salve salve pessoal sejam todos muito bem-vindos a mais um episódio do weslinda lanogari podcast Hoje nós estamos migrando por uma temática um pouco diferente dos dois primeiros episódios onde nós falamos mais sobre fisiologia e metabolismo e depois entramos na parte Clínica com o Lincoln hoje nosso tema será saúde mental Talvez um dos temas mais importantes que a gente vai rondar aqui no episódio e Futuros outros episódios também e para conversar comigo eu tenho a Doutora Juliana Fonseca que é médica psiquiatra professora e atualmente a tua em consultório particular e também é psiquiatra da clínica behealth
que é a clínica que é o fundei juntamente com João inclusive se você quiser saber mais o link para conhecer o nosso trabalho está aqui na descrição Ju Obrigado pela sua presença obrigado por você compartilhar conosco aqui a sua sabedoria sua expertise e todo esses anos de bagagem e estudo em Psiquiatria obrigado Wesley Obrigado pela confiança né de me convidar eu que tô em quase todas as suas projetos né no viver de Psicologia futuramente no reservatório Então para mim é uma honra tá aqui muito obrigada mesmo é desde que a gente começou a trabalhar na
clínica onde você é psiquiatra dos pacientes que a gente atende para quem não não sabe eu tenho uma clínica chamada behealf que a gente tem hoje 35 ou mais psicoterapeutas a Doutora Juliana ela é a Psiquiatra que cuida dos nossos pacientes naqueles pacientes que precisam de um atendimento com psiquiatra e a gente tem lá um modelo muito interessante né E que vem sendo elogiado por muitas pessoas que é um modelo onde a gente tem uma interdisciplinaridade do atendimento Isto é a gente pega o paciente e o paciente quando necessário passa pelo profissional da Psicologia pelo
profissional da psiquiatria e quando também necessário com os nutricionistas que a gente tem na equipe na minha avaliação esse sempre foi meu sonho de eu fico me imaginando se tivesse um filho ou precisasse enviar Algum parente meu ou mesmo eu por um atendimento em Saúde Mental Eu adoraria que esse que esse ente querido Ou eu mesmo fosse acolhido por profissionais que trocam informações porque porque os transtornos são em grande maioria ou quase em totalidade é multifatoriais então é importante que a gente tenha diferentes especialidades trabalhando ali isso a gente tem hoje com o avanço da
psiquiatria e o avanço dos estudos até algum tempo atrás é a sociedade de uma maneira geral encarava a saúde mental como uma coisa muito Mística e assim Acho que acredito que na idade média e até mais para frente disso a saúde mental era uma coisa de a gente tinha aqueles pacientes que tinham doenças mais neurológicas como por exemplo uma doença de alzheimer onde o sujeito quando Viesse a falecer na autópsia pelas pessoas abriram o crânio e vinham que o cérebro tava com neurodegeneração tava um cérebro encolhido tava um cérebro com danos físicos né só que
naquela época pelo fato de não existir o advento da neuroimagem ou a capacidade de que a gente tem hoje de olhar os circuitos neuronais no cérebro dos pacientes muita gente achava que sintomas de depressão ou sintomas de esquizofrenia era uma loucura vou abrir o Episódio de hoje com uma pergunta bastante Ampla e eu quero que você não se limite no tempo para responder é como é que você verifica como é que você avalia como é que você pode nos explicar assim é dissertar sobre esse esse essa lacuna que existe de produção de conteúdo desde uma
época onde o sujeito com transtorno mental tinha como julgamento da sociedade infelizmente alguns nichos hoje ainda existem isso mas a pessoa era basicamente vista como uma maluca uma pessoa louca ou uma pessoa fazida ou exagerada ou pessoa enfim qualquer outra coisa falta de caráter uma pessoa com esquizofrenia era um mentiroso falta de caráter por um lugar que a gente está chegando hoje com atendimento que seria o mais próximo assim numa perfeição com uma equipe interdisciplinar esse avanço como é que ele se deu então é ótimo começar com essa pergunta bem no episódio porque a gente
vê uma evolução da história da psiquiatria e da história dos transtornos mentais com o avanço do conhecimento científico né então se a gente voltar 5.000 anos atrás né então três dois mil anos antes de Cristo nas primeiras civilizações que tinham registro né que tinham linguagem então no Egito antigo Era exatamente isso que você falou os transtornos mentais eram visto como possessões demoníacas e Os tratamentos eram através dos rituais religiosos né as pessoas não viam a doença como outras doenças como um sangramento por exemplo eles entendem que aquilo era biológico mas o transtorno mental não era
algo espiritual né E quando a gente vai caminhando por exemplo a Grécia antiga que a gente teve um filósofo Hipócrates né que é considerado pai da Medicina ele já considerou que todas as doenças inclusive os transtornos mentais eram por desequilíbrio entre os rumores né que era abinegra bile amarela falei ao meu sangue né os líquidos né era os líquidos do corpo né apesar do do da ideia dele ser equivocada né perto do que a gente tem hoje mas ele foi o primeiro filósofo que começou a considerar que a depressão a esquizofrenia os transtornos psicóticos da
época tinham origem biológica e dois mil anos atrás realmente é uma capacidade absurda de visão o cara é genial né hipótese foi genial E com isso o que que ele indicava né como como tratamento apesar de não ser médico atividade física olha só a alimentação o que alimentação na época seria hoje a nossa alimentação mediterrânea né seria mais ou menos parecido e cuidados médicos Gerais então assim ele próprio foi realmente a frente do seu tempo né ele foi tão à frente do seu tempo que na Idade Média a gente teve um retrocesso em relação a
esse entendimento né então novamente os transtornos mentais vídeos como possessões eram visto com como se fosse um castigo Divino pelos seus pecados então se você tava doente era porque você pecou e você precisava ser punido de alguma forma e nessa época da idade média foi onde começou assim surgir os primeiros asilos né Não era nem os instituições psiquiátricas eram asilos mesmo porque eram depósitos de pessoas que eram tratados de forma cruel né e não tinha uma visão de tratamento não tinha essa visão mais de isolamento retiradas exato é retirado a sociedade então essas pessoas não
não podem conviver com nós que somos normais né Na época era visto dessa maneira então na Idade Média a gente teve teve esse tipo de configuração em relação ao transtorno mental né e é por isso que a gente hoje tem tanto preconceito com hospitais psiquiátricos as pessoas elas remetem a essa ideia desses asilos na Idade Média onde as pessoas sofriam eram colocadas ali até morrer não tinha uma visão tratar ou curar essas pessoas né aí com o avanço no renascimento a gente teve um avanço dentro eles não chamavam de neurociências mas existiam o interesse Muito
grande pelo comportamento humano pelo funcionamento do cérebro né no renascimento a gente teve essa Essa época histórica e teve um médico suíço para seus que ele começou a relacionar transtorno mental como a correlação entre o ambiente e a fisiologia o biológico então ele começou a perceber que existia algo entre a interação entre a pessoa e o ambiente que adoecia a pessoa e que também foi muito foi genial no sentido que ele foi muito à frente daquilo que eles tinham ali não tinha nada relacionada a comportamento humano eles não tinham esses estudos na época né e
depois o renascimento a gente teve a época do Iluminismo e que a gente teve philipinel que hoje até tem instituições no Brasil que tem o nome dele Rio de Janeiro exato e o pneu e um francês que começou a ver psiquiatria com um olhar mas humanizado né então ele teve essa reforma foi mais ou menos na época da Revolução Francesa né impulsio iluministas é que a quando a gente olha para trás na história e já você já continua aí com com a cronologia só pra galera entender quando a gente olha para trás na história a
idade média foi um é um buraco intelectual porque existia muita repressão contra os intelectuais queimavam o livro A influência da igreja católica era muito forte gigantesca não deixavam os intelectuais falar muitos livros eram Queimados Então até interessante Quando você vai fazer um estudos sobre a evolução do do da Saúde Mental e dos estudos sobre o cérebro e tudo sobre o comportamento geralmente na Idade Média você vê uma lacuna não tem porque ou o livro não foi achado porque foi queimado ou não deixaram as pessoas fazer aí depois com essa pressão de não permitir que os
econômicos produzissem que seria liberdade de cátedra que os professor tem hoje né essa pressão de não deixar que os acadêmicos produzissem ela foi uma panela de pressão enchendo impulsionada pelas ideias iluministas e se explodiu E aí muita gente começou a publicar seus livros e estourou revoluções como por exemplo talvez a mais expressiva seja Revolução Francesa e nesse meio a psiquiatria também começou a dar um bom com o pneu inclusive é a partir desse momento a psiquiatria começa a ver serviço como uma disciplina dentro da Medicina até assim século 18 não era não estava dentro do
currículo obrigatório né se a gente pensar não faz tanto tempo assim né muito recente se você for olhar comparando com as grandes disciplinas como Física Matemática e química e filosofia que estavam lá na Grécia antiga psiquiatria é um bebezinho então ele ele foi revolucionário dentro de uma época que realmente teve a revolução francesa que foi um Marco muito importante no sentido de não amarrar os pacientes de ter um tratamento humanitário né de não ter tantas pessoas dentro de um mesmo espaço e assim o que ele queria Na verdade é um tratamento Digno eu tava pedindo
nada demais aí ele tava falando para tratar as pessoas como as pessoas devem ser tratadas né então isso foi no século 18 no século XIX a gente teve um dos psiquiatras mais importantes dentro da história da psiquiatria que é um psiquiatra alemão que chama é meu que é creplin o creplin ele é conhecido como o pai da psiquiatria descritiva o que que aconteceu com com ele ele ficou muitos anos né assim décadas dentro de Sanatório e ele era muito constante nas anotações nas evoluções clínicas dele então o que que aconteceu Wesley começou a ver um
padrão de alguns transtornos na descrição então ele fez na verdade o que a gente chama de História Natural da doença ele pegou esse quadro chegou assim depois de 10 anos tava assim depois de 20 anos estava assado entender numa época que não existia manuais no zoológicos né classificação de doença como a gente vê hoje exato ansiedade depressão toque tepit TDH esquizofrenia Essa época era era um cara que tinha disfunção de comportamento e algum problema que ninguém sabia direito que era e ele foi que legal Não sabia dessa parte eu sei da importância dele mas não
sabia que ele fazia muitas anotações sim ele na verdade ele foi o precursor do desse am né porque foi foi com base nessa classificação dele que deu o início né ao dsm E assim a gente tá falando de 1890 1900 né então ele teve essa Constância em relação às anotações e começou a ver alguns padrões porque na época tinha esse estigma que você falou Wesley que louco era louco o cara tem o quê loucura e era esse termo que as pessoas usavam não tinha o cara tem transtorno bipolar ou o paciente tem esquizofrenia não tinha
essa diferenciação entre os transtornos e ele definiu a grande obra dele foi definido duas doenças uma que ele chamou de Psicose maníaca depressiva que deu origem ao transtorno bipolar então ele começou a ver que tinha um paciente que ele tinha uma fase um episódio que ele era eufórico o cara não dormia e fazia várias coisas ao mesmo tempo ficava ali com tac psiquismo e outra fase o cara entrava no episódio depressivo ele descreveu isso hoje a gente tem o nome de transtorno bipolar ou no sítio transtorno afetivo bipolar Mas ele foi o primeiro que descreveu
isso e outra doença ele descreveu como demência precoce que deu origem ao termo de esquizofrenia na verdade porque começa mais cedo o que que ele percebeu que aquele paciente que tinha um primeiro surto Psicótico aos 20 22 anos ele naquela época não tinha tratamento né a gente tá falando de uma era pré anti Psicótico então o cara que tinha esquizofrenia ele ia morrer com esquizofrenia e ele não ia tratar disso então a cada surto direitinho ele tinha uma perda cognitiva e é o que a gente vê na prática de pacientes que não fazem tratamento então
ele chamou de demência precoce porque era uma demência que começava aos 35 40 anos justamente numa era que não existia tratamento então o creplin foi importantíssimo porque ele inaugurou a psiquiatria descritiva então ele viu o fenômeno psíquico descrevia e começou a achar padrões e foi com isso que foi criado hoje o dsm que a nossa classificação nos transtornos mentais e foi através dele então ele é um ícone assim da psiquiatria moderna né Depois o do crepe a gente teve o Freud pai da psicanálise é um neuropsiquiatra né não era neurologista psiquiatra ele era os dois
na verdade que ele começou a estudar que os transtornos mentais poderiam ser poderiam surgir através de traumas inconscientes e que a terapia seria descobrir esses esses traumas ingredientes para poder para pessoa não ter esse transtorno permitir que a pessoa falasse até conseguir fazer associações né e tudo mais e Psicose a obra dele é apesar da gente questionar várias coisas com um avanço da cognitivo comportamental mas a obra dele foi muito importante para aquela época na época foi uma genialidade absurda assim ele falou muito sobre neuro sobre desenvolvimento infantil sobre sexualidade realmente para época ele era
um cara bastante avançado Inclusive tem tem estudos tem artigos publicados do freio tem particularmente legal que ele é intitulado um projeto para uma psicologia mais científica que ele acaba descrevendo ou melhor sugerindo como que como que era arquitetura neuronal no cérebro antes do Santiago Ramon e carrau descreveu o neurônio ele já por alguma acompanhar Talvez ele era médico acompanhava muito Neurologia eu era um cara que tava na na linha do conhecimento mas depois a gente vai ava e ele se dedicou muita obra dele né então ele foi uma um médico que ele escreveu muito que
ele estava vendo né ele teve essa preocupação de deixar a obra dele para frente né que você citou acho que não gostava muito dele né ele tratava e são ideias diferentes assim né E eles ouviam na mesma na mesma época né e um tava falando de uma psiquiatria descritiva E outra tava falando de fenômenos inconscientes que dão origem aos traumas vividas então era uma coisa assim que é muito abstrato e eu acho que ali que começou a o início da ramificação entre neuroses e psicoses e o que a gente tem hoje que é o dsm
de manuais porque eu não tava descrevendo um transtorno maníaco afetivo um transtorno depressivo maníaco depressivo e uma demência precoce que se tornaria esquizofrenia e o outro já tava descrevendo de uma outra forma Então acho que ela tá falando que era de pulsões internas então assim ficava muito era muito diferente muito diferente e aí depois do Freud assim de marca importante a gente teve quase inauguração da psicofarmacologia moderna que foi através da clorpromazina que é onde Psicótico inclusive que a gente usa até hoje assim Sistema de Saúde porque é um antibiótico muito barato né 1952 olha
como que é recente cara se o primeiro antipsicótico 1952 é muito recente disso não tinha complicou não tinha o que a gente tinha equivalente ao paciente que era diagnosticado com um transtorno diabético tipo 1 né porque não tinha insulina exato não tem que fazer uma sentença é uma sentença é uma sentença assim prognóstico Péssimo né porque não tinha como tratar e antes disso ser dativos que tinha usado por anestesíssimos Barbies únicos eram sedativos maiores assim calmantes assim mais mais potentes né não tinha essa intenção de tratar colocava o paciente para dormir só né e assim
com o avanço da psicofarmacologia outra medicação que inaugurou uma era foi o Prozac né que é a Fluoxetina a Fluoxetina 1988 ó como que é recente né assim nos Estados Unidos foi um gente até um filme eu não sei eu acho que é um filme mesmo que chama geração para usar aqui e aí tudo que é bom tem aquele bom e eles não conheciam muito bem eles sabiam para que que a medicação servia mas a população em si não tava entendendo o que estava acontecendo Então virou a pílula da Felicidade as pessoas começaram a tomar
sem indicação porque elas queriam se sentir melhor queria eu quero ser mais feliz aí tomava o Fluoxetina com esse intuito o que a gente vê hoje que não faz sentido algum esse tipo de Conduta então assim o que a gente vê na história da do transtorno mental é justamente a gente passar de uma era em que o transtorno mental era visto como algo espiritual para uma era onde a gente já começa a ver a Biologia por trás do transtorno mental né Eu até acredito que vai chegar um tempo és não sei se a nossa geração
vai conseguir ver isso mas a psiquiatria Neurologia vão ser quase que uma só porque a gente não vai conseguir distinguir o que que é psiquiatra no sentido que que é da mente e o que que é neurológico porque vai Juntar uma hora né então eu eu vi recentemente alguns estudos assim que até mostram uma migração de acordo com o tempo em alguns gráficos mostrando por exemplo é quantos qual que era a porcentagem de artigo publicado como em revistas de Psiquiatria e qual por exemplo em 1985 e 90 e qual que é a porcentagem de artigo
sobre os mesmos tópicos publicados em revista em Psiquiatria e Neurologia hoje você vê por exemplo uma doença de alzheimer epilepsia algumas doenças assim tem um tempo atrás eram publicadas normalmente em revistas de psiquiatria aí com o avanço dos entendimento sobre a neurobiologia do transtorno como a sua migrar para Neurologia então de fato acho que com os entendimentos que a gente tem hoje sobre a o avanço das neurociências e a capacidade que a gente tem tecnológica de olhar o cérebro dentro a tendência que cada vez mais a Neurologia psiquiatria se una até no Congresso que está
tendo agora em Florianópolis é justamente essa junção da psiquiatria da Neurologia e da psicologia e tem terapeutas ocupacionais tem profissionais de outras áreas que que eu acho que assim né é o melhor dos mundos esse né juntar esses profissionais que tem experiências e olhares diferentes sobre o mesmo problema para discutir sobre isso né porque eu sinto assim que as pessoas Às vezes tem um receio de ir no psiquiatra né Às vezes a pessoa tem receio até de falar que já está em acompanhamento psiquiátrico Mas falar com neurologista de boa né falar cara ah tô tratando
