Documentário | A batalha existencial de Portugal contra o avanço do mar

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A erosão está se tornando um problema crescente na costa atlântica de Portugal. Cada inverno traz te...
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A costa atlântica de Portugal é uma maravilha da  natureza, com quase 900 quilômetros de extensão. Há séculos os portugueses e o mar têm uma conexão  especial – mas esta relação está em perigo. A costa está sofrendo os efeitos da erosão, e  o mar já engoliu fileiras inteiras de casas.
Se continuar acontecendo o que ocorre ano  após ano, este local vai deixar de existir. Portugal está desesperadamente  tentando reagir. As autoridades estão ampliando a faixa de areia nas praias  e construindo barreiras e muros de proteção.
E os moradores estão se envolvendo  politicamente para combater a erosão. Mas a ameaça se aproxima cada vez  mais, causando medo nos moradores. O mar entrava em casa.
Mas, mesmo assim, chegou  a bater várias vezes na parede da minha casa, e minha casa tremia. Era dessa  parte que eu tinha muito medo. Três quartos da população de Portugal  vive na costa.
O que eles podem fazer quando o mar se torna seu inimigo? Como  as pessoas estão lidando com a ameaça? E como as autoridades e o governo estão reagindo?
Vítor Cachoeira é pescador. Há várias gerações, a família dele administra um negócio  de pesca costeira na região de Aveiro, na costa norte de Portugal. Maria de  Fátima é o nome do barco que Vítor e os colegas levam para o mar.
Mas as condições  de trabalho dos pescadores estão piorando. Estou sempre ligado ao mar e já  há muitos anos. Já muito novo, e há quarenta e poucos anos de vida no mar. 
Não deixa de ser uma paixão. Não dá muitos lucros. É mais a paixão propriamente  do que a vida.
Ganha-se muito pouco. Hoje o mar está calmo, e o vento está  suave – boas condições para os homens e os barco deles. Mas a pesca costeira se  tornou cada vez mais difícil ao longo dos anos.
Pequenos pescadores mal conseguem  ganhar a vida com o que capturam. O mar sempre garantiu uma renda modesta. Hoje, muitos  pescadores vivem de ajudas sociais e subsídios.
E as coisas estão ficando ainda mais  difíceis devido às mudanças climáticas, correntes mais fortes e erosão costeira,  dizem os pescadores do barco Maria de Fátima. A praia da Torreira ainda oferece  muito espaço para o barco de Vítor e os equipamentos dos pescadores. Mas  outras praias já foram engolidas pelo mar.
Após cerca de uma hora, a  equipe de Vítor puxa a rede. É uma captura decepcionante: apenas algumas  cavalinhas e sardinhas – e um punhado de douradas. Há muito tempo, a Torreira era considerada um bom  local de pesca.
Mas aí começaram os problemas, e Vítor já não pode pescar na região onde vive. Praticamente não conseguimos colocar nenhuma  toalha [na areia da praia] na preamar, porque o mar sempre chega às pedras. Se não  conseguimos colocar uma toalha, imagina então um barco, o que é pior ainda.
A pesca em  Esmoriz, onde moro, está à beira da extinção. Mas Vítor não quer desistir ainda. Ao longo de quase toda a  costa atlântica de Portugal, o mar está engolindo as praias de areia e as  dunas, ameaçando vilas inteiras.
Mas quase nenhuma outra parte do litoral do país está tão  ameaçada quanto Apúlia, no norte de Portugal. O pescador Adriano Ribeiro teme a erosão.  Ele vive principalmente da pesca de lulas.
As dunas de areia ainda oferecem alguma  proteção, mas estão sob imensa pressão. Tenho 55 anos. Esta duna, na altura, vinha  mais ou menos até aqui.
E em poucos anos – está vendo a distância que já está? Tem  sete, oito metros de altura. E não se faz nada.
Está à espera que deixem chegar  à estrada. O mais importante é defender a costa. Estão vendo a miséria que  estão vendo aqui?
