o Olá tudo bem Hoje nós vamos falar sobre o sistema de produção de sementes no Brasil antes de falar propriamente dito do sistema de produção de sementes é importante que a gente conheça Como que o material é produzido até o seu lançamento no mercado tudo tem início com o melhoramento genético os melhoristas através de pesquisas de mercado e da necessidade dos produtores por novas tecnologias selecionam os cruzamentos com os materiais já existentes e que possuem características que devem ser cruzadas para formar um novo material a partir daí ocorre o chamado avanço de gerações esse avanço
de gerações permite aumentar e analisar e selecionar ao mesmo tempo essas progênies Essas progênies são testadas e posteriormente são realizados os testes preliminares das linhagens esses testes preliminares possibilitam o aumento do volume para que essa semente seja distribuída nas regiões onde efetivamente Elas serão produzidas E aí nessas regiões onde essa semente serão como são realizados os testes mais importantes do material que é o teste de vez eo teste de valor de cultivo e uso Elas serão testadas a campo e serão avaliadas quanto o seu desempenho e adaptabilidade a partir daí sendo aprovadas nas determinadas regiões
esses materiais são registrados junto ao Ministério da Agricultura e também junto ao Sistema Nacional de Proteção de cultivares um fator muito importante de nós diferenciarmos é o que é grão do que é semente Pare e pense num momento Vocês conseguem diferir nessas duas fotos o que que é semente O que é grão aí não dá né Impossível pois as características morfológicas de uma espécie elas não diferenciam de grãos para sementes o que vai diferenciar é a produção e a finalidade de uso desses materiais então se nós observarmos aqui nós vamos determinar que esse da esquerda
é grão e esse da direita é semente uma informação importante também se levar em consideração é que uma semente após o seu processo de produção se ela não for caracterizada como semente não atingir os padrões mínimos de germinação e pureza ou apresentar em algum tipo de contaminação desde que não tenham sido tratadas elas podem ser comercializadas como o grão já o oposto não pode ocorrer um material produzido com a finalidade de utilização como grão jamais pode ser utilizado como semente É nesse slide Eu apresento para vocês a diferença de finalidade de grãos e de semente
a semente tem a finalidade de semeadura e o grão tem a finalidade de consumo ou fonte de alimento humano ou animal comercialização como fonte de fibras proteínas óleos carboidratos e outros mais como que o sistema de produção de sementes se mantém existe inicialmente a geração de tecnologia através da pesquisa sendo ela privada ou pública a partir do momento que aquele esquema que nós vimos lá no início de lançamento de um material desenvolve uma tecnologia e ela é lançada no mercado a um processo de licenciamento para que as empresas produtoras de sementes possam fazer a multiplicação
desse material a multiplicação ela se dá através do aumento de volume para que um consumidor final que no caso é o produtor rural possa receber essa semente na sua propriedade através da demanda de mercado eo uso das tecnologias estas sementes são plantadas os produtores e esses produtores obtém os resultados através de produção produtividade novas cultivares e tecnologias o investimento realizado pelos produtores na compra das sementes ele é repassado aos multiplicadores e esses por sua vez repassam esse investimento as empresas detentoras das tecnologias e da pesquisa e assim o ciclo se fecha sempre havendo novos materiais
para que os produtores possam manter os seus níveis de produtividade e produção garantindo assim segurança alimentar de uma região ou para um país é um índice muito importante de ser observado quando nós falamos em produção de sementes é a chamada taxa de utilização de sementes Vamos definir o que é a taxa de utilização de sementes a taxa de utilização de sementes é a relação da quantidade de sementes utilizadas em uma determinada área vamos tomar um exemplo hipotético de uma área de 100 hectares nessa área de 100 hectares 95 hectares são plantados com semente semente certificada
ou fiscalizada com a finalidade de semeadura e cinco hectares são plantados com grãos que foram colhidos e ao invés de serem comercializados foram utilizados para fins de semeadura assim a porcentagem ou a taxa de utilização de sementes nessa área é de noventa e cinco porcento esse gráfico eu elaborei através de dados disponibilizados pela abrasem 2020 onde nós podemos observar a taxa de utilização de sementes nos estados do Mato Grosso e azul e do Rio Grande do Sul em fim de 2001 a 2018 Observe que a partir do Advento da soja RR e da importação desses
