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[Música] Us [Música] Olá boa noite a todos e todas sejam todos muito bem-vindos Ah para quem não me conhece eu sou Marco Correa Leite sou psicanalista psicólogo de Formação diretor um dos diretores do Instituto esp coordenador e docente da da pós-graduação em fundamentos da psicanálise eh e hoje coordenador do seminário também né eu tô coordenando Esse seminário ah com o tema psicanálise lacaniana Clínica e topologia E hoje nós vamos fazer a aula aberta né um bate-papo aqui com com o Marcelo Veras que vocês vão conhecer já já acredito que a maioria de vocês já devam
conhecer ele é um cara incrível maravilhoso eh bom vocês quem quem conhece sabe quem não conhece vai saber ah pessoal ah primeiramente eu quero apresentar aqui o Marcelo para vocês depois eu vou falar um pouquinho do seminário E aí a gente a gente vai vai batendo um papo aqui tá eh Carol pode colocar o Marcelo aí que eu vou já partir aqui para para apresentar ele por gentileza Marcelo bem-vindo meu querido Olá tudo bem Tudo tudo ótimo Tudo ótimo beleza vamos lá bom Pessoal esse é o Marcelo Veras psicanalista médico psiquiatra e professor das especializações
da Universidade Federal da Bahia PUC Paraná a Escola Baiana de Medicina e também convidado aí do Instituto esp né ainda tá né como professor convidado né não aposentou totalmente né agora agora em novembro vai tá aqui em Londrina né ah tem tem mestrado na universidade de Paris 8 né doutorado pela UFP UFRJ e atualmente coordena ainda é o coordenador do psil SIM atualmente tá coordenando psil que é o programa de saúde mentar e bemestar da Universidade Federal da Bahia Inclusive a gente vai falar sobre o programa aqui em Londrina né que você vai estar presencial
aqui na jornada né aí a gente vai tá batendo um papo sobre isso autor de diversos livros entre eles a loucura entre nós self logo existo ruídos e silêncios da vida confinada e tem mais um né a morte de si o último é a morte de si que tá um sucesso né eu tô sabendo já que o negócio tá bem badalado imagina Setembro Amarelo nunca trabalhei tanto na minha vida essa roupa devia ser branca foi amarelando de tanto falar aqui trabalhando amarela bom pessoal hoje então nós vamos ter aqui a abertura né oficial do do
nosso seminário Lembrando que essa aqui é uma aula aberta é um aperitivo né do que vai ter aí mais para frente no seminário sobre psicanálise lacaniana Clínica e topologia tá para vocês terem uma ideia aqui dos módulos que nós vamos trabalhar o primeiro módulo é introdução à Clínica e topologia lacaniana que começa hoje né com bate-papo aqui com Marcelo depois nós teremos Ah no módulo dois sujeito e as estruturas clínicas a partir dos esquemas lrz E também o gráfico do desejo pensando o manejo Clínico a partir do gráfico do desejo depois o módulo três objeto
a no ensino de lac aonde nós teremos a presença da da queridíssima Eva Lerner que é uma psicanalista da escola frediana de Buenos Aires né aonde nós vamos trabalhar ali o seminário 10 11 e também o 20 pensando e toda a história da construção do objeto a né o objeto a Eu acho que começa antes né lá pelo seminário sete mais ou menos da diferença das Jing de sar o Lacan vai trabalhando o objeto a começa no Freud né na verdade o Lacan que dá que vai dar consistência a coisa ali bom depois no módulo
quatro nós temos os discursos e a sexuação no ensino de lacam partindo dos quatro discursos e a lógica da fantasia e também depois a fórmula da sexuação e o o último módulo módulo c real simbólico Imaginário na clínica de orientação lacaniana né aonde nós vamos ter uma introdução ali ao rsi e por fim pensar ali o sintome a clínica borromea também com a nossa convidada Patrícia lej que inclusive escreveu esse livro aqui né da editora sintoma que vocês têm acesso aí se vocês tiverem à disposição né ah o livro escritas em análise Editora sintoma e
pessoal só para avisar tá aluno F tem desconto na Editora sintoma Tá bom quem é da pós-graduação do esp aí e tal tem desconto né na na na na Compra dos livros da Editora bom Marcelo recado dado cara agora é contigo seja muito bem-vindo mais uma vez eh eu achei que eu ia te ver só em novembro mas aqui estamos aqui novamente né amos não um beijo meu querido aproveita o pessoal muito bem muito obrigado né ao convite do espes para est aqui falando com vocês eh uma tarefa que é um pouco complexa né porque
eu eu entendi que esse curso vai atravessar eh basicamente toda a todo o arco topológico né de lacam do ensino de Lacan né e e como que que eu vou falar de isso num espaço bastante reduzido né de 40 50 minutos então obviamente eu vou eu vou tentar dar para vocês algumas bases eh apenas para reflexão e a partir do momento que vocês forem forem vendo né acompanhando durante o curso vocês talvez lembrem de alguma coisa que eu acabei falando aqui para vocês ah partindo eu vou começar partindo de um de algo que e lá
do final do Lacan ah perto do seu dos últimos seminários de Lacan já nos anos 70 eh quando ele pensa a por exemplo a topologia eh E por que que né Porque que a topologia eh foi tomando assim um corpo muito grande na na na na obra lacaniana vem Exatamente porque eh já bem bem cedo ele antecipava que as palavras não daria a conta de abordar a coisa freudiana o objeto a o gozo eh então que palavras não seriam eh não não iam dar conta disso né embora ele tenha feito Eh toda uma etapa onde
ele por exemplo na teoria da da foraclusão que tá lá no seminário três onde começa ali Lacan já fazer um esboço eh ainda unidimensional da da né da eh digamos da da topologia que ele vai desenvolver depois com o esquema l de Lacan que eu já vi que vai ser bastante estudado aqui eh mas eh visto que tem essa impossibilidade ele passa a topologia eh dizendo o seguinte a topologia para ele é real é o real da maneira que ele pode que ele pode eh trabalhar e com tudo que ele queria dizer por exemplo quando
ele vai falar dos Nós eu tive o o aliás duas vezes eu fui eu tive o privilégio de duas vezes no consultório do Lacan né a última eu fui ciceroneado pela filha dele judit Milet já faz talvez uns 10 anos né e e Judite abriu né A casa onde era dele onde a gente por exemplo percebia que o famoso consultório de Lacan né que era o consultório eh de pessoas que frequentavam ali até muito iminentes né grandes psicanalistas né até escritores artistas que o buscavam era uma salinha que deve ser um ter do meu próprio
