E aí [Música] E aí E aí E aí [Música] E aí e a consciência mascarada como andar em um mundo com crise econômica crise de epidemia e crise política como ter clareza no pensamento e meio a tantas exclusões e com todos os nossos referenciais sendo transformados sobre as máscaras sociais sobre as máscaras do preconceito sobre as máscaras da Dori sobre as máscaras da desigualdade que nos acompanham nesse momento e nós temos hoje a honra o privilégio de começar um debate amplo um debate democrático debate plural com especialistas de diversas áreas cada especialista tratará dos muitos
dilemas o momento que vivemos das possibilidades de ter uma visão múltipla e aberta sobre o tempo e assim nós poderíamos ter ideias mais claras rumo à construção de um país mais justo e mais igualitário menos excludente menos violento mais capaz de pensar sobre si a consciência nas paradas larvatus próprio tema desta série do Café Filosófico e a solidão prospere nossos dias um sinal de novos tempos Será que os outros se tornaram tão intoleráveis ou tão exigentes que o distanciamento do mundo se tornou uma opção a ser considerada de que solidão estamos falando daquela que poderia
se configurar como um refúgio ou da que se coloca como indiferença ou ainda quando nos damos um tempo para elaborar uma perda uma tristeza que eu também a solidão que imposta feita de silêncio de recusa de reconhecimento de exclusão e de segregação social utilidade isolamento mundo privado como pensar a equação solidão e convívio no tempo de demandas de Hiper socialização e eu queria começar a nossa conversa sobre solidão e convívio e não te sendo a escolha do Leandro em relação ao tema das marcas porque a esse tema tem uma afinidade muito forte com a própria
dentro da consciência porque por um lado nos remete a uma grande exposição ética Ou seja a gente usa máscara no sentido sanitário não é para nos protegermos do outro não é para ficarmos mais seguros Diante Do perigo que o outro representa Aria sim mas é para cuidar do outro e que esse princípio se generaliza e nós estaremos todos cuidando de nós mesmos portanto Seguros a partir do outro É mas o tema da máscara e ele é interessante também é como o questão oral É no sentido de que a máscara não separa de nós mesmos e
ela indica que nós não somos transparentes e a nós mesmos do ponto de vista das nossas razões dos Nossos motivos das causas que nos movem o Ou seja a a primeira vertencia que a gente pode tirar aí de de kart E aí você Pensador no século 17 é de onde o Leandro trouxe a consciência máscara mascarada e no fundo a moral provisória de que nós estamos de tempo se não fizer elaborar as razões das nossas ações no tempo é isso significa reconhecer a pertinência imanente de que usamos máscaras o que usamos máscaras para nós mesmos
E aí eu gostaria de trabalhar essa distinção a entre a máscara a própria máscara para o outro e a partir de um exemplo exemplos M Clínico trazido pelo nosso grande filósofo e literato Machado de Assis e no seu memória do seu Memórias Póstumas de Brás Cubas e vamos lembrar que Brás Cubas e conta sua história do ponto de vista de um morto e não seja aquele que não teria mais nada a esconder de sim a mansão vejamos como ele aborda Angela Bora no tempo e as suas decisões éticas e Morais como ele constrói para si
retrospectivamente uma consciência em Memórias Póstumas de Brás Cubas ao momento em que ele está mudando o seu jumento e o animal diz Para Ele é socorrido por almocreve com um especialista na arte de conduzir jumentos fui aos alforjes tirei um colete velho em cujo bolso trazia as cinco moedas de ouro e durante esse tempo cogitei se não era excessiva a gratificação você não gostavam duas moedas Talvez uma com efeito uma moeda era bastante para alisar mostra de alegria examinei a roupa era um pobre-diabo que nunca jamais vira uma moeda de ouro portanto uma moeda tirei-a
via-a reluzir a luz do sol não havia o almocreve porque eu tinha lhe voltado as costas mas suspeitou o Valdés e entrou a falar ao jumento de um modo significativo dava de conselhos Diz ele que tomasse juízo que o senhor doutor podia castigá-lo o monólogo paternal crime hesitei retire na mão um cruzado em prata cavalinho jumento e seguir a trote Largo um pouco fechado melhor direi um pouco incerto do efeito da Pratinha Mas algumas braças de distância olhei para trás o almocreve fazendo grandes cortesias com evidentes mostras de contentamento o acidente que devia ser assim