materiais na forma de grãos para o Rio Grande do Sul o estado passou a reduzir drasticamente a utilização de sementes na produção de soja quando ele passou a reduzir drasticamente a utilização de sementes a sua taxa caiu de forma equivalente ao uso de grãos para fins de semeadura chegando ao ponto de em 2004 apenas um por cento do território do Estado do Rio Grande do Sul ser cultivado com sementes Qual é a consequência disso a consequência nós vemos nesse próximo slide onde eu mostro para vocês a relação de produtividade em sacas de soja por hectare
nos estados do Mato Grosso e do Rio Grande do Sul o Mato Grosso vem trabalhando com a produtividade em torno de 50 53 sacas e agora nos últimos três anos esse número tem aumentado já o Rio Grande do Sul um fato importante de ser observado é aquele mesmo ano em que a taxa de utilização de sementes caiu para um por cento a produtividade de soja em sacas por hectare caiu para 12 sacas por hectare ela saiu de 45 sacas para 12 sacas por hectare é óbvio que isso trouxe alguns problemas para os produtores e eles
passarão novamente adquirir sementes de qualidade fiscalizados certificadas EA produtividade Voltou a se estabelecer ao ponto de se igual a a 56 57 sacos como ocorre hoje no Estado do Mato Grosso entrando propriamente dito no conceito de sistemas de produção de sementes nós devemos entender que o sistema de produção de sementes ele é responsável pelo controle de qualidade do material que vai ser comercializado Ou seja aquele patrimônio genético a pureza física e varietal assim como a qualidade fisiológica e sanitária ela deve ser fiscalizado durante todo o processo através de avaliações a Campo durante o processamento ou
beneficiamento armazenamento e assim análises durante todo o processo produtivo a isso o sistema de produção de sementes estabelece normas que vão garantir a qualidade do material que será comercializado lembrando o que todas as vezes que eu aumento o volume de sementes produzidas através das multiplicações a tendência é que a qualidade caia a qualidade só não irá cair se as normas e padrões dos sistemas de produção de sementes forem obedecidas assim a multiplicação das sementes não pode alterar o valor do produto final ou seja a qualidade tem que ser mantida até a hora que a semente
chega na mão do Produtor uma forma de demonstrar a perda de homogenidade qualidade do material produzido com o avanço das Gerações está apresentado nesse quarto então Aqui nós temos quatro anos subsequentes de multiplicação de materiais sementes certificadas C1 e C2 S1 e S2 na sequência então o primeiro material que o produto e como sementes certificadas e um ele tem uma dar estabilidade pois ele passou por todo o processo de fiscalização e certificação e análise do sistema produtivo a partir do momento que essa ser um ela é multiplicada para aumentar o volume ou de uma safra
para outra a qualidade EA homogeneidade desse material passa a ser perdida como nós podemos ver com essas outras colorações vermelhas e alaranjadas e isso é um processo cumulativo que só aumenta ao longo das multiplicações assim ao chegar na última categoria possível de comercialização que S2 a sua estabilidade já não é adequada se o produtor utilizar essa semente para sua multiplicação ele já irá enfrentar alguns problemas de estabilidade e qualidade do material se a partir daí outras multiplicações forem realizadas ao final do processo nós não saberemos mais Qual que é o material produzido e comercializado sendo
que na ponta desse processo o agricultor se ele comprar uma semente certificada ou fiscalizada e essa apresentar algum problema através do boletim ele pode recorrer a empresa qual ele comprou essa semente e reclamar o problema sendo ressarcido ou substituído das sementes agora se esse produtor faz essa semente por conta própria sem um controle ou sem obedecer os padrões do Ministério da Agricultura e durante o processo de germinação essa semente não apresentar o padrão estabelecido ou padrão desejado pelo produtor ele não ter a quem recorrer E terá que assumir sozinho os prejuízos dessa lavoura ao falar
de sistema de produção de sementes nós temos que entender que há uma legislação para produção e comercialização de sementes no Brasil e essa legislação ela estabelece normas e padrões para que semente possam ser produzidas dentro de um critério pré-estabelecido de qualidade assim surgiu em 2013 a lei 10.711 que a lei de sementes e mudas e o Decreto 5153/2004 que normatiza essa lei temos também a lei de proteção de cultivares a lei de biossegurança e todas essas leis e decretos estabelecem padrões Federais e estaduais para produção e comercialização das sementes lembrando sempre que o objetivo dessas
leis e normas é a manutenção dos padrões de qualidade para comercialização dessas sementes e para que que serve a lei de sementes a lei de sementes ela estabelece que o Sistema Nacional de sementes e mudas instituído nos termos da Lei 10.711 e dos seus regulamentos objetiva garantir a identidade EA qualidade de todo o material de multiplicação a reprodução vegetal produzido comercializado e utilizado no território nacional sendo assim o decreto 5153/2004 estabelece os padrões para comercialização das sementes do seu artigo 114 ele diz que toda pessoa física ou jurídica que utiliza e sementes ou mudas com
