[Música] E se eu te dissesse que a maioria dos seus gostos, seus hábitos e até seus sonhos foram colocados na sua cabeça por pessoas que você não conhece. E nem elas conhecem você. Mas então como?
Por filmes, séries e desenhos americanos. Pois é, até o final desse vídeo eu vou te provar que os Estados Unidos programaram a gente e a gente nunca percebeu. Me senti um otário agora, né?
É hoje no Nerd [Música] Show. Fala meus queridos amigos, como estão vocês? Vocês estão bom, né?
Eu acho que pra gente começar eu tenho que provar para vocês o meu ponto, né? É claro. O que eu tenho certeza que você tá olhando meio torto para mim agora nesse momento.
Olha só, talvez você tá me assistindo aí sentado no sofá na frente da televisão. Eu acertei, beleza. E eu tenho certeza que você reúne a família toda para assistir as coisas na frente da televisão.
É aquela reunião familiar na frente da televisão, coisa que sua mãe fazia, seu pai fazia e passou de geração para geração. E também não tô falando de televisão aberta, não. pode ser stream, YouTube ou o que for.
Talvez vocês até jantemente da televisão assistindo alguma coisa. Eu tô errado, não tô, né? Entendi.
É. E quando que isso é diferente dos Simpsons, por exemplo. É, a TV me respeita.
Ela ri comigo e não de mim. Seu estúpido. Ou então dessa cena aqui, ó, do filme da Matilda.
E agora mesmo nós vamos jantar assistindo TV. Todos prontos para ficar grudados com Mickey. Se você puxar isso da memória, você vai ver que a gente já viu isso praticamente em qualquer filme série dos anos 80, 90 e 2000.
E acaba que eu gosto de chamar isso de nosso ponto morto, né? Porque é tipo o automático, a gente já entra nisso aí, sentar e ficar na frente da televisão. [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] Tá, mas outro exemplo vocês vão ver que eu tô tentando chutar qualquer coisa.
O Natal, vamos falar de Natal. [Música] A primeira coisa que vem na nossa cabeça quando a gente fala em Natal é árvore de Natal, neve e um piruzão. Que isso, rapaz?
Tha calma, rapaz. Tenha calma, meu filho. Não faz você.
Isto está impossível. Com todo o respeito, né? Eu tô falando do sentido bíblico.
Me engana que eu gosto coração. Praticamente um esqueceram de mim da vida. Eu fiz minha família desaparecer.
Não se preocupa, Marvel. Eu pego ele. Eu acho melhor desistir.
Vocês vão querer mais. A gente tem essa imagem mesmo aqui no Brasil fazendo 35º nessa época. E a gente só vendo pinheiro de verdade naquelas casas de rico que planta e custa uma fortuna.
E isso também nunca tendo visto um boneco de neve na vida. Pois é, mas e o peru, né? Totalmente quinta série.
O Peru é uma ave nativa da América do Norte e ela foi usada no primeiro dia de ação de graças de 1621 em um jantar entre os ingleses que estavam colonizando lá, né? A ar que vai ser os Estados Unidos e também dos nativos americanos, dos indígenas. O Peru é um símbolo para mostrar a fartura que eles tiveram, né?
Meio que eles agradecerem isso. E depois de muito mostrar isso pro mundo, isso acabou chegando na data mais próxima que a gente tinha, que era o Natal. [Música] [Música] Você já tá ficando meio assustada?
Não, preocupa não, isso é normal. Eu também fiquei doidão assim. Pois é, mas como que eles conseguem fazer espalhar essas coisas pro mundo inteiro?
Porque não é só o Brasil, não, é o mundo inteiro. O problema é só que o Brasil, vamos dizer que é um aluno bem aplicado. [Música] Já sei, tem um exemplo perfeito pra gente falar sobre isso.
E o exemplo é Sorocaba. É Sorocaba, melhor exemplo possível. Nos últimos meses começou a viralizar o prefeito de Sorocaba que se chama Rodrigo Manga.
