[Música] i e ii [Música] e deu [Música] [Aplausos] [Música] a exigência de fato não é melhor para todo mundo mas também é pior é que em algumas situações que nosso lucro é duro saber se está na gente a quem tem deficiência do descenso está ela a sociedade está nos equipamentos públicos feita pelo cliente que visita na falta de informação e que no primeiro momento há um impacto alguma estranheza né agora o século vii tio achar que vai pegar nojo quando o céu que eu achar que sua eficiência física tem outras complicações e aí tem aquelas
conclusões achar que a doente com touch wood que absurdo ainda as pessoas sentadas após a chega o meu trabalho com os deficientes não é reivindicar reivindicando por eles nem lutando por eles mas é com eles né e essa presença eu acho fundamental e acho importante porque não é só porque não sou deficiente físico que não têm outras deficiências eu nasci em 62 então foi uma época que assim se conhecia muito pouco das doenças neuromusculares né e eu fui diagnosticada como um portadora de distrofia muscular é uma doença que hoje em dia se sabe é que
a forma das formas mais graves que é o tipo do shane só sal acontece em meninos e mas eu tive esse diagnóstico pela desinformação da época né e o médico disse que não havia muita coisa a fazer pra minha mãe que eu teria uma sobrevida curta os médicos da época não tinha o menor jeito de lidar com os pais então quando surge uma criança que de repente as características físicas né a loja tinha antes o conceito de reabilitação é puramente médico la hora que você passava uma cadeira de rodas ou muletas talk da volta quando
já estava reabilitado e não é bem assim porque é uma pessoa que ela fica deficiente a mesma deficiência congênita chega um determinado momento que a pessoa tem um trauma ali porque agora o que fazer né e essa questão psicossocial não era considerar eu tive uma época 1977 por aí eu estava meio em querendo entrar em depressão porque eu tava vendo assim estava muito presa pela família eles não queriam que eu fizesse nada eu ouvia muito assim as coisas do mundo não são pra você [Música] através da convivência ajuda através da propriedade urbana vai ajudar a
abrir 6 a 8 problemas quando eu vi eu tava tão abandonada porque minha família inteira é lógico que se afastou que acontece naquela época de hoje no começo não ia visitar tanto por nasceu em casa o meu ricardo maria amélia cláudia não vou melhorar porque vamos atingir vamos ficar frio não vou nem falar quer dizer quando a família que me apoia com eles havia ainda hoje a maioria das pessoas com deficiência está ou trancada nas próprias casas ou internada em instituições a maioria porque a sociedade ela preferiria por exemplo pagar uma ajuda social para a
pessoa ficar em casa do que dar condições a ela bela se formar profissionalmente trabalhar e gerar riqueza e contribuir com a previdência paga pra você ficar em casa é essa concepção de nossa senhora que a gente está tentando mudar a não mudou totalmente pessoas têm que entender que não tem que normalizar o decente um cego é cego um surdo é surdo o que não andou que amputar deputado então não tem que normalizar o deficiente mas tem que entender que a deficiência dele não pode ser é limitação para a vida dele e aí ouvi muita coisa
assim na época de 1978 você está ocupando o lugar de um pai de família onde está a sua família que não cuida de você que não tinha sustenta outra coisa se você quer já você tá achando que tem obstáculo em degrau se vira nenhum país é suficientemente rico para não aceitar a mão de obra da pessoa deficiente [Música] a mãe de cíntia visual alguma álbum recebeu os laudos pouco na rua pra mim é ainda tece ampliadas não foi alfabetizada para me ajudar [Música] janeiro 73 a gente estava na piscina brincando eu dei um mergulho e
bater o rosto um amigo meu dentro d'água e aí compressor comprimiu as vértebras c6 e c7 e eu tenho também uma de calcificação óssea congênita que é o motivo de eu estar numa cadeira de rodas por muitas fraturas principalmente de fêmur então eu uso a cadeira de rodas desde 90 93 antes eu andava não andava não corria mais a nossa como ela me ligou sério no momento em que muito pouca gente sabia o que era essa deficiência congênita é meus pais não sabiam ninguém sabia e todo mundo ficou muito surpreso e eu cresci num momento
