[Música] [Música] astronauta boa noite bom dia boa tarde para quem vai assistir em outros horários né sejam todos muito bem-vindos todas muito bem-vindas todas muito bem-vindos a mais uma transmissão ao vivo do nosso pensar africanamente e hoje tá de volta Professor o Anderson falou que vocês conhecem bem Iniciando um formato novo o modelo novo né um diálogo sobre livros e não começa com pouca coisa não tá vai começar com dispositivo da realidade o mais novo livro da nossa querida filósofa Sueli Carneiro deixa cumprimentar o pessoal que chegou em primeiro enquanto isso vocês vão nos ajudando
a disseminar né Pega o link nós estamos no YouTube onde você tiver já dá seu like tá seu positivo fortalece diante do algoritmo e já pega o link e começa a disseminar aí em geral nas suas redes sociais nos seus grupos avisando que essa africanamente já está ao vivo e chama porque vale a pena o início dessa Nossa desse nosso formato novo de diálogo sobre livros que o professor Anderson falou está trazendo hoje é Gisa Camila chegou cedo Aliás ela passou mais cedo numa estratégia que a gente agradece muito que é uma estratégia também de
impulsionamento do algoritmo ela passou mais cedo e disse que tá guardando por esse encontro potência Vera Lúcia imperdível seres Oliveira belíssima ideia e começar com o livro da grande linda professora Sueli Carneiro salve Professor o Anderson flor diz a Camila Poxa quando a coisa boa no livro e agora nesse debate sobre o livro Não aguardo elesvaldo Pereira Professor Edvaldo Boa noite já estou aqui aguardando a aula desse senhor que é um dos maiores e bilhões intelectuais da atualidade Leandro passos que bom de ter aí Leandro vi que você tava com a gente ontem já trazia
o professor o Anderson flor aqui para sala muito bem enquanto eu vou cumprimentando vocês e vocês vão disseminando o link Leandro Passos vi que você tava ontem conosco hoje de novo seja muito bem-vindo bastante tempo que eu não te via nos acompanhando aqui no canal Valéria Valéria Gonçalves Rodrigues professora Valéria vi sua mensagem vou te responder mais tarde viu Gostei da sugestão que você me fez Obrigada Raquel Monteiro boa noite astronauta Silvane e Professor Anderson falou bastidores do prestar africanamente aliás quem tá hoje na moderação do chat aí nos Bastidores dando suporte é Marina niambi
muito obrigada Marina ela vai dialogando com vocês aí no chat vai nos ajudando a não perder questões que vocês tenham para nos colocar perguntas comentários contribuições e assim por diante Ludmila Reis muito bom estamos começando com audiência maravilhosa e ela só vai aumentando na medida que vocês vão disseminando Lilian Ferreira Joelson Cida Santos Karina de França Nina fala sua benção minha irmã Opa aí é muito tempo mesmo que eu não vi aqui no canal que bom te ver aí muito obrigada Seja bem-vinda tá te guzetala maconheiro sua benção que bom que o senhor tá aí
também aliás eu esperava o senhor hoje aqui na sala de transição mas como não deu certo o senhor tá aí nos acompanhando no chat muito obrigada nesse pezinho majestral tá animado Boa noite para todos e todos pelo pensar africanamente que bom que o senhor tá aí conosco nesse Brasil muito obrigada Natália Rodrigues tá ótimo Alex bauri já tive a honra de pedir uma mesa com a professora uma flor ele sobre filosofia Africana e eu sou literatura negra em 2018 saudade boa noite aliás Tô com saudades de ter aqui também na sala de transmissão vamos conversar
sobre Lima Barreto vamos lá mais chegando aí já tô te chamando para a gente conversar um pouco sobre Lima Barreto aqui no canal Vamos lá vamos lá vamos lá Karina de França dizendo pensarmos o dispositivo da racionalidade é urgente é o seguinte gente eu eu não tenho vocês conhecem Professor o Anderson flor nosso tatoothinambá colunista aqui do canal desde o início e quando Ele propôs trazer esse formato diferenciado aqui hoje eu não tive dúvida eu sei que vai ser ótimo eu própria tô aqui ansiosa Confesso que já comprei o livro mas ainda não li e
acho que você provocada a partir de hoje ah e mais rápido fazer essa leitura Professor o Anderson falou diga para nós aí o que que você pensou u com essa coluna nova eu tô adorando a ideia por favor seja bem-vinda contigo Boa noite pessoal é uma alegria tá aqui de volta entre saudar cada uma cada um que está acompanhando a gente aqui no chat e sobretudo a Silvani né que topou esse formato novo a gente vai pensar que uma espécie de quadro que funciona no interior da minha coluna que não significa que a gente vai
abandonar o formato anterior que a gente possa variar algumas ideias conversando com a Silvani que é a nossa não só a nossa [Música] hospitaleira Editora mas também uma das pessoas que tem pensado as formas que a gente pode continuar com essa comunicação de uma luta acho que esse é o ponto Fundamental e pensar em que outros formatos a gente pode agregar não significa que a gente fazia antes não serve Mas como que a gente pode inserir a dimensões e outros formatos também né E aí um deles né que aí rapidamente apresenta a proposta antes de
falar desse dos primeiro livro é exatamente que a gente tem esse espaço de comentar algumas dessas publicações que tem saído nos últimos tempos talvez a gente nunca tenha tido na história brasileira não é uma quantidade tão grande de publicações de autoras e autores negros com obras inclusive muito importante em editoras grandes e editoras Independentes a gente vai começar hoje com um livro que foi publicado numa das grandes editoras brasileiras mas também em algum momento vai explorar não é as editoras Independentes pequenas editoras que tenha bastante tempo reverberado o pensamento negro brasileiro nessa luta racista a
gosta né é de que esse esse quadro da minha coluna ele possa funcionar mais ou menos como uma resenha convite que de jeito nenhum Deva substituir a leitura dos livros pelo contrário não é que nos convide que nos motive que nos incentive a conhecer esses textos que muitas vezes a gente admira A autora ou autor mas não teve tempo não teve possibilidade às vezes nem teve a referência da publicação desses trabalhos né então o objetivo mesmo é fazer convites e provocações que nos conduz uma leitura desses materiais porque a gente tem muita coisa produzida pelo
pensamento negro brasileiro historicamente e muitas dessas coisas não estão sendo lidas né e a gente vive um tempo com tanta informação tanta informação fica muito difícil inclusive de acompanhar ritmo da exposição da oferta né dessas informações e aí tem um pressuposto importante aqui para para esse quadro né é de que a gente para não ficar nunca começar não repetir o caso né de parecer que a gente está começando do zero né acompanhar os debates que vinham sendo feitos isso obviamente dão certo trabalho porque o nosso tempo não é tão Largo mas talvez a gente precise
insistir para a luta e não é à toa que eu escolho esse esse livro da Sueli Carneiro para começar mas em pensar de que maneira né esse esse alcance daquilo que veio sendo discutido antes essa apropriação daquilo que se discutido antes evita por exemplo questões como essa essa suposta atenção que teria acontecido entre o professor Muniz Sodré e o professor Silva de Almeida se a gente acompanha esses debates teria que aquilo tem muito mais a ver com o modo como a folha de São Paulo colocou a questão porque um conflito entre esses dois autores e
para a gente inclusive ter caminhos né para conseguir se apropriar desses debates e de uma certa forma [Música] alcançar uma certa instrumentalização dessas ideias que são nossas né E que são pessoas que estão produzindo na luta Eu Não Tô interessado por exemplo em categorias de pessoas que sejam meramente intelectuais e que não tem compromisso compromisso com a luta exatamente essas reflexões esses textos esses conceitos sejam utilizados como ferramentas na nossa luta Então esse é o ponto e que se encaixa né com essa proposta do canal que é colocar para jogo uma disputa da narrativa na
luta de racista para que a gente consiga refazer inclusive o processo de sociedade não é e ter efetivamente essa Arena que já tem sido encontrada né uma luta de racista que ela seja fortalecida em nosso favor pelo acúmulo de reflexões a partir da luta e esse é o ponto Esse é o crivo que vai fazer a escolha dos textos que a gente traga para cá que seja um textos de autores e autores negros que tem esse compromisso ancestral com uma luta antirracista né E que obviamente né estejam ao mesmo tempo investindo numa luta que num
