HATERS AND LOVERS: Amar e odiar na era contemporânea.

haters e Lovers Na verdade eu deveria ter começado Erso né Hey Lovers amados e amantes e também Odi Anes Hoje a gente vai pensar um pouco na estrutura [Música] disso então hoje a gente vai pensar nessa estrutura Vai decupar um pouco isso eu vou falar de três camadas até a gente chegar no século XX primeira grande camada Amor e Ódio no psiquismo humano a gente sabe que isso é eh estrutural isso é basal todos nós amamos e odiamos não existe a gente não é ódio Então já vamos começar aqui no nosso vídeo direto no Tabu

é ficção a gente querer reprimir o ódio e a gente se educor no lugar de puro amor só love s love falso quanto mais a gente recalca o ódio como afeto humano primordial Digno interessante mas a gente vai ser hipócrita vai ser falso e vai ter que lidar com o efeito rebote desse recalque primeira coisa é a gente escutar um pouco o amor e o ódio como formas do humano se constituir e d sentido significados lógicos e práticos pra vida acho que a gente pode trabalhar com duas ideias né tudo aqui aquilo com o qual

aquilo com que eu me conecto aquilo que da liga aquilo que eu me misturo com aquela sensação primordial onde eu não tenho nem bem a Constituição do eu como uma figura separada do outro então tudo aquilo onde eu mergulho me apaixono me jogo fico bem grudadinho no estado simbiótico a gente vai chamar de amor de Eros pulsão de vida de conexão mãe bebê eu você eh Nossa tribo nossa família nosso núcleo que dá uma identidade como a gente usa muito hoje tudo aquilo que eu Ups me grudo me manto me conecto me atraio e o

que que é o ódio que que operação é essa é a necessária complementar dessa primeira Porque eu só posso me grudar isso e poder escolher gosto disso sou isso me identifico com isso se eu o coletivo as ideias inconscientes e latentes de uma cultura de um núcleo familiar de uma amizade de um grupo de amigos tem também as eleições do que tá fora do nós do que tá fora da nossa identidade do que tá fora do que seria digno de ser amado por nós então eu empurro é o movimento de expulsão de né colocar para

fora do núcleo protegido do eu barra nós então vocês veem como é útil a gente moraliza essas categorias amor ódio a gente acha bonito o amor e acha feio o ódio a gente elogia faz elogio do amor e faz crítica ao ódio Mas se por um lado a gente fosse pensar como movimentos de conexão e desconexão o que talvez fosse mais neutro mais preciso em termos de uma física psíquica a gente teria melhor uso desses conceitos né isso a Eros e tânatos de alguma maneira E isso também é interessante porque eh tem um lado positivo

da função de separação da função de desconexão que é justamente poder fazer o luto daquilo que não nos cabe mais ou do que ficou velho do que ficou desconectado com a gente mesmo então se desconecto daquilo que eu era eu tenho que me desconectar tá dessa coisa e partir paraa outra muitas vezes sabe quando a gente começa a odiar uma pessoa que a gente amava ou a função do ódio no processo de luto e de separação É disso que eu tô falando então Se a gente pudesse talvez ter mais precisão no uso dos termos né

E falar em junção e separação conexão e desconexão talvez a gente compreendesse tudo isso de uma maneira mais precisa segunda camada e eh Essa é a camada basal isso é o x da discussão né segunda camada todos somos ambivalentes Então na verdade não existe isso Eu me conectar com tudo aquilo que eu sou que eu gosto que eu me identifico e que seria da Ordem do bem e me separar de tudo aquilo que não sou eu que eu não gosto que a realidade é muito mais complexa que isso e eu mesmo sou mais complexo que

isso então a ideia de que é possível eu só me conectar com o que eu amo e que é bom que é o bem e me separar do que eu não gosto do que eu odeio e que seria o Malu Isso é uma ficção isso é Imaginário isso É tá muito mais na ideia na cabeça e nas idealizações e nas narrativas tá muito mais no discurso do que na realidade não é possível fazer isso isso é como se fosse dividir cores branco e preto e a vida é absolutamente policromática né eu mesmo eu gosto de