de inovação de um segurança com algumas coisas eu fui andar com quatro anos de idade pela primeira vez com um aparelho ortopédico e da minha adolescência é eu tinha muita dúvida a respeito de que de como seria mesmo uma pessoa com deficiência através de uma cirurgia mal sucedida em setembro de 1976 e foi internada num centro de reabilitação da br em fevereiro de 1977 a história se confunde com a história de dezenas centenas milhares de brasileiros meninos e meninas jovens homens e mulheres brancos e negros que por alguma razão durante a sua vida um nasceram
ou ficaram com algum tipo de deficiência a minha história não é diferente ela se confunde com a história dos demais eu fiquei paraplégico aos 19 anos num acidente de automóvel isso foi em 1984 em 1984 não tinha nada pensado para a questão das pessoas com deficiência nada era nada pessoa com deficiência naquela época não tinha o que fazer para de cabeça ficava quase que praticamente assim marginalizado e aí eu não conseguir cláudia as escolas públicas nem pensar atende à criança deficiente a gente quase na porta da escola ok não têm trocado e não é mais
do mesmo assim as coisas corriam tão devagar existiam tantas barreiras porque não não são só as barreiras físicas as atitude nas são as piores né então a rejeição é grande porque eu vou gastar muito porque como eu vou arrebentar as paredes para fazer um acesso vai ser custoso eu ter um deficiente aqui porque eu vou mudar o banheiro eu nunca estudei numa escola que eu pudesse utilizar o banheiro eu nunca tive um banheiro acessível e assim ficar em casa sem fazer nada eu me senti inútil eu acho que a cidade é construída não pra toda
a população ela é ela é construída para aqueles que têm habilidade em se locomover tanto é que a própria pessoa que projeta participar da construção da cidade ela não pensa quando ela vai ficar idosa que ela não vai poder usar aquilo que ela própria projetor lógico eu não vou dizer pra você a um deficiente é santo não eu sou um ser humano eu amo eu odeio com qualquer um eu sou sempre um ser humano que tem uma deficiência eu não sou melhor nem pior que ninguém [Música] enfim uma vez do programa da hebe ea hebe
que já faleceu uma grande pessoa no brasil e nem de apresentador e ela me perguntou vivo então me sinto no direito de poder falar pra vocês ela fossem célia mas você não anda não é você faz sexo assim ela era desbocada é legal aí eu pensei hleb edis falam aconteceu no ano é verdade a perna não mexe né mas quando faz sexo a primeira coisa que põem de lado nas suas pernas então é fácil b só votar pro lado né então coisas assim que a gente brinca muito mas é porque as pessoas não têm essa
ideia claro que daí você tem que ter alguém que ajude alguém ou por seu parceiro né e dá jeito é fácil fazer [Música] eu nasci em seus braços nas pernas e foi aquele drama todos é o que é que foi o que depois de verificar o que era talidomida eu passei a minha infância a minha mãe foi uma mulher que nem sente o que que assim foi por ela que eu me desenvolvi porque ela acreditou mandou arrancar meus pés porque queria me protegi zara ninguém acreditava aí me colocou dentro de uma instituição eu fiz a
reabilitação toda minha infância estudei tal sair de lá comecei a freqüentar a escola normal aí sim começa você começa a ver como é que o mundo aí começaram os preconceitos aquela coisa não pode ser daqui no seu que aqui não tem acessibilidade mas fui ela sempre né gente sempre brigando e batalhando pra pra que eu me formar se quando eu fui fazer o vestibular na book aconteceu um episódio muito bastante havia 11 um jovem com deficiência não tinha paralisia cerebral e ele não podia escrever não tinha coordenação motora prescrever alfabetizado e tudo mais e claro
tinha feito estudado né estava prestando vestibular ea prova de redação é da se você tirar fizer é você é excluído do do vestibular ele havia conseguido da organização do vestibular que alguém as provas de múltipla escolha é que ele iria qual era alternativa e uma pessoa designada pelo pelos organizadores do exame faria o que cava lá pra ele né a resposta correta quando chegou a prova de redação ele solicitou um monitor que ele pudesse ditar a prova na editar redação tal alguém deve escrever pra eles não não permitiram que outra pessoa escrevesse para ele a
