sejam bem-vindos à primeira aula do nosso curso intensivo de uso de antibióticos na prática Clínica antes de começar eu quero lembrar vocês que essa aula aqui é destinada exclusivamente para médicos veterinários estudantes de medicina veterinária e eu sou a professora Helena e faço parte aqui da equipe de professores do rcv até o final desse curso você vai saber precisamente quando e como utilizar antibióticos evitando erros e promovendo o bem-estar dos seus pacientes Cães e Gatos Talvez hoje você não acredite que possa conquistar esse nível de segurança nas suas condutas clínicas relacionadas ao uso de antibióticos
pois eu sei que essa é uma das Places de fármacos que mais causa confusão e dúvidas na hora de realizar um tratamento Eu também já passei por essas dúvidas e esses momentos de indecisão mas é importantíssimo que nos atentemos a esclarecer essas dúvidas pois a gente tem estatísticas que destacam que cerca de 40% dos casos onde se utilizam antibióticos na rotina de cães e gatos não tem real necessidade desse uso e isso é totalmente alarmante pois demonstra como a nossa classe veterinária Está contribuindo enormemente pra resistência bacteriana E foi com essa preocupação que nós aqui
do rcv construímos uma forma fácil de você definir exatamente e com responsabilidade como quando e quais antibióticos utilizar a gente já tem muitos alunos que se beneficiaram desse método Olha o que eles dizem Eu ficava imaginando meu Deus que tipo de medicamento eu vou passar para essa doença que o cão tá apresentando ou Que tipo de antibiótico Qual é a dosagem então eram coisas que a faculdade nos dá um uma base mínima o curso é fantástico eu posso dizer com muito mais segurança eu sei fazer um protocolo eu sei fazer um uma terapêutica antes de
eu te mostrar como esse método para definição responsável do de antibióticos funciona e como você pode aplicar ele aí na sua rotina deixa eu te contar quem sou eu e como que eu cheguei até aqui e por que que eu sei que muitos dos que estão aqui assistindo esse curso ainda não me conhecem não conhecem o raciocínio Clínico Vet então gente lá em 2008 quando eu me formei em medicina veterinária eu saí da graduação me sentindo extremamente despreparada para conduzir tratamentos eu tinha muitas dúvidas sobre dose quanto tempo PR escrever tinha uma noção assim tal
medicação para tal doença específica mas tinha muitas dúvidas de prescrições Gerais e eu lembro que a a dúvida sobre antibióticos antimicrobianos era gigante era o que eu mais sentia insegurança e por muito tempo eu acabei copiando protocolos que eu tinha visto em estágios que eu achava que era assim tinha visto por cima na faculdade mas não com a profundidade que a gente a gente precisa para prescrever antibióticos de forma assertiva que melhore o paciente que não cause danos pro meio ambiente pro paciente em si pra família dele em relação à Resistência bacteriana né quando caiu
a ficha assim para mim que eu disse não eu não sei o que eu tô fazendo preciso estudar mais a faculdade não me deu tudo que eu precisava e eu preciso correr atrás foi com um caso que eu atendi na residência eh eu fiz residência em clínica médica de cães e gatos lá na ubra em Canoas e eu atendi um paciente era um cão assim de grande porte um tipo labrador chegou com uma diarreia hemorrágica e eu lembro que eu vi nos estágios que diarreia hemorrágica o tratamento era Metronidazol Então eu fui lá e fiz
Metronidazol no cachorro a gente fez Metronidazol endovenoso ele já tava na fluído foi feito de forma rápida eu não cuidei com o tempo de administração porque tinha muito volume de paciente internado e eu não sabia que realmente podia causar um efeito colateral tão grave e o animal convulsionou e começou a andar em círculo teve vários sinais neurológicos Depois dessa aplicação aquilo mexeu muito comigo porque o animal ficou muito mal tá eu não lembro exatamente se ele sobreviveu como que evoluiu que isso já faz 16 anos mas eu lembro desse fato e de ter usado o
Metronidazol meio assim tipo acho que tem que ser assim porque só vi quando eu acompanhei casos no estágio vi na faculdade tem diarreia com sangue é met e eu repeti esse comportamento ainda por muito tempo e depois fui estudando fui vendo e as atualizações foram chegando e que a minha conduta naquele caso o cachorro chegou a banando do rabo tava super bem não tinha sinais de gravidade ele não precisava ter nem recebido antibiótico muito menos Metronidazol de forma rápida e endovenosa eu sei que muitos de vocês se sentem assim hoje de se sentir despreparado para