enxaqueca tranquilo mas falar que tratam transtorno do pânico de ansiedade Parece que ainda tem um estigma né e eu vejo que dentro da história a gente olhando para esse Panorama olhando para trás às vezes a gente entende por que que a gente escuta tanta besteira por exemplo no sentido da depressão é falta de Deus tem que rezar mais tem que levantar a cabeça tem esses conselhos que mais mais atrapalham do que ajuda os nossos pacientes é por conta da depressão serviço com uma doença mais psicológica emocional do que uma doença biológica que de fato você
vai falar para um diabético tipo um que não produz insulina no pâncreas ou por um cara que tem sei lá um problema no músculo da panturrilha e não consegue caminhar direito e dificilmente você vai falar que é falta de Deus manda o seu pâncreas produzem insulina a galera não entende que dentro do da depressão dentro de um quadro depressivo é mesma coisa que é isso que o diabético a diabetes é um problema no pâncreas na depressão é um problema no cérebro na parte biológica do cérebro só que como antes eles lá no tempo que tratavam
as pessoas como loucas ou falta de caráter ou preguiçosa aquela época tinha tecnologia que permitiam olhar o cérebro hoje tem né E aí conforme a gente sabe quais os circuitos estão ali é alterados o avanço da psiquiatria tenta e da Neurologia tenta trabalhar com isso mas dentro do dentro dessa desse tópico assim Ju é muita gente pergunta e muita gente tem essas dúvidas de como é que funciona assim a diferença de tratamento de um psiquiatra e de um psicoterapeuta por exemplo se você pega um paciente que tem um transtorno depressivo maior tá E esse paciente
precisa estar num estado de grave ele precisa de uma intervenção o paciente pode tomar pode como é que funciona só o psiquiatra precisa do psicólogo na sua avaliação como médica então Wesley assim eu tenho até uma maneira diferente de trabalhar da maioria dos psiquiatras porque eu tenho vou falar sorte né de trabalhar na Bi Health porque assim todo o paciente que eu atento na BR vem encaminhar de um psicólogo então eu tenho certeza que esse paciente já está sendo tratado através da psicoterapia então quando esse psicólogo me encaminha é porque ele já percebeu gravidade no
caso Então esse paciente quer encaminhado por exemplo da Abby relf é difícil paciente que eu não trato com medicação porque esse paciente já foi avaliado por um colega esse paciente já já está sendo tratado com terapia cognitivo comportamental e não está sendo suficiente Então esse paciente que chega com sintomas mais graves eles acabam tendo que usar a medicação por um tempo determinado o qual que é a parte interessante disso eu vou ficar com paciente durante um tempo Wesley então assim o cara tem um transtorno de ansiedade Vamos colocar seis meses um ano um tempo médio
mas essa pessoa provavelmente vai ficar em terapia mais do que um ano então eu o interessante desse acompanhamento né que vai ser de um acompanhamento mais crônico pela parte do psicólogo é que ele vai ver assim esse paciente está tendo recaída esse paciente está piorando ou esse paciente tirou a medicação e não contou para o médico esse paciente sumiu não foi mais um psiquiatra porque ainda tem muito isso eu percebo assim tem alguns pacientes principalmente os mais jovens né que às vezes são mais impulsivos por serem jovens Eles começam tratamento e às vezes tem aquela
resposta ali com dois três meses melhorou parou mas antes depressivo não é igual Dipirona sem dor não toma né a gente precisa de um tempo até por conta de todo o circuito neural que o antidepressivo vai modular a gente precisa de um tempo para tirar essa medicação essa medicação precisa ser desmamada precisa ser eu preciso dar alta eu até brinco com paciência olha volta eu quero te dar alto Deixa eu te dar aula não se dá alto Deixa eu te dar alta né porque é difícil paciente com a perna quebrada que tira o gesso fala
não vou voltar na ortopedista mais não faz isso você quer ir lá fazer o raio x para ver se tá tudo certinho deixa ortopedista avaliar a mobilidade psiquiatria o pessoal não volta então existe ainda essa essa cultura das pessoas tirarem medicação por conta própria porque acham que estão bem é que acho que é origem de todo esse de toda essa confusão dentro dos tratamentos em Saúde Mental é o fato da pessoa achar que uma um transtorno psiquiátrico é uma parada subjetiva sabe tipo é tá em algum lugar a gente não sabe direito o que é
E aí se deu uma melhorada tá bom a galera tem que entender que é uma parada física tu tem que o médico psiquiatra tem que avaliar se vai tirar ou não você vai reduzir doses se vai ter volta dos sintomas se os sintomas de fato sumiram Às vezes o cara dá uma melhorada mas pode ser um episódio de alguma mesmo assim se disfuncional então quando a galera começar a entender que é uma parada biológica que é preciso tal qual endocrinologista cardiologista ortopedista tem que ter um acompanhamento e na psiquiatria é difícil né você ainda como
você falou segue você pega pacientes que vem na nossa clínica que são muito bem educados educados no sentido do terapeuta já ter explicado já ter cara provavelmente já sabe dormir bem que a gente já ensinou o cara já sabe a importância de fazer redução de estresse já sabe a importância um monte de coisa é eles são psico educados já né exato mas imagino que a regra não seja essa não assim no meu consultório por exemplo que o paciente marca a consulta direto como secretário então não eu não tenho esse essa proteção né do psicólogo vim
antes quando o paciente está grave eu vou começar a medicação mesmo e não estando em terapia e eu encaminho para o psicólogo né às vezes pelo perfil da pessoa eu já sei mais ou menos para quem indicar isso é legal quando na bi-real como a gente tem um contato próximo com os colegas então eu já conheço assim olha esse psicólogo ele é bom para os empresários porque ele tem uma mentalidade assim essa é a melhor que adolescente então a gente já conhece o profissional eu encaminho e oriento a atividade física sono toda aquela orientação mas
são poucos que realmente aderem a todas essas mudanças e muitas pessoas preferem só tomar a medicação prefere não fazer terapia e se a gente considera por exemplo a depressão né colocar o transtorno mental um dos um dos mais prevalentes é multifatorial Wesley então assim só a medicação não vai funcionar né Então até atendi um engenheiro um engenheiro Às vezes tem um pensamento mais concretão né cara semana passada atendia e falou assim então Juliano ó eu vou tomar esse remédio aqui vai aumentar a serotonina e é isso cara não é só isso tem vários outros fatores
relacionados a rotina dele a como ele dorme como ele come como ele se relaciona com a esposa que estão envolvidos no processo de adoecimento dele então só a medicação vai melhorar Talvez melhore ânimo Talvez melhore um humor mas assim ele vai ter uma melhora Clínica assim 100% não vai e ainda tem outra parcela de paciente que vem com sintomas leves Então vem com uma ansiedade é de forma leve mesmo assim que não causa disfunção na vida do indivíduo e que o algoritmo que que o que que é o que que a gente é preconizado psicoterapia
TCC antes da medicação e para você falar isso para o paciente demora essa porque o cara vem só pensa bem ele pagou sua consulta Porque ele acha que vai tomar remédio e aí no final ele recebe um encaminhamento por um terapeuta que eu não tive comportamental eu falei mas você não vai me dar remédio eu tô triste eu tô chorando durante o dia você não vai fazer nada então para o paciente entender que antes existe igual por exemplo na diabetes né que hoje eles fala pré-diabetes o que que o endocrinologista vai vai te falar cara
vai fazer atividade física vai fazer musculação né para o diabético e arruma sua dieta Antes de a gente entrar com a metformina qualquer outra coisa e muitas vezes essa pessoa para aí se a pessoa adere realmente um estilo de vida saudável ele não vai precisar entrar com medicação exato É reversível então a gente também pega casos leves na clínica né que a gente tem que encaminhar para terapia antes de tratar com medicação Mas eu sinto que às vezes alguns pacientes ficam desconfortáveis só com esse encaminhamento foi Nossa mas você só vai me encaminhar aí às
vezes o paciente ele ele pode cair na medicação mas vai fazer uma monoterapia um medicamento Só não vai precisar colocar uns três porque porque o resto já ele tá tentando ajustar com estilo de vida só que é difícil a pessoa entender isso né Principalmente porque ela vai com a expectativa de ganhar um comprimido é e as soluções rápidas são muito perigosas quando a gente fala de medicação né Assim eu vejo eu não sou especialista em sono a gente tem médico do Sono médico que só faz isso né que é especialista em sono então é um
é uma residência a mais né neurologista psiquiatra que geralmente faz esse esse especialista geralmente pega alterações de sono mesmo na epilepsia pega assim transtornos relacionados ao sono mas eu que sou generalista eu pego queixas relacionados ao sono que ah 90% resolve o fugir de sono 90 só que a pessoa ela não quer essa mudança é difícil ele entender que ele precisa mudar o comportamento dele para ele dormir melhor porque a vizinha dele toma o Rivotril e dorme que é uma beleza um tópico que a gente pode abrir para depois voltar nos diagnósticos como é que
como é que tá hoje em dia assim eu lembro que um tempo atrás Principalmente quando eu tava clínicando mais a questão de tomar medicamento para dormir sem indicação médica era uma uma coisa absurda porque a vizinha tomava os updanha ou Rivotril E aí eu tô estressado um dia eu vou tomar também e chegava o paciente para mim ele tinha desaprendido a dormir você vê isso na sua Clínica é muito é tipo a galera às vezes não entende mas o paciente é exatamente isso ele desaprende a dormir ele não sabe dormir como é que não sabe
como é que como é que não dorme tipo assim ó o sono é um comportamento você tem que sentir Ele chegando é tipo ir ao banheiro você começou a sentir vontade de ir ao banheiro e Você caminha para o banheiro o sono é a mesma coisa o paciente que ele que ele que ele toma medicamento para dormir ele desaprende a dormir porque ele toma um comprimido e apaga então ele começa a condicionar os comportamento de sono dele ia tomar aquele comprimido e era muito complicado isso daí era uma coisa que acontecia demais uma enxurrada de
gente tomando medicamento para dormir depois para tirar uma trabalheira desgraçada porque a pessoa vicia contra sua depende daqui e tá muito assim hoje é um problemão assim e cada vez que eles lançam algum tipo de medicação eles vêm como a solução dos problemas em relação aos bens dias epicos então surgiu por exemplo a classe de indutor do sono né Zoppi bem Não esse não causa dependência esse pode usar com segurança não dá ressaca no outro dia então a propaganda era essa e o que a gente vê que causa dependência também e quando você fala que
o paciente ele desaprende a dormir você está falando sobre um comportamento aprendido através de uma prescrição médica né pode inclusive ter perpetuado por receitas ou por medicação que é comprado de uma maneira ilegal mas geralmente a primeira receita é uma receita prescrita por algum médico né então assim eu vejo isso um problema porque as pessoas prescrevem e não levem então assim eu bem o benzodiazepínico Né que é o Rivotril Alprazolam essas essa classe de medicação de calmantes elas deveriam ser prescritas igual antibiótico você vai tomar Portanto tem por sete dias acabou você não vai tomar
antibiótico resto da vida mas você tá com problema pontual você vai resolver com essa medicação por dado tempo e depois a gente tem que tirar aí eu já peguei paciente que tomava 12 anos 14 de memória se acidentava de carro porque começou Esse aspecto cognitivo né até teve uma revista da Veja se há 20 anos atrás estava assim Rivotril causa demência né e causou um bom assim né Rivotril causa demência não causa uma perda cognitivo não é você pega é que um medicamento que atua no neurotransmissor inibitório a pessoa toma começa a ter lápis de
memória começa a não lembrar de algumas coisas não é necessariamente demência Mas vai ter prejuízo cognitivo e a gente vê que assim Existe dois tipos de dependência assim tem a dependência química Então esse caso você falou na época que eu trabalhava no SUS às vezes eu pergunto se eu tô tomando bromazepam o clonazepam Diazepam Ah Doutor desde que eu fiquei grávida Mas quantos anos tem seu filho 40 anos então você pensa se tirar uma medicação que já tá condicionada para pessoa tirar 40 anos né então não então além de ter uma dependência química e a
dependência química que quando essa pessoa tira de forma abrupta ela tem sintomas de abstinência pessoa acorda com tremor acorda com tontura tem sintomas físicos mesmo igual a gente tem do álcool a gente vai ter com bem a gente quando a pessoa já desenvolveu a dependência e a gente tem um fenômeno também da tolerância Então você começa tomando cinco gols de rivotril dorme bem daqui um ano tomando 10 e não tá dormindo legal então assim a pessoa ela vai ficando tolerante a medicação que é a mesma coisa do álcool o adolescente bebe uma lata de cerveja
fica embriagado você pega um etilista que bebe 2 litros de pinga ele não tem mesmo efeito de duas latas na adolescente já desenvolveu a tolerância né então existe essa dependência química que é um problema e existe o aspecto da dependência psicológica eu tenho paciente que ele sempre pede receita do Rivotril gotas e ele não toma dois anos mas ele tem que ter o frasco dentro da validade dentro do na mesinha ali do lado da cama dele porque se ele não se ele vê que não tem o Rivotril ele fala se eu tiver insônia e eu
olhar e não não e a medicação não tá ali eu não vou conseguir dormir então assim é quase como se fosse uma muleta igual criança dorme ali com um cursinho o cara dorme com um frasquinho Rivotril lacrado e ele me traz lacrado ele não toma de fato então eu vejo assim que a gente desaprende dormir e na vida adulta porque quando a gente é criança o pediatra ensina a nossa mãe como que a gente tem que dormir todo pediatra fala Olha tem que ter horário para acordar Tem que orar para criança deitar não pode comer
tal tal coisa à noite o quarto tem que ser escurinho tem que ser fresco o pediatra ensina como a mãe deve colocar a criança para dormir e a gente começa a desaprender e fazendo tudo errado né existe lógica a diferença de cronotipo adolescente a gente sabe que né realmente vai dormir um pouco mais tarde acordar um pouquinho mais tarde mas assim isso não é tão tão variável né quando adolescente eu atendo muito adolescente é da minha clínica quando adolescente chega para mim e fala assim quer eu sou noturno já roubaram uma voadora no menina você
enxerga no escuro que poder que você tem no escuro você não faz nada se você não é noturno cara você tá com seus hábitos e o cara tá tanto tempo ali Dormindo e acordando no horário errado que aí ele realmente começa a acreditar que o sono dele vem só 3 horas da manhã foi mas que que você faz Ah eu fico jogando barulho de tiro no fone gritando falando palavrão no xingando a galera três línguas diferentes como que você vai dormir né então eu percebo que a prescrição excessiva né e eu não sei os números
mas eu sei que assim o Rivotril no Brasil né que é o clonazepam é assim um Brasil é um dos países que mais vende assim mas é disparado então quando a gente tem essa discrepância de vendas entre nós por exemplo a Índia população muito superior do Brasil foi o que que tá acontecendo a gente tá prescrevendo demais hoje a gente tá para escrever errado né então assim o bem Joseph que para mim é o maior problema que a gente tem da psicomocologia hoje é de retirada de de bem-exepnico tem que desmamando gradual Eu particularmente por
exemplo eu passo para o frasco em gotas então eu vou diminuir uma gota por semana sim é uma coisa que que a pessoa para ela não sentindo o corpo dela só que ela tem que aderir a questão de Hábito E aí assim outro problema que que a gente tem também é tem a questão de pessoas que de fato trabalham em turnos né E aí né médicos pessoal da enfermagem pessoal de segurança que trabalha à noite Assim como que a gente repõe esse sono não repõe né então acho que para quem trabalha em torno já tendo
muitos médicos e real fica tendo muitos médicos Qual que é a questão ter um plano a curto médio prazo de sair desses Pontões noturnos é o que eu vejo assim de solução Porque mesmo que a pessoa durma 8 horas então o cara chega às 7 horas da manhã e dorme ali no período da manhã até no início da tarde esse sono não vai ser reparador como período da noite os cinco fica de ano não acompanha esse esse ritmo que a gente está produzindo de forma errônea por conta de turno de trabalho né então do que
eu vejo solução para o pessoal que tá vendo e tá até com raiva de mim foi mas pô trabalha à noite Juca que que você tá querendo que eu durmo certo Plano B tem um plano de sair tem então plano de saída porque o cara não vai ter cronicamente aquilo ali vai destruir a saúde dele sim de maneira absurda como é que funciona assim Jú porque quando a gente pensa em classes de medicamento para passar por um paciente dentro da profissão de vocês né a gente que eu digo no sentido da comunidade científica Imagino que
o paciente tem que tomar medicamento de acordo com diagnóstico que ele tem por que que muitas pessoas que estão ouvindo aqui por exemplo e tomam antidepressivo x tendo um diagnóstico de depressão e o primo tem também o mesmo diagnóstico de depressão e toma o antidepressivo Y por que que existe isso porque que tem um antidepressivo que é aumenta serotonina E por que que tem um antidepressivo que aumenta na hora adrenalina e dopamina Então essa escolha de da medicação que a gente vai prescrever É tem que ser totalmente individualizada né por isso que não tem a
medicação que funcionou para o meu irmão vai funcionar para mim não existe isso né O que a gente tem é o seguinte quando a pessoa chega para mim com as queixas eu tento ver assim os sintomas alvo assim o que que mais te incomoda então você vem com vários sintomas da pressão é assim mas o que mais te incomoda faz o que mais me incomoda é que eu acordo sem vontade acordes animado pesado então eu vou pensar numa medicação mas noradrenérgica que vai te deixar mais em Alerta agora se você fala assim olha eu tenho
muitos pensamentos ruminantes então toda primeira eu fico o tempo todo pensando não presta para nada mas ansioso então eu vou pensar numa medicação com perfil mais serotoninérgico e além do perfil de medicação Wesley eu tenho que considerar se você já toma outra medicação e eu tenho que considerar é como que é a sua vida e por exemplo se eu pego um adulto um homem jovem eu não posso colocar uma medicação que vai tirar a libido do cara porque ele não vai tomar porque que eu não posso não vai aderir não vai aderir negócio pega uma
