Por que Sócrates e Platão foram importantes? - Aula de filosofia com Franklin Leopoldo e Silva

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Casa do Saber
Em mais uma aula dos arquivos da Casa do Saber, o professor e filósofo Franklin Leopoldo e Silva ana...
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a aula que você vai ver a seguir é parte de um curso da casa do Saber mais plataforma Educacional com mais de mil horas de conteúdos desenvolvidos pelos melhores professores do país quer conhecer então clique no link que está abaixo do título desse vídeo assim agora e tem acesso a outras aulas desse curso e também é um mundo de conhecimento bem no tema da nossa conversa de hoje é Sócrates e Platão portanto dois autores que estão no início da filosofia não propriamente no início do pensamento ocidental mas no início da filosofia tal como nós a
conhecemos Ou seja a filosofia ocidental que se constituiu através de Sócrates e logo em seguida de seu discípulo mais direto que foi Platão ela marcou as diretrizes que seguramente até hoje o pensamento filosófico ainda segue e portanto é possível que nós venhamos a reconhecer naquilo que eu disser aqui é um esquema na verdade muito simples a respeito do pensamento de Sócrates Platão é possível que nós reconhecemos aí alguns problemas algumas questões e algumas linhas de interrogação que até hoje constituem balizas do pensamento filosófico Sócrates pelo qual nós temos que começar é na verdade é uma
figura emblemática ele tem um significado muito forte na história da filosofia e esse significado pode ser resumido no simples fato de que ele é uma espécie de patrono da história da filosofia aquele a quem todos os filósofos se referem e alguns mesmos chegam a venerado isso é interessante e não é talvez muito fácil de compreender por duas razões em primeiro lugar ele não é o primeiro filósofo seguramente nós temos antes de Sócrates pelo menos dois séculos de especulação filosófica é muito rica muito fértil e no entanto Sócrates que aparece já no período em que esse
pensamento anterior a ele já está consolidado já constituiu suas linhas mestras ele aparece propõe uma mudança radical na maneira de fazer filosofia e acaba aparecendo na história como aquele que nós reconhecemos como o primeiro filósofo embora como eu disse ele não seja de fato essa significação ela tem também uma outra faceta muito interessante e que é a seguinte Sócrates apesar de ser tão homenageado no decorrer da história da filosofia como seu patrono provavelmente Muito provavelmente ele não se reconheceria na filosofia que veio depois dele ou seja o que nós temos como a filosofia no ocidente
a partir de Platão e cada vez acentuando mais esse caráter sistemático que já existia com Platão são grandes edifícios grandes monumentos conceituais é muito sistematizados muito bem construídos muito bem alicerçados e como que constantes homenagens que se vai prestando a razão e muitas vezes a razão dogmática exatamente aquela racionalidade contrária a que Sócrates praticava porque ele praticava algo que nós podemos chamar de uma racionalidade interrogante ou seja ele era um questionador ele fazia perguntas a si próprio e aos outros e a filosofia para ele consistia basicamente nisso em interrogar e em caminhar a si próprio
e o interlocutor para respostas mas que tinham que ser obtidas com uma dose muito grande de depois de uma dose muito grande de dúvida e depois de uma dificuldade muito grande na caminhada e portanto ele seria talvez o último a reconhecer-se em afirmações em Sistemas em construções muito positivas né como aquelas que acabou acabaram acontecendo na filosofia depois dele ainda assim podemos dizer que poucos e talvez seja essa razão de ele ser tão venerado na história da filosofia poucos encararam a filosofia com tanta austeridade nós podemos dizer inclusive que a filosofia para Sócrates era uma
missão e o pensamento racional era visto como um dever seguramente por isso é que ele conseguiu fazer convergir numa tradição que depois dele veio a se consolidar e chega quase Até nós esse caráter de sacralidade da filosofia essa missão inerente ao pensamento e ao esclarecimento Ou seja a emancipação intelectual e ética do ser humano portanto uma missão e uma missão Sagrada e de outro lado um dever um dever que consiste em cumprir essa missão única e exclusivamente pela razão pelo pensamento emancipado sem qualquer recurso a dogmas religiosos a crenças míticas e principalmente a imposições alheias
que venham a contaminar a hegemonia da razão e essa sua independência que repito ele considerava o dever do filósofo E se nós vamos a história aos episódios conhecidos da história de Sócrates nós encontramos em primeiro lugar essa sacralidade da missão é na maneira como ele próprio relatava ele havia recebido a missão da interrogação filosófica do Deus Apolo que no tempo de Delfos havia uma inscrição molecular que consistia no seguinte conhece-te a ti mesmo esse conhece-te a ti mesmo a gente pode entender como sendo o emblema da filosofia de Sócrates a divisa que orientou todo o