prescrições eu super entendo eu também me senti assim e eu acho que piorou o cenário de Ensino em geral na medicina veterinária então cada vez mais eu vejo médicos veterinários ansiosos em dúvida de como proceder os tratamentos o conhecimento e oportunidades de atualização me ajudaram a sair desse cenário de dúvida e Incerteza na hora da prescrição por uma prescrição segura e efetiva que realmente ajudava o meu paciente e que não me tirava o sono de que eu não tinha feito a coisa certa né E lá no final de 2018 a gente criou o raciocínio Clínico
Vet que é a nossa empresa de educação continuada e conteúdo para médicos veterinários aqui no raciocínio Clínico Vet já passaram 4.000 alunos que colhem os frutos do dos ensinamentos que a gente traz aqui nos nossos cursos e hoje tem segurança na rotina Clínica e na prescrição de medicamentos por isso tudo que eu acabei de compartilhar com vocês e principalmente o fato de observar que as angústias e dúvidas dos nossos alunos são muito similares as angústias que eu tive lá no passado é que a gente montou essa essa aula aqui que é um compilado de equívocos
de erros comuns e muito graves que comumente são cometidos pelos médicos veterinários na hora de prescrever antibióticos e o pior são cometidos achando que está fazendo a coisa certa mas na verdade está causando danos ao paciente contribuindo paraa resistência bacteriana Então vamos lá pessoal aos maiores erros na prescrição de antibiótico na nossa no rotina da clínica de cens e gatos grande parte dos erros que eu vou citar aqui giram em torno de usar um antibiótico por um paciente que não tem infecção bacteriana então convenhamos que o uso de antimicrobianos São direcionados para tratamento principalmente de
infecção bacteriana a gente tem algumas exceções como protozoários que podem responder ao tratamento com antimicrobianos mas em geral é para infecção bacteriana e se não tiver infecção bacteriana não faz sentido usar ótico concordo Pois é mas na nossa rotina Acontece muito de usar antibiótico para quem não tem infecção normalmente por excesso de zelo falta de cuidado ou falta de informação então para exemplificar isso vou trazer vários casos clínicos aqui para vocês entenderem melhor dentro desse contexto de usar antimicrobiano para um paciente que não tem infecção acho que a maior treta é o uso de antibiótico
pro paciente com diarreia então um exemplo é a corin uma lhasa fêmea de 12 anos que eu atendi com um quadro cardiogênico ela tem uma doença valvar de mitral classificada como estágio C através da avaliação ecocardiográfica eletrocardiográfica raio x etc e ela tinha histórico de desmaios recentes vou mostrar o vídeo aqui para vocês de como que ela eh tinha crises em casa em que ela caía ficava Sem consciência e logo depois retomava a consciência mas ela ainda tinha dificuldade para levantar não tinha contração tônico clônica assim clássica de convulsão era bem clássico de um desmaio
com a doença cardíaca grave que ela tem é bem possível né que aconteça um des maios Então esse foi o motivo da consulta comigo tinha também já no histórico tosse e cansaço ao exercício ela já recebia pimobendan em benazepril uma consulta com outro profissional há mais de um ano e diante do novo resultado do ecocardiograma o quadro clínico dela de desmaios Associados né síncopes aí associadas ao quadro eu adicionei também ao tratamento espironolactona e furosemida antes disso a gente fez todo o perfil bioquímico hemograma perfil renal eletrólitos para avaliar né a segurança desse protocolo para
acompanhamento também iniciamos esse tratamento básico né para um paciente com ecc E aí para começar a dar medicação a tutora deu um bolinho de carne temperada e depois disso ela começou a vomitar e ter diarreia antes disso de comer o bolinho ela não tinha vômito de diarreia diante desse quadro de vômito e diarreia ela foi internada em um outro hospital n ela de uma cidade próxima aqui da minha região foi internada num hospital para tratamento ela chegou no hospital abanando rabo instável sem sinais de febre nem de apatia intensa já começaram com antibiótico porque ela
