Olá meu nome é Andréa Torres e eu estou aqui hoje em parceria com o Instituto IEPS para falar de nutrição no autismo e o que que a gente tem em termos de evidências científicas qualquer dúvida que você tiver pode deixar mensagem aqui embaixo ou mesmo nas minhas redes sociais Esse é um assunto que vem despertando muito interesse não só nas famílias de Pessoas com Transtorno do espectro autista mas também na comunidade científica e dentro dos consultórios de profissionais de saúde por conta do aumento do número de casos em todo mundo o ser humano tem uma
necessidade de interações sociais mas nuteia no transtorno do espectro autista a gente pode ter um déficit nessas interações todos nós podemos ter déficits nessas áreas não só na interação social mas também na comunicação na nossa capacidade de reciprocidade na capacidade do uso de linguagem na capacidade de iniciar e manter relações podemos ter estereotipias vocais ou motoras um adesão mais inflexível a rotinas e rituais podemos ter também interesses restritos alterações sensoriais por exemplo eu não gosto de ambientes muito barulhentos porém nuteia esses prejuízos são de uma dimensão maior afetando a vida da pessoa e de seus
familiares e gerando uma necessidade de suporte que pode ser maior ou menor dependendo do caso é importante salientar que o autismo não é uma doença uma pessoa pode ser autista e saudável ou ela pode ser autista e estar com pneumonia Então nesse caso ela está doente o autismo assim como o transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade é um transtorno do neuro desenvolvimento que que é o neuro desenvolvimento é esse conjunto de etapas que acontecem desde a barriga da mãe e que levam ao crescimento ao desenvolvimento do cérebro dentre os eventos importantes para o neuro
desenvolvimento estão a neurogênese a formação de neurônios desses neurônios para áreas específicas do cérebro a gliogênese a formação de células de suporte dos neurônios células produtoras da bainha de Melina células de defesa a própria formação de sinapses entre os neurônios para facilitar a comunicação entre todo o cérebro a mineralização dos neurônios para que essa informação seja trocada de forma mais rápida e um processo conhecido como poda sináptica que torna o cérebro mais eficiente se houver em prejuízos nessas etapas em qualquer uma delas a pessoa pode desenvolver então um transtorno do neuro desenvolvimento e veja que
para cada um desses eventos relacionados ao neuro desenvolvimento existe uma fase da vida em que esses processos são mais ativos e cada uma dessas fases cada um desses momentos são então janelas de oportunidade para o desenvolvimento cerebral então é muito comum as pessoas chegarem no Consul de nutrição e falarem assim Doutora eu ouvi falar que uma criança com autismo que não falava tomou um suplemento x e começou a falar isso vai acontecer com meu filho também se ele começar a utilizar esse suplemento e a gente não tem como dizer isso em primeiro lugar em que
momento essa pessoa está ela está recebendo os estímulos que ela precisa para falar por exemplo porque se neurodesenvolvimento Depende de uma série de fatores que vão ocorrendo de forma simultânea de mãos dadas existem áreas do cérebro relacionadas a comunicação Inclusive a comunicação verbal que precisam ser estimuladas desde cedo então uma criança que não falou até o 6 7 8 anos nem com o melhor suplemento do mundo ela vai ser capaz de compensar esse subdesenvolvimento se ela não teve estímulo certo nas fases iniciais da vida é claro que sem nutrientes nós não formamos no nosso melhor
uma criança muito anêmica por exemplo uma criança que teve uma deficiência muito Severa de iodo ainda na barriga da mãe uma criança desnutrida uma criança que nasceu muito prematura e que não houve a estimulação precoce associada a uma Alimentação adequada essa criança ou essas crianças podem ter um neuro desenvolvimento mais lento ou mais prejudicado ou mesmo falhas nesse neuro desenvolvimento por isso é importante que todas as intervenções sejam precoces mesmo que a criança ainda não tenha um diagnóstico e onde que a nutrição vai atuar hoje nós já sabemos que a genética ela representa uma importante
contribuição para o desenvolvimento de um transtorno do neuro desenvolvimento já foram identificados mais de mil genes Associados a prejuízos no neurodesenvolvimento mas sabemos também que existe um expostoma relacionado ao do espectro autista o expositoma é o acúmulo de influências que associados A genética vão gerar uma resposta então você não vai ter pessoas com teia com características idênticas justamente porque elas podem ter alterações genéticas diferenciadas dentre esses New genes que já conhecemos e fora isso ela pode ter sido exposta a diferentes fatores então a gente pode ter uma criança que além de ter essas alterações genéticas
nasceu prematura foi exposta a traumas durante esse período em que ela ficou internado na unidade de tratamento intensiva utilizou muito antibiótico e esses todos são fatores que podem levar a prejuízos no sistema imune podem levar alterações na microbiota intestinal podem contribuir com a perpetuação da inflamação orgânica intestinal Além disso conhecemos já compostos tóxicos que estão relacionados a uma maior chance de uma mãe ter um filho com um transtorno do neuro desenvolvimento incluindo teia como o uso do ácido valproico na gestação então uma criança e uma mãe com diferentes suscetibilidades genéticas expostas a diferentes fatores como
infecções como contato com toxinas como deficiências nutricionais isso tudo pode contribuir para alterações de metilação e sulfatação com disfunção mitocondrial com uma menor capacidade de eliminação de toxinas né uma menor capacidade de destoxicação com doenças autoimunes que podem aumentar a neuro inflamação a produção de citocinas inflamatórias como interleucina 6 que podem afetar então negativamente o neuro desenvolvimento só que o que aumenta esse processo inflamatório em uma pessoa nem sempre é o que aumenta o processo inflamatório em outra pessoa então uma pessoa por exemplo que tem alterações genéticas consegue digerir a proteína do glúten ela pode
inflamar ao entrar em contato com esse componente do alimento outra pessoa pode estar inflamando por outros motivos como o uso de medicamentos como a deficiência de vitamina A como alterações genéticas que nós vamos conhecer hoje que afeta o metabolismo de micronutrientes e assim por diante agora a questão é que quando a gente tem esse processo neuro inflamatório perpetuado a gente pode ter Logo no início da vida uma menor mielinização um estudo publicado na revista Nature Science em 2020 mostrou que o cérebro de pessoas com autismo pode ter uma menor quantidade de oligodendrócitos maduros e os