mulher jovem vou colocar uma tinta depressivo que mais dá ganho de peso para ela e ela vai começar a ter aumento de apetite aumento de peso isso altera toda a questão de autoestima da maneira que ela se vê então a escolha da medicação é baseado Lógico que nesses mecanismos em relação a ação neurotransmissor mas também evite forma individualizada assim o que que o Wesley mais precisa nesse momento só para galera entender isso a gente chama de prática baseada em evidência é uma decisão clínica que o médico psiquiatra e qualquer profissional da área da saúde toma
baseado em três pilares que é a melhor evidência para aquele caso a expertise do profissional e as preferências do paciente quando você fala assim eu não vou pegar um cara jovem adulto que tá namorando com a vida sexual ativa e vou tirar libido dele mesmo às vezes e essa é a magia da prática baseada evidência mesmo às vezes por causa dele a melhor evidência científica é um medicamento que tira libido você tem que levar em consideração a preferência dele porque senão você não tá fazendo a prática baseada evidência muita gente acha que é um que
é um protocolo na verdade é uma decisão Clínica amplamente complexa e dificílima de fazer e o bom profissional vai aqui tomasse a decisão justamente nesses casos que tem essa nuance né a melhor evidência a melhor evidência é o antidepressivo que baixa libido mas o cara tem a vida sexualmente ativa e me falou que é importante a libido para ele que ele parou o último tratamento que teve a ideação suicida depois e o último tratamento era um medicamento vou dar para ele de novo mesmo sendo a melhor evidência é claro que não e às vezes a
gente tem lógica a gente considera comorbidade também por conta de influência de outros tratamentos né E a gente tem que pensar assim Eu tenho um Psicótico muito potente por exemplo lançar a pena mas eu sei que onde Psicótico mais aumenta o apetite Então o que mais pode dar ganho de peso aí eu tô com um paciente assim que realmente precisa de onde Psicótico mas o cara é obeso tem uma circunferência abdominal maior do que pra idade dele o cara é pré-diabetes ficaria hipertenso Se eu der uma sapinha para ele eu vou estar piorando o quadro
clínico dele e a gente não pode pensar de uma maneira separada sou psiquiatra e depois ele que se resolve com dó dele com cardiologista não eu sou parte também Deus eu também sou médica desse paciente então será que eu não tenho uma opção que vai causar menos esse efeito colateral então a gente opta porque assim não tem um algoritmo assim que vai dar todas essas nuances é por isso que assim a importância do médico que está a informação né do psiquiatra que tá informação vê muitos casos muitos casos diferentes porque a gente vai pegando essas
nuances porque se eu atendo eu atento geralmente seis sete pacientes por dia só tendo sete pacientes com depressão no mesmo dia depressão mesmo diagnóstico são sete Stories completamente diferentes eles podem Lógico que eles vão ter os sintomas muito parecidos porque eles têm o mesmo diagnóstico não vai ter tristeza anedonia e tudo mais só que a apresentação e a forma que que essa doença manifesta na vida dele que causa disfunção é completamente diferente e é por isso que eu me una você no sentido de críticas ao dsm justamente porque Coloca esse sete no mesmo caixinha ali
como se fosse o mesmo tratamento né e a o ajuste medicamentoso vai ser por conta de efeito colateral a gente escolhe qual efeito colateral que esse paciente não pode ter e a gente ajusta também pela questão financeira Ellen né a gente tem antidepressivos mais modernos sem a Vortex oxetina que tem um custo de r$ 300 por mês né a gente tá já oito de junho de 2023 Às vezes o pessoal tá vendo 2025 que já barateou Tomara mas assim o brintellix é um ótimo antidepressivo mas tem um alto custo então a gente ainda tem que
pensar nessa parte financeira né pensou que que ganha dois salários mínimos não dá para Ela Gastar ali um quarto do salário dela com um antidepressivo a gente vai ter que escolher um antidepressivo mas acessível e Ju por que que existe tanto diagnóstico que acontece já foi cinco profissionais diferentes e cada hora é um ou é borderline aí o outro não é bipolar daí lá na terceira TDAH e o outro fala não na verdade é sei lá Tete porque que fica que que acontece é negligência da porque assim tanto profissionais da Psicologia quanto profissionais é psiquiatria
tem muitos negligentes que atendem o sujeito em 10 minutos que não prestam atenção na história clínica que não que tem preguiça de levantar uma boa história Clínica o que que acontece por que que tem tanto erro de ignorou o manual diagnóstico tem limitações que também não colabora muito porque você vai ver um na tua frente um paciente que tem transtorno border transtorno bipolar tipo 2 numa fase de hipomania e um paciente com TDAH com componente mais hiperativo eles são você tem que você precisa de umas 10 horas para conseguir entender o quem que é quem
ali porque é muito parecido Por que que erra tanto diagnóstico eu acho que tem vários aspectos para a gente responder essa pergunta acho que assim até quando você fala sobre esses transtornos né o transtorno polar a gente demora cerca de 8 anos o paciente demora cerca de oito anos para ter o diagnóstico certo ou seja desde que ele começou a frequentar um alguém algum profissional acompanhar em média leva 8 anos para alguém acertar o diagnóstico dele isso não significa Vale lembrar que um profissional não pode acertar o diagnóstico na primeira consulta maníaco Psicótico fica muito
mais fácil do que por exemplo a pessoa que tá numa fase depressiva bipolar que às vezes tem pouca diferença em que a pessoa ela vai ter duas fases né dois polos de humor então uma fase do humor a gente chama de mania ou hipomania quando é o caso mais leve em que a pessoa vai ter uma Euforia assim a pessoa vai ficar com humor que a gente chama de pertinho então a pessoa começa a fazer várias atividades ao mesmo tempo tem uma aceleração do pensamento Às vezes a pessoa tem um se coloca mais em risco
então tem compulsão da parte sexual pode ter a compulsão por parte de compras então é aquela pessoa que não para ela não dorme ela tem várias ideias reduza a quantidade de sono reduza fala mais fala muito fica tá aquilo né que a gente fala fala muito dorme pouco e você vê que a pessoa tá num funcionamento normal o leigo olha e faz Nossa a pessoa tá diferente Tá agitado demais falando muito porque é disfuncional né e a pessoa cicla entre a fase de mania ou de hipo Mania quando é mais leve para fase depressiva que
que a gente conhece né a pessoa tem sentimento de tristezas de culpa de anedonia né que a falta de prazer então aquela pessoa que jogava bola com os amigos toda quinta para de jogar bola já não vê mais graça Então são sintomas depressivos são alteração de apetite de sono que é São sintomas depressivos que também estão presentes no transtorno depressivo unipolar e é por isso que às vezes tem tanto erro diagnóstico porque às vezes o cara tá na fase da depressão e as nuances da diferença da depressão nipolar para bipolar elas são finas conhece o
Renato Silva ele fala assim toda vai vir aqui inclusive ele é especialista se transforma bipolar ele fala que toda depressão é bipolar o contrário exato e eu acho que o que você falou é sobre profissionais com pouco tempo eu vou falar que eles têm pouco tempo para não falar mal deles né mas profissionais que não se dedicam o tempo necessário para fazer uma anamnese eu acho que é campeã aí de erro diagnóstico né como que a gente sai de um consultório psiquiátrico ou consultório de um psicólogo com diagnóstico de borderline que é um transtorno de
personalidade que vem desde adolescência como a consulta de 20 minutos eu digo categoricamente pode ser a pessoa mais especialista em Harvard qualquer coisa trabalha 30 anos com porque você tá Você tá mercê do da comunicação do paciente o paciente pode chegar ali já com viésis já querendo meio que te enganar pessoal não sei quem é da área da saúde aí não sei se você sabe pacientemente sim às vezes ele vai porque ele quer um diagnóstico para pegar um medicamento uma ritalina quer ter a doença entre aspas ele tem um ganho secundária através dessa doença então
assim e aí o erro diagnóstico Acontece uma das formas que parece por exemplo o transtorno borderline com transtorno bipolar parece-se TDH esses três Parece ser bem existir bastante erro diagnóstico nesses nesse ninho desses três e a medicação seria uma forma de conseguir tirar o tira-teima por exemplo se a pessoa Responde ao lítio indica que é transtorno bipolar ou de fato vocês fazem uma demarcação diagnóstica mais pela história Clínica e familiar Mas pela história Clínica assim o que que funciona bem como teste terapêutico é assim que a gente tira a dúvida diagnóstico é o TDH quando
a gente um paciente conta DH quando entra com circo estimulante né com a ritalina com avance a vida do cara muda as maiores declarações de amor que eu já recebi na minha vida foram de paciência e adh que começam a tratar ela falou assim Juliano meu sério tá funcionando eu tinha um paciente que ele falou assim ele eu fiz o diagnóstico dele com TH já tinha passado em várias pessoas todo mundo tava batendo na tecla do bipolar bipolar bipolar falei cara você experimentou eu falei para ele depois de um tempo levantando a história cliva para
mim você é um paciente TDH nítido Claro é você já fez algum tipo de utilização de um psico estimulante com algum psiquiatra falou nunca nunca ninguém tentou aí a gente mandou para o psiquiatra dele é eu mandei uma carta explicando porque que eu achava que era TDH Ele entrou com venvanse e ele me falou assim o paciente na próxima na outra consulta ele falou cara a sensação que eu tive é que durante a minha vida inteira os meus olhos era como se eu enxergasse uma janela tipo a vida né metaforicamente falando uma janela que caiu
em várias folhas aleatórias E essas folhas eram as tarefas ou coisas que eu tinha que prestar atenção lembrar e coisa e depois que eu tomei o medicamento parece que essas folhas estão vindo empilhadinhas e fileiradas passa a funcionar do jeito fisiológico é diferente quem toma para aumentar a produtividade por exemplo que é o TDH é um transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade e as pessoas acham que é só esse programa né ou o cara tem o déficit de atenção Ele tem hiperatividade ou os dois mas na verdade ele tem um terceiro componente que as
pessoas não falam muito que é da impulsividade né E esse transtorno necessariamente começa na infância então o TDH ele pode acontecer no sentido de ter um diagnóstico no adulto pode mas iniciou na infância não tem um TDH que começa aos 20 anos começou entre 8 e 12 anos exato o que eu vejo muito na berreal eu falo que na berreal foi TDH a marca média porque geralmente vem o pessoal da RD que que tá mais atento esses sintomas e acabam procurando a gente mas então essa pessoa ela vai ter um prejuízo acadêmico gigantesco Wesley porque
realmente ele não consegue manter o foco então é o famoso Mundo da Lua né E às vezes as mães vem junto e fala assim olha Fulano parece a mão da lua parece que tem um motor ligado porque o cara Não para né então ele não consegue concluir atividades e quando consegue concluir essa pessoa chega lá em Engenheiro é médico e tem TDH e não foi diagnosticado na infância esse cara ele foi se adaptando de uma forma que ele conseguiu superar essas dificuldades com sofrimento obviamente Abrindo mão de muitas coisas que poderia ser mais fáceis né
então assim eu tenho um paciente CDH eles escutar ele vai saber que eu tô falando dele ele tem quatro Chaves reservas do carro porque ele vive perdendo isso é uma coisa importante tá a galera tem que entender que o diagnóstico de TDH é no quesito de desatenção ou incapacidade de sustentar um comportamento motivado numa tarefa ele normalmente é generalizado se você que tá ouvindo isso não consegue prestar atenção na aula de é exato na Seiya Tá no curso de engenharia e de jeito nenhum consegue entender o que que o professor de álgebra tá falando de
sistemas um sei lá é um problema que você tem motivação com aquilo ali agora se for meio que em tudo namoro perde chave esquece a carteira e tem outros todos os problemas que se arrastam desde a sua infância aí você deve procurar um profissional para fazer uma avaliação né que companheiro fala às vezes a esposa falou pega as crianças na escola hoje o cara Esquece então é prejuízo exato prejuízo e dentro dessa parte de erro diagnóstico é importante o pessoal entender que assim é muito carente de exame a gente pede exame ou para acompanhamento né
de exames Gerais que todas as pessoas devem fazer hemograma mulher cretinina esse tipo de exame ou para descartar algo orgânico então por exemplo se você me manda o João João sempre me manda os pacientes João me manda paciente com quadro depressivo ele falou Ju faz o screening aí que que é esse scream que eu João a gente fala dessa forma tireoide será que esse cara não tem Hipotireoidismo psicoterapia levando em consideração com o caso da depressão e ele tinha perdido cara não tava batendo mais com o diagnóstico de depressão que foi dado para ele ele
tinha um tinha essas crenças de desvalor não tinha um mor deprimido não era dentro só que era um chumbo assim eu não conseguia fazer as coisas fraqueza preguiça gigantesca aí consequentemente o paciente não se expõe a contingências que reforçam ele não faz coisas que gosta né e consequentemente Aí sim enca pode começar a deprimir mais e aí a gente vê vários casos hipovitaminose assim a gente está depois da pandemia ainda isso se agravou ainda mais né pessoal trabalhando em Home Office E não coloca a cara no sol vitamina D não adianta suplementar né a gente
precisa ter exposição solar então o cara chega às vezes com quatro depois mas vitamina D de cinco a gente tem que suplementar antes de pensar em depressão esse cara tem uma anemia grave precisa tratar isso com né com o médico ou clínico geral ou reumatologista antes da gente pensar em depressão Então os exames na psiquiatria São para excluir causas orgânicas então por exemplo se chega com paciente com transtorno Psicótico aos 60 anos para mim e é o primeira vez eu vou achar no mínimo estranho mesmo que esquizofrenia começa entre 20 e 30 anos que que
o cara tá Psicótico aos 60 ou ele usou alguma substância ou tem algo neurológico Então eu preciso mandar ele para fazer uma ressonância para ver se tem algo neurológico envolvido alguma coisa localizada na hipófise né vai alterar via dopaminérgica E aí ele começa a psicotizar por conta de um quadro que tem origem no tumor Então os exames na psiquiatria São para excluir diagnóstico não para fazer diagnósticos Então como que a gente faz diagnóstico Através disso aqui linguagem a gente precisa entender o paciente ele precisa conversar com a gente para a gente entender os fenômenos psíquicos
que estão relacionados dentro da vivência que é muito particular Então se a gente não tem tempo para fazer isso a gente não consegue traçar a linha do tempo então quando vem um residente por exemplo discutir o caso comigo e às vezes começa pelo final né começa pelo motivo que internou começa desde o começo qual que foi a primeira vez que ele foi no Psiquiatra ai tinha 15 anos aconteceu isso isso quando a gente traça essa linha do tempo Às vezes a gente mata é um transtorno bipolar ou você vê aquele intolerante a frustração muito intenso
relacionamentos muito vai e volta de relacionamento border exato então assim na psiquiatria a gente precisa ter essa linha do tempo e para a gente fazer uma boa anamnese primeiro preciso de treinamento é técnica também e a gente precisa de algo que para mim é assim é a coisa que a gente mais deve prezar dentro de um set terapêuticos que a aliança terapêutica ou vínculo Então essa aliança essa relação de confiança mútua no momento que eu entro aqui nessa sala a gente tem uma aliança eu confio no seu trabalho e você confia em mim para eu
estar aqui aliança terapêutica também é uma relação de confiança mútua então no momento que o paciente entra na minha sala ou no momento né que eu abro ali a sala do do Mit o paciente tem que sentir que assim eu tô aqui e eu quero te ajudar a gente tem que sentir isso do terapeuta do psicólogo do psiquiatra do médico que for ele tem que sentir algo que precisa ser Genuíno porque senão o cara não sente né e o paciente tem que estar também minimamente motivado para ele me ajudar a ajudar ele porque senão também
não consigo tratar então nessa aliança e a gente tem algumas nuances porque a gente Depende de personalidades diferentes né Eu tô aqui no podcast hoje você tem um estilo de perguntar se eu for em outro podcast o cara vai ter outro estilo e a gente tem isso nas psicoterapias por isso que eu sempre falo paciente que às vezes eu vejo que tá incomodado que tá em dúvida em relação ao diagnóstico eu eu encaminho para outro colega falei cara vai nesse psiquiatra pega na segunda o cara não quer falar que tem impotência sexual e por isso
que a gente tem que perguntar né a gente não tem que ter vergonha de a gente como terapeuta né como profissional a gente não tem que ficar não os paciente falou não a gente tem que perguntar a gente tem que fuçar não mas e a libido piorou Melhorou tá normal sem e sem medo de fazer esse tipo de de pergunta né então acho que quando tem essa questão da aliança terapêutica e de alguma forma a gente sente que aliança o vínculo não foi criado ou que tem resistência por algum dos lados é um momento da
gente não ter orgulho e da gente encaminhar para outro colega né que isso eu acredito que seja mais ético a fazer né de falar assim Wesley vamos fazer o seguinte você tá incomodado cara vai Nossa colega aqui minha tira uma segunda opinião se você gostar da colega você vai ficar com ela se você chega lá e fala não eu gostei mesmo dela você volta dentro das histórias das psicoterapias teve um cara que publicou em 1977 duas pessoas publicarem em 1977 uma meta nálise é bem importante assim né ela tem vários equívocos metodológicos nas para época
foi expressiva que ela mostrou que todas as psicoteras funcionam é que assim em 1952 o Hans é esse tem que publicou um trabalho mostrando que as psicoterapias existentes na época eram tão eficazes quanto a simples passagem do tempo só para eu falar do vínculo que você comentou sim os profissionais da área começaram a andar com formas novas de psicoterapia em 1977 publicar uma nova metanálise falando assim ó realmente as psicoterapias que a gente tem agora funcionam 70% funcionam em 70% dos pacientes comparado ao grupo que não recebeu ou seja de 100 pacientes que chegam nas