seu pensamento nós podemos inclusive e vamos ter oportunidade de verificar isso que toda sua vida foi pautada por esse Mandamento o mandamento Laico se assim podemos dizer né E também a sua morte Ele viveu e morreu para cumprir essa missão ao mesmo tempo Sagrada e racional que é a missão de esclarecer de emancipar a si próprio e aos outros por via de um questionamento das certezas por via de um questionamento da erudição tradicional por via de um questionamento do Saber adquirido e principalmente por via das opiniões que todos tão facilmente vão consolidando em si e
então um certo acabou-se né de prejuízos ou de preconceitos né que ele tratava de dissipar ele se esforçava por discipar então se nós quisermos definir o estilo socrático da filosofia ou o estilo socrático do filosofar Porque devemos ter muita clareza nessa questão da atividade da atividade que definia a filosofia para Sócrates se nós quisermos entender bem isso nós temos que nos referir a dois termos que são na verdade duas normas de Conduta para Sócrates e ele certamente pretendia que fosse para o filósofo O primeiro é o antidogmatismo o segundo é a interrogação daí sai um
significado de outra famosa frase que ele também costumava segundo Platão nós só sabemos do que Sócrates falou por intermédio de Platão uma vez que ele não chegou a escrever nada nós vamos inclusive verificar porque ele não ele tinha um certo Um Certo recuo diante da escrita né da fixação do pensamento mas já essa essa atividade esse movimento de pensar não é que caracteriza a filosofia já antecipa né esse significado vivo não é da Filosofia mas justamente essa interrogação disse dos outros estava baseada numa outra frase dele que ficou famosa só sei é que nada sei
essa frase só sei que nada sei de tanto repetida tantos séculos ela soa um tanto banal né de modo que não custa nós repetimos um pouco do seu significado Apesar de que ele é óbvio é esse saber que nada sei significa que aquele que o tem sabe que tudo está por saber e Sócrates entendia que o primeiro requisito da filosofia o primeiro requisito da Constituição do saber é exatamente este não propriamente saber mas saber que tudo está por saber quer dizer tudo está por ser apreendido unicamente é pela razão para isso então é preciso que
essa ignorância né ela seja ao mesmo tempo essa disposição a frase só sei que nada sei tem esses dois lados é uma ignorância seguramente mas também é uma disposição é uma abertura da alma mas de uma alma que tem que estar despojada despojada de que em primeiro lugar das certezas aparentes a qual Todos devem renunciar Ou seja a primeira coisa que Sócrates pretendia que o seu interlocutor fizesse e quando nós vemos os diálogos de Platão e que Platão reproduz essa atividade de Sócrates nós vemos que não era tarefa fácil e que nem mesmo ele com
toda sua habilidade conseguiu todas as vezes que isso acontecesse ou seja gostaria que o seu interlocutor renunciasse a todas as certezas aparentes e isso é que significa o despojamento da alma é esvaziar-se desses preconceitos E abrir-se então para a verdade em vias de ser constituída para um saber a ser constituído de forma partilhada né de forma interrogante né nunca é dogmaticamente essa ignorância consiste também na outra coisa em fazer-se ignorante isso significa em criticar todos os preconceitos e todos saber adquirido este saber adquirido consiste principalmente de dois aspectos em primeiro lugar aquilo que a tradição
levou ao indivíduo pela educação pelos seus ancestrais pela religião pelas crenças é por tudo aquilo que a cidade acumulou e que o indivíduo partilha então com os seus com cidadãos a cultura enfim consolidada ao longo de muito tempo né E que o indivíduo tende a receber de forma um tanto quanto é passiva Esse é o primeiro ponto o segundo ponto as opiniões que cada um vai formando em si mesmo no contato com essas crenças no entendimento melhor ou pior de todas essas crenças de toda essa tradição no convívio eu convivo com os outros com a
cidade com a política com todos os aspectos da vida social e aí então até para que o indivíduo adquira uma certa segurança na sua conduta cotidiana forma-se um sistema de opiniões que funciona então com uma crosta que Sócrates considerava um bloqueio um bloqueio para que o verdadeiro saber a verdade mesmo né tal como ele é a concebia pudesse então penetrar na alma do indivíduo né e naturalmente para que isso pudesse acontecer haveria aqui desbloquear né haveria que tentar furar essa camada de opiniões de saber tradicional adquirido e dessa forma então é disposto o indivíduo né
