[Música] [Música] é você pode começar falando do seu nome idade profissão seu estado civil é no mercado on line sou professora solteira tenho 27 anos na mariana tem 20 anos e estudante o nome da solano e manuela sousa tenho 25 anos e sou atendente de call center débora cristiane barros chute e a chita ainda com yamashita porque eu sou de vocês e ada há três anos tenho 41 anos nasceu no rio de janeiro meu nome é lady laura pereira da silva nessa o kazaa dá trabalho como auxiliar de consultório odontológico tenho 35 anos nesse filme
é todas as histórias de abusos aconteceram de verdade e todas as mulheres são vítimas só que você pode escolher contar a sua história ou de outra você optou por qual a minha história de outra história e uma outra por quê vamos mostrar que a gente pode vencer essa etapa que a gente passou e até porque não é só apenas eu mas que outras mulheres também viveu e ainda vivem nos dias de hoje porque é importante lembrar e mostrar que é possível você vencer você deixar esse trauma no passado seria uma vida nova quem foi o
abusador foi meu irmão mais velho foi gasto era o pai dos meus irmãos e alguns algumas relações familiares bem complicadas né eu sou uma menina era uma menina é uma família que tinha outros homens então além da relação difícil com tios e primos né eu tinha um padrasto e o que eu me recordo né de situações de violência principalmente física no caso de seis anos eu tinha 10 anos de idade então tinha 6 anos uma criança marcada medrosa uma criança que não olha os brinquedos com o mesmo olhar que já não consegue fica perto daquela
pessoa que ela tanto admirava uma criança marcada pelo medo e pelo desejo até mesmo de fugir daquele lugar o mais rápido possível perder infância né perderá a descoberta das coisas é descoberta da vida sexual sabe o fazer o prazer por descobrir isso na infância na adolescência é um processo natural nosso saber de tocar o coleguinha coleguinha não importa o processo natural quando o adulto faz fessor ele rouba a infância durante muitos anos muitos anos de deter 100 já não sente prazer de ter lembranças quando tatu num sabe tendo um momento acho que tá mágico que
está lindo e de repente uma lembrança ruim da infância ou toca no lugar que você sentiu aquilo sentiu uma dor ou sentir nosso vem a ganhar novamente memória isso à tona assim muito fortemente isso aconteça ou 41 anos sabe acontece ainda acontece eles me empenhar para criar é isso que é família que conhecia minha mãe é minha mãe com era pessoa muito humilde tinha muito filho né acho que tinha uns 11 filho a xvii e eu era a mais velha das meninas então passava muita necessidade fome mesmo né não tenho vergonha de falar né porque
no interior no nordeste é geralmente têm muita pressão muita gente humilde e minha família não delas passava muita necessidade eu passei fome mesmo aí eles chegaram lá ele namorar em que na verdade morava na fazenda deles aí espantados e minha mãe não queria mudar pra criar ea mulher uma pessoa maravilhosa entendeu a minha mãe deu a ela me levou mora na capital né então passar muito tempo não conhecem muito pouco e minha mãe já o marido dela é ele não fica não era muito presente porque ele era vereador da cidade vizinha então ele se ele
tinha muito compromisso não é muito pouco na casa na casa dele né aí chegou um certo tempo que ela ficou doente ela tinha diabetes é bem grave e ela começou muito no hospital começou a apontar o dedo do pé aí começou a cortar foi cortado porque ela ficar muito tempo no hospital e eu ficava muito sozinha em casa e tinha firma tinham que trabalhava muito a outras ou termais trabalhar também era casado tinha três duas meninas e um menino então eu ficava muito sozinha de casa e chegou um tempo que eu tinha medo na verdade
é que a criança tinha medo de dormir ele entrou até então desconfiado não desconfiei que tinha demonstrado nada ainda aí ele começou passar a mão nas minhas partes em junho eu sei que eu não tinha o que eu tinha mais cabelo e joelho era muito magrinha eu tinha um irmão que tinha acabado de nascer foi mesmo o nascimento do meu irmão então eu era muito apegada a ele porque ele nasceu prematuro então ele ficou muito tempo no hospital e aí quando ele voltou eu queria saber assim né conhecer a criança estava animada e tá aí
