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Muito bom dia, meus caros! Sejam bem-vindos à meditação diária. Eu sou o professor Rafael Tonon.

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Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós dentre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.

Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Que o Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. O dia de hoje, hoje vamos concluir a leitura do Capítulo 35 do livro "O Caminho de Perfeição".

Então, leremos os parágrafos quarto e quinto: "Que isso, meu Senhor e Deus, ou dai fim ao mundo, ou corrigi esses gravíssimos males, pois não há coração que o suporte, mesmo o de pessoas tão ruins como nós. Eu vos suplico, Pai Eterno, que não o suporte. Apagai esse fogo, Senhor, pois se quiserdes, podeis.

Vede que o vosso Filho ainda está no mundo. Por respeito a Ele, que cessa em coisas tão feias, abomináveis e sujas, por sua formosura e pureza, Ele não merece estar numa casa onde se passam coisas semelhantes. Não façais por nós, Senhor, que não merecemos; fazei-o por vosso Filho.

Suplicar-vos que não deixeis conosco é um pedido que não nos atrevemos a fazer, porque o que seria de nós se algo vos aplaca é termos aqui tal preciosidade. Mas algum meio deve haver, Senhor meu! Empregai-o, vossa Majestade.

Ó meu Deus, que bom seria se eu pudesse vos importunar muito e se vos tivesse servido muito para poder pedir-vos uma graça tão grande em troca dos meus serviços, visto não deixardes ninguém sem recompensa. Mas eu não o fiz, Senhor. Na verdade, talvez eu até vos tenha desagradado de maneira tal que os meus pecados sejam a própria causa de tantos males.

Assim, o que posso fazer, Criador meu, além de vos apresentar este pão sacratíssimo e, mesmo tendo-o recebido de vós, devolvê-lo a vós? Eu vos suplico, pelos méritos do vosso Filho, que me concedais essa graça. Pois Ele, de muitos modos, a mereceu.

Fazei, Senhor, e de pressa, que se acalme esse mar, que a nave da Igreja não fique sempre em meio à tormenta. E salvai-nos, Senhor, salvai-nos, Senhor meu, que perecemos. " Muito bem, aqui concluímos o Capítulo 35.

Lembrando que Santa Teresa, no dia de ontem, nos falava neste mesmo texto do Capítulo 35 a respeito da Sagrada Comunhão. E ela nos dizia que Jesus se deixa ficar no meio dos homens ainda hoje, recebendo blasfêmias, recebendo friezas, ingratidões. Então, aquilo que aconteceu há 2000 anos, quando nosso Senhor veio pela primeira vez, se repete no tempo.

Se naquela época muitos não ouviram, muitos desprezaram Jesus, agora, na nossa época, muitos recebem Jesus no Santíssimo Sacramento, na Sagrada Comunhão, e se distraem e não pedem as graças necessárias para a própria salvação. Não rezam bem, não se arrependem devidamente dos pecados para poder comungar, ou, às vezes, não se confessam e comungam. Não basta a gente pensar na aldeia das nossas paróquias, onde as filas da Comunhão são sempre muito grandes e as filas da confissão sempre muito pequenas.

E a gente não precisa ir muito longe. Basta a gente observar a nossa própria paróquia, a própria comunidade que nós frequentamos. Nós veremos que é assim.

Agora, no tempo da Quaresma, muitas paróquias têm o costume de trazer vários sacerdotes para atender as confissões em mutirões, e nós vemos que a procura pela confissão, mesmo agora no tempo da Quaresma, é muito pequena. Então, alguma coisa está errada na consciência dos católicos que têm este tesouro da presença real de Jesus. E aí Santa Teresa diz isso pensando em 500 anos atrás, no tempo dela.

Ela diz: "Se muitos males há no mundo e na Igreja, talvez sejamos nós a causa deles. " Essa reflexão vale para nós hoje. Se nós temos dificuldades na Igreja e no mundo, não é tanto por conta dos grandes problemas que há no mundo, mas sim porque Deus, às vezes, permite estes males pelas ingratidões, pelas friezas que Ele recebe daqueles que deveriam amá-lo, porque são aqueles que o conhecem e deveriam amá-lo e deveriam respeitá-lo, e não fazem.