estava com vômito diarreia e eu fiquei tipo meu isso acontece com tanta frequência ainda né a gente fala tanto sobre isso mas eu vou reforçar aqui na aula de hoje para que você não cometa mais esse erro então existem critérios Claros pro uso de antimicrobiano num paciente com diarreia tá vai ter casos que precisa sim mas a maioria que a gente já atende na rotina não precisa e esse aqui era um desses em que não precisava segundo caso também nesse contexto de antibiótico para paciente com diarreia é o Skylab umch de 8 meses de idade
Então ele era aquele pentelho que comia tudo chinelo espuma sofá colchão Ah tinha 7 kg de peso corporal e os tutores tinham começado uma dieta Mix feeding e deram Miúdos de frango cru pro animal tá no dia seguinte a ingesta desses Miúdos de frango ele apresentou o quadro de vômito e diarreia mas no exame físico ele tava animado não tinha febre tinha um leve desconforto abdominal e ele vom ou esse negócio aqui que parecia sangue só que ele tinha comido fígado cru né então fica difícil de saber se é sangue dEle se é sangue do
fígado foi solicitado ultrassom hemograma bioquímica sérica exame de feses importantíssima avaliação de diagnóstico por imagem diante do histórico filhó que come tudo quanto é coisas que podem causar uma obstrução gastrointestinal né e eu iniciei o protocolo com o mepraz bid porque havia uma possível ocorrência de sangramento gastrointestinal aí no quadro B química sérica deu tudo normal hemograma normal não temos leucocitose nem neutrofilia exames de feses normal tá então o que que você acha nesse caso você faria antibiótico eu vou responder o que que eu fiz eu não fiz antibiótico por ele não tem sinais de
gravidade animado banando rabo não tem febre não tem prostração intensa e o hemograma dele não tem sinais de processo inflamatório tá então a minha conduta foi fluidoterapia ambulatorial a gente fez ele nem ficou internado ficou tipo meio período internado só para reposição polêmica mesmo probiótico 1 g por animal né que é a posologia e o Omeprazol bide até o Omeprazol eu fiquei bastante em dúvida se era totalmente necessário mas como havia possibilidade de sangramento gastrointestinal eu achei pertinente entrar tá pra casa foi com beneflora que é o probiótico Né 1 g vi oral uma vez
ao dia por CCO dias e ele evoluiu super bem no outro dia tava faceiro não tinha mais vômito aí no consultório além da fluído a gente fez uma aplicação de Mar optante também de serelha e ela eviu muito bem sem nenhuma Gotinha de antibiótico na dica de nada nem metro nem amoxi nem penicilina nada nada de antibiótico ele melhorou Então vamos lá gente que que a gente tem que entrar na cabeça aí com esse primeiro erro que a gente tá vendo aqui na aula que é o uso de antibiótico com paciente com diarreia professora Não
pode nunca usar antibiótico no paciente com diarreia não existem situações que tu vai recomendar mas é muito pontual não são todos os pacientes uma grande confusão que acontece que ainda tem algumas literaturas é que quando tem diarreia com sangue tem ruptura da barreira e chance de translocação a diarreia com sangue é um critério para uso de antibiótico isso estava descrito na literatura no passado eu aprendi assim na faculdade que se tivesse jre com sangue tinha que utilizar Isso está muito enraizado culturalmente e por falta de atualização dos veterinários ainda mas hoje já se sabe que
usar antibiótico seja Metronidazol Amoxicilina enrofloxacina para um paciente com diarreia sem sinais de complicação não tem benefício ele não melhora mais rápido não diminui a taxa de mortalidade E além disso provoca disbiose intestinal que pode atrasar a melhora do quadro então é por isso não é chatti Lena é cheia de mania chata não é o que tá até pode mexar chata tá tudo certo mas é o que tá descrito na literatura atual que a gente não deve utilizar se não tiver sinais de gravidade que indiquem o uso de antimicrobianos esse artigo aqui gente de 2020