Já ouviu falar nele? Talvez não, mas você já viu os vídeos dele? Tá na praia, prefeito.
Na praia sim, porque agora nós criamos essa praia top aqui na cidade de Sorocaba, aonde você pode vir com a sua família, curtir, comer um milhozinho sem custo para você. Ele ficou muito famoso no TikTok e no Instagram mostrando as coisas que ele fazia sendo prefeito de Sorocaba, mas tudo de um jeito bem meme, sabe? Bem engraçadão assim.
Isso parece muito inofensivo, mas isso é um grande de um cavalo de Troia. Cavalo de Troia que não é só aquele vírus lá dos anos 2000 que todo mundo recebia no e-mail, não. Cavalo de Troia ficou conhecido como uma lenda, né, em que os gregos ofereceram ao rei de Troia um cavalo bonitaço assim de madeira em homenagem à guerra, né, a paz que havia sido feita ali naquele momento depois da guerra.
O que ninguém sabia é que esse cavalo era o co e que o exército grego tava lá dentro esperando eles colocarem o cavalo na cidade para eles poderem invadir o negócio todo. E é por isso que a gente usa a expressão presente de grego, quando um presente, né, parece muito bom, mas tem segundas intenções. E o conteúdo do Rodrigo Manga com certeza tem intenções de propaganda.
Sabe o que que começou a acontecer? É muito interessante isso. Muitas pessoas começaram a ver os vídeos e começaram a ficar com em dúvida assim, será que é verdade esses negócios que ele tá falando?
Se ele tá fazendo esse negócio em Sorocaba, tem isso aí tudo mesmo? Mas é uma maneira de chamar a atenção. Fala, como assim que um prefeito tá chamando as pessoas para morar em Sorocaba?
Então, chamar atenção pra cidade, isso fez com que a gente recebesse assim empresas, muitas empresas na cidade que viram através das redes sociais. Mas se é real, não é, não importa, porque as pessoas começaram a comprar a ideia e começaram a fazer piada com isso também. que Sorocaba agora era a nova wacana, né, a nova cidade da tecnologia, sabe?
E isso foi mais do que suficiente para algumas pessoas quererem visitar Sorocaba ou até considerarem se mudar para Sorocaba, que no século XIX era considerada um grande polo têxtil de fazer tecido, né? E hoje é conhecida pela tecnologia. Às vezes as pessoas nem precisam fazer a coisa de fato, só parecer que fazem já é mais do que suficiente.
Não que eu tô falando que o prefeito faz ou não faz, porque isso aí eu já não sei. Inclusive, pessoal de Sorocaba, me conta aí se ele tá fazendo ou não tá. Mas se é possível fazer isso com uma cidade do interior de São Paulo, imagina fazer isso com uma das maiores economias do [Música] mundo.
Mas para ser justo, não é só os Estados Unidos que faz um negócio desse, né? A gente que mora aqui no Brasil já tá cansado de estudar a história que os portugueses vieram aqui pro Brasil, que a Espanha vieram para nossos vizinhos aqui da América do Sul. E os dois fizeram o quê?
Estabeleceram colônias. E qual que era o planinho maquiavélico deles? Esses países europeus queriam matériapra e produção agrícola para poder manter a população lá no país deles comendo e bebendo do bom e do melhor, ou seja, tirar coisas daqui e levar para lá.
Só que chega uma época que você deve ter estudado na sua escola que se chama Revolução Industrial. Que que estranha aí? Isso começou na Inglaterra e agora a produção dos produtos não era só mais à mão, né?
Tinha uma indústria por trás. O negócio ficou mais ágil. Eles tinham fábricas e conseguiam agora fazer vários e vários do mesmo produto.