torná-lo disposto né já que ninguém está pré disposto por si mesmo né a algo como um método né Que deve tornar o indivíduo disposto a verdade né a recebê-la a conviver com ela e principalmente a procurá-la nessa forma que o Sócrates propunha né partilhada quer dizer a dois a dois ou mais né porque era essa maneira que ele tinha de exercer a sua atividade né Sempre encontrando pessoas interrogando-as incomodando-as sobretudo né e Através disso tentando levá-las a um caminho partilhado que ele acreditava que fosse o único método correto é para se chegar a verdade uma
procura uma busca né que na verdade para o Sócrates a gente pode dizer seguramente que valia mais pela busca em si mesma pela partilha pela interrupção né pela procura intensa na verdade do que propriamente pelos resultados que eventualmente pudessem vir a ser obtidos é por isso que quando nós lemos os primeiros diálogos de Platão é que são o que tudo indica aqueles em que Platão reproduzia melhor atitude do seu mestre nós ficamos um pouco decepcionados porque muitos desses diálogos são conversas são uma certa Progressão de interrogação que não chega propriamente é uma solução não chega
um desfecho Ou seja é Sócrates através das perguntas através dessa tentativa de dispor o outro para verdade o que ele faz ele mostra na tentativa de desbloquear a alma do interlocutor ele mostra as aporias quer dizer as dificuldades os obstáculos em que o próprio interruptor vai ser enredo e ele vai se enredando mais nessas apolias nessas dificuldades quanto mais segurança ele demonstra nas respostas que lhe dá Sócrates não é o que irritava sobre a maneira os interruptores do Sócrates e Platão no diálogo faz por vezes alguns dizerem isso de maneira muito explícita né é que
todo mundo começa com uma grande segurança que Sócrates faz perguntas simples em geral aqueles indivíduos que se supõe dotados de um poder de definir aquilo que quiser perguntar né se ele quer saber por exemplo que a coragem Ele pergunta a um militar se ele quer saber o que é a política Ele pergunta um político Ele quer saber o que é a piedade Ele pergunta a um sacerdote se ele quer saber o que é a justiça ele pergunta um magistrado da cidade e eles respondem com aquela prontidão né que é de se esperar de quem se
acha completamente incluído né do seu das razões do seu ofício e Sócrates então conduzindo a interrogação mostra que na verdade quanto mais ele responde mais dificuldades ele cria para si mesmo no sentido de chegar a uma possível definição Clara geral e portanto absolutamente verdadeira daquilo mesmo que ele julgava saber tão bem até que no momento o interlocutor vai perdendo a força e passa então a inverter o processo Passa então a tentar delegar a Sócrates esta definição esse juízo acerca do assunto que ele não consegue emitir e ele vai percebendo que ele não consegue emitir e
Sócrates não o faz o antidogmatismo de Sócrates é levado ao extremo então nesses casos o que acontece no diálogo constitui-se essas dificuldades essas adorias e o diálogo para para na constatação da dificuldade o que nos dá a entender que talvez nem o próprio Platão provavelmente é teria talvez entendido isso em todo seu alcance o que interessava mais ao Sócrates era justamente tornar a alma do outro despojada para procurar a verdade no outro patamar ou seja levar o outro a ver que ali onde ele estava procurando a verdade e onde ele julgava tê-la encontrado já era
justamente onde ela não estava e o Sócrates é o fundador de um certo estilo de filosofia porque foi exatamente isso que aconteceu depois com Platão com Aristóteles e na verdade com toda a filosofia ocidental pelo menos até meados do século XIX para dar uma referência não muito precisa essa mudança de plano ou seja esse entendimento de que o pensamento filosófico exige que você mude o plano do seu raciocínio Você deixa um certo terreno onde você julgava ter encontrado algum saber alguma verdade e passe a procurar isso no outro lugar se você vai encontrar ou não
é outro problema mas você tem que mudar o estilo de pensar quer dizer mudar o plano em que exerce o seu pensamento e parece então que o Sócrates se contentava por assim dizer quando ele percebia que havia colocado o seu interruptor No Limiar desse novo terreno do Limiar dessa nova forma de pensar que deveria ser também seguramente uma nova forma de se conduzir nós vamos depois beijar como uma coisa é leva a outra mas em termos um pouco mais teóricos O que é que Sócrates estava na verdade exigindo do seu interlocutor que ele percebesse que
estava se movendo e estava constituindo um pretenso saber do plano da multiplicidade das coisas quer dizer no plano da pluralidade das opiniões e que tudo que ele podia responder na verdade as perguntas que vieram feitas constituíam-se de exemplos e não propriamente de definições ou de afirmações de caráter geral né e o que o sócrate fazia então há um exemplo ele contrapõe a outro que infirmava o primeiro não é Então nós pegamos por exemplo no lark som diálogo da Juventude de Platão em que Sócrates quer saber o que é a O que é a coragem Pergunta
