AS MISTERIOSAS PROFECIAS BÍBLICAS SOBRE O DESTINO DOS ESTADOS UNIDOS

ao longo da história do cristianismo as profecias bíblicas suscitaram inúmeros estudos debates interpretações e até mesmo polêmicas a tentativa de relacionar os escritos proféticos do antigo e do Novo Testamento com acontecimentos históricos específicos é algo que acompanha o povo de Deus desde os primórdios da igreja em determinados períodos principalmente diante de grandes crises ou transformações sociais a expectativa de que determinados eventos contemporâneos pudessem se encaixar perfeitamente na moldura da profecia bíblica ganhou força e popularidade não é incomum ouvir em círculos evangélicos e até mesmo em livros ou filmes cristãos a sugestão de que Nações específicas

estão claramente representadas em passagens escatológicas como no livro de Daniel ou no Apocalipse dentro desse cenário os Estados Unidos aparecem com frequência como foco de especulações alguns intérpretes mais voltados à perspectiva futurista enxergam sinais alusões ou mesmo referências ocultas a essa nação nos textos bíblicos essas pessoas começaram a defender que há um tipo de código na Bíblia que contém o prenúncio de acontecimentos modernos específicos Então os Estados Unidos na qualidade de maior potência moderna sempre aparecem nesse tipo de abordagem das profecias bíblicas na verdade a ideia de que os Estados Unidos teriam um papel proeminente

no fim dos tempos se popularizou especialmente a partir do século X reforçada por uma série de obras que abordam o tema Profético de maneira mais literal e sensacionalista inclusive presidentes norte-americanos ou hom poderosos e influentes ligados a Estados Unidos são frequentemente especulados como possíveis anticristos Mas será que tudo isso faz sentido Qual oel dos Estados Unidos n profecias bíblicas é sobre isto que falaremos a partir de agora neste vídeo antes de qualquer coisa acho que é importante fazermos algumas considerações básicas para contextualizarmos melhor a natureza da literatura Profética bíblica a palavra profecia na Bíblia nem

sempre se refere exclusivamente a eventos futuros grande parte da profecia bíblica do Antigo Testamento lidava com a realidade política social e religiosa de Israel de Judá e das Nações vizinhas os profetas como Isaías Jeremias Ezequiel e Daniel por vezes anunciavam o juízo de Deus sobre Nações específicas que eram agentes no cenário geopolítico daquele contexto histórico ou seja muitas dessas profecias focavam em Nações como assíria Babilônia Egito tiro sidon entre outras mas também é verdade que em outros momentos esses profetas projetavam um Panorama escatológico que teria o seu cumprimento último com a vinda do Messias e

o estabelecimento pleno do Reino de Deus já no novo Testamento livros como o Apocalipse escrito por João as cartas de Paulo aos Tessalonicenses e os discursos de Jesus Como o sermão escatológico em Mateus 24 e Marcos 13 oferecem uma visão sobre as últimas coisas contudo é preciso saber que a interpretação dessas passagens varia significativamente entre as diferentes escolas escatológicas embora exista um consenso de que a igreja e o mundo convergem para o retorno de Cristo há debate sobre como como e quando se dará tal consumação se você não sabe dentro da tradição Cristã quatro principais

correntes escatológicas se destacam a milenismo pós-milenismo pré-milenismo histórico e pré-milenismo dispensacionalista esta última vertente surgida com mais força no século XIX é a que mais frequentemente procura vincular eventos contemporâneos e nações específicas à passagens proféticas devido a sua leitura mais futurista e literal das profecias bíblicas nesse sentido podemos dizer que o futurismo escatológico se distingue principalmente por enxergar a maioria dos eventos descritos em livros proféticos como ocorrendo em um futuro iminente precedendo O Retorno de Cristo apesar de ser a corrente escatológica mais recente dentro da tradição Cristã o pré-milenismo dispensacionalista se popularizou de tal forma

