vamos lá pessoal vamos apresentar para vocês do que se trata a nossa conversa agora Donald trump ainda se ele tá digamos levando pra política externa o que ele até aqui trouxe como sua principal característica que é fazer a os Estados Unidos Grand again make America great again ele pronunciou uma série de ameaças sérias numa entrevista coletiva de um pouco mais de 24 horas atrás essas ameaças incluem também respeito ou falta deeo à deg principis ali disord aktu USA angner wer wirte intim que líderes europeus repudiaram as declarações de trump sobre anexar a Groenlândia o canal
do Panamá e o Canadá o americano diz que a incorporação dos territórios é essencial para a segurança dos Estados Unidos nesta quarta-feira trump publicou um mapa com o Canadá anexado aos Estados Unidos ele negou que pretenda fazer o uso de força militar Para incorporar o país vizinho mas considera usar a força Econômica para chegar ao objetivo trump Mira melhores rotas para navios e acesso a minerais raros encontrados na Groenlândia ainda na ilha o Republicano vi uma vantagem militar geográfica estratégica especialmente envolvendo a Marinha da Rússia no Canadá trump estaria interessado em renegociar medidas para beneficiar
a indústria americana canadenses e dinamarqueses lidam ainda com as ameaças do tarifaço prometido por trump o presidente eleito considera declarar emergên Econômica Nacional o que lhe permitiria instituir um novo programa tarifário trump já utilizou a medida em 2019 quando ameaçou aumentar tributo sobre o México caso o país não reduzisse o número de imigrantes Ilegais cruzando a fronteira as promessas do Republicano assustam o Federal reserve o banco central americano demonstra preocupação com o possível impacto inflacionário das tarifas freando assim a queda nos juros do país o mercado financeiro também observa tudo com atenção existe a expectativa
de perdas para moedas da China União Europeia e Canadá essas divisas devem se desvalorizar frente ao dólar agentes econômicos esperam uma desaceleração nas exportações e uma forte volatilidade nas bolsas de valores desses países Ricardo zúniga eh durante muitos anos você como Diplomata profissional eh viu da primeira linha de combate desculpe a analogia a capacidade ou não capacidade de uma grande de uma superpotência como os Estados Unidos de levar adiante o que lhe parecem ser as políticas necessárias que sejam levadas adiante diante do que você ouviu que são propostas do trump quão realistas elas são da
sua experiência como Diplomata profissional bom acho que é É verdade durante todo esse período eu trabalhei 30 anos no departamento de estado e a tradição foi ainda a tradição muito importante que eh deu certo apoio à capacidade de uma o é um país poderoso Sem dúvida mas o poder vem em eh das alianças mais que tudo da capacidade diplomática do país para motivar e mobilizar Aliados e não atuar sozinho então a verdade é que podemos dividir eh essas ameaças S duas partes uma coisa é ameaçar a Groenlândia Panamá México mas as tarifas e a Canadá
mas as tarifas sim Eli tem e eh as autoridades executivas para poder e levar a cabo a tarifas e e teriam Possivelmente o efeito que foi lá eh eh conversado lá no eh eh nesse reportagem eh mas dos outros elementos É verdade que el lineal tem o apoio nem o apoio político nem a capacidade de atuar eh contra qualquer eh eh país eh no âmbito internacional agora não quer dizer que ele não tem interesse em expandir a capacidade e o poder dos Estados Unidos mas de novo e essa expansão de poder teria que estar vinculada
a uma aliança e não é uma coisa que pode levar a cabo sozinho o os dados da realidade Brian Winter vão se chocar com os desejos de política externa do trump que em boa medida parecem orientados por aquilo que ele na política doméstica demonstrou que é a preferida conduta dele eu sou o chefão eu mostro quem manda ou você faz o que eu quero ou você será mais prejudicado do que eu o eu acho que temos que separar a a retórica do trump em duas categorias por um lado tem eh essas ideias que chegam na
cabeça dele em algum momento e ninguém sabe exatamente porquê as ameaças sobre o Canal de Panamá fica nessa categoria era um tema que não existia na política exterior dos Estados Unidos até duas ou três semanas atrás quando ele de repente aparece com um tweet falando desse tema e agora virou papo e eu posso afirmar que tem autoridades panamas que estão muito preocupadas e e autoridades em toda a América Latina porque parece que talvez tenha acordado mais uma vez esse Estados Unidos com uma visão Neo Imperial eh das coisas lembrando do de momentos do século XIX