lá um general famoso em Atenas é o que a coragem e o general responde da maneira mais tranquila possível que o general consiga a coragem consiste em remeter contra o inimigo para vencer a batalha e aí só que ele diz mas não me falha a memória há uma estátua perto de um tempo que existe ali de um general que numa certa batalha algum tempo atrás recuou suas tropas reagrupou-as deu nova investida E aí então ganhou a batalha ou seja ele recuou Então nesse momento ele foi ou não foi corajoso e já começava a balançar um
pouco a certeza do outro que que Sócrates queria demonstrar com isso se você não pode basear-se num exemplo numa opinião numa atitude particular qualquer que ela seja para buscar uma definição verdadeira daquilo que você é está procurando e Qualquer que seja o exemplo Qualquer que seja a opinião pelo próprio fundamento em que ela se sustenta que é a particularidade né aquela a singularidade que só vale ali talvez naquele momento naquele lugar naquela circunstância por causa disso ela nunca vai poder também transpor esses limites Olha ela nunca vai poder passar Então dessa generalidade ou melhor dessa
particularidade para o caráter geral que segundo Sócrates a verdade deveria ter essa insistência dele em passar da pluralidade variada da multiplicidade da diversidade para uma um outro plano em que você pode encontrar uma unidade que dê conta que fundamente todos aqueles exemplos singulares que vem a cabeça da gente é essa estratégia foi depois chamada de definição nós já usamos essa palavra aqui algumas vezes porque é disso mesmo que se trata definição o Aristóteles foi o primeiro a dizer isso do Sócrates ele disse o mérito de Sócrates é que ele buscava a definição talvez de uma
certa maneira mas nós podemos percorrer todos os diálogos da Juventude de Platão em que ele era o porta-voz de Sócrates nós acharemos uma ocasião sequer em que o Sócrates defina alguma coisa a quem quer que seja o filósofo da definição nunca definiu Nada porque na verdade não era o seu objetivo definir o objetivo era mostrar ao outro como chegar a um tipo de pensamento é um estilo de raciocínio que o levasse por si mesmo a essa definição né então É extraordinário que no início do estilo ocidental de pensamento isso é algo que está por trás
da tradição que torna só quer dizer o patrono da filosofia é esse essa partilha essa interrogação a dois essa procura comum da Verdade Nunca tenha sido feita em nome da Condução do outro quer dizer da imposição de alguma opinião de uma definição ou seja de muita dificuldades que o outro estava manifestando Sócrates seguramente poderia definir a coragem a piedade Seja lá o que for é num patamar de generalidade e fazer com que o outro entendesse que era ali sim que estava uma definição inquestionável na verdade questionável jamais o fez não era o seu propósito então
dar lições né E essa a razão pela qual é ele nunca quis escrever e não sobrou dele a não ser umas poucas linhas são uns versinhos de um hino que ele queria ensaiado compor no momento qualquer fora isso nós não temos dele nenhum texto né e Platão nos diz porque porque ele mesmo às vezes em estado né a Anotar os seus pensamentos dizia né é a letra mata a letra interrompe inevitavelmente o movimento vivo do pensamento quando você pergunta alguma coisa a um livro ele não te responde quando você Questiona um texto ele não te
responde é por isso que a Filosofia consiste nisso em duas pessoas se perguntando e se respondendo aí sim você tem um movimento vivo de ideias como é que ele faz para que esse para que essa atitude transforme-se em método ele era irmão Sócrates era uma personagem por muitos traços pitoresca né então quando alguém perguntava afinal de contas o que ele queria com aquilo com aquela atitude dele de interrogar as pessoas de fazer elas chegar algum lugar mas sem facilitar o caminho ele contava uma história que tem a ver com a palavra grega mas que significa
dar a luz parto mesmo né E ele dizia que todo mundo sabia em Atenas que a mãe dele era Parteira né ele dizia herdei de minha mãe esse Ofício só que no meu caso são ideias que eu tento trazer a luz no caso da minha mãe eram crianças no meu caso são ideias que eu tento trazer à luz então o que é que na verdade ele tem que fazer exatamente aquilo que faz a Parteira ou seja não conduzir propriamente no sentido de tomar o controle do processo mas ajudar auxiliar propiciar meios para que aquilo que