a finalidade de semeadura o plantio deverá adquiri-las de produtor ou comerciante inscrito no registro Nacional de sementes e mudas conforme disposto no inciso 3º do artigo 8º e no artigo 48 da Lei 10711/2003 assim quem que pode produzir sementes pessoas físicas ou jurídicas assistidos por um responsável técnico que irá acompanhar todo o processo de produção dessa semente e o destino final dessa semente é a comercialização para que haja a comercialização dessas sementes o produtor deve estar inscrito no renasens é de produção devem estar registrados no sigef que é o sistema de gerenciamento de produção e
comercialização de sementes e um sistema totalmente online deve passar pelo controle de qualidade durante todos os processos ou seja desde a escolha da área onde a semente será plantada até o final do seu processo de armazenamento distribuição as sementes devem passar por avaliações e controle de qualidade assim visando garantir os padrões mínimos de Pureza e germinação para comercialização dessas sementes para que a semente possam ser comercializadas ela se enquadram em diferentes categorias nós temos Então as categorias de sementes ditas como sementes certificadas são aquelas que a partir das genéticas são multiplicados e passam a básica
e essa básica passa certificada de primeira ou de segunda geração tendo como destino final a comercialização para o agricultor o produtor rural todas essas sementes ser e elas podem ser comercializadas ou produzidas de forma não certificada a forma não certificada não significa não legalizada a forma não certificada na verdade ela disse que essa semente passa por um processo de fiscalização esse processo de fiscalização Ele disse que quem irá controlar a qualidade da semente produzida é o próprio produtor de sementes e isso será fiscalizado pelo Ministério da Agricultura ou pelo órgão responsável já a semente certificada
ela passa por algumas características distintas ela tem uma instituição ou uma empresa que faz a auditoria os controles de qualidade e os números de gerações também são limitados nas sementes certificadas as sementes fiscalizadas entram nas categorias s1e S2 e todas essas sementes apresentam também como destino final o produtor rural aqui nós devemos observar que é intrínseco aos a produção que conforme se Aumente o volume da semente produzida para que possa atender toda a área Nacional a ser plantada a qualidade tende a cair essa qualidade Só não cai se as sementes estiverem atendendo os processos de
certificação e fiscalização instituídos pelo Ministério da Agricultura e a própria lei 10.711 institui que a possibilidade de reserva de sementes para uso próprio usuário poderá a cada safra reservar sementes para sua produção como sementes para uso próprio de acordo com o disposto no artigo 115 do regulamento o artigo 115 diz que o material de produção vegetal reservado pelo usuário para a semeadura será considerado como semente para uso próprio e deverá atender às seguintes normas primeiro ser utilizado apenas na sua propriedade ou impropriedade cuja posse o produtor de tenha ou seja ele pode produzir a semente
um talhão de uma fazenda e utilizar ela em outra Fazenda desde que as duas estejam sobre a mesma propriedade segundo estar em quantidade compatível com a área a ser plantada na safra seguinte terceiro ser proveniente de ar inscrita no ministério da agricultura pecuária e me sinto quando se tratar de cultivares protegidas e quarto obedecer quando se tratar de cultivares de domínio público a exemplo da R1 possuindo assim notas fiscais ou termo de conformidade de compra e aquisição desse material e por fim utilizar o material reservado exclusivamente na safra seguinte o produtor não pode multiplicar o
material mais do que uma vez atendendo a esses critérios o produtor tem direito sim de fazer a sua semente para uso próprio dessa forma antes de finalizarmos tenho 13 informações importantes para passar para vocês primeiro a semente se faz no campo toda a qualidade do material produzido ela é adquirida na fase de Campo até à maturidade fisiológica a partir da maturidade fisiológica a qualidade da semente começa a decair por isso que a colheita em épocas adequadas e de forma antecipada desde que o teor de água e favorece a manutenção da qualidade das sementes durante o
armazenamento segundo a unidade de beneficiamento de sementes ela vai simplesmente aprimorar o lote de sementes excluindo o que é indesejável e por fim a produção de sementes ela deve ser realizada sempre visando a máxima qualidade porque o vigor EA germinação não aumentam após a colheita não existe um produto ou material milagroso que permitirá aumento sou ganhos de vigor e de germinação após o momento que essa semente for colhida finalizamos assim essa aula sobre sistema de produção de sementes nos vemos na próxima e até mais [Música] é E aí E aí E aí