bom dia é um prazer estar aqui e poder discutir com vocês um tema tão é urgente tão caro principalmente após algumas situações que temos visto neste país e que são recentemente que tem recentemente no chocado falar sobre saúde pública e saúde mental e chamou o educador é é de fato bastante importante me parece uma perspectiva muito em muito urgente diante de um fato de que as nossas escolas ainda que a gente tenha é uma lei assegurada no nosso país de que problemas como o bullying eles são problemas da escola e eu não posso permitir ainda
que estas crianças compreendam as razões que as outras tenham para matar intimidar e desrespeitar que isso aconteça é responsabilidade das instituições educativas de fato fazer com que meninos e meninas consigam é respeitar os outros e se respeitarem é eu vou passar vou conversar com vocês sobre este tema e como como quando me convidaram para vir é a idéia de falar sobre a temática ainda não era começar desse jeito mas eu tive que mudar exatamente por causa dos acontecimentos atuais não é bom eu podia ter falado de tantos outros porque este não é o único e
nem será o último problema de fato das que acontecem nas nossas escolas as a escola d a escola chamada ao brasil na cidade de suzano vocês devem ter acompanhado é recentemente a 15 dias há 20 dias teve 10 mortos entre alunos funcionários e professores não é e é uma situação que nos move a pensar a psicólogos psiquiatras é pesquisadores educadores porquês é ea gente fica pensando porque isso a primeira idéia que nos vem é porque isso na escola porque escolheram a escola se eles queriam matar matar e matar é matar o quanto mais de pessoas
possível que é o que o garoto que restou o conduz um dos que planejou o ataque a suzano ao ataque à escola é está preso e ele ele relata o quanto a mensagem é a o plano do dos três atiradores era matar matar e matar quantos mais a gente conseguir porque numa escola no supermercado a gente tem um monte de gente no cinema a gente tem um monte de gente nem qualquer outro evento da da cidade em que ele mora ele teria um monte de gente mas porque na escola o que será que acontece na
escola que dá a estes meninos é uma necessidade de mostrar algo que talvez a gente não esteja vendo porque que eles desejam tanto interessante a gente escuta não é ea gente tanto conversa depois desse caso está vivo na memória das pessoas ainda que morto não é ou seja essa necessidade é da da de estar vivo diz é o de ser famoso então a gente sabe das relações que esses meninos têm com outras estruturas que assediam outras estruturas que inflamam ódio à violência é da débil hebe que são desperdício postas estão disponíveis a muitos muitas crianças
e muitos adolescentes é que procuram essas instituições para se juntar pra quê para conseguirem uma fama mas porque uma fama é se vão morrer mas uma fama que os diga que o que os faça se sentir em algum momento que sejam 15 segundos antes da morte mais importantes né é porque se juntar criminosos então é porque eu me junto a um grupo e não a outro o que acontece quando eu me junto a este grupo é porque o adolescente precisa tanto se juntar em algum grupo 1 é e interessantemente porque deixar alguns vivos é eu
não sei se vocês conheceram todas as histórias ainda que a gente tenha muitas informações sobre sobre tudo que tem acontecido lá em suzano nós acompanhamos enquanto o grupo de pesquisa desde o primeiro dia fomos lá estamos com os professores lá mas os relatos são vários de que é interessante um dos relatos aqui uma professora da escola professora de artes é o nome o nome dela eu não sei mas eu sei o apelido ela era chamada pelos alunos como amada e ela foi a professora de um dos meninos do guilherme que é ótimo atirador mais novo
não é e guilherme entrou na sala de artes é matou vários meninos que estavam lá e aqui apontou a arma para ela quando ele viu que era ela ele virou se e saiu não atirou porque porque ele nunca tira essa professora e porque ele vai passando pelo corredor e também ver alguns alguns alunos ali se ele tinha a missão de matar matar e matar matar quantos mais a gente conseguir porque a quantidade de munição era muito grande não é não era só pra ter sido essa quantidade que eles conseguiram matar mas porque interessantemente alguns meninos
os que estão vivos relatam que eles olharam pra eles guilherme principalmente olhou pra eles e virou-se e matou outros que estavam do outro lado o que faz com que alguns desses meninos tenham permanecido vivos é porque essas porque todas essas essas histórias bull para responder a todas a todos esses porque se pensar um pouco em estratégias é que são eficazes para dar conta de uma violência que está instaurada no cotidiano é é humano no cotidiano das nossas escolas vamos lembrar primeiro que essa não é a única nem foi a primeira situação de violência que a