já vive dentro do indivíduo venha a luz ou seja aquela ideia que já vive dentro do indivíduo nós vamos ver porque que isso pode ser dito dessa forma é saia dele ele mesmo sozinho talvez não tivesse ocasião de perceber isso e de fazer vir a luz essa verdade mas ajudado por outro e é por isso que só tem isso como sendo um método de filosofar Ou seja a progressão das interrogações esse método leva então o indivíduo a acordar dentro dele aquilo que ele já lá tem a verdade e a partir daí então é fazê-la vir
à luz e assim a que se constitui o Saber Ou assim é que um saber pode se constituir porque a preocupação de Sócrates nunca foi com uma constituição sistemática do saber apenas com a maneira pela qual eu chego a verdade como é que eu vou encadeada como é que eu vou sistematizá-la acerca disso parece que ele nunca se pronunciou né já será então obra de Platão e dos fósforos essa sistematização maior que depois passou a ser característica é da filosofia Então como que se dá essa constituição desse saber se dá pelo abandono da variabilidade se
dá pelo abandono dessa pluralidade indefinida que constitui a nossa experiência mais imediata né e uma certa ascensão se assim podemos dizer a um outro plano né em que essa variabilidade essa indefinição né vai ser substituída por uma unidade em que a coisa poderá ser então definida o assunto ao qual estou me dedicando poderá ser definida e era isso que Sócrates fazia muito simplesmente tentar fazer com que os indivíduos passassem da multiplicidade das opiniões a unidade da Verdade olha o que é que isso tem de tão perigoso E aí nós chegamos a um ponto que é
bastante delicado na história da filosofia né porque Sócrates é patrono da Filosofia também porque ele foi teria sido seu primeiro marketing na verdade não foi já outros mesmo em Atenas pelo menos houve anteriormente ao Sócrates mas um caso de um indivíduo um sofista que teria também parece que irritado por tal forma os atenienses que eram pessoas de grande senso prático né E tinha acabado sendo morto por isso mas o caso do Sócrates ficou muito simbólico e apesar dessa palavra Marte martírio ter uma ressonância Cristã né na verdade ele é considerado né embora da filosofia pagã
uma espécie de Marte da filosofia porque teria sido aquele que primeiro morreu por ela agora Em que circunstâncias isso aconteceu isso que eu digo que é um ponto delicado da história da filosofia porque por tudo isso que nós já falamos aqui essa atitude moral e intelectual do Sócrates algo que nele era absolutamente indiscernível quer dizer o indivíduo que encontrar a unidade objetiva da Verdade encontrar também a unidade de si mesmo a unidade moral né então é indiscernível o saber e o conduzisse moralmente são das coisas indiscerníveis ele sempre dizia segundo Platão só se peca Por
ignorância pecar aí é um termo traduzido não é na verdade o que ele quer dizer era errar moralmente né quando o indivíduo erra inclusive moralmente ele faz Por ignorância é impossível saber e não se conduzir pela Certeza quer dizer é impossível saber a verdade e não se conduzir pelo bem isso que ele queria dizer porque as duas coisas estão sempre juntas Mas querendo então fazer com que essa verdade esse bem se situasse em um plano unitário num plano acima dessa multiplicidade meio caótica da experiência imediata das opiniões que circulavam é ele se colocou de alguma
forma contra a cidade Esse é o ponto né e o Sócrates ele exercia o seu ofício com uma tal intransigência Porque isso vinha da missão recebida do Deus e para ele era uma coisa Sagrada que até o final do seu julgamento ele contou essa isto que estava posto pelos juízes pelos seus juízes ele estava exercendo uma atividade contra a cidade e ele dizia e disse afirmou até o fim até um pouco pretensiosamente talvez a cidade não tem maior bem do que eu mesmo essa cidade Nunca possuiu algo mais valioso do que eu mesmo porque a
missão que eu tenho que eu tento desenvolver né ela dá a mim um caráter precioso para a cidade que no entanto não tá sendo considerado porque há razões para isso também Sócrates se colocou contra a cidade porque ele entrou em contradição com a organização social e política numa palavra ele entrou em contradição com a democracia ateniense o que era democracia ateniense se não a pluralidade das opiniões dos cidadãos a prioridade pesada confrontada em assembleia e a partir daí então jogava-se o destino da cidade desse dia se a partir da da discussão e das opiniões vencedores
do debate por votação dos cidadãos em Assembleia a aquilo que iria ser feito a política a ser implementada portanto todos os cidadãos não vou entrar aqui naquilo que você já devem ter ouvido muito falada da caráter restrito da democracia ateniense né na verdade exercida por poucos porque poucos tinham a condição de cidadãos né escravos mulheres crianças estrangeiros e muitos outros outras pessoas de outras condições não tinham nada a ver com política mas o cidadão exerciam em isonomia quer dizer igualdade de condições o poder como exerciam como é que se dava essa igualdade essa isonomia justamente
