Neste vídeo, um bate-papo inspiradíssimo entre nosso colaborador Rafael Barboni @rafael_barboni e Ka...
Video Transcript:
Oi boa tarde pessoal aqui é o Rafael Livreiro da Martins Fontes Paulista prazer enorme estar com vocês novamente Hoje nós estamos aqui com super bate papo mais uma vez mais uma grande figura da literatura nacional hoje nós conversaremos sobre literatura povos originarios as suas culturas suas peculiaridades suas expansões de consciência seus desdobramentos nesse país aí tão atribulado tá nós conversaremos com Kaká werá o grande escritor indígena que pública né sua rede são agora do Terra de mil povos Terra dos Mil povos publicado pela Editora peirópolis um livrasso que já é super vendido conosco mas também conversaremos com Kaká sobre o trovão e o vento um livro incrível sobre xamanismo e impulso específicas e a águia e o Colibri e tu Cacau irá junto com o Roberto crema livrasso também que vale a pena leitura quem curte o tema com certeza vai gostar demais a nossa conversa é importante Dizer para vocês Que esse espaço é extremamente democrático e tem uma proposição de disseminar a cultura dentro do nosso país Cacau irá Para Dizer para vocês ele educador e escritor ambientalista e focalizadores dimensões de eleições voltadas para a Ecologia possui inúmeros livros publicados entre eles os três que eu acabei de apresentar para vocês vamos ver se o Kaká já está disponível aqui para o nosso bate-papo E aí a gente começa conversa conversa Participe do sorteio de um dos livros do cacau e seguindo o nosso perfil seguindo o perfil do Kaká e também marcando um amigo beleza galera nós estamos aguardando aqui parece que o cara tá disponível Boa tarde Kaká tudo bem o Olá está me ouvindo bem estou à venda bem tudo bem contigo tudo bem kkk e você você vai bem e eu vou bem não posso te visitar nesse bate-papo temperatura nesse ambiente mesmo que virtual mas o ambiente é de livraria né eu gosto muito disso a pouco você esteve conosco aqui a gente bater um papo você autografou alguns livros inclusive todos vendidos já né Na próxima pode mesmo para autografar mais alguns né você a viacom grafado o Terra dos Mil povos né gente jovem dia muito de aí claro que Olha ele aí que linda claro que aí vendeu tudo né kkk você é um autor muito estimado né as pessoas tem um carinho muito grande por você Nós aqui livreiros também sempre indicamos os seus livros os livros do Daniel munduruku uso krenak então assim é um prazer enorme trabalhar com a sua ó bom e muito grato e é um prestígio muito grande para a gente ter você aqui conversando um pouco com a gente essa obra obrigadíssimo Viu Kaká eu fico feliz contente na é um é uma semeadura aí que já vão aí algumas músicas no Brasil e nós começamos isso quando eu ainda vivia na aldeia Guarani ali no canal de Porã na zona sul de São Paulo lê um pouco depois de Parelheiros na pele e começou a tentar a gente inventar uma literatura indígena porque não existia né É ah e tem essa grande questão também né kkk é tradicionalmente pelas histórias né dos povos originarios serem dadas através da organização é muito recente esse esse registro né então vocês nem foram precursores dentro da estado essa linha literária né você e alguns parentes não é isso kkk É sim sim é é a ali falar cultura indígena na minha história Cultura de um modo geral é tradicionalmente é oral né você vê aí pelos estudos antropológicos né é normalmente é dito né que é oral eu não gosto muito dessa palavra que a nossa ação neural porque convivendo com os Guarani contra o Xavante com alguns povos eu prefiro dizer que a que a tradição o modo de transmissão de Filosofia de cosmovisão de valores vivencial né Eu prefiro dizer que a vivenciar logo é porque não é só através da fala da oralidade mas é através das do Canto da dança da expressão do corpo da convivência né E a questão de comunidade né de sociabilização do pato de as famílias estarem como como nas pequenas e médias comunidade estarem muito mais próximos Então os meios que diz pressão em das Artes se