oligodendrócitos são justamente essas células que aqui nessa imagem estão representadas em azul que controlam a mineralização dos axônios dos neurônios amilina não só controla a de entrega de informações no cérebro mas neurônios com menos mielina vão estar também mais suscetíveis a danos é o que acontece por exemplo em doenças como a esclerose múltipla uma das causas da minionização insuficiente no autismo pode ser uma mutação de um gene chamado tcf4 que é o fator de transcrição 4 associado a remenização agora existem estudos mostrando que a gente pode estimular esse Gene aumentar sua expressão com o uso
de alimentos contendo probióticos não deixando faltar na dieta nutrientes como vitamina D ômega 3 gorduras monoinsaturadas presentes por exemplo no azeite no abacate em algumas castanhas e também alimentos ricos em antioxidantes que vão proteger o cérebro contra esses efeitos da neuro inflamação essa proteção do cérebro é muito importante Até porque não existe nenhum medicamento eficiente por tratamento do autismo o que nós temos é um conjunto de fármacos para o tratamento de comorbidades que podem estar associadas ao espectro do autismo Então dependendo do que está acontecendo com a pessoa ela vai se beneficiar ou não desses
medicamentos existem medicamentos para tratamento da insônia para tratamento de desordens gastrointestinais medicamentos para tratamento de comportamentos Auto flagelatórios tratamento de irritabilidade e assim por diante ou seja não existe uma cura com Esses medicamentos o que existe é o tratamento dessas comorbidades e o que a gente tem de terapia padrão ouro para melhoria de comportamento é justamente A análise do comportamento aplicado que a aba uma outra terapia que é o Denver estudos de Margem mostram modificações no cérebro das pessoas que fazem essas terapias ou seja o cérebro ele é maleável ele aprende ele molda tanto é
que com as terapias cerca de 3 a 5% das Crianças evoluem a ponto de saírem do espectro autista e aproximadamente 95% das crianças que recebem dois anos de terapia intensiva cerca de 20 horas por semana vamos falar vamos desenvolver a linguagem verbal já entre as crianças que não recebem a intervenção ou que são pouco estimuladas esse desenvolvimento da linguagem verbal fica em torno de 38%. ou seja não existe melhoria espontânea na maioria das vezes dessas crianças ou dessas pessoas conterem elas precisam de um direcionamento dado pela terapia e a nutrição obviamente entra Como suporte mas
não como terapia principal a mesma coisa a medicação que também entra Como suporte mas não como terapêutica principal e essa medicação também não é prescrita para qualquer pessoa geralmente ela é necessária quando observa-se comportamento violento em relação aos outros comportamento Auto flaglatório Ou seja a criança está se machucando tá se agredindo tá batendo a cabeça na parede uma agitação motora muito intensa ponto de atrapalhar o desenvolvimento a ponto de atrapalhar a Adesão as terapias ou a ponto da criança desenvolver lesões por exemplo por esforço repetitivo quando ela bate muito uma parte do corpo quando ela
balança muito alguma parte do corpo e a medicação também pode ser prescrita na vigência de comorbidades psiquiátricas conjuntas esquizofrenia com depressão é com transtorno bipolar com ansiedade com fobias com transtorno obsessivo compulsivo transtornopositor desafiador transtorno de Déficit de Atenção com ou sem hiperatividade e assim por diante então acompanhamento com neurologista com psiquiatra é muito importante a risperidona por exemplo é um dos medicamentos prescritos no teia é utilizado por exemplo quando a pessoa tem distúrbios do Sono distúrbios alimentares é utilizado para melhoria da concentração para melhoria de problemas sensoriais só que ela tem efeitos colaterais ou
pode ter efeitos colaterais em algumas pessoas como sonolência aumento de peso um efeito colateral muito importante aumento de apetite aumento do risco de diabetes aumento do risco de resistência insulina de aumento de colesterol disfunções hepáticas Então precisamos estar controlando as enzimas do fígado glicemia meninos com uso prolongado da risperidona podem desenvolver né como assistir aumento das mamas pelo aumento do hormônio prolactina então é outro item que a gente tem que dosar no perfil hormonal dessa pessoa e a gente vai colocando na balança junto com o médico junto com a família o que é mais adequado
em cada momento porque pode ser que em algum momento não precisa da medicação em outros momentos não e até para se desmame da medicação ser mais facilitado a gente pode estar utilizando componentes que ajudem a trazer mais relaxamento para essa pessoa desacelerar os pensamentos desacelerar os comportamentos compulsivos ou obsessivos e esse desmame do medicamento ele acontece com estabilização mesmo do comportamento e a gente pode facilitar isso corrigindo problemas de ventilação Por exemplo quando a pessoa tem alterações de genes como MTR rmtr mthr problemas de sulfatação problemas de detox a gente vai ver alguns depois exames
genéticos de pacientes com teia ainda hoje e alguns nutrientes podem ser suplementados justamente para promover esse relaxamento as características que você tá buscando então existem estudos com pianina com gaba com magnésio como melatonina com aminoácidos que aumentam é muito importante a correção da disbiose intestinal avaliação de alergias a manutenção de Terapias aí não só aba mais para pessoas maiores mais velhas muitas vezes a terapia cognitivo comportamental atividade física e outras terapias justamente para facilitar o relaxamento e o desmame da risperidona agora não existe uma Fórmula Mágica porque cada pessoa uma pessoa então você pode ter
um paciente com teia que nasceu de parto normal outro que nasceu de cesariana e a gente vai ver o impacto disso na microbiota e no comportamento a gente pode ter gatilhos diferentes então em vigência de uma genética específica o que aconteceu para determinados gênero esse comportarem de determinadas maneiras que tiveram Impacto negativo no neuro desenvolvimento essa pessoa nasceu prematura ela precisou usar muito antibiótico e o que é que tá perpetuando isso existe uma alergia alimentar não tratada e existe o uso de medicamentos que alteram o metabolismo e aí como é que tá todo esse metabolismo