psicoterapias mais ou menos 70 melhor e é o dado que a gente tem hoje Se você pegar é um dado maravilhoso e uma intervenção da fala sim né tipo não tem colateral e tal só que esse essa metanálise ela achou uma outra coisa que ela falava assim ó entre as psicoterapias tanto as de origem comportamental como dessensibilização sistemática ou as psicoterapias mais subjetivas como Vertentes da psicanálise elas funcionam igual não tem diferença entre elas aí se levantou um debate dentro da da Psicologia Das psicoterapias que chamavam de fatores comuns Isto é alegava-se que todas as
psicoterapias funcionavam iguais porque elas têm fatores incomuns ou seja todas elas partilham algumas coisas por exemplo vínculo empatia um ser humano falando com outro um set em terapêutico de ajuda e aí falavam-se que os fatores específicos não importa então tipo não interessa se for terapia comportamental ou psicanálise ou o terapê de disposição com densibilização sistemática ou TCC ou qualquer coisa o que interessa é os fatores comuns você ter duas pessoas conversando com empatia no site terapêutico inclusive os cara sugeriam descontinuar os ensaios clínicos com psicoterapias que usavam fatores específicos E aí virou uma briga dentro
da American say color já Association na APAE se criou inclusive duas divisão a divisão 12 e a divisão 29 e elas começaram a tretar uma defendia os fatores comuns e outra defendia os fatores específicos o que que começou a se descobrir que sim porque aquela metanálise de 77 tinha um monte de problema metodológica ela grupou errado as psicoterapias foi umas coisas bem esquisitas que foram feitas ali mas foi legal que ela levantou o debate e nessa metanálise de 77 dentro da Psicologia foi digamos o que que deu origem a psicoterapia baseado evidência por quê Porque
os estudos subsequentes mostraram que de fato os fatores comum são extraordinariamente importante tem grandes natanálises publicadas em excelentes revistas mostrando que é o vínculo terapêutico tem um tamanho de efeito enorme no tratamento Então você pega uma pessoa e experimentalmente se trata ela com o terapeuta sendo apático mesmo dando a melhor técnica para aquele caso mas um terapeuta apático não se importa muito tipo sabe meio assim mesmo sabe não tem efeito E aí você pega um cara que trata com a fica certa para aquele caso por exemplo um paciente com fobia específica você dá terapia à
disposição que é o padrão ouro e o terapeuta é vinculado faz um vínculo com o paciente o bagulho explode lá no teto o tamanho de efeito e você ensina a ter vínculo né mas daí se você for ver dentro da do Pilar da PBR você tem que dar a melhor evidência você tem que ter expertise para dar essa melhor evidência então por exemplo você não vai tratar um caso de transtorno bipolar se você nem sabe o que é bipolar tem que ter expertise dá a melhor evidência E aí entra a questão do vínculo você tem
que respeitar as preferências do paciente e aí que você começa a vincular com ele é porque o maior especialista no paciente ele mesmo né E às vezes a gente tem que a gente tem que parar um pouco e tentar entrar dentro daquele mundo que é muito diferente do nosso né muitas vezes e tentar entender o que que a pessoa tá procurando porque às vezes a gente quer uma coisa que o paciente não tá buscando porque a gente quer o melhor para ele mas ele não tá pronto para receber aquele melhor e vínculo eu acho muito
isso eu falo até como professora assim Yasmin que você dá uma aula sobre transtorno bipolar cara é teoria você abre o SM ali discute com o aluno agora você ensinar o cara ter vínculo porque é quase eu ensinar o cara se importar com o outro como que eu ensino uma pessoa tem empatias né por isso que tem tem psicólogo tem psiquiatra que você vê que mesmo informação a gente vê que a pessoa já tá pronta e nesse sentido de eu falo que já tá pronto É porque ele já tem o mínimo que que precisa para
ele conseguir vincular com o outro né por isso que eu acho que essa questão de trabalhar a relação terapêutica para mim é a primeira coisa que a gente tem que fazer dentro de uma primeira sessão por exemplo porque eu sinto que principalmente os terapeutas mais jovens né cara sai com muita bagagem o cara sai com técnica assim faz curso TCC e tudo mais fez o curso de viver de Psicologia lá tratamento técnicos possíveis e o cara fica ansioso para aplicar e o paciente ainda não falou o que ele precisa falar às vezes a gente tem
uma duas três sessões só com um cara falando você não consegue nem fazer intervenção porque o cara precisa daquele momento de como se fosse um desabafo mesmo né antes de você começar a trabalhar então eu sinto que às vezes a gente tem que controlar um pouquinho a nossa própria ansiedade né como terapeuta como profissional de saúde para esperar o momento que o paciente realmente vai estar mais pronto para receber aquela intervenção perfeito e assim às vezes uma das demandas do paciente é justamente viver num contexto em que ele não tem uma escuta ativa para ninguém
fala com ele então às vezes a primeira intervenção mais eficaz que você pode dar para ele é deixar ele falar no início né isso acontece com frequência e às vezes isso causa um pouquinho de ansiedade às vezes não sei se causava em você assim às vezes você quer falar um monte de coisa você fala nossa mas eu não fiz só escutei o cara mas às vezes é o que ele precisa para aquele momento é o que ele precisa exatamente em relação a diagnóstico assim o diagnóstico qualquer tipo diagnóstico ele precisa ser válido e ele precisa
ser confiável quando eu falo com diagnóstico é válido eu tô falando que é um diagnóstico Ele é bem fundamentado então por exemplo vou dar um exemplo fora da psiquiatria quando o cara tá com dor ali facilita à direita tudo mais parou de evacuar suspeito de apendicite vai lá no médico ultrassonografia se o cara faz ultrassom e vê que né o apêndice tá aumentado a espessura da parede tem sinais logísticos em volta da apêndice ele fala é apendicite cirurgião opera se eu pegar esse mesmo paciente for no outro ultrassonografia ele vai dar o mesmo diagnóstico ele
vai ver as mesmas alterações e esse diagnóstico é bem embasado é assim porque são alterações anatômicas o cara está vendo no ultrassom essas alterações Então esse diagnóstico é um diagnóstico vale é bem fundamentado é fundamental na anatomia na alteração anatômica do apêndice quando eu que o diagnóstico é tem confiabilidade eu tô falando que esse diagnóstico ele é possível ser feito com dois profissionais diferentes então por exemplo quando você me manda um paciente com transtorno do pânico a Ju o cara não tá nem saindo de casa mais tá tendo crise de ansiedade não dá para ser
sua terapia vai precisar entrar com medicação aí o cara com 10 minutos de consulta eu já cheguei no mesmo diagnóstico com você porque o nosso a nossa é o nosso diagnóstico ele tem confiabilidade ou seja diferentes profissionais chegaram no mesmo diagnóstico Mas será que o nosso diagnóstico é válido Será que o nosso diagnóstico tá bem embasado porque hoje nós diagnóstico baseia no que dcm deve ser M5 né saiu até o revisado esse ano em janeiro e a gente vê que o dsm apesar de ser útil e a gente precisar dele para a gente conversar né
no mundo inteiro e falar a mesma língua em relação ao qual o diagnóstico que ele paciente tem ele tem muitas limitações né se a gente pega 50 anos atrás em 1973 a gente tinha dsm na sede Homossexualismo né psicologia tinha um Vertentes de tratamento de cura gay e a gente vê que isso é muito recente falando de 50 anos hoje homossexualidade é visto uma manifestação uma conta uma condição sexual completamente comum até a década de 80 antes da década de 80 dsm adotava a linguagem da psicanálise depois adotou do a partir do dsm3 para quem
não sabe o dsm o manual diagnóstico estatístico em transtornos mentais e como se fosse um guia que o profissional da Saúde Mental usa para olhar lá se aquele lembra que ela falou que o creplin utilizava viu padrões em o creplin diferenciou dois só que depois isso foi se ramificando e tem centenas hoje E aí o profissional da Saúde Mental Olha lá e vê qual o quadradinho daqueles transtornos do paciente melhor se encaixa até a década de 80 adotava uma outra linguagem a partir da década de 80 décimo começou a adotar a linguagem médica E aí
tirou neurose psicose e começou a entrar até diversos tipos de transtorno depressivo diversos tipos de transformações de ansiedade e foi existindo modificações top saiu do transtorno de ansiedade e agora foi só avisar hoje ele é uma família de transtornos obsessivos e a gente tem transtornos também que estão acompanhando a nossa evolução né no sentido transtorno relacionados ao uso de tecnologia internet né a gente não tinha isso nem tinha como ter então assim eu eu acho que o nosso o nosso diagnóstico é confiável porque diferentes profissionais conseguem chegar na mesma conclusão mas eu questiono se ele
é válido no sentido se ele está tão bem fundamentado é a parada assim a parada do dsm eu sou um grande crítico da SM mas eu acho que ele é muito útil não gente precisa ninguém tá falando para não usar tá quem é profissional da Saúde Tá olhando aqui a questão é assim o dsm ele parte de um pressuposto epistemológico que existe uma doença latente o que que ele fala tem uma depressão aí dentro dessa pessoa né o problema a gente não sabe o que essa depressão o que causa ela exatamente Quais são as alterações
que ela gera e os críticos os cientistas que são críticos do modelo do dsm eles apontam algumas alguns problemas primeiro ao Contrário de outras áreas dentro da Medicina desde a elaboração desse modelo nosológico de classificação das doenças mentais não houve redução na mortalidade da morbidade e nem da incidência da prevalência de psiquiátrica é tá tudo ou seja tá a gente só tá classificando porque E aí eles falam Será que a gente não tá classificando errado outro por que que um paciente que tá na caixinha da depressão usa o mesmo medicamento do paciente que tá na
caixinha da ansiedade como por exemplo um antidepressivo serotoninérgico são duas caixinhas diferentes deveria ter um medicamento para cada se eles são entende a lógica seleção diferente porque que é o mesmo medicamento significa que os dois transtornos compartilham o mecanismos neurológicos em comum são trans diagnósticos o paciente pega 10 pacientes com depressão e fala com os 10 na mesma caixinha eles são totalmente diferentes você mesmo vai dar medicamentos diferentes para eles então assim essas são algumas questões de estudo Clínico Você vai desenhar um estudo clínico é muitos critérios de exclusão não tem comorbidade não pode estar
tomando remédio tentou não tentou suicídio Vamos botar vamos tirar o cara que chega na tua Clínica não pega um paciente com depressão pura verdade é a regra para quem não sabe não atende na clínica é difícil você pegar um paciente com um diagnóstico normalmente ele vem com mais de um né erros diagnósticos gigantescos Então se a gente tivesse um manual bom com fronteiras bem delimitadas porque a gente erra tanto diagnóstico Então essas críticas que vão e tem que fazer mesmo tá é uma crítica que tem que ser feita desde 2013 O N E aí o
Instituto Nacional de saúde mental dos Estados Unidos que é o maior financiador de pesquisa clínica ele já sugere que não se adote só o dsm em pesquisa clínica necessariamente obrigatório ou seja Você vai testar psicoterapia esleniana como formar as agências de instrumentos falavam uso de SM para diagnos para diferenciar os grupos porque todo mundo no mundo vai poder replicar o teu estudo hoje as agências já falam se possível já Tenta ver um biomarcadora aproveita que você vai desenhar Esse estudo e ver se tem alguma marcador sanguíneo que diferencia os dois grupos não sei tem que
ter alguma coisa tem que avançar porque se você pegar por exemplo até algum período do século 20 os médicos eles nomeavam o paciente com febre com a com cores tinha febre Negra febre amarela febre vermelha a febre vermelha depois de um tempo eles descobriram que febre eram indicador inespecífico de algum problema uma informação uma infecção qualquer vírus uma bactéria ou algum problema será que a depressão não é uma manifestação inespecífica de um outro problema e a gente tá só olhando para febre nomeando a febre esquecendo de olhar o processo que está disfuncional aí começou a
surgir essas iniciativas baseada em processos que não usa mais o dsm a terapia baseada em processo você ignora o DS praticamente se fala lá em depressão você pega problemas disfuncionais do paciente que a gente vai ensinar o que ele traz exato exato que a gente vai ensinar lá no viver de Psicologia então assim porém eu menos pior é a gente a gente a gente precisa ter esse debate também é assim porque assim se a gente segue Ele é igual eu falei lá na palestra no viver se a gente segue ele ali como se fosse uma
Bíblia né como se fosse uma verdade absoluta a gente não abre nem a nossa cabeça no sentido mas será que ele realmente é tão bom assim e se a gente não questiona a gente não vai ter essas iniciativas de pesquisas de bolar o ardor por exemplo que a ideia do ardoc é genial né Eu não sei o quanto que isso a gente vai conseguir aplicar porque ele é bem complexo no sentido de individual ele individualiza muito bem todos os aspectos da vida do paciente não sei o quanto que isso vai ser aplicável é a gente
precisa ter né Vai ser difícil Deus bancar o DNS mas eu acho que a gente precisa questionar justamente porque que a gente tá errando tanto ou por que que não tá mudando tanto prognóstico do paciente Será que são os fatores de risco que a gente melhora a questão da terapêutica mas a gente está sendo exposto mas a fatores de risco Acho que sim né a gente a gente tem um estilo de vida né no geral um estilo de vida ruim no sentido de exposição a estresse crônico a sedentarismo alimentação errada sono ruim né então eu
acredito sim que seja relacionado a esse desbalanço né a gente aumentou os fatores de risco e a gente acabou tratando melhor então acabou que ficou nesse nesse equilíbrio e a gente tem que considerar também que os pacientes psiquiátricos Sem tratamento antigamente né É eles morriam muito mais cedo mesmo morriam muito mais cedo e hoje com tratamento esse pacientes estão vivendo mais e estão Casando e tendo filhos O que que significa A genética tá passando para frente né então se a gente tem um fator de risco a genética E se esses pacientes vivem mais e tem
uma vida normal no sentido de casamento de filhos então a gente tá passando essa genética para frente a seleção natural não está ocorrendo mais então assim eu acredito que tenha vários vários aspectos para a gente pensar o porquê que a gente erra tanto diagnóstico ainda mas é um debate que tem que ser levantado porque a gente não pode fazer a gente erra mesmo e é isso aí né O ideal seria que a gente se aproximasse quase a infectologia né a bactéria X é o antibiótico com esse espectro que vai pegar essa bactéria eu vou te
falar se você pegar um quadro por exemplo de fobia é assim o tratamento psicoterapia não tô falando o farmacológico mas o tratamento psicoterapêuticofobia é quase como se fosse tratar uma infecção que você sabe a Cepa que tá ali porque se o cara tem fobia de aranha você fobia de avião sei lá você sabe exatamente onde atacar não interessa o resto sim e aí é muito legal porque você é um tiro de sniper eu não quero saber a relação da mãe dele não quero falar nada eu quero saber isso eu quero pegar ele num contexto específico
expor ele a partir de um treinamento prévio e um nível uma hierarquização do dos problemas ali primeiro a gente vai talvez até o aeroporto junto ou a gente vai ver vídeos de pessoas dentro do avião sabe sabe vamos ver fotos de avião fazer uma hierarquia de Exposição até o momento que ele vai fazer uma viagem de avião e o Terapeuta pode ir junto eventualmente só que você tá atacando especificamente aquele negócio ali que ele tem problema e por isso que a gente consegue ser mais eficaz porque é muito específico e quando a gente fala depressão
a gente não consegue ser específico porque é muito fatorial e dentro da fobia específica eu quando eu fiz a o meu a minha especialização em que o comportamental eu tinha um professor que gostado dessa parte de tecnologia e ele criou lá um órgão é de realidade virtual e ele ele tinha dentro dessa dentro da do que ele criou de programa né é as fobias principais então acrofobia né medo de altura de avião de cachorro de barata de claustrofobia né e ele conseguiu montar esses ambientes Então olha que legal cara eu tô aqui no sétimo terapêutico
com você eu ponho o óculos em você e eu coloco um ambiente de aeroporto e eu faço você andar até entrar o avião não precisa ir no aeroporto com você você tá óculos de realidade virtual que vai cada vez mais fica melhor né aí essa semana soltou né o lançamento do óculos dele então assim a gente consegue dentro de um espaço seguro colocar o paciente em contato com a fobia dele justamente para ele desse sensibilizando né Desse medo dessa fobia e dentro de um espaço que eu consigo até ensinar ele e falei assim olha quando
começar a ter medo a gente vai fazer respiração junto porque eu tô ensinando o que ele vai fazer lá fora sozinho então assim ainda a gente tem o uso da tecnologia para ajudar no tratamento da fobia que para mim é sensacional então se ele pega um psicoterapeuta com esse tipo de habilidade ou com esse tipo de recurso né porque um óculos com esse programa daria uns 10 mil Então é um investimento para o psicólogo é menos um paciente tomando Sertralina é menos um perfeito e assim uma uma questão que acho que os profissionais da Psicologia
tem que entender é justamente o papel deles como um agente de mudança de um quadro clínico por meio de intervenções que tem alterações biológica no cérebro do paciente muitos profissionais da Psicologia acham que o papel deles é só escutar ou só não sei que não você tem uma ferramenta que ela é tão eficaz e não melhor para alguns quadros que um fármaco a galera às vezes não sabe mas um medicamento do zero ela leva aproximadamente de 10 a 20 anos para ser produzido investimento é bilionário em dólar muitos profissionais envolvidos para gerar um efeito terapêutico
ali no paciente e você tem uma ferramenta da fala que muitas vezes geram efeito semelhante ou melhor em quadros de leve moderado Então acho que é uma ferramenta poderosíssima e a galera não sabe também é uma ferramenta a mão de quem tá entendendo o que tá fazendo né porque acho que muitas pessoas que eu encaminho para terapia fala ah psicólogo resolve nada aí psicólogo só me ouve falar ali e não fala nada não tem intervenção você vê que assim acaba que a pessoa tem uma péssima experiência com um profissional ou com alguns profissionais e acho