da minha própria sala muito pequenininha ali no primeiro andar do do do edifício fica fica na na sanc no cinco na rid Lille né ou seja na rua Lily número CCO e bom aí eu Visitei assim ela nos levou em vários lugares do apartamento e obviamente quando eu eu cheguei eh no consultório a coisa que mais me chamou atenção era a quantidade de nós né feitos com barbante com lã assim com material colorido espalhados em cima das Prateleiras né né tinha até na poltrona que ele se senta e E aí a a judit eh nos
confidenciou que eh lacam ele passou praticamente assim esses últimos né Eh tempos né do Seu ensino o tempo inteiro mesmo escutando as pessoas mas trabalhando com nós né enquanto ele estava ali sentado tentando mudar fazendo tranças né ou seja porque ele tinha ali percepção que alguma coisa eh ele ia conseguir demonstrar eh muito mais com o Real vivo daqueles nosos que estavam ali né eh essas rodinhas de barbantes né que até o título de um de um capítulo eh de um dos seminários dele é exatamente a possibilidade então de fazer um tipo de operação Eh
que que abarque eh algo que não passa tanto pelas palavras bom ah qual é o o então se não é isso Qual é o objetivo principal eh da da topologia para Lacan Era exatamente sair do campo da metáfora saí do Campo né da da de que eh entre a palavra e a coisa há uma barra né Eh que Lacan eh onde ele vai situar a metáfora e mostrar que que a as palavras não conseguem dizer o todo da coisa porque a coisa que a palavra quer dizer ela escapa ah metonimicamente ah e faz com que
a gente tenha às vezes por exemplo quando quando eu falo árvore eh a a nossa representação inicial vai ser eh de uma árvore mas na hora que eu falo assim a árvore do meu pensamento eh talvez isso mude um pouco a gente pense a árvore no outro sentido e por aí vai não é então ah a topologia ela Ela traz eh desde o seu início lac um ponto que eu queria que vocês anotassem porque ele vai ser crucial para vocês e pensarem daqui para frente a topologia a topologia é o modo como lacam introduz o
corpo na sua teoria e no seu ensino eh até até o momento em que ele não não dispunha da da topologia eh a pergunta o que é um corpo era respondida muito mais através do que era eh o corpo formado no estádio do espelho Ou seja aquele que quando bebê por exemplo né a gente coloca diante de um espelho eh ele vai perceber que ele tem dois braços né uma cabeça um corpo a partir é claro que a A questão não é nem tanto colocar o bebê diante do espelho mas que o modo como ele
espelha a realidade vendo o mundo faz com que eh a partir disso ele defina o que é o corpo ora então nesse primeiro momento eh do corpo né na na teoria eh exatamente ali o ponto onde a a a digamos a a a a a a imagem o Imaginário que era o modo como a gente definiu o corpo eh ainda não estava muito bem elucidado o que que nós vamos perceber é que como na tal experiência do bebê diante do espelho é que a criança ela vai eh inicialmente desconhecer aquela imagem que está na frente
dela então senhor bota diante do do né do eh do espelho ela vai olhar para trás ela vai tentar olhar talvez atrás do espelho porque a única convicção que ela tem é que aquela imagem que está na frente dela não é ela ela será capaz inclusive de brincar ou de bater nessa imagem eh tomando a imagem como sendo um outro Ah mas aos poucos eh eu gosto de dizer assim a aos poucos esse bebê vai enlouquecendo como nós nós somos loucos hoje porque ele vai reconhecer aquela imagem diante do espelho como sendo ele ah ou
seja eh vai ser o momento então que a gente pode chamar de alienação né da daquelas daquele corpo que ele não sabia muito bem como funcionava a o que está na frente dele e aí ele passa não mais olhar atrás do espelho ou atrás de si ah a partir daí e ele se aliena aquela imagem e ali ele se reconhece como eu então a o esquema L ele vai vai ser fundamental exatamente para essa etapa eh que eh nós passamos a reconhecer a nossa imagem e dizer essa imagem sou eu mas por que que eu
disse que o bebê enlouqueceu e que nós somos todos loucos nós somos loucos porque não essa imagem que está na minha frente não sou eu ela é a imagem de mim mas na hora que eu digo que a imagem sou eu e o que eu passo a reconhecer a minha imagem no espelho especular como dando a integralidade do meu ser do do do que se passa né no meu corpo o que que vai acontecer eh nesse momento eh vai acontecer que uma série de sensações que que internamente a gente tá sentindo eh não vou encontrar
tradução na imagem do espelho que a gente chama de eu então é como se nós já tivéssemos no corpo uma série de sensações algumas serão traduzidas pra imagem né a sensação tátil a a visão eh uma série de de sensações até que vem com a respiração com a deglutição com o estômago mas ainda assim sobra muito corpo que eh vivo pulsátil mas que é silencioso para o eu porque o eu não reconhece como sendo Só que tem um problema eh isso não quer dizer que esse resto de corpo não assimilado não alienado a imagem especular
vai ficar ali ah latente esse corpo também se manifesta e e na hora que ele manifesta de uma maneira inédita na hora por exemplo que eh alguém eh que nunca teve uma Assim nenhum mal nada que sentia mal ele tem ele desenvolve uma úlcera Ah isso é Jorge kilem que diz isso né no normal e o patológico eh o sujeito nunca sab o eu do sujeito não sabia que tinha um estômago mas no dia que ele tem uma úlcera ele vai passar a ter um estômago pro resto da vida ou seja por ISO por isso
que ele vai dizer essa frase eh kilem que nenhuma cura significa Retorno à Inocência biológica né Porque por mais que eu me cure eh aquilo ali se positivou para mim e de alguma maneira acaba que vai ser integrado a a mim não é o que mas sempre haverá um resto de corpo eh que vai ser então Eh outro para nós mesmos então percebam que já aí eh uma uma necessidade de uma topologia porque aparecem dois tipos de alteridade dois tipos de outro inicialmente eh quando o bebê vê o mundo que aí ele sabe que ele