o que que eles trazem né primeiro a classificação da diarreia aguda quando tem duração de três a 7 dias prolongada quando tem persistência de fes aquosas por mais de 8 a 13 dias e crônico acima de 14 a 21 dias e pra diarreia aguda O que que a revisão traz né e o tratamento etiológico de causa raramente é estabelecido em geral é tratamento de suporte tá igual gente quem aí nunca teve uma diarreia se desidrata vai para Hospital toma uma fluidoterapia endovenosa às vezes um Buscopan Zinho que em gente é benéfico talvez em cachorro e
gato a gente sabe que tem muitas dúvidas em relação ao benefício mas a causa em si na diarreia aguda em geral não é tratada tá Por quê Porque melhora sem tratar melhora só com tratamento de suporte é autolimitante na maioria dos casos tá o manejo médico sintomático então só tratar os sintomas tá vomitando vai dar antiemético tá desidratado vai hidratar com ou sem mudança alimentar é o que é geralmente prescrito e é o que deveria ser prescrito mas no Brasil e em vários outros países do mundo é muito comum ainda o uso de antibiótico para
esses casos Principalmente quando vê algo desse jeito aqui aqui ó a vontade de prescrever o antibiótico chega a coçar a mão né mas não tem necessidade esse outro estudo aqui fez um levantamento né sobre a prescrição em diarreia aguda e lá eles descobriram se eu não me engano foi na Inglaterra esse aqui acredito que sim mas não era Brasil que 50% dos veterinários prescrevem antibiótico eu creio que aqui é maior ainda e 90% dos pacientes não precisam de antibiótico penso né esse outro estudo aqui ó gente tratamento de cães assépticos com ou seja não tinham
infecção com gastroenterite hemorrágica com Amoxicilina com clavulanato no estudo prospectivo o que que eles viram nesse estudo que o uso de Amoxicilina com ácido clavulânico não afetou a taxa de mortalidade quem usou ou não usou não morreu mais a duração da hospitalização nem a gravidade então não mudou o tempo de hospitalização não afetou taxa de mortalidade e não mudou a evolução clínica para que raios que tu vai usar se não muda para nada disso e ainda dá des biose contribuir com resistência esse outro estudo aqui ó sobre abordagem diagnóstica e terapêutica no paciente com diarreia
aguda no cão né e gato com diarreia aguda que que eles trazem terapia antimicrobiana O uso rotineiro de Antibiótico em casos não complicados de diarreia aguda é forte ente desencorajado ou seja não é para utilizar não vendo que não é coisa da minha cabeça e o nosso manual do mapa né quem não tem acesso deveria né se atualizar o guia de uso racional de antimicrobianos para cães e gatos do mapa de 2022 se eu não me engano 2022 que que ele traz sobre o uso de antimicrobianos para diarreia nesses casos nem mesmo o uso de
antimicrobiano é indicado pois a diarreia tende a ser autolimitante mais um se você ainda não se convenceu vou mostrar mais provas aqui tá e eu tenho muitas provas da minha rotina não é só coisa de artigo de livro de muitos pacientes que eu trato como alguns que eu mostrei aqui para vocês sem antibiótico e que melhoram eles evoluem bem então você pode fazer isso aí com tranquilidade na sua rotina desde que você saiba os critérios Então esse estudo aqui ele avaliou comparou o uso de probiótico com o uso de metronidazol Tá o que que foi
melhor no resultado de tratamento para cães com diarreia aguda e o que que foi visto no estudo que o probiótico deu melhor resultado do que o Metronidazol ou seja esses achados não fornecem evidências pro uso comum de Metronidazol então des reccomend o uso de Metronidazol mas para dizer que que o probiótico realmente funciona teria que avaliar uma população maior que tem estudos novos né avaliando populações maiores com o uso de probióticos e benefício da sua utilização esse outro estudo aqui também de 2019 que avaliou uso da tilosina daí que é um antimicrobiano também que é
muito prescrito principalmente para diarrea crônica a tilosina causou disbiose intestinal em cães saudáveis Então ela tem um impacto negativo Se for usada sem necessidade e as alterações elas não foram resolvidas de forma linear uniforme após a descontinuação tipo parou de usar melhorou não foi assim e pode persistir até por anos pós uso do antibiótico tá então a gente precisa saber quando usar porque usar quando não utilizar antibióticos na nossa rotina e para terminar de ilustrar e fazer atualizações para vocês sobre este tema de uso de antimicrobianos no paciente com diarreia aguda tá tem Este estudo