mesmo eu pagar ali bem pagar ele Talvez demais eu meti os dedos no bolso do colete que trazia no corpo e sentir umas moedas de cobre eram os vinténs que o deverá ter dado o almocreve em lugar do cruzado entrado porque enfim ele não levou em Mira nenhuma recompensa ou virtude cedeu ao impulso natural ao temperamento aos hábitos do Ofício eu gente tem aqui três tempos na elaboração mural do Brás Cubas primeiro tempo ele tá marcado por um afeto específico que é o medo e ele estava num jumento jumento sai em disparada ele teme pela
sua própria vida o almocreve aparece e o salvo ele poderia dar tudo o que ele tem é porque o que estava em jogo é tudo que ele tem a sua vida e esse afeto colocou o Brás Cubas numa experiência de profunda convivialidade se você já viver junto e é se proteger u O que é ser capaz de fazer esse gesto espontâneo contingente de salvar o outro Ah e assim que a gente experimenta esse esse encontro é isso quando a gente tá junto com outro é imprimido na relação maior com a nossa própria existência É mas
o que acontece no segundo tempo e quando começa a uma haver um trabalho da consciência consigo mesma Será que o outro vai dar valor a esse gesto que eu tô pensando em fazer e como será que isso se elabora como como um ato moral quando eu estou ali sozinho a igreja que floresce então o nosso personagem o egoísmo floresce um distanciamento do outro e o almocreve Deixa de ser o Salvador e passa ser um tipo social um personagem alguém que está fazendo a sua função né que que não agiu por benemerência massa simplesmente cumprindo o
seu trabalho bom e isso reduz a gratidão em Brás Cubas e inaugura um terceiro tempo reflexão o que que acontece depois que ele dá um cruzado só apenas um cruzado de prato e vai embora ou seja já aconteceu então aí a separação entre os dois e aí acontece um processo conhecido como ressentimento o Brás Cubas começa a dizer assim mas na verdade mesmo esse cruzado de prata foi excessivo foi demais eu estou me sentindo assim culpado por senta forma minha auto-enganar e ao dar aquela Retribuição para ou creve bom então se a gente tem uma
primeira máscara marcada pelo afeto do Medo uma segunda máscara solitária onde aparece assim a dimensão do outro e nós em que o outro deixa de ser aquele passa seu outro tal qual a gente o fábula a intercessão lugar aparece a máscara do que Fairy ou a psicanálise e vai chamar de supereu ou seja o superior não só ele informa o que a gente não deve fazer isso é proibido Mas também ele Inter tela cada um de nós e na nossa suposta solidão é como uma voz um pequeno Chico tem a dizendo goza mais e aproveita
mais trabalha mais consuma mais você já produzindo uma deflação de si uma espécie de autocrítica desse e não é transformativo o que faz com que a gente se mantenha numa numa espécie de encargo infinito tô tentando se livrar da culpa e quanto mais a gente atende a isso quanto mais a gente responde é isso mais culpado a gente fica que é a consciência a consciência enquanto mascaro é aqui que nos leva a uma constante que atravessa os três momentos e essa constante é a divisão subjetiva a nossa consciência moral ela Ela depende da divisão entre
o público eo privado há entre o amor e o desejo e os prazeres e os ideais o e dançar tarefa de sobreviver a esse complexo do al nossos criamos como super-heróis e afinal o super-heróis usam máscaras e são mascarados enquanto produzem seus grandes feitos heróicos éticos É porque quando eles tiram as máscaras se ela se transforma em personagens banais os personagens que fazem sua função do mundo mas Vejam Só as máscaras são Também o lugar onde a gente se cria como heróis e onde a gente se desdobra em outro o nariz vermelho é a menor
máscara e a que mais revela como será abrisse uma festinha para gente observar as coisas ridículas da nossa quarentena as dancinhas que a gente faz no banho no as tensões inventadas na hora para cortar cebola e com isso atividade ser menos chata a pergunta que eu te faço ai ai e a máscara de pano é suficiente para ocultar o diploma pedindo Claudio thebas é concordo contigo que a próton Máscara a a marca originária é esse nariz de palhaço aqui introduzo uma mediação a em relação aos mesmos o que faz com que a gente não se
leve a sério e integralmente que faz com que a gente introduza o regime ficcional né hum como você um como ser que é lúdico é um como se aqui tem que ver com essa lógica vi encontro da qual a gente na a gente tava falando O que que tem que ver como recusa o exercício do poder e o palhaço bufão tomo um psicanalista alguém que depende né sua prática é da suspensão do exercício do poder sobre o outro E para isso eu não precisa de uma de um outro modo de uso da máscara O que
