[Música] [Aplausos] [Música] [Música] Olá pessoal Nós faremos agora Análise do livro intitulado história e memória de Jacques O livro está dividido em quatro partes sendo que cada parte está subdividida em itens nós vamos dedicar aqui uma aula para cada item no prefácio a obra já que legal que o conceito de história parece colocar seis tipos de problema que relações existem entre a história vivida a História Natural senão objetiva da sociedades humanas e o esforço científico para descrever pensar e explicar essa evolução que é justamente a ciência histórica então que relações existiriam entre a história vivida
e a ciência histórica o afastamento de ambas permitiria o surgimento da filosofia da história outro tipo de problema que é colocado diz respeito às relações que tem a história com o tempo com a duração tanto com o tempo natural e cíclico do clima e das estações quanto com o tempo vivido e naturalmente registrado dos indivíduos e da sociedades para domesticar o tempo natural as diversas sociedades e culturas Inventaram um instrumento fundamental que é também um dado essencial da história que é justamente o calendário Hoje os historiadores se interessam cada vez mais pelas relações entre história
e memória e outro tipo de problema destacado aqui diz respeito a dialética da história que parece se resumir numa oposição ou então num diálogo Passado Presente ou presente passado essa oposição passado presente passado não é neutra Mas subentende-se ou se exprime aqui um sistema atribuição de valores como por exemplo nos pares antigos moderno Progresso reação outro problema a história seria incapaz de prever e de predizer o futuro então como ela se coloca em relação a uma nova ciência a futurologia quanto à origem a história tende ao mito a idade de Ouro as épocas míticas ou
sob aparência científica A recente teoria do Big Bang outro problema em contato com outras Ciências Sociais o historiador tem de hoje a distinguir diferentes durações históricas existe um Renascer do interesse pelo evento embora seduza mais a perspectiva da longa duração a ideia da história como história do homem foi substituída pela ideia da história como história dos homens em sociedade Mas seria possível existir somente uma história do homem já a se desenvolveu uma história do clima não se deveria escrever também uma história da natureza desde o seu nascimento na sociedade ocidentais Nascimento tradicionalmente situado na antiguidade
grega mas que remonta um passado ainda mais remoto nos impérios do próximo e do extremo oriente a ciência histórica se define em relação a uma realidade que não é nem construída nem observada como na matemática nas Ciências da Natureza e nas ciências da vida mas sobretudo a qual se indaga se testemunha Esse é o significado do termo grego e de sua raiz indo europeia dessa forma a história começou como um relato a narração aquele que pode dizer eu vi senti Esse aspecto da história relato da história testemunho jamais deixou de estar presente no desenvolvimento da
ciência histórica desde a antiguidade a ciência histórica reunindo o documentos escritos e fazendo desses documentos os testemunhos superou o limite do Meio século ou do século abrangido pelos historiadores como testemunhas oculares e auriculares bem como as limitações impostas pela transmissão oral do passado a Constituição de bibliotecas e de arquivos forneceu dessa forma os materiais da história foram elaborados métodos de crítica científica dando a história onde seus aspectos de ciência em sentido técnico a partir dos primeiros incertos passos da idade média mas sobretudo depois do final do século 17 com de canji e os Beneditinos de
sammor portanto não se tem história sem erudição mas do mesmo modo como se fez no século 20 A Crítica da noção de fato histórico que não é um objeto dado e acabado uma vez que isso resulta da construção do Historiador também se faz hoje A Crítica da Nação de documento que não é um material bruto objetivo e inocente esse documento exprime o poder da sociedade do passado sobre a memória e o futuro o documento é Monumento ao mesmo tempo sempre eu aqui a área dos documentos que a história tradicional reduzia aos textos e aos produtos
da arqueologia de uma arqueologia muitas vezes separada da história Hoje os documentos chegam abranger a palavra os gesto Eles são constituídos de arquivos orais são coletados etnotextos enfim o próprio processo de arquivar os documentos foi revolucionado pelo computador a maior parte dos historiadores tem uma desconfiança mais ou menos pronunciada em relação à filosofia da história no entanto eles não se voltam para o positivismo que teriam fogo na historiografia Alemã com Leopoldo ranking e na francesa com no final do século XIX início do século 20 entre a ideologia e o pragmatismo os historiadores são os Defensores
de uma história problema como afirma as condições nas quais trabalham o historiador explicam além de tudo por que foi e continua sendo sempre colocado o problema da objetividade do Historiador a tomada de consciência da construção do fato histórico da não Inocência do documento lançou uma luz reveladora sobre os processos de manipulação que se manifestam em todos os níveis da Construção do Saber histórico o horizonte da objetividade que deve ser o do Historiador não deve ocultar o fato de que a história é também uma prática social como afirmava Michelle acertou e se devem ser condenadas as