eu consigo assimilar os nutrientes depois da digestão eu consigo me defender e fazer reparo de células minhas mitocôndrias funcionam bem ou consigo produzir ATP na quantidade adequada consigo eliminar as toxinas depois de metabolizada eu tenho uma produção de receptores adequadas uma produção de proteínas de transporte adequada meus neurônios estão se comunicando adequadamente Como está a integridade das minhas membranas porque tudo isso vai afetar não só nosso corpo físico mas a parte emocional a parte mental e existem todos os fatores de estilo de vida que também variam de família para família de pessoa para pessoa e
que afetam nossa saúde física e mental E lembre que uma boa saúde mental depende também de um corpo saudável Então essa pessoa dorme bem ela faz atividade física como é a alimentação dessa pessoa a hidratação dessa pessoa qual é o grau de stress dessa pessoa como estão os relacionamentos E aí esse conjunto todo em cima dessa genética que a pessoa herdou que vai me trazer determinadas características e é por isso que a gente tem um espectro de apresentações do autismo nenhuma pessoa com teia vai ser igual a outra uma pessoa vai comer pão e vai
ficar super bem super energizado e feliz e outra pessoa vai comer pão e no dia seguinte o intestino não funciona a pessoa tá mais inflamada tem mais alteração comportamental todo mundo tem que ter intestino que funciona bem todo mundo e não tem esse também é importante vamos ver alguns estudos a gente já tem um corpo de conhecimento científico muito grande dessa interação intestino cérebro e é uma interação bidirecional assim como o que acontece no meu intestino influencia meu funcionamento cerebral mas o que acontece também no meu cérebro vai influenciar a minha microbiota e o meu
funcionamento intestinal e muitos estudos identificam mudanças na microbiota das pessoas com teia essas mudanças podem ser decorrentes do stress da seletividade alimentar de deficiências nutricionais como deficiência de zinco baixo consumo de fibras porém o que alguns estudos tem tentado fazer é separar esses outros fatores e ver se existe algo intrínseco a pessoa com teia que faz com que o intestino dela já seja diferente esse estudo aqui foi bem interessante porque eles fizeram o seguinte eles analisaram a microbiota de pessoas com teia e de pessoas neurotípicas tanto nascidas de parto vaginal quanto nascidas de parto cesariano
Então vamos começar a ver aqui as pessoas típicas as pessoas típicas quando nascidas de parto vaginal tem uma microbiota muito mais diversa quanto mais diversa é essa microbiota mais protegida aquela pessoa tá maior capacidade de resiliência esse intestino tem já nas pessoas típicas nascidas de Cesária a diversidade bacteriana é muito menor isso é significativo tá entre as pessoas nascidas de Cesária e as pessoas nascidas de parto vaginal a gente já observa uma mudança muito grande nessa microbiota agora o que eles viram foi muito interessante eles viram que as pessoas conteia mesmo as nascidas por parto
vaginal já tinha uma microbiota muito menos diversa em relação às pessoas típicas e aquelas pessoas com teia nascidas de parto cesariano uma diversidade baixíssima ainda mais baixa do que as pessoas típicas nascidas de cesariana então aqui já é um primeiro estudo que tenta mostrar que realmente existem modificações na microbiota que são inclusive Independentes do estresse depois independente do que essa criança vai comer depois que ela nasce mas que são intrínsecas alteia e que claro sofrem influência de fatores ambientais como tipo de parto além do tipo de parto o uso de antibióticos e outros medicamentos pode
afetar a microbiota uma dieta mais monótona uma dieta mais rica em alimentos ultraprocessados e Pobre em fibra uma dieta mais inflamatória alergias alimentares deficiências de nutrientes como zinco e agora essa mudança da microbiota ela pode alterar comportamento então um primeiro estudo avaliou-se ratinhos que recebiam bactérias provenientes da microbiota de crianças diagnosticadas com teia ou ratinhos que recebiam bactérias de uma criança com desenvolvimento típico se esses ratinhos iam se comportar de forma diferenciada e de fato sim então eles viram que os ratinhos que recebiam as bactérias provenientes das Crianças com teia eles eram mais agitados eles
eram menos sociáveis eles tinham mais problemas comportamentais enquanto os ratinhos que recebiam as bactérias provenientes das Crianças típicas tinham uma diminuição de comportamentos repetitivos eram mais sociáveis eram menos excitados produziam mais substâncias relaxantes como Gaba não existe ainda um estudo que mostra se realmente existe uma microbiota própria do telha esse aqui é uma análise de um paciente com Transtorno do espectro autista análise da diversidade bacteriana dessa pessoa e o que o estudo mostrou que o exame mostrou em primeiro lugar é que essa criança tinha uma diversidade bacteriana de fato maior do que a média populacional
então aqui nessa área Azul a gente tá vendo Qual é a média em termos de diversidade das pessoas e aqui tá a média dessa pessoa com teia eu posso ter um outro exame de um outro indivíduo com teia com resultado diferente posso eu tenho clientes que tem uma diversidade muito menor e clientes que tem uma diversidade muito maior mesmo tendo teia porém o que acontece mais frequentemente é uma diversidade menor especialmente se tiver nascido então de parto cesariano se tiver uma dieta mais monótona e isso faz também com Que essa microbiota tem um perfil mais
pro inflamatório Então são identificadas nas fezes dessa pessoa muito mais bactérias que inflamam o intestino do que bactérias que desinflamam eu tenho um outro vídeo sobre esse teste em que eu fiz o meu próprio a minha própria análise e olha interessante eu fiz essa minha análise quando eu estava com covid e com diarreia e mesmo estando doente mesmo estando passando mal 24 horas no banheiro a minha quantidade de bactérias pró-inflamatórias era muito menor do que essa dessa pessoa aqui com diagnóstico de teia depois eu vou deixar o link para vocês assistirem Esse outro vídeo tá
esse aqui especificamente é o teste do dna bacteriano feito pela empresa biomerub o teste se chama probiome tá E é um teste muito interessante Então para a gente até acompanhar as mudanças da dieta que vão beneficiar essa microbiota então a partir dessa análise eu sei que eu preciso diversificar a minha alimentação para que essa diversidade bacteriana aumente para que essas bactérias mais inflamatórias comecem a morrer e dá espaço para bactérias com perfil mais anti-inflamatório a partir da dieta né meses de dieta modificação alimentar fazemos um outro teste como esse para ver quais foram já as