é esse outro modo que eu gostaria de ver né na máscara vou chamar de máscara sanitária na máscara que a gente deve usar agora que vai entrar na nossa vida como um fator de segurança como um fator de opacidade de algo assim que é muito importante para a gente que é um rosto humano né o gosto mano e matriz fundamental do encontro a gente lê moções a gente leia afetos em micro expressões da face bom Então olha que aparece essa máscara que cobre uma parte decisiva da boca do às vezes da face inferior a gente
vai sentir isso coloquei como perda de tração no laço com o outro é mas aí vai ser mostrar mais decisiva a nossa capacidade de convivialidade né a partir do que a gente não tem até a partir do que a gente perdeu e também é humor é aquilo que permite a gente olhar para infelicidade para o medo não para gerar a imprudência não para gerar o negacionismo né mas para gerar algo que o humor traz hum é que se chama a inteligência o que se chama astúcia que se chama a capacidade vamos assim de dialetizar a
solidão convívio e Convívio com a solidão no próximo bloco conviver implica produziram comum e a solidão pode ver Chico muitas máscaras do isolamento no castigo do fracasso social a possibilidade de se está sozinho ainda que nem sempre a sós pode nos abrir para o Abismo e o confronto com a nossa consciência e nosso desejo aproximando-nos da Solidão como Solitude gostaria de passar para ser um movimento interno da nossa experiência de solidão a solidão que Pode admitir um primeiro contrário O que é assim estar com os outros estar em sociedades você estará sendo visto por outros
é mas como vários autores da modalidade que estudaram modalidade e já puseram essa é também uma nova forma de solidão é aquela que se vive no interior da massa e o aquela que se vive no interior de um casamento e o aquela que se vive na em transparência da reprodução dos nossos papéis sociais o bom é isso que faz a solidão uma espécie de máscara de ferro e vamos lembrar desse personagem de Alexandre Dumas que era um irmão gêmeo do Rei e fica estava aprisionado e usava uma máscara de ferro não podia ser reconhecido e
de fato é essa a sensação que a gente tem quando quando estamos perdidos no interior da massa e nos sentimos sozinhos e relevantes E aí que vai surgir experiência da Solidão como castigo e como a como nos dizem as vezes nossos pais e fez uma coisa errada vai para o quarto pensar em pensar sozinho se fazer vai ajustar contas com a sua consciência e é como se a gente tivesse segundo tempo no Brás Cubas com o almocreve e é lá que as coisas vão se decidir e vai junto com isso é a gente vai associando
a solidão com castigo Esse é o aprisionamento do Homem da Máscara de Ferro a solidão solidão motivos políticos solidão como uma operação de isolamento social a gente vai ter aquelas pessoas que que não podem ser vistas sozinhas é porque o outro vai imediatamente imputar elas um esse não foi capaz de amar e ser amado é o bom é essa solidão ela tem um ela tem uma um tratamento ela tem uma cura espontânea O que é associar-se preocupação com o outro e o outro então vai vir assim a garantir a suturar é a relação que eu
tenho com esse abismo e quando isso acontece curiosamente eu não consigo estar com outro E eu simplesmente estou com as versões que eu faço do outro você já é uma solidão do desespero e é uma solidão que no fundo é fuga desse Abismo de angústia o que a gente olha para nós mesmos e ela está lá a refletindo o que um vazio uma falta de marcha e nesse espaço que se engendrou pode sim gerar uma uma experiência diferente da solidão é uma experiência que em português a gente chamaria de Solitude em duas palavras solidão Solitude
Oi e a Solitude é essa capacidade se destacar consigo quem sabe consigo incluindo o seu abismo o incluindo sozinho determinações incluindo os seus fantasmas e aqui incluindo ser essa do seu deserto particular Os seres imaginários não é bom a essa capacidade de conviver consigo e ela é fundamental para o desejo a área fundamental para que a gente possa conviver com o outro é sobre isso a o nosso poeta Guimarães Rosa e tem uma série de colocações muito interessante sempre sei realmente só o que eu quis todo tempo o que eu pelejei para achar era uma
