defender isso durante o tempo dele durante o momento em que as heresias da negação da presença real surgiram ele vai defender essa tese de que há realmente a presença real de Jesus Cristo e ele ainda dizia eu defendo melhor Eucaristia do que os papistas

né Então curiosamente nesse ponto o Lutero ele mantém o ensinamento da igre dentro da ortodoxia que ele se que ele desenvolveu então esses são os princípios nas quais a Eucaristia na sua presença real ela fora negada historicamente há outros movimentos heréticos que resvalaram também nesse assunto mas sem causar muito muito muito problema nem muita dificuldade para a igreja tá O Caso dos anglicanos é um pouquinho diferente Por quê os anglicanos eles vão adotar uma crença na presença real que diz o seguinte a Eucaristia é uma manducação do corpo de Cristo que pela fé se faz

presente que que os anglicanos não todos tá eu vou dizer quem é que não defende isso os os anglicanos os anglicanos defendiam que se quando você comunga e a sua fé naquilo ali é realizada Cristo se faz presente agora os ritualistas eh anglicanos tem a mesma posição da igreja católica em relação à presença real então Você nota que são sutilezas em relação à presença real que vão aparecer durante a o movimento da forma protestante sendo que alguns vão até defender a fé de sempre da igreja ainda que dentro das suas heresias ainda que dentro das

suas separações dentro dos seus rompimentos Mas eles acabam levando alguma coisa da Igreja Católica ali para dentro né o protestantismo Ele nasce na igreja católica né Então nesse caso a Eucaristia mas quem é que vai fazer o grande bloco de negação da presença real e isso vai acabar vindo à tona como um problema que a igreja vai ter que ficar constantemente ensinando que não é assim é a partir da reforma protestante porque os antigos heresiarcas que negaram a presença real eles não chegaram a influenciar a mentalidade pública o protestantismo influenciou E aí a igreja teve

que volta e meia voltar com seu ensinamento para dizer olha qual é a doutrina católica da presença real é o que nós vamos ver agora então a igreja ela vai definir a presença real de forma Total completa e inequívoca né Vamos O que que a igreja diz na sua doutrina ela vai dizer assim no sacramento da Eucaristia eu vou botar as três palavras chaves no quadro no sacramento da Eucaristia estão contidos contidos verdadeira real e substancialmente o corpo o sangue a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e portanto o Cristo todo inteiro

há três palavras são chave pra gente não esquecer jamais a presença real como algo verdadeiro que palavrinhas são essas primeiro a expressão verdadeira depois real e finalmente verdadeira real verdadeira real e substancialmente isso substancialmente essas três palavras elas são o centro da da igreja essa definição completa Total reafirmada foi também consequência do Concílio de Trento tá é a partir de Trento que a coisa é definida de forma categórica Total acabada terminada para a posteridade certo então é claro que os outros concílios vão repetir a mesma coisa mas foi entrent que houve O Grande desfecho da

questão da D sobre a Eucaristia então em relação à presença verdadeira né verdadeiramente significa que Cristo não é figura não figurativo não é um simbólico uma figuração é a presença verdadeira de Nosso Senhor Jesus Cristo real né quando a igreja fra verdadeiramente e real o que que ela pretende destacar com com essa afirmação né não depende da nossa fé não depende de nossa fé Cristo está ali independente do que eu creio né alguém que entrou na igreja sem ter fé nenhuma naquilo não não importa ele está ali realmente e substancialmente significa que nosso senhor está

ali com todo o seu corpo está por inteiro tá está por inteiro Ou seja aquele mesmo corpo que saiu da Virgem Maria está presente nas espécies consagradas tá então essas três palavras elas a igreja as adota na doutrina na definição para mostrar não é figurativo independe da nossa fé nosso senhor está lá e está lá de forma completa corporal inteira o mesmo corpo que saiu da Virgem Maria e o corpo que está lá no céu à direita de de Deus Pai inteiro com tudo corpo sangue alma e divindade tudo presente de forma real de forma

substancial e de forma verdadeira então o Concílio de Trento fecha esse problema e vai deixar isso estampado paraa posteridade da igreja para que não tenha-se mais dúvida nesse sentido tá pois bem Senhores o Dogma definido a igreja agora vai buscar na tradição e na sagrada escritura os fundamentos para aquilo que ela acabou de afirmar sobre a presença real né Essa presença real que é o nosso objeto de estudo de hoje né então o primeiro a primeira Primeiro vamos dizer assim fonte que a igreja vai nos trazer é a sagrada escritura há vários momentos da sagrada