Santa Bernadete, a vidente de Lourdes, faleceu em 1876. Em 1870, os prussianos ameaçavam invadir a França, começou uma disputa entre Napoleão III da França e o Príncipe Leopoldo da Prússia. Então, naquela década, no início da década de 1870, esses conflitos foram se agravando até desembocar numa guerra.

Numa certa ocasião, perguntaram a Santa Bernadete: "A senhora não tem medo dos prussianos? " E Santa Bernadete respondeu: "Não, eu tenho medo dos maus católicos; destes, eu tenho medo. " E o que a Santa queria dizer com isso é que os maus católicos, aqueles que têm o tesouro da doutrina, o tesouro dos sacramentos e não lançam mão desses meios, primeiro para a própria salvação, depois para ajudar outras pessoas a chegarem à salvação, estes atraem o braço de Deus, a justiça de Deus, sobre as nações.

Se a nossa vida não. . .

Vai bem se a nossa família não vai bem? Se a nossa cidade não vai bem, o nosso país não vai bem. Geralmente, nós costumamos atribuir a culpa a quem?

Aos políticos, às circunstâncias, à economia. Veja que nós vamos atribuindo, né, sempre à causa. Vamos, né, dizendo, afirmando que a causa dessas coisas são causas externas e, às vezes, nos esquecemos do que Santo Agostinho ensinou: onde Cristo é amado e obedecido, Ele reina por suas bênçãos; onde Ele é desprezado e blasfemado, Ele reina pelo caos.

Se na nossa vida existe um caos, existe uma desordem, existem problemas que parecem que não conseguimos de modo algum solucionar, é porque Cristo está reinando na nossa vida pelo caos. Porque nós não o estamos amando, honrando e obedecendo como deveríamos. Se nós amarmos, honrarmos e obedecermos, isso não significa que não teremos problemas, mas nós conseguiremos, com a graça d’Ele, superar tudo isso muito tranquilamente.

Agora, se há uma desordem, se há uma perturbação, é porque não estamos obedecendo. Precisamos fazer um bom exame de consciência, uma boa confissão e reordenar nossa vida. Se existe caos na nossa paróquia, na nossa cidade, no nosso país, é sinal de que Jesus não está sendo levado em consideração na vida pública, nas leis, o respeito que lhe é devido.

Nós podemos dizer, por exemplo, em relação ao Brasil, sem dúvida, sem medo de errar, que se os brasileiros conhecessem mais a própria fé, vissem melhor a vida sacramental, a vida do país também iria melhorar. Se as pessoas se confessassem bem, comungassem bem, rezassem e praticassem a caridade, as bênçãos de Deus recairiam sobre esta terra de Santa Cruz. E é o que Santa Teresa nos diz hoje: Deus, que no passado nos deu seu Filho, e o que nós, enquanto humanidade, fizemos?

O matamos. Quem matou Jesus? Os nossos pecados, a nossa dureza de coração.

E hoje Jesus continua na nossa mão. Jesus está nas nossas mãos. Nós podemos, se quisermos, comungar mal, comungar sem uma confissão realmente devida.

Nós podemos. Cristo ainda está nas nossas mãos, mas nós seremos cobrados do que fizemos com as graças que temos. Cristo está entregue às nossas mãos imensamente.

Ele, muitas vezes, se deixa maltratar, mas chegará o tempo em que Ele se manifestará na sua glória, e nós teremos de prestar contas do que fizemos com a possibilidade que recebemos de Deus de alcançar as coisas de Deus, as coisas de Cristo, as coisas da Igreja. Santa Teresa nos diz que é uma grande consolação o fato de que Jesus permanece conosco. É promessa d’Ele: "Eis que estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos.

" Então, se quisermos fazer uma grande obra na nossa vida; se quisermos deixar uma grande herança para os nossos filhos, para a nossa família, sejamos bons católicos, verdadeiros católicos, católicos realmente empenhados em viver a própria fé. E assim, nós teremos uma grande herança que ficará para aqueles que vierem depois de nós. Os meios para a nossa salvação estão ao nosso alcance.

Que Nossa Senhora nos ajude a honrar a presença de seu Divino Filho na Eucaristia, não somente adorando ao Santíssimo Sacramento, mas, sobretudo, recebendo dignamente. À Vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém.

Senhor Todo-Poderoso, nos abençoe neste dia, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Ótimo dia para todos vocês e até a nossa reflexão de amanhã, se Deus quiser.