século XX mas na Prime e eh com trum é importante lembrar que já temos 4 anos de provas eh já vemos como ele atua e sempre houve esses temas que aparecem para depois desaparecer agora eu concordo com o meu amigo Ricardo as tarifas são outro tema eh e eu levo muito a sério essa possibilidade do Donald trump de de implementar tarifas sobre México sobre Canadá sobre a China eh com nivel que realmente Poderia gerar problemas para a economia dos Estados Unidos e a economia Mundial rusé tanto o Ricardo zuniga como o Brian Winter trouxeram uma
separação Clara entre o que está ao alcance do Presidente Americano e eles ressaltaram a questão das tarifas é Seríssimo ele tem sim um instrumento legal pelo sistema americano de executar o que ele diz que vai executar eles separaram isso do que seria por outro lado um arroubo de retórica e da realidade dos fatos que medida que ele na política externa consegue ou não realizar aquilo que ele do ponto de vista da política comercial diz que vai fazer e tem poderes para fazer Porém uma coisa influencia a outra em que medida uma guerra comercial decretada por
tarifas altera o próprio quadro geopolítico no qual ele acha que pode se comportar com a mesmo dinamismo digamos assim Bom primeiro William Eu acho que o trump Tem certas limitações e limitações eh que a própria constituição americana impõe a ele em múltiplos sentidos e muitas das quais precisa também da aprovação do congresso americano a guerra tarifária na verdade ela acaba também fragmentando o conglomerado de alianças dos Estados Unidos no mundo Então na verdade o trump acaba eh pode acabar se isolando e isolando os Estados Unidos com ele especialmente no hemisfério ocidental porque essa guerra tarifária
seja com a China seja impondo ela países eh fronteiriços Aliados importantes para a economia americana tende a distanciar esses países eh digamos de Washington a questão toda é que a retórica do trump embora o Brian meu amigo Brian tenta tenta tentou colocar em dois estamentos né dois níveis de retórica o problema que o trump vem agora com maior legitimidade e com uma retórica mais agressiva que acabou compelindo o Frances e alemães a terem que se posicionar de forma muito antecipada e muito preocupada né então o que existe hoje no hemisfério ocidental e particularmente no contexto
Europeu é que tipo de trump irá atuar doravante o trump do do primeiro mandato que procurou fragmentar essa relação ou um trump mais agressivo ainda no momento muito delicado da Europa dentro da juntura política mundial Ô Ricardo eh é muito interessante a questão que o rusen tá levantando a gente olha particularmente o período da política externa americana no qual você foi um operador muito importante sobretudo em relação ali a Cuba em relação a países da América Latina é quase um clássico e você citou isso e que nenhuma superpotência sobrevive apenas pela sua digamos capacidade individual
ela tem que ser a cabeça de uma aliança só que a percepção que hoje se registra em Washington Onde você está é de que isso não adiantou para avançar os interesses americanos trump foi particularmente eficiente em convencer o eleitorado americano de que os aliados não foram Aliados foram aproveitadores do poder e da transferência tecnológica e segurança oferecida pelos americanos e que a simples postura do trump agressiva em relação aos seus aliados como tradicionalmente particularmente no seu período era algo tido como absolutamente Inviolável esse pontapé nos aliados já estaria provocando uma situação favorável aos Estados Unidos
Olha acho que também é muito importante aqui eh dizer que o que o que está tentando de impulsar trump é uma visão de Eli não particular e não é só uma visão de Eli no âmbito internacional mas ele foi eleito exatamente por eh não não pela eh política internacional que tem Pouca importância e na votação dos cidadãos americanos norte-americanos e para eles eles ele foi eleito Porque temiam que a migração massiva estava chegando a aos Estados Unidos e e mudando a cultura era um elemento Ou seja que estava uma Esse é um um Factor o