escritura onde a definição da presença real está está Clara mas há um trecho dela em especial que traz todas as respostas possíveis para as dúvidas que porventura surgirem é no Evangelho de São João Capítulo 6 Versículos 26 a 70 é um longo discurso de Nosso Senhor logo depois de ter multiplicado o pão na Cidade de Cafarnaum ele tinha acabado de realizar o milagre da multiplicação dos pães e quando ele acaba de alimentar aquelas pessoas ele aproveita a ocasião para falar do verdadeiro alimento esse texto de São João do Evangelho de São João é magnífico é

longo ele é grande é um trecho longo é um diálogo que nosso senhor tem com a multidão que estava em torno dele aonde ele começa a Explicar sobre a Eucaristia e nesse próprio discurso nós vamos ver alguns trechos dele nós vamos perceber que nosso senhor teve várias chances de as pessoas negando a presença real e ele faz o contrário ele vai reafirmar a presença real de forma magistral então São João eu aconselho que os senhores Leiam tá eu até pensei ler um trecho dele aqui porque realmente eh na hora que nosso senhor promete o o

pão Celeste mas toda a fala dele toma sentido porque ele tinha acabado de alimentar as pessoas no Milagre do pão e todo mundo se saciou com aquele pão que ele multiplicou e ele resolveu Então falar do verdadeiro alimento do pão que vem do céu eu vou ler um pedacinho porque vale a pena não gosto muito de ler enquanto eu dou da aula não mas aqui merece merece merece Bom respondeu-lhes Jesus e disse em verdade em verdade vos digo vós buscai-me não porque viste os milagres mas porque comestes dos pães e ficastes saciados trabalhai não pela

comida que perece Mas pela que dura até a vida eterna ele já tá falando de uma comida que dura a vida eterna isso já causou uma estranheza gigante no pessoal que tá escutando ué comida que dura paraa vida eterna Como assim né Isso já tá já tá causando uma certa estranheza a qual o filho do homem vos dará ele tá afirmando ó o filho do homem vos dará vos dará porque nele imprimiu Deus Pai o seu selo disseram-lhe pois eles que devemos nós fazer para praticar obras do agrado de Deus Jesus respondeu e disse-lhes a

obra do agrado de Deus de é que acrediteis naquele que ele enviou por que ele tá dizendo isso que o pessoal ali estava duvidando H Mas eles disseram que milagre que milagre fazes tu pois para que o vejamos e acreditemos em ti que fazes tu nossos pais comeram o Maná do deserto segundo está escrito deu-lhes a comer o pão do céu e Jesus respondeu-lhes em verdade em verdade vos digo Não vos deu Moisés o pão do céu mas meu pai é que vos dá o verdadeiro pão do céu porque o pão de Deus é o

que desceu do céu e dá a vida ao mundo eles pois disseram senhor dá-nos sempre deste pão e Jesus disse-lhes eu sou o pão da vida o que vem a mim não terá jamais fome e o que crê em mim não terá jamais sede quando ele fala que esse pão vem do céu a já causou um certo espanto na multidão pelo seguinte nosso senhor era plenamente conhecido em Cafarnaum todo mundo conhecia ele e todo mundo sabia que ele era filho de Maria e de José né era o que ele todo mundo só conhecia ele por

ali filho de Maria e de José Como assim eu sou o pão que vem do céu você não veio do céu é como se eles pensassem assim você nasceu daquela mulher e é filho de José e filho de Maria Como assim você veio do céu nessa hora a multidão já começa a querer embora completamente decepcionada do que ele tava falando mas vai vai piorar a coisa tá a gente vai ver Na continuidade dos textos evangélicos que a coisa vai piorar porque nosso senhor não vai voltar atrás para agradar os que estão indo embora ele vai

falar a verdade do que tem que ser falado né minha vista já tá falhando Mas vamos lá todo aquele que o pai me dá virá a mim e o que vem a mim não lançarei fora porque eu nasci do céu aqui não para fazer a minha vontade mas a vontade daquele que me enviou e a vontade do pai que me enviou é que eu não perca nenhum destes que me deu mas que o ressuscite no último dia e a vontade do meu pai que me enviou é que todo o que vê o filho e crê