alterações que nós tivemos isso é muito importante porque até 70% das pessoas com teia relatam modificações gastrointestinais que podem cursar com gases com prisão de ventre com diarreia com desconforto digestivo e aí você imagina uma criança de 2 anos que vive com dor de barriga ela não vai ter o mesmo desempenho numa terapia do que uma criança que tá com essa microbiota super saudável e aí em específico alteia foram realizados estudos em que foram vistos os efeitos da suplementação probiótica não só no conforto gastrointestinal mas em sintomas típicos do autismo e eles viram que a
suplementação de probiótico foi associada a melhorias em alguns desses sintomas melhorias no funcionamento adaptativo e nos perfis sensoriais nesse caso aqui foi um estudo feito com crianças pré-escolares aqui então Elas tiveram benefício muito maior do que aquela Expresso colares com autismo tratados com Placebo agora muita gente vai falar assim aí eu tentei dar probiótico e meu filho passou mal ou eu vi que os comportamentos pioraram ou que ele teve mais gases mais dor de barriga então conforme a gente vai tratando o intestino esse intestino vai melhorando a tolerância aos probióticos vai aumentando até lá o
que a gente pode fazer é usar os maps ou biomamps que são cepas bacterianas E inativadas então quando a gente olha para as bactérias nós temos bactérias gram-negativas bactérias Gram positivas e essas bactérias possuem peptidoglicanos em sua parede celular nos conferem mais estabilidade maior resistência essa membrana E aí quando essa bactéria morre ela libera esse peptídeoglicanos que são chamados de padrões moleculares Associados a esses microrganismos então quando essas bactérias estão mortas Apesar delas não se multiplicarem mais obviamente no intestino o que que é um probiótico é uma bactéria viva que ao chegar no intestino vai
se multiplicar e vai gerar efeitos positivos na saúde da pessoa já os biomamps eles vão ser então estruturas dessas bactérias mortas pedaços dessas bactérias mortas padrões moleculares Associados a esses microrganismos e que mesmo mortas mesmo não se multiplicando vão entrar em contato com sistema imune intestinal fazendo com que esse sistema imune responda de forma positiva melhorando a saúde desses enterócitos dessas células intestinais e também diminuindo a inflamação intestinal alguns desses tipo glicanos são o ácido nsumorâmico que é convertido e amor de peptídeo que é um manto Então na hora que é liberado também é chamado
produto de para prob muscular ao invés de probiótico é um para probiótico e esses para probióticos podem ser suplementados nós podemos fazer manipulação de biomamps e na composição desse biomamp e vamos colocar aquelas aqueles biomamps relacionados as características que queremos estimular então por exemplo biomamp do lactobacilos caseiro em efeito antialérgico o biomampido streptococcus termófilos tem efeito antialérgico de melhoria de imunidade o biomamp do lactobacilos ácidófilos efeito anti-inflamatório do lactobacilos da série efeito antimicrobiano e anti-inflamatório vou lactobacilos helvéticos reduz risco de infecções lactobacilos raminoses antialérgico e anti-inflamatórios aumento da imunidade os biomamps eles são mais caros
do que as bactérias probióticas então a gente não precisa usar tudo de uma vez pode começar com um ou outro tipo de biomamp da dosagem para teste e tem pessoas que falam não eu já acho o probiótico caro não vou conseguir dar o biomamp então outra estratégia é matar o seu probiótico você pode pegar o probiótico que você tem em casa em cápsula em sachê e colocar numa bebida quente como um chá quente ou outra bebida quente a sopa E aí aquele probiótico ele vai morrer e vai começar a liberar esses peptídeoglicanos não é a
mesma coisa de você ter um feito na Indústria Farmacêutica com controle do processo e em que você sabe exatamente a quantidade que foi liberada formada o quanto você tem ali dentro daquele produto mas já é uma forma de inativação da bactéria probiótica para que você tenha um efeito Mais Positivo sem ter por exemplo a formação de gases a mesma coisa você poderia fazer com que fim então se você não tem acesso ao probiótico você consegue o Kefir que você encontra por doação as pessoas doam porque fica algumas para as outras existe o Kefir de leite
para quando a pessoa não tem alergia ao leite existe o Kefir de água quando você não quer introduzir ou não pode introduzir os Laticínios na alimentação e você pode consumir esse Kefir com as bactérias vivas ou você pode também inativar esse Kefir usar o Kefir por exemplo na composição de um bolo que você vai fazer E aí o calor vai inativar essas bactérias você vai ter a formação ali de mangues o que a gente busca com isso é uma redução da inflamação e uma redução também da neuro inflamação com efeito positivo no comportamento outra questão
que melhora o comportamento é quando a gente tem um aumento de proteína de choque térmico isso foi começado a observar pelos próprios pais que diziam aos médicos que quando a criança tinha febre principalmente febre a partir de 38,8 graus os comportamentos melhoravam ou as estereotipias diminuíam Então o que tá acontecendo quando a gente tem uma febre é que o roupa produz proteínas de choque térmico para manter a células saudáveis toda vez que aumenta a temperatura muito do corpo a gente pode ter uma desnaturação de proteínas de enzimas de anticorpos o que não é adequado para
o nosso organismo Então as proteínas de choque térmico vão ter um efeito protetor principalmente em relação aos neurônios protegendo a sua comunicação e melhorando também a função sintática agora a gente não vai induzir febre nas crianças então uma outra forma de estimular essas proteínas de choque térmico é justamente com o consumo do sulforafano existem suplementos de sulforafano tá com quantidades até altas esse aqui é uma marca que da Europa que tem 100 miligramas de sulforafano mas o sulfarafano ele é formado no próprio alimento quando a gente consome as básicas que aquele grupo de vegetais Onde
estão brócolis couve-flor couve rabanete assim por diante esse sulforafano ele é formado alimento é triturado seja trituração pela nossa mastigação seja uma trituração artificial como acontece quando a gente coloca no liquidificador agora os efeitos no estudo são do sulforafano diário numa quantidade até baixa que é utilizada nesses estudos de micromóis né então esse suplemento que eu mostrei tem 100 mg tem uma quantidade de alta em relação a esses estudos bom como que a gente pode então fazer um consumo diário de sulforafano nos indivíduos com teia você pode por exemplo comprar um brócolis inteiro corta as