pensamento Que luta esse é o ponto que nos ajuda aqui a escolher Quais são os materiais né então esse vai ser um dos quadros da minha coluna o formato anterior como eu chamo atenção não vai ser abandonado mas espero inclusive que meu irmão José tala que tá aqui em algum outro momento a gente consiga organizar o debate com um pouco mais tranquilidade né para poder trazer trazê-lo aqui né e pensar também outros formatos E aí uma coisa interessante é que talvez a gente possa Inclusive tem sugestões né desses materiais tendo esses critérios que a gente
chama atenção aqui para trazer para cá também esses debates para sugestões de quadros ou da do quadro é comentando livros né Lembrando que eles não substituem a leitura desses livros também tem uma uma cultura né dessa velocidade que faz com que a gente Procure um resumão do livro para que não tenha mais contato com eles isso não é interessante Exatamente porque esses livros que a gente vai escolher para trabalhar aqui eles são comprometidos com a luta e não tem resumo da luta não tem atalho para luta ou a gente se apropria dela e mergulha o
a gente vai estar sempre começando do zero não é interessante para o que a gente está fazendo aqui então essa é a proposta desse desse quadro comentando livros A gente ainda vai pensar em que frequência ele aparece né isso implica também num tempo para ler os materiais a escolha do livro de hoje né que é o dispositivo da facilidade né a construção do outro como não sei como fundamento você é o livro da professora Sueli Carneiro que ela não gosta de ser chamado professor a referência a ela como professor espero que eu tenha convencido e
vou chamar atenção também mais à frente porque que eu tô chamando atenção disso é porque que eu achava de professor é um livro que foi lançado né este ano né pela zaac pela Editora que é a uma adaptação né da tese do doutorado da Sueli que foi publicar que foi defendido em 2005 portanto é uma tese que foi construída na virada do século precisamente na virada do século ela tá publicada pelas áreas de touro uma das mais importantes editoras do país uma das grandes editoras e que tem um compromisso nessa nessa obra né Conheço os
elementos todos que eu chamei atenção Ele Carneiro que dispensa apresentações não vou fazer maluco de apresentar reconhecida da grande maioria de nós não é e que tem nesse livro que adapta né a sua tag doutorado que perde aqui no livro aquela cara mais academicista aquela casa de tese com elemento de tese isso transforma num livro que comunica conosco a própria luta antirracista a partir desses elementos que ela traz para nós E aí é muito interessante que a gente possa ter aqui esse debate em torno não é desse livro para iniciar a discussão sobre a sua
Carneiro exatamente não é porque ela introduz para nós né uma série de elementos que tem sido muito reverberados no presente e que às vezes a gente não sabe se quer direito de onde que essas ideias surgiram e como elas têm sido apropriadas e algumas vezes Inclusive a gente esquece né que essas ideias Foram discutidas pela pela própria Sueli Isso é uma pena né ele tem basicamente uma divisão em três grandes partes que tem um uma discussão bastante interessante que a matéria só para falar um pouco do contexto ela é uma tese que a Sueli Carneiro
defende na USP né em 2005 num doutorado em educação mas trabalhando com filosofia política e filosofia educação e um fundo daquilo que a gente poderia chamar de Ontologia ou discussão sobre a estrutura da realidade tá discutindo essa ideia da construção do outro Como não ser para que o ser emergem como é categoria né então Aqui nós temos um trabalho né que isso ele nos apresenta de maneira bastante Generosa né dividido em três partes essa primeira Talvez seja mais conhecida né que é uma pena que que a gente [Música] Ignore né o restante da tese muitas
vezes e que tem um contato que tem efetivamente não compromisso né com mapear ou ler a construção do Brasil para além desses elementos que a gente via de regra né acaba por atribuir não é a uma por conta do próprio racismo na academia a tal da ideologia ou do mito da democracia racial seja nessa primeira parte do livro são três nessa primeira parte a Sueli vai contar para nós né algumas ideias que são chaves para que a gente consiga ler a experiência brasileira né contornando ou evitando essas ideias que acabam [Música] fortalecendo o tal do
discurso da democracia racial ela vai partir daquilo que pode parecer uma leitura de mais elemento do cana né porque ela parte do pensamento do pensador francês Michel Foucault com a ideia né da sua última fase de trabalho para pensar as relações entre poder saber esse objetividade ou processo subjetivação e ela vai né partir de uma categoria que naquele momento era pouquíssimo discutido no Brasil essa é uma tese que enfim é um livro que chega agora no momento em que essas questões já são muito discutidas mas que na época que aparece quase ninguém tava discutindo isso
e de uma forma geral ainda reverbera uma uma categoria do pensamento focotiano que ela discute ainda na década de 1980 mas precisamente em 1984 que foi o ano em que ficou morria a relação entre a noção de dispositivo que aparece na última fase pessoalmente ficou e o racismo Sueli então inaugura um debate para a realidade brasileira em fazer essa noção de dispositivo que já já a gente fala sobre ela falar sobre a realidade brasileira foco inclusive isso é muito importante ele não discutiu o racismo a partir da experiência brasileira e isso é muito interessante de
pensar porque parte do debate que o foco faz sobre a noção de biopolítica que vai ser uma uma categoria muito importante para para o pensamento da Sueli Carneiro nessa tese nesse livro foi elaborada né exatamente numa fase do pensamento cotidiano que ele tinha um contato muito intenso com o Brasil inclusive o primeiro texto não tem noção de biopoder e biopolítica aparece que é uma conferência sobre o nascimento da Medicina social exatamente se dá numa palestra que ficou da no Brasil e aqui ele começa a pensar essas questões mas apesar de estar aqui não era a
realidade brasileira que era o ponto de partida da reflexão dele e que essas noções de dispositivo Bio poder biopolítica a gente volta a elas apesar de nascer aqui geograficamente focou enuncia essas ideias aqui ele não tá utilizando a realidade brasileira a relação do racismo no Brasil ou no próprio continente americano para pensar essas questões quem vai fazer isso pela primeira vez ainda na década de 1980 né nesse ano que ficou morre é a sulicamente Então isso é muito importante para pensar o modo como ela é inaugura inclusive uma reflexão que tem essa ferramenta conceitual como
um ponto de partida o interesse dela não é de novo prestar contas e nem reverência a uma categoria produzida pelo pensamento europeu ela Inclusive tem uma a introdução do testamento interessante em que ela vai dialogar não é com essa hegemonia na universidade na academia em que faça que ela esteja pensando a partir desse desse câncer portanto ela tá digamos por dentro hegemonia para fazer hege conversar com a gente mas o interesse dela é ir para luta isso é uma digamos uma estratégia muito bonita para gente que tá o tempo inteiro né na universidade falando meu
Deus do céu eu tô aqui agora e tenho que só ler a literatura hegemônica muitas vezes do racista que tá sendo utilizada contra as pessoas negras e agora a gente vai ter que usar ela falar vamos lá conversar com esse tal desse erro hegemônico né Vamos botar ele para conversar para a gente e ela vai nesse debate vai ser o hegemônico que é essa figura né da Universidade que orienta a voz que não se discursos é acadêmicos universitários que faz teoria que produz conhecimento mas tem outros aqui bora conversar com essas outras aqui dessa figura
de um pensamento que é contra hegemonico é exatamente um crítico do pensamento Stander europeu e ela vai obviamente se aproveitar disso para ter uma ponte para deixar fouca para trás ela faz o dispositivo que focou utiliza que é uma categoria que tenta pensar num conjunto de estruturas sociais né que ordenam o poder e que faz com que o poder não seja uma coisa que alguém ou que uma instituição tenha mas que seja sempre uma relação e nessa relação nós temos um conjunto de instituições de práticas de discursos de ditos e não ditos para usar a
expressão do focou que fazem as coisas funcionar que criam as coisas a partir de uma certa posição numa relação de poder por isso que o dispositivo produz elementos É um mecanismo de produção só que ao contrário do foco tava pensando lá no dispositivo da sexualidade a Sueli vai botar a gente para pensar na história do Brasil e aqui é a gente vai precisar de um mecanismo para entender no Brasil foi constituído como ele foi produzido no contexto dessas relações de poder de um dispositivo da racialidade e para entender isso ela vai trazer nem elementos muito