redação ele dizia não mas eu eu vou eu diria que a pessoa escreve não mas aí como é que a gente vai saber se você está escrevendo corretamente a palavra não mas eu sou elétron mas não teve jeito eu ea lia na verdade ficamos inconformados indignados com essa situação porque ele ia perder o vestibular só por conta desse absurdo a conclusão é claro não passou no vestibular é porque sem a redação ele não consegue isso marcou muito a minha questão como minha relação com a questão da decência porque assim antes era um problema eminentemente pessoal
nessa época eu só e quando eu pude conhecer outras pessoas e entender essa situação social mais ampla não é a questão da deficiência tomou uma dimensão coletiva e principalmente político não vivemos um período de redemocratização de muitas discussões e até de mobilização da sociedade essa questão da deficiência começou a despertar muito interesse e na época que começaram até discutir o que fazer não tinha nada praticamente daquela época e só via deficiente nas esquinas da rua ou vendendo louzeiro então pink né porque senão vira praticamente pessoa com deficiência exercendo uma atividade que é trabalho mesmo outra
atividade muito raro e nessa época o que estava acontecendo na no clima político do brasil havia toda uma movimentação com relação à resistência à ditadura tá certo uma série de golfe links e organizando e não só ela foi dita dura mas vários várias minorias sociais estavam se organizando também e aí começamos a questiona a legislação que não tinha nenhuma começamos ter uma atuação bastante grande entramos em contato com o uso da tv globo a gente queria acompanhar de perto como seria como ela ia abraçar essa campanha queremos acompanhar os filmes para que não fosse os
filmes alternativos para passar uma outra visão para eles porque até aquele momento a única coisa que se fala de pessoa com deficiência era o pessoal assim da acb o pessoal a apae de são paulo foi fundada em 1960 na puc de são paulo na rua monte alegre de experiências eu no dia noção de que havia um movimento de sentido mas um dia além do jornal a gazeta eu me lá é com órgãos de pais de crianças retardadas tais era simples e dizia para ele porque são paulo a manter lego star wars assim a citar o
dia a reunir se com outros pais formaram uma associação como existe no rio de janeiro e aí começa a achar bem começamos fazer reuniões e com isso surgiu a idéia então de formarmos apae que logo tivemos muito apoio da sociedade ecológica amigos das pessoas com deficiência da br e esse foi um trabalho bastante interessante e me deu oportunidade de primeiro fazer alguma coisa além de estar nisso fazendo o processo de reabilitação é de conhecer muito mais pessoas e conhecer principalmente aqueles que já estavam com deficiência mais tempo e que já estava inclusive fora do centro
de reabilitação vivendo vidas extramuros que o que naquela ocasião parecia impossível foi uma experiência muito interessante e ao mesmo tempo vi nascer a primeira grande associação fora da dos seus reabilitação foi justamente a associação dos deficientes físicos do do rio de janeiro eu falei que quer saber eu vou atrás dos meus direitos e aí fui bater um anúncio no jornal isso tudo ligando o jornal bush chorando com tanta história e mandando documentação que comprovava tudo olha de graça foi de graça porque eu não tenho como pagar e daí outras pessoas também que estavam na mesma
situação da talidomida não me procurou e aí bom vamos brigar então vamos brigar fomos atrás do senador na época e sentamos e aí depois vai daqui pressiona de lada que não saia ninguém me tira enquanto eles não resolverem nossa situação e aí a associação nessa seção brasileira da síndrome da talidomida começou a brigar por todas as outras coisas educação transporte lazer isso é uma luta diária é uma luta assim se você sai aqui não tem banheiro poxa av eu quero você tem que falar aí você vai pra rua é o cara esperto que pára na
vaga de deficiente ainda uma briga diária de conscientização de que o planeta tem que mudar que as pessoas não faz para o outro que você não gostaria que fizesse pra você [Música] até que não vinha entrando na minha vida a fraternidade fc de fraternidade cristã de pessoa descer a primeira reivindicação das pessoas com deficiência onde qualquer pessoa né um de nós seria o trabalho a casa alimentação sei lá né a escola dos filhos a gente sempre vai pelo material nem a necessidade imediata primeira e o nosso movimento fraternidade cristã de pessoas com deficiência a reivindicação