tornam mais vivenciais né mas antropologicamente era dito que a nossa atenção é rural né passagem de conhecimento valores e filosofias né E eu achava isso é de certa forma para nossos objetivos no final dos anos 80 eu achava é limitador por quê O que é eu com juntamente com alguns parentes nós fazemos palestras já fazemos naquela época procurando divulgar os valores divulgar a cultura de lugar com as no visão de uma maneira oral sim através de palestras ou recebendo as escolas nos nossos lugares ou indo até escolas eu tenho instituições né e num determinado momento como eu já gostava muito de literatura e é eu pensei assim pois a gente escrever se também essa a gente usar se a literatura como uma ferramenta para potencializar né Essa difusão de cosimo Visões e valores o pensamento né Essa vó né indígena realmente foi uma coisa bem pensado em volta de fogueiras em volta de conversas ao pé do fogo não me lembro muito isso para mim me dar uma uma até uma nostalgia né eu Ailton krenak o Daniel né já conversava conversávamos sobre isso né meados dos anos 80 final até o dia em que em 93/1993 saiu o primeiro livro né Pedro por mim que chama-se todas as vezes que temos a Deus que hoje ele é um livro aro nem eu tenho o mapa para mostrar para você meu livro foi o primeiro livro considerado assim de literatura né indígena embora já havia dois outros duas outras referências que é importante para lá na Eliane Potiguara de nos anos 80 e tava poemas poesias é e e um pouco antes de mim 89 sai um livro belíssimo do um dos irmãos de Santana chamado antes do mundo não existia no entanto foi escrito por eles é foi foi transcrito né pela Berta Ribeiro né então era as pessoas e o meu livro até a antes da terra dos Mil povos todas as estamos a Deus é considerado então primeiro livro é que na sequência veio o Daniel munduruku né com coisas índio né mas a ideia a ideia já nesse momento era poder justamente usar a literatura com uma ferramenta de potencialização né da da voz indígena né da da expressão assim né dos nossos valores é eu costumo dizer é que houve dois tipos invasões que detonaram né os povos indígenas as invasões territoriais e é as invasões e materiais é né os nossos territórios e materiais também foram invadidos é o que é que são esses territórios e materiais é justamente as nossas cosmos' visões por onde estressadas né a nossa visão de mundo a nossa filosofia as nossas tecnologias sociais né que não tem tem a sociedade brasileira pensava hoje tem uma parcela que não pensa mais Graças aos livros graças a na essas intervenções mas pensava que os povos indígenas realmente não tem desenvolvido tecnologias filosofias visões de mundo estruturas civilizatórias né então é isso tudo é território em material nosso que foi que foi degradado também e que a literatura na minha na minha visão é uma uma grande ferramenta né e um um lugar Nobre para reconstituição desses territórios e para a difusão desses territórios para a população interessante essa sua fala né kkk porque é E aí a casa do que estava aqui se você consegue escutar bem k k k e é eu perdi deu uma travada sim eu perdi eu acho agora agora voltou assim eu acho que eu vou procurar um lugar hum não sei vou ficar mais perto da da internet aqui eu já estou bem perto né eu vontade para você tem um lugar aí e arrumar melhor disposição Pode ficar à vontade ta li o pessoal que está acompanhando a gente você que está acompanhando aí prestigia o trabalho do kaveira Fique à vontade para mandar sua pergunta sua reflexão muito importante essas fotos de algo não esqueçam tá atende tirar publicação para marcar um amigo seguir o perfil do Kaká e o vestido da Livraria Martins Fontes para você participar do sorteio de um dos exemplares do livro O Kaká werá a terra dos Mil povos tá livro muito bonito muito bem o lado uma escrita fluida comovente e super reflexiva também é o trabalho do Kaká é muito legal você que ainda não morreu com certeza vai curtir demais você encontra um lugar aí para cá vamos lá então diga lá pode estar aberta