interessantes para entender como as relações de poder acontece como as relações de saber acontece e como as relações de subjetivação acontece né e entender como subjetivação como é que as figuras que a gente entende como pessoas são criadas na sua hegemonia ou na sua subalternidade e isso é muito interessante para a gente entender os lugares que a gente está nessa relação do poder e aí ela vai trazer alguns conceitos que ninguém tinha nem ideia porque não estavam sendo discutidas aqui além do próprio foco e pensa isso na virada na virada no século né então se
essa discussão sobre biopoder hoje é muito conhecida na época não era não era e ela Traz essa discussão para um centro de um debate e vai dar a cara brasileira então ela vai usar isso como ferramenta para ir para pensar o que ao mesmo tempo em que ela faz isso ela aciona uma série de teorias negras para pensar tanto produzidas no Brasil como produzido na diáspora né E talvez uma das mais curiosas que aparecem no debate que ela traz a ideia do contrato racial não vou ficar dando spoiler do livro de convidar para que a
gente vá ver depois mas essa ideia do contrato racial vai encontrar para nós né de que é a organização de uma sociedade né ao contrário do que pensavam os contratualistas que são teóricos da filosofia moderna sobretudo no século 17 18 19 por aí esse intervalo entre 17 e 19 então tentando entender como é que a sociedade são montadas eles vão priorizar a partir da ideia de um contrato social em que esse contrato social tem a ver com quem vai controlar a violência Como que o poder se distribuir esse restringe né e a Sueli vai chamar
atenção a partir dessa teoria de um autor afro-estado evidência jamaicano que é o Charles meu Charles Mills é que ele vai chamar atenção de que a base da organização do poder nos mundos modernos que envolveram não é a colonização não foi só a Constituição de um estado para gerir a economia como se pensa em um grande parte do mundo contratualista né mas pelo contrário foi a raça e o racismo e o controle portanto dessa hierarquia de duas populações foi aquilo que Funda Esse contrato esse pacto para que a sociedade e que o próprio estado começasse
a funcionar então ela vai trazer isso para cá para entender como o Brasil ele é constitutivamente ele é constituído pelo racismo e que portanto a gente não tem como pensar na possibilidade de uma democracia racial que tivesse sido criado tivesse sido criada pelo próprio racismo como é que o racismo vai criar o seu germe de Alto estrelinha isso não seria possível pelo contrário ele cria mecanismo de funcionamento que reproduzam esse racismo ela vai trazer essa Teoricamente vai trazer né Essa discussão sobre o biopoder que ela é aí que ela vai chamar o tal do dispositivo
da racionalidade para conferir para conferir como é que no Brasil a Negritude não era só uma marcação de uma diferença você já o racismo e a raça não tá só dizendo que as pessoas são diferentes ela faz a partir de uma violência fundamental ela usa a expressão que escreve a Negritude no signo da morte ou seja a morte a violência aquilo que de alguma maneira vai gerar disperções de populações quebrando identidades quebrando histórias relações com línguas com memória tudo isso vai ser parte desse jogo de inscrição daquilo que ela chama de inscrição da negritude no
signo da Morte isso é muito interessante Porque hoje a gente meio que popularizou a ideia de nécropolítica como se fosse uma grande chave de leitura do país e ela tava discutindo isso antes do Independente e a gente tem que aprender a valorizar quem veio antes é massa tá usando as categorias dele para pensar suas questões mas nós fizemos aqui uma teórica que tava fazendo isso antes de 19 e que tava exatamente pensando isso a partir das lutas anti-racistas do nosso país não existe nenhuma razão se não machismo e o racismo que façam que a gente
prefira uma teoria que vinha de fora não é do que as nossas Produções que estão discutindo exatamente a mesma relação poder estado violência e morte quando a gente está lidando com a experiência da população negra nós temos aqui na discussão sobre dispositivo da racionalidade sem a distorções que a gente precisa fazer na teoria do próprio mede para ler a experiência brasileira como por exemplo acreditar na ideia de um estado de exceção que não faz sentido nenhum para população negra para tentar entender de que maneira a organização entre racismo morte e estado a gente tem políticas
de morte aqui Independente de uma ideia de exceção que é algo importante ele não precisa na construção do argumento dela porque a história da tem outro percurso em breve tá usando basicamente a relação entre Estados Unidos e a sua colonização algumas regiões do Caribe e a Palestina ele não tá se referindo ao caso brasileiro que é muito diferente desses outros né Então essa é uma ideia que a própria Sueli vai dar cara aqui e vai fazer o biopoder e o dispositivo da racionalidade conversarem a partir da nossa história brasileira que tem elementos muito particulares o
terceiro elemento aparece aqui foi Talvez seja mais conhecido né e que por sorte hoje A em função do que tem acontecido Foi ela quem deu essa cara para esse conceito né que é o conceito de epistemicídio ela toma o conceito de epistemicídio né do Boaventura de Souza Santos numa citação muito rápida e vai discutir como é que no Brasil e ela vai dar uma outra cara uma outra significação a noção de epistemecide que nós popularizamos no Brasil não é a do Boaventura é a noção da Sueli para tentar entender como é que o processo educacional
brasileiro foi constituído para destituir de passado destituir de memória destituir força de luta a população negra indígena desse país é ela quem conta isso não é ele então a nossa noção que se popularizou emicide tentar matar os conhecimentos e as formas de produção de conhecimento como forma de participação da Estratégia genocida nos contextos da organização da educação brasileira Quem faz isso é a Sueli e a gente não precisa de Boaventura de todos os pratos absolutamente nada então ele tá com os problemas dele lá resolvendo com as questões dele ela aqui continua sendo a nossa referência
para pensar essa questão de uma muito própria né ela leva o conceito para um lugar onde ele não enunciou como ela fez com focou também como ela fez com o próprio Charles Mills em fazer pensar a partir Então ela faz uma denúncia de como é ser país é fundado estruturalmente em torno desse dispositivo da racionalidade que encarcera Corpus que violenta é histórias violenta corpos e violência e histórias e tenta matar a possibilidade de conhecer ele produzir imagens do mundo conhecimento e ela vai chamar atenção que nada disso destruiu a luta e essa é a parte
que muitas vezes a gente ignora que é que vem a parte 2 do livro que tem a ver com esses testemunhos de resistência e aqui que ela vai trazer para nós né essas figuras que mostram que o racismo não venceu Apesar dele nos destroçar ele não venceu nós temos um histórico de luta um histórico de luta que vai pegar né a partir de quatro figuras fundamentais né que é o Edson Cardoso minha relação dele com a comunicação a Sônia Maria Pereira Nascimento e a relação dela com o direito a Fátima Oliveira e a relação dela
com a saúde a medicina e sobretudo e essa aliás é uma das figuras que a gente precisa imediatamente recuperar porque ela talvez tenha sido uma das mais importantes ativistas que apesar da Universidade não é mobilizou todo um conjunto de lutas no enfrentamento aquilo que na própria saúde pública fazia mal para a população negra e se a gente hoje tem qualquer tipo de Amparo de uma saúde da população negra de políticas públicas da população negra nós devemos essa luta dessa mulher e ela não pode ser esquecida ela faleceu Infelizmente há bastante pouco tempo aqui o professor
Erisvaldo a conheceu né pessoalmente conviveu com ela foi uma figura muito importante para essas lutas inclusive porque ela deu visibilidade formou Uma Geração inteira de pessoas que depois Entraram na luta pela saúde da população negra né discutindo os impactos na saúde das mulheres negras como que isso tem a ver com a mortalidade materna mortalidade infantil o descaso de doenças negligenciadas que atingem a população negra como isso tem a ver com um projeto genocida do estado que precisaria também ser enfrentado por políticas públicas e infelizmente a gente ainda discute muito pouco e ela é uma das
testemunhas que Sueli traz para cá e por fim o poeta Arnaldo Xavier que foi uma figura né que fez não é uma também um trabalho a partir da sua poesia de da reconstrução de imaginários em torno da população negra Então ela pega a comunicação ela pega o direito ela pega saúde e ela pega a imaginação poética e a própria imaginação como eixos que o racismo não conseguiu destruir e não conseguiram destruir não só por conta dessas quatro pessoas essas pessoas não são importantes porque elas são essas quatro pessoas essas pessoas são importantes porque elas são