E ninguém faz nada. Neste momento, com a subida – que dizem  os cientistas – da maré e tudo que está acontecendo. A única coisa que podemos fazer  é recuar, recuar a maior distância possível.
Uma coisa que eu acho que deviam fazer no futuro,  que é mais provável, era retirar aquele esporão [píer] que está lá ao fundo. Aquele esporão ali  que causou a erosão toda nesta zona. Portanto, é retirá-lo e fazer algo por essas dunas, que  estão aqui há muitos anos e deviam proteger.
Enquanto ninguém tomava medidas, Adriano e os  vizinhos colocaram por vários anos sacos de areia e estacas de madeira para proteger as dunas  e as casas. Um trabalho gigantesco que não impede a erosão. Pelo contrário: cada vez mais casas são  vítimas da maré alta, principalmente no inverno.
Perto dali está a zona de restaurantes de Apúlia:  cerca de 30 restaurantes de frutos do mar estão localizados diretamente na estrada costeira,  atrás das dunas. O restaurante "A Cabana" é um deles. O pescador Adriano abastece o  local com peixes várias vezes por semana.
Sardinhas, sardinhas, acabaram de  chegar. Muito boa e fresquinhas. Há aqui uns robalinhos, umas sardinhas, uma  dourada, um linguadinho do mar da Apúlia.
Mas, cada vez mais, Adriano tem que ouvir  as preocupações do dono do estabelecimento sobre o futuro. O mar ameaça engolir a zona  de restaurantes. E, por razões de segurança, as pessoas dizem que o governo local quer  derrubar os restaurantes.
No entanto, a gastronomia é o pilar da  economia de toda a região. Isto aqui em nível de postos de trabalho,  pelo menos de 80 a 100 postos de trabalho diretos [seriam afetados]. Depois, há cerca de  300 empregos que seriam afetados indiretamente: as padarias, os pescadores e a agricultura.
Abel Vieira se sente abandonado pelas autoridades.  Como alternativa, ele exige que uma nova zona de restaurantes seja construída mais longe  do mar. Ele mostra o local para Adriano.
Nós temos isso tudo aqui, esse espaço de terreno baldio. Olha, este grande terreno não está sendo  usado. Seria o local ideal para novos restaurantes que poderiam ser construídos mais  altos, para que ainda tenham vista para o mar.
Era um grande projeto, se a Câmara [prefeitura] se  propusesse a fazer isso, era um grande projeto. . .
Essa é a melhor ideia que eu vejo  para Apúlia. Iríamos todos ganhar. Mas, em vez de os restaurantes serem mudados  de local, rumores apontam que tudo deverá ser demolido.
Isso significaria o  fim dos meios de subsistência de Abel Vieira e dos outros restaurantes da  Apúlia, bem como dos seus fornecedores. A praia do Furadouro, antigamente um local de  surf, também está ficando cada vez menor a cada ano. E a prática do surf está também se tornando  complicada.
No local onde havia areia e dunas, agora existem grandes blocos de  granito para proteger a cidade. João Paulo administra uma escola de surf em  Furadouro e está muito preocupado. Todas as manhãs, ele prepara o equipamento. 
A escola de surf é sua maior paixão, e ele tem receio de perder o negócio. Vivo do turismo e do surf. Vivo da paixão que  tenho pela água e pelo mar.
E todos os dias, ou todos os anos, isso vai acontecendo e  cada vez vai sendo pior. De certa forma, na parte econômica, isso vai nos prejudicando.  O que era bom a nível de ondas, o que era uma praia muito procurada, deixa de ser procurada  para esse fim.
E as pessoas acabam indo para outros lugares. E, de certa forma, é  ruim para mim e para meus funcionários. A escola de surf ainda está indo bem.
Vinte  jovens se inscreveram para o curso de fim de semana. As aulas de João acontecem  onde a faixa de areia da praia ainda é bastante larga – a cerca de um quilômetro  do centro de Furadouro. Ele tem o transtorno de transportar todo o seu equipamento, e o  caminho está ficando cada vez mais longo.