Nele tenha a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia murmuravam olha só pois dele os judeus porque dissera eu sou o pão Vivo que Deso desceu do céu e diziam porventura não é este Jesus filho de José cuja mãe nós conhecemos filho de José como pois ele pode dizer desci do céu que eu acabei de falar com os senhores mas Jesus respondeu e disse-lhes não murmureis entre vós ninguém pode vir a mim se o pai que me enviou não atrair e eu o ressuscitarei no último dia ele já repetiu isso duas vezes está

escrito nos profetas E serão todos ensinados por Deus portanto todo aquele que ouve ouviu e aprendeu do pai Vem a mim não porque alguém tenha visto o pai exceto aquele que é de Deus aqui já tá deixando claro quem ele era que era o próprio Deus ensinarão os judeus entenderam isso muito bem Tá talvez a gente lendo hoje não tenha entendido direito mas eles entenderam e o espanto foi geral que se indivíduo tá afirmando que ele é o próprio Deus né E aí então ele dá continuidade ao discurso e vai voltar a assunto da comida

é aqui que vai causar o escândalo geral disputavam pois entre si os judeus dizendo como pode este darnos a comer da sua carne Por que que ele tá falando isso comer a carne de alguém nas línguas da época e dessa região só tinha duas conotações uma era injúria eu vou comer a sua carne ou seja vou te injuriar vou te destruir publicamente ora nosso senhor não tava mandando as pessoas destruírem ele publicamente é claro né ele tava convidando as pessoas a comerem do corpo dele a segunda possibilidade É de fato as pessoas chegarem na carne

dele e mastigarem os pedaços dele quando ele insiste na segunda opção do entendimento da língua da época ele vai deixar claro isso aqui sabe quantas vezes nosso senhor repete nesse longo discurso que a carne dele tem que comer a carne e beber o sangue cinco vezes a cada vez que ele falava um grupo I embora tipo não isso é demais comer a carne dele que loucura é essa pum V embora fo embora e começaram a embora começaram a embora começaram a embora começaram a embora porque não suportavam ouvir e como que é isso vamos comer

nos alimentar de você isso fica claro que não há nenhum tipo de linguagem simbólica no que ele estava falando por causa o escândalo dos judeus é o sinal de que o que ele estava falando é que as pessoas teriam que comer a sua carne e beber o seu sangue Realmente eu não vou ler todo o trecho porque ele é longo né eu eu peço que os senhores dever de casa é ler o é ler o o o trecho do Evangelho de São João 26 Capítulo 6 de 26 a 70 toda essa realidade da presença real

da carne e do sangue estará ali descrita magistralmente nosso senhor não se importava que fosse embora ele queria anunciar às pessoas como seria a vida da graça tem que comer a minha carne e beber o meu sangue então a presença real tá ali descrita é o é o centro da Fonte das escrituras que trata da presença real é claro que não é só aí tá São Paulo também na carta aos Coríntios vai tratar desse alimento dessa comida que não pode ser comida de forma indigna né Ora como assim uma comida que não pode ser comida

de forma indigna e se você come essa comida de forma indigna você come a sua própria sua própria condenação Que tipo de comida pode levar alguém à condenação né só pode ser uma comida que seja o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo como ele afirma tá então essa presença real está muito clara nas sagradas escrituras mas em particular nesse trecho do Evangelho de São João tá pois bem diante de toda aquela situação né Eh nosso senhor estava diante de pessoas que eram muito simples né talvez ali alguns fariseus fossem pessoas um pouco mais instruídas mas

em geral quem acompanhava ele eram pessoas simples ninguém vai utilizar-se de um recurso de figura de linguagem inconcebível para pessoas que não vão entender toda vez que nosso senhor contava uma parábola logo em seguida ele explicava o significado da parábola na no suas no seu corpo na sua carne no seu sangue não tem parábola ele vai repetir repetir repetir repetir e é aquilo mesmo que ele tá falando ou seja você vocês estão ouvindo como vocês estão ouvindo o que eu tô falando vocês têm que comer meu corpo Isso foi um escândalo pra época mas nosso