testemunhas de uma luta que acontece ao longo desses 500 e 20 tantos anos né de resistência a gente são 500 e poucos anos são 520 anos de luta porque não não chegaram aqui pessoas escravizadas em 1500 então isso acontece depois enfim cerca de 500 anos de luta embora a luta indígena tenha começado desde sempre né mas nesse caso específico o que ela tá mostrando é que essas pessoas são testemunhas de da possibilidade de narrar um trauma e refazer a partir da narração desse trauma um refazimento histórico daquilo que precisa ser apropriado para curar feridas que
estão sendo reabertas o tempo inteiro pelo racismo então ela vai ouvir essas pessoas é uma coisa que a gente tem feito muito pouco a gente não escuta mais né você não ouve Quem veio antes né são figuras não é que de maneira bastante potentes a cada uma no seu campo né Edson na comunicação Fátima na medicina não é Arnaldo na poesia Sônia no direito cada uma delas mostraram e todas vinculadas com uma luta coletiva uma luta ancestral se encarna em cada uma dessas pessoas né que é desse para usar a expressão da Conceição Evaristo né
enquanto o projeto genocida do Estado combinou de nos matar essa luta [Música] faz com que a gente tenha combinado de não morrer e só por isso que a gente está aqui o racismo talvez tenha sido nas Tecnologias do poder mais potentes do histórico a gente conhece e não obstante isso não é a gente continua aqui lutando ele não venceu e essas figuras são importantes e conhecer e aí é importante minha gente ir lá ver o que que o Edson fez e como a Sueli tá lendo com Edson fez e lá ver o que que a
Sônia fez como que a solita lendo que a sua vez o que que a Fátima fez como a Sueli tá lendo aqui a Fátima fez a Sônia e o olhar o que o Arnaldo fez e como a Solitário porque são narrativas que fortalecem a nossa imaginação política inclusive para ter ferramentas para continuar nessa luta antirracista então ela não faz só o diagnóstico trágico diagnóstico tráfico de que o racismo estrutural a sociedade brasileira por isso a gente tá escrito no signo da Morte que tenta nos matar o tempo inteiro mas essa também essa história de luta
de resistência e como isso não é absolutamente fundamental para que a gente siga lutando porque senão a gente vai estar o tempo inteiro partindo do zero vai estar o tempo inteiro sem saber de onde está saindo isso é uma tragédia né porque muita gente teve que cair para que a gente tivesse aqui falando essas coisas que estão falando hoje e a terceira parte que a parte talvez mais ignorada do texto né que é essa ética de um cuidado de ser coletivo que ela vai nos apresentar de novo botando focou como uma escadinha para fazer depois
jogando fora para fazer o que medexo quer tentar imaginar se a gente tem esse cenário trágico do racismo de outro lado você tem essas lutas de resistência por outro lado nós temos essa possibilidade de reeducar a partir da resistência para fortalecer uma luta coletiva para fazer com que a gente possa efetivamente né estruturar caminhos não é para que as nossas gerações as gerações que venham na frente se empoderem com as ferramentas que foram construídas na luta e aí ela vai chamar todo o Panteão né de pessoas que compuseram com ela esse trajeto de pessoas que
vão desde a Abdias de nascimento não é até as figuras mais jovens do movimento negro que estão pensando né que estão fazendo e isso é muito importante é sempre pensar que a nossa luta tem os seus próprios intelectuais a gente não precisa esperar pela Universidade Universidade é importante né Ela é muitíssimo importante mas as lutas também produz os seus intelectuais eu tive num lançamento com a Sueli agora em Campinas né E ela chamou atenção de uma coisa muito bonita bom chega você chegaram tão lendo esse texto tá na universidade e tal mas e agora o
que que vocês vão fazer com isso é só não é só ter um como chama como é que chama aquele negócio que a gente pendura na parede diploma não é só ter um diploma que você pendurado como é que a gente volta para o mundo né tendo uma capacitação que passa por ali mas não só por ali e como que as lutas os movimentos sociais a história ancestral daquilo que nos informou né faz com que a gente possa conseguir lutar continuar lutando porque efetivamente uma coisa muito grave que a gente tem dois pista emicídio é
apagar a história das lutas e a gente fica pensando sempre né que a história da gente é só a história do sofrimento é porque é também a história do sofrimento ela é também a história da dor ela é também a história da violência ela é também história do genocídio mas ela não é só isso e uma parte importante do epistamicídio consiste inclusive não só em não deixar com que que essas vozes apareçam mas deixar as gerações futuras sempre com a impressão de que parece que não tem saída né se a gente não tem um histórico
dessas lutas que permitiram que a gente tivesse aqui hoje não mais sobre os bilhões de escravidão fazendo outras coisas fica parecendo que a gente não tem muita saída e não compreende aí vai acreditar na balela da Princesa Isabel né vai acreditar na balela da Boa Vontade da Sociedade Brasileira de que não houve violência contra as populações negras indígenas que ouvem né uma espécie de Harmonia racial e a gente começa a gritar nossas coisas e muita gente acredita nisso ainda quando você entra na universidade a gente tem sempre discurso lá da economia já Prontinho essas desigualdades
não é essas desigualdades que acontece na sociedade brasileira não tem nenhuma razão racial ela tem a ver só com nossos histórico econômico que dependeu do sistema econômico da escravidão não tem nada a ver portanto com racismo racismo só tá na cabeça do povo do movimento negro esse ainda é um discurso que domina esse ainda para gente que tá nessa nessa ambiência da luta de racista etc é para a gente não cai mais nisso mas e a meninada que tá chegando na universidade agora Esse é um ponto importante então se fortalecer com essas armas é muito
muito muito muito muito importante para que a gente possa efetivamente fazer uso das armas da história das lutas para que a gente instrumentalize para que a gente movimente essa luta e não a recomece Mas continue né Aí tem um pacto ancestral um compromisso acho que essa dizia isso né a própria Sueli que tem uma uma dimensão do compromisso que esse tipo de abordagem né que vem para Universidade que é um livro que vai ser muito consumido na sua academia mas que é um livro que exige um compromisso não basta saber disso aqui uma vez que
a gente sabe tem que inserir na luta não é para sentar e ficar admirando e chorando na frente da tela do computador lá fora e aí é a hora que a filha de Ogum né convida gentilmente a gente a dizer pegue a palavra pegue o pensamento como arma como espada e vá para luta porque é por isso que essas figuras que estão aí né como testemunhas são testemunhas não apenas de um passado que habitou uma memória que a gente só vai lá chamar e achar lindo etc mas que alimento uma luta no presente e que
a gente tem muito o que fazer com isso e esse atos de um cuidado de si né esse atos de uma luta coletiva que tem a ver com a recuperação com a reconstrução com refazimento a partir disso que a história nos levou a partir dessas lutas ancestrais nos permitam não é efetivamente fortalecer as lutas do presente e municiarem e preparar as gerações futuras para essa luta que não vai acabar agora acho que o convite mais bonito né dessa dessa obra que é Sueli nos traz e que é muito importante que a gente saiba talvez esses
e muito provavelmente né o mais importante texto de filosofia política e de filosofia educação que o Brasil já viu e é o texto que vai contar para nós né de que a branquitude precisou para se constituir como força política nos criar como inferiorizados a gente aparece como inferiorizados E isso não tá na natureza das coisas isso para gente hoje parece muito Evidente para quem tá na luta o problema Minha gente é que a educação é um processo que pode colocar as pessoas negras do lado errado lado errado elas podem a gente pode convencer as pessoas
negras e a gente viu isso agora nesse desgoverno absurdo né em que a educação inclusive foi formatando pessoas negras inclusive apoiar em pautas racistas né então como é que a gente desconstrar isso isso é feminicídio é convencer uma pessoa negra de que ela não deve comprar luta antirracista ou seja a gente tem trabalho fazer aqui enquanto educadoras enquanto educadores enquanto a ativistas do movimento negro pensando que também a gente educa como chamou atenção ao Arnaldo Xavier nas nossas rodas de poesia na nossa movimentação cultural não era só na escola nesse espaço formal mas como esse
