[Música] Olá, queridos amigos! É uma alegria estar aqui com você nessa Live. Quero pedir para você, já logo no começo, curtir, compartilhar e comentar.
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Essa Live é uma live de lançamento de um curso que eu estou oferecendo agora. O nome do curso é "A Arte de Decidir". Por que eu escolhi esse curso, esse tema, esse título?
Porque, como sacerdote, eu tenho observado um fenômeno bastante complexo e doloroso nos nossos dias. Eu recebo diariamente pessoas angustiadas com questões morais, tanto pelo Instagram quanto pelo Facebook, pelo WhatsApp, pelos e-mails, etc. E são questões morais de fácil solução.
Às vezes, são questões até sem importância, mas as pessoas ficam perturbadas. Eu realmente me espanto um pouco, né? Por exemplo, dúvidas sobre a abstinência de se alimentar.
Às vezes, coisas bobas do tipo: "Se eu engoli uma formiga, eu quebrei a abstinência de carne? " Coisas desse tipo, né? Outras vezes, impasses bobos nos relacionamentos, em questões profissionais.
O católico médio, aquele que se forma pela internet, está inseguro, está infantilizado, está indeciso. E aí vão se multiplicando essas pessoas que consultam esse padre ou aquele outro padre, ou uma gama de sacerdotes — sei lá, 10 sacerdotes — e cada um dá uma resposta. Ele vai fazer a média daquilo para entender quem tem razão e quem não tem, o que é absurdo, né?
Essa pessoa já está perplexa. O fato dela consultar um monte de sacerdotes, que talvez divirjam porque não estão vendo todos os detalhes da questão, às vezes, um enxerga pelo ângulo da lei moral, outro enxerga um pouco pelo âmbito da circunstância, outro, pelo âmbito do consentimento da pessoa ou da sua própria capacidade de advertência da lei moral. E aí a pessoa fica mais perplexa ainda e não consegue sair desse labirinto mental e psicológico no qual ela está presa.
Algumas pessoas pensam em sair disso estudando Teologia Moral. Então, por exemplo, compram a "Teologia Moral" de Santo Afonso, do Roio Marim, ou de qualquer outro autor, do Padre Del Greco, e vão, através da análise desses livros, tentando se livrar dos seus dilemas de consciência. E o que vai acontecendo é que elas vão ganhando novos dilemas de consciência.
E aqueles dilemas que ela já tinha, ao invés de serem respondidos, ficam ainda mais complexos. Quando muitas vezes, a pessoa que lê esses livros não tem os instrumentais necessários para compreendê-los. Nós não podemos nos esquecer que a Teologia Moral é uma parte da Teologia que tem um vocabulário técnico, que tem um conjunto de pressupostos antropológicos, filosóficos e psicológicos que precisam ser bem assimilados para que a pessoa manuseie aquele conteúdo de maneira responsável.
Eu já disse várias vezes para pessoas que insistem em divulgar conteúdos técnicos de Teologia Moral por aí que fazê-lo é como entregar um bisturi na mão de um cidadão aleatório, na mão de um transeunte qualquer, e dizer a ele que ele pode operar-se a si mesmo e operar aos outros. Isso é muito complicado, e os danos e os efeitos colaterais que isso produz, algumas vezes, são irreversíveis. Porque as pessoas vão entrando, por exemplo, em quadros de dissonância cognitiva ou de compulsão de pensamentos obsessivos, e elas têm uma tendência para algum tipo de transtorno.
Isso acaba se tornando um gatilho que faz com que ela vá desenvolvendo cada vez mais escrúpulo, perplexidade e assim por diante, né? E, no fundo, qual é o problema que está por trás disso? O problema é o seguinte: o católico inseguro quer transferir a sua responsabilidade de pensar para outrem.
E, às vezes, sejamos bem francos, é até um pouco confortável para a pessoa, porque ela não precisa pensar, não precisa usar o raciocínio. E, por outro lado, se você tem um líder manipulador, uma pessoa que gosta de ser consultada, que tem prazer em teleguiar os outros e que se comporta como um guru, então você tem aqui uma espécie de aliança perfeita. E, vamos ser francos, há muita gente por aí, inclusive no âmbito católico, que tem solução para todos os erros do mundo, mas que leva uma vida totalmente errada, não consegue solucionar os problemas mais básicos da sua própria vida.