é ele Claro um pouco delirante porque na verdade ele vai dizer isso a partir da imagem especular dele mas a partir daquele momento ele consegue identificar os outros n papai mamãe né os colegas assim pequenin minhos as crianças até os pets né ele ele ele vai vai experimentar isso como sendo uma outra coisa não é o que eh realmente só começa a partir de um momento porque por exemplo pensem que ninguém contou para pro bebê eh Quando ele nasceu que aquele seio gigante né que vai até a boca e que ele ali eh começa a
partir dali a Sugar aquele seio eh ninguém contou para ele que aquilo era um seio obviamente mas principalmente ele não tem inicialmente a dimensão de que o seio é não ele ele não não tem essa percepção da autoridade de imediato aos poucos né no movimento de que o seio aparece o seio desaparece ele vem eh que causa inclusive uma angústia nesse bebê eh ele vai começar a entender que entre ele e o seio eh existe uma uma relação de alteridade né Eh que mais tarde ele vai entender que ele não tem só um um seio
que ele ganhou uma mãe de brinde de bônus e ganhou um pai de malos digamos assim e depois todo mundo né que vai começar a aparecer como outro ao qual nós Eh estamos habituados a falar banalmente a o outro aí vai se complexificando mas sempre com essa visão de externalidade do Ego então o ego eh ele passa a tratar o outro como algo externo outra coisa e é óbvio que nesse movimento de tratar o outro como outra coisa Ah ele vai construindo o mundo o outro vai ser depois a professora vai ser o porteiro depois
vão ser os colegas eh e aí nós adultos né E esse esse bebê depois ele vai crescer vai se tornar adulto ele vai ter um enamoramento pelo outro não é eh noo sentido de que alguns outros vão capturá-lo e pela né fisgar a libido né Desse ser eh percebam que tudo bem isso tudo ocorre mesmo só que no momento que percebemos que nem todas as Sensações nem tudo aquilo que eu sinto na experiência do corpo está assimilado ao eu eu passo a ter um outro tipo de alteridade porque algo do meu corpo é outro para
mim mesmo também e faz com que vacilos ah né tenhamos uma certa vacilação na ideia de que esse corpo é eh o eu e é por isso que eh não vamos encontrar isso provavelmente nenhum outro animal nós não dizemos que nós somos um corpo nós dizemos que nós temos um corpo na hora que a a gente fala que tem o corpo o corpo já é outro para nós mesmos percebam isso então agora há um duplo problema porque eh essas sensações essas eh digamos esses sentimentos que não encontram tradução eh na imagem do outro que eu
vou chamar de imagem narcísica né que compõe o nosso narcisismo essa imagem eh que está ali acaba que ela configura uma certa internalidade no corpo e uma externalidade do outro mas na hora que eu trato meu corpo igualmente como sendo o outro eh eu tenho então um uma uma dúvida De onde é esse outro se esse outro vem de fora vem de dentro o que é autoridade não é Ou seja o fora e o dentro que ficam bem Claros naquela casca que é o nosso a imagem Nossa do corpo não dá conta de tudo não
é e e e e e é pensando nisso um pouco que Lacan já começa muito cedo a desenvolver a sua né Eh a a sua teoria de topologia eh baseada eh em dois pontos eh outros também mas dois pontos para mim pelo menos fundamentais um é o texto né dos an1 e 15 introdução ao narcisismo que é fundamental para entendermos Então essa construção do que somos nós né e o o narcisismo que é aquilo que que configura sendo nós mesmos ali né Eh nos protegendo e ao mesmo tempo querendo gozar dos objetos externos então Eh
o narcisismo eh Freud vai trabalhar com uma imagem que já é topológica se vocês perceberem quando ele vai dizer que a libido que é um termo que depois a gente vai acompanhar o desenvolvimento dis compul pão não é mas que a libido ela investe os objetos eu tô aqui como objeto a e aqui né está o eu eu vou e libidinalmente eu eh me enamoro e eu uso minha libido para investir esse objeto da minha libido e torná-lo algo amoroso né e ele vai usar aí uma metáfora e de mor organela ele vai dizer que
isso é mais ou menos como uma e seus pseudópodos que vão em direção e englobam aquela coisa que está ali ora oeba e seus pseudópodos já traz já uma dúvida sobre o que é a internalidade porque aquela coisa que que está fora a libido vai eh vai de uma certa maneira fazer compor o narcisismo dele com aquilo que que foi investido não é então Freud ele já trabalha isso introdução ao narcisismo que dito que vai ser um dos textos eh lidos aqui né nesse nesse caminho que vocês vão fazer eh e eu gostaria de pedir
a primeira imagem que eu selecionei para falar um pouquinho dela que é a imagem de é uma imagem de Freud que é o primeiro esboço topológico Digamos que eu queria que vocês pensassem Então antes de chegar em Lacan vocês T como colocar aí para mim a essa imagem do Freud aquela que eu selecionei que a primeira que é um desenhozinho estão vendo aqui se deixa ver se esse desenho aparece pronto bom eh o que que percebemos nesse né nesse nesse desenho que é um um um um desenho é um esquema mas que no fundo se
vocês repararem eh ele é meio tridimensional então ele é meio como uma forma é topológica não é e essa Talvez seja aquela organela né que eu falei dos pseudópodos que vão e e que mostr o seguinte se vocês olharem para cima como eu não tenho uma setinha eu não consigo mostrar para vocês assim marcar mas percebam que você tem aí esse espécie de organelo que parece um sei lá um submarino um pacmen um negócio desse ah existe uma abóbada em cima na curva onde vai tá escrito né o perceptum e e a consciência isso é
a nossa retina ou seja o modo como o sujeito vai absorver o outro percebendo a alteridade não é eh através daquilo que ele vê e tem essa escotilha aí do lado no alto que poderia funcionar um pouco quase como um orelha é onde ele mostra também que além das imagens há o material acústico que também eh entra digamos se fôssemos pensar nessa topologia do dentro e do fora entra né por essa escotilha que tá aí não é ora mas percebam que aqui eh nós já temos algo que é chamado de ego que foi aquele ego