caráter educativo que outra coisa que a gente foi se habitou a ver agora a partir do livro bonito da Nilma né que é o movimento negro educador que ela tá contando exatamente essa mesma história um movimento negro também educa e como é que a gente pode retomar né nesse movimento de uma luta antirracista nesse movimento negro a potência de educar uma sociedade para não estar mais caindo nessas armadilhas epistemicidas que só contribuem para esse esse caráter mais racista Então essa era a provocação Inicial que eu queria fazer para vocês e Leiam o livro muitíssimo a
pena são enfim livro tá caro viu tem que lembrar que livro da cara mas também a gente tá tem que começar a pensar estratégias coletivas de leitura Isso é uma dica que eu dou para gente vamos formar grupo de leitura né e de repente a gente pode fazer leituras coletivas em grupos né E que a gente vai lendo os textos aos poucos mas não é do coletivamente isso fazendo esses textos circularem entre nós movimento negro já fez isso no passado quando a gente tava lendo lá sei lá a Ângela deles ninguém nem sabia copiando os
textos do Abdias e distribuindo nas rodas de final de semana quando a galera tava discutindo no movimento negro isso já aconteceu antes a gente foi um pouco que perdendo esse hábito Mas vamos voltar essas ideias das leituras coletivas né E aí eu acho que isso compensa um pouco essa caristia dos livros né que tem a ver com o novo tempo também o fato que as pessoas estejam lendo cada vez mais nas telas e que cada vez mais os livros sejam direcionados para bibliotecas em que a gente retome também essa estratégia coletiva da Leitura não é
para que a Gente Se fortaleça enquanto o grupo lenta tendo alguma coisa em comum ali para debater né e conheça de fato isso que é importante pela própria Constituição de Sueli que Sem dúvida nenhuma mais importantes intelectuais negras do presente não só no nosso país mas no mundo inteiro mas também por aquilo que ela traz enquanto acúmulo das lutas que trazem esses outros e outras formidáveis e gigantes não é pensadores da luta [Música] Silvani querida Muitíssimo obrigado né E aí como essa sua fala essa sua resenha me trouxe emoções e emoções e emoções e quando
você faz citou Fátima Oliveira e eu vi Círios Oliveira que é uma pessoa que está sempre aqui no canal dizendo que tristeza eu não a conheci eu falei gente temos que resgatar até compartilhei aqui um link de um texto sobre ela no portal que ela é der que fundamental que foi essa mulher e é e como outras pessoas né E quando você falou de movimento negro educador quer dizer a nossa geração foi educada essa coisa que chamam de letramento racial foi educada pelo movimento negro nós frequentamos uma academia que não só não trazia nada sobre
nós Sobre nossa história sobre como negava não só não trazia como negava né Eu por ser história Universidade Federal de Goiás quando eu perguntei mas não vamos estudar história da África o professor me diz na África não tem história e quer dizer eu o que eu aprendi de história da África eu aprendi no movimento negro as leituras que eu fazia para os finais de semana e a gente minimiografar e distribuir entre nós os materiais e era difícil de conseguir livros aí salve papa-léguas que a gente já comentou que várias vezes que era a pessoa que
garimpava o que tinha de material impresso e levava os nossos encontros de movimento negro e a gente comprava do papa-léguas e a gente bibliografava e distribui entre nós Poxa vida que boas lembranças que você nos traz a partir da leitura de Sueli Carneiro nós temos algumas questões para você aqui para a gente fazer então a nossa segunda rodada deixa ver eu vou pegar a Marina me ama e colocou para gente aqui no grupo as perguntas que trouxeram Mas além disso deixa eu pegar aqui Antônio do Carmo pergunta qual a essência da concepção de contrato racial
a nossa querida irmã lá dos Estados Unidos Merlin hendrick está sempre aqui conosco essa pergunta eu não tenho como te responder as pessoas também não você já tem a versão falada deste livro eu não saberia responder se teríamos que consultar a própria Editora né a Marília Silva das Ervas Professor esse percurso do qual o mesmo fala do qual ninguém me faz e a Sueli não precisa no caso brasileiro por ser explicado pode ser explicado pelo que lélia González chama de denegação Natália Rodrigues gostaria de saber se o professor antes pode dar melhor o conceito de
abstemicídio tal qual o trabalhado pela Sueli pois sempre vejo como professor ressalta a importância de como Sueli o forjou eu vou ler todas ele tá aí no grupo você depois ver como é que você quer dialogar e com quais você quer dialogar Daiane Messias Professor como fazer o uso das Ferramentas construídas na luta outras é fundamentações orais se academia nos pó do tempo todo dizendo que é oralidade não pode ser referência Antônio do Carmo como traduzir esse importante conhecimento intelectual para uma linguagem do dia a dia dos milhões de negros que nos subconsciente querem lutar
contra o racismo que o persegue o seu cotidiano nos locais de trabalho como traduzir para luta de milhões que sofrem em termos absolutamente incompreensíveis tipo o título do livro bom deixa ver se temos mais alguma questão aqui a Zezé Menezes está aí nos acompanhando e dizendo que ela leu na época do doutorado de Sueli dizendo que bom que tá sendo publicado agora E como tá atual né E como tatuagem de 2005 não é isso de 2005 e como está atual Elson de Assis que Live instigante esse livro vai furar fila aqui obrigado pela oportunidade de
ouvir vocês a Marily Hendricks temos que lutar também para preservar essa nossa narrativa e história nos Estados Unidos a América nos acompanha lá dos Estados Unidos sempre Mariana e Eu Tenho pensado bastante sobre os impactos do Advento das redes sociais na nossa forma de construir futuros para o nosso povo pensa que as redes sociais tem um papel fundamental o redirecionamento das nossas práticas antes eram livros hoje achamos que podemos estudar sozinhos cada um em sua bolha e a partir de pequenas pequenas poucas palavras a gente acha que já tá dominando os conceitos os conteúdos as
lutas e assim por diante a Valéria dizendo E ainda eram chamadas de radicais porque no Brasil não havia racismo sim nossos professores nossos colegas na academia não chamavam de radicais eu estou aprendendo muito da nossa história americana através de Clubes de livros com amigas seria legal ter um clube assim como este canal grande ideia Merlin a gente ter aqui também um clube de livros A partir daqui do canal Vamos pensar esse respeito a gente encerra as perguntas aqui porque já veio bastante coisa e eu te devolvo Professor o Anderson falou a gente valeu demais né
Eu acho que se a gente conversou aqui por alguns minutos né sobre o que tem nesse livro aí de todas as questões aparecem imagina quando a gente encontra a possibilidade de lê-lo efetivamente quanto essas questões podem ser reverderadas né E como qualquer pesquisa né então não é só oferecer respostas mas também colocar as questões para que a gente no coletivo Essa é uma das grandes questões que o senhor lhe coloca e que as testemunhas dela também coloca como a possibilidade de encontrar respostas coletivas por problemas que são populações pessoal acho que esse é um ponto
importante desse debate que isso ele traz para nós é que os movimentos negro efetivamente coloca né você já se ele gosta de contar uma coisa é uma história não tá uma história mas é porque ela conta de maneira que às vezes parece engraçado né do famoso tribunal que teve uma foi um julgamento onde teatral feminista né e que não tinha nenhuma mulher lá no nessa julgamento cênico né da violência contra as mulheres não tinha nenhuma mulher negra e as pessoas chamam é o Abdias né que num gesto teatral dos eu quero aqui já que não
tem nenhuma mulher negra ser um cavalo incorporar todas essas mulheres negras e aqui poder falar de suas dores e representa como se fosse essas mulheres ela diz a ele Espero que daqui em diante a gente não precisa mais disso que esses outros mulheres possam fazer isso e essas mulheres vieram né ela Luiza todas as geração aquela pertenceu é muito importante não é não inaugurarem o pensamento negro brasileiro mas por colocarem um acento de que o pensamento negro brasileiro não existiria sem as mulheres que o número um pelo número dois que o movimento negro no Brasil