outro Factor era a inflação e e outra Factor era o o o exatamente o que está afetando a muitos países do Ocidente que desconfiança com a classe política nos Estados Unidos e e o trump representava outro elemento lá ninguém falou durante a campanha da Groenlândia como um objetivo para a população americana ou algo muito importante para eles mas bem os conflitos na Ucrânia no e no Oriente Médio prejudicaram a biden e a ideia de trump e e e o que eles falaram durante a campanha é que ele ele eh estava em condição de promover paz
e estabilidade internacional Então o que ele está falando é muito particular a el e um grupo pequeno ah da Eli não é um uma parte que está eh atuando não está atuando a favor digamos da da população dos estos Unidos de ou seja de um desejo Popular dentro dos Estados Unidos não existe eh um desejo importante de expandir o território do Estados Unidos mas bem o factor mais importante agora segue sendo a inflação e a estabilidade econômica e a melhoria n vidas de da dos Americanos ou seja não a política internacional não é um Factor
importante ainda para a população você Brian quando você quando você eh quando você examina por exemplo a exigência que o trump tem feito os seus aliados sobretudo os aliados dentro da otan que eles deveriam gastar no mínimo 5% em relação ao produto nacional ao PIB de cada país desse sem defesa isso é algo que nem os Estados Unidos fazem nem os Estados Unidos chegam a esse tipo de dispêndio eu vou de novo fazer a pergunta provocativa isto não obriga no fundo os aliados a assumirem uma postura muito mais dura em relação aos que desafiam a
ordem internacional o eixo Rússia e China do que a gente quando o trump foi para as eleições achava que aconteceria veja eu acho que daqui a um mês por exemplo não vamos estar falando da grenlandia eu realmente não sei porque estamos falando disso agora e é é tudo uma uma ideia que entrou na cabeça do Donald trump e bom o problema é que ele vai ser o presidente dos Estados Unidos então os tanto os aliados quanto os outros precisam em algum em algum sentido levar ele a sério acho que de novo em algumas áreas acho
que levar tem que levar ele muito a sério em outras questões eh talvez nem tanto h e para os aliados na Europa e também na América Latina países que têm sido histó Aliados historicamente ao longo da região Colômbia Panamá né Eh México outros eu acho que eles têm que tem que encontrar um caminho para para continuar negociando e dialogando com o governo Eu falo sempre com políticos eh ao longo da região ao longo das Américas e em cada país seja de esquerda centro ou direita estão tentando encontrar uma estratégia Em algum momento eh para tentar
manter um certo diálogo e uma relação cordial com os Estados Unidos você tem na cabeça rusen quem eventualmente já encontrou essa estratégia não eu acho que existe uma preocupação generalizada e um temor de fato de que com um presidente com um certo grau de instabilidade e pode fazer e pode provocar na ordem internacional Eu acho que o que o Ricardo tentou colocar de forma bem diplomática é que o tema em tela como Groenlândia etc Não não é um tema de interesse coletivo da sociedade americana isso é um fato muito importante Ah isso o expansionismo que
o trump tem propagado nos últimos dias não reflete necessariamente eh eh a visão das instituições Americanas instituições de estado e a a visão da do povo americano isso também é um fato muito importante não Creo que as instituições tão pouco a população queira senão de fato um grupo específico eh eh em torno do trump Mas vamos deixar muito claro que existe uma política nos Estados Unidos muito séria em torno da geopolítica do ártico essa estratégia tem sido tem sido avançada a cada ano e não é desprezível discuti-la no momento e o trump entendendo ou não
da a matriz eh e a complexidade do tema da Groelândia o que que representa estrategicamente na ordem internacional Especialmente na contenção de Rússia e China ele levantou o tema mas ele recebeu um report de alguém sobre o tema não levantou esse tema simplesmente do nada se ele compreendeu a natureza do report ou não aí outros 500 certo mas existe claramente uma visão eh dos Estados Unidos uma visão estratégica sobre a nova geopolítica do ártico e a nova geopolítica do ártico ela reflete em múltiplas dimensões né múltiplas dimensões preocupação com o avanço da Rússia com estabelecimento