para perguntas tá Deixei de perfeito Kaká e vamos lá cara é você falou sobre cosmos' visão sobre cosmogonia e sobre alguns Alguns algumas nuances e valores né dessa múltipla cultura dos povos originarios eu tô com aqui em mãos o outro vão evento aquele publicado pela apolar e esse livro aqui passagem Lindíssima que eu gostaria de fazer uma breve Leitura para que você trouxesse uma nuance reflexiva da sua perspectiva e um pouco desse livro também que é maravilhoso né lá na página 93 Kaká a gente é o seguinte ó os fundamentos do ser foram concebidos na origem futura da linguagem humana tecida da sabedoria contida em sua própria divindade e em virtude de sua sabedoria criadora concebeu como primeiro fundamento o amor antes de existir a terra em meio à noite primeira e antes de ter-se conhecimento das coisas o amor era né aqui é uma coisa extremamente profunda né porque é uma rotura com a consciência de tempo a logicidade de tempo que nós temos a ideia cartesiana de tempo então já subverte nas estruturas todo uma formação da consciência ocidental É mas majoritariamente o que é lindo é a substância do amor que é mencionado aqui é o amor no a tempo amor como Constituição da existência né Cacau gostaria que você falasse um pouco sobre essa substância do amor como encontramos Como podemos uma experiência vivencial seja qualquer tipo de experiência mas imerso na cultura dos povos originarios gente pode pensar nas pernas sérias como o sagradissimo chá aí a huaska a gente pode pensar os trabalhos de imersão de consagração do cachimbo pensar no rapé pensar também na experiência na artesanal né de produção dos das Ferramentas enfim existe uma pluralidade muito grande eu gostaria que você falasse um pouco sobre o amor né esse caminho essa esse caminho de busca e o que a pessoa que está buscando e esses dois xamanismo pode encontrar de bacana no trovão e o vento por favor que acabou Maravilha na agradeço a tua pergunta tua e a tua questão primeiro eu é importante é compartilhar com nossos amigos amigas que estão aí nos vendo né nos ouvindo é que é Esse verso que você leu esse texto que você leu é parte de uma sequência de versos contidos nesse livro e eles não são meus né esses versos uma tradução é de um conjunto de versos que são conhecidos como em Iporã que são pequenos cânticos são curtos cânticos que foram passados Aí sim né por essa via oral foram cantado durante os últimos 1000 e os há dois mil anos eles são muito antigos realmente né existe vamos assim existe é possibilidades de que esses versos realmente tem atravessado aí pelo menos dois mil anos né porque porque esses registros vende um vender essa série de cânticos dos Guarani foram coletados inicialmente é na década entre a década de 40 e 50 por um uma pessoa chamado Leon cadogan que recebeu a permissão para registrar ele taquígrafo numa aldeia do Povo Guarani apapocuva que é uma é uma linha né é uma linhagem a etnia Como usar o pó Logos param né dos Guarani então ele coletou porque Pablo verá o pajé da época é pediu para que ele registrasse enquanto ele ele ele transmitiram ensinamento e era transmitido através de cantos então enquanto ele cantava e um cabo lugar ele entrou tá muito tentou publicar pela Universidade de Assunção mas não houve sucesso então ele levou aí quase uma década para publicar publicou em espanhol bom E aí nos anos 80 eu fiz uma peregrinação até o Paraguai o colete tem que conhecer os apapocuva Conheci um casal de antropólogos na região que tinham uma 11 registros além desses desses aí uns registros coletados ao longo de dez anos recebe permissão para fazer uma tradução eu tô dizendo a turismo para você dizer só para vocês entenderem ver assim que esse verso aí ele é ele é sagradissimo ele é passado de geração a geração através de cantos e E aí ele foi na década de 40 depois ele foi rompido esse conjunto de ensinamentos Eles foram proibidos em muitas aldeias por causa da invasão dos radicais dos Evangélicos radicais que destruíram quer destruir é justamente essa coisa uma visão