eu sempre cuidava da bóia na madeira todos os cuidados e aí teve no fim do ano em outubro é uma madrinha que por um acaso também é prima do meu pai graça é tá fazendo aniversário e aí decidiu comemorar num bar e fomos todos nós eu minha mãe e ele e meu irmão e como já estava tarde era de noite itha depois de um tempo a minha mãe ia ficar mais e ela fala comigo vai pra casa para o seu irmão é dar banho nele coloca para dormir e dormir também e depois eu volto pra
casa foi tudo bem aí o padrasto é colocar a gente no carro e levou a gente casa aí eu achei estranho porque ele é só deixar gente ele resolveu subir também que a gente morava no segundo andar de uma casa aí é subir aí ele falou que eu podia trocar de roupa que ele ia ficar com meu irmão na sala eu falei que tudo bem fui troquei de roupa com o que meu pijama e voltei para a sala eu peguei mesmo no colo e senta no sofá falei que ele podia voltar lá pra festa e
tal aí ele sentou do meu lado e abaixou a calça do meu piano e começou a analisar o meu seio todo mas sei que eu nem tinha na época eu tinha 10 anos e ele falar comigo ele falava com o meu irmão um bebê falava pra ele saber como era tratado em com carinho uma coisa assim que na hora eu não fazia a menor idéia fiquei paralisada e aí ele foi embora como se nada tivesse acontecido e e aí isso foi a primeira vez que aconteceu né e costumava passar a tarde juntos né mãe saia
trabalhava para resolver alguns problemas do meu pai e aí ficávamos em casa eu e meus dois irmãos um de 10 e um de 15 e aconteceu de uma forma estranha ele o irmão de 15 anos me procurou pra o pouco que eu acariciasse e coisas do tipo eu fiquei muito assustada e sai correndo disse não saí correndo em seguida ele me procurou de novo disse que se eu não topasse que ele contaria tudo pra minha mãe e aí eu não liguei muito para eu queria fazer né seria contar ou não e o fato é que
ele contou de verdade porque eu não topei mas com todo o jeito dele né e minha mãe acabou acreditando nele e aí ela além de brigar muito comigo nunca chegou e aí outras vezes ele me procurou passar o tempo ele procurou de novo e já foi com uma nova abordagem assim ele tentou me acariciar e fez crescer o meu seio e pedi para ficar quieta não para não para não fazer nada não gritar não fazer alarde eu não tive reação dessa vez não conseguir reagir a isso eu fiquei realmente é tanta e permitir então foi
a partir dali ele continuam procurando e dois anos depois ele continua acontecendo né várias vezes mas dois anos depois ele chegou um dia que lhe tirou minha roupa me deitou no chão e fez o primeiro e acariciou e depois é penetrou com o dedo a minha vagina e aí dou muito eu senti muita dor e foi muito muito ruim e fiquei muito assustada porque eu já tinha 12 anos já era um amor você fica muito preocupada que algo pior acontecesse e aí depois ele repetirá isso entrava no meu quarto de noite e falava para não
falar para minha mãe para pensar na minha família falava que não era pra gritar por algumas vezes perguntava se eu sabia o que estava acontecendo e eu não sabia e e aconteceu isso durante sete anos da minha vida meu padrasto ele não não chegou me estuprar é não penetrar mas ele tocava lambia então assim me batia e me fazia calar minha mãe viajava muito o rio pra ver minha família e eu morava aqui no espírito santo né então quando minha mãe viajava eu ficava com ele pulava a janela do prédio na rua do meu foro
dia e eu fui vivendo cada vez mais uma pressão para ter noção assim é tomar banho é lhe batia na base como assim e aí eu sentia assim como eu não conseguisse fazer nada sem me sentir presa ali aquela situação e acontecerá sempre no banheiro eu costumava tomar banho com a porta aberta então ele entrava tampa da minha boca como ela passa a mão pelo meu corpo a tocar onde não devia tocar e eu ficava com muito medo assustada sem entender porque é que ele estava fazendo aquilo em uma das vezes acordava tomando banho ele