aqui de 2024 tá que é um guideline sobre o uso de antimicrobianos né do comitê europeu para otimização do uso de antimicrobianos e o que eles trazem é o que a gente já na literatura em geral há muitos anos e o que a gente já pratica na nossa prática Clínica há muito tempo diarreia aguda hemorrágica ou não tanto faz se tiver sangue ou não e doença leve não usa antibiótico diarreia aguda hemorrágica ou não tanto faz se tem sangue ou não e doença moderada não usa antibiótico mas tem uma exceção vai essa exceção diarré da
hemorrágica ou não e doença moderada mas se tiver lacitos intensa desvio à esquerda degenerativ ativo ou neutropenia intensa aí é critério para uso de antibiótico e animais com diarreia aguda hemorrágica ou não hemorrágica que tenham doença grave o uso antibiótico daí você deve estar se perguntando Tá mas o que que é doença grave como que se classifica doença grave neste mesmo estudo eles trazem essa classificação de forma bem clara tá doença leve diarreia não hemorrágica ou hemorrágica os animais estão alertas responsivos não tem sinal de depressão de estado mental a patinha tens nada disso é
aquele cachorro que chega lá com diarreia mas tá ativo abanando rabo no consultório e não tem sinais clínicos de desidratação ou hipovolemia e não tem F então esses trens são tratados como pacientes ambulatoriais Eles não precisam de necessariamente de internação doença moderado diarreia pode ser não hemorrágica ou hemorrágica isso não vai ser critério exclusivo pro uso de antimicrobianos eles podem estar com estado mental um pouco deprimido e estão desidratados ou hipovolêmico é isso que Traz eles daqui para cá a desidratação e a hipovolemia o Skylab que eu mostrei antes ele seriam um paciente com doença
moderada nessa fase eles podem apresentar ataque Cardia como fase compensatória de uma desidratação hipovolemia ou até mesmo por desconforto ou dor e os sinais sistêmicos quando presentes principalmente ataque Cardia né que pode aparecer ou sinais de desidratação eles melhoram rapidamente com a reposição volêmica não tem febre pode ter inflamação sinais de inflamação grave como neutrofilia acima de 25.000 ou desvio a esquerda degenerativo ou neutropenia daí se eles estiverem com esses critérios entra com antimicrobiano só tem que ter cuidado gente na interpretação dessa neutrofilia você tem que saber interpretar esse exame vai queer uma neutrofilia por
estress Agudo da coleta só tem linfocitose lá não é critério para uso de an microbiana tá então tem que saber interpretar não é só o número absoluto Geralmente os cães com doença moderada vão ser hospitalizados para tratamento de suporte e reposição volêmica mas eles não vão precisar necessariamente de antimicrobianos que era o caso dois o caso um também da cor tá ambos tinham doença moderada precisavam de fluído mas não precisavam de an microbi doena grave paciente que pode ter diarreia hemorrágica ou não estado mental vai est mais deprimido tá pode ter um quadro grave de
depressão no estado mental pode estar hipotérmico normotérmico ou com febre pode apresentar neutrofilia grave neutrofilia e desvi à esquerda ou não em geral eles têm desidratação hipovolemia e que não melhora só com reposição volé a doença grave pode se classificar em duas fases né T com doença crítica que não respondem a reposição volêmica e todos os sinais de doença crítica grave que eu acabei de citar o animal que tem um quadro moderado ele não tá tão deprimido ele não tem febre ainda ele não tá tão desidratado mas que você faz reposição polêmica e os sinais
vitais não melhor Esses são fatores aí que vão levar também à classificação como doença grave Então nesse paciente aqui a gente usa antibiótico neste e neste não isso aqui é grande parte da rotina e muita gente usa antibiótico de forma errada não tem discussão para isso tá tá muito Claro na literatura há pelo menos 10 anos tá então é uma informação velha eu trouxe vários artigos e Estudos guid Lines novos aqui mas isso tá S repetido há muito tempo então o primeiro erro gente para né tudo que eu falei até agora entrar aí na cabecinha
de vocês é usar um antimicrobiano para um paciente com diarreia que não se enquadra nos critérios de gravidade mais uma situação Clínica aqui que é um erro comum usar um antibiótico para um paciente que não tem infecção bacteriana já falei sobre isso mas vamos repetir algumas vezes esse aqui é um paciente nosso aqui da clínica que desde que ele saiu do Canil ele é filhotinho a tá terminando o protocolo vacinal ele tinha peças pastosas e com muco essa coco feio aqui do Putz esqueci o nome do cachorro agora mas é um Luluzinho filhote que a
