bom minha apresentação hoje vai ser sobre essas três coisas inovação tecnologia e as mulheres é bem icônico que eu dei essa palestra aqui na USP quando a gente pensa em inovação dentro da academia a gente pensa em número de papers em quem tá produzindo tudo isso isso é inovação tecnologia seria o catalisador de tudo isso a gente vive o momento exponencial porque a tecnologia tá aí e aí a minha pergunta é onde estão todas essas mulheres que são maioria no ensino superior que estudam em média mais tempo mas que quando a gente vai falar de
tecnologia e inovação elas são uma minoria esmag esmagadora porque quando eu pergunto para vocês quantas de vocês se consideram mulheres na tecnologia a gente tem medo a gente tem medo de levantar a mão e falar que a gente sabe de tecnologia porque a gente sabe que alguém vai falar que isso não é coisa de menina eu como cientista da Computação não me considerava uma mulher na tecnologia não eu sou estudante eu sou acadêmica e eu tenho uma notícia para vocês todas vocês são mulheres na tecnologia hoje todo mundo é da tecnologia você tá com celular
que tem um processamento maior do que aquele que levou um foguete pr pra lua você é da tecnologia você sabe lidar com esse com esse celular então não tem mais essa tá e mulheres vocês todas são mulheres na tecnologia eu vou contar um pouquinho de como eu vim parar aqui tá E aí para mim é bem icônico est fazendo esse Ted aqui na USP quem me levou a chegar aqui foi esse cara aqui porque ele ditava código em cobol pelo telefone para quem não sabe o que é isso eu vou tentar explicar e se eu
tivesse que explicar eu ia voltar pra criança de 6 anos que era eu quando eu escutava ele dear código em cobol para mim era só uma língua alienígena que resolvia problemas e todo mundo amava o meu pai todo mundo falava que ele era um máximo que ele resolvia qualquer problema ele literalmente para mim fazia parte de um clã de pessoas que dominavam uma língua que eu tinha que fazer parte desse clã era muito legal trabalhar com tecnologia era incrível não tinha nenhuma distinção de gênero até que eu cheguei aqui na USP e essa foi a
situação eu cheguei aqui no dia 8 de março de 2010 Olha que icônico dia da mulher dia internacional da mulher eram 10:35 e eu entrei na minha primeira aula de algoritmos introdução a algoritmo eu nem sabia o que era algoritmos nem sabia o que hav ali sentei Comecei a assistir a aula e aí quando eu vi que eu não estava entendendo lhufas eu pensei preciso descolar um caderno olhei a minha volta e falei Ok vou achar o caderno vou pegar de uma menina que a letrinha é melhor e foi quando eu me dei conta que
eu era a única menina que tava naquela sala de aula aí o mundo não parou mais porque eu cheguei em casa achando que eu era a única azarada do planeta Terra que tinha dado sorte Azar no caso de tá no único lugar que só tinha eu de menina não era possível que aquilo era verdade e aí eu fui pesquisar e achei essa foto pessoal que também é aqui da USP do Instituto de matemática estatística primeira turma de ciência da computação eu dei uma ajudinha para vocês e circulei todas as meninas com bolinhas brancas e aí
a minha cabeça deu um nó como é que pode 40 anos depois quando eu achava que eu podia ser quem eu quisesse a gente passou de 70% de mulheres para 3.7% na minha cabeça não fez o menor sentido e foi assim que tudo começou do Alto dos meus 18 anos o meu primeiro empreendimento maravilhoso foi um blog Olha que maravilhoso então eu escrevia tudo que eu tava encontrando tudo que eu queria que as pessoas vissem sobre as mulheres sobre as inovações que elas estavam fazendo sobre tudo que elas tinham feito ele cresceu um pouquinho hoje
a gente tem uma comunidade em torno dele e eu me orgulho muito de falar que eu sou fundadora do mulheres na computação mas hoje ele é muito mais do que só um blog ele é uma comunidade inteira que dá voz para essas mulheres que estudou o passado vive o presente e torce por um futuro em que ele não precise mais existir onde eu possa só falar de tecnologia inovação sem ter que fazer distinção de gênero eu aprendi bastante nessa jornada e é um pouco isso que eu quero contar para vocês o presente ele não é
tão bacaninha Afinal Essa é a fotinho daquele livrinho que você recebe na formatura sabe que tem o nome de todo mundo e aí tinha só um nome de uma menina que era o meu 3.7% na melor Universidade do país onde a gente produz inovação e tecnologia e eu só tinha uma mulher capaz de fazer isso para mim tava tudo muito errado E esse é o retrato do presente tá tudo muito errado E aí você acha que melhorou eu falei não agora que eu vou falar no Ted eu tenho que ver se não mudou passaram já
5 anos eu acho que mudou mudou coisa nenhuma pessoal no último vestibular da Fuvest a gente teve 29 meninas ocupando as engenharias relacionadas à tecnologia na Poli 10% E aí você olha e fala melhorou Camila de 3.7% para 10% não porque esse é o número de entrada se se eu contar que eu tenho 79 de existência feminina logo no primeiro ano esse número vai chegar rapidinho nos 3.7 e a gente não pode continuar deixando isso acontecer o que que fez a gente chegar nessa situação que a gente se encontra hoje nesse presente ó maravilhoso onde