O que acontecerá se a praia  desaparecer completamente? Lisboa. Os problemas de erosão costeira são da  responsabilidade do governo central.
Inês Costa, na época da gravação deste documentário secretária de Estado responsável pelo assunto,  está ciente dos problemas. Para ela, proteger a costa é o maior desafio da política  ambiental de Portugal. Mais de 1 bilhão de euros foram gastos na proteção de cidades  e praias litorâneas nos últimos dez anos.
Mais do que a questão estrutural ou a questão de  engenharia, não é, seja ela por via de soluções naturais, seja ela por via de soluções físicas –  de obra –, a questão social e humana é sempre um desafio muito complexo quando falamos de  deslocalizações. Com evidências dessas é muito difícil de rebater quando está em causa  precisamente a segurança dessas populações. No Ministério do Ambiente, eles agora  sabem que medidas caras de construção não são capazes de proteger todos  os lugares da força do mar.
Em sua cidade natal, o pescador Vítor luta pela  sobrevivência. Ele é politicamente ativo na comunidade local há anos e atua como mediador  entre a prefeitura e os moradores afetados. Até recentemente, Carla Santos morava com  os filhos numa casa logo atrás desse muro.
Minha casa ficava aqui. O mar ia ali  atrás, sim. Ficava mesmo perto do mar.
Nós tínhamos uma entrada que era  assim, a minha casa era aqui assim, daqui para lá. Minha casa era daqui para ali.  O mar começou a ficar muito mais bravo e eu já não saia por aqui, já tinha que ir  por ali.
Já saia da minha casa por ali. O perigo era tanto que vocês nem pensavam  em fugir, pois era difícil de fugir. .
. Não tinha hipótese [de fugir]. Se calhasse, um dia [o mar] entrar mesmo dentro da  minha casa seria muito difícil fugir com as crianças.
Não daria tempo, porque o  mar era tão bravo, eram marés muito grandes. Em seguida, Vítor acompanha a família até  a nova casa. Ela fica bem perto, a apenas 300 metros em direção ao interior,  em um assentamento recém-construído.
Carla Santos e as filhas se mudaram  recentemente para este assentamento construído pela prefeitura. Vítor  acompanhou o projeto desde o início. Desde que vim para aqui, a minha vida mudou  muito, porque não chove aqui [dentro].
Temos um quartinho para cada um, tenho o meu quarto  e desse lado aqui tem o quarto dos mais velhos. Também não sabia o que era ter um quarto só  para mim. Tínhamos uma casa e não tínhamos, porque a casa onde vivíamos era uma  miséria mesmo.
Aqui temos outro banheiro, nunca pensávamos em tomar banho num  chuveiro, era tudo com bacia. E aqui, não, temos o chuveirinho, temos um banheiro,  temos as funções todas para estas crianças. Praia de Caparica, a poucos minutos  de carro de Lisboa.
Combinamos de nos encontrar aqui com Inês Costa, então  secretária de Estado do Ministério do Ambiente. Muitas medidas de segurança  foram tomadas aqui nos últimos anos. Uma coisa é certa: o nível do mar  continuará subindo.
Esse é um dos impactos derivados das alterações  climáticas. Desde 1958 até 2018, nos dados que nós já conseguimos registrar,  Portugal perdeu cerca de 13 quilômetros quadrados de costa – o que é significativo. É  muito território que já perdemos para o mar.
A costa de Portugal está ameaçada. Então, o que o  governo central está fazendo em termos concretos? Uma das medidas mais caras é o chamado alargamento  de faixa de areia, que consiste em sugar areia do fundo do mar para despejá-la novamente nas praias.
Há recarga de sedimentos ao largo, e as pessoas não veem a recarga de sedimentos na praia. Mas  não quer dizer que ela não aconteça. E nós com esses dados e com esses projetos conseguimos  demonstrar que, de fato, é uma aposta que dá frutos e resultados.