coisa só a inteira cujo significado e deslumbrado dela eu vejo que sempre tive aqui era que existe uma receita a norma de um caminho certo Estreito cada uma pessoa viver e essa pauta cada um tem mas a gente mesmo no comum não sabe encontrar como é que sozinho por Se alguém ia poder encontrar e saber o ou ainda da mesma obra o sozinhos ou sendo de sozinho careço Sempre nas estreitas horas é isso procuro bom então essa e se forma de solidão específica criativa essa solidão uma que inventa um novo uma nova experiência de linguagem
ela vai se aproximar disso que a gente tá chamando de Solitude e a uma outra faceta importante da Solitude No que diz respeito à capacidade de manter uma certa intimidade EA partir desse contato consigo in Solitude que a gente pode deixar o outro chegar Oi e aí que vem a hospitalidade aí que vem abertura para experiência e aí que a gente veio uma uma série de atributos Morais que nossa valorizamos por exemplo a noção de empatia a ideia de empatia Como Um percurso em que a gente parte de cim e se coloca no lugar do
outro mas descobre que no outro alma alteridade o que o outro não é essa essa Projeção de mim mesmo esse duplo o outro é não é ele com a minha cabeça e o outro é ele com os seus Fantasmas com os seus infernos com seus amigos quando quando eu tenho essa experiência comigo eu posso desdobrar lá para o outro e posso ser afetado pelo inferno do outro e no meu inferno no meu desconhecido no meu inconsciente bom então a empatia não é identificação é porque nós não estamos assim gostando das mesmas coisas torcendo para o
mesmo time é com as mesmas disposições de mundo ou de crença a identificação bom mas ele notificação cria simpatia com outro não cria empatia como a empatia Depende de criar um um espaço em que aquilo que nós vamos ter juntos é mais importante do que as intenções de um e as intenções do outro é empatia ela é uma experiência que depende da intimidade Oi e a intimidade por sua vez depende na Solitude vê se você consegue ficar consigo habitará se você pode habitar o outro que a esse Oi e aí abitai compartilhar o mundo com
o outro que está fora de si se pequeno percurso e ele vai servir para gente diferenciar e introduzir a ideia de convívio o convívio com vivas tem que ver com comer juntos a viver mas a produzir uma experiência em que a palavra circula de forma horizontal o cantinho essa ideia de uma sociedade da mesa imaginar um uma um conjunto de relações sociais que fosse a ampliação das relações que a gente tem quando come junto e quando a palavra circula quando a gente cozinha juntos quando a gente compartilha uma experiência que é de saber e Sabor
conviver e algo intermediário entre participar da sociedade ser um indivíduo na sociedade e ser uma pessoa de uma comunidade a conviver implica produziram comum e a produção de um comum que tá nossa frente não há as nossas costas e essa ideia fundamental do convívio Mas qual que é a sua condição né que a gente saia na solidão o que a gente permita que a solidão você já vivida como Solitude a gente transforme a solidão nessa possibilidade de compartilhar com outro uma experiência indeterminada e o convívio portanto vai remeter essa lógica do encontro a sociedade realmente
o que desde uma circulação e a comunidade remete à ideia de um a origem e a convivialidade implica encontro e você pode fazer parte da mesma empresa da mesma escola é do mesmo lugar sem conviver com aquela outra pessoa É sim portanto dividir e compartilhar a sua vida em encontros você passa pelas pessoas mas deu assim como você Cristiano realmente acredita que exista algo como solidão tu acha que solidão descreve alguma coisa real ou é um desses problemas que se resolvem não através de alguma resposta através da dissolução do próprio problema é eu diria assim
que o a solidão é um um patologia social e é uma forma atemporal histórica na qual o sofrimento é vídeos e é uma captação da forçagem a de que os nossos Sofrimentos sejam vividos na forma indivíduo não na forma comunidade não na forma a sociedade não na forma coletivo mas individualmente e como é feito dessa pressão discursiva e dialógica surge é se objeto a objeto patológico vou dizer assim solidão e que assim como apareceu um dia pode desaparecer enquanto patologias do Social no próximo bloco posso depender do outro porque no momento seguinte eu posso me