as meninas não estão representadas a gente cria até hoje as meninas diferente a gente dá a bonequinha e fala que ela tem que ser mãe que ela tem que brincar de cozinha e ser professora enquanto a gente dá pros meninos o Foguete ele pode sonhar em ser astronauta o computador fica na sala no quarto dele e ele pode trabalhar e jogar o que ele quiser a gente criou um estereótipo de que todas as pessoas de tecnologia T que ter óculos ser barbudo ser antissocial e trabalhar dentro de um quadradinho tecnologia não é mais isso nos
anos 80 a gente carregou esse estereótipo a gente tinha grandes servidores da IBM a gente tinha esse perfil hoje em dia tecnologia é tudo hoje tecnologia não tem estereótipo nos anos 80 a gente viu essa inversão acontecer muito drasticamente sabe aquela foto de 1971 até 84 ela era verdade depois disso inversão total e a gente ainda tá descendo e muita gente coloca a culpa na Apple porque foi a Apple que colocou o computador à disposição do uso doméstico antes o computador era só pra ciência ele tava no nos centros acadêmicos onde se fazia a ciência
aí veio a Apple e fez computador doméstico E aí ele virou o brinquedo do menino se você olhar Qualquer ads qualquer comercial da Apple D tristeza é sempre o menininho que quer ser astronauta e ele precisa de um computador e sempre tem uma zoação no meio do caminho onde ele zoa o computador da menininha que tá assistindo aula do lado dele e com clique só ele quase explode o computador da menina foi assim que a gente construiu o estereótipo pessoal e não baseado na verdade por fim as meninas são criadas para serem boas em tudo
a gente não pode fracassar a gente tem que ser um bom partido se a gente não fizer tudo direitinho a sociedade não vai pra frente e com tecnologia é muito difícil você fazer tudo certo e inovação se nunca ninguém esteve ali qual a sua obrigação de acertar nenhuma nenhuma mas nós enquanto gênero construído feminino a gente tem muita obrigação de acertar E aí a gente se sente mal de lidar com inovação e Tecnologia dia a gente tem que ficar muito atenta para não se boicotar nessa nova sociedade outro problema enorme é que faltaram exemplos Alguém
sabe que a primeira programadora primeiro ser humano considerado programador era uma mulher era uma matemática da aristocracia ninguém nunca mais falou nada lovel agora no no Alan turing todo mundo fala tem até filme de Hollywood que eu preciso destruir o sonho de vocês pessoal mas no Blat Park que foi onde aconteceu toda aquela história toda a quebra do enigma 70% das trabalhadoras eram mulheres por uma simples razão física não dá pro mesmo ser humano tá em dois lugares diferentes e os homens estavam lutando na guerra é lógica pessoal quem fez as bases da tecnologia quem
fez as bases da computação e da internet foram as mulheres e elas foram completamente apagadas outro exemplo incrível é a ry lamara ela era ao mesmo tempo atriz de Hollywood e ela inventou wi-fi maravilhoso e ninguém conta a história dela e é maravilhosa tinha que ter novela dessa mulher Grace hooper todo mundo fala em bug quem inventou foi ela todo mundo fale em cobol E aí eu tive que tirar o posto do meu pai de influenciador de eu tá aqui hoje porque foi ela Porque se ela não tivesse inventado cobol meu pai não ia saber
programar robol e eu não ia est aqui então foi ela que me trouxe aqui ninguém contou a história dela essa mulher é a Stephanie Steve ela teve que mudar de nome ela fez a primeira software House remota isso nos anos 60 meu bem ela trocava telegrama entre as programadoras para ela chegar num consenso de software de uma especificação ela fez o software da Boing o primeiro software embarcado da Boing foi essa mulher que fez ela inventou o termo frila ninguém conta a história dela bom para não falar que eu sou pessimista e que eu destruir
o sonho de vocês eu queria falar um pouco sobre futuro e falar que eu acho que tem solução se a gente trabalhar com essas meninas com essas meninas a gente pode inspirar Uma Geração inteira se a gente começar a mostrar para elas tecnologia como meio e não como fim elas vão se apaixonar tanto quanto eu me apaixonei e qualquer um de vocês se apaixonaria se tecnologia tivesse sido apresentado para vocês assim quando eu coloco na mão dessas meninas uma maneira de resolver o problemas dela para o problema delas para amanhã quem que não vai se
apaixonar por isso quem que não vai amar inovação quem que não vai amar tecnologia bom para terminar eu queria deixar um recado e um convite para vocês a gente tem que inspirar a próxima geração crianças e jovens para que eles não façam distinção de gênero para que eles não carreguem esse estereótipo de tecnologia para que eles usem tecnologia e inovação com criatividade e não só como um trabalho técnico massivo eu tenho certeza que se a gente mostrar tudo isso para eles e elas a gente vai mudar o mundo com mais igualdade com mais educação com
mais iniciativa eu tenho certeza que o mundo vai mudar e eu vou fazer isso nem que a gente tenha que fazer uma menina por vez obrigada [Aplausos]