posições que na linha de um Marxismo vulgar ou de um relacionamento igualmente vulgar confundem ciência histórica e empenho político é legítimo observar que a leitura da história do mundo se articula sobre uma vontade de transformar esse mundo por exemplo na tradição revolucionária marxista mas também outras perspectivas que associam estreitamente análise histórica e liberalismo político A Crítica da Nação de fato histórico tem além de tudo provocado o reconhecimento de realidades históricas negligenciadas por muito tempo pelos historiadores junto à história política a história econômica e social a história cultural nasceu uma história das representações essa história assumiu
formas diversas história das concepções globais da sociedade ou história das ideologias história das estruturas mentais comuns a uma categoria social a uma sociedade é uma época ou história das mentalidades história das Produções do Espírito ligadas não ao texto a palavra ao gesto mas sim a imagem ou história do Imaginário que permite tratar os documentos literários artístico como plenamente históricos sobre condição de respeitada sua especificidade temos também a história das condutas das práticas dos rituais que remete a uma realidade oculta ou história do simbólico que Talvez um dia conduz a uma história psicanalítica cujas provas de
estatuto científico não parecem ainda Reunidas todos estes novos setores da história representam um enriquecimento notável Desde que sejam evitados dois erros antes de mais nada subordinar a história das representações a outras realidades as únicas as quais caberiam status de causas primeiras renunciar portanto A falsa problemática da infraestrutura e da Super estrutura mas também não privilegiar as novas realidades não lhes conferir por sua vez um papel exclusivo de motor da história uma explicação histórica eficaz deve reconhecer a existência do simbólico no interior de toda a realidade histórica incluída que é econômica mas também confrontar as representações
históricas com as realidades que elas representam e que o historiador apreende mediante outros documentos e métodos por exemplo confrontar a ideologia política com a práxis e os eventos políticos toda história deve ser uma história social a matéria é fundamental da história é o tempo portanto não é de hoje que a cronologia desempenha o papel é essencial como fio condutor e ciência auxiliar da história um instrumento principal da cronologia é o calendário que vai muito além do âmbito do histórico sendo antes de mais nada o quadro temporal funcionamento da sociedade o calendário revela o esforço realizado
pela sociedades humanas para domesticar o tempo natural utilizar o movimento natural da lua ou do Sol do ciclo das estações da alternância do dia e da noite porém suas articulações mais eficazes a hora e a semana estão ligadas à cultura e não a natureza o calendário é produto e expressão da história ela está ligado às origens míticas e religiosas da humanidade como as festas está ligado também aos Progressos tecnológicos e científicos como a medida do tempo a evolução Econômica social e cultural tempo do trabalho tempo do Lazer o calendário Manifesto esforço da sociedades humanas para
transformar o tempo cíclico da natureza e dos mitos do Eterno Retorno não tem linear escondido por grupos de anos a oposição passado presente é essencial na aquisição da Consciência do tempo essa Oposição não é um dado natural mas sim uma construção a constatação de que a visão de um mesmo passado muda segundo as épocas e o historiador está submetido ao tempo em que vive conduziu tanto ao ceticismo sobre a possibilidade de conhecer o passado como a um esforço para eliminar qualquer referência ao presente o interesse do passado está em esclarecer o presente o passado é
atingido a partir do presente justamente por meio do método regressivo proposto por Marco bloco na Europa do final do século 17 e primeira metade do século XVIII a polêmica sobre a oposição antigo e moderna surgida a propósito da Ciência da literatura e da arte manifestou uma tendência a reviravolta da valorização do passado o antigo ao sinônimo de superado e moderno se tornou sinônimo de Progressista depois da Revolução Francesa a ideologia do Progresso foi contraposto um esforço de reação cuja expressão foi sobretudo política mas que se baseou numa leitura reacionária da história na atual renovação da
ciência histórica que se acelera ao menos na sua difusão e o incremento essencial veio com a revista annada fundada por bloco e ferrora em 1929 uma nova concepção do tempo histórico desempenha um papel importante a história seria feita segundo ritmos diferentes e a tarefa do Historiador seria primordialmente reconhecer esses ritmos em vez do extrato superficial que diz respeito ao tempo rápido dos eventos mais importantes seria o nível mais profundo das realidades que mudam devagar geografia a cultura material as mentalidade trata-se aqui do nível da longa duração proposto por Fernando rodelli chegou-se até mesmo avançar a
hipótese de uma história imóvel mas ao contrário a antropologia histórica parte da ideia de que o movimento a evolução se encontram em todos os objetos de todas as Ciências Sociais pois o seu objeto comum são a sociedades humanas no que diz respeito a história ela só pode ser uma ciência da Mutação e da explicação da mudança ao fazer a história de suas cidades povos impérios os historiadores da antiguidade pensavam fazer a história da humanidade os historiadores cristãos os historiadores do renascimento e do Iluminismo pensavam estar fazendo a história do homem os historiadores modernos observam que
a história é a ciência da evolução da sociedades humanas mas a evolução da ciência levou a um problema de saber não poderia existir uma história diferente daquela do homem já se desenvolveu uma história do clima no entanto ela apresenta um certo interesse para história apenas na medida em que esclarece certos fenômenos da história da sociedades humanas pois bem pessoal essa parte diz respeito aos principais pontos presentes no prefácio desta obra [Música]