separar dele E aí E aí e a consciência é algo que pode nos enganar e que muitas vezes nos impede de reconhecer a nós mesmos e ao outro mas a intimidade da Solidão na experiência da Solitude como capacidade de conviver consigo mesmo é um dos caminhos pelos quais é possível pensar a contradição entre solidão e IP socialização acelerada pelas massas digitais ainda mais um tempo de confusão entre vida pública e privada algumas figuras que que permitem que a gente análise essas modalidades da solidão e a e como a solidão pode evoluir para a Solitude cada
um Está sim fazendo alguma coisa mas há algo nessa imagem que informa a gente que eles estão juntos eles estão juntos eo silêncio mas estão juntos compartilhando uma mesma presença na floresta uma segunda imagem permite de novo a pensar uma outra avaliação da Solidão do lado de lá da janela há algo que nos ilumina uma espécie contra espelho aí tá a solidão aí tá a porta para Solitude essa tela do mancha ela convoca e nós algo de horror algum de temível e solidão como desamparo e solidão como uma abandono e tarefa para Olá pintor expulsa
artista psicanalistas transformar solidão e Solitude É porque quando isso acontece a gente vê tem um outro outro registros experiência no mundo o final aí é o que o Freud propunha com a psicanálise ele dizia psicanálise e é uma experiência para gente poder amar e trabalhar e recuperar a possibilidade de estar sozinho e para poder criar uma convivialidade convivialidade e ela depende um tanto das nossas aspirações de autonomia ou seja e fazer valer nosso desejo de nos orientar os nossos sonhos mas também o reconhecimento de como nós dependemos sumamente uns dos outros de uma dependência consentida
a Dilma Dilma dependência que diz assim eu posso depender do outro É porque no momento seguinte eu posso me separar dele é aquele que vive está solidão como claustro como uma espécie condenação o solista né ficar preso dentro de si mesmo Oi e aquele que sobretudo com a possuído pela dependência para o outro e ele olha para o outro como a ponte do quadro do mundo a ponte que que vai tirar que vai me tirar de mim mesmo que vai me ligar com o mundo e no fundo vai me deixar para trás alfaces assim o
problema e nós temos diante de nós é que estamos no mundo em um comum pertencer isso tem que ver com essa processo simbólico e se conviver de convívio como extensão da Solitude bom e como a capacidade de suportar o que há de mal estar em nós mesmos é free shopping House tinha uma imagem muito importante para pensar sociabilidade que a imagem dos porcos-espinhos bom então a nossa e enquanto seres humanos não conseguimos viver separados por Que morremos e frio é mas se nós nos aproximamos demais e a novo B tamos uns aos outros os agredimos
usar os outros então não podemos conviver tão próximos uns dos outros E aí nós voltamos para a máscara máscara como mediação entre o eu e o outro ela introduz uma distância Olha você quando está comigo está com meus papéis sociais Professor psicanalista homem isso aquilo isso tudo faz no meio de ações são são máscaras que podem me distanciar de você e pode me aproximar de você aí a gente tem que pensar com uma palavra proposta pelo Lacan chamada extimidad O que é a mistura do íntimo e com o exterior a ideia de que quando eu
vou indo mais e mais em mim mesmo tirando as máscaras lembrando né como cheguei aqui de qual a história dos meus desejos desejados de como de como isso tudo perfaz uma uma vida e o que que eu descubro lá e aqui essa vida foi com outros O que é essa vida íntima e ela ocorreu em grande medida fora de mim é como se aquilo que fosse mais precioso dentro se tivesse fora e por outro lado aquilo que está fora não opacidade do outro nesse almocreve que cruza o meu caminho criando encontros inesperados e isso me
devolve aquilo que seria mais íntimo sempre um prazer ouvi-lo sempre muito provocativo sempre muito rigoroso conceitualmente eu queria fazer uma pergunta a partir de um texto do meu escreveu O Dilema do porco espinho peguei essa metáfora de schopenhauer como lidar com o Frio da Solidão e o caráter agudo do Espinho a lei tem jeito estamos infelizes sozinhos estamos infelizes acompanhados Shopping Hauer tinha uma resposta qual seria a sua para nós hoje obrigado obrigado Leandro um lembrar que o shophar foi um dos introdutores do pensamento oriental é no ocidente né ele foi um leitor do Sul