gente tá acompanhando aqui a gente recomendou fazer o exame de feses como protocolo né de investigação aí do quadro de alteração gastrointestinal Eu costumo indicar para qualquer filhote exame de fezes de triagem e tinha diá a tutora só trouxe a amostra depois que ele já tinha até piorado do quadro de Reia só com probiótico mas a gente insistiu e ela trouxe que realmente ele estava com Gerard Gerard e qual que é o erro na conduta em paciente com jard diase usar a Metronidazol como primeira linha de tratamento a primeira linha de tratamento recomendada também há
um bom tempo aqui nesse G Lines se eu não me engano Esse é de 2019 ó 2019 primeira escolha para tratamento de gardias e al febendazol tá essas doses aqui essa posologia é o 50 mg por kil via oral a cada 24 horas por 5 dias tratamento pode ser repetido se os sinais persistirem ou se o exame de feses mostrar os cisos de forma persistente alternativa ao tratamento segunda linha de tratamento febantel pirantel e prantel que é aquele composto de vermífugo que todo mundo tem aí disponível na clínica pode usar também eu prefiro usar só
febas ó porque é menos fármaco ao mesmo tempo para esse animal e não precisa tudo isso aqui Mas se não tiver FM dazol isolado também serve é melhor do que fazer metro Metronidazol pode ser usado é efetivo Pode ser que seja a taxa de eficácia dele não é muito alta do metro AOL tem vários estudos mostrando aí eficácia variando de 50 70% Então não é 100% não é 90% de eficácia para justificar assim não mas funciona muito melhor que os outros não e antimicrobiano vai provocar disbiose isso pode atrasar melhora do paciente e não precisa
usar antimicrobiano com um paciente que não tem infecção bacteriana que já já não é bactéria então por isso que pro paciente com giardíase o tratamento primeira linha é febendazol tem todas essas outras opções aqui de tratamento mas a primeira linha é febendazol e com todas as medidas de higiene banho nesse animal nos primeiros dias de tratamento sempre que tiver diarreia eh higienização do ambiente vai ser efetivo é muito mais comum reinfecção na giardíase do que resistência bacteriana qual procolo que vocês mais usam para jgi pode ser sincero escreve aqui para mim tem um um fármaco
econômico marcial que tem jardia no nome né galera adora usar que que tem lá no princípio ativo dele vocês lembram então prestem atenção nisso então o segundo erro gente é usar o Metronidazol como primeira linha de tratamento para jardas não é recomendado ponto acabou não é primeira linha de tratamento tá errado terceiro erro também vem eh junto com esse grande conjunto de erros que é prescrever o antibiótico para paciente que não tem infecção que é usar antimicrobiano pro paciente com pancreatite tá então esse aqui é o caso da Tica uma fêmea cocer de 6 anos
que tinha histórico de apatia anorexia e vômitos já com evolução de dois dias quando ela chegou para atendimento ela tava bem prostrada e já tinha tido três episódios de vômito estava defecando normal não tinha diarreia e não foi observada a urina vacinas e vermífugo estavam em dia não tinha contactantes e era uma fêmea castrada no exame físico mucosa e pele ictéricas desidratação estimada em 8% linfonodos normais tinha uma dor na região abdominal epigástrica não tinha febre frequência respiratória Tava um pouco alta 42 e frequência cardíaca 135 exames del tá o leucograma mostrou uma leve leucocitose
por neutrofilia e desvio à esquerda E linfopenia aqui associada e uma leve trombocitopenia a oreia a creatinina estava um pouquinho aumentadas então Então já tinha masot temia aqui provavelmente de fundo pré-renal fa aumentada ggt aumentada Bil rubina bem aumentada basicamente estas alterações diante do quadro clínico dos achados né dos exames do do da clínica dela foi solicitado o teste de lipase pancreática específica eu não coloquei aqui o laudo do ultrassom mas foi feito uma ultrassonografia também que sugeria pancreatite E aí confirmado com o teste de lipase pancreática específica que é diferente aquele é bioquímico básico