porque nenhum dentre eles nem nenhum grupo por podia arvorar-se a possuir um saber político que lhe desse o direito de dizer aos outros o que fazer ou então de colocar-se como governante da cidade pela razão do saber e Aristóteles Nós ainda vamos encontrar um Eco dessa dessa convicção democrática muito forte no homem grego quando ele está te diz o seguinte há três definições equivalentes de ser humano animal racional animal que fala e animal político essas três definições se tornam-se no mesmo plano isso significa então que definir o homem como animal político significa que para exercer
a política para fazer a política não é preciso mais nada a não ser ser humano e era essa convicção profunda que guiava a democracia grega e portanto quando se decidia politicamente Assembleia eram as opiniões por menos fundadas que fossem nós iremos hoje objetivamente né era nas opiniões em confronto que guiava o debate e acabavam acabava por prevalecer então implementava-se uma determinada decisão Mas nenhum saber estava por trás disso os gregos antes de Sócrates distinguiam muito bem o que é uma técnica e o que é uma decisão de caráter político por exemplo eu enquanto cidadão que
não sei nada acerca de navegação é decido que a cidade deve construir uma Frota para exportar ou para expandir por exemplo o imperialismo ateniense na época naquela época já começava a se fazer sentir eu e os meus convidados decidimos isso politicamente ninguém quer saber nada a respeito é uma decisão tomada a partir de opinião agora construir navio sim aí sim aí é uma técnica aí vamos para aqueles que melhor sabem construir navios mas que não vão decidir nada vão simplesmente construir os navios a partir de uma decisão política tomada pela assembleia e era contra isso
que o Sócrates imagine por exemplo a situação de um cidadão de Assembleia um cidadão que com justo orgulho do poder que ele tinha isonomia com todos os seus demais né de não ser governado por ninguém Péricles um discurso proferido ocasião cérebro Péricles disse muito bem assim os gregos não são súditos e neles não há herói entre eles não é heróis como a gente antigamente heróis da mitologia o Semideus Os Príncipes acima dos demais Não Ninguém está dos demais todos cumprem a sua função olha imagine então um cidadão vindo pela rua e o Sócrates estão para
eles bom ontem houve uma assembleia e houve uma decisão política então você que participou disso me diga o que é a política e esse indivíduo então naturalmente tinha uma resposta mas que logo tal como General né era levada a aquelas consequências que nós já vimos bom é o que o se começou então a perceber e nós podemos dizer sem nenhuma sem nenhuma desonra para o Sócrates com certa razão começou-se a perceber com certa razão Sócrates estava trabalhando contra a democracia ateniense porque ele estava dizendo que a política é um saber Assim como tudo a política
é uma técnica a justiça Depende de um saber e portanto é aquele que sabe que tem que exercê-la e Sócrates na sua ironia proverbial deixava as pessoas embaraçadas uma certa ocasião ele perguntou o seguinte você aceitaria que o piloto do navio foi sorteado entre os passageiros Não claro que não mas os magistrados que exercem o poder por um ano em Atenas são sorteados entre o cidadãos então é menos importante dirigir a cidade do que levar esse navio daqui até a ilha de Belos por exemplo que logo ali pertinho será que isso é dirigida a cidade
governar a cidade é menos importante que isso deixava as pessoas embaraçadas então quando se diz que a condenação de Sócrates foi política de fato ela foi ela foi uma condenação política mas devemos entender a nesse sentido a cidade condenou Sócrates para se preservar e ele viveu e morreu também pela mesma razão porque ele achava que a instabilidade das opiniões a multiplicidade das crenças e o caráter aleatório do Saber constituído o do pretendo saber constituído não poderiam levar a nada e muito menos levar a cidade e a prosperidade O que poderia sim levar a cidade é
um bom destino seria justamente essa garantia de saber que só poderia ser obtida num plano em que a alma se desligasse intelectualmente moralmente dessa prioridade sensível de coisas particulares que levasse acima da disso e vier então a saber a saber o que é a política o que é a justiça e a partir daí então tudo isso se refletisse na conduta e na prática dos cidadãos na prática do governo né coisa portanto completamente contrária ao que era praticado em Atenas e vejam que quando o Sócrates morreu em 399 é Platão tinha 29 anos e a morte