gente viveu no brasil e fora dele é não importamos de nenhum sou de nenhum outro país como se infelizmente se tem dito que importamos uma violência americana não é verdade há bullying ou os problemas advindos de situações de bullying são presentes em qualquer escola qualquer é qualquer instituição que ensina desde a educação infantil até o ensino superior em qualquer lugar do mundo então a gente teve um monte de casos já no mundo que talvez é se a gente for pensar uma visão utilitarista é alguns são menos importantes do que outros porque mataram um mataram dois
e outros parece que nos dão um pouco mais de importância porque mataram 10 mataram 50 mataram 100 então são muitos casos que a gente tem visto e que tem acontecido e que tem alarmado e nos feito pensar que alguma coisa está errada e que as nossas escolas não têm conseguido dar a estes meninos aquilo que eles mais precisam chegam pra gente muitas vezes se pedidos de socorro e pedido de socorro nem sempre é professora eu consegui professor eu estou passando por um problema é nem sempre é professora eu não consigo lidar com aquilo que eu
sinto é mãe eu tenho um problema na escola é meninos que passam por por problemas como a gente tem visto e eu vou retomar fala das minhas colegas daqui a pouquinho é eles nem sempre expressa porque certamente não tem essas habilidades mas mais do que isso porque não se sentem valor e estes meninos então nos mostram de diferentes formas aquilo que eles mais precisam que é alguém se importe com eles é uma vez a gente fez uma pesquisa a gente fazer um diagnóstico da região de são paulo é e na no interior de são paulo
a gente fazia uma pesquisa com com adolescentes de de quinta o 9º ano do ensino fundamental 2 mas nessa pesquisa a gente não pedi para que as crianças é se identificassem e não tinha nenhuma identificação o o osa os pesquisadores que aplicavam essa pesquisa sabiam exatamente quais eram as turmas e quais eram as escolas então no no questionário destes meninos e meninas não tinha nenhuma pergunta tinha nenhuma forma de identificação e aí quando numa pergunta aberta que eles podiam responder se eles tinham alguma coisa sobre as questões de intimidação às questões de problemas de convivência
que eles tinham na escola alguma menina não chamou a atenção ela nos deixou a seguinte resposta é eu sou uma pessoa que me corta para aliviar a dor e para descontar e pra não descontar em ninguém é essa menina deixou é o nome o telefone a série é e ea a turma então o nome da escola à série a turma o nome dela eo telefone dela porque ela precisava de socorro não é então diante disso a gente vai pensar que existe uma dinâmica que é da convivência na escola e que é porque na escola nós
vamos dizer que o bullying é um problema da escola é primeiro porque é ele acontece na escola mas não precisa ser somente na escola uma criança adolescente jovem o adulto pode ser vitimizado ou vitimizar alguém ou assistir alguém que é vitimizado é esse é um problema das relações humanas só que a escola tem uma importância porque a gente vai ver que que está relacionada a uma das características principais desse problema é a primeira a primeira coisa que a gente vai ter que pensar quando a gente pensa então nuno porque estes meninos foram para a escola
de suzano e mataram é que as consequências de quem passa por situações de bullying podem ser mostradas a curto ou a médio ou a longo prazo no entanto as pesquisas hoje já conseguem concluir isso o bullying de fato não é um fenômeno da pós-modernidade ele sempre existiu mas ele é um fenômeno potencializado pela pós modernidade é principalmente pela rapidez das informações que a gente tem hoje das relações virtuais do movimento dessas informações e pela é e pela necessidade que os nossos adolescentes e nossas crianças têm tido de experiências de escolas que estejam de fato de
acordo com aquilo que eles precisam hoje e não escolas que sejam para meninos de 40 anos atrás então o bullying é um problema que sempre existiu o bullying não é uma é um problema am importado dos estados unidos nós não usamos a palavra bullying à toa é porque não existe na língua latina uma uma palavra que represente todas as bateristas deste fenômeno é nós não temos uma única palavra porque prass e bullying eu preciso de todas essas características o bullying não é o único problema da escola o bullying é um dos problemas da escola há
o problema da escola os problemas de convivência da escola é se eu for pensar em tipologias de problemas eu virei eu verei que as pesquisas mostram que em disciplina as transgressões a regras é a insensibilidade ou seja o chegar atrasado o dá um grito no meio da aula o usar o celular no meio da aula o que ir para o banheiro e não voltar nunca mais é isso é muito mais comum do que o bullying de fato ele não é o que tem mais frequência mas eu seu mau mais cruel aquele que pode de fato
levar a consequências é muito mais sérias do que outras situações que são também comuns na escola então o bullying para ser bullying a gente tem essas características e que precisam nos ajudar a então pensar que se ele é diferente tem características diferentes diferentes ele precisa também de ações que são diferenciadas eu não trato bullying e situações de bullying como eu trato uma situação de uma provocação pontual uma provocação pontual e discutir com quem de direito eu resolvo com quem de direito com os dois que estão se provocando o bullying é não tem embate de forças