tem a cara que tem porque ele é eminentemente fundado nesse Pilar feminino apesar de lidar muito mal nisso com sua história mas é evidentemente um pilar feminino temos aqui Sueli que tava junto com nessa geração como lélia como Luiza né mas outras mulheres que vieram no passado que veja Maria firmeza dos Reis Esperança Garcia nunca houve uma luta antes para isso que não passasse pelo protagonismo das mulheres Esse é um ponto importante E que dá essa cara inclusive de uma tônica [Música] que foi acolhedora né e cuidado no coletivo porque é uma das coisas que
a gente aprendeu também que o epistemicídio foi fazendo foi deslocar Muitas vezes os homens desse lugar de repositório de um saber ancestral e saber de um cuidado coletivo e que tem a ver com isso que a Marina estava chamando atenção isso começa as telas muitas vezes acabam contribuindo para esse essa individualização da luta e é muito mais difícil lutar sozinho quanto uma estrutura quanto ácido não então acho que esse é um ponto para a gente pensar né retomando as questões tal como elas foram colocadas aqui né e fico muito feliz das pessoas que têm Aparecido
né a pergunta do Antônio do Carmo perguntando qual é a concepção do contrato social acho que aí valeria a pena olhar em como a sua ele traz interpreta né o Charles meus né que tem a ver com o fato de que talvez tenha sido uma das primeiras elaborações que mostravam como a institucionalização do dos Estados da sociedade modernas de experiência Colonial tinham o racismo não como um acidente de percurso mas como o seu fiador principal podemos falar em sociedades modernos coloniais na medida em que a gente tem o racismo como substrato de funcionamento então o
argumento é bastante complicado ela vai trazendo elementos históricos do argumento que ela vai trazer do carro isso é muito interessante é uma pergunta muito interessante isso e aproveito para que a gente desenvolva uma técnica quando a gente não tem muito tempo para ler a maioria desses livros que tem saído agora eles também tem saído em edições em PDF infecção eles nascem como PDF também não tô falando dos livros que a gente digitaliza escaneia quando não são mais disponíveis a gente vai lá e bota no scanner faz um PDF alguns desses livros já são vendidos em
PDF que são mais baratos inclusive do que os livros impressos e existem aplicativos que a gente pode botar para ler esses textos muito para ler artigo para mim atualizando sobre coisas Ler jornal enfim essas coisas que eu aproveito por exemplo o tempo que eu tô vindo para o trabalho eu tô agora tô no trabalho né não tô em casa e como eu passo eu moro a 40 km de distância do lugar onde eu trabalho eu passo muito tempo no trânsito então eu utilizo esses aplicativos e tem vários deles que são gratuitos que leem os pdfs
para nós então eles não precisam ser áudio livros A gente pode colocar nos reprodutores no celular eu coloco um fone de ouvido como se eu tivesse Ou posso conectar no rádio do carro do bluetooth para o recado enfim e virou vindo no caminho então essa maneira inclusive da gente poder ter acesso a isso no tempo que a gente não tem não Leiam em ônibus minha gente pode causar descolamento de retina então prefiram por exemplo ouvir os pdfs podem ser ou pode ser lidos você escolhe a voz sem Roma molécula enfim ele vai ler para você
eu li e aí você depois volta toma nota etc Então isso é muito interessante Porque serve para que a gente tem acesso a empresa de um argumento né Mesmo quando a gente não tem tempo de ficar sentadinho ali lendo mas sem saber o que tá sendo discutido existem vários aplicativos que fazem isso né Isso é muito muito interessante porque muitas e muitos de nós passam muito tempo no deslocamento do trabalho e isso pode ser utilizado inclusive para ir conhecendo essas teorias e tem informação né a leitura desses textos e aí eu acho que é muito
possível então que mesmo que ele não tenha sido ainda transformado no livro falado a gente possa fazer o uso desses mecanismos para poder ler inclusive foi uma das coisas que eu chamei atenção Marília né com relação a tua pergunta sobre o percurso faz um bem e a própria Sueli se essa noção de racismo por denegação tal como a Léria González traz né que eu usei a expressão meio que brincando com a Sueli de que seria uma espécie de interlocutora oculta ou homens presente na tese dela ela é inclusive aquelas partilhar Estavam gritando juntos estavam discutindo
juntos essa noção de denegação ela é absolutamente fundamental porque ela é o dispositivo que faz funcionar grande parte desse sistema esse vídeo né que é o racismo que para funcionar esconde os seus mecanismos funcionamento fazendo parecer inclusive que ele não existe isso é muito interessante no caso inclusive do do pensamento em dengue que eu tenho acho que tem muitos críticas ao modo como eles têm sido utilizado no Brasil seja porque é facilmente deslocado do debate racial E aí você pode discutir necropolíticas de racismo embora o imbembe não gosta disso não é não é a questão
que me interessa ele é um teórico do racismo ele tá discutindo racismo mas a categoria Quando você pega só o artigo né de 2003 né com o artigo necropolítica não é um livro ela é um artigo que o público em 2003 se você só ler aquilo você pode fazer uma uma discussão afastando né o debate do contexto racial embora não seja esse objetivo do inverno com a noção de dispositivo da racionalidade não é possível porque ele tá tomando a própria raça e o racismo como não só no nome da categoria né mas para entender exatamente
o modo como a sociedade funciona seja você quer entender o Brasil não tem como entender o Brasil direito sem compreender o racismo vai estar sempre entendendo ele pelas beiradas e compreendendo mal e por isso não consegue resolver problema econômico Não consegue resolver problema ambiental não consegue construir resolver problema de moradia segurança nada disso porque o racismo tá aqui atrás fazendo todas as coisas funcionarem e a gente não vê então esse é o modo né de funcionamento desse raciocínio por denegação que ela é tá chamando atenção e que aparece de uma maneira muito forte na articulação
do dispositivo da racionalidade da Sueli então ele é uma espécie de categoria que tá ali na articulação né da atualização do Sueli Carneiro que não discute isso nessa na tese mas a lélia tá presente praticamente Toda obra da Sueli então não é uma não é uma questão de uma omissão ela tá ali Ok talvez na forma moral isso é interessante na oralidade Talvez seja nos informe coisas ali e ela obviamente não tava boicotando a Leia nada disso né ela sabe da importância de lá era para sua própria Constituição do pensamento isso aparece em vários outros
textos dela né então talvez nessa tese né isso tem Aparecido de maneira mais sub-reptícia né mais indireta mais vinculada com essa estrutura oral mas o restante da obra dela ela é nada de abraçada e ela nada de abraçada com ele porque elas são construindo coisas juntas Então acho que isso é muito importante e acho que ela ajuda a entender muito mais aquilo que o indembe faz inclusive porque o vocabulário dele não é vocabulário para luta viu vocabulário para academia isso tem a ver com essa com essa pergunta final né que o Antônio que ela tá
fazendo né que tem a ver como traduzir isso que tá no livro A partir do título mas não se assusta entrando no texto ele tá falando com a gente tá o título tem a ver com uma disputa no interior da filosofia isso é muito importante para quem tá no interior da Filosofia mas quando a gente tá olhando o que tá dentro do livro Ela tá mostrando como é que o racismo constituiu uma inferioridade da pessoa negra né das pessoas racializadas indígenas também com as pessoas não brancas e só a parte da negação dessas pessoas não
branca fica branca que podia aparece o branco não foi uma entidade que existiu dentro de sempre só existiu porque que precisou criar o negro para interiorizar o negro inferiorizou indígena inferior asiática Aí sim o branco aparece o branco é um produto dessa inferiorização do outro como não sei o outro é que é o negro é a mulher indígena é o asiático né como um outro que precisa ser criado para ser inferiorizado e negado para poder Aí sim aparecer a branquitude a branquitude não é um negócio tá pronto inclusive ela só existe porque existe a inferiorização
das pessoas negras isso aí a gente entende não precisa o ponto é que esse título é um título para disputar uma categoria dentro da filosofia e aí é importante para quem tá no ramo mais acadêmico poder sustentar essa tese né a partir dos próprios termos que o debate acadêmico tá colocando né então é isso ele é muito esperto porque ela ao mesmo tempo ela oferece ferramentas para quem Tiver que enfrentar o debate no interior da academia ao mesmo tempo que ela tá partindo da linguagem da luta então quando a gente vai ler as testemunhas ela