Sagrada por isso que o por isso que eu o valor de desses versos ele é ele é inestimável né e ele ficou registrado lá no livro do Leon cadogan chamado vai vir habitar e eu registrei no no trabalho vento e tem também registrado no outro livro meu chamado do pt não der muito bem e é isso é importante contextualizar isso para entender a senha realmente eles são valiosos porque Inclusive eu já tive aldeias Guarani que não se recobrar a vão mais desses ensinamentos e é uma das Aldeias por exemplo uma aldeia que eu gosto muito ao de amor de cavalos tive que é uma aldeia Guarani que fica em Santa Catarina um pouco antes de você chegar em e pela vendo pelo sul pela br-101 Não é esse livro é adotado pela Aldeia Como como o estudo da restauração de se saber né então primeiro essa importância assim segundo o conteúdo em sei né que você falou ou embora ir o amor o amor é impressionante a gente verificar então que uma um com uma uma sabedoria transmitida poeticamente né já tem esse os princípios de uma alta sensibilidade espiritual de uma alta espiritualidade porque esse verso está dizendo que a essência de toda a vida é o amor né veja bem é importante dizer isso dentro de um contexto que não foi uma não foi que os Guarani receber minha influência é cristã ou vista ou qualquer outra não ele já lá atrás há milhares de anos Já o sábio dessa tradição já conectado o Essência né Que é o Amor Universal o embora atriz que é dito aí na nesse verso né que é o que é o Amor Universal que sustenta a vida o verso tá falando disso né E aí é como que os Guarani conectam conectaram com essa sabedoria Universal né é os povos têm maneiras diversas de conectar com essa Fonte Universal em alguns povos como conectam realmente é através do uso do que hoje é chamado de a medicina da floresta as raízes sagradas as folhas É como no caso da eu acho que foi citado que é muito utilizado pelos povos da Amazônia notadamente os Anauá o povo Tucano né o do tive que são é que utiliza há três mil anos né E essa ferramenta de conexão com a sabedoria Universal mais os Guarani eles utilizam predominantemente é os estar ovar os cantos os cantos que leva a um estado de Êxtase os poemas cantados que levam o estado de tal Êxtase que entra em conexão com a fonte divina e eu fui e coleta dessa fonte de Vina assim toda uma sabedoria no caso o trovão eo vento tem aí mais algumas mais alguns conteúdos que vão falar além além de afirmar o amor como Essência né de toda a vida aí vai falar do Poder por exemplo dos Espíritos da natureza na modelação do amor é muito bonito porque esse livro vai dizer que os espíritos da natureza particularmente os espíritos da terra da água do fogo do vento eles modelam a energia do amor e fazem com que essa energia se transformem em seres seres com formas no verão mineral no reino vegetal no reino animal no erro humano isso daí é maravilhoso é e esse livro é um livro que eu levei dez anos para trazer esse conteúdo para confirmar determinado as pesquisas e unir determinados fundamentos que estavam fragmentados espalhados aí ao longo de algumas aldeias do Sudeste do Sul do Brasil até a região do Paraguai e é sensacional né é uma pesquisa profunda E como você mencionou né kkk tudo que concerne a essa essas nuances culturais tão especiais da nossa brasilidade mas também dos povos originais de todo planeta requer a experiência empírica né a a vivência é interessante você dizer isso porque a gente para realmente se conectar todos esses conteúdos é necessário e para além da palavra escrita vida né é bonito quando você fala do canto porque o campus II da talvez comum uma das primeiras grandes medicinas né caro medicina de cura também né que por vezes a gente não tem um bom pessoal é porque às vezes fala assim a medicina de cura do povo indígena é as ervas e as raízes mas não é só de ervas das raízes a Isis a zero vivas o canto a dança e o silêncio EA arte se é o lugar de conexão dos povos né bonito muito bonito né a gente tá conversando aqui você muito bem muito bem sobre o o amor né e