que aquilo é psicologia a galera chega lá na clínica falando sempre a mesma coisa é a última vez que eu dou chance pra psicologia é como se fosse um tiro final né não dá conta então eu largo não é a última E aí assim o que que as pessoas precisam entender que ir no psicólogo e conversar com o psicólogo e ter essas intervenções é tão biológico quanto tomar o remédio e as pessoas não entendem o quanto biológico é o tratamento de reestruturação cognitiva enfim de tudo que disposição vai funcionar menos quando ele vê aquele símbolo
exatamente eu tô falando de circuito neuronal não tem nada mais biológico do que isso né então eu acho que com o avanço né da Psicologia principalmente das novas linhas né da cognitivo comportamental né fala bastante é do processo né baseado em processo Eu acredito que a gente vai mudar a maneira que enxerga a psicologia eu não sei se a gente vai conseguir ver ainda em vida mas eu acredito que a psicologia vai ser uma das profissões do futuro assim no sentido se respeitada assim como o médico é quando sabe quando a mãe enche a boca
para falar meu filho é médico meu filho é psicólogo e de ficar orgulhoso sabe eu acho que a gente tá nesse caminho porque o que que eu percebo assim principalmente com os pacientes da Muito muitos homens jovens mas é muito difícil um homem jovem só fala assim entre 15:35 anos né nessa faixa procurar ajuda querer fazer terapia é muito difícil a gente sabe que as mulheres correm mais atrás não é só porque elas têm mais a incidência de transtorno psiquiátrico é maior na mulher não é por isso é porque o homem parece que tem que
segurar mais né dentro de uma cultura sim de Cultura de Cultura machista mesmo procurar ajuda então assim eu vejo que as novas gerações não tem problema com Ah eu faço terapia eu vou no psicólogo não é uma vergonha mais né e eu lembro isso quando eu era adolescente e eu tinha eu ia na psicóloga eu falava que eu tinha um compromisso com meus amigos eu tinha vergonha cara eu tinha vergonha de falar tô indo psicólogo parecia que assim não mas eu sou louca fala tem um negócio hoje à tarde aí Ah vou fazer um sabe
quando você dá uma desculpa para não falar que tá aí no psicólogo e hoje não é uma coisa é uma coisa que as pessoas estão vendo cada vez mais com normalidade eu não preciso ter um problema ou minha vida não precisa estar um caos para eu procurar ajuda às vezes são ajustes finos né mas que melhoram com terapia ô Ju como é que tá o desenvolvimento de novos fármacos assim para os quadros hoje eu vi que ultimamente teve aí o avanço da cetamina acho que seria o talvez o melhor exemplo que a gente possa dar
aqui é desenvolvimento de fármaco para quadro neurológico e psiquiátrico para quem não sabe é extremamente difícil porque porque você precisa acessar o cérebro da pessoa que já é um problemão gigantesco para molécula porque porque nós temos uma barreira chamada barreira e mata encefálica que é muito complicado passar alguma coisa por essa barreira para quem é uma barreira que fica em volta do seu sistema nervoso central fica em volta do seu cérebro e ela é muito fechadinha é difícil passar alguma coisa ali então a Indústria Farmacêutica tem o desafio de conseguir primeiro fazer o medicamento entrar
lá Primeiro de tudo não ser hepato tóxico nem gerar algum problema periférico exato aí passar o cérebro agir no circuito não se problemático e resultar numa coisa terapêutica é por isso que quando você olha os medicamentos psiquiátricos hoje grande parte deles os protótipos são parecidos com os anos 70 50 60 70 por exemplo aquele a gente Psicótico que você falou ainda é utilizado em alguns casos que foi desenvolvido lá na década E aí veio essa vitamina você faz indicação a resposta como é que tá no Hospital Psiquiátrico que eu trabalho a gente utiliza mas assim
ela entravenosa é subcutânea e hoje a gente tem no Brasil intranaval é caro pra galera fazer muito é r$ 2.000 a sessão porque não teve quebra de patente não caiu a patente ainda gente eu tô falando nome de medicação até falar pra câmera porque eu não tenho conflito de interesse eu não sou patrocinada por nenhuma Indústria Farmacêutica por isso que eu tô falando aqui S de medicação mas não tô fazendo propaganda de nada né o que que acontece é quando você fala como que está né a evolução no sentido de novas medicações lentíssimo o psiquiatra
fica meio que quase não é uma coisa né a gente usa Fluoxetina a gente usa clorpromazina mas aonde estão as medicações novas Cadê as os antipsicóticos por exemplo que a gente espera da terceira geração que não causa não cursa com síndrome metabólica que não curso comia de apetite ganho de peso Por que que a gente tá usando ao Doll ainda Um dos problemas a gente psicóticos é gerar problema metabólico exatamente principalmente o segunda geração então a gente não tá falando nem da primeira geração da segunda geração ele é mais potente ele é mais específico no
sentido de atuar no receptor D2 né de bloquear o bloqueio de dopamina mas ele cursa consumindo metabólica então eu resolvo a Psicose mas eu tô induzindo o cara obesidade então assim o curso né é muito lento é muito lento então a gente vê qual que é evolução que a gente teve nos últimos 10 anos são pouquíssimas medicações que a gente tem né porque o investimento é muito alto qual que é o problema de estudo em Psiquiatria Eles vão eles querem excluir tudo então assim tem que sexo vai ser os dois ou vai ser só no
feminino é comorbidade não pode ter comorbidade Então os estudos vão ficando muito caros Então você pega um n de 5.000 você consegue eleger 200 e aí o acaba que o diagnóstico real da clínica não tá ali naquele lugar né difícil não é um paciente real né então aquietamina ele é um anestésico né é um anestésico que a gente usa em dose sub anestésica né porque atua no receptor NBA tudo mais assim são um mecanismo de ação ainda tá sendo estudado né não é uma coisa que tá totalmente claro Porque que o que que tá relacionado
exato mas o que a gente usa na prática é para depressão refratário Então são pacientes que não melhoram depois de uso de dois três antes depressivos em dose otimizada então o cara já usou dois três tipos de antidepressivos em dose máximas e não teve melhora de 50% dos sintomas Então essas pessoas vão ser encaminhadas ou eletroconvulsoterapia ou para o uso de ketamina são são tratamentos que são mais invasivos no sentido né que vai ter que por exemplo o hospital que eu trabalho essa aplicação no centro cirúrgico o paciente está monitorizado que ele pode ter por
exemplo sintomas dissociativos né na ketamina né e na elétrica Às vezes a pessoa fica com dor de cabeça o cara passa por uma sedação então ele perde o dia do trabalho né a eletroconvulso terapia para galera entender não é ser colocar o cara num chuveiro tomar banho gelado e dar um choque um filme desencapado nele né a gente que que eu vejo na prática assim Yasmin existe um preconceito com terapia causado muito pela mídia assim né você vê filme de ala psiquiatra no Netflix cara é tortura você não vê o tratamento bonitinho ali como é
feito na vida real né então paciente que é indicado fazer elétronulterapia ele vai no centro cirúrgico ele entra ele é dado pela anestesista ou seja ele não vai jornada não vai lembrar de nada ele recebe um bloqueador neuromuscular que vai relaxar o corpo dele inteirinho né a gente vai aplicar o choque né nas tempos depende do tipo de eletropia que a gente vai aplicar ele vai ter uma convulsão mas assim é só é só no cérebro para as pessoas entenderem né é uma eliminação maciça de neurotransmissor mas é a convulsão é cerebral e a outra
parada que ninguém sabe direito porque funciona né assim a gente sabe que libera o quê libera o sertinopamina assim para ninguém sabe é uma chuva borrifada gigantesca é legal pra galera entender isso porque muita coisa dentro da psiquiatria não sabe o medicamento cetamina a gente sabe que é um antagonista de MDA e que é um canal de glutamato lá que normalmente é elegante dependente e voltagem independente mas é um neurotransmissor citatório então é que faz várias coisas que vale várias coisas e que também não é muito específico no sentido de de melhorar a comissão de
melhorar não tem nem noção da neurobiologia de vários transtornos né até quando a gente vai estudar mecanismo de ação de estabilizador de humor cara é uma bagunça porque eles não sabem como que o lixo funciona até hoje Ah é neuroprotetor beleza neuropro protetor sabe que funciona na Jéssica 3 Beta mas daí você vai ver a Jéssica 3 Beta os dá um stream dela é uma teia de aranha gigantesca tudo no mecanismo de transição de sinal ali infinito né dentro da célula uma cascata enorme mas assim como que funciona realmente não não é muito nebuloso ainda
né Depois eu queria entrar no lítio rapidinho a elétrico terapia então hoje ela é Ela é indicada para o paciente por exemplo antes ou depois da cetamina ou é o algoritmo não interessa dependendo do caso não interessa depende da disponibilidade a o elétronulterapia a sessão geralmente a pessoa precisa de vou falar na média né de 18 a 22 sessões geralmente a sessão custa r$ 800 reais são três vezes por semana duas vezes por semana então é um tratamento caro assim né e é um tratamento mais rápido então ela é indicado para depressão refratária para esquizofrenia
refratário né não respondeu nem com clozapina que é o último Psicótico que a gente usa a gente usa Psicose em gestante gestante a gente tem que usar poucas medicações por conta de risco de exato de teratogênese né de malformação fetal então ele é com terapia é indicado em gestante vai falar isso uma gestante é que vai dar um choque pega sua gestante Fala que você vai se dar ela e vai dar um choque na cabeça dela é muito difícil para se entender praticamente é mais seguro do que do medicamento sim por exemplo assim E por
que que é indicado Porque fizeram vários estudos fizeram metanálises então pegaram vários insultos eram estudos sobre os estudos e viram que é mais seguro tanto para mãe quanto para o bebê ter eletrofosterapia nesses casos específicos que eu tô falando do que colocar a medicação por exemplo o valproato né que a gente usa muito no transtorno bipolar né depakene a gente não pode usar no gestante né da malformação do tubo neural é muito grave é uma formação que tem né o lítio tem uma chance de uma formação cardiogênica ali mas a gente ainda usa então na
gestante é mais difícil medicar ainda porque como você faz um estudo em gestante cebola lá uma medicação que transforma polar quando você faz um teste eu diria que nem deixam nem deixa como ele vai deixar na Segunda Guerra aí eles faziam vários várias pesquisas na Segunda Guerra Mundial e não é totalmente não é exato não dá para eu tirar do resultado que eles tiveram e falar vai funcionar assim no humano né então a gente tem assim as terapias mas de neuro estimulação elas ainda enfrentam muito preconceito aqui também ela é mais fácil que por exemplo
aqui nessa sala aqui a gente tiver um monitor e uma pessoa para aplicar a medicação pode ser eu pode ser uma enfermeira um monitor para monitorar cardíaco pressão a gente consegue fazer que essa mina aqui e o escravato aí nasal igual nasonexma budesonida você faz um bovina droga de abuso porque ele causa uma dissociação e às vezes a pessoa tem uma sensação de bem-estar assim então ele sente ali uma onda ali uma Vibe mais gostosa então tem risco de abuso né então a gente não vai ver isso para vácuo na farmácia vai ser o uso
de só médico que consegue comprar no consultório dele na sala se ele tem a poltrona ali com todo o aparato para monitorizar o paciente e consegue fazer no consultório é ambulatorial já Alerta com fototerapia não então e aqui também o cara fica ali de manhã depois meio-dia Ele trabalha normal vida normal já é confusa terapia O cara vai ser dado vai né vai ter uma internaçãozinha curta ali exato e por conta do estímulo é assim muitos queixam de dor de cabeça né o cara Teve uma confusão né gente provocou uma convulsão então eles têm dor
de cabeça depois então é um é um tratamento que a gente deixa para casa refratários porque tem incômodos mas o resultado é assim é maravilhoso assim os paciente refratários Eles começam ter vida normal depois do tanto a quetamina quanto o elétronulterapia legal e então assim só para galera que eventualmente tem algum preconceito com eletroconceterapia acho que deu para entender né que é um tratamento indicado para casos específicos e obviamente o seu médico vai saber isso o paciente não sofre né porque a gente vê choque é exato o paciente não ele não lembra né porque usa
amidazolamidazolam já causam amnésia né assim não lembra e ele não sofre ele não fica lá chacoalhando o corpo inteiro igual convulsão a pessoa tem tônico crônica generalizada Não é só na cabeça ele não vai ter dor no corpo depois então não é tortura e paciente não sofre com isso acho que é importante as pessoas antes do lítio só para a galera entendeu o lítio é o mais próximo talvez do que a gente tenha tido de milagre dentro da Medicina né porque o lítio é um sal é um sal é um sal Inclusive tem algumas cidades
que tem montanhas em volta da cidade que tem concentração de lítio na rocha sim que que é como é que funciona não precisa do mecanismo de ação até tudo bem a gente não sabe direito mas como é que funciona isso um sal tratando paciente bipolar e aí o que que eles viram nessa cidade que tenham concentração de Elite o maior nas rochas é a água corre por esse por essa pedra laboratórios de água exato Então essa essa água fica mais rica em lítio né E nessa cidade tem um tem um índice de suicídio menor Olha
só o único Pelo que eu sei que eu vi inclusive o Renato falando e ele postou uma época com estudo no Danny Journal of medsen que eu li Esse estudo parece que o lítio É de fato único medicamento que consegue prevenir não mas reduzir a chance de suicídio é a gente tem o lítio nos quadros de humor e a clozapina nos quadros de esquizofrenia né mas o lítio assim paciente que tá com um depressão né e ele já tá sendo tratado com antidepressivo Então tá com dose máxima ali do escitalopram tá com 20 MG e
ele volta falando não tô tô com um pensamento de morte pensamento suicídio a gente entra com o lítio mesmo ele não tendo transforma bipolar e o lítio é o nosso estabilizador de humor eu acho que ele é o único que merece essa esse nome né porque ele é o único estabilizador de humor de fato porque o resto a gente usa como estabilizador de humor mas são anticoncepcionantes né Qual que é o único que é classificado realmente como o estabilizador de humor político né e o lítio tem uma questão de neuroproteção muito bacana a gente percebe
que o que que já foi demonstrado nos estudos né os pacientes bipolares né que acabam usando o lítio para estabilizar para estabilizar o humor ele tem o menor risco de desenvolver demência Olha só e não é só por conta deles não terem surtos durante o caminho que isso já seria um fator protetor Mas seria por conta de mecanismo de ação mesmo de proteção neuronal também então tem alguns efeitos colaterais mas não são efeitos colaterais que que impede a pessoa de usar né então é uma medicação que a gente usa muito assim porque o lixo é
o que trata o bipolar de cima para baixo de baixo para cima né então isso é tanto paciente com Mania para a gente deixar ele o tímico tanto paciente depressivo para a gente deixar ele autímico ou seja o estabilização de humor de fato é conseguir colocar o paciente né eu tinha que seria o humor normal então é a nossa primeira opção assim né Tá Lógico que tem outras outras opções que vem primeiro em algoritmo mas assim pacientes transforma bipolar até que prova o contrário a gente entra com o lítio né como é que funciona os
casos de internação assim quando que o psiquiatra tem que falar com a família tem que ter um acordo entre os dois ou psiquiatra para falar cara esse cara tem que ser internado como é que é porque eu sei que envolve uma política de uma burocracia na verdade né como é que funciona a internação as internações voluntárias né quando a pessoa ela ela tem vontade de internar Então ela tem crítica da doença ela entende que tá com problema e precisa de ajuda e pede Inclusive fala interna me ajudem ou ela aceita né quando eu falo assim
cara vai ter que internar ele não realmente Doutor Você tem razão eu não queria mas vamos Entendi e a involuntária que é quando o paciente ou ele não tem crítica da doença ele não tem noção do quanto que a doença causa disfunção na vida dele e isso é muito comum em usuário de substância né Muito como uma pessoa minimizar o uso não mas eu bebo pouco a maconha não me prejudica então a pessoa minimiza muito ou quando a pessoa de fato tem uma doença que causa essa essa limitação no entendimento então a pessoa tem por
exemplo esquizofrenia tem surto Psicótico a gente tem uma perda de contato com a realidade Então essa pessoa por exemplo tá com um Delírio persecutório você entra dentro do delir perceptória acho que você tá perseguindo ela e que tá querendo internar ela por conta disso então assim pacientes que não tem o juízo de realidade preservado que é no caso da esquizofrenia também muitas vezes é involuntário aí não involuntário tem esse processo burocrático né que precisa ter indicação do médico e precisa alguém da família é assinar pelo paciente e então se você interna por exemplo seu pai
Só você que pode tirar seu pai e eu falo só com você então seu pai tem uma patologia você interna você assim eu só falo com você e você é a única pessoa que pode tirar porque assim eu não posso manter um paciente em cárcere Eu Não Posso manter dentro de uma instituição contra a vontade dele mas se você como filho me autoriza internacional seu pai aí eu mantenho ele mesmo contra a vontade porque a gente entende que ele não tem uma capacidade cognitiva naquele momento de decidir por ele Imagino que após ser internado voltam
ao estado o tratamento falam realmente foi bom obrigado aí funciona como se fosse como se fosse uma criança ela não pode ser são usado pelo tratamento ela tem que ter alguém ali na hierarquia acima dela para decidir então no involuntário funciona assim e quando que a gente interna quando o paciente corre algum tipo de risco tratando ambulatorial né Qual que é a primeira coisa que vem na sua cabeça que vem na minha cabeça suicídio e problema para risco de vida alguém exato então a pessoa que tá Auto agressiva né que que dirige a agressividade para