que eu falei que foi construído ali na não é na com a imagem do espelho né que é fundamental e o que a gente vai perceber que aí dentro tem o ID e reparem que o ego que faz uma zona pontilhada o ego é meio uma uma solução de compromisso entre esse ID que a gente vai depois entender que ID é o reservatório das pulsões então é o que tem ainda de mais próximo do conceito de gozo de né de corpo corpo pulsional que é é é doid que vão sair a as Tais eh os
tais tentáculos da neba que vão ali tentar englobar né o objeto mas percebam que essa externalidade que é todo material que rodeia aí esse essa organela eh ela chega e e ao mesmo tempo o wid com a sua opção vai investir esses objetos que ele reconhece como outro A partir dessa percepção visual como na retina que está aí e a acústica que permite a ele criar um pouco a ideia de que ele vai investir algo que está fora e que tudo tudo isso se passa eh com esse eh essa moderação Digamos que é o ego
que faz a interface do que tá fora e do que está dentro digamos nessa nessa topologia mas eu chamo a atenção que o ponto mais intrigante e eu vou chamar atenção disso porque eh a gente pode quase que que a partir disso Lacan desenvolve toda a sua topologia é que vocês vão ver aqui eh uma como se fosse uma cisterna né que tá escrito embaixo reprimido no caso material recalcado mas o que que tem de de interessante reparem que essa essa essa externa ela é Ela é aberta como se fosse aí até mesmo uma boca
não é mas que faz com que o que está fora se conecte com o ID sem passar pelo ego então a gente percebe que o ego o eu ele é capaz de fazer uma moderação entre o que é fora e o que é dentro mas já em Freud existe esse material recalcado que é um material que não está mais acessível ao ego mas que marca uma comunicação entre o mais íntimo né Eh que é essa esse dispositivo funcional com os objetos que ele vai investir então já é essa topologia lac ou perdão freudiana ela já
é se percebermos uma eh uma topologia que inclui algo que relativiza o dentro e o fora podem tirar viu agora a imagem tem Pronto né Eh isso tudo vocês vão vão vão vão ler e vão vão perceber também então o meu objetivo aqui Se alguém quiser inclusive entender um pouco mais o passo a passo disso ah o meu livro a loucura entre nós é o primeiro livro ele tá meio esgotado mas eu sei que ele ainda vende na Editora contracapa no Rio de Janeiro eles acabaram de fazer uma reedição é um livro antigo mas é
um livro que traz eu tento exatamente ali tentar fazer alguma coisa né assim eh já tem ali um pouco de tudo que eu tô passando aqui para vocês não é ora eh que o que que a gente vai perceber daí para frente então a gente vai perceber que lacam quando ele desenvolve o esquema L que vocês vão estudar logo no primeiro circuito aqui do caminho de vocês vocês vão eu vou convidar vocês a pensar que o esquema L guardem isso anotem depois vocês vão conferir hum eh no fundo é mais ou menos a a a
tentativa lacaniana primeiro esboço de Lacan o esquema L ele vai surgir ali no seminário três eh Lembrando que no seminário um e dois Lacan tava trabalhando só Freud os escritos técnicos de Freud tava ali né completamente É voltado para um estudo com lupa né naquilo que ele vai chamar de retorno né a a Freud mas aí ele lança logo na primeira aula do seminário três que é o seminário das psicoses o esquema l e que eu convido Quando vocês forem estudar a perceber que o esquema L é uma leitura eh já lacaniana um esboço que
depois vai se tornar topológico ainda ele é esquemático o nome é esquema já aquela mulher eh disse certa feita que Lacan Gostava tanto desse esquema que o esquema é l e porque é o l de Lacan realmente aquela ali faz um x um z p ficar procurando o l e não acha não o l é o l de lac no esquema l então ah vocês vão perceber que a segunda tópica freudiana aquela que a gente passa a tratar como Ego e de superg vai ser equacionada eh por Lacan nesse esboço como o esquema L Onde
vocês vão ter uma diagonal que é o ego vocês vão ter o ID na ponta no extremo eh na ponta extrema esquerda superior e o outro que é onde é o lugar do sug né o lugar do outro aquele outro da lei ali no no extremo inferior à direita não é Ah então anotem isso porque isso vai ser muito útil a vocês percebendo então que eh a topologia lacaniana ela ela é uma topologia que tenta dar conta dessa eh digamos dessa instabilidade do que é outro para o ego né que ao mesmo tempo o outro
pode ser alo que tá fora o que tá dentro né aquela coisa que fica um pouco ali e e é o que ele vai fazer e e e lá cara médico e ele vai ele vai inclusive Para para pensar a topologia conectada ao corpo ele vai eh lembrar muito inclusive do modo com al o desenvolvimento nosso embrionário né na embriologia o modo como nós somos constituídos ainda antes de virarmos né bebê com camadas que vão se se torcendo que faz com que o o nosso corpo já quando vem ao mundo eh ele inicialmente ele não
tem a imagem do corpo que como eu falei vai ser constituída construída né mais adiante mas ah o corpo ele funciona um pouco como algo que tem dentro e fora que fica circulando o objeto oral ele entra pela boca e ele sai Como feses por exemplo o que most mostra então que esse corpo é furado que algum entra e algo sai não é então Eh é esse corpo vivo eh que Lacan inclusive mais eh adiante vai vai situar aquilo que eles chama de substância gozante não é eh e é esse corpo Vivo que eh uma
uma imagem plana não dá conta desse fato de que o uma coisa que tá fora pode passar de estar dentro uma coisa que está dentro pode passar a estar fora e aí vai surgir o grande eh Talvez o primeiro grande avanço topológico eh que Lacan faz a partir do esquema L que eu queria que vocês mostrassem aí para mim agora que é a imagem eh da banda de da fita de moebius com o homenzinho andando em cima coloquem aí para mim por favor h o que que a gente vai perceber com a com a com
a fita de moebius que se eu estou andando eh num lado da fita e eh se eu ando eu chego eh digamos eu estou andando aqui o bonequinho está eh numa solução como se ele tivesse externo né mas se ele continua andando ele vai passar para dentro e se ele anda mais ele vai passar para fora novamente ou seja aqui se configura então Eh que o próprio corpo ele tem algo eh com relação a autoridade que é moebio que o dentro e o fora por isso assim como eu falo da Bahia e não é possível