Ao invés de você fazer agora uma roupa sob medida com alfaiate que custava uma bala de dinheiro, agora as roupas eram feitas em massa, com custo menor e que qualquer pobre podia comprar. Na época do trabalho manual, antes do advento das máquinas, a produção de um sapato exigia aproximadamente 18 horas de trabalho, pois um único artesão executava todas as etapas de produção. Era obrigado a trabalhar muito para compensar sua baixa produtividade, dado que ele só podia executar uma única operação por vez.
O preço do sapato feito à mão era elevado e consequentemente poucas pessoas podiam pagá-lo. Com o advento da máquina, a produtividade dos trabalhadores cresceu espantosamente e implementou-se a divisão do trabalho. Cada operário executava somente uma operação, repetindo-a várias vezes, fazendo a economia deles crescer bastante.
Mas só que tem um problema aí, né? Porque isso aí tem um limite que é o limite da população deles. Você tá com uma grande produção, mas não tem para quem vender.
Ô meu Deus do céu, o que que eles vão fazer agora? E agora quem poderá me defender? Eu.
Ai. Ah, já ser uma boa ideia. A gente podia vender para outros países.
E como que eles fazem isso? Indo até lá e fazendo com que esses países aceitem de muito bom grado uma dominação econômica, cultural e bélica. Bélica, você sabe, exército, né?
cair na porrada ali. E isso tem um nome que é muito conhecido, se chama imperialismo. Para você ter uma ideia o tanto que esse povo é doidão, em 1884 rolou um negócio que se chamava Conferência de Berlim, que basicamente foi uma reunião desses países imperialistas para fazer a divisão da África para ver sem o povo da África lá falando assim: "Ó, eu vou ficar com esse pedaço aqui, a Inglaterra fica com isso aqui.
" Ah, é. Ah, então tá. A Itália vai ficar com esse pedaço aqui.
Olha só. E eles fizeram isso tudo sob um pretexto, né, que eles eram as nações evoluídas que tinham o direito, né, de dominar essas nações, né, mais precárias, vamos dizer assim, como se eles fossem os personagens principais do jogo e a gente só aquele povo que é as banquinhas que vende item pros outros, sabe? Mas nesse caso a gente que comprava.
Então eles iam até lá, disseminavam a cultura deles, disseminavam os produtos deles e as pessoas compravam, né? E com isso a economia e a tecnologia do lugar lá, por exemplo, da África nesse caso, não evoluíam, porque o pessoal só trazia os produtos de fora. Ou seja, depois de tudo, esse país da África, da Oceania ou da Ásia, que eles fizeram isso aí também, ficavam dependentes desses produtos.
Olha que bando deu, nossa que raiva que tá me dando. England was untical church, brish education, Shakespeare English accent and they referred to England as mother country even though very few of them actually had the opportunity to travel to England. The contact was a contact of other words, we were made to believe as noation, no culture that was very traumatizing indeed.
Só que isso aconteceu com o nome, né, de imperialismo até depois da Segunda Guerra Mundial. Por quê? Porque esses países imperialistas meio que deram a quebrada depois da guerra, né?
e tinha que, né, ficar só no sapatinho. Mas vamos pensar um negócio aqui. Qual que foi o país que depois da Segunda Guerra saiu grandão?
A maior potência do mundo, que tava emprestando dinheiro aí para esses países se reconstruírem a torta é direita? Os Estados Unidos, né? Mas só que colonialismo, fazer colônia e imperialismo, ah, isso aí é coisa do passado.
A moda agora é, se você completou esse verso, você tem muitos anos de ninguém mais ia cair nesse negócio de imperialismo, não, né? Ou seja, eles precisavam de uma nova estratégia pra gente entrar direto pelo can e eles conseguiram. E olha só que curioso, enquanto muita coisa que a gente consome vem direto da cabeça dos americanos, tem um negócio que nasceu fora do Brasil e que aqui virou uma baita de uma oportunidade e que pouca gente tá aproveitando, né?
Eu tô falando de quê? De investimentos em Bitcoin. Eu ouvi falar nisso, né?