São pessoas teóricas, pessoas que têm um perfil ideológico mais ou menos delineado, mas que são um fracasso total nas suas escolhas cotidianas, que não sabem o que fazer com a sua própria vida e vão vivendo assim, de maneira que um dia passa depois do outro, e daqui a 20 anos a gente vê o que acontece, mas não têm uma finalidade retamente estabelecida. Ora, é só que quando eu transfiro a minha capacidade de raciocínio para outrem e passo a ser teleguiado por ele, o que acontece comigo é que a minha própria inteligência moral vai como que se atrofiando. E isso não tem nada a ver com o espírito do evangelho e com a doutrina da Igreja.
A doutrina da Igreja não quer que você seja um católico lobotomizado, alguém que é guiado por fora, ou muito menos alguém que não sabe o que fazer, que está parado, digamos assim, na guia da calçada, né? E que não sabe o que fazer. Não!
A doutrina católica não é isso. E eu posso dizer o mesmo sobre a doutrina do Evangelho. Por quê?
Veja, nosso Senhor, quando você lê o Evangelho, ele requer o. . .
Uso de todas as potências do homem, por exemplo, quando ele conta uma parábola. O que ele está fazendo? Ele está acionando a memória das pessoas, a imaginação.
Quando ele evoca um acontecimento do passado, lembram daqueles que morreram na torre de Siloé, ou no dia do Juízo. Haverá menos rigor para a rainha da Etiópia, a rainha do Sul, que veio falar com o Rei Salomão. Ele está evocando a memória das pessoas; ele está, como que, treinando a memória das pessoas.
Nas parábolas, ele está treinando a imaginação, ele está formando o imaginário das pessoas. Então, ele evoca a semente; ele utiliza imagens daquele mundo agropastoril. Então, ele fala sobre o campo de joio e trigo, ou ele fala sobre o fermento que precisa ser colocado na massa, ou ele fala sobre o bom pastor que pega no ombro a ovelha e a leva para juntar com as outras 99.
Ele sabe a importância que tem no imaginário daquelas pessoas uma ovelha; o pobre, que não tem gado, ele precisa da ovelha, precisa do seu pequeno gado. Ele faz verdadeiras seduções, verdadeiros raciocínios com seus ouvintes. Por exemplo, nós vamos pegar aqui Mateus, no capítulo 18.
Jesus diz, no versículo 12: "Que vos parece? Um homem possui 100 ovelhas; uma delas se desgarra. Não deixa ele as 99 na montanha para ir buscar aquela que se desgarrou?
" Ele está fazendo uma dedução; ele deduz uma consequência prática de uma premissa. Ou, por exemplo, no mesmo Evangelho de São Mateus, ele diz, no capítulo 21, versículo 28: "Que vos parece? Um homem tinha dois filhos; dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: Meu filho, vai trabalhar hoje na vinha.
" Respondeu ele: "Não quero. " Mas, em seguida, tocado de arrependimento, foi. Dirigindo-se pois ao outro, disse-lhe a mesma coisa.
O filho respondeu: "Sim, pai," mas não foi. "Qual dos dois fez a vontade do pai? " Ele está fazendo as pessoas pensarem; ele não chega com a resposta pronta.
Ele instiga. Assim como, por exemplo, você vê naquele episódio em que os fariseus e os herodianos, se eu não me engano, chegam para falar do imposto a César. "É lícito ou não pagar imposto a César?
" Eles tinham um raciocínio perverso. E aí Jesus simplesmente diz: "Tendes uma moeda. Onde está a imagem?
Que imagem está na moeda? De quem que está lá? É de César.
Dai, pois, a Deus o que é de César e a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. " Ele estabelece um raciocínio com os seus interlocutores. Nós temos uma valorização do intelecto por Jesus.
No capítulo 8 de São Marcos, ele diz: "Que adianta o homem, versículo 36, ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua psique? " A gente, às vezes, traduz isso com a tradução mais literal, que seria psique mesmo, alma, mas também isso pode falar sobre o exercício da nossa mente psíquica. Ele valoriza.
Veja o que tem de gente perdendo a sua mente à toa, fazendo com que o seu pensamento seja, digamos assim, terra de ninguém, atrofiando a sua própria capacidade de pensar. Não é isso que Deus quer para nós; muito pelo contrário, ele quer que nós aprendamos a usar o nosso próprio raciocínio, formando a nossa consciência com a sua lei e desenvolvendo a capacidade de tomar decisões racionais, iluminadas pela fé. Aliás, é o que São Paulo diz em Segunda aos Coríntios, capítulo 10, lá no versículo 4: "As armas do nosso combate não são carnais, são espirituais e poderosas em Deus, capazes de arrasar fortificações.