sempre a gente ter um corpo fechado o nosso corpo não é um corpo fechado nesse sentido de que eh a gente não consegue separar muito o que é o dentro e e e o que é o fora né então Imagine que essa superfície que esse bonequinho está andando é essa casca esse corpo Imaginário que é chamado de por exemplo de ég convidar vocês a pensar isso aí mas aquele corpo construído que que que nós possuímos possuímos no sentido que nós nos alienamos a ele mas que nós dizemos meu corpo né como sendo uma coisa externa
aí eu vou pedir para você passar agora para outra a das formiguinhas que é um pouco emblemático da topologia lacaniana que é a capa do seminário 10 não é eh que é a mesma fita de moebius mas agora com umas formiguinhas passando dentro e fora como vocês vão ver agora ah e que a gente isso daí é um desenho de eser né Eh que sempre Trabalhou muito com a fita de moebius nos seus desenhos né essa inspiração em echa eh que a gente acha bonito porque a capa do seminário da angua vai mostrar a Formiguinha
andando ali mas não é tão simpático assim Se vocês imaginarem que basta uma formiguinha você não saber se ela sai do seu corpo ou se ela entra no seu corpo para vocês imaginarem que isso é uma situação de angústia então a angústia é exatamente um pouco essa essa sensação de que o nosso corpo não é fechado é que o nosso corpo ele está ali eh sem que possamos definir exatamente eh o que está dentro o que está fora não é ora a isso é fundamental eh Porque existe uma maneira eh de equacionar essa angua porque
se a gente corta como se desse um corte nessa nessa banda de moebius a gente pudesse distorcê-la de uma de um modo que ela virasse uma uma uma fita simples e aí nesse caso se ela virasse uma fita simples Aí sim a gente teria um dentro e um fora mas as cursas de um corte ora eh tudo isso eu tô fazendo na verdade é uma aula de spoilers eu tô dando que vocês vão eh aprender aqui durante o curso ó como é o nome desse corte que é um corte simbólico obviamente porque eh é o
modo como o as palavras elas vão também afetar pelo sentido cortando isso aí que a gente vai chamar de castração então a castração é um pouco isso a castração é uma das maneiras da gente não se angustiar por não saber o que tá dentro o que tá fora a castração ela ela trabalha com essa ideia de que o objeto está fora e que eu devo buscá-lo né porque eu sou castrado me falta algo eh e a minha completude será efetivada a partir daquilo que eu vou pegar não é só que se fosse fácil assim a
gente estaria no registro da meba pro codpa né mas estaríamos também no registro freudiano mas o que a gente vai perceber é que a a essa fita de moebius ela ela é fundamental exatamente para que a gente eh entenda o que acontece quando eh uma psicanálise vai além da castração Ah uma psicanálise ela vai além a castração e por exemplo quando Lacan faz sua teoria eh do feminino e coloca que algo de um gozo eh suplementar né e não é equacionado pela castração eh no seminário 20 né Ele trabalha di dizendo que conseguimos teorizar que
nem todo gozo fica eh e protegido da angusta pela lei da castração pela lei do simbólico das palavras que mapeiam tudo que há um resto de corpo que é eh matéria gozante para o gozo feminino mas há uma outra situação eh Clínica que vocês vão estudar então pronto aí já abre todo né um capítulo pra clínica do feminino né da da da feminilidade e agora a gente pode pensar também eh uma outra situação onde a gente não sabe exatamente o que está dentro o que está fora que é nas psicoses esquizofrênicas por exemplo olha o
esquizofrênico ele não e aquela voz que nós mesmos ouvimos né todo o tempo ele não assimila aquela voz como sendo dele é é como se fosse algo externo ele ouve essas vozes como vindo de fora não é isso então pode acontecer de um esquizofrênico dizer assim ó Doutor tá vendo esse barulho aqui na rua ele tá acontecendo é aqui no meio estômago não é eh ou seja ele não não fracassa o a construção narcísica do corpo para falar o que é dentro e o que é fora né fica aquela oscilação ali então a o esquizofrênico
por exemplo é aquele que não conseguiu produzir pela castração um corte nessa fita de moebius que tornasse essa fita plana e segura do que é dentro do que é fora pode tirar a a gravura agora então Eh nós estamos falando de questões que são questões clínicas a gente já está introduzindo a clínica eh no momento que a gente percebe que vai ter que fazer essa né esse balanceamento eh quer seja eh com Delírio no caso assim por exemplo Ah não essas vozes que eu tô escutando aqui já descobri agora eu tô mais calmo Não Me
angustia mais é porque implantaram um chip aqui na minha nuca essas vozes vê de marcianos que estão transmitindo isso o Delírio é uma tentativa de dar conta do insuportável que é eh a desintegração da nossa imagem n física do nosso corpo né é isso no fundo o que mais causa angústia é o fato de que não podemos eh é quando a gente percebe que não pode se apoiar eh para constituir o corpo eh naquilo que a gente cresceu achando que era o nosso corpo né Eh mesmo que ele ele eh a todo momento ele nos
escapa por nos fazer por fazer emergir novas Sensações que a gente vai chamar de gozo que não vão não estavam ali antes integralizadas pelo Ego não é então a a castração é uma maneira de dizer não eu entendi né houve uma lei que chegou o caso simbólico ali do pai que vem e que separa ah né dá uma separação simbólica que vai fazer né com que haja eh digamos o eu e aquilo que ele vai buscar que falta ele que ele é castrado Se funcionasse a castração eh 100% eh nós todos psicanalistas estaríamos desempregados porque
eh só existe psicanálise porque exatamente Nem tudo é equacionado pela lógica da castração a algo escapa dessa lógica não é e é um pouco desse escape que nós vamos eh compreender Então essa angústia que que a gente sempre vai ter que dar um tratamento para ela só que lacam eh aos poucos ele começa a formalizar um pouco mais isso precisamente eh Talvez o ápice seja o seminário 10 esse das formiguinhas na capa Quando ali já está forjado o objeto a ou seja ao invés de trabalhar com essa difusão de sensações do corpo não integrada ao