de Sócrates causou um impacto muito violento nele e em outros jovens seguidores e Sócrates que ele já tinha muitos aí por essa época que tipo de impacto eles julgaram perceber ali a fragilidade da democracia e Platão empenhará toda sua vida e toda a sua doutrina em mostrar que a democracia não é um regime adequado agora Vejam o impacto que isso causou naqueles que a exemplo de Sócrates queriam se dedicar a filosofia a morte de Sócrates apresentou-se para eles para Platão e para os outros com uma contradição entre a cidade e a verdade ou se vocês
quiserem entre a política e a verdade de tal forma que o que que isso causou um afastamento de Platão da política um afastamento de Aristóteles da política e a partir daí algo configurou a filosofia como é uma necessidade ao configurou na filosofia melhor dizendo uma necessidade de afastar-se da prática mesmo que seja para depois recuperá-lo reencontrá-la criticamente mas o primeiro ponto que Platão percebeu naquela situação em que a cidade havia não só rejeitado como havia decretado a morte né do filósofo quer dizer daquele que queria levar os a verdade foi essa contradição a cidade e
a filosofia a cidade e a verdade o poder e a filosofia o poder e a verdade e por isso para tão cedo se desiludiu da política ele era de família rica o que já queria dizer que a democracia ateniense não estava tão perfeita assim que as famílias ricas tinham mais chance de de fazer carreira de magistratura Mas enfim mais do que isso ele presenciou de perto na sua adolescência o que é que significa o poder da ambição e a facção porque dois de seus tios participaram de uma revolta da aristocracia tomar um poder Durante algum
tempo em Atenas e governaram de forma Deveras truculenta para dizer o mínimo né e Platão assistiu a tudo isso então vendo a fragilidade da democracia não só no episódio de Sócrates mas essa decadência derivada das facções das ambições pessoais e de grupos que iam então quebrando essa isonomia né é que consistia apenas na no dizer e não ouvir autenticamente o outro e a partir daí então decidir não havia já nessa época muitos interesses em jogo além do debate sincero não é se é que alguma vez isso teria ocorrido então o significado da morte de Sócrates
entra nesse significado da relação mestre discípulo né que Platão tem com ele dessa maneira configurando um novo lugar para a filosofia e o Platão ao escrever um de seus primeiros diálogos que é o relato do julgamento de Sócrates chama-se Apologia de Sócrates ali ele faz também o quê ele faz Apologia da filosofia mostrando justamente essa contradição entre o filósofo e a cidade é ele que faz o Sócrates dizer vocês não possuem maior bem do que eu mesmo e os outros respondendo Não você é o introdutor de novos Deuses você é o corruptor da Juventude você
é aquele que de sacraliza as tradições tudo pretexto o verdadeiro crime se é que houve tinha sido aquele que nós mencionamos a pouco colocar em dúvida a democracia mostrar os atenienses que aquilo tudo era muito instável não tinha fundamento e que portanto eles estavam correndo um risco muito grande o que de fato depois se posicionou com as querelas internas e o estacionamento de democracia né a partir de onde da Luta pelo poder que sobreveio com o enriquecimento da própria cidade né o imperialismo colonialismo e tal trouxe muitas riquezas despertou muita ambição e a Democracia Royal
por conta disso ainda assim o que que Platão tem que fazer então ele esse recuo muitos acham que Platão é manifestou aí pouca coragem ele chegou até sair da cidade por uns tempos para deixar as coisas se acalmar um pouco não sei é preferível ver aí algo mais simbólico ou seja Platão não tinha mais condições de andar pela rua parando as pessoas eles perguntando coisas como Só para te fazer então Platão teve que confinar a filosofia e não é por acaso não é e é extremamente simbólico que o lugar em que ele a confirnou o
espaço em que ele confirmou o Jardim a casa chamava-se academia e academia Justamente esse lugar que era um lugar concreto o nome hoje é simbólico né mas no caso de Platão é um lugar mesmo eu um terreno onde ele construiu lá uma casa e lá então ele com os seus companheiros com aqueles que quisessem acompanhado é tentava seguir a tradição de Sócrates né mas vejam bem já confinado já sem aquela liberdade da interrogação livre que o software ainda podia praticar mas ele fez questão de que uma coisa permanecesse o diálogo a forma dialogada como expressão
filosófica e ele é explícito nisso ela é a tentativa de preservar aquilo que Sócrates fazia só que a filosofia confinada a filosofia não mais livre tal como Sócrates exercia eu tenho que escrever mas ainda assim ao escrever eu vou tentar reproduzir a forma viva que é o diálogo Portanto ele não escreve textos como nós estamos habituados a ver né textos sistemáticos ele escreve na forma de diálogo ele é uma forma dramática não é ele presta uma homenagem ao seu mestre Sócrates é sempre a personagem principal Ou pelo menos em quase todos os diálogos é a