de lipase cé esse aqui é bem específico e foi compatível com pancreatite Então esse paciente aqui precisa de antibiótico não precisa Então como é que trata professora não usa antibiótico não usa antiinflamatório não usa corticoide pancreatite não é indicado como que trata tratamento suporte nutrição é um pilar essencial de tratamento do paciente com pancreatite analgesia outro Pilar essencial e tratamento suporte vomitou antiemético desidrat né como esse paciente vai hidratar e Nutrição né um paciente que com certeza vai precisar de sonda esofágica ou sonda Nasa esofágica paraa alimentação geralmente é esofágica que vai ser mais eficiente
que a gente vai conseguir alimentar de forma adequada então o terceiro erro é prescrever um antimicrobiano pro paciente que tem pancreatite que ele não precisa de antimicrobiana então aqui para vocês darem uma respirada que é bastante coisa para a gente de pensar aí de erros comuns na rotina e nas próximas aulas óbvio que a gente vai aprofundar em como acertar isso né a gente não vai vir aqui só falar Ah isso aí tá tudo errado eu já tô dando aqui um embasamento teórico do que que está certo mas o que eu quero é que entre
na sua cabeça aqui na aa de hoje é que são erros que eu já cometi também e que é muito comum que vocês estejam cometendo porque tem muitas questões culturais de cópia do que você viu no estágio muitas faculdades ensinando errado e erros que continuam se perpetuando na nossa prática e que eu não quero que você tá aqui se dedicando para ser um veterinário melhor continue cometendo então usar antibiótico para paciente que não tem infecção bacteriana a gente já viu aqui três situações com Íssima em que uso de microbianos é usado de forma inadequada por
paciente que não precisa um usar antibiótico pro paciente com diarreia que não se enquadra nos critérios de gravidade que eu acabei de explicar dois usar Metronidazol como tratamento de primeira linha para de Ardi três prescrever antimicrobiano pro paciente com pancreatite que mais que é erro comum que acontece por aqui e aqui é uma grande treta usar antimicrobiano paraa cirurgia não contaminada para correção de cuidados cirúrgicos inadequados então vai lá aqui é um modelo do de fazer do jeito certo né então com Campo cirúrgico colocado adequadamente a vental estéril luva estéril tá touca Máscara o ambiente
adequado para cirurgia se você fizer tudo certinho não precisa usar enro amox comul anatoxina sexona nada disso no pós-operatório aqui uma ovário salpingectomia não tem indicação de antibiótico a gente não usa aqui na clínica e em vários locais que eu trabalhei com pós-operatório de cirurgia letiva por quê Porque não tem indicação então o antibiótico não pode ser usado como correção de porqu por se não é argumento pro uso de antibiótico aqui um exemplo feio né procedimento tendo realizado sem Campo cirúrgico luva de procedimento sem avental bração de fora aqui material todo na mesa isso aqui
é um tapete higiênico aí vai usar antibiótico para corrigir por sim tá errado eu sei que tá Chei Ah mas todo mundo faz você não é todo mundo né sua mãe já dizia e eu vou repetir aqui e gente é assim às vezes é só preguiça e Mania todo mundo faz assim vou fazer também já até sabe como é que é o j não faz e tá errado tá você ia fazer se submeteu a cirurgia num hospital que faz com uva de procedimento em cima de uma mesa suja sem nada estério e aí um veterinário
reclama de falta de valorização mas faz esse tipo de coisa não dá não bate não tem como valorizar essa porquice que acontece em muitas clínicas por aí e aí usa antibiótico para tentar corrigir isso está errado eu fico com isso tá cheg D um negócio outro erro uso de antibiótico de última geração sem critério Claro Infelizmente eu tenho visto uma epidemia de prescrição de meropenem eu queria esganar quem liberou a compra fácil pro veterinário desses fármacos porque até pouco tempo atrás a gente não conseguia comprar fácil e Seria muito bom dificuldade para comprar isso porque
tá liberado e muita gente usando como água de batata sem critério nenhum O Nosso Erro número quatro era o uso de antibiótico no pós-cirúrgico de cirurgias não contaminadas o erro número cinco é o uso de meropenem para não sabe o que tem lembra do uso do mercor tem para não sabe o que tem o veterinário conseguiu piorar agora eu uso do meropenem para não sabe o que tem e não tem indicação gente não tem indicação tá são pontuais as indicações de uso do mer Enem e embasadas em cultura e antibiograma e não em artismo não
