Tem uma coisa estranha sobre a nossa mente que quase ninguém percebe. Se você parar por um segundo, respirar fundo e tentar sentir quem você é, algo curioso acontece. Você sabe que existe.
Mas se tentar apontar exatamente onde está esse você, as coisas começam a ficar confusas. Você não é só o seu corpo, nem só os seus pensamentos, nem só as suas emoções. Então, quem é você de verdade?
Isso pode parecer só mais uma pergunta filosófica, mas a resposta pode mudar tudo. E até o final desse vídeo, talvez você enxergue algo que sempre esteve aí, mas nunca percebeu. Antes da gente continuar, já aproveita e se inscreve no canal.
Ativa o sininho para não perder nenhum vídeo novo, porque nos próximos minutos a sua visão sobre si mesmo pode mudar para sempre. Desde que a gente nasce, somos ensinados a olhar para fora. Nos dizem quem somos, como devemos agir, no que devemos acreditar.
Nossa identidade se constrói com base no nosso nome, na nossa história, nas coisas que aprendemos ao longo da vida. Mas será que isso define de verdade quem nós somos? Se você já teve momentos em que sentiu que existe algo além do que dizem que você é, talvez já tenha começado a perceber um dos maiores mistérios da consciência.
Místicos, filósofos e até neurocientistas vem tentando responder essa pergunta há séculos. E agora, com os avanços da ciência, uma coisa fica clara. Quando tentamos encontrar o eu dentro do cérebro, tudo o que encontramos é um vazio, mas não um vazio qualquer, um espaço misterioso onde todos os nossos pensamentos, sensações e emoções surgem e desaparecem.
E isso muda tudo, porque se você não é só um amontoado de pensamentos, nem suas memórias, nem a voz que fala dentro da sua cabeça, então o que realmente está por trás da sua existência? Vamos abrir essa porta e explorar essa questão de um jeito que pode transformar completamente a forma como você se percebe. Imagine que você está sentado em silêncio, apenas observando seus pensamentos.
Eles surgem do nada, passam pela sua mente e desaparecem. Às vezes são preocupações, outras vezes lembranças ou ideias aleatórias. Mas se você presta atenção, percebe algo estranho.
Quem está observando tudo isso? Existe uma parte de você que simplesmente vê os pensamentos acontecerem, mas não os cria, como se houvesse um espaço silencioso por trás de toda essa atividade mental. A maioria das pessoas passa a vida inteira presa dentro da própria cabeça, identificando-se com essa voz interna, achando que ela é quem elas realmente são.
Mas esse é o grande erro. Essa voz está sempre narrando a sua vida, contando uma história sobre tudo o que acontece. Às vezes, ela age como um crítico implacável, julgando cada pequena decisão que você toma.
Outras vezes, ela tenta te motivar, te dar confiança, te animar com promessas sobre o futuro. Mas não importa o tom que assuma, essa voz não é você. O verdadeiro você é quem está por trás de tudo isso.
O que percebe, o que observa, o que está sempre presente, sem tentar mudar nada, o observador. E se você presta atenção nesse observador por tempo suficiente, algo surreal começa a acontecer. Você percebe que ele nem é seu.
A mesma consciência que está observando seus pensamentos é a mesma que observa os meus, a mesma que percebe a vida de qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. O que muda são os pensamentos, as experiências, as emoções. Mas esse espaço silencioso que percebe tudo isso é sempre o mesmo.
Parece loucura, mas pense nisso. Tudo em você já mudou. Seu corpo, sua personalidade, seus gostos, suas crenças.
O que você era há 10 anos não é o que você é hoje, mas tem algo que sempre esteve ali desde que você era criança. O que quer que seja essa presença que observa, ela nunca mudou. E se isso for o que você realmente é?
Se ao invés de ser só um personagem em uma história que sua mente conta, você for o próprio espaço onde essa história acontece, isso não é só um conceito bonito, é uma percepção que pode libertar você de todas as amarras do ego. Mas como chegar lá? Como parar de se identificar com essa voz e começar a viver como observador?
A primeira coisa que você precisa entender é que esse comentador interno adora controle. Ele precisa nomear, definir, rotular tudo o que acontece. Se um pensamento surge, ele corre para dizer o que significa.
Se uma emoção aparece, ele analisa de onde veio. Ele nunca para. Mas e se você simplesmente assistisse tudo isso sem interferir?