ao ao ego à imagem de si eh ele formaliza aquilo eh de uma maneira que ele possa dar um tratamento aquilo eh e que dá uma equação para pulsão né que é eh pensar eh isso que falta como objeto mas um objeto muito bizarro que é um objeto que ao mesmo tempo o que que é um objeto o objeto é aquilo que eu vou lá e eu pego o objeto peguei um objeto isso aqui é um objeto éu relógio é um objeto e eu vou lá né Eh e pego esse objeto is seriam os objetos
clássicos da da libido freudiano mas o objeto a eh ele é eh no fundo eh lacam vai perceber que isso aqui é A Miragem é uma miragem um semblante que é uma expressão que ele vai usar e daquilo que nunca saiu de mim ou se seja eu eu vou buscar algo mas que na verdade eu nunca eh ele está perdido em mim para sempre ele não vai ser encontrado no no mundo na realidade que está fora não é então esse esse objeto a e ele é já um outro avanço na topologia lacaniana que é para
tentar fazer com que eh ele possa operacionalizar algo que é o essa autoridade mais interna e essa que é mais externo né Eu sempre gosto de citar o um filme de hitle Scott né dos anos 80 chamado Alien que agora virou franquia tem mil Aliens mas eu gosto do primeiro Alien que é exatamente um pouco eu gosto de pensar ali como e possível pensar o objeto a a história de uma nave com sete passageiros uma nave gigante chamada nostromo e que vaga pelo pelo fazendo pesquisas né Eh para companhias e que para em um determinado
planeta para escolher alguma coisa depois a nave gigantesca vai embora só que eles percebem né os os os sete tripulantes que por que entrou um ser ali quando eles pararam no planeta e esse ser eh é ameaçador porque pode matar como até Mata logo de cara um dos dos pulantes então é claro que isso dá um medo muito grande na equipe e uma necessidade de sair buscando né a esse monstro que está ali em algum canto então até aí eh nós estamos no registro do Medo eh que é muito perto do registro da fobia a
fobia é quando eu tenho medo de algo que tá fora de mim por exemplo né Tem MEO de cachorro Cachorro não não é assimilado ao Meu Ego mas ele tá foba mas a fobia ela já é um tratamento a gente vai ver né A partir dessa topologia que me permite no tempo e no espaço sabe olha se o cachorro tá ali eu fujo para cá não é isso ou seja permite eu fazer alguma coisa com aquele estado que inicialmente era de angústia pura Só que tem um momento no filme eh que estão todos descansando comendo
tentando relaxar ali daquela busca daquele monstro e e um dos dos tripulantes começa a passar mal passar mal passar mal a gritar a se bater todo mundo segura ele e explode de dentro do da barriga dele o monstro Não é e a partir daí é que é como se fosse um plot Twist né Eh o filme ganha uma outra dimensão porque agora a gente não sabe el Eles já não sabem mais isso é uma angústia muito grande tal como a formiguinha que eu mostrei para vocês que não sabem se o monstro vai atacá-los vindo de
fora ou se o monstro vai sair deles por dentro não é eh é claro que a gente não saber o que tá fora e o que tá dentro causa essa angústia então eh o o o objeto a quando ele sai quando ele isso que está ali internalizado que que Como o outro né Eh ele eh é muito Causa muita angústia mas quando ele é expelido pro campo de lá ele causa é medo é fobia eh é um um sentimento mais orientado Não tô dizendo que é bom nem ruim mas é uma clínica diferente então angústia
a gente não conseguir saber isso e é por isso que Lacan vai dizer que a angústia é a é quando a gente tá próximo demais do objeto o objeto se cola demais ao nosso corpo e a gente não tem esse distanciamento eh que a falta que a castração permite quando Lacan ele diz que angústia a falta da falta É porque falta a extração do objeto que é uma etapa a mais quando vocês forem estudar aí no no Na continuidade eh da castração inicialmente então era possível conceber a teoria eh psicanalítica eh modulando o que está
fora eh pela castração mas Lacan já começa a introduzir Então a partir né lá dos anos 60 essa ideia eh de que é a extração ou a Sep partição que é uma palavra que o neologismo que ele faz essa Sep partição de um resto de corpo rebatido pro lado de lá isso que é o objeto a né ou seja maren Bruce que é uma psicanalista amiga que eu gosto tem um exemplo que eu sempre cito um dos exemplos que eu mais gosto do objeto a que o objeto a eh ela brinca que é como o
cabelo n o cabelo é aquilo que todo mundo fica no espelho olhando que se gasta muito dinheiro no salões de beleza arrumando deixando porque ele ele externo a nós assim quase como se fosse uma peruca ele permite que a gente componha a nossa imagem narcísica a gente quer ficar bem na foto sabendo o que fazer com o cabelo ora mas é esse mesmo cabelo essa mesma substância cabelo que ninguém gosta quando um ralo puxa assim um cabelo gosmento né um tufo de cabelo molhado que tava ali que você nem sabe de quem é que dá
um nojo danado um fio de cabelo também que está ali não é que dá um um nojo Danado esse nojo é uma sensação muito muito interessante porque o a gente tem nojo quando a gente sente que algo ressoa no nosso corpo tanto que nojo um dos tratamentos quase que corporais né quase que automático do nojo é botar para fora com o vômito não é Ou seja tirar aquilo que me perturba eh e e colocá-lo para fora olha mais uma vez estamos trabalhando então com dentro e com fora não é Ou seja essa clínica então que
perpassa aí vários anos eh a partir né da clínica do objeto a é essa Clínica essa clínica que tenta equacionar esse problema eh crucial que é como localizar o um gozo eh algo do gozo que não não é reconhecido eh pela nossa imagem especular e aí Lacan eh ele Isso serve a ele para avançar né bastante eh mas tem um momento que ele vai dizer e que no fundo o objeto a não dá conta de tudo que ele quer falar porque o objeto a eh objeto na hora que ele é Miragem não quando ele é
resto mas na função que ele tem de de né de externalidade ele é um semblante eh ele ele não é real porque a realidade é que nunca houve esse resto de corpo do lado de fora que a gente vai integrar então já que não houve esse resto de corpo do lado de fora ele diz o seguinte não o que a gente tem são miragens eh desse resto interior né que a gente consegue dá um tratamento maior quer seja amando quer sendo tendo medo eh pouco importa mas algum tratamento Ou seja é possível pensar numa psicologia