que hoje a maioria dos cristãos no mundo mesmo sem perceber acredita em conceitos elaborados A partir dessa visão escatológica eu sei que muitos de vocês que estão acompanhando este vídeo agora podem ser considerados dispensacionalistas ainda que nunca tenham ouvido este termo antes dentro da Visão dispensacionalista há a crença de que a história se divide em diferentes dispensações ou períodos distintos Nos quais Deus trata a humanidade de modos específicos essa forma de interpretar as escrituras ganhou forte popular nos Estados Unidos a partir do início do século XX especialmente através da Scofield reference bible ela incluía notas

de rodapé que direcionavam o leitor a identificar o cumprimento literal e futuro de determinadas profecias bíblicas Além disso ainda no decorrer do século XX obras como the late great Planet Earth e a série left behind conhecida no Brasil como Deixados para Trás contribuíram enormemente para a popularização de uma leitura futurista e nacionalista das profecias nessas obras o leitor encontrava conexões diretas entre previsões bíblicas e contextos políticos modernos e isso contribuiu para a frequente identificação da Nação americana como protagonista no cenário do fim dos tempos então surgiram muitas teorias que propunham que os Estados Unidos por

sua relevância militar econômica e pela histórica influência Cristã estariam destinados a desempenhar um papel de destaque no período imediatamente anterior a grande tribulação ou durante ela nem todos os dispensacionalistas fazem esse tipo de associação mas o surgimento de ideia sobre o papel dos Estados Unidos nas profecias bíblicas é mais comum entre adeptos dessa linha escatológica há uma série de teorias algumas mais conhecidas e outras mais obscuras que tentam estabelecer Paralelos entre os Estados Unidos e as profecias bíblicas por exemplo há uma teoria que identifica os Estados Unidos com a grande Babilônia do livro do apocalipse

nessa teoria a Babilônia descrita no texto seria um sistema global de poder e Luxúria que dominaria o mundo nos últimos dias alguns aplicam essas descrições aos Estados Unidos argumentando que seu poder financeiro e cultural exerceria uma influência mundial sem precedentes essa visão faz uso de passagens que falam de grandeza Econômica Mercadores lamentando a queda da Babilônia e a soberba desse Império metafórico para vincular ao estilo de vida e ao poder norte-americanos outra teoria tenta associar os Estados Unidos da América como uma nação sob as asas de águia com base em Daniel vi e Apocalipse 12

para alguns a águia que é bastante comum em símbolos nacionais norte americanos seria uma indicação de que essas profecias estariam se referindo a essa nação é verdade que Daniel 7 fala de bestas simbólicas que representam reinos numa interpretação muito fora de contexto alguns ligam as Asas de Águia citadas pelo profeta Daniel ao poderio norte-americano embora a exegese acadêmica tradicional identifique aquelas bestas com impérios antigos Babilônia medo Pérsia Grécia e Roma já em Apocalipse 12 fala-se das asas de uma grande águia dadas à mulher para se refugiar no deserto e algumas teorias marginalizam a Interpretação simbólica

habitual para apontar novamente o suposto papel protetor dos Estados Unidos além dessas teorias mais ligadas a uma leitura futurista das profecias bíblicas há também outras teorias sobre o papel Profético dos Estados Unidos que não nasceram necessariamente dentro do pensamento dispensacionalista um exemplo disso é a teoria do Anglo israelismo que basicamente sustenta que povos anglo-saxões incluindo britânicos e consequentemente norte-americanos seriam descendentes literais das 10 tribos perdidas de Israel que foram dispersadas após a queda de Samaria no reino do norte em 722 Anes de CR segundo essa teoria as 10 tribos que foram deportadas pela assíria teriam

de alguma forma rumado para regiões da Europa setentrional vindo a formar ao longo dos séculos os povos que hoje se identificam como Ingleses escoceses irlandeses etc ainda que não houvesse e não haja nenhuma evidência histórica ou genética que sustente essa hipótese embora essa ideia seja mais mais comumente associada à grã-bretanha algumas Vertentes estendem a teoria aos Estados Unidos defendendo que a formação e o crescimento da Nação americana estariam ligados a essas tribos perdidas de modo que os norte-americanos supostamente integrariam o plano Divino de restaurar as tribos de Israel e formar uma grande nação Israelita no