cabeças do brócolis coloca no liquidificador com um pouquinho só de água suficiente para você conseguir bater esse brócolis e formar uma polpa E aí na hora que você bate esse brócolis você libera uma enzima que tá dentro da célula do brócolis que a mirosinase e essa enzima sendo liberada vai promover a formação de sulforafano e O sulfato ele tem efeitos antioxidantes tem efeitos de aumentar o número de mitocôndrias nas células tem efeito de diminuir a resposta ao estresse facilitando o reparo de proteína facilitando o reparo de DNA no cérebro ele diminui o NF capa Beta
diminui inflamação no cérebro e no tea a suplementação de uma quantidade baixa de sulforafano reduziu em 65% sintomas como irritabilidade hiperatividade estereotipia problema de linguagem de um mês a 18 semanas após o início do uso Então você bate o brócolis no liquidificador forma ali bastante sulforafano e aí você congela essa polpa em cubinhos de Gelo e tira um cubinho por dia e coloca no alimento que aquela criança aceitar Pode ser na Sopa pode ser dentro de uma receita de uma muffin que você vai fazer de um bolo que você vai fazer pode ser misturado no
feijão misturado no arroz onde a criança aceitar tá bem uma pergunta que nunca deixa desistir essa a gente deve tirar ou não da dieta da pessoa que recebeu o diagnóstico de autismo eu trouxe aqui alguns estudos para vocês e esse primeiro estudo que eu trouxe ele mostra que realmente na pessoa com autismo que aqui está em vermelhinho eles têm uma produção maior de gg em média quando em contato com glúten em relação a pessoas que não tem autismo aqui são os irmãos da criança com autismo ou outras pessoas com autismo que não são da mesma
família Então você veja que a produção de IgG e monoglobulina g contra agliadina ela é um pouco mais aumentada de acordo com esse estudo nas pessoas com diagnóstico de teia agora depois que a gente tira o glúten da dieta isso aqui não normaliza automaticamente alguns estudos tem mostrado que essa normalização tanto para anticorpos antigliadina mas principalmente gente para anticorpo anti endomínio leva de 6 a 12 meses então uma pessoa que tira por exemplo o glúten por um mês pode não ver melhorias nem em termos de sintomas gastrointestinais em termos de sintomas Extra intestinais porque o
período foi muito pequeno mas considerando que é muito comum essa sensibilização com consumo de glúten no autismo o Conselho Nacional de saúde tem um protocolo clínico e uma diretriz terapêutica em que ele diz bom Nem toda pessoa com autismo vai ter questões relacionadas ao glúten mas é importante que a gente faça análise precisamos entender o que está acontecendo porque muitas vezes os sintomas não são gastrointestinais ela não vai ter constipação por exemplo mas ela pode ter outras questões por conta do excesso de glúten na dieta pode ter uma estatura mais baixa ou anemia ou uma
tendência desmineralização óssea ou uma hipoplasia do parte dentário com uma perda da coloração dos dentes sintomas epiléticos depressão aumento das enzimas hepáticas fraqueza enfim outras características que podem estar relacionadas às alergias alimentares e que não necessariamente vão se refletir no intestino Esse estudo aqui ele quis avaliar se a retirada de glúten de caseína que é uma das proteínas do leite melhoraria comportamento padrão de sono e movimentos intestinais de crianças com autismo ele não encontrou melhorias nesse caso nesse estudo publicado em 2015 mas foi um estudo bem pequenininho apenas 14 crianças e o período sem glúten
caseína foi de apenas 6 semanas então período muito curto quando a gente vê nos estudos que para melhoria desses sintomas principalmente comportamentais a exclusão precisa ser por um período bem maior então outros estudos que fazem esse período maior de pelo menos seis meses acabam encontrando muitas vezes resultados distintos é claro que os autores discutem de que essa melhoria vai depender do Estado inicial do intestino se a permeabilidade aumentada ou não se há aumento de sonolina que é um marcador de disbiose intestinal e quando há um aumento de sonolina qual é a preocupação disso acabar refletindo
numa modificação comportamental no autismo porque a zona urina ela vai fazer com que as conexões entre as células do intestino se desfaçam e as células do intestino fiquem mais separadas com isso componentes que não foram bem digeridos da dieta podem cair na corrente sanguínea e acabar inflamando o corpo e acabar gerando também uma permeabilidade cerebral como acontece com aumento da permeabilidade intestinal e isso vai gerar mais neuroclamação e possivelmente modificação comportamental agora o que os estudos têm visto muitas vezes é que retirada do glúten com melhoria comportamental ela acontece mais quando a criança é mais
novinha sete anos para baixo do que quando a criança é mais velha Apenas quando a retirada do glúten é feita por pelo menos seis meses e é recuperada essa integridade intestinal que a gente avalia com o exame de isonulina fecal essas anônima fecal ela foi descoberta pelo grupo de pesquisa do Dr Alesso Fasano que é um gastroenterologista Pediátrico italiano Então vem de um país em que o consumo de glúten é alto e ele não acreditava que nós deveríamos tirar glúten de todo mundo mas com as pesquisas deles Eles foram descobrindo que o glúten especificamente a
proteína do glúten chamada gliadina contém partes dessa proteína que tem atividade citotóxica então essa parte aqui Vermelhinha da proteína ela tem uma atividade tóxica para células do intestino ela atividade também de modificação do sistema imune que essa parte verde da gliadina na gradina você tá vendo aqui os aminoácidos tá uma cadeia de aminoácidos formando a proteína então essa parte final aqui pode modificar a questão da imunidade e essa parte azul toda tá gratina é uma parte que estimula a formação e liberação de isonulina que é a proteína que vai influenciar nessa permeabilidade Então olha aqui
esse exame de um paciente meu com autismo a zona urina fecal ela deveria ser menor do que 80 e ele tá com uma zona urina fecal de 174 Então existe algum fator que pode ser alimentar fazendo com que essa zona urina seja liberada e a partir do momento da liberação dessa zona urina o intestino vai ficando mais permeável as células vão se afastando mais e isso pode causar realmente alterações inflamatórias em todo organismo inclusive no cérebro Então esse aqui é um pesquisador que quem gosta estudar sobre o glúten vale a pena seguir o doutor Alécio