ela mesmo né com tentativa suicídio ou às vezes só pensamento a pessoa que tá só com pensamento mas se você vê que tá muito estruturado Wesley eu já tenho indicação o pensamento estruturado porque assim o suicídio a gente sabe que ele é um processo né de decisão muito ambivalente então a pessoa fica eu quero morrer mas eu não quero fazer isso ou eu quero fazer isso mas e o que eu vou perder então é difícil a pessoa que está decidida 100% é um processo ambivalente então a pessoa com ideação suicida ela começa a pensar que
seria melhor que ela morresse para ela não sentir a dor ou que ela não sentia tristeza por exemplo da depressão é uma ideação você seria melhor que eu morresse mas não tem uma algo ativo que a pessoa queira fazer né é uma ideação quando a pessoa tem um pensamento estruturado a pessoa ela já sabe como ela vai fazer na sexta-feira vou esperar minha esposa sair vou pegar tal instrumento vou fazer isso em mim que vai provocar minha morte e eu vou inclusive no banco tirar dinheiro e vou lá vender o carro então o cara começa
Até resolver a vida dele para ele cometer suicídio e a tentativa de fato é quando há uma lesão né e o suicídio quando é infelizmente é Consumado então quando o paciente tem uma ideação e ele já tem até tentativas prévias é indicação de internação absoluta porque o que mais mostra é gravidade para gente é tentativa prévia que a pessoa vai tentando Vai tentando até conseguir Teoricamente ela já teve essas ideias estruturadas anteriormente chegou a tentar é quase como se fosse um caminho de pensamento que ele Já construiu esse caminho então ele vai naquela solução ali
que ele já tinha pensado antes né então o paciente com pensamento a gente interna quanto que a gente não vai internar o cara com pensamento suicida quando a gente consegue fazer uma internação domiciliar e a internação domiciliar é assim eu dou uma lista de coisas que que a pessoa tem que fazer de tirar da casa de não ter acesso alguém que ajude você tem noção é uma pessoa não pode fazer xixi sozinha não pode tomar banho sozinho então tem caso por exemplo de adolescente que às vezes não a mãe não quer internar pô tem que
fazer plantão 24 horas vigiando ali a pessoa até melhorar porque o que que acontece quando a gente começa a tratar essa depressão grave que tem de ação suicida a primeira coisa que melhora é a vontade a abolição então às vezes o cara continua com humor deprimido mas ele tá com mais energia olha o risco disso então eu tô começando a tratar o cara vai aumentar energia mas o humor continua deprimido você botou gasolina no carro que o carro tá direcionado precipício exato Exatamente é isso então assim eu corro risco de um aumento de risco suicídio
no começo tratamento justamente por conta disso porque eu não melhorei um humor mas eu melhorei a abolição porque o cara que tá deprimido muito grave ele pode ter pensamento suicídio mas ele não tem nem capacidade de executar exatamente ele perde essa então é o melhor o cognitivo antes de melhorar o humor por isso que o começo do tratamento a gente tem que realmente ficar de olho né e além desses pacientes têm os pacientes que a gente precisa isolar por conta do ambiente por exemplo o paciente mora numa região periférica com muita acesso a droga e
o cara faz uso de droga preciso entregar esse cara né porque o ambiente não está protegendo ele e quando o cara tem risco de hetero agressividade então ele tá dirigindo agressividade dele ao outro e tem muitos casos de Psicose graves seja no transtorno polar seja na esquizofrenia que a pessoa não adere a medicação a família não consegue dar o remédio Então a gente tem que internar para começar o tratamento Às vezes a gente faz tratamento injetável no começo né vai fazendo injeção mesmo de Psicótico e hoje a gente já tem antipsicóticos de longa duração igual
a gente tem anticoncepcional que dura um mês hoje a gente já tem a pariperidona né que eu entrego a sucena ele a gente faz injeção mensal tem o haldol decanoato que tem no SUS né que é um pouco mais antigo de 15 em 15 dias então aquele carinha lá que é isolado esquizofrênico que mora sozinho não aceita remédio o caso vai lá de 15 em 15 dias e da injeção no cara E aí você mantém um nível sérico da medicação mesmo ele não tomando pela boca né Qual que é o problema do Brasil é muito
melhor que Anvisa né a gente não consegue aprovar as coisas aqui é né nos Estados Unidos tem muito mais medicações injetáveis do que que tem no Brasil e tem o lança-pina que não tem injetável Então esse problema do tempo você injeta uma vez não precisa ficar tomando comprimido muitas vezes sim resolveria o caso desses pacientes que não tomam medicamento E aí a gente reserva esses medicação que por exemplo esse o inverno que originou da risperidona que é uma medicação que a gente tem oral é uma medicação de alto custo é uns 1.200 por mês são
poucas pessoas que queriam ter esse acesso Então essas esse tipo de terapêutica a gente reserva para pacientes que não aderem ao tratamento né então o paciente não vai tomar de jeito nenhum eu não tem alguém ali né a rede de apoio que você falou para fornecer a medicação é injetável né mas não é a primeira opção porque nessas medicações a gente tem efeitos colaterais que são mais graves porque eles ficam armazenados na gordura Como que você tem controle que vai vai liberar 1% a cada dia você não tem controle então tem dia que vai liberar
mais tem dia que vai liberar menos então não tem um efeito controlado igual a gente tem na medicação oral né mas é uma das opções que a gente tem então na internação funciona dessa dessa maneira o objetivo da internação Wesley isso Eu Sempre converso com as famílias né é que o paciente tem alta para ter a vida dele funcional lá fora não é para a gente isolar né não tem mais esse esse pensamento dos manicômios esses asilos que a gente falou no começo do podcast não tem essa função é da gente tratar o cara e
o cara com os psicólogos ele entendeu o problema dele para ele sair e falar assim touro fiquei bem principalmente vou tomar direitinho é isso que a gente quer a gente não quer ficar com o cara seis meses um ano permitindo com que ele veja o benefício do tratamento e a partir dali ele tem a motivação para continuar tratando o qual que é o do sonho é que todo paciente sai motivado a continuar fora mas o que a gente vê é porque às vezes por falta de apoio familiar e pelo ambiente está do mesmo jeito esses
pacientes sem interno com frequência né a psiquiatria pouco resolutiva né Se a gente for pensar assim né os pacientes que estão internados a maioria deles são reen internações e justamente por falta de aderência né porque o tratamento na eficaz é que o paciente não consegue entender a importância do tratamento e por isso Qual que é a arma que a gente tem contra tudo isso fica educação eu preciso falar na cabeça do cara até ele entender que ele precisa daquilo para viver bem e ele precisa entender também quais fatores de risco que ele tem que evitar
para que isso não piore né então tem uma parte que você falou assim ó é difícil a gente fazer uma internação quando o paciente volta para o ambiente que ele tava e consequentemente os sintomas volta dentro do quadro de depressão Hoje os neurociências são bastante enfáticos mostrando que um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de depressão É o estresse crônico um paciente isso é muito comum no consultório o paciente chega estressado barra ansioso que fisiologicamente o estresse a ansiedade eles são mesma coisa liberação de cortisol todos os manifestações fisiológicas paciente chega ansioso barra
estressado continua assim continua assim começa a ter plano de sono às vezes compensa na alimentação ou nas compras e começa a Gerar ou briga com o juiz e começa a Gerar uma série de outros problemas e estressa mais ele e começa a ficar nedomico começa a ter perda da capacidade sentir prazer e isso é até explicado neurobiologicamente por sensibilização que o cortisol causa em neurônios receptores trata o paciente muitas vezes com medicamento mas não não resolve o problema do contexto do estresse que ele aí por isso que por isso que eu imagino que dentro da
sua conduta você adora que tem um psicoterapeuta justamente para conseguir não trabalho alterar esse contexto esse ambiente onde o paciente fez aquele aqueles sintomas desabrocharam para essas pessoas que acham que só o medicamento vai funcionar tipo assim eu entendo que por exemplo no transtorno bipolar o lítio é um estabilizador de humor e ele tem uma função muito clara estabilizar o humor do paciente dentro de um quadro de ansiedade que eu diria que em termos de utilização medicamentosa seria o oposto estabilizador de humor você utiliza por longo período porque você precisa estabilizar o humor né uma
coisa crônica não é uma alteração emocional é humor e dentro de um quadro de transtorno de ansiedade pânico ou alguma coisa assim que você dá um mês de diazepinico é como você falou é parecido com antibiótico você te dá e tira no momento específico ali só para resolver um problema Pontual os antidepressivos onde é que fica nessa equação é introduzido e retira existe uma entendeu uma pergunta mas o que a gente tem assim é que se o paciente chega no primeiro episódio depressivo Então tá tratando pela primeira vez a gente usa o antidepressivo por um
ano após melhora do quadro Ou seja eu comecei tratar em Janeiro sem julho eu falo que eu tô 100% tive 100% melhor eu conto a partir de um ano daí se as pessoas manterem é difícil muito difícil porque fico colateral muitas vezes é igual o cara hipertenso né o cara não percebe né que a pressão tá alta então ele tá tomando medicação Mas por que que eu tô tomando já não tô sentindo nada aliás passe na farmácia e a fere sua pressão porque muita gente tem hipertensão e não sabe né e assim é tão fácil
descobrir né então assim mas a partir do terceiro episódio então a pessoa tratou o primeiro melhorou teve o segundo melhorou no terceiro episódio depressivo já não tem indicação de retirada da medicação é a chance dessa pessoa ter um quarto um quinto episódio é de 90% Entendi então não tem indicação de retirada porque é praticamente eu falava assim eu vou tirar sua medicação Wesley e até logo você vai ter outro episódio até quando voltar até quando acontecer a recidiva dos sintomas agora o que que é do ambiente o que que não dá para saber porque a
gente sabe que dentro desse sistema endocrinológico que você falou do cortisol a gente tem um eixo potável e povos adrenal que é responsável justamente para dar conta do stress só que isso é até um certo ponto todo o sistema endócrino funciona através de feedback Então se o cara tá ali no estresse crônico o que que acontece se a cortisol ele passa a não funcionar mais ele desregula essa essa cortisol ele fica incapaz de inibir a produção dele mesmo exato exatamente ele perde a função Então até tem uma caixinha de pergunta que você respondeu Exatamente isso
né a gente precisa do stress Agudo problema tá no estresse crônico então quando eu tô com uma paciente internada e ela fica bem não 30 dias eu vou dar alta para ela e ela volta para casa dela onde ela sofre violência doméstica mas em qual é a chance dessa paciente remitir os sintomas porque a questão ambiental isso passa não só pela depressão mas outros outro outros outros transtornos que depende do ambiente né Eu acho que o transtorno a dependência química é o que a gente mais vê Às vezes o paciente vai de alta para casa
e entra droga pelo vitrô do banheiro teve bastante sim o cara faz delivery pelo vitrô do banheiro como que eu controlo esse ambiente muda de casa né tanto é que na ele fala justamente pessoas lugares e as situações Eu Tenho que evitar as pessoas que usam para eu não usar é importante a galera entender que o medicamento é uma linha de tratamento dentro da psiquiatria muita gente acha que é a única linha de tratamento você vai ter alguns quadros psiquiátricos que existirá Uma demanda maior de alguns da continuação do medicamento e da entrada imediata ou
enfim do manejo unicamente medicamentoso mas dentro de quadros que abriram recentemente ou coisas assim o medicamento é um dos das vias de tratamento e não a única exclusiva via de tratamento Justamente por isso exato exatamente melhora muitas vezes nem continua tomando lá na frente vai ter uma vai ter uma contexto parecido voltou para o contexto parecido e assim continuando nisso é os antidepressivos hoje tem um problemão né porque eles demoram para funcionar e eu li o livro do distal de Psicologia ele tem um gráfico lá que eu fiquei bem chocado quando eu li assim ele
mostra assim sem pacientes vão numa consulta 25 vão sair com medicamento correto existe isso é difícil achar porque porque eu gosto de trazer isso à tona porque o paciente muitas vezes ele desde ele desanima com o tratamento psicofarmacológico antidepressivo com medicamento anti convulsivante enfim medicamento que foi dado porque não funcionou aí ele tem que voltar ao psiquiatra porque a trocar aí tem todo tem que desmamar ou entra outro ou toma os dois por um tempo custa um tempo do Caramba tive um monte de colateral agora vou ter com outro de novo sem saber existe essa
essas limitações no medicamento a gente depressivo né nos medicamentos como é que é mais ou menos assim os números o paciente chega é difícil mesmo é assim a gente acaba que a gente trabalha um pouco no teste terapêutico né então eu passo medicação e eu falo assim ô Wesley daqui uma semana me manda uma mensagem para saber como você tá Ou seja eu não sei como você vai estar eu não tenho uma previsibilidade por você ver que é mais ou menos esse grupo de medicamento tem que dar mas qual exatamente vai depender mesmo e a
gente tem esse número mágico a gente fala olha demora de 14 a 21 dias para fazer efeito porque se o cara começa a tomar então começa a tomar por exemplo do fluoxetina daí a pessoa Às vezes fica o dia inteiro com aquela sensação de náuse e o cara só sente análsa não sente efeito antidepressivo ele fala além de deprimida eu vou ficar nauseando então no começo tratamento ele sente o efeito colateral e não sente o efeito terapêutico então ele precisa estar muito bem orientado né eu inclusive já passa sintomáticos então se eu passo na indicação
que eu sei que vai dar náusea eu falo se você tiver isso você vai tomar aqui o vonau se você tiver dor de cabeça pode tomar paracetamol Dipirona que você tiver e qualquer coisa você me manda mensagem é um esse isso que eu faço Wesley tem um custo alto na minha vida WhatsApp o dia inteiro exato então eu tenho uma hora por dia de WhatsApp que eu sento na frente de computador que eu tiro para responder o WhatsApp porque se dentro de uma semana o cara tá com uma dor de cabeça e que dá para
aguentar e eu oriento não cara vai passar tudo mais tá razoável vamos lá semana que vem você me avisa o cara sente confiança para continuar agora se eu falo ó daqui um mês você fala comigo o cara vai parar e não vai voltar então eu não vou conseguir ser efetiva no tratamento o que que eu acho que é o futuro da psiquiatria para gente diminuir esse negócio de testagem né toma isso aqui daqui um mês a gente vê se não a gente troca para diminuir isso é a forma com a genética né hoje na forma
que o Genética é a união de dois Campos de de estudo da formacologia e da genética O que que a gente sabe nós temos genes diferentes são individuais então tem os meus genes que determinaram a cor do meu cabelo a cor dos meus olhos mas também eles determinam como eu metabolismo as medicações então quando a gente faz um estudo fárma com genético e é um exame super tranquilo de fazer essa por exemplo num dos laboratórios que que eu trabalho junto eles mandam para sua casa um suavezinho você faz a coleta de tecido bucal e saliva
coloca ali no potinho deles e manda então assim é um não é um exame que às vezes fala exame genética a pessoa acha que vai ter medo função de medula né Eu só acho que é um teste muito muito invasivo não é um teste super tranquilo de fazer dentro do laudo a gente vai ter quais interações genéticas esse paciente vai ter dentro da metabolização das medicações então por exemplo eu tenho um gene que chama p2-d6 que ele Altera a conformação de uma enzima que metaboliza a medicação então é um gene dependendo de como esse ele
tem algum tipo de alteração ele vai deixar a enzima mais hiperativa e quando essa enzima tá hiperfulnante exato porque o paciente metaboliza muito rápido então você dá a medicação cara absorve distribui metabolismo e urina medicação discreta medicação Então eu preciso dar doses mais altas para esse paciente inclusive doses doses que não estão na bula então dose máxima de sertralina 200 vezes esse cara vai ficar com 300 miligramas ter efeito terapêutico e tem o contrário paciente tem essa enzima e por funcionante Então eu tenho que começar com subdose às vezes eu começo o cara tá com
o menor dose possível e o cara tá tendo efeito colateral então isso explica porque que tem gente que não responde a medicação e gente que responde muito ou que tem muito efeito colateral então com esse laudo fármaco genético tá muito no início ainda ele ainda é pouco específico eu acho que conforme a gente for avançando ele vai ser cada vez mais específico eu consigo direcionar melhor então funciona com uma bússola de medicina de precisão você fazer uma coisa específica porque o paciente hoje assim na Oncologia isso tá anos luz na frente da psiquiatria né porque
eles conseguem ser cada vez mais específicos né dentro da psiquiatria a gente por exemplo tem alguns pacientes que eles vem com alta e eu sei que vão ser seis antes depressivos que vão ser mais eficazes naquele naquele quadro Então eu saí de 20 para seis mas ainda 6 é muito ruim né porque se eu for pensar que eu vou tentar por dois meses cada medicação se esse cara responder mal aos primeiros cinco eu vou demorar um ano para chegar na medicação certa então eu acredito que a forma que genética seja o futuro da psiquiatria nesse
sentido de direcionar melhor e para a gente não fazer tanto teste terapêutico que eu acho que foi mais ou menos isso que você precisar ficar indo e voltando indo e voltando e tendo todos os efeitos colaterais né você consegue acertar mais rápido aquele medicamento para ele é exatamente isso que o que eu quis falar esse contato próximo eu sei que não não talvez não seja possível para todos os profissionais é um jeito que eu trabalho que funciona para Juliana mas é um contato que eu tenho visto que dá muito certo assim porque paciente não responde
eu já sei rápido então a gente altera mais rápido ou paciente às vezes está inseguro você já responde então o poder ter contato com o profissional né imagina você ter Whatsapp da sua psiquiatra você poder tirar dúvida né Eu acho que o desafio é o profissional encaixar isso na rotina sem se sobrecarregar né Eu por exemplo o meu celular pessoal que minha família usa o meu celular dos meus pacientes Então eu tenho um número só então a gente precisa administrar o tempo mas eu acredito que seja a melhor forma de trabalhar né E para isso