ocidente fazendo dos Estados Unidos uma espécie de Novo Israel todas essas teorias de modo geral partem do pressuposto de que a Bíblia traz descrições codificadas de todos os grandes impérios futuros que surgiriam na história Inclusive a nação norte--americana O Grande Desafio do ponto de vista hermenêutico é que nenhuma dessas passagens menciona qualquer lugar ou povo que se assemelhe claramente aos Estados Unidos mas nem todos os cristãos evidentemente leem a Bíblia pela Ótica estritamente futurista ou literalista existem correntes escatológicas com perspectivas históricas ou idealistas que entendem os textos proféticos como retratos de verdades espirituais e princípios

válidos para a igreja em todas as eras sem associá-los necessariamente a incidentes políticos específicos essas correntes inclusive são as mais tradicionais dentro do cristianismo histórico e eram predominantes antes do surgimento do dispensacionalismo exemplos disso são as tradições pós-milenismo que interpretam as profecias concernentes aos últimos dias como abrangendo todo o período entre ascensão de Cristo e seu retorno dessa forma o foco das profecias não está na identificação de nações contemporâneas específicas mas na compreensão do Propósito maior de Deus em redimir seu povo e estabelecer plenamente seu reino na consumação final essas abordagens enfatizam que a revelação

de Deus nas escrituras não tem como objetivo principal fornecer um mapa Profético dos acontecimentos geopolíticos mundiais mas sim confortar e fortalecer a igreja em meio às tribulações assegurando-lhe a Vitória final de cristo dentro dessa perspectiva embora se reconheça que Nações reinos e impérios possam desempenhar papéis relevantes na história não há um esforço predominante para associar profecias bíblicas de maneira estrita a um país moderno em particular o foco recai novamente sobre a Soberania de Deus que governa toda a história para a manifestação plena de sua glória e aqui mais uma vez é importante entender que a

grande popularidade dessas teorias que vinculam algumas profecias bíblicas diretamente aos Estados Unidos é um fenômeno muito recente na história da interpretação Cristã foi somente com a emergência dos Estados Unidos como superpotência após a Segunda Guerra Mundial que a imaginação escatológica de muitos teólogos populares e escritores começou a enxergar uma relação entre a hegemonia norte-americana e os eventos do fim a propagação desse tipo de leitura foi reforçada por best Sellers filmes e pela cultura popular dentro do evangelicalismo americano exportada para outras regiões do mundo assim essas obras impactaram gerações de leitores e espectadores tornando comum o

discurso de que as profecias apocalípticas estavam se desenrolando diante de nossos olhos e para muitos a América de alguma forma estaria no centro de tudo mas quando se adota uma tradição que segue uma hermenêutica mais histórica contextual e teocêntrica surgem várias objeções à leitura que coloca os Estados Unidos e outras Nações modernas no centro das profecias por exemplo as pessoas que tentam conectar as profecias bíblicas a Nações modernas específicas se esquecem que os profetas falavam a povos e nações de sua época evidentemente a Bíblia não menciona os Estados Unidos porque os livros bíblicos foram escritos

em contextos muito anteriores à formação da Nação norte-americana então toda a interpretação que situe a América nos textos bíblicos requer extrapolação isso não significa negar que haja princípios que possamos aplicar a qualquer nação em qualquer tempo mas não há uma previsão literal da Nação americana qualquer aplicação a Nações modernas deve ser feita portanto de maneira muito Prudente partindo de princípios teológicos e não de tentativas de identificação direta além disso a Bíblia tem como centro a revelação de Cristo e o plano Redentor de Deus para todas as tribos povos e nações Ou seja a mensagem Profética

deve apontar para Cristo como rei dos reis e não para um mapa da geopolítica moderna Mas mesmo reconhecendo a falta de base bíblica para afirmar que os Estados Unidos estejam diretamente mencionados nas profecias é fundamental compreender que Deus em sua soberania sobre todos os acontecimentos da história humana isso implica que qualquer nação seja Israel no antigo testamento Babilônia Roma ou em tempos modernos Estados Unidos China Rússia ou qualquer outro país não escapa ao decreto Divino no livro do profeta Daniel a Bíblia revela um Deus que ergue Reinos e os abate segundo seus propósitos o Salmo