era mais no sentido de fazer a cabeça trabalhar com a concepção da pessoa concepção de pessoa a missão que a pessoa tenha apesar da dificuldade que possa viver eu comecei a família da minha vontade a minha necessidade e falei cidade do outro porque porque entendeu que passou da hora não era hora mais passou da hora de nós resgatamos a dignidade das pessoas e como é que você resgata dignidade para um ser humano por uma pessoa humana você resgata dignidade dando a ela oportunidades iguais dando dizendo a ela você é gente como todo mundo é você
tem direito como todo mundo você pode ser feliz como todo mundo ou todos os tempos o direito de ser felizes eu quero andar de olho no sozinho em um shopping ao cinema então tem que ler mão uma tromba de gente comigo então vamos ver se o cara que vai acompanhar não quer ficar e fêmur e aí decidimos criar uma associação a associação de integração dos deficientes aiyê e foi uma das primeiras associações assim integrava todo tipo de deficiência onze pessoas nós fundamos a dela a associação de deficientes visuais e amigos ea nossa idéia era principalmente
a inserir o deficiente visual na sociedade mas principalmente através de uma capacitação profissional a gente achava que era através do deficit trabalhando ele conseguiria ser um cidadão completo eu fui aprendendo a andar sozinha com a bengala aprender braille como cega a pessoa como se imagina a cerda era se imaginar fazendo mais nada ela acha que ela vai poder ir tomar banho sozinha vai pentear o cabelo a pessoa o visual e felizmente as pessoas têm tem a idéia de que o visual é tudo uma coisa que marcou muito foi um amigo meu que é cego e
um dia ele foi marcado encontro com ele aqui em são paulo eu falei tá bom então me falam de você quer me encontrar nem vão marcar o local ensinar uma quadra com qualquer canto ele prometeu assim célia qualquer lugar que você que se conhece a freqüência um pouco qualquer lugar que você queira - na esquina na hora que ele falou isso nem falo isso mas faltou marcar um teleférico na esquina não como você tem depois que conta a esquina e você já viu cego na esquina no semáforo o bicho para não chamar pode esperar abrir
o semáforo ver alguém no teu braço e agarrou o braço através de boi do lado da rua quando chega o outro lado que nem se eu cheguei em direito não dá um minuto o semáforo fecha outra vez você rodou com a bengala deu uma paradinha ele vem alguém que atravessa o outro lado se você demorar dez minutos ela eu vou saber se há tanto que não sei mais onde eu tô então na esquina eu não fico meu trabalho nessa área a minha vivência nessa área da pessoa com deficiência começa ainda no último ano da faculdade
1972 quando eu tive a oportunidade de fazer um estágio que era obrigatório com a conclusão do curso este estágio foi feito no crp centro de readaptação de piracicaba foi ali que eu tomei é eu sempre foi meu primeiro contato com pessoas com deficiência então nessa época do movimento quando comecei a participar 79 já maria de lourdes guarda com efeito milênio quando pinto de melo neto o ribeiro do nascimento eduardo enfim é a maioria de russos então é quem essa liderança uma pessoa extremamente doce mas muito forte é muito forte ela ficou deficiente tinha 20 e
poucos anos por causa de um erro médico né ela não podia se locomover nem na cadeira de rodas porque não podia sentar lá não tinha os ossos da bacia então ficava na maca e ela ficou a vida toda mais de 50 anos deitado em berço esplêndido é como a gente falava mesmo sentar mesmo sem andar aludida revolucionou o brasil o mundo halo desvalorizou as pessoas com deficiência alunos buscam na sociedade empresários igreja padre pastor é todo mundo falou vocês têm que ajudar esta causa [Música] um deficiente cadeirante apresentou no metrô em 78 e é é
quando se aproximou da catraca o segurança se aproximou dele e falou olha não dá pra você passar e ele então alguns deficientes têm essa situação usa cadeira de rodas mas pode dar dois ou três passos o segurança meio que perdeu a paciência com o nervoso se lá e falou olha isso aqui não é planejado não está percebendo não aí ele tá bom sentou-se foi na nossa reunião falou olha no metrô o metrô falou que não era planejado então como é que a gente faz marcamos um dia uma hora e fomos mais de 150 pessoas para