você precifica para isso também você vai ter um atendimento personalizado e você precifica para isso exatamente e na questão de postinho você tem que atender se você atende seis pacientes no dia no particular justamente para ter essa capacidade Imagino que no postinho devido à alta demanda e pouco tempo você tem que atender 50 E aí não tem como fazer isso né sedar todos os seus seu número de celular para todo mundo no postinho humanamente impossível né eu já parei já quanto tempo quantos davam já chegou a dar 40 mas não porque você queria atender rápido
demanda por Demanda porque se você não atender isso assim a fila de espera fica próximo de um ano né se não for Nesse Ritmo cidade que eu atendi inclusive foi bem no período da pandemia e que a gente teve um aumento da incidência de transformações mentais na pandemia né até porque na pandemia a gente teve o aumento dos fatores de risco né O isolamento social problema de sono medo né os medos em geral então na pandemia a gente chegou a ter uma fila de espera da psicoterapia atendimento o primeiro atendimento psicólogo de dois anos cara
agora fala para mim às vezes a pessoa precisava de terapia justamente estava um processo de luto o que eu considerava até um luto fisiológico nem era um luto patológico ele tinha famílias que tinham perdido mãe pai irmãos dentro uma mesma pessoa e precisava de um acompanhamento do psicólogo vinha para mim que às vezes a minha fila tava menor porque a minha fila gira toda semana a fila do psicólogo não gira que toda semana ele vai ter a mesma pessoa então a fila do psicólogo não tem giro demorava dois anos né acabou a pandemia moral da
história é essa tinha acabado a pandemia que cara que você vai falar para pessoa daqui dois anos e aí a gente acabava assim a gente indicava caso assim que a gente chamava psicólogo de cânfora não tem jeito não sei se é adolescente uma situação de vulnerabilidade social muito grande então assim qual que é o desafio do sistema né do Sistema Único de Saúde né e eu tô no interior de São Paulo eu acredito que que seja até uma realidade muito boa perto de outros estados né mais pobres Eu percebo que não a gente não tem
estrutura humana para atender a gente não tem profissionais o suficiente para atender então a demanda é gigantesca Então você imagina que se eu atendo 6 hoje eu tenho dia 40 você imagina que a qualidade a bateria social Acaba Uma hora de você entendeu se o remédio funcionou e colateral fazer um diagnóstico assertivo e como é que é a questão de medicamento vocês têm um pelo menos um Arsenal bom de medicamentos assim para tratar o paciente a gente tem um Arsenal super limitado cada cidade tem a gente não tem nenhum Dual Então usa antidepressivos que são
inibidores seletivos de serotonina duloxetina não tem um susto né não sei Às vezes a pessoa tá trabalhando em Florianópolis aqui tava não mas aqui tem a maioria das cidades assim você vai ter diante depressivo é Fluoxetina Sertralina são dois inibidores seletivos e você vai ter os princípios amitriptilina que são medicações que tem ação anticolinética então da boca seca hipotensão postural retenção urinária então assim são antidepressivos que a gente triciclos são mais antigos a gente Evita usar por conta de efeito colateral e no SUS a gente é obrigado a usar porque a gente não tem obviamente
a gente está falando aqui né Ju que existe essa precariedade no atendimento do SUS não por conta de uma negligência dos profissionais que trabalham lá mas assim por falta de investimento é que a gente tem um direcionamento de verbo consequentemente não vai ter medicamento não vai ter estrutura não vai ter e tem lugar que não tem nenhum tipo de Psicótico assim assim teve um lugar que eu trabalhei que só tinha um haldol e a cor para mazina que são os dois mais antigos e aí risperidona os antipsicóticos mais novos é alto custo Aí você faz
toda uma papelada no mínimo assim uns seis papéis que você tem que preencher eu falo eles tentam vencer a gente pelo cansaço né para o profissional nem querer fazer o processo e às vezes demora dois meses e na pandemia a gente teve um fator de piora E assim a minha visão de SUS é um pouco enfezada porque eu trabalhei no SUS bem na época da pandemia então melhorou a pandemia eu saí do Sul então acaba que a minha visão é num contexto de locutor de privação as medicações começaram a faltar então além de tudo além
do aumento do stress além de todas as questões envolvidas na pandemia de pobreza as pessoas as pessoas que mais foram prejudicadas na pandemia foram as pessoas com condições sociais mais precárias então e é justamente a população que está mais exposta a transtorno mental e a gente tem uma discrepância em relação acesso à saúde muito grande isso não acontece só na psiquiatria isso acontece em todas as especialidades na psicologia inclusive né então a gente tem por exemplo a prevalência de transtorno mental que o ms fala É 25% então o que que eu mais falo a Organização
Mundial de Saúde 25% das pessoas vão ter algum tipo de transtorno mental ao longo da vida é um quarto da população isso pode ser qualquer transtorno uma fobia específica é um transtorno mental então aqui em Florianópolis São quantos habitantes mil 125 mil pessoas em Florianópolis vão precisar ou de um psicólogo de um psiquiatra alguma vez na vida você acha que Florianópolis que é uma capital diferenciada tem profissional para atender essa população então a gente está falando de instruções mentais que são muito prevalentes e que a incidência muda conforme os fatores de risco vão aumentando ou
vão diminuindo né então eu assim Wesley eu até um desabafo para mim foi muito frustrante trabalhar no SUS não porque eu não queria trabalhar porque eu assim já vinha exato você lida com uma impotência muito grande que você assim você vai para a guerra sem ferramenta você vai só com corpo assim com peito na frente Exatamente isso a gente vai Sem você não tem como trabalhar você não tem pessoal para trabalhar então você não tem psicólogo para te ajudar assistente social não consegue é uma condição precária de miséria humana infelizmente a gente lida e você
não tem medicação Então você fala assim ah vou medicar mais do que o medicaria no consultório já que essa mas não tem medicação e deixa eu te perguntar qual que era na sua visão assim na visão é de cima mesmo assim de feeling é problema estresse ansiedade dentro do que hoje prevalentes é igual o preconizo a literatura mesmo de humor né Principalmente depressão maior e transtorno de ansiedade né são realmente os campeões e tem transtorno que a gente fala pouco né que é o transtorno de adaptação né ou transtorno de ajustamento que é justamente quando
as pessoas estão passando por algum momento mais difícil da vida então um divórcio um desemprego um luto algum momento que ela tá de transição e ela começa com sintomas depressivos mas não chega a caracterizar a síndrome depressiva Então esse transtornos adaptativos acontecem muito principalmente se a gente considerar que uma população de Sus por exemplo que é uma população que carece mais de recursos financeiros e sociais também né perfeito e assim dentro do contexto da psiquiatria é hoje vocês têm uma Você tem alguma alguma ideia assim de como que tá a visão do profissional da psiquiatria
com o psicólogo existe uma proximidade como você tem com os profissionais da Clínica ou tenho ou é uma classe que tem um público que realmente não liga muito para o psicólogo ou acha que psicólogo não importa ou ainda não entendeu como é que como é que você vê isso hoje dentro do a relação de novo eu tenho viés muito grande né porque eu vivo no mundo ali que a gente quase O Mundo Ideal ali da be Health né e eu acabei que eu fiz esse exportei esse mundo ali para o meu consultório né então eu
hoje ali se eu colocar meu WhatsApp PSI vai aparecer uns 45 pessoas que são uns 45 profissionais que eu trabalho junto né e eu não acredito Wesley para falar a verdade até uma crença minha eu não acredito que a gente consiga ser eficaz só só psiquiatria né Fala gente assim o psiquiatra eu não acredito nisso porque se a gente for ver lugar de lá e tudo mais preconiza psicoterapia junto para a galera entender quando você cita algoritmo coisa assim é quando os estudos são realizados e o pessoal faz um algoritmo que de fato ele fala
assim ele tem transtorno depressivo é tipo um resumão né então o cara tem transtorno depressivo maior que que eu tenho que fazer tá lá sintoma sintomas leves ou Episódio leve TCC não melhorando caso moderados a graves não melhorou né aí volta então assim hoje eu só trabalho se eu estou junto com psicólogo é quase uma condição de trabalho porque eu vejo que os nossos trabalhos são complementares então não existe uma hierarquia dentro do trabalho onde o médico está acima por exemplo não existe essa hierarquia a gente trabalha lado a lado e com o objetivo único
porque isso vai beneficiar o paciente não tem outro objetivo maior do que o benefício do paciente então se você me encaminha um paciente e por exemplo você manda com diagnóstico eu não consigo perceber ou de alguma maneira discordo do seu diagnóstico a gente não tem que ficar numa luta de égua porque o Wesley falou não é não tá errado porque às vezes a gente vê profissionais tendo esse tipo de Conduta né assim meio que falando mal do profissional que está atendendo inconsciente para o paciente O que é muito antiético então quando eu tenho algum tipo
de de que eu não consigo perceber o que o psicólogo tá vendo Ah vamos marcar um mitcher 8 horas da noite hoje eu tenho com o psicólogo da bi-realp ele chegou uma conclusão que não foi a mesma mas ele vê o paciente toda semana eu vi o passeio duas vezes colateral né alguma coisa do medicamento que você não vê porque você vê o paciente muito mais espaçado é quase Como se você tivesse um ouvido lá dentro mas mais perto então tem questões que é por conta da frequência que acaba que o psicólogo tem mais acesso
justamente porque está com um paciente mais vezes por semana e tem algumas questões que às vezes o paciente não fala para o psicólogo porque acha que tem que falar psiquiatra e vice-versa então nós temos visões diferentes do mesmo problema então se ele me fala dessa visão eu vou ter quase uma visão panorâmica do quadro do paciente então assim hoje eu não vejo como eu trabalhar como psiquiatra eu ter contato com psicólogo e a maneira que eu que eu trabalho Exatamente isso então eu tento o paciente comum eu vou te mandar mensagem e você vai mandar
mensagem também do Porque que você tá me encaminhando você tá fazendo terapia já porque isso tá me encaminhando ah Ju percebi isso isso isso Beleza e depois a gente marcou uma chamada de vídeo e cara 10 minutos é só encaixar agenda 10 minutos a gente resolve ou os áudios infinitos né os áudios Vamos abrir mais um tópico aqui que eu tenho curiosidade eu não sei se você acompanha isso tá então fica à vontade se você não acompanhar falar que não acompanha mesmo não tem problema é mas como é que tá a parte da terapia assistida
por Psicodélico você acompanha essa literatura você sabe que ontem teve uma uma palestra sobre isso né Foi dar até medo de falar né porque o pessoal tenta como Psicodélico né droga ali é bom deixar claro que quando a gente fala terapia assistida né tem é uma você já tá num processo de psicoterapêutico que pode ser associado a utilização de um princípio ativo encontrado no Psicodélico não é igual quando a gente fala que o canal que alguns componentes do cbd que tem na cannabis sativa podem ter algum efeito benéfico num contexto de dor crônica no contexto
de glaucoma não é você fumar um baseado é você ter composto isolado purificado usado numa coisa específica para você utilizar dentro de um quadro específico mas como é que tá isso tá um potencial assim muito grande sabe mas é mas assim não ainda não tem da parte prática Clínica assim a gente ainda não tem nada não faz parte então existe estudo então ontem né primeiro dia do congresso já teve palestra só sobre isso né mas ainda nada que ainda chega assim na nossa prática né até o canabidiol né no Brasil que virou toda uma polêmica
Eu nem quero entrar em polêmicas aqui mas é muito difícil as pessoas entenderem assim que quando o cfm ele fala que o cannabi de alta liberado epilepsia X Mega refratário e tudo mais é porque o estudos demonstraram que o caramel é seguro eficaz para aquele quadro hoje a gente tem inúmeros estudos a ansiedade Episódio depressivo tudo mais Só que ainda não tem liberação para ser usado só que é Brasil que que acontece no Brasil cara você vai ver no Instagram ali médico que tá lá especialista em canabidiol que é quase sem marca sua consulta e
receba uma receita é basicamente isso E aí vira uma panaceia de pressão de canabidiol por exemplo a redução de danos então paciente usa cannabis né maconha né de forma fumada e começa a usar para redução de danos Mas onde está escrito que às vezes vem aluno vem paciente e falei não me manda onde está escrito porque às vezes eu não vi o artigo a gente não é a gente não é onipotente Às vezes eu não vi me manda porque se tiver provado tiver liberado eu vou para escrever e aí só para ela entender quando você
diz que tá liberado para uma epilepsia refratária significa que é Anvisa liberou e isso médico pode prescrever caso ele Federal de Medicina pode prescrever nesses casos aí a prescrição se dá como é um é óleo né tem formato de de gota mesmo isso como se fosse a dipirona gotas assim e é uma medicação cara ainda né justamente por por ser muito nova eu o do tanto da parte psicodélica tanto canabidiol eu acho que tem assim um potencial imenso é porque se você pensar assim ó a psilocibina se eu não me engano ela tu eu vou
trazer alguém aqui que estuda sobre isso e que tá dentro da parte de pesquisa mesmo não necessariamente na clínica E aí fazer todas as ressalvas né Porque é importante mas Esses medicamentos esses princípio ativos Normalmente eles mexem em receptor ou agonista ou antagonismo algum receptor específico de um neurotransmissor em uma área Às vezes a especificidade que essa substância tem por aquela para aquela para aquele receptor é o mesmo receptor que uma que um inibidor seletivo da recaptação do serotonina porém de uma forma farmacocinética é diferente é farmar que o dinâmica é diferente que permite ter
um resultado funcional diferente então assim eu particularmente também acho que é um é muito promissor porque finalmente graças a uma modificação nos tabus na pesquisa sim porque até um tempo atrás teve um congresso de sobre cannabis medicinal não é muito foi no Nordeste que a polícia fechou o congresso congresso científico Isso foi em 2010 2015 então assim a própria academia era impossibilitado de pesquisar sobre só que a população e a sociedade de uma maneira geral não não lembra que quando Eles tomam uma lidocaína um medicamento derivado da mesma planta que faz a cocaína entendeu a
galera não entende isso é uma anfetamina exatamente então não é uma metanfetamina que o pessoal usa nos Estados Unidos é Breaking back perfeito não é Breaking Bad não é Walter White é mas só para galera entender que são princípio ativos que interagem com algum tipo de de receptor ou algum uma via biológica que a gente tem e que podem ou não gerar algum tipo de desfecho funcional agora tem que pesquisar vem vem assim no consultório e já está usando né E aí eu não renova a prescrição porque assim se é uma coisa que não é
liberada e eu não tenho segurança para escrever eu não preciso para escrever e eu não posso para escrever e às vezes a pessoa mais eu comecei a tomar e melhorei como se isso fosse me provar algo gente não é assim bater a cabeça nessa mesa e melhorar minha dor de cabeça Isso prova por a + b que bater a cabeça na mesa gente é um mecanismo então de Psicodélico ajuda no sentido de pacientes com relação a como que vai fixar na memória que Calma é impressionante o tempo é um transtorno que a gente precisa focar
a gente tem não tem nenhuma medicação específica para o tft hoje né então assim Precisa de estudo e a gente precisa ter segurança clínica para prescrever o que aconteceu canibid gel é que ele foi liberado para um motivo e as pessoas começaram a usar para outros motivos que ainda não foi liberado e ainda tem esse discurso até uma um congresso que eu fui de psiquiatria infantil em 2021 foi falado muito sobre canabidiol que foi bem o bom assim e na mesa redonda assim tava né só assim psiquiatras infantis os melhores do Brasil e eles falaram
um termo por exemplo de maconha medicinal a gente começa o estigma até pela nossa fala não é maconha medicinal que quando a gente fala maconha a gente pensa num carinha da quebrada ela a gente pensa que vai rolar um baseado e dá para criança fumar exato e isso imagina eu passar para uma mãe para uma criança né mãe de um autista e eu falar que ela vai usar maconha medicinal né Então até a utilização dos termos corretos para a gente diminuir os estigmas então assim eu não tenho tem paciente fala que eu tenho preconceito não
tem preconceito nenhum eu só preciso ter segurança da parte de pesquisa e isso eu deixo para quem estuda isso para ele falar não agora você pode perceber Ju né Beleza corre aceituário como que é a dose faça o curso sobre isso tudo bem agora o que virou no Brasil não dá por exemplo Por que que a gente de novo assim a gente eu acho que a gente compartilha da ideia de que é muito promissor por exemplo o pepti o transtorno de estresse pós traumático ele tem uma uma como base neurobiológica seria a associação de duas
memórias então o paciente foi para guerra bateu o carro foi assaltado e ele associou muito aquele contexto onde ocorreu o evento contrauma e consequentemente ele não consegue chegar perto de um carro não consegue entrar naquele beco parecido com onde foi assaltado ou não consegue escutar barulho de fogos de artifício porque lembra da Guerra neurobiologicamente falando existe uma garra tão grande de em gramas que são mecanismos neuronais que armazena na nossa memória e aquilo tem recuperação espontânea que que é isso ele fica tendo reativação desse circuito e gerando medo alguns psicodélicos pelo que eu li teriam
como prerrogativa uma coisa linda que eu particularmente achava Fantástico se isso fosse comprovar com estudo Clínico de você conseguir induzir a reativação dessa memória Inclusive a gente vai ter um podcast aqui sobre memória com um amigo meu que é doutor neurociências Estuda bastante memória vocês vão ver que ele vai explicar que existe aquisição da memória a consolidação seria você evocar a memória tornar um em grama lábio adicionar Esse princípio ativo para meio que diluir afrouxar aquela amarra daquela memória é maravilhoso tem cara eu acho que seria exatamente o que a gente tanto fala vamos tratar