polichaves indianos a bom então tinha como Horizonte essa ideia de que o tratamento para o paradoxo do porco espinho tá da nem possibilidade de ao mesmo tempo estar íntima e muito próximo do outro e morrer de frio eu era é só procura de uma espécie de vazio que apareceu aqui nas nossas conversas em torno da imagem do abismo O Abismo como lugar mais escuro a que é o mesmo tempo próximo íntimo e externo Oi e o abismo que pode ser compartilhado e veja só o porco-espinho ele atrás essa ideia de que a convivialidade e a
felicidade como uma tarefa mais ou menos impossível ou precária para nós que somos meros porcos-espinhos e ela está na realização de algo positivo o valor à sobrevivência a perceber ânsia a manutenção desse É mas o shopping na hora também traga o próprio antídoto para essa para essa imagem e ao falar que talvez a felicidade esteja no processo de desilusão e o processo de renúncia a essa positividade o tanto do outro quanto desse e os descobrimos assim é com máscaras que vão sendo retiradas e reduzidas e e com uma vida menos mascarada vamos ver assim menos
pretensiosa nesse sentido do amor amor desse dos moralistas Franceses né é uma vida mais leve uma vida de fracionada de máscaras e onde a convivialidade pode acontecer em torno do Abismo comum do que nos falta não no que a gente tem dos Espinhos É mas o que nos falta e uma pergunta que chegou pelo YouTube do Fernando Polônia diz o seguinte se é errado dizer que a solidão é algo que nos torna mais fortes pois sozinho enfrentamos os nossos fantasmas e de certa forma criamos uma certa resiliência tem uma razão de ser essa reflexão que
parece assim proceder da filosofia estoica não a Aprenda a viver a sua vida com os recursos que você tem e os recursos que você tem você e portanto a ideia sim de criticar alguém que está no estado permanente de desamparo mas no sentido dia sim desamparo dependência de desamparo no sentido de esperança de algo alguém alguma coisa que virar e que transformar a esse estado de mundo em outra coisa e a isso é um dispositivo típico de idealização e realização não disse nem no outro mas idealização da experiência O que é o que de grávidas
estamos enfrentando com a hipertrofia da narrativa da felicidade além da hipertrofia de certas retóricas narcisistas que dizem assim olha a vida e ela tem que ser vivida com uma intensidade com uma uma presença de sucessos e realizações indefinida que torna o comum e olha a expressão né comum ordinário a vida a vida de comer junto todo dia marcada por um sinal de fracasso insuficiência e enquanto isso vigor a a gente vai ter vamos assim esse apelo maléfico para a solidão e como auto-suficiência e não como autonomia tem sujeitos são como Aquela personagem do Italo Calvino
o ou o Cavaleiro invisível é que ele é uma armadura tão perfeita e funcional é que quando ele se descobre mais além da sua auto-suficiência e eles monta agilulfo passava tento nervoso erótico o corpo das pessoas que tinham um corpo de verdade dava um certo mal-estar semelhante a inveja mas também uma sensação que era de orgulho de três banhos a superioridade ali estavam os colegas tão falados os gloriosos paladinos O que eram a armadura testemunho de seu grau e nome da sua senha executadas da potência e do valor pela reduzida ao invólucro a uma ferragem
vazia e aquele pessoal concando o rosto amassado no travesseiro um fio de barba descendo dos lábios abertos É mas ele não era possível decompor no em pedaços desmembrá-lo era e permanecia em cada momento do dia e da noite agilulfo emo Bertrand no dos guild Verne e dos autre de cor bem trás e Sura armado Cavaleiro descer limpia citeriore e três no digital tendo para maior Glória das normas cristãs realizadas ações Tais e Tais assumido no exército do Imperador Carlos Magno o comando de Tais Tropas e daquelas outras e possuidores da armadura mais linda e Imaculada
de todo o campo dele inseparável estamos seus viram aí O protótipo né de uma subjetividade a escrava da sua própria identidade e eu tava tão apegado ao seu personagem como o bom o Cavaleiro de Carlos Magno é ele estava tão crente de que ele era ele o que ele não conseguia perceber sou própria inexistência o seu próprio vazio tô trazendo como ilustração para o que estou chamando aqui de o abismo que que nos habita todos E ai que tenha tem uma experiência assim que ronda as suas fronteiras E ai que o Freud deu o nome
de Yin familiar as pressão e Alemão um haymes o Ou seja é aquela familiaridade que envolve uma certa naturalização decida a sua experiência no interior da qual aparece surge e o estrangeiro o estranho o outro aquele que estaria fora de lugar o ato de uma reflexão sobre a solidão EA Solitude nesse trabalho de 1919 de frases sobre estranho o estranho foi traduzido como inquietante também então que a gente tem aqui como como discussão que envolve a discussão da solidão e é no fundo uma crítica da nossa confiança moderna na identidade no próximo bloco tudo que