Nós aniquilamos todo o raciocínio e todo o orgulho que se levanta contra o conhecimento de Cristo e tomamos cativo todo pensamento e o reduzimos à obediência de Cristo. " Vejam, quando São Paulo diz que nós tomamos o pensamento como cativo e o reduzimos à obediência de Cristo, ele está falando de um trabalho de guerra. Isso é uma arma.
É interessante que as pessoas, quando falam de batalha espiritual, falam de batalha espiritual sempre em termos místicos, né? Rezam um exorcismo, ou fazem uma oração de renúncia, recebem uma bênção, etc. Mas na Escritura existe um nível de batalha espiritual muito mais árduo, muito mais complexo, que justamente consiste em lutar com armas poderosas nas fortalezas da nossa mente.
A minha mente tem que ser formada segundo a lei de Cristo. A minha mente precisa ser adestrada, ela precisa ser treinada, ela precisa ser submetida a uma verdadeira formatação, mas que não a deixa em passividade. Quem gosta de deixar as pessoas com a mente passiva é o diabo; isso não tem nada a ver com o evangelho.
Deus nos criou como seres racionais e ele quer que nós sejamos efetivamente homens com a capacidade de utilizar o seu próprio intelecto. Na mesma segunda carta de São Paulo aos Coríntios, ele diz no capítulo 4, versículo 3: "Se o nosso evangelho ainda estiver encoberto, está encoberto para aqueles que se perdem, para os incrédulos, cujas inteligências o Deus deste mundo obse a tal ponto que não percebem a luz do evangelho, onde resplandece a glória de Cristo, que é a imagem de Deus. " Então, vejam, aquilo que o evangelho quer fazer é trazer uma liberdade, uma libertação para a minha mente.
Que adianta eu, por exemplo, ouvir sermões, fazer cursos, assistir aulas, participar de retiros, etc. , para me tornar uma pessoa cada vez mais incapaz de usar a sua própria mente? Não adianta nada, inclusive porque aquilo não é assimilado por mim.
Veja, Jesus diz na parábola do semeador, Mateus capítulo 13, que aquele que recebeu a palavra à beira do caminho é o que não a compreendeu, ou seja, aquele que não a assimilou de tal. . .
modo que a palavra se tornasse um fator, é, digamos assim, lógico-dedutivo em que realmente ele pudesse, é, se governar debaixo da direção do Espírito Santo. É isso que São Paulo nos ensina, por exemplo, na carta aos Romanos. Notem que já no início da carta aos Romanos, no capítulo 1, São Paulo diz algo que é grandioso: versículo 19.
O que se pode conhecer de Deus, eles o têm em si mesmos, pois Deus lhes revelou, o revelou com evidência, desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade se tornam visíveis à inteligência por suas obras, de modo que não se podem, é, ignorar. Ou seja, o que São Paulo está dizendo aqui é algo, é algo que, por exemplo, São Tomás de Aquino vai repetir, é, 13 séculos depois, quando São Tomás mostra que nós temos a capacidade de conhecer a existência de Deus pelo nosso intelecto. Daí as cinco vias que demonstram a existência de Deus.
Ou seja, o nosso intelecto, a nossa razão, não é uma potência que tem que ser inutilizada pelo evangelho. Uma vez, um amigo que é pastor, é, evangélico, me contou. Ele fez uma metáfora que eu acho muito interessante: ele diz que, antigamente, os templários, não sei se os templários, sei, os cruzados em geral, eu também acho que não, isso não aconteceu, mas como metáfora, é muito interessante.
Eles, é, se batizavam, mas deixavam a espada para fora, né, para dizer que, é, eles estavam sendo batizados, mas a espada não; eles iriam usar a espada, é, digamos assim, para defender-se como se fossem cidadãos normais, como se não fossem cristãos. Eu acho que isso não aconteceu desse jeito, mas tudo bem. E aí ele dizia que, hoje, o crente, quando se batiza, joga o cérebro para fora, é como se a mente dele não participasse do processo de regeneração.
E olha, eu preciso dizer com dor que, hoje em dia, tem muito católico assim, parece que ele jogou o cérebro fora da pia batismal e, no que diz respeito a Deus, à doutrina da Igreja, sagradas Escrituras, etc. , ele está completamente perdido, ele não sabe para onde ir. E começam com estranhezas do tipo impasses na vocação, a pessoa não sabe se vai casar, se vai virar monge cartucho; vejamos a discrepância que existe: né, uma coisa é o casamento, outra coisa você virar um eremita.