de bases militares a China cada vez mais tem ambições em se posicionar no Ártico então Eh me parece que isso uma estratégia defensiva eh do trump de sair aludindo sobre eh sobre sobre esse tema quanto que diz respeito ao Canal do Panamá eh eu acho que isso eh tem tem a ver com dois objetivos mais específicos né reena tizar o poder coercitivo na minha opinião dos Estados Unidos na América Latina contra a China em particular tá E também se ele vai fazer ou não vai fazer não importa porque ele tentou eh Aliás ele diz que
iria reconstruir o muro no eh na fronteira com o médico e não construiu né Mas a questão do Panamá é muito mais fácil de se equacionar do que a questão da Groenlândia que é uma coisa que envolve superpotências nucleares Ricardo e a a conversa vai para uma área onde você tem uma experiência pessoal até diria fascinante você negociou pelo governo americano um groundbreaking um acordo importantíssimo com cuba anos lá atrás e o Brian fez uma referência ao que a gente conhece na história como a doutrina monro que é a ideia de que há uma parte
desse hemisfério no qual os Estados Unidos não toleram a interferência de qualquer outra potência isso tem a ver com o século X com os europeus Mas hoje tem a ver com China e com Rússia bom país europeu mas também asiático o que é que você espera em termos de direcionamento estratégico de Washington agora particularmente pro norte da América do Sul Venezuela mais Cuba incluindo esse raciocínio do trump de que ele vai mostrar ao quem ele considera seu adversário quem é que manda Olha a dificuldade é que o mundo mudou totalmente desde o século X não
uma questão de enviar um navio para para bloquear uma armada de um da Ásia ou da Rússia da Europa seja qual for um uma força militar não vai bloquear a Huawei de ser um provedor importante de telecomunicação na América Latina eh o uma política de expansão uma crítica contra eh digamos a ameaça contra o o canal da Panamá Não vai eh bloquear a entrada de da China e como um ator eh econômico muito importante não só na América do Sul mas no México isso tem que ver eh ou seja para conseguir e conquistar eh o
que si é importante é a capacidade de Estados Unidos competir com a China eh na na América Latina eh ainda Estados Unidos é ainda o inversor mais inversionista mais importante na na região estrangeiro na região mas a China vai ganhando espaço lá e está colocando está ganhando espaço sectores importantes para poder criar isso para poder competir com a China nesse âmbito tem que ter uma proposta positiva Estados Unidos então o governo de de trump no primeiro o mandato também tentou a América creser foi um esforço importante lá e o administração de biden tentou fazer a
mesma coisa mas a oferta da China termos ass de preço do serviço dos produtos da inversão deles na na tecnologia na infraestrutura ainda é é muito significante e Estados Unidos vai ter que encontrar uma uma maneira uma oferta melhor e é através da oferta e da colaboração que vai ganhar e e reer esse espaço então uma questão é e tem assessores o o o mesmo trump que falam dessa forma o novo National Security advisor assessor Nacional Mike waltz já falou da améric das Américas como provedores importantes de materiais e recursos eh nessa competição com a
China mas se só falamos da retórica isso vai começar a na retórica atual isso vai dificultar esse esforço de presentar uma oferta melhor eu eu tenho que pedir desculpas inicialmente aqui à nossa audiência pel um assunto de tamanha importância a gente ter o tempo um pouco menor que nós somos uma grade de televisão a gente vai dar um jeito nisso lá pra frente mas por hoje eu tenho ainda mais um minutinho Brian e desculpe minha falta de educação de pedir que você seja muito breve o que que o trump reserva pro Brasil é é uma
pergunta que muita gente tem veja eu eu vejo como três categorias de risco na América Latina claramente no primeiro nível de maior risco tá o México o segundo nível estão as ditaduras de esquerda que são Cuba Nicarágua e Venezuela o Brasil tá nessa terceira categoria eu acho que vai ter algum enfrentamento Em algum momento vai ter ameaça de sanções eh vai ter pedido de liberação do da candidatura do Jair bolsonaro e Provavelmente algum reclamo pelo eh pela liberdade de expressão entre aspas eh vai ter acho que vai ter um espetáculo n algum momento a arma
do trump vai ser apontada para o Brasil n algum momento nesse s