o metrô e eficiente de todos os tipos cadeirante bengala muleta cama lourdes foi deitada na cama de uma confusão do primeiro grau né e aí parou tudo para o metrô parou aquela confusão toda e abrimos aí um processo contra o metrô é e ganhamos esse processo dez anos depois onde obrigou metrô ou a construir e elevadores colocar elevador nas estações novas e funcionários nas estações já construídas que não pudesse adaptação para levar um deficiente cada rua até no carro e marcar a estação lá na frente que ia de sei lá até alguém também para apanhá
lo quer dizer um benefício desse que atinge em cheio milhões e atinge milhões de pessoas que nem nunca souberam dessa situação então essas organizações é inspiradas né pelo momento histórico que o país vivia né pela com o movimento de redemocratização a volta dos anistiados isso inspirou nem às pessoas com deficiência a começar um movimento também né então por que não é porque não as pessoas com deficiência também se organizarem e foi o que aconteceu foi um movimento espontâneo mesmo e e aí começou realmente um movimento nacional nem aí fomos descobrindo então que havia organizações espalhadas
pelo brasil todo né a ideia era resgatar o direito e tal acabou era só isso não tinha outra intenção mas aí você fala assim não pára aí tá tudo errado temos que brigar por tudo né educação trabalho acessibilidade transporte pará e aí a gente se engajou no movimento e foi em 1989 mais precisamente em 1980 que nós no brasil todo nos mobilizamos para fazer o primeiro encontro nacional de pessoas com algum tipo de deficiência [Música] [Música] brasília e 980 e quando chegamos à brasília nós fomos aqui no ônibus que a maria de lourdes guarda é
arrumou uma doação então um ônibus lotado league deficientes e algumas pessoas não deficientes também algumas pessoas viajaram de avião e nós eram mais ou menos umas cinco cadeiras de rodas em um único avião sendo que não havia nenhum esquema de embarque especial ou seja as pessoas têm que ser carregadas escada firma do avião né um risco danado um sufoco né e os comissários nem um pouco habituados a isso é que era um um deficiente era uma coisa 5 era o exorbitância se desesperar eu ficar aí bom aquele sufoco para subir todo mundo tal aí todo
mundo acomodado nas primeiras poltronas né vira o cam né e fala para o comissário que ele que é ver a cabine né se podia ver cabine do avião eu começar a tudo bem né eu só tô num ano até lá né aí o comissário pegou no colo e levou seu acabe pra ele tá ele tirar foto tal depois que o câncer tentou né aí eu virei para o comissário e falei agora sou eu sou seu fã essa linha lançamentos do exército em alguns intenção em casa de amigos no hotel foi uma revolução acho que nunca
uma sociedade viu tanta tantas pessoas com algum tipo de deficiência juntas de uma vez só a gente tinha que aparecer a gente já que mostra a cara tão fab cadeira de roda outro de muleta outro sendo empurrado puxado carregado foi encontrão assim muito bom porque ele foi um momento em que a gente viu que pelo menos no âmbito nacional as pessoas com deficiência pensava a mesma coisa é que elas queriam participar da vida do país foi uma coisa realmente épica né e conseguimos nem conseguimos em que fizemos em foi um encontro é onde se discutiu
todas as questões relativas às pessoas com deficiência é a gente estava lutando que a nossa voz fosse respeitada netão muitas vezes antes do movimento quem falava apenas pessoas com deficiência eram as instituições é uma família né e os médicos os profissionais nessas pessoas com deficiência nunca eram consultadas né então há um movimento tinha muito forte e sabe da necessidade de dar voz às próprias pessoas poder [Música] isso ajudou a nós por cá estou que começava logo depois que aliás o ano de 1981 movimento se deu também em função de quem existir na década de 80
um ano separado e preparado para as questões das pessoas com deficiência no mundo todo o ano internacional das pessoas com deficiência aí nós respiramos profundamente aliviados e felizes resolveu todo o problema da pessoa com deficiência resolveram se todos os problemas obviamente que não e 81 foi o óleo divisor de águas porque eu entendo que ele serviu para básica em 226 primeiro fazendo peso nem precisam tomar consciência de que ela tenha que ser protagonista nas conquistas na luta nessa transformação da sociedade que a gente queria que o segundo objetivo não menos importante a conscientização da população