em vez de a febre que seria o diagnóstico Como tratar o vírus ou a bactéria que tá causando ela seria isso seria meu você teria um medicamento que vai atuar no nó neuronal que tá gerando sintomas clínico e assim eu acho Às vezes as pessoas preocupam com com coisas muito avançadas que ainda não chegaram ali na nossa mesa de prescrição e não faz o básico a gente sabe que no tept né é um fator de pior é o uso de benzodiazepínico porque o benjamínico faz com que a pessoa não além de ter uma perda cognitiva
o jeito que a pessoa consolida a memória é um jeito muito colorido do trauma O que que a pessoa faz quando ela sofre um trauma Então tem um acidente de carro alguma coisa vai para o pronto-socorro e tá nervoso o que que dá para ela Diazepam clonazepam Então você está ajudando o médico aqui para escrever no caso do trauma bem dizer que você está ajudando a pessoa consolidar aquela memória para ser um trauma então primeiro a gente tem concentrar e não fazer o mal e não cometer E heterogenia então nesses casos de trauma a gente
usa mais o Topiramato que é um anticonvivante que aí parece pelo mecanismo de estabilização de membrana tudo mais ele ele ajuda a pessoa não ter essa revivência do trauma Então acho que antes a gente pensar naquilo que nem chegou a gente tem que concentrar e não fazer o que a gente já tende errado entendeu tem várias psicoterapias que apresentam uma ótima resposta também é dessensibilização sistemática expor o paciente aos pouquinhos com uma contra contra um conto que a gente chama de contra condicionamento por exemplo você expõe o paciente diferente de uma fobia específica que você
expõe o paciente ao avião ao medo que tem de sangue de agulha por exemplo comum né atender paciente com medo de agulha principalmente a pandemia eu atendi enxurradas que você vai expondo o paciente só expondo mesmo para memória enfraquecer o paciente vê que a agulha não é nociva no teto que você tem que expor e fazer uma contra uma contra contra acondicionamento que é o que técnicas de respiração então a ansiedade dele sobe você tem que dar uma técnica para tentar baixar desse sensibilização sistemática é diferente da exato O que que a barata vai te
fazer nada exato na fobia específica ele super estimam o problema só que no tept existe a memória versível e assim existiu o problema também né é real é diferente na fobia específica que você trata o paciente e você consegue usar um questionamento socrático e o paciente se embanando e fala realmente a barata não vai me matar no trauma existiu o cara foi assaltado o cara sofreu acidente na guerra entendeu então existe existe uma lembrança viva no sentido que às vezes ele lida com aquela lembrança para onde uma deficiência por exemplo todos os dias ou uma
ausência né só que aí que tá seria muito legal um Psicodélico conseguia desamarrar essa memória em termos de em grama só que tem que ter estudo Clínico sim precisa sim tentar estudo Clínico né pro pessoal entender é testar nas pessoas exato sei lá fazer uma ressonância magnética ver se aquela área excessiva sei lá fazer algum teste lá para ver se é aquela mecanismo que tá funcionando e aí tratar com um medicamento referência alguma coisa assim só que Por que Por que que você não deve E aí a galera às vezes fala pô mas vocês são
muito careta deixa a galera usar minha tia usou funcionou para quem não sabe talvez você que tenha 50 anos 55 anos você tem algum amigo ou algum parente ou alguém que não tem algum membro porque a mãe dessa pessoa Talvez tenha tomado um medicamento para enjoo eu não lembro o nome do medicamento foi aprovado pela fba foi aprovado pela Anvisa tá lidomida foi tomar e ele era causava problema no feto sem má formação de membro E por que que as pessoas tomavam esse medicamento que foi aprovado por que foi aprovado sem ter um screening clínico
bom e aí o que que aconteceu depois depois de 10 anos foi descobrir exatamente hoje tem muita gente que talvez você veja por aí que tem 50 60 anos 45 anos 60 e poucos anos que você vai ver que não tem um membro porque a mãe tomou um medicamento que era vendido em farmácia para enjoo e ninguém sabia porque não foi testado não deu tempo aí você vai ficar tomando esses bagulho vai saber o que vai acontecer daqui pra frente e como que imagina na época né como que era difícil a gente provar essa causalidade
né de porque assim era uma medicação para enjoo Então você tinha bebês que iam nas cenas sem os membros como que eles chegaram na conclusão que era essa medicação é difícil porque na época não né não tinha internet então a gente não tinha essa discussão do retrospectivo Eles voltam e olham todas essas pessoas que que que tiveram esses fetos malformados o que que eles tiveram em comum e aí a pessoa o que ela menos vai pensar que é um seria o Dramin da época né o vonau da época um remédio para enjoo então tem coisas
que a gente vê depois a gente saiu Clínico né Por exemplo a sibutramina né que foi feita como antes depressivo e depois viu que o efeito dela como anorexidismo de perda de apetite era maior do que até o próprio efeito antidepressivo E aí passou a ser usado não só não só para o pelo efeito de depressivo mas para os transtorno de compulsão alimentar e para obesidade então tem coisas que a gente vê depois da prática depois que a medicação tá na farmácia só que hoje existe um processo muito mais rígido no sentido dos ensaios clínicos
serem mais rígidos para soltar essas medicações E apesar disso atrasar muito a gente precisa disso né a gente precisa ter segurança para a gente saber o que que a gente está fazendo então porque às vezes tem algum mecanismo que eles falam Olha a gente soube que esse esse essa molécula melhora aquele sintoma e por quê a gente precisa entender o porquê mas qual o mecanismo que usou não a gente sabe que melhora não funciona ciência não é isso né então e efeito colateral e tudo mais né E aí Claro se a molécula melhor os sintomas
não apresenta efeito colateral tem custo baixo em fase quatro foi analisado aqui na população em diferentes continentes não tem problema nenhum vão continuar investigando o mecanismo de ação mas o uso pode até ser liberado Mas tem que tomar por isso que é por isso que o bagulho é cri cri entendeu Não é que o médico psiquiatra médica psiquiatra não quer receita ou Psicodélico fazer a terapia assistida por Psicodélico ou o cbd para não sei o quê Porque a pessoa é antiquada ou não sei o que não a pessoa está sendo aquele Teresa acho que é
uma questão de não não de negação de prescrição eu tive um professor né que ele se negava para escrever bem a Joseph não eu não prescrevo não prescrevo porque causa isso na memória Poxa vida mas dentro de todos os efeitos ruins o benjaminicos um paciente que tem transtorno do pânico e que vai demorar 20 dias Pontes depressivo fazer efeito a gente precisa do alprazolando Rivotril sublingual até fazer efeito acontece que as pessoas preferem depois não suspendem então a gente não pode ser a gente não pode ter esses posicionamentos tão risos prescrevo com indicação mas eu
não preciso pra pessoa dormir que não tem indicação para tratamento de insônia a gente tem outros outras medicações que são efetivas e que não causam dependência e que não altera que ter tudo do sono que ainda tem isso que a gente não falou né que a pessoa dorme não liga e desliga mas não mantém aquele som não faz só no reino só não vem faz um dois três não tem então assim eu acho que a gente não pode ser radical é essa palavra que eu tava buscando e eu não sou radical eu acho que a
gente tem vamos lá é promissor legal né vamos vir em congresso Vamos estudar vamos debater com quem só faz isso só isso e assim que sair medicação e for seguro a gente vai prescrever mas enquanto tem indicação para uma medicação para uma patologia e as pessoas estão extrapolando para outra sem ensaios clínicos aí eu não acho correto mas não acho ético isso né E hoje você dentro do da sua Clínica assim você tem algum você você por exemplo faz prescrição de chega a ter prestação de cbd para alguma condição ou de fato ela é aprovada
a sua epilepsia ainda né então não é não para escrever porque é uma doença que é mais neurologista que quiser mas eu recebo pacientes que querem fazer o tratamento comigo então faz tratamento com as medicações que eu prescrevo e às vezes vai no outro só porque prescreve CDB E aí eu tenho que fazer isso porque estão usando CDB para perda de apetite então assim é por isso que eu falo da panaceia né e o cara coloca na bio do Instagram prescritor de canabidiol onde eu colocar lá meu nome coloco prescrevo inibidor seletivo captação de serotonina
Não cara você coloca isso Como assim o seu o que chama atenção do cara é justamente porque ele prescreve um tipo de medicação não existe isso né então eu acho que a gente tem que usar com parcimônia e esperar a ciência fazer o trabalho dela e respeitar esse tempo que as pessoas são muito afobadas né e medicação Demora mesmo demora muito para ser aprovado então eu acredito nisso e você pega muito caso de pessoas que se automedicam tipo assim toma toma remédio por conta própria porque a tia toma a irmã toma tem a prescrição do
vizinho né tem um remédio que sobrou de alguém o amiga médico e da receita da receita porque só vai renovar a receitinha tá de boa e tem as pessoas que acreditam que a medicação faz efeito no dia né diante depressivo por exemplo faz um dia mesmo mas a pessoa que só pega um Platão Ecológico então o cara fala assim eu tomo duas sertralinas 100 mg mas no dia que eu tô mal mesmo briguei com a esposa aí eu tomo três aí eu fico de boa sebo né velho você explica que é feito psicológico né existe
todo uma cascata de efeitos dentro da inibição de captação de serotonina que demora para isso acontecer o efeito terapêutico acontecer e justamente uma pessoa não ficar jogando medicação fora na verdade né que ela tá tomando não tá funcionando naquele dia mas assim é comum a galera chegar com automedicação é como como isso até a gente tava falando aqui gente antes de iniciar o podcast e eu quero abrir esse parente de novo que bom Isso deve ser mais né que a gente vai abrir que a gente conversou com isso antes das câmeras serem ligadas eu sempre
atendia o pessoal ali na fase vestibular e concurseiro que tomava muito muito psico estimulante sem indicação né estimulante é essa classe né ritalina que é o metilfenidato conserta aqui também o metilfenidato e o venvanse tem a modafinila tem outras medicações também é mas os mais famosos são ritalina e o venvanse as pessoas que tomam para aumento da produtividade Então hoje eu tô atendendo muito por conta da do RD também mercado financeiro é um cara fica o dia inteiro na frente de três telas ali acompanhando ações e tudo mais e o cara quer tomar psico estimulante
sem ter o diagnóstico DH vai aumentar rendimento e hoje já foi provado né não é a Juliana nem Wesley que tá falando que não há aumento de rendimento para pessoas que não tem ter não tem TDH mas há um aumento da percepção então o cara ele acha que ele tá rendendo mais mas quando vai fazer testagem ele não tá rendendo mais não tem um aumento diferente da pessoa que de fato tem um diagnóstico de TDH e que precisa dessa medicação para ter uma vida funcional dependendo dos prejuízos que o cara tem então perigosíssimo né porque
o que que a gente vai que que não não pode tomar o que deve ser imagina que Deva vir os cara com senso de razão aumentado né Tipo eu sei que realmente funciona é uma guerra assim porque eu tenho que provar que a sensação que ele tem é falsa então eu tenho que trabalhar em cima da crença que ele tem né e assim eu explico como eu explico para um usuário de outra droga né então assim como psico estimulante a gente vai inibir captação de na hora adrenalina endopamina então eu vou ter uma ativação então
igual você tomou o cafezinho antes do você vai ter uma ativação só preciso estimulante isso é de uma forma muito mais intensa então o que que eu explico essa essa hiperativação do sistema nervoso também vai ativar o sistema de recompensa tá aumentando a dopamina do cara já era prazer já era bem estar Olha o perigo disso causa dependência química e causa a dependência psicológica da pessoa fala olha hoje eu não tomei a pessoa que não tem IDH gente eu tô falando de pessoas que não tem diagnóstico de pessoas assim acabou a medicação não consegue trabalhar
e vai pagar o dobro do preço numa farmácia clandestina Porque ele acha que ele não trabalha ou ele não consegue Estudar ler uma página do livro se ele não tomar ritalina qualquer consequência disso a gente tá falando de um cérebro que funciona fisiologicamente um cérebro normal que você tá colocando mais dopamina mais na hora adrenalina esse cara começa a desenvolver transtorno de ansiedade eu fico taquicardico suando fico tremendo ele começa a desenvolver outros transtornos por conta de uso indevido da medicação sem necessidade de indicação então e aí o que que acontece eu quero tomarnfetamina que
que você acha que acontece com sono inibidor de um indutor de sono para dormir aí vira um cara que acorda com o remédio e dorme com o remédio aí é o paciente interruptor né ele liga e desligando para acordar toma Rivotril para dormir geralmente são os pacientes que não fazem o básico né eu falo grosso modo eles não fazem o básico Então são pacientes que não tem uma rotina de sono não tem uma rotina de atividade física não se alimentam bem eles não tem uma rotina de estudo no sentido de separar um tempo para o
estudo e aí eles querem resolver através da medicação então é o rackzinho Né o macete né Como que eu faço e existe muita distribuição nesses lugares né então não cursinho várias pessoas tomam Ah toma aí para você ver como é que é e do mercado financeiro igual né muitas pessoas vão distribuindo indicações né eu explico para eles igualzinho eu explico para um adolescente tá usando maconha é o mesmo explicação porque o mesmo sistema de recompensa eu explico da mesma maneira né porque as pessoas acham que é medicação Então não é droga não se você usa
essa indicação é um uso indevido da medicação e é uma substância química que vai interagir com tecido biológico e gerar um efeito um efeito um efeito na tua vida né não e a gente tem um mecanismo de feedback né então se eu tô aumentando ali a disponibilidade na hora adrenalina de dopamina Na Fenda sináptica pode ser que eu diminua a expressão dos receptores no neurônio e posse naptico então a pessoa em vez de melhorar quando ela tira a medicação ela de fato começa a ficar mais desatentabilizou o receptor né E aí assim o que que
é o que que é lindo o que que é maravilhoso é qual que seria o antidepressivo natural que a gente tem né O que que seria a gente ter uma forma de aumentar os receptores no neurônio pós-sináptico o que que já foi demonstrado exposição ao solar atividade física regular Então a maneira que a gente tem de não inibir captação de serotonina e aumentar a ação da serotonina é a gente aumentar os receptores não posso naptico como que a gente aumenta o receptor pós-sináptico atividade física exposição no celular cara é tão simples porque é tão básico
né e as pessoas não fazem o básico e elas querem complicar né tirando o curso a medicação é 300 r$ 400 reais por exemplo numa academia legal um personal é não com certeza isso é assim na pessoa que precisa daquele Boom serotoninérgico do pamérgico que tem um diagnóstico maravilhoso que ela precisa né agora você pegar uma pessoa que é dentro do que seria neurotípico não tem nenhuma alteração de circuito nenhum diagnóstico nada assim pelo menos nada que se enquadra num diagnóstico em um prejuízo funcional que dá para ela um diagnóstico arrumando outras coisas seria muito
mais fácil do que tomando medicamento só que no mesmo no mesmo pelo mesmo princípio que a pessoa em vez de fazer higiene do Sono tomou medicamento para dormir muita gente é rendimento e Alerta tomando medicamento em vez de organizando a rotina e tendo a capacidade de ter um alerta alto porque Dorme bem e o alerta o inverso do sono só que tudo isso envolve alteração comportamental e a galera normalmente acha que isso é bobagem Isaac age uma dificuldade em relação a TDAH o nosso diagnóstico é Clínico né Lógico que a gente tem teste neuropsicológico para
a gente ver como que tá atenção memória e tudo mais mas diagnóstico é Clínico então a pessoa vai lá ler no Google os critérios ou faz um teste na internet e aí ela chega na consulta e ela praticamente ela persegue o diagnóstico então qualquer pergunta né então é como se tivesse ali numa tentativa de induzir o profissional a dar o diagnóstico parece que ela quer ter e deve funcionar com muitos profissionais sim né E aí assim quando quando me dá Dúvida quando parece que não começou na infância parece que eu vejo que o discurso tá
muito em prol da medicação porque geralmente quando é ganho secundária a pessoa começando ganha não mas é que eu vi que meu amigo aham então a gente percebe Eu peço teste neuropsicológico bem feito o cara vai demorar ali quatro seis sessões para fazer né são horas de teste então dinheiro investido é um teste caro né então assim quando me dá a dúvida eu peço o teste neuropsicológico mas tem ainda pacientes que vão eu falo a questão perseguindo o diagnóstico e às vezes quando eles estão fazendo questionário antes né Tem alguns formulários eu ainda cara você
quer ter TDH porque não é legal se você tiver maltratar Bora tamo junto mas me parece que você quer ter o diagnóstico para você tomar uma medicação que você não precisa então assim é curioso assim ver como que que isso é uma coisa muito da geração atual né de como que esse aumento da produtividade como a pessoa né trabalha enquanto os outros dormem Não cara você vai você vai quebrar dorme mesmo que os outros não estejam dormindo é esse que é o é esse que é o discurso né você tem que entender nos outros horas
você não tem que deixar de dormir para render então eu vejo esse essa questão do abuso tanto do bem gzínico tanto de psico estimulante é uma preocupação assim porque a gente vê na prática Clínica todos os dias todos os dias as pessoas quiserem te encontrar como é que elas te acham na internet no Instagram Doutora Ju psiquiatra Doutora abreviada júpiterário só falar com psicóloga que me encaminha se você conhecer o trabalho que a gente faz lá na Bi relf basta ir lá no meu instagram@esley.delanogare e na minha Bio também tem o arroba da Clínica e
lá você vai conhecer tudo e saber lá como que a gente funciona Ju Obrigado pela sua presença foi ótimo que prazer enorme Acho que esclareceu muita coisa para galera mais para frente a gente monta mais um aí para trocar uma ideia e pessoal obrigado pela audiência de vocês e até a próxima