A discrepância é total. Outros dizem: não, mas eu quero casar, e ao mesmo tempo ser monge cartucho, então eu vou viver um casamento josefino e eu vou ter uma . .
. é um negócio completamente maluco. Ora, nós somos chamados a usar a nossa mente.
Quando São Paulo descreve o processo de conversão no capítulo 12 da carta aos Romanos, versículos 1 e 2, ele fala sobre a necessidade de uma renovação da nossa mente. Ele diz: "Irmãos, eu vos exorto pois a que apresenteis os vossos corpos como oferenda pura, santa e agradável a Deus. Este é o vosso culto racional.
Renovai-vos pela transformação da vossa mente, do vosso pensamento, de modo que compreendais qual é a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. " Eu preciso renovar o meu pensamento, eu preciso formar o meu pensamento, formar a minha inteligência, porque eu tenho que dar a Deus um culto racional, um culto espiritual que parte das minhas potências superiores. É superior a todas, e a razão é superior à vontade.
É por isso que Jesus repreende os discípulos quando eles não sabem usar a inteligência. Vejam naquele episódio que os discípulos vão atravessar o Mar da Galileia e Jesus fala: "Tende cuidado com o fermento dos fariseus". Aí os discípulos ficam preocupados, pensando que ele os está repreendendo porque eles não levaram pão.
Jesus fica bravo e diz: "Olha, mas é . . .
vocês não acabaram de ver quantos pães eu multipliquei? " E aí ele diz: "E ainda não entendeis? " Aí o evangelista diz: ele falava sobre o fermento da hipocrisia, etc.
Jesus não deu uma resposta pronta, ele tá forçando o entendimento dos discípulos. Ele fica bravo: "Como é que vocês não usam o cérebro que eu criei para vocês? " Não devem nem usar.
É a mesma coisa que acontece com os discípulos de Emaús. É muito interessante: eles contam toda a história, a derrota de Cristo, como que ele morreu, etc. Era um profeta poderoso, mas o pessoal crucificou; aí ele diz: "Nós esperávamos que fosse ele que havia de restaurar Israel.
E agora, além de tudo isso, hoje é o terceiro dia que essas coisas sucederam. É verdade que algumas mulheres nos alarmaram; foram ao sepulcro antes do nascer do sol e, não tendo achado o seu corpo, voltaram dizendo que tiveram uma visão de anjos, os quais asseguram que ele está vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam, assim como as mulheres tinham dito.
Mas eles mesmos não viram. " Jesus lhes interrompe, versículo 25, e diz: "Ó gente sem inteligência! " Ele os repreende: "Como sois tardos de coração para crerdes em tudo que anunciaram os profetas?
" A palavra aqui é "ainos". A palavra grega "ainos" vem da palavra "fronesis". "Fronesim" é o que a gente traduz, em geral, como prudente ou sábio.
Porque, como nós veremos depois, em outra aula, o homem prudente é o homem sábio. O que nós entendemos hoje por prudência não tem nada a ver com aquilo que os medievais entendiam como prudência e aquilo que os gregos entendiam sobre prudência. Então, o homem prudente, a gente vê, por exemplo, algumas traduções de Platão em que os tradutores traduzem "phronesis" como sábio.
[Música] [Música] [Música] [Música] O homem prudente é o homem sábio, é o homem que é perito na arte de decidir, ele é um. . .
Artista da decisão, então Jesus disse: "Ó afron", em outras palavras, né? Um belo modo de dizer como vocês são burros! Ele, conformado, está olhando para eles e dizendo: "Mas é possível que vocês tenham passado tanto tempo comigo e saibam de tudo isso?
Os indícios já chegaram, e vocês saem desconsolados. Mas vocês são muito burros, minha gente. " Jesus fica pistola com os dois discípulos de Emaús, os chama de áron, e não é para menos.
Se você pegar o evangelho de São Marcos, no capítulo 7, vamos lá, versículo 22, o contexto: qual é a questão do alimento puro ou impuro, né? Ou comer com as mãos puras ou impuras. Esse é o tema do começo de Marcos, no capítulo 7.
Jesus, mais uma vez, diz: e no versículo 15, antes, no versículo 14: "Ouvi-me todos e entendei: nada há fora do homem que entrando nele o possa manchar, mas o que sai do homem, isso é o que mancha o homem. " Aí, o versículo 16, que existe apenas em alguns manuscritos, que o leitor entenda, coloca assim: uma exclamação. Versículo 17: "Quando deixou o povo e entrou em casa, os seus discípulos perguntaram-lhe acerca da palavra da parábola.