de que a pessoa com deficiência não é da não tem que ser implantado nem com paternalismo nem ser marginalizada ela tinha que ser integrada na sociedade e aconteceu foi interessante porque separei há não sei quantos e conseguiu por exemplo a audiência com um governante né falava olha essas reivindicações temos direito a isso tal é falar é puxa vida aí concordo plenamente com vocês tudo bem não tem lei não tem legislação não posso fazer o que eu posso fazer alguma coisa em função da legislação quer dizer é uma forma de concordar mas tem um argumento para
não fazer laura e interessante ainda iniciou então temos que lutar por uma legislação precisávamos ter uma visão de uma política efetiva que não apenas ou vice mas executasse as afirmações ou as medidas afirmativas que significa sem a garantia para este grupo 81 foi um ótimo e conheci dill com a nossa história porque permitiu o período intermediário tem 1 88 pra que a gente se conscientizasse pra que a gente se mobilizasse para que na constituinte de 88 a gente tivesse realmente argumentos e um mínimo de lucidez para realmente ter uma participação muito ativa e efetiva como
nós tivemos em 88 [Música] em 83 foi formada coalizão nacional porque cada área de deficiência estava organizada nacionalmente e que fazia o seu trabalho específico que ao mesmo tempo que resta articulação através da coalizão nacional e por isso que se chegou na constituinte e então o que nós fizemos nós fizemos com 111 9 mento de abaixo assinado é pra levar a constituinte as nossas propostas nós entregamos pessoalmente essas nossas reivindicações que exceto duas reivindicações que estavam lá as demais só na constituição de hoje eu acho que uma das principais conquistas né ea maioria das pessoas
com deficiência que você perguntar mas acho que elas vão concordar comigo é é a legislação principalmente depois da constituinte uma coisa inédita nunca antes tinha acontecido e tudo praticamente tudo o que a gente reivindicou foi acolhido pela pela constituição eu acho que é assim quais foram os frutos e toda essa história de mobilização né acho que o primeira coisa que a gente conquistou está consolidado é que assim de fato hoje quem fala pelas pessoas com deficiência são as pessoas conhecem nosso período assim uma legislação muito ampla que garanta muitos dos nossos direitos tirou-se da invisibilidade
este grupo de pessoas e descobriu se que elas tinham vontade própria capacidade de organização uma incrível capacidade de mobilização e propostas concretas foi um macaco pra mim em geral de trazer as pessoas com deficiência para a sociedade e trazer as pessoas com deficiência na busca de igualdade de oportunidades não de igualdade que todos somos diferentes mas na essência enquanto seres humanos nós somos iguais somos iguais além da essência do ser humano somos iguais em duas situações de absoluta forma é verdadeira e inequívoca primeiro perante a lei artigo 5º da constituição federal desde 1988 uma constituição
que já tem 25 anos todos são iguais perante a lei então isso não tem que discutir está na constituição a carta magna a lei maior do brasil o tema entrou em discussão as pessoas passaram a se preocupar e eu acho que isso ajudou a vencer um grande desafio que existia a área que ela até a própria segregação familiar nós não somos coadjuvantes na inclusão nós somos protagonistas o dono do banco real pegou em uma viagem nos estados unidos conheceu o projeto da boeing que utilizava a pessoas com deficiência e ele achou muito interessante ele falou
eu quero fazer isso no brasil e aí ele realmente adaptou tudo então uma das primeiras empresas a adaptar plenamente para profuncionário os elevadores todos com as as inscrições em braile rampas os prédios públicos a partir de uma certa data os que eram construídos geram com rampas de acessibilidade na educação às crianças deficientes assistindo aula com as outras e tendo acesso às salas de aula a educação mudou nela então nós tivemos nós existimos queremos tal coisa é a coisa acontecer né pelo respaldo da lei então o tendo este movimento esse movimento todo como um ganho para
a sociedade porque quando eu deixo o transporte mais acessível não são apenas as pessoas com deficiência que saem ganhando na verdade toda a sociedade se beneficia tudo isso que você vê na cidade vai vamos dizer as rampas de acesso nas calçadas os prédios adaptados toda a arquitetura nova sendo já feita pra acesso e não é só deficiente uma pessoa idosa uma carrinha de nenê né se não tiver degraus é muito mais fácil transbordo e outra coisa muitas pessoas do movimento não é participam hoje ocupam cargos né na nos diversos órgãos federais estaduais e municipais não