São investimentos  avultados, mas que, depois, uma vez feitos, têm um efeito em cascata em toda a zona  circundante, sobretudo a sul daquela região, o que permite mitigar efeitos [da erosão costeira]. Podemos ver como é o alargamento da faixa de areia na costa da região central de Portugal. Um  milhão de metros cúbicos de areia estão sendo sugados do fundo do mar e despejados na praia  por meio de tubos gigantes.
É uma solução cara: só o diesel para acionar as bombas custa  centenas de milhares de euros. As obras são observadas com um olhar crítico  pela população e por António Salgueiro, líder da vila costeira de São Pedro da  Gala. Ele inspeciona diariamente o grande canteiro de obras na praia e oferece  respostas aos moradores mais céticos.
E quando vierem aquelas ondas grandes?  Levam outra vez a areia toda. .
. Não, não leva nada, porque tem geocilindros.  Por isso que a expansão dos geocilindros é bastante importante nesta obra.
E, depois, tem  a particularidade: esses tubos que vemos aqui vão ficar permanentemente aqui em São Pedro e,  quando houver necessidade de recarga das praias, é só pegar [areia] da entrada da barra  para aqui. Eles vão ficar permanentemente. Já é diferente, mas o mar leva tudo… Nós, neste momento, estamos só vendo a areia.
Mas,  mais para baixo, temos geocilindros ao longo de 300 metros e com três andares. Está previsto  para o ano o reabastecimento de 3 milhões de metros cúbicos de areia para saturar de areia  as praias e, a partir daí, termos aqui areia. As estâncias turísticas em  Portugal estão fazendo cada vez mais para evitar que as faixas  de areia das praias desapareçam.
Se vocês forem por aqui abaixo vão ver  o que era areia. Neste momento é rocha, é pedra, e não é mais nada. O professor de surf João é cético e  leva os alunos em um passeio pela praia.
Temos dunas aqui em cima de 12 metros, 13  metros. Na frente dessas dunas havia umas dunas primárias, que eram aquelas dunas mais finas  que tinham aquelas florzinhas. E essa vegetação foi toda sendo perdida, foi toda comida com o  avanço do mar.
É isto que nos preocupa agora, a entrada do mar pela terra. Mesmo com  essas reposições de areia – como fizeram aqui e envolvem milhões de euros. Como vocês  sabem, os impactos do aquecimento global.
. . Em seguida, João mostra aos alunos os estragos que  ocorrem quase diariamente no calçadão da praia.
Reparem que o mar fez aqui uma brincadeirazinha. . . 
O mar destrói isso tudo. Vamos ver. Sobe aqui acima, passa esse murinho, joga aqui essa  primeira linha de casas e, rapidamente, vai destruir aqui a primeira linha de  casas da praia, o que é triste também.
A erosão costeira tem várias  causas: erros de construção, mudanças climáticas e crescimento da  população. A maioria da população de Portugal vive no litoral, e um quarto da  costa portuguesa é afetada pelo problema. Olhem aqui o que o mar fez exatamente nesse  local.
Eu fiz essas imagens precisamente aqui. É precisamente neste local quando  eu focar para lá. Olha para isso, uma onda forte.
Aconteceu exatamente aqui  neste local. Arrebentou com esta cafeteria toda. Partiu para aquela esplanada que está ali  toda de vidro, partiu e quebrou tudo.
Tinha uma cabine telefônica aqui que foi parar ali ao  fundo. E essas pedras que vocês veem aqui do muro [de proteção] são cuspidas de uma forma por 20 a 40 metros. Já tinha visto?
Ainda não. De volta a Esmoriz, cidade natal de Vítor, na  fase final da campanha eleitoral local. Vítor é o vereador voluntário dos social-democratas.
Ele  fala com todos os moradores pessoalmente. Apoiado pelo prefeito local, ele fez da erosão costeira  a questão-chave de sua campanha eleitoral. As pessoas que estão vivendo no bairro social eram todos que  estavam aqui.