Fasano ele tem alguns já livros também publicados por um público leigo inclusive em português vou deixar o link abaixo para você também E esse grupo de pesquisa agora então do Alécio Fasano Tem trabalhado com duas vertentes uma é se o glúten pode estar alterando a barreira intestinal e tendo repercussões no cérebro inclusive não só no autismo mas em várias desordens relacionadas ao sistema nervoso uma opção é excluir o glúten da dieta e a outra opção eles estão tentando desenvolver um medicamento que impeça com que partes desse glúten gerem a liberação de isonomia é uma outra
vertente de pesquisa desse grupo mas ainda não temos esse tipo de medicamento disponível no mercado é um medicamento que vai visar melhorar essa barreira intestinal para intestino não deixar passar nada que não deva para corrente sanguínea agora do glúten o que é que pode aumentar essa permeabilidade intestinal diabetes dislipidemias ou seja alteração da quantidade de gordura no plasma inflamação por vários motivos então a gente viu Muita gente tendo covid e tendo síndrome pós covid diarreia por conta dessa inflamação e dessa virose consumo muito alto de pesticidas obesidade a disbiose intestinal que pode ser gerada por
outros fatores como uso de antibióticos uso de outros medicamentos inclusive medicamentos anti-inflamatórios medicamentos psiquiatras mais consumo de fibra tudo isso é fator de risco para disbiose infecções intestinais queda de zinco e o zinco é um nutriente muito importante para reparo de células Mas ele é muito consumido quando a gente tem uma doença então se a criança ficou doente o sistema imune dela acabou consumindo muito zinco e o intestino pode piorar ansiedade sedentarismo doenças auto-imunes são todos fatores essência de vitamina D deficiência de ômega 3 que contribuem também para Esse aumento da permeabilidade intestinal é claro
que a gente não pode dizer que foi o glúten que causou desordem nem sempre uma relação significa causalidade e a gente tem pessoas com teia diferentes com diferentes apresentações mas os estudos tem mostrado que a gente deve olhar observar algumas questões então posso ter uma pessoa conteia com stress oxidativo aumentado com dificuldade de metilação com disfunção mitocondrial com dificuldade de eliminação de metais tóxicos com disbiose intestinal com desregulação imune assim por diante os exames genéticos estão nos ajudando a entender essas especificidades no teia já que não há uma pessoa igual a outra o que é
que pode estar acontecendo esse aqui é o exame de uma pessoa que não tem ideia e mesmo assim essa pessoa pode ter alterações genéticas no caso dessa pessoa que fazem com que a me seja menos eficiente que fazem com que a produção por exemplo de neurotransmissores seja menos eficiente que faz com que essa pessoa tenha uma maior dificuldade de produção de alguns antioxidantes como aglutationa com que essa pessoa fique mais inflamada Então é isso que foi encontrado em relação a essa pessoa isso aqui é um exame de DNA de uma empresa chamada transcepta Tá bom
mas a gente poderia ter outra pessoa sem ideia com diferentes características genéticas então posso ter uma pessoa que não tem ideia e que ela tem uma tendência fazer muita habilitação fazer diabetes ou uma pessoa que tem tendência maior alergia ainda ou não tenha enoteia a gente tem visto também essa grande variabilidade então assim como eu tenho pacientes que fizeram esse exame da transcepta e vem com muita alteração genética essa pessoa vem aqui ó essa bolinha marcada na área vermelha tendência alérgica muito grande dificuldade de destoxicação dificuldade de inflamação eu tenho outra pessoa conteia que não
tem nada disso mas tem uma dificuldade na produção energética mitocondrial ou um stress oxidativo muito aumentado Então são características a observar e que a gente tem que separar de pessoa para pessoa por exemplo tanto no teia quanto no TDH são dois transtornos do neuro desenvolvimento nós podemos ter alterações genéticas relacionadas a metilação e transfuração a metilação é um tipo de reação química muito estudado para que a gente possa regular a expressão dos nossos genes na população brasileira por exemplo é muito comum o polimorfismo uma variação de um gene chamado mthr que afeta o metabolismo da
vitamina B9 e essa vitamina é muito importante como fornecedora de carbono para produção de Sammy e para menstruação posteriormente vai afetar Nossa produção de neurotransmissores capacidade de Elim toxinas e assim por diante então a transepta tem um painel bem completo que vai avaliar mais de 4 mil genes relacionados a várias características que pode estar impactando por exemplo comportamento de uma pessoa no espectro autista esse QR Code aqui é o QR Code justamente dessa empresa se você tiver vontade de conhecer um teste como esse esse teste é prescrito sempre por um profissional de saúde tá ou
nutricionista ou médico precisa marcar uma consulta depois para fazer a prescrição e principalmente interpretação desses laudos né como eu tava falando o mqhfr essa alteração genética ela é muito comum além disso a gente pode ter alteração de receptores para folato que também vão afetar a capacidade de metilação dessas pessoas e pessoas com alteração dessa capacidade de menstruação seja por carência de folato que a vitamina B9 seja por carência de outras vitaminas como B12 ou alterações médicas outras que afetem essa capacidade de metilação vai fazer com que a gente tenha uma probabilidade maior por exemplo numa
gestante de ter um bebê com danos ao cromossomo deleção de alguma parte de DNA mitocondrial pessoas que têm essa alterações tem uma tendência a encurtamento maior de telômero então envelhecimento mais precoce mas inflamação e esse estudo aqui do lado de 2013 ele mostrou maior tendência a pessoas com autismo terem por exemplo alterações para receptores de folato né então eles têm mais anticorpos para esses receptores de folato isso faz com que ele vá ter uma dificuldade de metilação não necessariamente porque não consegue absorver a vitamina B9 do alimento ou não necessariamente porque não consegue colocar dentro
da célula mas porque muitas vezes esse sistema imune começa a ficar ativo demais atacar esses receptores e na falta da ligação da vitamina B9 com seus receptores a gente tem uma diminuição das células t reguladoras e quando a gente tem uma diminuição de telas ter reguladoras a gente tem mais inflamação inclusive inflamação mais Severa E aí isso pode estar gerando também uma neuro inflamação por isso que a dieta ela precisa ter características mais anti-inflamatórias e se a pessoa também tiver alteração de genes que afetam estresse oxidativo uma dieta com mais antioxidantes mas temos vários antioxidantes