é porque foram criadas muitas instâncias também de participação diretamente ligados à questão da deficiência com os conselhos municipais estaduais e do próprio conselho nacional da pessoa com deficiência às coordenadorias a secretária nacional né são órgãos diretamente ligados ao movimento das pessoas com deficiência um posicionamento político o posicionamento político forte e fez com que em trinta anos um movimento saísse da impossibilidade é passar se ater a assento e puerta ruth à sua disposição e várias oportunidades nada na minha vida nada nada fica fora nada na minha vida aconteceu se não fosse a luta minha somada de
dezenas centenas milhares de pessoas que fizeram mostrar o valor ea força que a pessoa com deficiência tem também você não deixa de ser deficiente porque você pode dizer não deixa de ser gente que você pode adiantar se não deixa de ser pessoa humana você pode enxergar essa não deixa de ser humano que você pode ouvir o que você é um um membro do braço pé na orelha sempre que for você a gente como todo mundo em direitos e têm deveres e tem direito de ser feliz a cidadania é construída você não baú uma porção de
cidadania para uma pessoa né não se mede por quilo por metro né é por conquista então e os demais que se é cidadania fosse parto seria com certeza a fórceps ou de outra forma é sofrido é dolorido mas quando nasce é lindo [Música] para você ter idéia eu acho que a gente já tá no avançando tanto que hoje a gente já não dispute mais se deve ou não deve contratar pessoas com deficiência nas empresas seja isso já é quase ultrapassado é claro que as empresas têm que contratar é claro que elas devem estar não só
de portas abertas mas convidando as pessoas para entrar dentre muitas conquistas do movimento uma delas é na parte dos concursos na hora que é feita a inscrição ele já perguntam se você quer a prova em braile ou alguém que lei aprova então é é maravilhoso olha o quanto a gente fez isso né olha quantas conquistas a gente teve isso é claro que é por causa de pessoas que lá atrás há 30 anos atrás começaram a se movimentar nas suas casas a a a fazer esse tipo de movimento eu acho que a minha geração de deficiente
dessa luta desses 30 e tantos anos de luta eu acho que valeu a pena eu posso te garantir o direito de as pessoas com deficiência freqüentarem as escolas comuns é já é um direito imediato direito agora né se as escolas não estão preparadas é um problema das escolas mas o direito permanece ele é um gentleman do surdo então qual é a sua natural do futuro pele originais ele vai melhorando vai finalizando a ele cria uma língua que foi um ato vil vinho que não criam os ouvintes ou bem memory não na época carta pronunciou no
português o spurs não passa por esse processo então aquele tv taiamã forno o álbum familiar [Música] eu acho que as discussões que nós tínhamos naquele momento discutindo o poder de transformação de uma política voltada à pessoa com deficiência é capaz de produzir hoje se espelha no movimento da própria organização das nações unidas então essa essa lógica deste movimento que vai crescendo que vai ocupando espaços e vai transformando a sociedade certamente metropol tem muita coisa para acontecer ainda a sociedade ainda tem alguns né um olhar diferente mas a gente consegue conversar só meio de igual para
igual com muita gente hoje mas ao mesmo tempo nós não tínhamos percebido com a mesma força que sabemos hoje há entre a relação entre a deficiência pobreza enquanto nós tivermos um conjunto muito grande de brasileiros ou de pessoas do mundo todo que estão na situação de pobreza e extrema pobreza nós teremos sempre um número crescente de pessoas com deficiências ou teremos a própria questão da deficiência da pobreza sendo agravada pela fato de as pessoas com deficiência não terem ainda oportunidade de escolarização oportunidade de ingresso no mercado de trabalho e de todos os direitos humanos que
elas são também titulares então acho que a gente passa por um processo difícil agora que é o processo de nós lutarmos para nós mesmo e falamos que país que nós queremos e como nós devemos nos comportar nesse país que nosso sonho [Música] o governo pobreza à discriminação falta de acesso a essa luta interna e agora não é mais uma luta das pessoas com deficiência é uma luta pelos direitos de todos os humanos que as pessoas com deficiência servem como sentinelas lhe deram muito bem eu acho que é a questão assim a maior vitória que nós