personagem principal que Interroga né E tem lá as personagens sempre quase sempre verídicas né reais que Platão coloca nos diálogos em contraposição a Sócrates e ele eu faz Justamente na tentativa de preservar essa forma viva e assim automático que erros de águas são muito vivos no começo quando ele ainda é muito socrático o mundo ainda tá com a memória muito Viva do seu mestre os diálogos são muito vivos de gramaticamente muito bem construídos e da maturidade para frente os diálogos vão ficando mais pesados e parece que a forma é de alguma coisa de artificial tanto
é que nós chegamos no último diálogo considerado o último diálogo chama as leis em que você tem páginas e páginas de Exposição filosófica a título de alguém falando mas é óbvio que ali já é apenas um pretexto para o texto não é teórico propriamente dito o que significa Platão vai se afastando desse paradigma né e a filosofia portanto vai se afastando desse paradigma depois nós sabemos que vai quase desaparecer então agora Platão evidentemente não conserva apenas a forma da expressão ele Conserva o problema de Sócrates havia colocado ele expande o problema E se nós quisermos
aplicar aqui um pouquinho do jargão na filosofia nós podemos dizer que essa ampliação que Platão faz do programa de Sócrates consiste em colocar a questão da oposição entre os ser e o deviz ou entre os ser e o vir a ser o que é que significa o ser é aquilo que é na sua estabilidade é o que só que eles procurava o que é a coragem ela não pode ser uma coisa aqui e outra coisa colar Então se esse General aqui recuou e aquele avançou bom a coragem ou é bem uma coisa bem outra ou
então não é nenhuma das duas tá acima dessa prioridade porque ali o que acontece é as coisas as atitudes humanas estão indevidas quer dizer estão vindo a ser estão mudando simplesmente então elas não constituem o ser na sua firmeza na sustentabilidade e é isso que eu só quero te procurar o que é a coragem como seja o que ela é verdadeiramente e Platão então entende isso a todas as coisas nós vivemos num mundo da Mutação nós vivemos num mundo da instabilidade E isso se reflete o nosso conhecimento na pluralidade das opiniões cada um tem uma
opinião Acerca das coisas onde está a verdade a verdade está no plano do ser na sua Total estabilidade sem mudança portanto não no que vem a ser mas naquilo que é de maneira absoluta não é portanto sem qualquer é transformação isso é Herança da filosofia anterior da Platão chamada pré-socrática e foi expressa essa exigência foi Expressa de maneira paradigmática por um filósofo do século 7 chamado parabéns deixou um fragmento até bastante extenso para tendo visto que nós conservamos deles mas o principal é um enunciado do ser o ser é o não ser não é e
tudo se resume nisso se você acrescenta aí se enunciado ser é qualquer coisa você já está postulando algo além dessa estabilidade absoluta o ser é esta cadeira bom então porque não é esta mesa porque não é isto aquilo é amarelo é verde é pequeno é grande qualquer tipo de atributo que eu possa dar ao ser já o destitui dessa sua qualidade absoluta que é apenas a de ser e portanto quando eu falo da mudança eu falo daquilo que não é e o Platão como todos os gregos era muito impressionados com isso parece que a realidade
é composta de ser e de não ser e nós nunca sabemos bem em que plano estamos né é uma criança é um ser humano pequeno um adulto é um ser humano grande esse adulto portanto se define por aquilo que ele é mas também por aquilo que ele não é a criança se eu a vejo em relação ao adulto ela se define pelo que ela é mas por aquilo que ela ainda não é de maneira que estamos sempre deixando de ser vir a ser alguma coisa deixando de ser vindo a ser e onde fica propriamente os
6 no meio dessa confusão toda né era isso que impressionava os gregos sobretudo Platão e o Sócrates já havia por esses problema embora não nesses termos estão especulativos não é preciso encontrar a verdade que corresponda ao ser ponto final Sem essas transformações Sem essas essa instabilidade toda que nos faz ficar oscilando entre o selo não ser não posso definir as coisas dessa forma ou as defina pelo que elas são não posso definidas pelo que elas não são muito menos pelo misto é isso não é aquilo então precisa encontrar uma maneira de fazer com que essa
problemática de Sócrates atinja um grau especulativo maduro né Para que então ele possa desenvolver desenvolvê-la né até em homenagem ao seu mestre e ele encontrou essa solução é num estilo de filosofar que é mais do que uma doutrina Digamos que ela é a doutrina de todas as doutrinas da filosofia da maioria das filosofias ocidentais com poucas realmente poucas exceções né E por que ela é esse estilo e é a espécie da doutrina de todas as doutrinas porque Platão simplesmente encontrou a solução sim algo que nós chamamos de dualismo ficou com vontade de ver o curso
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