né Eh do objeto quando ele está fora mas é muito complicado uma psicologia que parte dessa disso que não foi perdido que não é assimilado ao mental que é a a psicologia E aí o inconsciente faz furo e a aí que a psicanálise tem uma ação porque ela vai tentar ah exatamente descobrir um né Em cada caso caso a caso um modo estratégico se aliviar disso né de conseguir eh sair até dessa estranheza né que está muito aí então como não dá muito certo mais a a sua objet não dar conta ele parte para eh
talvez essa parte mais ligada ao a partir do seminário 21 22 ele vai cada vez mais introduzir os nós borromean que aí já é mais uma etapa uma nova elaboração lacaniana que são aqueles nossos que eu falei no começo aqui para vocês que Lacan eh ficava ali né um pouco um pouco brincando né com eles enquanto ele trabalhava eh vou pedir que você coloque para mim agora aquele primeiro que é o colorido de 1 esferas apenas o que que faz com que essa figura seja uma né ela seja borome Aí estão os três registros é
o fato de que se vocês olharem bem a intrc o modo como ela se se enod umas nas outras faz com que se uma se soltar todas vão embora se a gente pensa então Digamos que o vermelho é o Real o o azul o o azul ali ele é o simbólico e o amarelo ele é o Imaginário Isso quer dizer então que esse é real que é é inclusive esse real que é aquela base daquele corpo que é real porque ele não é simbolizável e nem integrado no Imaginário não é então esse real que não
é integrado a a nem a imagem do esp aqui reparem que tem uma zona ali embaixo né do vermelho que não não não não é como se houvesse ali uma um espaço que o o não circunde onde tem o amarelo e o azul é como se fosse um real ali enod que a o o simbólico Digamos que é o azul vai tentar dar conta de uma parte desse real o Imaginário que é o o o o né digamos é o corpo Imaginário aquele corpo construído Ali vai tentar dar parte a interceção do real ou perdão
do simbólico do Imaginário mas ainda assim sobra a algo do real que não vai ser assimilado nem pelas palavras e nem pela imagem corporal então eh a partir desse momento do ensino não é mais a questão do objeto a mas é a questão do o né que eu acho que é que é o principal é a questão e do do de um de um real que eh ele como vai dizer lacam por exemplo um real que não cessa de não se escrever então ele não consegue se inscrever ali não é bom eh para tirar essa
essa figura né ou seja o que que eu fiz foi um um sobrev quase que de satélite eh tentando ter como fio condutor ah essa ideia que para mim é crucial da topologia em lacam de que a topologia Ela não é uma topologia eh ligada por exemplo a uma geometria fora é a topologia eh é o modo como o corpo nosso corpo como aquela massa uniforme gozo que se separa da placenta que cai ali no mundo em sua como desz lacando seminário TR estúpida e inefável existência por quê Porque é banal né Depois o bebê
vai começar a ter 1 teorias que ele vai fazer lembra que quando esse bebê ele chega ele já chega banhado de teorias vindas pro outro como o desejo da mãe até mesmo que a cegonha colocou ele ali mas eh tudo isso ele vai adquirindo com processo de Cultura muito depois o que fica mesmo é que esse primeiro momento dessa estúpida inefável existência que ele tá ali jogado desorganizado ele é uma substância gozante né então eh a topologia ela tenta mostrar primeiro eh que que os objetos que são tão importantes paraa nossa vida né o os
objetos da pulsão que a gente vai mas que no fundo Eles ainda são um CTO eles são uma ilusão né e por isso também que ele vai dizer que não existe o objeto da causa do desejo o desejo é só a busca porque esse objeto nunca saiu para que se vá tomá-lo de volta né Por uma causa causar nos causar para nos causar ele precisa est do lado de fora o que faz inclusive eh As Ilusões do amor não é então tendo esse elemento que é o elemento de topologia que vocês vão pensar o corpo
eh já é uma uma única Talvez uma primeira dica que eu dou para vocês que eu sei que vocês vão desenvolver isso mais para frente né então foi mais ou menos o que eu pensei trazer aqui para vocês né Marco e aí sei lá a gente pode bater um papo abrir aqui e você vai me dizer como pretende agir [Música] Ah tem alguma pergunta aqui para mim não tem deixa eu ver aqui é porque eu tô tem que entrar aqui bom estão me perguntando Gabriel poderia falar um pouco sobre o gozo outro presente no entrelaçar
do nó Imaginário e real a partir das considerações de Lacan Ah eu poderia mas eu teria que ter uma outra imagem né Eh o que seria o gozo outro ah existe uma diferença eh fundamental eh eh que a gente vai ver no real simbólico né Imaginário ele vai trabalhar trabalhar isso por exemplo num texto chamado uma conferência que ele deu chamado a terceira não é onde eh o que que vamos perceber nós vamos perceber o seguinte que primeiro há um gozo encapsulado eh pelo corpo né ou seja pelo Imaginário e que ele é afetado eh
eh num entrecruzamento entre simbólico e Imaginário ou seja onde as palavras do simbólico vão Ressoar no corpo não como eh informação mas como gozo é aquilo que a gente vai chamar de sentido gozado não é e que é mais ou menos onde Vamos alojar também a lalang né a lalíngua que é entre simbólico eh e o Imaginário Ah mas nem todo gozo está a nem todo gozo ele está ali eh digamos equacionado como eu falei pelo Imaginário né Há um um uma zona de goso que na verdade lac faz três zonas de gozo que é
entre o simbólico e o Real sem passar pelo Imaginário O que que significa então um gozo que não passa pelo Imaginário se o Imaginário é o nosso corpo significa então que é um gozo eh do outro do outro em relação ao nosso corpo que é a castração por isso que é o simbólico né da castração que vai tentar dar uma equação de gozo não é eh para aquele para aquele corpo né Eh eh digamos aquela parte real do do corpo mas sem acesso a à nossa integralidade a nossa aquilo que chamamos de de ego aí