do amor e é pensando no amor que eu gostaria agora de trazer um pouco a conjuntura contemporânea do nosso país né Pensa não só nosso país mas o Cosmo e cita tava vivendo um momento de transição rotura e muito delicado mas eu gostaria que você falasse um pouco para gente é de qual modo os povos originais do Brasil hoje estão enfrentando né se a dispersando no amor mas também a quais são os as nuâncias ferrar e usados neste processo também de resiliência de resistência que a gente tenha uma história que já diz muito sobre a relação né do branco com os povos originarios e hoje a gente tem uma identificação a potencialização também desse dessa perseguição né desse tipo de política repressiva e é de onda né gostaria que você falasse um pouco para gente Para cá tem como você vê o cenário atual E como você vê a movimentação e na estruturação dessa resistência às estratégias de resistência dos povos originarios hoje no sentido de combater e resistir ao fascismo que a gente vê de maneira tão abrupta e intempestiva né Por favor kkk e é Olha estou pergunta bem oportuna né para esse momento ele ela ela transcende né esse lugar assim do nosso bate-papo mas ao mesmo tempo tá dentro desse lugar da literatura né É bom os povos indígenas no século 16 17 quando começaram a a serem exterminados né Cê 17 até os tempos atuais uma das estratégias que E com o tempo foi utilizado para a resistência para continuar a vida das culturas é foi a estratégia de uni adversidades une as diversas culturas é une diversos povos as ações né porque é antes da chegada aqui dos invasores essas culturas cada uma vive aí vamos falar na linguagem atual aí vivia de certa forma ela sua bolha né na sua bolha cultural né nos séculos posteriores nós tivemos que nos obrigar a sair da nossa bolha cultural e nós nos re descobrimos como parentes né Guarani carregando sua Avante é kamayurá enfim né E isso favoreceu é fortalecermos né Cada um preservando cada povo preservando as potente cidade mas ao mesmo tempo nos fortalecendo em quanto é uma unidade dentro dessa diversidade cultural Esse foi mais uma estratégia É milenar né mas e já está atravessando sérios mas é o segundo e o segundo aspecto da nossa resistência se dá Justamente na questão é de transcender os limites da nossa do nosso reconhecimento como seres pertencentes a essa terra para utilizar a sociedade não-indígena para que elas vejam que elas também são pertencentes a terra não atendo o ponto de vista de um território que é meu ao seu e custa tanto e cuspia ele ainda não mas a terra como entidade viva somos todos filhos da Terra isso tem a ver com emboraí isso tem a ver com essa filosofia do amor maior do Mistério da vida né que que é corporificado pela mãe terra a natureza a qual Todos nós somos filiados né então você tem uma grande parcela da sociedade não entendi eu não sei se tão grande quanto quanto deveria ou poderia ser mais uma relativa parcela que se reconhece também como o filho da terra e fortalece uma aliança abrir a a parte dessa desse fundamento mesmo né do Mistério da vida que é o amor né o amor fraternal o amor que solidariza né o amor que nos humaniza né um pouco mais são estratégias são estratégias que acontece e a e o terceiro ponto percebeu o valor da natureza não encontro fonte de recurso para sexta empreendiment usurpados usado extraído na mas o valor da natureza enquanto manutenção da vida né dessas. . .
Comerciais no século 21 né independente da causa indígena ou não es os pontos cruciais para a nossa resistência mais que não é só uma resistência nossa é uma resistência para nos tornarmos humanos para todos para todos nós né Aí é o grande dilema é o seguinte e os seres que nos atacam as pessoas que nos ataque os grupos que nos atacam em 3 características a primeira característica ignorância a ignorância no sentido de ignorar o outro de não saber né que gera desempenho tu quiser a preconceito que gera racismo né o segundo tu né o segundo. Ganância E esses são os nossos inimigos né ganância ganância para preparar para