" Versículo 18: "Respondeu-lhes: Sois também vós assim ignorantes? " Mais uma vez, ele fica indignado: "Vocês são assim tão, tão burros, tão afron! Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não pode torná-lo impuro porque não lhe entra no coração, mas vai ao ventre; dali segue a sua lei natural.
" Assim, ele declarava por todos os alimentos e acrescentava: "Ora, o que sai do homem, isso é o que mancha o homem. " Versículo 21: "Porque é do interior do homem, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos. " E aí ele vai explicar o que são esses maus pensamentos: devassidão, roubos, adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e afress, insensatez, burrice moral, incapacidade de ação ou seja, o que Jesus aqui chama de falta de juízo, de incapacidade racional, mental.
Ele coloca no mesmo nível que fornicação, adultério, assassínio, roubo, blasfêmia. Ele coloca no mesmo nível porque um cristão que se emburrece, que se tornou, enfim, um mero executor de coisas, que não usa o seu intelecto para conceber, para perceber os princípios, esse cristão é perverso; ele se perverteu. Essa é a realidade: eles são pessoas que não estão crescendo na graça, pelo contrário, estão se tornando cada vez mais, do ponto de vista daquilo que é a vontade de Deus.
É daí que decorre o preceito que São Paulo cita em Efésios, capítulo 5, versículo 17, quando ele diz: "Não sejais imprudentes, não sejais insensatos, não sejais afron, não sejais, mas procurai compreender qual seja a vontade de Deus. " E isso é muito importante! É um preceito do Novo Testamento: você tem que colocar o seu pensamento para funcionar, tem que usar sua cabeça.
Isso é tão importante que até no culto cristão, São Paulo diz em 1 Coríntios, capítulo 14, versículo 14: "Orerei com o meu espírito e orarei também com o meu entendimento; cantarei no espírito, mas cantarei também com o meu entendimento. " Mas o que as pessoas fazem? Elas repetem os mesmos erros, vão cometendo as ingenuidades mais tolas, vão se enfiando em tudo que é problema sem se darem conta disso, ficam completamente entaladas numa questão moral, não conseguem sair dela porque ficam se apegando a aspectos sem importância nenhuma.
Saiba: isso aqui é contra o espírito do Novo Testamento! No Novo Testamento, o que Deus quer é que você seja sábio, inteligente, esperto, decidido, firme, um homem e uma mulher resolvidos, sem esses complexos todos que te deixam inseguro. Por isso, a direção espiritual não é manipulação psicológica, em que o diretor fica pedindo coisas para você que são totalmente insignificantes.
O bom diretor espiritual instiga sua inteligência, ele te ajuda a pensar; ele mostra para você pontos cegos, coisas que você não está enxergando. O bom diretor espiritual é um perito em treinar a prudência do seu dirigido, para que o seu dirigido seja capaz de tomar as decisões corretas. E o mesmo vale para o confessor; é alguém que treina a prudência do seu penitente, ou seja, que o ajuda a pensar e não alguém que o substitui na tarefa de pensar, dando-lhe um preceito a ser seguido pelo seu penitente.
Então, esse é o objetivo do curso que eu estou oferecendo para vocês: é um curso, de certa maneira, ágil, no sentido de que não é uma carga pesada de aulas, mas nós teremos cerca de 10 a 12 aulas em que nós vamos falar sobre esse tema e te ajudar, de verdade, a se tornar um cristão inteligente, seguro, do ponto de vista moral, aprender a utilizar esse cérebro que Deus te deu. E é por isso que nós pedimos a iluminação do Espírito Santo desde este momento, para que nos guie, para que nos ajude. E, por fim, essa primeira aula já é como que a primeira aula do curso, uma introdução geral, e quero deixar para vocês o recado de que é preciso levar a sério a formação, não apenas da própria consciência, mas daquilo que São Tomás chama de razão, ou seja, nós ganharmos destreza dos nossos raciocínios morais para fazermos aquilo que é correto aos olhos de Deus e aquilo que é correto para nos dar uma vida boa, uma vida feliz.
Que Deus te abençoe! Mais uma vez, eu peço que você curta o vídeo, compartilhe, comente, ainda que seja um simples comentário de engajamento, uma figurinha, alguma coisa assim. E eu também peço a você que assine aí o meu canal, ative o sininho para receber as notificações.
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