nas frutas né nas acerola nas frutas cítricas em geral em frutas alaranjadas que vão ter carotenoides mas esse estudo aqui de 2018 ele avaliou a suplementação de coenzima q10 em 90 crianças e foi avaliado se houve menor oxidação de componentes de gordura como uma mão de aldeído e maior atividade antioxidante após esse uso de suplementação foi uma suplementação que foi feita por um período de mais de três meses 100 dias nas quantidades de 30 a 60 miligramas e o que que eles viram não só redução do stress oxidativo não só redução da quantidade de radicais
livres diminuição de oxidação de gordura Mas eles viram que doses mais altas de 60 MG ajudaram também a melhorar sono melhorar comportamento porque eles não sabem é si por exemplo adultos teriam que usar quantidades ainda maiores Provavelmente sim por conta do Peso corporal maior Esse estudo foi feito com crianças especificamente existem grupos de pesquisa que tentaram entender o porquê desse stress oxidativo poder ser mais aumentado um desses grupos avaliou a função mitocondrial então nós temos mitocôndrias dentro de todas as células essas mitocôndrias são responsáveis pela produção de energia quanto mais ativa a célula mais mitocôndria
essa célula vai ter Então os nossos neurônios tem muita mitocôndria e o que eles viram eles viram disfunções mitocondriais mas nas células do cérebro não só no cerebelo mas no córtex pré frontal também então eles viram por exemplo no cerebelo menor atividade dos complexos mitocondriais 3 e 5 nas pessoas com teia e no córtex cerebral viram menoratividade de todos os complexos mitocondriais nesses indivíduos com autismo e isso vai ter efeito na plasticidade na capacidade de plasticidade do cérebro se a gente tem muita disfunção nos complexos mitocondriais nós vamos produzir menos superóxido desmotase menos glutationa que
são enzimas muito importantes por exemplo para eliminação de toxinas no cérebro nós temos células especializadas no cérebro células da micróbia que vão fazer essa do cérebro por exemplo existem estudos com Alzheimer mostrando que quando as células da microglia não funcionam bem não só o stress oxidativo aumenta mas o acúmulo de toxinas e o acúmulo também de proteínas com estrutura deformada como a proteína Beta amiloide que pode aumentar o risco de Alzheimer então no autismo nós temos que compensar isso porque o cérebro é muito vulnerável Apesar dele pesar só dois quilos ele compõe 20% de Toda
energia que nós temos disponível no organismo e essa alta necessidade energética faz com que o cérebro capite muito oxigênio para conseguir formar bastante ATP e essa captação de oxigênio elevada aumenta a produção de radicais livres só que ao mesmo tempo cérebro é muito rico em gordura e essa quantidade elevada de radicais livres ela pode levar uma maior oxidação dessas gorduras uma maior neuro inflamação e o Cérebro tem uma superfície de membrana grande né Tem várias reentrâncias e ele é muito vulnerável também no tea por outros motivos não só a questão da disfunção mitocondrial mas porque
o cérebro do autista parece ser mais sensível ao glutamato o glutamato é um neurotransmissor excitatório e quando a gente tem um excesso de glutamato Mas citotoxicidade glutamatárgica a gente pode ter uma diminuição da produção de bdnf de fator neurotrófico derivado do cérebro que vai levar uma menor formação de sinapses vai ter um efeito negativo na plasticidade cerebral e isso associado a mecanismos de defesa antioxidantes mais modestos por conta da queda de glutaxona e de outras enzimas antioxidantes a gente acaba tendo uma perda de suporte trófico do cérebro isso então se tiver associado a polimorfismo genético
mais ainda e se tiver associado a carência de nutrientes como zinco como ômega 3 mais ainda existem então um suplementos que são sugeridos para redução dessa esse totoxicidade glutamatárgica e do stress oxidativo e de uma maior ativação da micróbia para que ela consiga fazer a defesa desse tecido agora não precisamos trabalhar necessariamente apenas com Suplementos o ideal é que a dieta seja mais adequada possível e esse estudo aqui eu que que ele fez ele suplementou Cacau para crianças no espectro autista essas crianças receberam por quatro semanas 16g de chocolate ao dia com 70% de cacau
e foi observado uma redução na irritabilidade na hiperatividade uma melhoria da capacidade de comunicação uma diminuição de comportamentos não usuais melhoria na capacidade de Alto regulação pela inserção então de um alimento com alta capacidade antioxidante na dieta foi um estudo pequenininho mas bem interessante mostrando que a gente precisa variar mais a dieta com alimentos que sejam Mais antioxidantes e aí você pode colocar o que você quiser limão laranja tangerina o que você tiver acesso mangaba cajá acerola siriguela dependendo da região do mundo em que você está e da disponibilidade desses alimentos mirtilo açaí não é
então se alimentação não cura ou teia deixar a correr solto também pode e sem tratamento aumentar as comorbidades como Resistência insulina esteatose hepática neuro inflamação maior oxidação de DNA ataxias e problemas relacionados à marcha desequilíbrios desregulações e Muniz em relação a disfunção mitocondrial sua avaliação é complicadíssima mas a gente já tem exames de metabólica com marcadores urinários para tentar identificar se existem prejuízos no funcionamento mitocondrial Então esse aqui é um estudo que mostra alterações desses marcadores mitocondriais mostrando prejuízos no funcionamento da mitocôndria E aí a gente corrige isso como a dieta mais adequada e suplementação
de alguns componentes como coenzima q10 magnésio ácido-lipóico ou outros esse tipo de exame ainda é um exame bem caro existem outros Mercador marcadores mais simples e mais baratos não são marcadores exclusivos para mitocôndria mas que nos ajudam a entender um pouquinho o que está acontecendo como a lactose desidrogenase e creatina cinase coenzima q10 e o próprio rdw que é esse todo mundo tem que é vem ali no hemograma né então o rdw muito alto em uma criança não anêmica tá indicando ali que tem alguma coisa estranha acontecendo com essa mitocôndria que a nossa Usina energética