vamos entrar no gozo e então esse gozo que é que chamado o gozo da castração é o gozo fálico o gozo que que depende do outro não é eh é o gozo que nos faz para gozar termos que que construir uma fantasia né temos que que ir em direção ao outro então no fundo é é é essa ilusão de gozar do outro eh quando a gente goza de alguma outra coisa por exemplo na na até mesmo na Parceria sexual na cópula eh no fundo eh o que a gente vai perceber é que esse esse gozo
então se ele depende do outro ele é ele está fora não é então um pouquinho que alguma coisa aqui ah voltou aqui eu tô caiu aqui a ligação vocês estão me ouvindo bom então que ele está fora então é isso que é chamado de um gozo eh do outro agora o gozo outro esse esse é uma outra história de de alteridade Lembra que eu falei que tinha duas alteridades né Eh porque aí é o seguinte significa eh que é um gozo que é experimentado no corpo entre o real e o Imaginário que é o corpo
mas sem passar pelo simbólico orha O que que significa um gozo que não passa pelo simbólico que é é o gozo do da substância gozante direto com o Imaginário eh significa que eh nós vamos poder experimentar esse gozo mas não vamos poder falar dele porque para falar tinha que ter palavras então é esse gozo que vai além das palavras né e e que que por exemplo não vai ter nome não vai ser orientável E aí que a gente vai encontrar o gozo suplementar então é fundamental Gabriel fazer essa distinção entre o que é o gozo
do outro do que é o outro gozo né Não sei se eu te respondi aqui hoje vai ter que ser meio how to play Biriba em five lessons quer dizer apenas um um pequeno recorte as formiguinhas representam o quê né e Delma Silva bom as formiguinhas significam exatamente o objeto a por quê porque aquilo que que está dentro que está fora não é eh o objeto A então que quando fora quer dizer que é um semblante de está fora como eu falei antes né mas é exatamente o que percorre e de uma maneira que a
gente possa inclusive até nomear né Eh o objeto como um resto de corpo ele ele como acabei de falar que ele não passa pelo simbólico mas eh quando eu falo formiguinha já é um semblante do objeto a não é tem um exemplo clássico que eu eu já usei várias vezes mas que eu sempre acho ele muito útil que é eh o exemplo de um paciente meio hipocondríaco eh em análise durante muito tempo que um determinado momento ele vai eh lembrar resgatar em análise uma lembrança infantil apavorante e que ele tinha recalcado recalcou durante muitos anos
é que ele tava brincando num determinado lugar teve uma coceira no anos ele vai coçar o anos e de repente ele olha e vê o corpo vivo dele saindo do anos a visão daquela coisa viva que é o do corpo dele saindo do An foi tão angustiante que ali eh eh é como se ele não conseguisse dar um semblante para aquilo aquilo era uma uma uma massa e né um pul do semblante eh ou perdão era um ele inclus não um semblante eraa pula P pura massa ali de de de gozo ele não conseguia integrar
aquilo ao corpo e ao mesmo tempo sabia que era o corpo dele só que quando ele esse essa pessoa vai falar isso em análise muitos anos depois ele já sabe que aquilo era uma lumbriga e lumbriga tem um nome lumbriga eh ou seja tem um simbólico aí então eh a o processo da análise permitiu que ele resgatasse ao resgatar essa cena dar um tratamento a uma angusta que eu acompanhava com relação ao corpo era um sujeito muito PC Andrio Porque a partir daí não é digamos assim ele passou anos e anos com essa lumbriga no
corpo achando que era o corpo dele na hora que eu ele nomeia como lombriga que ele sabe Aí sim que aquilo não fazia parte do corpo eh ao nomear eh é como se fosse uma extração do objeto Então essa lombriga ela tem um pouco a função das formiguinhas dela Diga aí Gustavo tudo bem seria possível alguma consideração sobre o sintoma como quarto nó uma abraço bom então eu vou pedir aquela última uma última figura que eu não coloquei aqui eh que é aquela que tem quatro né Quatro círculos você bota para mim aí aí eu
explico pro Gustavo perceba né aqui Gustavo você consegue ver bem isso aqui olha eh tomemos o o azul eh como o corpo tomemos o vermelho e como o Imaginário não perdão desculpa tomemos Azul como corpo tomemos o vermelho é como simbólico e o verde como real or na teoria lacaniana eh se ela fosse realmente borromea eh real simbólico Imaginário bastariam para ter a função borromea só que quando Lacan ele destitui um pouco essa garantia do simbólico mostra que o nome do pai é um nome que não dá conta eh de tudo que se passa na
conexão do Real com o Imaginário eh ele vai ter que fazer uma gambiarra entre o simbólico nesse caso aqui e o real que é essa essa gambiarra e essa coisa cinza que vocês estão vendo aí que aí sim aí a coisa funciona ora eh como o Real o o simbólico nunca não vai dar mais a partir de um certo momento do ensino de lacam para dar conta disso eh a gente pode dizer que todos nós temos que fazer uma gambiarra para poder fazer a máquina andar né o Real simbólico Imaginário ficarem juntos e é isso
que é o Né o o sintoma é esse quarto nó que tá aí mas que é um nó gambiarra né é um nó que ele ele convoca uma invenção do sujeito não é é é o que eu poderia dizer para hoje isso aí Gustavo eh e eu concordo Silvia eh eh eh em parte a gente pode pensar isso eh tomando cuidado para não fazer eh equivaler o o o gozo da droga ao gozo suplementar não é eh porque o gozo da nas toxicomanias no gozo da droga eh é um gozo que por Excelência faz funcionar
a a pulsão em torno do objeto a em cima de uma extração enquanto que o gozo feminino e é um gozo outro eh no sentido de que ele é realmente o gozo outro porque ele não vai ser definido nem pelo semblante do objeto então toda a tooman toda adição eh ela vai circundar algo só que ela vai fazer isso repetidamente mais mais mais mais do mesmo então Eh no fundo eh existe algo de uma alteridade né no no no na busca desse ess né incessante desse objeto a gente sabe que isso existe mas eh não
é o e no fundo não é um gozo o outro eu até prenderia dizer mais já que você colocou o gozo al erótico que ao invés de ser um gozo outro ele é um gozo mesmo ele é um gozo da Ordem do mesmo entendeu então pronto então tá tudo ótimo aqui né se se não há mais perguntas eh acho que podemos ficar por aqui então h [Música]
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