mim de um jeito amanhã já não gosto muito hoje à noite menos ainda e no sono né e do outro do Companheiro da companheira do meu trabalho do meu país dos meus amigos não é assim ou seja a gente o tempo todo tem uma conexão ambivalente com o outro com objeto isso Lacan deu o nome de Enamora amor ódio né en que é ódio e Enamora que é o enamoramento apaix então ele faz um jogo de palavras com n e Enamora Então escreve como od amamento né o amor ódio é isso que a gente faz

o tempo inteiro só que quando a gente se apaixona e agora vamos no Complexo do complexo a operação de apaixonamento ou de gostar ou de fazer grupos ou de fazer parcerias casais sociedades é uma dupla operação mental você faz foco no que você gosta e você ama e você apaga o que você não gosta você esconde você recalca você põe no escuro quear oscuro né Essa lógica que já tá na pintura tá no nosso cérebro a gente faz isso que que é um casamento longevo os estudos dizem um casamento feliz e durador tem a ver

com duas pessoas que são muito hábeis em fazer esse mutto processo umas com as outras você foca naquilo que você gostou e que te encantou e você fica fixo naquilo você não vai ficar passeando muito para procurar grandes profundidades e verdades do outro não vai procurar né não vai atrás de ver agulha no palheiro você vai se complicar foca ali e continua sem ver né eu tô eu tô brincando um pouco mas é isso que a gente consegue manter como relação de amor e esconde ou ou E aí que é o mais interessante tô caminhando

paraa terceira e última camada e ou você tira de você mesmo o que você não gosta você tira do amigo do parceiro do seu grupo identitário digamos do seu clube da sua bolha você tira esses aspectos que não são tão agradáveis e que você não gosta e você joga longe Você projeta Você joga no outro e aí você odeia emaz né a gente faz isso o tempo inteiro esse desenho que a gente fez aqui esse mecanismo grande que na na verdade é uma série de mecanismos que vem em partes é o grande é o grande

estilo dos mecanismos psíquicos em jogo na cultura e na sociabilidade é o que faz a gente se suportar aqui pelo menos na nossa bolha confortável e gostosa né para fechar e a nossa cultura no contemporâneo como é que trabalha com isso título do nosso vídeo né A camada do Anonimato e das redes sociais e dessa socialização que ela é digitalizada Ela é a distância ela é uma tele sociabilidade te protege porque ela é pele né Ela é a distância então eu posso dizer se eu tô ponto seu otário seu isso porque você faz aquilo eu

corro o risco baixo você não vai me bater e se eu sou anônimo eu corro o risco zero né eu posso eventualmente ser rastreado enfim mas por que que os fóruns de debate e as redes sociais ou ins sociais como a gente brinca são tão rapidamente né elas correm essa Faísca vira um incêndio porque é muito gostoso você poder desreconhecimento igualmente vorazmente você quer você é tão gostoso se conectar no outro grudar se apaixonar se entregar e tão gostoso você poder odiar bater destruir né é eu não sei eu tô eu tô falando acho que

eu sou muito recalcados adulta ediante mas quando a gente vê criança pequena brincando Bebê e Criança bem pequena a gente vê como é gostoso fazer isso mas é como se a gente puder ih a cena sexual também a cena da sexualidade em muitos momentos né poder poder se lançar poder se entregar ao amor profundo ao ódio radical isso tem um certo alívio catártico da descarga pcional né que bom Então imagina você poder fazer isso ISS sem tanta censura porque aí ao viver e ao crescer a gente vai bloqueando a gente vai recalcando é a civilização

né como diria Norbert Elias é o processo civilizador é contenção é inibição portanto é sintoma é dor é angústia Então as redes ins sociais por um lado quem sabe elas estão propondo uma nova sociabilidade que a gente poder exercer essa descarga sem ficar tanto doente a gente mesmo mas adoece o laço social adoece né então fica a pergunta como é que a gente vai manejar o velho Enigma amor ódio pulsão recalque descarga contenção