ter os nossos territórios físicos materiais e e ganância inclusive para subjulgar ainda pessoas de etnias e povos subjugar para aproveito enfim diverso proveito com o intuito de exploração né e o terceiro público que tá mais grave agora além da ignorância e da ganância é um tipo de uma doença de uma psicopatia que está no poder o que está no poder e aí nós temos que usar o o amor é a base mas nós temos para usar também da nossa raiva da nossa indignação e é para gerar uma uma uma resposta ou gerar uma uma uma expansão e uma resposta para sensibilizar mais pessoas né mais gente né o o tipo de de guerra de batalha que nós vivemos hoje é muito atípico né do das batalhas que Vencido o trabalho das ao longo dos últimos 20 anos né é muito atípico porque se dá num Território que é um quer um território é que não é somente contra os povos indígenas e O que é é um fenômeno mundial esse fenômeno da ignorância da psicopatia nos Estados Unidos Acabou acabou de cair um psicopata né E vamos vibrar e nos unir para o principal se psicopatas do Poder porque é o nosso maior inimigo hoje é isso é essa é essa confusão que estabeleceu né no nível que não é nosso inimigo não é nenhuma ideologia não é nenhum grupo opressor que tem uma que tem uma unidade não é uma mistura né de ignorância com psicopatia né é o nosso maior maior inimigo hoje Quem é E aí é qual as nossas armas e a guarda essas armas e é o primeiro buscar justamente sensibilizar as pessoas para a necessidade de nos reconhecermos todos como os parentes todos como os filhos da terra é e qual que é a arma de de Então passa pela literatura passa pela educação passa pela mobilização social na passa pela sensibilização da sociedade porque eu não acredito que uma sociedade seja lá brasileira ou de outro país tenha uma maioria Ignorante é uma minoria é uma minoria né então nosso desafio hoje é isso é é nós temos que aprender a lidar nos une na nossa diversidade na respeitando as particularidades de cada diversidade e enfrentar essa situação né e o que é uma situação totalmente atípica é feito é importante é sua resposta Kaká Porque existe uma sei muito e por vezes de escutar fala de uma liderança importante de alguém que já está nesse atravancamento nessa luta décadas e aí você trazer uma fala tão elucidativa mas também tão amorosa lúcida e resistente Eu acho que isso nos fortalece agora pensando nessa conjuntura a gente tá falando sobre as estratégias e ferramentas né de residência de desconstrução net preconceitos eu tô com irmãos aqui com a terra dos Mil povos né a rede são que sai pela peirópolis esse livro lindo publicado por vocês e um livro também cheio de ilustrações né ilustrações muito bonitas histórias muito bonitas e eu gostaria de que você falasse um pouco para gente da formação desse trabalho esse trabalho de um trabalho antigo né e não que ele contribui nesse aspecto Vamos ser bem direto um dos Mil Cosmos pode trazer para clarear um pouco esse momento obscuro e também que traz ver esses valores importantes que muitas vezes a gente ainda está um tanto de estourado né a gente a gente não tem a consciência muitas vezes vai com a cara de que nós somos a natureza não é esposo nariz não estão na natureza né es são eles eles são a floresta né Vocês são a floresta e nós somos a natureza como um todo é bonito que você diz e você que você trouxesse um pouco nesse nessa perspectiva a contribuição e o que você traz nessa pesquisa nesse mundo do trabalho a terra dos Mil povos por gentileza kkk É sim bom Hotel dos Mil povos a primeira edição dele é o foi uma edição de 97/1998 fértil depois ele teve várias reimpressões e naquela época o objetivo justamente era oferecer para um público a princípio das escolas né o publicou para a educação é a ideia de 500 do século 16 a pelo menos 12 mil 20 mil anos atrás já havia aqui nessa terra mais de 1. 000 povos não é mais meu civilizações e que depois do século 16 né vieram outros povos que que que poderiam ter se somado de uma maneira mais é pro positiva né Essa é a primeiro.