Senhor anunciava o sacramento que iria nascer a partir dali dali em diante né porque isso ainda seria realizado eh nosso Senhor então como nós podemos ver ele não se retrata nemum instante em relação àquilo que ele afirma né e o desfecho final dessa presença real na escritura se dá justamente aonde na Última Ceia A Última Ceia então é muito interessante nós pensarmos como foi aquele momento né Alguns heresiarcas vão querer achar nas palavras de Nosso Senhor Isto é o meu corpo Isto é o meu sang como sendo um símbolo como sendo algo que tem um

outro sentido oculto senhores prestem atenção A Última Ceia foram as últimas instruções de nosso senhor pra igreja e ele entregaria aos Apóstolos o seu maior dom ele próprio é como se fosse um pai fazendo o testamento para um filho na hora que alguém faz um testamento no final da vida vocês acham que o discurso dessa pessoa será enigmático para não ser entendido por ninguém pelo contrário Olha o que eu vou falar com vocês aqui é definitivo Isto é o meu corpo Isto é o meu sangue eles devem ter lembrado da do da da pregação de

Cafarnaum na hora né E olha que ele escolhe duas coisas ele vai escolher né o pão e o vinho né para transformar em seu corpo seu sangue de coisas que não são nem adequadas ao a carne por que que o pão tem a ver com a carne nada então é sinal de que ele escolheu aquilo ali mesmo para para se tornar seu corpo e o vinho para se tornar seu sangue quando ele fala isso pros Apóstolos é como se ele escrevesse um testo e aquilo ali é um testamento tá Olha isso aqui é o meu

corpo isso aqui é o meu sangue como dis como como como se ele dissesse lembra do que eu falei em Cafarnaum e deve ter falado outras vezes também E é claro que os Evangelistas não escreveram né nosso senhor não falou só aquilo que estava nos Evangelhos ele vai agora deixar claro Olha o corpo e o sangue que eu falava e esse aqui isso aqui sou eu a clareza das palavras do nosso senhor são tão grandes são tão grandes que até alguns heresiarcas protestantes não ousaram negar isso porque tá claro demais a clareza da presença real

de Cristo na Eucaristia é tão latente é tão sem figuração é tão sem simbolismos que a coisa fica como que explodindo no nosso o rosto olha ele tá falando ali diretamente é isso aqui tô mostrando né É como mostra uma criança Olha isso aqui é um livro ó Isso aqui é um livro não existe interpretação simbólica do que ele falou na Última Ceia Isso fica muito claro né quando ele ele vai então deixando pros Apóstolos o seu Testamento Tá e por fim né como eu já havia falado São Paulo aos Coríntios fecha o ciclo da

fonte da sagrada escritura em relação à presença real do da Santíssima Eucaristia mas a igreja não para por aí a igreja também tem a tradição como fonte né como Nós aprendemos lá nas primeiras aulas sagrada escritura só na sagrada escritura já estava resolvido o problema mas a igreja vai recorrer também à tradição né E quando a igreja fala de tradição ela vai falar justamente da palavra de todos os padres da igreja que defenderam a tese da presença real e algumas são magníficas porque se a tal coisa não fosse crida nos primeiros séculos aquele padre não

faria esse tipo de defesa quer ver só um exemplo no século 1 Santo Inácio de Antioquia né já defendia presença real de Cristo né aparece ele já cita a comunhão da carne do salvador ele usa a expressão carne do Salvador e no entanto era aparentemente um pãozinho né mas Ou seja no primeiro século você já tem afirmação da presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Sagrada hóstia já com Santo Inácio e a coisa vai seguir vai são Justino são Justino então ele era ele era catequista né da da antiguidade ele era o mestre dos

catequistas da antiguidade era são Justino né E são Justino tinha tinha um problema que era o seguinte os pagãos quando ouviram falar que os cristãos comiam a carne de Cristo eles falam assim bom pera aí então eles devem comer a carne de alguém ali dentro né isso é loucura canibalismo né e são Justino ele tinha que explicar pro Imperador pro Governador paraas autoridades romanas que não era canibalismo se não houvesse a crença na presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo Bastava dizer não Imperador Isso aqui é uma linguagem figurada a gente não come carne nenhuma

lá não não foi isso que são Justino fala ele vai explicar o o que nós comemos é o corpo e o sangue de Jesus Cristo e os pagãos ficavam com a ideia na cabeça de que era realmente comia criancinha comia pessoas ali numa espécie de canibalismo ele não nega isso em nenhum instante ou seja se ele negasse isso ele estaria negando a presença real e como na época muitos pagãos se aproximavam do cristianismo e era arriscado a presença pagã dentro do cristianismo o cristianismo se revestia um pouco de um certo caráter secreto né assim ó