podemos é também é avaliar é a convenção dos direitos da pessoa com deficiência porque coloca é no cenário mundial a mesma fala as mesmas atitudes e os governos devem tomar para com essas pessoas que passaram a ser pessoas a partir de 81 que foi quando a palavra pessoa foi inserida uma pessoa deficiente né então é nesse cenário hoje a gente pode dizer não é esse país ou aquele país que tem uma legislação ea sensibilidade o mundo todo tem uma legislação de acessibilidade que é convenção dos direitos da pessoa com deficiência o fundo com a primeira
etapa e conseguiu a lei na língua da final e fim hoje tom do tatarstão na sala de aula e qual caminham até a pós-graduação ele agradece o ney me lembra que possibilitou ele teve um outro fato interessante em goiânia lá nós temos tínhamos uma vereadora cidinha siqueira que era cadeirante um dia 3 de dezembro é o dia internacional da pessoa com deficiência ela promoveu uma cerimônia pública na praça convidou as autoridades todos prefeito o delegado coronel deputado senador vereador no final quando o prefeito foi a última fala foi bom então terminamos aqui tá hoje essa
homenagem está e qual ela tinha conseguido 50 cadeira de rodas moto atrás do palanque então na hora que ela o que ele fala pensaram que ia terminar ela mandou buscar as cadeiras é bom agora nós todos vamos experimentar uma pequena volta em cadeira de rodas e sentou coronel sentou prefeito sempre o senador sentou deputados então vereador então delegado todo mundo agora vamos dar uma voltinha pequena que na aqui na praça mas que é verdade tem que sentar tem que sentar não ceda mas não precisa nós a entender não senta prefeito e aí que ele foi
ver como é que é um pequeno buraco quem é muito faz muito efeito na cadeira de roda então ele saiu todo requebrando e todos pulando meu deus meu negócio é difícil mesmo depois que terminou de usar a cadeira agora terminou não não ela arranjou um se dá por ele para experimentar a situação do sul do deficiente auditivo né botou todo mundo contar por ele grita ano a missão difícil escutar né agora terminou não há jogo em gala de serve tapa-olho então todo mundo de bengala de cego e resultado do ano seguinte 450 ônibus adaptados em
toda a cidade goiana é na ignição tecnologia é eu espero também num futuro bem próximo que ela seja cada vez mais sofisticada a identidade filme não quiser cortar um lar por exemplo para ator pedro a internet também na internet os turno que não estável o português tem dificuldade unificado evitando é a webcam então a webcam o time está diretamente para o fundo ter contato com outros turno ter contato com familiares de contato contar para essa tecnologia com certeza vai ajudar na questão das deficiências tanto na melhoria das deficiências na facilidade das deficiências sejam cirurgias medicação
seja o que for então acho que a deficiência vai ser mais fácil ea sociedade nesses próximos 30 anos vai tomar mais consciência ou polícia apontando a vontade política contrária é pressão eu digo você não vai pôr amor vai ter a dor é importante é que vá não fique parado que as pessoas com deficiência que é o principal ator nessa questão tem que continuar vigilante tem que continuar atuando não podemos cruzar os braços que pra casa tudo isso é fruto realmente da luta das pessoas começaram lá são muito seguras que viveram aquele momento muitos continuam -
até hoje cada um integrado no seu trabalho que muitos anos deixado o cândido m era companheira rido um companheiro que pensava no coletivo e junto com ele assim depois de ter teve a lia é rui bianchi são pessoas que deram uma contribuição muito grande no movimento e tá conseguiu que tem hoje então hoje a gente olha fala assim tá bom a gente poderia já ter conquistado muito mais do que isso mas a gente conquistou muita coisa eu vou ficar muito contente de ver né as pessoas boas usufruir daquilo que eu não pôde usufruir na época
mas eu participei foi um bom 111 daqueles que lutaram para que a situação melhorasse sempre vale a pena vale a pena [Música] ah [Música] o pior é que eu acho tem tudo pra fazer isso aqui no país essas pessoas passam com ele sabe o país com uma diversidade [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] [Música] [Música]