nós precisamos de muita mitocôndria para tudo no nosso organismo e também para incentivar essa plasticidade neuronal e para que essa biogênese mitocondrial aconteça nós podemos utilizar aí uma série de nutrientes para estimular vias metabólicas específicas que vão levar a transcrição de proteínas para fazer a biogênese mitocondrial novas mitocôndrias produção de novas mitocôndrias e aí você não precisa também suplementar tudo isso de uma vez Então existem estratégias por exemplo para estimular pgc uma Alfa na nessa transcrição né que vai estimular essa transcrição como coenzima q10 vitamina D biopq agora tudo no nosso organismo tem um processo
de saturação então lembra por exemplo uma pessoa que não é anêmica e que está fazendo suplementação de ferro para manutenção apenas dos níveis de Ferro porque a Ferritina começou a diminuir se a gente dá uma quantidade pequena de Ferro quase todo esse ferro é absorvido se você aumenta muito a quantidade de Ferro você vai estar absorvendo menos porque você vai ter uma saturação dos transportadores dos receptores e você vai absorver menos já que você nem anêmico não estava aqui a mesma coisa se você começa a dar com enzima q10 vitamina D biopqq tudo junto você
pode saturar Essa Via então você não precisa fazer tudo junto até porque tudo é muito caro né então desses aqui o mais barato vai ser a vitamina D e eu quero estimular Essa Via eu posso começar com vitamina D não não preciso necessariamente começar com tudo junto a mesma coisa a outra via que havia do ampk eu posso estimular com picolinato de cromo beberina com comida ácidos graxos eu preciso usar tudo de uma vez não eu posso usar inclusive o açafrão né a cúrcuma para ativar Essa Via não preciso estar necessariamente usando todos esses suplementos
aí é que tem o Resveratrol que acetina eu gosto muito do Resveratrol não precisa usar tudo isso de uma vez só também então a gente pode otimizar a suplementação para que ela seja menos cara e mais eficiente e você tendo mitocôndrias que funcionam melhor e que produzem menos Radical Livre enquanto produzem a TPM quanto produz em energia isso vai contribuir para diminuição da neuro-inflamação o stress optativo e a disfunção mitocondrial resultam na inibição dessa via que é chamado Jack start que havia Jonas que nasce e havia de sinalização e ativação da transcrição start Então essa
viajak start é uma via muito importante que está envolvida no processo de sinalização por citocinas e desempenha um papel na formação de células no cérebro dentre essas células da Glee a gente tem os astrocitos que vão nutrir os neurônios a gente tem a micróbia que são as células de defesa mas temos as células que vão formar a bainha de mielinas então se eu tenho uma inibição dessa via eu tenho uma alteração também em relação ao meu cérebro e o que que altera Essa Via excesso de mercúrio estresse oxidativo ou seja muito Radical Livre carência de
vitamina D disfunção mitocondrial isso pode levar Inclusive a maior morte de neurônios esse aqui coloca que a neuroinflamação pode atingir até 69% das pessoas com teia e onde começa essa neuro inflamação é a genética que contribui para isso é o intestino inflamado que contribui para isso são as alergias não tratadas que contribuem para isso e para ativação imune são as infecções de repetição e aí a gente tem aqui uma revisão de 2020 que avaliou a suplementação de ômega 3 nuteia então A genética é importante contribui para neuro inflamação mas os fatores ambientais também são muito
importantes e afetam o neuro desenvolvimento Principalmente nos primeiros mil dias de vida da criança desde lá a gestação Então a gente tem a suplementação de ômega 3 rica em BH que ajuda a estimular bdnf a gente ainda pode associar esse IDH a Zinco para estimular ainda mais esse fator neurotrófico derivado do cérebro temos o Epa que regula neuro inflamação E aí vai me dar um apoio inclusive nas terapias a suplementação de miligramas de palmumenta fosfatase alcalina intestinal reduz lipopos e sacaria de bacterianos reduz endotoclicemia metabólica reduz o processo inflamatório intestinal reduz líquido te ajuda a
corrigir esse intestino permeável o que contribui também para correção da permeabilidade aumentada da barreira mata encefálica evitar também outras substâncias que inflamam como alimentos industrializados ricos em glutamato o glutamato é esse componente do alimento que é um ativador do Sabor né e um conservante também ele não atravessa a barreira e mata encefálica se essa bateria está íntegra íntegra Mas se a gente tem um líquido permeável a gente vai ter maior sensibilidade ao glútemato e isso pode contribuir para as alterações cognitivas observadas a neuro inflamação também contribui para distúrbios sono que são inclusive muito comuns no
autismo 44 86% das famílias relatam que o seu parente noteia tem alguma alteração do Sono A neuroflamação então um componente importante que contribui para isso assim como mutações genéticas intoxicação por metais pesados excesso de flúor na dieta estresse muito alto com aumento de cortisol menor produção de melatonina fora os fatores ambientais né uma higiene do Sono prejudicada existem testes genéticos que vão mostrar se a pessoa ela tem uma resposta maior ou menor com a melatonina e a melatonina ela pode ser suplementada nas pessoas que tem uma resposta boa e um benefício alto e ela no
autismo é o suplemento que tem grau de evidência a de funcionamento não só para indução do sono mas também como uma substância produtora da neuroinflamação outra questão relacionada a neuroinflamação é justamente essa questão das alergias alimentares e esse estudo aqui feito com crianças autistas também mostrou que a casa e homorfina do leite ela tem um efeito opióide no cérebro que pode aumentar a tolerância a dor Então imagina uma criança com muita estereotipia e que bate a cabecinha na parede se ela não está sentindo dor ela pode bater cada vez mais para tentar se auto regular
até que ela se machuque porque ela não tá sentindo dor Então ela continua batendo e essa casa é uma fila Então parece aumentar a tolerância no cérebro se o intestino tá muito permeável absorvendo muita proteína do leite o cérebro muito permeável Será que isso pode estar contribuindo para alterações do neurodesenvolvimento são muitas perguntas que a gente tem nessa área de nutrição porque uma ciência muito nova e temos poucas pesquisas ainda na então é muito gratificante quando aparecem novos estudos e quando outras pessoas também começam a se engajar nesses outros estudos Eu agradeço muito ao Instituto
IEPS que é meu parceiro sempre nessas pesquisas nos estudos nos cursos agradeço principalmente a diretora do IEPS a Emília Gama minha parceirona nessa área e espero que tenha sido útil essa palestra para vocês se vocês quiserem aprender mais sobre nutrição no autismo Eu tenho um curso online e vou deixar abaixo para você o link para acesso [Música]