E eu posso falar disso com tranquilidade, porque foi uma coisa que eu vivi de verdade mesmo. Um dos investimentos mais certeiros que eu já fiz na minha vida foi em Bitcoin, porque eu investi um valor pequeno, aí eu fui deixando ele lá quietinho. Aí você sabe o que aconteceu?
Dobrou o valor. E com esse dinheiro eu fiz o quê? Ajudei a pagar a entrada da minha casa.
Foi aí que eu percebi que esse tal de trem de ativo digital não era só coisa de internet, não. Era real. E agora com um jeito muito mais fácil de começar.
O MB é a maior plataforma de ativos digitais da América Latina e tá com a promoçãozinha perfeita para quem sempre teve vontade, mas não sabia por onde começar. Funciona assim, ó. Você abre sua conta de graça, leva menos de 5 minutos.
Aí você investe a partir de R$ 50 em qualquer ativo disponível numa plataforma e em até 7 dias você recebe um crédito de R$ 25 direto na sua conta MB. Mas tem um detalhe importante, tem que investir, tá? Você é só colocar os R$ 50 lá e não investir e não ativa o bônus.
E o melhor é que o MB é todo regulado, todo seguro, segue as regras do Banco Central, CMV, BIMA e são mais de 4 milhões de brasileiros que já estão na plataforma. Então, se você quiser dar esse primeiro passo, o link já tá na descrição e o Qcode tá aqui na tela. Ah, e só para lembrar, né, isso aqui não é recomendação de investimento.
Consulta lá as condições no site oficial do MB. Uma vez um ex-funcionário sior da CIA, que se chamava Allen Dese a seguinte frase: "Se ensinarmos os jovens da União Soviética a cantar nossas canções e dançar com elas, mais cedo ou mais tarde os ensinaremos a pensar da maneira que precisamos. " Vamos entender isso aqui um pouquinho melhor.
Hoje em dia, com a comunicação do jeito que tá rápido para lá e para cá e tal, vamos imaginar que tá acontecendo uma reunião lá nos Estados Unidos com o cenourão Donald Trump lá, top é tudo. E nela ficou decidido que eles vão vir aqui pro Brasil, não vão perguntar nada pro governo brasileiro e vão obrigar a gente a colocar os produtos deles aqui para vender. A gente vai aceitar isso aqui numa boa?
Depende, né? Porque tem gente que é baba ovo até. Mas a gente vai achar uma fronta, né?
Com certeza nós não vamos cair nessa estratégia imperialista dos Estados Unidos. Que absurdo, meu Deus. Ou do Ipirangas pláidas és belo, forte, risonho.
Mas eles são tão bom nisso que eles criaram até uma expressão que se chama soft power. Que que é isso? Bom, assim, uma tradução ao pé da letra, do meu mais inglês aqui, né?
É como se fosse o tipo um poder leve, um poder suave, mas só que o buraco é bem mais embaixo. Pensa só, ó. É, vamos pensar num pedido de casamento.
Pedido casamento. É, preocupa não. Vamos lá.
Como que todo mundo pensa nisso hoje? Então, é o seguinte, ó. Ten que comprar uma aliança de ouro, levar ela num lugar super especial.
Aí eu tenho que me ajoelhar ao pô do sol e pedir ela em casamento igualzinho uma comédia romântica de Hollywood, né? [Música] I love you so much and make you need marry. [Música] Ok.
Só que você sabia que os costumes aqui antigamente no Brasil era uma coisa, vamos dizer, menos trabalhada, menos formal, que era meio que juntava todo mundo assim, começava, ah, então sabe, negociando, ah, então se vocês vão casar, beleza, não sei o quê. É, funcionava meio assim, um pouco meio, é, mas era brasileiro. Ou seja, total influência dos filmes.
Vamos ver outro exemplo. Bora. O que todo mundo aqui sempre quis nas escolas foi um escaninho para você colocar: "Ó, meu Deus, vamos no meu armário para eu te mostrar, pegar os meus livros, ser parte do time popular da escola com baile de formatura no final e fazer parte do clube de xadrez ou de macenaria, não sei.