tá falando igualzinho a Fátima Oliveira tava conversando com o povão que tava ia precisar usar o SUS ao mesmo tempo que ela tinha essa esse domínio da linguagem epidemiológica da linguagem médica da linguagem do Saber acadêmico ela tava lá na ponta chamando atenção porque que acontecia quando a recepção de uma grávida no serviço lá no postinho de saúde ali da frente né fazia com que todas as mulheres entendessem que elas estavam passando mal recebidas e por isso não quisesse procurar mais o serviço então eu tava conversando com quem tava lá na ponta então ao mesmo
tempo você tinha essa esse manejo duplo da linguagem e aí como a gente não lê a gente fica com essa impressão como a gente não leu né como o livro Já tá trabalhando com essa experiência que vem do ativismo dessas pessoas e aí tanto a Sônia como o Arnaldo como o Edson como a própria Fátima estavam conversando com quem estava sofrendo o racismo no cotidiano não tava conversando com os acadêmicos aí essa linguagem que tá ao mesmo tempo nessa disputa entre o vocabulário da academia e o vocabulário da luta se junta E aí de novo
é a luta que pensa e o pensamento que isso é muito importante para mim [Música] Natália essa noção de epistemicídio como a Sueli trata aqui é muito mais abrangente muito mais vinculado com a nossa história a história do Brasil não é como que a história da construção da educação brasileira num primeiro momento num primeiro momento inclusive foi feita para excluir a população negra Houve um momento que as crianças negras sequer podiam se matricular em escolas né então acho que quando a gente está pensando no histórico da educação no Brasil e história da educação do negro
no Brasil desde as pessoas negras no Brasil a gente tá pensando também no espaço em que elas foram excluídas e depois foram incluídas de uma maneira subalterna nunca houve uma escola que recebeu bem as pessoas negras não é hoje e não houve no passado a não ser Obviamente as escolas ativistas que tem por aí tipo nela enfim isso não é a norma da escola até hoje a gente não conseguiu que a lei 10.639 pegasse 20 anos depois significa que até hoje o raciocínio tá aí funcionando muito bem isso tem a ver com o modo como
esses feminicídio tem a ver com a preservação de uma memória sempre secundária e não era com isso que o Boaventura tava preocupada ela tá aqui operando exatamente em tentar imaginar como é que a formação das pessoas na sociedade brasileira brancas e negras passam por essa inferiorização das pessoas negras sejam nas suas representações dos currículos nas práticas pedagógicas e sejam a sua exclusão dos corpos escolas a gente está pensando uma criança negra pobre uma criança que que é branca e Pobre elas não estão sofrendo a pobreza do mesmo jeito na escola então o próprio corpo dessas
crianças negras às vezes é chamado para sair da escola mais cedo mesmo ela sendo tão pobre como a criança Branca porque o racismo é uma outra coisa além da pobreza que impacta a vida dessas crianças e isso tem a ver com forma uma formação da própria educação brasileira né que tem como um programa inferiorizar essas crianças ainda hoje ainda hoje e só por isso que a gente não conseguiu fazer com que o artigo 26 tá mais importante ler educação brasileira que LDB tivesse sido cumprida ela é uma lei por exemplo que ela é utilizada para
fazer com que isso chegue exatamente nem a universidade também mas por exemplo no caso da LDB se a gente não cumpre vários requisitos não recebe mas a ela faz de conta que não tem ali um artigo 26A percebem então o racismo funciona na forma educacional no epistemicídio e que continua funcionando numa tentativa de excluir corpos e representações das pessoas negras Esse é o modo como ela percebe Nesse contexto em que a educação ela não apenas está transferindo conhecimentos ela não tá apenas informando e formando eruditos mas tá fazendo uma formação cidadã ela tá ensinando por
exemplo para as crianças negras que o lugar delas lá na escola ela tá ensinando para essas crianças que elas sei lá que elas não podem se cair idealizar a universidade com aquilo ali não é para ela etc que talvez o maior projeto que ela tenha que trabalhar não sobre emprego na informalidade alguma coisa do tipo percebe isso tem a ver no modo como é a formação isso é o modo como ela vai tratar a questão do sistema seja como é que a não vai fazer não é com que essa componente da formação do sujeito a
sua mentalidade também atravessada pelo racismo né como racismo entra nas nossas cabeças lembra lá atrás do fanom e ela traz o fanor para roda é uma personagem importante do argumento dela né tava todo mundo tentando entender por como é que as pessoas negras internalizavam o racismo né ela tá contando aqui como é que no Brasil essa coisa se deu no Brasil essa coisa se deu com a participação muito forte desses esquemas educacionais no presente no passado ela teve outros dispositivos ela vai contando isso na história da educação né Tem um famoso livro e bonito livro
da organizado pela jerusalão sobre a história da educação no Brasil né E ela vai seguindo esse conjunto de pessoas que tem a ver com a educação das pessoas no Brasil para tentar entender como aqui nesses tempos ele tá falando do Século 21 minha gente como é que ainda hoje a gente prepara as pessoas negras para não serem plenamente humanas como é que desumanização passa pela educação essas perguntas sobre os como as minha gente tanto no caso aqui da Daiane como no caso do próprio Antônio né Acho que passa para que a gente começa a se
aproximar coletivamente dessas informações sozinhas e sozinhos a gente tem muita dificuldade de dizer qualquer possibilidade como é que o movimento negro conseguiu fazer qualquer coisa até hoje juntando gente tendo uma articulação coletiva uma agenda e distribuindo funções mobilizando saberes recursos de lutas e para Rua estudo panfleto enquanto você tem um livro didático tá mostrando uma representação meio bizarra da população negra você tem cartilhas você tem os hinos você tinha uns folhetos cartazes com movimento negro você produziu para apresentar outras representações então a gente precisa se reaproximar de novo dessa estratégia do enfrentamento coletivo e a
gente tem que retomar as noções digamos não não liberais de coletivo porque a gente às vezes fica pensando que coletivo é Clube a sociedade é maravilhosa tô pensando nos clubes sociais junto ao povo ali como se fosse Sei lá uma torcida de um time que são pessoas que estão todo mundo pensando no mesmo jeito etc os coletivos do passado inclusive tinha a ver com as pessoas que não concordavam entre elas mas que apesar de não estar em todo mundo no mesmo na mesma vibe não estavam concordando com tudo tinha uma pauta que as precedia a
luta antirracista e um conjunto específico de metas que estavam ali tem pensar por exemplo a questão da formação da Juventude vamos juntar uma galera e ver o que que a gente tem de produzir sobre isso o que que a gente pode fazer e essas respostas Então são sempre produzidas no coletivo É isso que eu tô tentando chamar é a atenção é de que embora a gente possa desculpem tem essas reflexões mobilizadas por agentes individuais como foi Edson Fátima Sônia Arnaldo e Luiza e Abdias e toda sua galera que veio produzindo essa galera é um porta-voz
de uma de um conjunto de articulações coletivas e coletivizantes e a gente tem perdido essa dimensão coletivizante Então acho que é um ponto importantíssimo que a gente tem que retomar E aí talvez essas esses comos eles também sejam respondidos no coletivo né como é que a gente responde isso no coletivo porque a gente inclusive é desarticular de desencorajado lutar quando a gente pensa que a resposta vai ter que ser dado pela Daiane vai ser dada pela Marina é vai ser dado sempre por uma pessoa individual mas quando as respostas são dadas no coletivos como também
são rearticulados de maneira diferente né o nome da do livro organizado pela Gerusa a história da educação do negro no Brasil inclusive faz parte de uma coleção do MEC exatamente eu acho que ele tá aqui em algum lugar mas eu não vou levantar porque enfim vai dar todo um processo aqui para sair depois voltar a história da educação negro no Brasil né esse é o nome do livro da professora cheiroso e Romão da Santa Catarina e que fez um trabalho muito bonito dessa coleção acho que a educação para todos né que era da secagem sei
lá como é o nome daqueles não vejo Fanta radioativa e tem um debate muito bonito né que a gente consegue fazer quando vai retomando essas agendas aí do modo como se articulou movimento negro na construção né dessas inclusive mediações né E como é que o movimento negro foi fazendo esses saberes chegar na lá na ponta E aí vale muito a pena ver a Fala dessas testemunhas minha gente quando a gente tá perguntando como fazer chegar lá na ponta Qual é a preocupação do Edson lá com a comunicação era comunicação para Universidade não né então vamos