e é um problema ligado à intimidade então eu não posso resolver o bullying colocando frente a frente dois meninos que estão em situação de de problema de relacionamento porque primeiro é que eu não sei a gente vai ver agora quando acontece e segundo é que é eu tenho na verdade é pra ser bullying essas características que me fazem tendo como um tratamento especial porque o bullying tem um alvo frágil é não é qualquer pessoa que pode ser vítima de bullying é não é qualquer pessoa é que é tomada para ser vítima ou seja é o
diferente o o o menos inteligente ou considerado menos inteligente o negro uma muito branco muito loiro ou muito cheio de espinhas ua muito gordo muito magro a muito baixa a mais alta de todas a mais popular a menos popular é o mais o melhor jogador de futebol ou aquele que é mau demais para ser chamado por um time de futebol estes podem ser de fato potenciais vítimas de bullying mas não serão então veja a questão é nem sempre serão para ser vítima de bullying eu preciso ter um sentimento de fragilidade isso significa que a vítima
de bullying e inconscientemente é como se ela consciente se que ela é receba estes ataques se fossem conscientes isso a faria deixar de ser vítima mas exatamente é como se ela tivesse uma concordância que ela não é ela precisa receber esse tipo de menosprezo de intimidação como uma forma de merecimento por ser diferente é a segunda ideia para ser bullying é eu preciso de uma repetição ou seja o bullying não é um ato que acontece uma única vez é alguma ação que acontece são ações diferentes mas que têm o mesmo propósito então hoje eu sou
excluído do grupo de futebol amanhã eu sento na última carteira e ninguém me chama para o trabalho em grupo no outro dia a professora é até é chama minha atenção porque eu não fiz uma atividade todo mundo de ri de mim outro dia alguém me ameaça dizendo que se eu não compro se eu não der o dinheiro é vai pra comprar pra comprar um refrigerante vai espalhar para todo mundo que eu sou [ __ ] ou seja há uma série de situações que acontecem com a mesma pessoa uma repetição que a gente sabe que a
repetição que quando a gente diz para aquele menino que está provocando é cpc perguntou se ele está gostando ele fala ou foi mal desculpa não faço mais é a gente sabe que se no outro dia se repetir é na verdade não é algo pontual é uma existe uma tendência a se repetir essa agressão a terceira característica deste problema é que é o bullying é existe na verdade porque o seu autor o autor de bullying ele não faz sem querer ele quer ele tem uma intenção de ferir ou seja ele tem mas essa intenção de ferir
não faz mal mal de malvado é essa intenção de ferir não faz criminoso essa intenção de ferir na verdade ela vem porque eu não consigo me colocar no lugar do outro porque nem do ponto de vista cognitivo nem do ponto de vista afetivo é eu eu eu não consigo me sensibilizar com a dor do outro além disso eu tenho uma hierarquia de valores invertida de que ser popular é muito mais importante do que ser humildes e é o garanhão é muito mais importante do que cf éu ou seja os valores estão invertidos da minha identidade
aquilo que eu quero e desejo pra mim são valores à morais ou imorais mas a quarta característica é vejam o bullying não é um problema de relação entre professor e aluno o bullying não é um problema de bud aluno e professor então eu não tenho bullying quando um professor chama a atenção do menino na frente todo mundo fala só podia ter sido você mesmo ele pode até potencializar o bullying mas isso não é bullying isso é assédio eo menino que risca o carro do professor bota o professor de uma situação é espanha professor nas redes
sociais e faz várias outras repetições de ações também não é bullying pode ser assédio é uma forma de violência é um desrespeito mas não é bullying mas por que isso é tão importante o bullying é algo que acontece entre pares ou seja entre aqueles que têm o mesmo estou no mesmo patamar na mesma hierarquia institucional então irmão irmão mesmo que não tenha 16 outro tenha 8 e aluno aluno mesmo que um tenha 12 outro tenha 5 é são alunos o professor professor mesmo que seja de uma série seja de outro é são entre pares essas
relações outra característica quinta característica o bullying não acontece apenas entre duas pessoas a nossa colega antes ela lembrou é o bullying tem uma característica que é alguém verá existe um público que assiste existe um público que precisa saber do que aconteceu é um público que valida um público que muitas vezes se mostra indiferente mas necessariamente ele não é indiferente as pesquisas têm mostrado hoje que meninos e meninas que assistem cenas de bullying não agem ou sorriem muitas vezes porque têm medo de seus próximas vítimas e outras tantas vezes porque não sabem o que fazer e