" [Aplausos] Let o qu ser líder de torcida. Press on three. One, [Música] two, sendo que a gente andava com o nosso uniforme cinza, no máximo azul claro, pegava três buzão para chegar lá na escola e queria aquele ônibus amarelo escrito SC.
Oh, meu, oh my god. E a nossa escola tinha o quê? aquele muro de tijolinho da prefeitura, né?
Isso que a gente tinha. Que que eu tô querendo mostrar? Você lembra que um dos preceitos do imperialismo é passar a cultura pro povo que vai ser dominado?
Antes era mais direto, mas agora não pode porque tá todo mundo de olho. Agora tem que ser de um jeito velado, escondido, de fininho. Esse é o soft power.
É que nem o cara da CIA falou, a gente não precisa ir lá vender os negócios para eles. Se a gente ensinar direitinho, eles que vão vir correndo para comprar na gente, entendeu? Por exemplo, quantos de vocês já tiveram um sonho de passar um Natal em Nova York cheio de neve e tal?
Oh meu Deus, esqueceram de mim? Quantos de vocês ficaram doidões ao saber os preços baixos que eles têm lá em eletrônicos e ficaram atrás de parente? Você traz esse negócio para mim, traz o negócio dos Estados Unidos para mim.
Nem sabe o preço, mas traz o negócio para mim. Quantos de vocês fizeram ou quiseram fazer faculdade só porque é status de sucesso? Ah, porque nos filmes da sessão da tarde eles vão pra faculdade e tem várias aventuras e várias festas.
É American Pie. Oh yeah. Eles são jovens.
Eu não consigo falar com as garotas e quando eu falo eu estrago tudo. O P de formatura é a nossa última chance. American Pie.
A primeira vez é inesquecível. Hoje em Tela Quente. Para vocês terem uma ideia, tem uma cidade no interior de Minas Gerais que chama Governador Valadaradares.
Praticamente o sonho da maioria da população dessa cidade é ter uma vida lá nos Estados Unidos. Você passa na porta da cidade de carro na estrada assim e tem vários outdorses lá falando assim: "Tire seu visto americano, consiga seu green card americano, como passagens pros Estados Unidos". Eu não tô zoando, não.
É verdade. A gente precisa de uma reportagem que coloque em evidência a cidade que coisa que ninguém nunca fez. O que que você sugere?
E o menino rapaz falou: "Uai sou aqui tem uma história aqui porque todo mundo aqui vai paraos Estados Unidos. Ninguém tinha falado disso ainda, Luiz". Ele falou: "Como assim?
" Eu falei, se não tiver um parente nos Estados Unidos ou uma bicicleta na garagem, não é de Valadares, não. Mas estranho, né? Porque a maioria dessas pessoas nunca pisou nos Estados Unidos e sabe tanto sobre os Estados Unidos.
Mas como que isso é possível? Porque toda produção audiovisual, seja filme, desenho, série, o que for, propaganda, discurso político, agenda política, é para quê? para adestrar a gente igual um cachorrinho, pra gente consumir o jeito americano sem ser americano.
Tudo bem que a gente é do continente americano, mas vocês estão entendendo o que eu tô querendo dizer, né? Aliás, você comenta para mim qual dessas coisas que você sempre achou que era tudo brasileiro, mas você tá vendo aqui que é tudo coisa de americano. E se você tiver mais umas, vai colocando aqui.
Você ainda não tá convencido, não? Você quer mais exemplo? Que mais?
Você quer o quê? Eu tenho, mas exemplo, quando a gente casava antigamente não tinha nada desse negócio de lata amarrada no carro, não. Isso é coisa de filme da sessão da tarde.
Caixão aberto em funeral com honras, não sei o quê, discurso. Isso é coisa de filme da sessão da tarde também. Ele tem a voz de um anjo.