Uma parte delas habitava aqui. E eram muito afetadas. Quando o mar galgava, galgava  mesmo.
Agora, graças a Deus, estão todos bem. Nesta eleição local está em  jogo os melhores projetos para proteger os moradores e suas casas do mar. Aqui na praia de Esmoriz, muitas famílias  viviam em constante sobressalto durante o período, sobretudo do inverno, com as marés  maiores.
Apesar de ter havido a promessa do governo de pagar bastante dinheiro para  [construir] esse conjunto habitacional, nós decidimos avançar única e simplesmente com  verbas da Câmara Municipal [prefeitura]. E isso mexeu com a vida de muitas pessoas. Não foi  o caso do Artur, mas houve muitas pessoas que moravam ali e que foram para ali.
E o Artur é uma das pessoas que ficou satisfeita. O evento da campanha eleitoral termina  no assentamento de habitação social Boa Esperança. Os moradores daqui estão  felizes por não viverem mais atrás das dunas em ruínas à beira-mar,  mas em casas novas e mais seguras.
Mais uma vez, Carla Santos se mostra uma  fiel seguidora do pescador e político local Vítor. O clima entre os cabos eleitorais  está mais alegre. Mas nem todos acreditam que o problema da erosão costeira possa ser  resolvido com a construção de novas casas.
A gente está indo aos poucos, porque não se  pode fazer tudo de uma vez só. E tem que ser aos bocadinhos. É evidente que, se ganharmos  agora as eleições, provavelmente ele irá fazer outro na parte de cá.
Em Apúlia, o clima está consideravelmente mais  pessimista do que em Esmoriz. Chegou a notícia de que o governo em Lisboa leva a sério  a demolição dos restaurantes nas dunas. A esperança é que isso possa permitir a recuperação  gradual da paisagem natural das dunas.
O pescador Adriano se sente decepcionado: ele agora tem  seu próprio plano para salvar a vila. Ele pediu a um arquiteto que fizesse um plano para  ele e há semanas tenta convencer os vizinhos. Está localizando aqui?
O mar partia todo ali por cima  e, quando chegasse à costa, já chegava [fraco]. Então o mar não teria tanta  força quando chegasse aqui. .
. Exatamente. Que é a mesma coisa que aquelas  pedras ali, que são as pedras naturais e que defendem aquela parte dos moinhos, que tira a  força do mar.
Pronto, uma ideia de pescador. . .
Se tirar isso aqui para fora, o mar arrebenta aqui  todo nesta zona e, quando chegar à terra, acontece como agora – como estivesse com maré baixa. É bom  para os pescadores, é bom para as dunas, para as pessoas nas casas, é bom para toda gente. Pronto,  está aqui um exemplo do que poderiam fazer aqui.
Adriano está empenhado no projeto. Ele vê a  implementação em breve como a última chance para as cabanas dos pescadores e restaurantes  da Apúlia não serem engolidos pelo mar. Acho que seria uma solução para não gastarem aí  dinheiro à toa.
E dizerem que vão demolir tudo, que é uma asneira que estão  [dizendo]. . .
Isso aqui é um potencial. . .
Às vezes, Adriano não consegue esconder a raiva  e decepção com quem está no poder em Lisboa. Concordo com requalificar e defender as  dunas. Concordo com essas coisas todas que sejam para o bem desta comunidade –  eu acho muito bom, que devem fazer isso.
Só que dizem que vão fazer, vão fazer, já  se passaram 50 anos e isto continua igual. Fico triste porque defendem [a costa do mar]  em outros locais, mas não defendem aqui. O que é diferente as outras da nossa comunidade?
Adriano está lutando para salvar a  cidade natal dele. Mas aqui em Apúlia, em particular, parece que os humanos  perderam a luta contra a natureza. Especialistas dizem que a erosão costeira  é uma ameaça existencial para a costa de Portugal.
É a catástrofe do século  para o país, um povo e o modo de vida.
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