se não sabem o que fazer é estão respaldados por primeiro não são instrumentalizados segundo é como é que vou como é que a gente vai ser visto aqui porque quem é bom nessa escola é quem é popular quem é justo parece que não é ser bom aqui nessa escola ou seja a imagem coletiva de quem é mais do que é mais importante não são generosidade não são a amizade não não são outros valores que nós tanto queremos ea última característica ele não é um conflito qualquer o bullying é um problema é de que de um
lado só não existem dois lados é existe não existe um embate de forças bullying tem o autor que é forte e eu não estou falando só forte fisicamente pode ser psicologicamente e um alvo que é fraco que fragilizado que não consegue se defender mas por que é tão importante que a gente converse sobre sobre essas essas características porque que é só pra reconhecer o que é bullying só para poder saber é é o que boninho que não é não a idéia é que eu quando eu sei quais são as características do fenômeno eu sei que
a minha atuação não poderá ser apenas para os alvos mas quem precisa da minha ajuda também são os autores de bullying aqueles que não sabem lidar com as próprias frustrações aqueles que não sabem é que não tem na sua perspectiva na sua imagem desse valores morais acrescenta acrescidos ele não se identifica com outros valores morais e eu preciso também modificar as condutas daqueles que assistem a situação ou seja meninos e meninos a espectadores de bullying precisam também entender que o espírito da escola é o espírito que está aqui é muito mais importante ou seja justo
do que você é do que eu ser popular é muito mais importante o seu bom do que eu ser aquele que é excluir os outros dos grupos sociais é por que por que falar tudo isso agora o primeiro que já comecei dizendo para vocês da necessidade existe uma lei ea gente não age em função da lei a lei na verdade existe em função de uma necessidade ea lei hoje no brasil ainda que atrasada mais ou menos uns dez anos vejam aqui a nossa amiga trouxe os amigos do zippy é um tipo de trabalho com o
protagonismo infanto-juvenil há quantos anos ele existe há mais de 20 anos a criação dele é a mais de 20 anos na noruega na suíça na finlândia nos estados unidos é no reino unido da espanha se tem propostas é que entendem o fenômeno é para que haja uma prevenção e não uma intervenção porque uma intervenção vejam o que é que eu faço lá na escola o brasil agora se não chorar junto se não acolheu os sentimentos e propor agora a médio longo prazo algum outro trará algum trabalho que permita que existe uma prevenção mas vejo a
lei no brasil ela é jovem demais ela tem um ano dois anos só e ela foi recentemente incorporada à ldb mas o que significa ser recentemente incorporada à ldb significa que ela é dar aos meninos é o direito de aprender a conviver isso não pode mais ser negado e nesse sentido a gente vai ter que pensar que hoje as ações da escola não precisam acontecer apenas porque o programa que a gente tem é bonito e é bem conceituado porque é um programa ou um programa que a gente comprou mas é porque existe o direito dessa
criança aprender a conviver aprender a conviver significa fazer com que estes meninos e meninas consigam ter de fato maneiras mais educadas maneiras mais é a seletivas de resolver seus problemas aprender a conviver significa que esses meninos precisam pensar sobre o seu cotidiano precisam dizer das coisas que sentem das coisas que pensam é então o que a gente tem pensado com relação a essas questões é pra para superar este problema na escola é a primeira coisa é que vejam existem muitos programas e muito legais como vocês ouviram agora pouco o programa é do zippy aos amigos
do zippy e que precisam fazer parte do nosso contexto do nosso trabalho acontece que o grande nokia gente ainda tem que dá conta é que a convivência na escola ela não pode se dar apenas em momentos específicos os momentos específicos devem ser uma das condições até porque se nós pensamos que é as habilidades ou as competências sócio emocionais que a gente tem tentado desenvolver e tem entrado hoje no nosso país é para que a gente possa é com essa necessidade de que sejam de que sejam trabalhadas nas escolas elas não têm sentido se elas não
forem para que a convivência seja ética ou seja é assertivo pra quê autoconfiante pra que o autocontrole pra quê pra que eu saiba conviver comigo mesmo e com o outro isso significa que eu não dou conta de formar meninos mais assertivos mais éticos se eu não tiver como eu tenho na matemática um programa um planejamento organizado intencional e sistematizado isso significa o quê que eu tenho que ter ações pontuais e aí eu posso escolher os programas que eu quero para trabalhar com essas questões pontuais mas eu tenho que ter no meu cotidiano ações em que
estes meninos e meninas possam participar experimentar situações de convivência situações reais de convivência onde eles mais convivem ou seja na própria escola é a gente começa por bullying é não aleatoriamente mas porque de fato como a gente já viu ele é o grande problema o mais cruel que pode levar exatamente ao problema que a gente viu em suzano é a gente vai ter que pensar a necessidade para isso do que a própria lei garante vejam ela diz capacitação de professores ou seja eu preciso de professores mais do que nunca que aprendam como é que eu