a gente perde reformula basicamente o valor aqui não tinha um e o quanto de uma solidão imposta como foi agora durante a pandemia por exemplo que levou tantos a visão Amparo pode por outro lado ser um exercício benéfico de olhar para si e para o outro de Despertar a consciência da nossa autonomia Mas também da nossa dependência mútua da importância enfim do convívio e do encontro lá todos Olá crícia eu gostaria de fazer duas perguntas na pandemia o esfriamento no trato com os mais velhos aumenta ainda mais a perda desse convívio ainda acrescido da situação
política e econômica que mostra a ruína em que nos encontramos o que estratégias artifícios a psicanálise faz para manter esse sujeitos desejantes de vida e a segunda é só uma reflexão em relação as crianças que a gente sabe que nós teremos consequências imprevisíveis que um processo de educação é um passivo que nós estamos vivendo grandes Sérgio é um temor muito muito frequente o desamparo a dependência que pode vir com o envelhecimento que o gostaria de ligar justamente com a dependência que tá lá no começo a dependência que tá na criança é que tá o sono
não que ela precisa receber do outro para conseguir subsistir eu acho que podemos reconstruir sim é o Brasil está se tornando um país de idosos e o Brasil tá adquirindo uma consciência outra sobre a infância infância as heterogêneas e um elemento comum nessa dupla experiência para qual psicanálise pode chamar atenção é justamente como a lógica do encontro e como o envelhecimento pode produzir uma qualificação no encontro encontro com outro do encontro capaz de fazer testemunho de quando foi capaz de fazer memória ou o encontro é que está para linda desse universo funcional produtivo essa qualificação
da vida no espectro mais cromático mas mas diversos não só centrado no no heróis e meia idade produtivo que aquele que é o personagem tipo que seria o protagonista dos acontecimentos do mundo a ter o herói que tem que morrer eu vou lembrar aqui que os filósofos estóicos a diziam olha ao momento de fazer filosofia bom é quando você está na velhice Oi e aí que você pode dizer alguma coisa sobre a vida eu acho que essa sabedoria o sabor esse saber e ele atende adquirir mais e mais importância quando a gente começa a pensar
uma vida comum uma vida Global comum é uma vida de muito a interdependência e multa a afetação essa experiência coletiva social global de recolhimento social ela vai reformular acredito completamente nossa relação com a solidão bom e com o convívio tudo que a gente perde reformula basicamente o valor daquilo tinha eu perco alguém para ver quanto aquela pessoa não cresce na sua vida a experiência sabendo foi real e concreta por outro lado talvez a gente tenha passado por uma dieta narcísica é muito bem-vinda estávamos achando o grandioso senhores soberanos do mundo que não Facebook decidimos quem
sim quem não essa sim aquela não é eu sabia os produziu uma solidão mais humilde uns essa e mergulharam ainda mais nas suas solidões eu vou chamar assim mais patológicas os outros se curaram das suas solidões patológicas porque porque esse virou normal alopático agora estão todos solitários Opa beleza não me sinto mais uma diferente porque estão todos como eu né E também a gente tem que considerar aqueles que descobriram coisas nesse outro tempo do recolhimento em casa das telas da escrita da leitura a gente tem observado um processo muito curiosos muito interessantes de de autotransformação
vamos ver assim por muito tempo achei que a ausência é falta e lastimava ignorante a falta hoje não a lastimo não há falta na ausência ausência é um estar em mim e sinto aconchegada nos meus braços que rio e danço e invento exclamações a é porque ausência essa ausência assimilada ninguém a rouba mais de mim para assistir na íntegra os programas desta e de outras séries acesse o canal do Café Filosófico no YouTube e a página do Instituto CPFL nas redes sociais só pelas dos sonhos e que o amor de se faz o sujeito o
teu uma atitude de assim eu não preciso de você vocês vão ver a falta que eu faço para vocês eu vou para um lugar hoje eu vou ficar sozinho muitas vezes essa solidão gera um reboque dramático ninguém vem te buscar ninguém me dizer volta pelo amor de São Zinho mas à tarde e