dar uma olhada nas testemunhas as testemunhas tem muito para dizer para nós né a própria Sueli disse que essas testemunhas são gigantes nas costas das quais ela sobe para poder enunciar a elaboração e a proposta do cuidar de si que aparece no final da tarde então vamos lá dar uma olhada no que que essa galera tá dizendo são relatos narrativas a vida da ação da luta dessas pessoas o meu Predileto por razões óbvias da Saudosa querida Fátima Oliveira inclusive Foi por conta dela que foi fazer bioética porque ela era uma Biotipo é só física eu
não seria professor da sua universidade leva ela inclusive tá onde eu tô hoje porque ela que sustentou aquilo que eu penso assim então e é isso tem que olhar como é que ela tava lá conversando com as mulheres estavam tentando desistir de atenção básica porque os ginecologistas tratavam mal ela tava lá conversando com a dona de casa com a mulher grávida com a trabalhadora doméstica que às vezes ele tem que saber como é que eu vou fazer um pré-natal sendo que eu tenho eu trabalho 10 horas por dia e ela tava tentando pensar se tratar
com essas mulheres falando com elas não falando com a linguagem né Que história da educação do negro e outras histórias Exatamente isso vai brigar Valeu demais né então acho que esse é um ponto interessante você tá esperando o racismo na escola é um livro que foi organizado se eu não me engano pelo KD é um outro né Isso foi organizado pela professora Romana maravilhosa é de uma coleção que o Mac Inclusive a secadir era secad ainda né quando a gente começou é pouco depois das 639 e o Mc lança a partir ali do pessoal da
secar de uma coleção de livros mas ficou muito restrito a quem procurou porque ele não tava à venda em livrarias no mercado ele era distribuído e acabou e a tiragem era tão grande acabou ficando muito restrito a quem procurava o MEC nessa época a quem procurava essa casa nessa época mas eu acho que na estante virtual que tem muito sebo É possível conseguir encontrar esse livro sim Acho que sim Professor o Anderson falou como começou bem hein como começou bem essa nossa esse nosso novo formato que maravilha obrigada obrigada e me emocionou muito trazendo alguns
elementos aqui que às vezes na correria a gente vai deixando passar e a Fátima Oliveira a gente tá se comprometendo com o pessoal a trazer um diálogo específico sobre ela aqui no canal você já tá convidado viu Você já está convidado para estar conosco no diálogo específico sobre a Fátima vale muito a pena mas é isso A médium dizendo quando definir o próximo livro para a gente avisar com antecedência para quem puder ler antes vamos nos organizando Mary vamos nos organizando Professor Anderson você quer colocar mais alguma coisa não queria agradecer né Inclusive a receptividade
das pessoas que estão aqui acompanhando eu acho que espero que esse tenha sido um convite que funcione como convite que a gente tem interesse e sobretudo não é de pensar nessas estratégias ao mesmo tempo que a gente tá falando dos conteúdos e estratégias como por exemplo vamos você não tem tempo para sentar porque a gente sabe como é que a rotina do Povo preto o povo negro brasileiro não é brincadeira mas o que acontece a gente conseguir sei lá cada dia ouvir ali durante uma hora que tá no ônibus ou no carro é que o
que eu faço por exemplo ouvir uma parte do livro pior em hora daqui a pouco só acaba né E a gente vai poder de repente encontrar um momento dos grupos para poder discutir né ou pensar nessas leituras que volte essa ideia do clube de leitura dos encontros nos grupos né que durante muito tempo criou vínculos nos movimentos negros porque foi muito importante para nos formar e gente não vamos apostar as nossas fichas todas na universidade ela continua racista certo o fato de que tem ali uma parte de pessoas que tem o seu produto pelas costas
não foi suficiente para desconstruir o racismo inclusive as pessoas que estão ali ainda sofrem muito do racismo dessa mesma instituição e portanto não vamos achar só porque a universidade agora tem cotas porque ela virou Paraíso racial porque não virou a gente pode até perder nesse processo Exatamente exatamente e que a gente possa não é de novo sempre ter esse compromisso não pensar essa ida para academia como um compromisso não apenas individual com nosso próprio nosso próprio crescimento na nossa própria formação mas sempre gente coletivo e talvez uma das coisas mais violentas né que o racismo
passa com a gente é tentar nos isolar fazer pensar que a gente não possa se organizar no coletivo Esse é um Desafio importante Essa é uma das mensagens do livro Essa é uma das mensagens das testemunhas eu acho que é aí que a gente pode se fortalecer e escolhendo inclusive outros debates em diante só uma notícia né porque eu recebi também saiu agora pela mesma a não é um livro foi organizado pelo muriatan Barbosa né com os textos do guerreiro Ramos Tem aí outras coisas para ler que é uma geração anterior da Sueli mas tem
muita coisa gente tem muita coisa muita coisa muita coisa só a gente procurando por aí para as nossas produzirem esse material temos sim que valorizar sabemos o esforço que é não é fácil não é tranquilo na universidade não é tranquilo você ter um orientador um orientador aqui aceite bancar aquilo que você quer trazer e que você quer trazer quer da sua bagagem da sua história é da sua herança e você às vezes não consegue orientador orientadora para isso então perguntando o nome do livro de novo a gente está escrito aí no chat logo atrás é
a história da educação Negra não história da educação do negro de outras histórias história da educação do negro e outras histórias organizado pela professora geluzzi Romão da roda e um pouquinho chat que vocês vão encontrar escrito PDF dele viu Tem PDF dele na rede porque o MEC produziu de cada um desses livros tanto do superando o racismo na escola que tá aqui no chat como também do história da educação do negro e outros histórias e é uma coleção linda viu gente tem outros outros livros vocês podem procurar essa coleção né que chama educação para todos
que tá no site do mec ainda hoje né comercial né E portugal.br vai encontrar lá no Mac para vocês baixarem É verdade vai encontrar na coleção educação para todos sim vocês encontram lá no Mac É verdade o Alex bouri tá perguntando essa coluna especificamente apresentada pelo professor Luan ou outra pessoa pode apresentar o livro potente para o movimento negro Ô meu irmãos é Tatiana a coluna do professor o Anderson falou será sempre na última quarta-feira do mês mas ele não vai trabalhar só com livro Só só com esse novo formato não o antigo formato também
se mantém Mas você vê que eu já tenho aí Alex imaginando se propondo a trazer um livro A gente já vai pensar a data com ele vocês que estão aí acompanhando tem algum livro que vocês queiram trazer também aqui no canal Vamos pensar a data vamos organizar e vamos potencializar ainda mais esse nosso espaço Karina Que bom que você tá o Anderson forte abraço e é isso gente nós estamos Encerrando por hoje pessoal perguntando se pode sugerir livros sugerir você pode sugerir eu não sei se eu vou ter alguém que olha o que vai dizer
hora nesse momento eu posso vou fazer mas você pode sugerir sem sombra de dúvida a Raquel Monteiro dizendo a ideia do clube do livro é muito boa vamos construir vou pensar a respeito Raquel vou conversar com algumas pessoas e vou compartilhando a ideia aqui com vocês para encerrar só para lembrar que hoje ontem e hoje amanhã eleição na Universidade Federal do Rio de Janeiro estamos em campanha pela chapa 20 rede desenhando a Universidade Federal do Rio de Janeiro democracia autonomia e diversidade Professor Pereira professora Kátia Walter 103 anos da Universidade Federal do Rio de Janeiro
temos uma chapa Negra lá se colocando não consumir mas para redesenhar para repensar a Universidade Federal do Rio de Janeiro tá no Rio conhece alguém na Universidade Federal do Rio de Janeiro eles são até amanhã vamos incentivar o pessoal a votar e vamos seguir na campanha pela chapa 20 compartilhando aí com vocês muito obrigada Professor o Anderson muito obrigada Marina niambi muito obrigada a cada um a cada uma de vocês astronautas cuidem-se muito bem eu já compartilhei com vocês a pauta de amanhã e vou compartilhar mais uma vez é o pessoal do grupo Fala lá
da USP eles têm um trabalho sobre trajes negros memória religiosidade brasileira e vão apresentar um pouco dessa pesquisa para nós amanhã às 19:30 já deixa seu like já aciona o lembrete estou esperando e contando com vocês curte muito bem nos encontramos amanhã às 19:30 [Música]