é para não saber o que tem a ainda nessa neste erro o uso de antibióticos de última geração sem critério claro também é muito comum para pacientes com suspeita ou confirmação de infecção do trato urinário é muito comum usarem enrofloxacina prad ofloxacina marb floxacina para esse tipo de tratamento que tem muito Claro na literatura que não é primeira linha uso de cinolona para esses casos deveria ser limitado ao resultado cultura e antibiograma a única criola que a gente tem aqui na clínica é a enrofloxacina ali o armário cheio usamos cheio não porque não comprei muito
porque eu já sabia que ia usar pouco mas eu usei um caso e a clínica tá aberta três meses então a gente pode assim tem muito critério no uso usar pouco e ter sucesso na resolução dos casos tá da onde que eu tirei isso né tipo Por que que não não se usa quinolona nesses casos neste G liners aqui de 2019 já tá velho né 2024 a gente tá mas isso já tem sido eh abordado há muito tempo na literatura pro tratamento de infecção do trato urinário em Cães e Gatos o que que a gente
tem que se você tem uma Cistite bacteriana esporádica que é a primeira vez lá que aquele animal canino né nem vou entrar profundamente em gatos aqui na aula de hoje tá com sinais de Trato urinário inferior você pode prescrever antibiótico empírico Pode mas tem alguns critérios tá o ideal é pelo menos a urina análise antes dessa prescrição ahor não autorizou urocultura Ok você pode fazer essa prescrição empírica mas pelo menos faz uma urinálise para você ter esse direcionamento diagnóstico se essa urinálise corrobora com a suspeita clínica de infecção do trato urinário ou seja tem lá
piúria bacteriúria hematúria associada aí você pode entrar com antibiótico empírico o que que é empírico Sem resultado da cultura antibiograma e como que a gente baseia as prescrições empíricas é baseado em epidemiologia na idade de tal bactéria tá causando infecção naquele lugar e aí as principais linhas de tratamento empírico recomendadas no hlines na literatura veterinária em geral atual isso aí dos últimos 5 anos nem tão atual assim é a Mox cilina pode ser a Mox cilina com clavulanato ou sulfat trimetropin Essas são os os dois antibióticos de primeira linha três a c dias de tratamento
não tem mais aquela recomendação de tratamento prolongado e 14 dias de tratamento com ma cesti eu aprendi assim até 2018 era a recomendação que a gente tinha fazer 14 dias de tratamento sufa sempre que for macho inteiro sufa é a a primeira linha entre essas duas porque é muito provável que tenha uma infecção prostática junto e a Amoxicilina não penetra bem na próstata então a Mox ou sufa são as primeiras linhas de tratamento tá então o erro número seis é o uso de quinolonas para conexão de Trato urinário sem embasamento em cultura e antibiograma então
gente nas próximas aulas o professor Paulo na aula dois vai abordar profundamente Em quais situações você vai usar cada antimicrobiano né os principais sistemas da nossa rotina e na aula TRS eu vou aprofundar mais sobre prescrição para sistemas específicos Por exemplo essa questão da infecção do trato urinário se tiver prostatite junto se é uma infecção complicada Quais são os critérios vou mostrar mais casos Eros para vocês como eu falei para vocês gente eu já cometi muitos desses erros né agora eu pergunto aí para ti seja sincero você já cometeu algum desses erros aí na rotina
de vocês não esquece de me contar aqui no chat não preca ter vergonha de compartilhar esses erros eu também já cometi lá no passado lá no início da minha carreira então a gente não precisa ter vergonha de dizer que erramos mas o primeiro passo para mudar É de fato reconhecer esses erros e você vai ver que usando o método que nós aqui do raciocínio clínico V desenvolvemos É sim possível para qualquer médico veterinário saber precisamente quando e como utilizar antibióticos evitando esses erros e promovendo o bem-estar de seus pacientes Cães e Gatos na próxima aula
a gente vai explicar como que você pode aplicar fácilmente esse método na sua rotina a gente espera vocês lá