o pessoal acha que é gnose né fala que nada disso é uma forma de proteger a doutrina por exemplo o o seu luí é p era Pagão todo mundo conhece sabia que ele era Pagão ele olha eu quero me converter ao cristianismo eu já olhava assim para ele meio desconfiado né que é mesmo é não vamos estudar um pouquinho a doutrina aqui para você conhecer e a coisa ficava ali meio guardadinha pra segurança da doutrina e depois ele era encaminhado a tal até o próprio cânon da missa se vocês repararem eh o cânon da missa

na antiguidade depois durante os séculos nas igrejas orientais na na igreja de Roma ele tinha um caráter secreto Por que secreto porque a coisa acontecia de forma velada mas depois o senhor era instruído naquela doutrina Então são Justino teve a chance de negar a presença real até para provar pro mundo não não tem nada disso não pelo contrário ele reafirma que a comunhão ali é do corpo e do sangue de Jesus Cristo Então tá lá nos primeiros séculos tradição da igreja reconhecendo tal coisa o mesmo vai acontecer na figura de Tertuliano o próprio orígenes que

falhou lá no problema da Redenção Universal tal ele reafirma isso né orígenes ele falhou no o problema relacionado lá à doutrina dele mas ele reafirma a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo e os séculos vão passando e os padres vão reafirmando tal doutrina São João Crisóstomo né até a própria liturgia da igreja como eu falei vai deixar claro essa questão da presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo tá e o outro testemunho que não deixa a gente cair na negação disso é o são as próprias igrejas orientais separadas porque essas igrejas ortodoxas um dia

elas foram católicas né Elas na verdade se separaram de Roma né na na no cisma do oriente e tudo que eles praticavam seguia juntinho com Roma Desde a antiguidade quando Houve essa separação eles não perderam oportunidade de acusar Roma de fazer coisas que não eram de acordo com a antiguidade só para dizer não nós temos o cristianismo correto Roma não tem não há afirmação no sentido contrário o que a igreja oriental afirma como presença real bate exatamente com aquilo que Roma afirma como presença real ou seja confirmando que lá na origem da igreja sempre houve

a crença na presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo todo esse testemunho histórico Deixa claro que nosso senhor está presente verdadeiramente realmente substancialmente na Hóstia consagrada e está lá seu corpo corpo alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo ele totalmente presente na Hóstia não há como negar isso todos aqueles que tentaram tentar demonstrar que eram presenças espirituais presenças simbólicas presenas que dependiam da fé do fiel presenas que era feita por causa da reunião das pessoas completamente rebatida na definição de Trento nosso senhor está presente desta forma tão magnífica e tão perfeita que a igreja

sempre ensinou essa é a primeira grande grande estandarte dos estudos da Eucaristia é a certeza da presença real que a gente começou a estudar no dia de hoje E aí então que que acontece quando nós descobrimos sobre a presença real dessas características da presença real de Nosso Senhor na Hóstia a primeira pergunta que vem a alma é de que modo isso acontece uma coisa é acontece provamos que acontece a igreja já provou que sempre acreditou nisso as fontes estão nas escrituras estão na tradição católica e estão também na vivência histórica da igreja no no correr

dos séculos mas de que modo isso acontece de que maneira isso sucede né esse modo de acontecer essa maneira de de de lidar será Justamente a continuidade da aula da presença real tá os que chegaram agora né nós começamos a estudar o primeiro grande bloco da Eucaristia vocês viram que é um apanhado histórico da crença da presença real depois na próxima aula nós vamos estudar o modo da presença real de que modo ele está presente vamos estudar a presença a a Eucaristia como comunhão e as suas seus desdobramentos e a Eucaristia como sacrifício na Santa

Missa bom ok até aqui tudo bem É claro que o sacramento como os outros que nós vimos ele vai ter a sua parte que qual é a matéria Qual é a forma quem é o ministro mas isso tudo nós vamos ver nas aulas subsequentes Tá bom então podemos encerrar por hoje vamos fazer uma oração o nosso auxílio está no nome do senhor pai do filho e do Espírito Santo amém Muito obrigado e até a semana que [Aplausos] [Música] vem h [Música]