É divina. Várias pessoas poderiam ter morrido antes do meu pai, tipo a minha mãe. Casa de dois andares com jardim na frente e sem muro.
É o sonho de todo mundo. Mas ontem você já viu isso aí sem ser naqueles condomínio fechado de rico? Não existe, né?
Comprar aqueles produtos inúteis dos anos 90 pela televisão, ligue zero, não sei o quê. Oh, foi inventado pela QVC, que é a maior no ramo disso, que é lá dos Estados Unidos. Uau!
Eu consegui ouvir a agulha caindo no outro lado da sala. Um exemplo muito prático também pode ser o fast food. Você já viu como ao longo do tempo os jornais estão falando que ah, a população do Brasil tá ficando cada vez mais obesa?
Quando você era criança, lá nos anos 90, qual que era o nosso sonho, né? Era ir no McDonald's, comer um hambúrguer, tomar uma Coca-Cola. Era um sonho pra gente.
Só que o nosso padrão de alimentação era assim: comer arroz e feijão no almoço, na janta, né? Normal. E no final de semana ou nas datas especiais que tinha essas besteira aí, né?
Hoje, se você for na maior avenida aí da sua cidade, principalmente cidade gigantesca assim, você vai ver que na hora do almoço tá todo mundo comendo hambúrguer. Olha, o consumo de fast food bateu recorde no Brasil. Mais de 13 milhões de pessoas trocaram as refeições tradicionais por essas aqui de preparo rápido.
E eu posso falar isso com propriedade, porque agora eu tô morando em São Paulo, né? e São Paulo. É impressionante como é que é um espelho feito ali de Nova York, tanto em hábito quanto em velocidade também, porque é todo mundo correndo para ganhar mais dinheiro para poder comprar produto, porque todo mundo quer comprar alguma coisa.
O consumismo pegou geral. Isso porque também muitas pessoas trabalham em baias que você vê muito nas séries, nos filmes lá dos Estados Unidos. E quando o telefone toca, a gente pega e fala: "Alô".
Verdade. Não tô mentindo. Por quê?
Porque a tradução dos filmes antigamente da dublagem era hello, que virou alô, mas antigamente a gente atendia falando oi ou pronto. Você pode perguntar pro pessoal mais velho aí que é verdade. E o café que é essa paixão nacional do brasileiro, né?
Você já viu pessoas saindo atrasada com aquele copo de papel de café na mão? Com certeza. sendo que a gente tem a nossa chicrinha e os nossos copos de boteco.
Não precisava disso, né? E é engraçado a gente pensar nisso, mas até o politicamente correto é importado. Ou você acha que a gente teve a ideia sozinho de ter mais diversidade na televisão, no teatro, no cinema, né?
Sabe por que que é interessante? Porque esse público vai se sentir mais orgulhoso. Lá, ó, eu estou me vendo e vai comprar mais.
porque lança um tipo de produto especificamente para esse público que tá se vendo lá incluso. Na verdade não é inclusivo, é exclusivo. E tem muita gente de terna e gravata rindo e enchendo o bolso de dinheiro.
Mas no final das contas é aquele negócio, você pode viver a sua vida do jeitinho que você quiser. Eu só não acho justo você ser enganado, né? E uma das maiores coisas que o brasileiro tem é síndrome de viralata, que aqui tudo é ruim e que lá fora tudo é as mil maravilhas.
Ah, isso aqui fora do Brasil funciona que é uma beleza. E é muito cômodo para eles que você continue pensando assim, porque afinal de contas você vai ser um belo do New Colono, né? E tem alguma coisa para fazer?
Sinceramente, eu não sei. Mas depois que você começa a prestar atenção nisso, dá uma sensação que é parecida com mais um filme americano. Só que nesse você se despluga e vê como que o mundo é de verdade.
Dorothyas is going by it is the world that has been pulled over your eyes to blind you from the truth that you are a slave a prison for your [Música] Welcome to the real world. M.