entrou novamente então como a boca eu tava demorando muito a minha avó ela percebeu que tinha acontecido algo que veio atrás foi quando eu gritei e ele falou no ouvido ninguém vai acreditar em você se você falar eu mato você e quem mais souber em uma das vezes eu estava menstruada tinha menstruado me estreei com nove anos muito cedo e aí eu lembro que ele falou pra mim que executar a magistrada já estava pronta pra ter filhos né já estava virando mulher então estava a mulher é porque já estava pronta e nesse dia a gente
brigou muito e bateu na barriga nos tocar bes e eu contei para minha mãe só que ela não acreditou acreditou em mim acho que eu tinha apanhado que era permissivo né o castigo físico porque eu merecia porque sempre fui muito moleca também então ela achou que fosse só por isso eu comecei a evitar sair de casa porque se eu saísse tarde ele teria que me buscar e minha mãe natália com ele por causa do meu irmão então quando trancava o carro assim eu já entrava em desespero porque me sentia mais vulnerável do que eu já
era ea dizer em alisava falava algumas coisas que eu não fazia a menor idéia e e aí eu fui ficando cada vez mais isolada não sair de casa comecei a ter alguns problemas de saúde as hemorragias que foi diversas médicos e eles não conseguiram detectar o que era tive alguns problemas com ansiedade e depressão no final do ensino médio eu tive um surto do paraná psiquiatra e ele me proibiu de voltar à escola durante até o fim do ano e enfim do nojo uma vontade de sair correndo não voltar mais fun ninguém vai acreditar em
você só gosta de mim me admiro muito se você fazer isso o mapa sua mãe porque ela já não é nada mesmo mas eu mato ela mato você e se você falar isso vai continuar eu vou te levar pra outro lugar e você não vai ver nunca mais ninguém e entre mesmo sendo muito nova mas você já consegue entender o carinho de uma mãe né de quem está mais perto de você isso gerava um medo o medo de ficar longe deles é fazer com que o aturar se aquele homem sequer o zune mim e até
hoje eu tenho contato com ele não é por causa do meu irmão então se tem alguma festa de escola até mesmo se a minha mãe não tem como buscar meu irmão no portão c tem que então aqui a cada 15 dias só tem que encarar aí novamente é a pessoa que me torturou aos poucos se você encontrasse com ele hoje acho que você consegue falar qual seria sua reação olha não sei não sei ele é uma imagem que assim é simplesmente deletéria memória uma pessoa que nunca existiu a reta é duro duro da minha parte
falar mais quando eu fiquei sabendo que ele morreu eu não conseguia nem ficar triste todos os meus irmãos eu não conseguir esboçar nenhum sentimento de piedade e para mim isso era o que já deveria ter acontecido há muito tempo e naquele momento era como se fosse uma livre era como se saber da morte dele era com 11 era como se eu tivesse a sensação de que todas as barreiras caíram ali as barreiras do medo nojo das ameaças caiu ali porque eu temia sempre o livro dele então pra mim se eu tivesse mesmo se tivesse visto
ele antes eu não conseguia esboçar nenhum sentimento de piedade de perdão de nada então até eu não sei assim a palavra exata em que eu posso né falar pra ele mas eu gostaria de perguntar o que passa na cabeça dele né evento com uma criança indefesa e a pessoa chega lá em fazer uma coisa dessa é pra mim ensinar esse é um monstro entendeu isso não é um ser humano isso pra mim tem um desempenho do demônio dentro porque eu fico pensando não imagino como tem mulher que faz isso também tendo com a própria filha
com a filha mayu vejo várias reportagens que passa né na televisão sobre isso eu acho assim sei lá coisa com uma palavra do senhor fala né que o último dia que tá na bíblia está acontecendo não é coisa do demônio sinceramente eu não não imagina o que passa na cabeça das pessoas nessa primeiro primeiro eu acho que gostaria está cá há algo na cara dele sabe lama bosta copo de bebida o que tivesse na mão sabe eu tenho vontade de agredir os 100 primeiros o calmo na cara fala olha aqui hoje eu sei hoje eu