2 descreve as nações em rebelião contra o ungido de Deus e ao mesmo tempo apresentam de que está no controle rindo dos intentos vãos dos poderosos da terra a história humana caminha rumo ao clímax final quando Cristo ao retornar consumará seu reino de modo pleno e perfeito portanto ainda que não possamos apontar uma passagem bíblica que diga especificamente Os Estados Unidos são tal nação na profecia podemos afirmar Sem nenhuma dúvida que os Estados Unidos assim como qualquer outra nação ou império da história estão sob os decretos soberanos de Deus nada foge ao seu governo providencial

no desenrolar dos acontecimentos cada nação deixa sua marca desempenha seu papel e depois sucumbe a inevitável transitoriedade dos reinos terrenos Nações e impérios podem surgir e desaparecer mas o reino de Deus não terá Fim na verdade desde a criação até a consumação tudo faz parte do Propósito eterno de Deus em glorificar a si mesmo e manifestar sua graça Redentora em Cristo dessa forma um ponto unificador em quase todas as correntes escatológicas é que independentemente de como se enxerguem detalhes dos eventos futuros a história converge para a consumação na pessoa de Jesus Cristo em termos bíblicos

o ponto final não é uma nação erguendo-se em hegemonia Perpétua mas o Retorno do Rei dos reis que inaugurará de modo definitivo Novo Céu e Nova Terra assim a escatologia bíblica não se limita a satisfazer curiosidades acerca de qual país se encaixa em qual profecia mas sim a fortalecer a convicção de que a justiça final será estabelecida o mal será definitivamente vencido e a paz duradoura reinará em Cristo muitos cristãos se sentem ansiosos ou até mesmo atemorizados por relatos sobre guerras rumores de guerras e especulações de que o fim está próximo mas a convicção de

que Deus controla a história deve levar à confiança e ao descanso em sua Providência ainda que livros artigos e filmes sobre escatologia possam despertar curiosidade é fundamental que o cristão não se deixe consumir por teorias especulativas antes deve se dedicar à leitura das escrituras em seu contexto à comunhão dos Santos à pregação do evangelho e a um estilo de vida que reflita a ética do Reino de Deus Além disso a igreja deve manter a perspectiva missionária de alcance de todos os povos se há algo que a bíblia deixa Claro quanto às Nações é o fato

de que Deus tem seus eleitos de cada tribo povo e língua não há um favoritismo divino que coloque especificamente este Ou aquele país como epicentro isolado de seus planos eternos é bem verdade que Deus usa circunstâncias históricas para promover seu reino mas devemos saber que na Nova Aliança de acordo com o Novo Testamento a própria igreja composta por crentes de todas as nações é a Nação santa em última análise a Bíblia aponta para um clímax que transcende qualquer poder político terreno a cidade que os cristãos aguardam não é fundada por mãos humanas mas pelo próprio

Deus a glória de qualquer Império terreno empalidece diante da Glória do cordeiro é para esse futuro glorioso que a igreja espalhada por todas as nações Inclusive a dos Estados Unidos dirige sua Esperança então em resumo discutir o papel Profético dos Estados Unidos e afirmar que o desenvolvimento do Poder norte--americano Está claramente predito na Bíblia requer uma criatividade hermenêutica que no final não passa de extrapolação interpretativa agora escreva nos comentários se você concorda com esse tipo de interpretação e o que pensa sobre o suposto papel dos Estados Unidos nas profecias bíblicas e se você tem vontade

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