construí um valor moral como é que eu faço para que o menino seja justo e tolerante e eu preciso de programas que tenham por que passa a cultura da paz mas os programas que falta faça a cultura da paz vejam é eles não podem ser programas apenas pensados pelos professores porque qual é o grande problema quando eu penso em programas pensados apenas pelos professores acontece que a moral ou à convivência ela é possível quando os meus pares me ensinam também como conviver e quando os meus pares estão fortalecidas pra me ajudar a conviver então não
é um professor o único a ajudar os meninos e meninas a superarem a sua condição de vitimização e sim a própria experiência dos pares têm e tem grande diferença quando eu proponho uma ação de vamos todos abraçar a escola e essa é um propósito e esse é um propósito do professor e quando estes meninos pensam em campanhas então que eles podem fazer pra fazer com que a comunidade fx veja as questões de paz por exemplo só pra citar uma das uma das possibilidades é e finalmente o que a literatura tem dito e aí que eu
quero entrar com vocês é que se eu quero superar os problemas de violência na escola eu preciso implantar estratégias de convivência de novo estratégias de convivência que podem ser programa programa que já estão estabelecidos mas que mais que sejam mais do que isso que se transformem num cotidiano em que os próprios problemas da escola sejam discutidos então por exemplo é vou só passar aqui vou voltar só preciso pra gente entrar ali é por exemplo é outro dia numa escola uma professora de fundamental 2 do ensino fundamental 2 é desculpa numa escola de ensino fundamental 2
tinha uma menina de 9º ano do ensino fundamental 2 é super bonita uma modelo fotográfico certo r sim uma menina já super desenvolvida fisicamente e ela tinha uma amiga que era a sua companheira de sempre quero uma pititinga uma catatau que não tinha se desenvolvido tanto não é é é um dia todos os dias então vocês sabem como qualquer adolescente em qualquer lugar do mundo é no intervalo da aula a professora não estava na sala nenhum professor da sala os meninos em pé andando pela sala os alunos todos brincando conversando é qual era brincadeira destes
meninos a menina bonita passava entre as carteiras e eles passavam a mão no bumbum dela a pequenininha e é por trás protegendo e dizendo para os meninos para para para e eles riam não paravam e ela batia nos meninos e protegia colega quando a professora chega na sala de aula a pequenininha a fiel escudeira era né vai para a professora e diz a professora fulano fulano fulano fica é tá na minha amiga ea professora diz pra ela escuta que minha filha eu não tô aqui pra resolver problema particular vai sentar porque a aula já vai
começar ela foi centrou e diz para a amiga pelo jeito minha amiga eu vou ter que cuidar da tua bunda pelo resto da vida não tem outro jeito que eu estou dizendo para vocês é que dá pra entender que eu preciso de momentos para falar sobre as questões de convivência a prender os meninos a serem assertivos mas que se eu não tiver no cotidiano da escola outras outra possibilidade de de de entender que os problemas particulares das crianças nos pertencem sim e de que matemática ciências história e geografia são tão importantes quanto às questões de
convivência eu continuo dando 50 horas para própria matemática e duas horas para falar de convivência isso não é suficiente porque vai explodir um problema em qualquer aula como por exemplo de outro dia em que uma menina chega para a professora é aliás era uma escola de ensino médio - disse no médio sentados não é a professora entrou na classe e diz pra ele fulano sector de boné tira o boné a ele diz não vou tirar não fez outra ela diz tira o boné agora eu tô mandando ele diz não vou atirar na professora ela disse
ou você tira ou você vai pra fora ele desenvolveu para fora e ele vai pra fora recebe uma advertência por desacato à autoridade tá certo no mesmo dia na mesma na na mesma aula com o mesmo professor uma menina vem e conversa com a professora e diz o seguinte para a professora o professora fulano me chamou de piranha a professora pois a mão no ombro dela diz ela querida escuta que olha se é peixe ela disse a professora ela disse então liga vai o que eu quero dizer a vocês eu estou é o primeiro exemplo
diz eu preciso tratar das questões de convivência e daquilo que esses meninos sentem porque eles não sabem como lidar com isso e este problema é um problema da escola é direito dele aprender sobre essas questões que vão acontecer em qualquer momento da escola da aula e não no horário específico o segundo exemplo me diz eu preciso ter tempo de lidar com as questões morais de respeito porém eu preciso também entender o que de fato é mais importante é que regras valem a pena e obrigar por que que eu brigo por causa do boné por causa