tenho consciência é por isso que o atua por isso que eu milito que está dentro de mim glória do mundo criança nenhuma merece esse histórias que a gente ouve de crianças meninos meninas e roubaram várias coisas roubar uma experiência sexual própria natural tem flash tem algumas lembranças não têm todos lembrança mas assim quando pára pra pensar quantas vezes rolou e eu só lembro de algumas das mais fortes porque seis anos a gente não lembra muita coisa sabe algumas marcantes muito marcante na menstruação sabe minha descoberta os namoradinhos é impressionante durante muito tempo fiquei eu tive
relacionamentos só com mulheres que eu queria que homem nenhum tocasse foi muito difícil e é diferente ainda mas eu gostaria mesmo eu sei que meu padrasto morreu ele já era detinha 60 e tantos anos na época agora meu tio por aí uma hora a gente cruza doente ele vai e volta gente não se cruzou mas uma hora a gente tem que se barra espero que tenha bastante gente volta é quando quando fiquei sabendo quando me propus a participar eu acho que não mas não imaginava que fosse de novo tocar tão fundo né acho que essa
é a questão eu vim muito tranquila pra contar história e iii até os fatos assim até por ter sido a história de outra né se não talvez não me abala e tanto apesar de abalar mas a verdade é que é muito difícil e ao mesmo tempo muito importante é fundamental falar eu fiquei sete anos sufocada com isso você se arrepende bom não não me arrependo porque eu acho que era muita responsabilidade só minha de pensar no que era melhor e eu acho que eu fiz o meu melhor né pra pra mim pra de repente não
pra mim porque eu poderia ter me poupado de muitas situações mas pra minha família crescendo quanto antes porque eu vi meu irmão crescendo eu via o quanto a minha mãe chamava o padrasto e isso me segurava eu achava que a felicidade dele estava em convívio em formar uma família e durante muito tempo me senti até incomodando isso sabe pensava nossa não tivesse aqui de repente as coisas serão diferentes em geral a vergonha naquela comandou e nem mesmo naquela época era uma vergonha imensa porque eu me sentia culpada por aquilo como se eu fosse eu que
tivesse sido responsável despertado isso nele não sei isso me envergonhava muito era como assim você você e ensino ou você tava com alguma roupa que você fez sabe que caminho de dez anos faria sabe não tinha nenhum dente na boca eu não tinha cuba num eu nem sabia brincar de boneca ainda não tinha conversa com ninguém eu não não era sexualizar radar nada disso é só uma criança interfere na culpa porque é difícil é alguém realmente tratar como se você tivesse sido abusada acho que esse é o início e aí quando você pensa que alguém
vai acolher de alguma forma é disputar de compreender na verdade é sempre um querendo ou não sempre haja a um julgamento no que está fazendo porque que houve porque não houve o que você fez pra ajudar então acho que a culpa de vocês não se identificar enquanto vítimas culpada tem muito por aí que a sociedade tende a culpar a então antes de você falar já pensa você como você culpada melhor não falar melhor tentar resolver como mesmo né acho que é um grande tabu de ter um tabu e acho que essa é a questão eu
ser um tabu tema tabu ninguém quer escutar quem foi abusado sexualmente quando era criança as pessoas não querem ouvir porque é algo realmente muito ruim você acaba guardando pra você não sofre julgamento para não fazer outras pessoas sob sua pele e também eu acho bem cruel pra até ser bem sincero a senhora chegou o sta eu acho que as pessoas não querem se envolver porque é um fardo pesado não quer atribuir a elas também uma responsabilidade então eu até entendo assim mais ou menos mas de verdade eu nem quero entender por quê eu eu acho
errado assim eu me privar de muitas coisas enquanto meu agressor não se priva de absolutamente nada então isso é uma realidade não acontece só comigo sabe é que muitas pessoas passam por esse tipo de coisa diariamente e nada acontece e ninguém pára pra pensar o que podia ter feito e em para pensar que essa pessoa que essa acolhida ou que ela simplesmente não quer se ver como a culpada que roupa você tomar nem vença em gagueira que nos foi dito hoje você fala isso agora mas na hora só está desgostoso por ano sem ver tropa
que você fez pra isso você vai por cima ele te tratam bem câmbio acho que você fez pra isso acontecer vocês o que é nosso por isso acontece você fica lembrando disso