do chinelo e eu gasto tempo marcando quantas vezes o menino foi de chinelo na escola e quantas vezes e levou advertência e eu não tenho tempo pra de fato num momento em que acontece um conflito medi a esse conflito dizendo para ele escuta que diz pra ele o que você está sentindo diz pra ele como é que você pode resolver isso de outro jeito escuta aqui pessoal tenha acontecido tal e tal problema nessa classe como é que a gente vai resolver este problema é ou seja eu não tenho tempo de organizar assembleias na minha sala
para poder pensar os problemas eu não tenho tempo de resolver os problemas com estes meninos e dar a eles condições de então que eles construam estas habilidades que a gente quer serão momentos em que eles vão apenas é automatizar com estratégias em momentos 20 horas 40 horas seja lá o que é mas o cotidiano da escola precisa ter estes momentos ou seja estes meninos precisam pensar sobre os problemas que têm então é porque então começar porque eu tô dizendo pra vocês que por que que eu vou agora apresentar para vocês o material um sistema é
mais uma possibilidade como vocês já viram uma lá antes de mim com com os amigos do zippy mais uma possibilidade do que é que a gente pode fazer o que as pesquisas têm dito hoje pra gente as pesquisas sobre bullying dizem o seguinte é os planos a maneira mais eficaz de tratar o bullying é dar aos alunos este poder empodera os alunos porque o bullying não é um problema que chega para o professor e nem sempre nós ficamos sabendo os meninos e meninas não contam pra gente o que estão passando e o bullying é um
problema tão sério e porque ele é de paris exatamente porque eles fazem ao longe da autoridade é ninguém vê e eles não contam para a mamãe e papai e não contam para professores mas vejam a questão é alguém sabe dessa situação então quem é que sabe dessa situação um exemplo o menino de goiânia se se lembram do rapazinho de goiânia que entrou em coma e matou também dois colegas há dois anos atrás é vocês sabiam que no dia anterior é ele tinha ganho um presente sabe o menino que ele matou ele matou um dos garotos
não é o primeiro que ele matou foi exatamente o menino que no dia anterior é deu para ele um presente no meio da aula no meio da aula o professor chegando da sala de aula o professor viu o presente vai ser um presente quem é que vai adivinhar o que é o menino dá um presente para o outro e diz melhor pra você quando ele abre ele ganhou que um desodorante todo mundo sabia porque ele ganha um desodorante por que o apelido dele era pedido este menino também depois que é depois é que acontece esse
ataque é souberam que este menino era o menino que nunca participavam de participava de grupos que estava sempre no celular é enquanto todo mundo estava no recreio ele não tinha com quem conviver estava sempre o celular vai saber se realmente falando com alguém ou porque não sabe falar com alguém e fazendo de conta então tá falando com alguém este menino era um menino que postava nas redes sociais assim como guilherme de suzano e o seu comparsa é postava das redes sociais a admiração aos discursos de ódio admiração ao porte de armas a admiração as tragédias
anteriores as de columbine tantas outras mas luciene como é que eu vou saber disso no cn eu não faz parte do facebook de aluno e nem posso fazer claro que você não pode e nem vai fazer exatamente por isso que não é você que vai conseguir ver todos os problemas que esse menino tem portanto prevenir desses problemas é interessante mente este mesmo menino de goiânia tinha ido para uma festa é uma festa à fantasia os dias antes do assassinato os meninos contaram que a fantasia dele chamou a atenção de todo mundo sabe do que ele
foi fantasiado de hitler agora veja a questão é tanto garoto de goiânia como de do paraná como garoto o guilherme e o seu colega que morreram em suzano é eles queriam matar mas eles queriam apenas matar pra ter fama primeiro eles participavam de grupos de agrupamentos que pensam nos discursos de ódio inflamam essas as pessoas há de fato matarem mas porquê porque ele se sente ele tem uma condição humana de ser valor aos olhos dos outros se ele não encontra valor aos olhos dos outros da escola em algum lugar ele tem que encontrar se ele
não encontra valor aos olhos do os outros em casa porque a mãe é de fato o guilherme tem um problema de envolvimento com drogas ela abandonou com com os avós a avó morreu é onde ele vai encontrar suporte ou é este valor desse mesmo em outros lugares que pensam em que ele encontre meninos que pensa do mesmo jeito então na verdade o agrupamento épo é necessidade de me sentir pertencente a um espaço ao mesmo tempo só mas não é isso a única coisa que os faz é é fazer é tomar essa atitude de matar porque
tanto guilherme quanto garotinho lá de goiânia quanto do paraná eles queriam os dois é o de goiânia e do paraná não conseguiram mas o que fazem os meninos que são vítimas de bullying e depois então voltam pra matar as pessoas nas suas escolas o que fez o garoto de realengo o que faz os meninos que fez os meninos de columbine o que faz os outros de outros massacres tanto que a gente tem assistido no mundo eo que não deu tempo do garoto de goiana fazer o que eles fazem depois de matar os outros se matam
porque por meio da polícia antes podiam sair correndo eles podiam fazer mil e outras coisas porque eles não querem se vingar não é vingança que eles querem é que a dor deles é grande demais para ser suportada como tal e portanto o mato outro eu me mato eu mato o outro e me mato porque eu não não é que eu quero matar o outro porque eu gosto de matar os outros é porque na verdade eu preciso mostrar pra eles a minha dor que é muito grande então eu tenho que ter alguém que veja minha dor
e portanto na escola eu vou ter que ajudar os meus meninos além de trabalharem com habilidade só emocionais a trabalharem com habilidade sócio emocionais que me levem a convivência com o outro a equipe que me permitam olhar para o outro como um sujeito de respeito e que precisa da minha ajuda e que permitam à minc é que eu veja como algo importante nessa escola porque aqui a gente tem estratégias para trabalhar com isso a gente gasta tempo com isso a gente gasta tempo com justiça com a ajuda a gente tem assembleias durante a semana a
gente todas as vezes que acontece um conflito a professora ajuda media' é gasta tempo mediano esses conflitos eu tenho amigos que mediam esses conflitos e que me ajudam então e que gasta o tempo com isso porque porque os pares da verdade eles precisam de uma escola em que essas questões aconteçam e eles vão contar para os adultos eles vão procurar quem os pares discutem isso amigos e põe aí essa escola é porque não é quando eu tenho uma lata set foi igual a você é mais fácil você falar porque é como quando se fala no
senhor ele pode não te entender que aquela estrutura alguma coisa sim ou não vem quando tenho que começar a gente ficou igual a você assim a pessoa pra mim com aquelas mesmas problemas as mesmas coisas entrar mais fácil para elas não têm o seu papel dão e aí aí como é que eu faço pra frente agora a aqui cheguei então o que é que a gente que eu vim falar com vocês como uma das estratégias mais eficazes que que têm sido pensadas há algum tempo já é e que tem tido e que têm sido feitas
e que tem sido resultado de muitas pesquisas no mundo é que já chegaram a entender que pra vencer bullying que é o mais difícil dos problemas e portanto os outros são fichinha que dá pra mudar a gente tem a necessidade de implantar nas nossas escolas aquilo que nós chamamos de sistemas de apoio entre pares sistema de apoio entre iguais que são na verdade meninos e meninas que são instrumentalizados institucionalmente pra atuar frente a essas questões e pra pensar nas questões de convivência pensar nas questões de prevenção e de intervenção aos problemas é aos problemas não
só de bullying e outros problemas que os meninos passam é o que eu vou apresentar para vocês é uma das estratégias que a gente tem construído no brasil é chamada de equipes de ajuda às equipes de ajuda são um tipo de sistema de apoio a gente tem no mundo a descrição de muitos outros saber mentores alunos mediadores alunos tutores alunos acompanhantes os amigos do zippy tantos outros que podem ser implementados nas escolas vou falar de um não foi escolhido aleatoriamente mas ele foi escolhido porque é a gente entende a necessidade das questões tanto de trabalhar
com que esses meninos consigo lidar com os seus sentimentos quando esses sentimentos estejam relacionados à convivência no grupo ou seja em que eles tenham e que as ações não sejam individuais é que sejam ações coletivas estes meninos fazem parte de pequenos agrupamentos de três em três de cada sala então são escolhidos em cada sala e não são escolhidos pelo professor eles são escolhidos pelos próprios alunos passam por toda uma caminhada até chegar nisso não é chegar na escola e dizer olha vamos fazer uma equipe de ajuda hoje mas eles têm todo um programa de formação
de professores formação de professores que estarão à frente desses meninos porque alguém como a gente já viu também no outro programa tem que ter perfil é e aí a formação destes alunos como é que estão escolhidos eles são escolhidos por um critério de confiabilidade ou seja quem é a pessoa que eu mais confio na minha sala esses meninos são eleitos e eles passam por um período de formação no brasil a gente faz oito horas de formação destes meninos fora do contexto escolar e depois quinzenalmente eles têm encontros para que eles possam tanto discutir os casos
que eles encaminham é como pra que eles possam continuará sendo enquanto continuar sendo formados nas questões mais teóricas nas questões o que ele come como eles têm que agir é a ideia das equipes de ajuda é que a partir delas estes meninos fomentem nos outros a necessidade de outros sistemas de apoio e que começam e comece então aqui aqui a escola tenha muito mais sistemas de apoio do que gente não participando dessas estratégias também é as equipes de ajuda então são três alunos por sala o modelo que a gente tem feito é um modelo a
data estado a realidade brasileira é que começou na espanha num com o parceiro com um colega é que é parceiro que é membro do grupo de estudos e pesquisa em educação moral junto com a gente e ele é pensou que os alunos ajudantes é entende não conseguem apenas ajudar por está com como sozinhos eles precisam de uma reflexão coletiva porque muitas vezes é muito pesado até para eles essa ajuda e essa dinâmica de quem precisa de quem procura por ajuda eles podem pensar juntos em como eles podem resolver este problema é esses meninos de equipes
esses meninos de equipes de ajuda então funcionam nas escolas ea gente tem no estado são paulo 14 escolas já em funcionamento que são escolas é públicas e particulares terminei cinco minutos eu termino tá bom é então a essas esse sistema de apoio ele já tem sido em muitas pesquisas do mundo já conseguiram provar que é o quanto eles podem contribuir com a educação pessoal e coletiva de todos os alunos o quanto eles podem também depositar a confiança nestes do próprio colega o quanto esses meninos têm a quem pedir ajuda e portanto se sentem mais seguros
se sentem mais acolhidos nesse cotidiano o quanto é a família fica mais segura sabendo que esses meninos estão apoiando os seus filhos e mesmo os seus filhos são meninos que também trabalham com valores morais que a gente tanto deseja e o quanto a escola é percebida como alguém que se importa com os problemas dos meninos ou com aquilo que os faz mais humanos não é nós estamos do brasil a nós estamos já na terceira fase da implantação destes programas que começaram em 2015 é nós tivemos essas 14 escolas e pilotos que são escolas que começaram
no estado de são paulo então algumas públicas e algumas particulares é implementamos essas escolas na primeira fase na segunda fase começamos a colher os primeiros resultados dessas pesquisas dessas escolas e vimos então que os nossos resultados batem com os resultados de outros países inclusive do modelo espanhol já temos comparações que em três anos de 2015 até hoje nós conseguimos então os dados agora em 2019 que começam a ser foram publicados três anos a gente já consegue resultados é e muito bons até porque na espanha e outros tantos países e demorou bastante tempo para conseguir os
resultados que se tem é então passamos pela segunda fase comparando com os modelos estamos na terceira inclusive perto de implantar os sistemas de apoio em toda a rede do estado de são paulo a rede municipal do público das escolas públicas estaduais do estado de são paulo só vocês terem uma ideia é só que é fruto de pesquisa então tem um monte de pesquisa no brasil que fala sobre isso porque a gente tem um monte de gente no brasil que fala sobre bullying porque acha que sabe sobre bullying nós estamos falando de algo que é um
fenômeno que precisa de estudo e que portanto precisa de ciência a educação não é terra de ninguém a educação é terra de cientista também e portanto que a escola faz precisa ser é precisa ser baseada em ciência só vocês terem uma idéia da quantidade de pesquisas que a gente já tem que podem mostrar a necessária é a necessidade que a transformação da escola vamos ver então qual é o principal objetivo das equipes de ajuda agora só tem videozinhos ea cabo vamos lá o objetivo de ter uma equipe de ajuda aqui na escola é de melhorar
a convivência no reino escolar e conseqüentemente tornando o ambiente não importa é seria muito menos e menos confiável dizer pra vocês do que eles dizerem eles sabem o que estão falando escutem mais eles bom aqui é tamanho da equipe de ajuda eu acho que foi o meu olhar sabe como é que as pessoas diferente um olhar mais sensível eu comecei a me colocar no lugar dos outros e imaginar que tipo que eu vejo todo dia não é o que a pessoa vive cada um tem a sua vida e seus problemas e cabe a nós ajudar
e fazer tudo melhorar no ambiente escolar como ter segurança nas escolas a gente tem são paulo tem vivido muito isso muitos expertises dizendo porém a polícia será que é assim que a gente vai ter segurança das escolas quem entende de ser humano quem estudou sobre a educação é a polícia é importante e ajuda o problema é que eles vão saber como volante só vamos saber depois de fazer e também pode pedir ajuda de quem faz a vergonha olho vai pensar se eu fizer isso não vai valer a pena porque depois a ajuda já na forma
de prevenir e de ajudar como já existentes e finalmente é tem o último aqui só pra vocês entenderem é é aos estudos mostram que para o menino ser generoso ele precisa se ele querer ser generoso menino para ser violento ele também disse querer ser violento então a gente tem que mudar o querer né olha que coisa mais bonitinha esse menino aqui mandou um bilhetinho por um dos formadores nossos depois que eles vão porque nessas escolas têm as equipes de ajuda a gente já não faz reunião de pais quem faz reunião de pais são eles a
gente já não recebe os alunos das escolas que as recebe os alunos são eles a gente não apresenta mais a escola que apresenta a escola são eles e aí ele mandou depois um recadinho para o raul que é o formador dele raul se você tivesse noção do orgulho que eu tô agora do trabalho da equipe de ajuda que a gente fez obrigada raul de verdade por tudo citando raul a gente foi aí o palavrão né finalmente eles prepararam pra vocês [Música] [Música] roger ei [Música] [Música] nossa que bom eu tenho uma família né onde está
a pé será que ele esqueceu de mim a gente tá aqui pra ajudar olha ai rio [Aplausos]