Experimente agora. Feche os olhos por um instante e tente perceber o que acontece dentro da sua mente. Pensamentos vão surgir, é inevitável, mas em vez de segui-los, apenas observe.
Como se estivesse vendo nuvens passando pelo céu. Essa simples mudança de perspectiva pode transformar completamente sua relação com a sua própria consciência. Porque no momento em que você percebe que não é o comentador interno, ele perde o poder sobre você.
E aqui está a chave. O observador nunca reage. Ele nunca se envolve.
Ele apenas percebe. Quando você está totalmente identificado com seus pensamentos, qualquer crítica que surge na sua mente parece um ataque direto a quem você é. Mas quando você está consciente como o observador, percebe que esses pensamentos não são mais do que ruídos de fundo.
E o mais incrível, quanto mais tempo você passa nesse estado, mais percebe que ele sempre esteve aí. Quando você era criança e olhava o mundo com curiosidade, quando se perdeu em uma música ou em um pô do sol, quando estava completamente presente, sem pensar em mais nada. Esse era o observador em ação.
A única diferença é que naquela época você não tentava entender, você apenas era. E se puder voltar a esse estado? E se puder viver cada momento sem ser arrastado pela narrativa infinita da sua mente?
A verdade é que você pode e não precisa de técnicas complicadas para isso. Tudo o que precisa é perceber que o observador nunca te deixou. Agora, a pergunta que fica é: tornar isso um estado natural?
Como sair da prisão dos pensamentos e viver a liberdade do agora? O segredo para se conectar com o observador está na simples arte de estar presente. A mente vive no passado e no futuro.
Ela relembra, analisa, imagina, projeta. Mas o observador, ele só existe aqui e agora e você pode acessá-lo a qualquer momento. Agora mesmo, por exemplo.
Sinta o ar entrando e saindo dos seus pulmões. Perceba o peso do seu corpo onde você está sentado. Note os sons ao seu redor.
Você não precisa nomeá-los, apenas sinta. Isso é estar presente. E quanto mais você faz isso, mais percebe que a maior parte do tempo não estamos realmente vivendo.
Estamos apenas pensando sobre a vida. A mente está sempre contando uma história. E essa história parece tão real que esquecemos de simplesmente ser.
Mas e se você não precisasse mais acreditar em cada pensamento que surge? E se pudesse simplesmente observar tudo isso com uma distância saudável, como se estivesse assistindo a um filme? No começo pode parecer estranho, mas depois de um tempo acontece algo mágico.
Você percebe que pode escolher não reagir, pode escolher apenas estar. E esse é o momento em que tudo muda, porque quando você não está mais preso dentro da sua mente, a vida ganha um outro sabor. Você experimenta o mundo de forma direta, sem filtros, sem julgamentos e o melhor, o silêncio interno deixa espaço para algo que sempre esteve ali, mas que raramente ouvimos.
A paz de simplesmente existir. Isso não significa que os pensamentos vão desaparecer. A mente sempre vai falar.
Mas agora você sabe que não precisa mais se perder nela. Agora imagine viver assim. Imagine experimentar cada momento sem carregar o peso do passado ou a ansiedade do futuro.
Essa não é uma ideia filosófica distante, é algo real, algo que você pode começar agora mesmo. E no próximo passo, eu vou te mostrar como tornar isso um hábito natural no seu dia a dia. A chave para tornar essa consciência um hábito está na repetição.
Quanto mais você lembra de observar seus pensamentos, em vez de ser arrastado por eles, mais natural isso se torna. E não precisa ser complicado. Pode começar agora mesmo.
Da próxima vez que sentir uma emoção forte, seja raiva, ansiedade, frustração, ao invés de reagir imediatamente, pare por um instante. Ao invés de se deixar levar, observe. Sinta onde essa emoção aparece no seu corpo.
Perceba os pensamentos que surgem junto com ela. Veja como eles vem e vão, como ondas no oceano. E mais importante, não tente mudar nada.
Só observe. Nesse simples ato, algo incrível acontece. A emoção deixa de te dominar.
O pensamento perde a força. O comentador interno fica sem combustível. E nesse espaço que sobra, você sente algo diferente.
Um silêncio, uma clareza. Esse é o observador. No começo, isso pode durar só alguns segundos antes da mente te puxar de volta para o turbilhão de sempre.
Mas se você fizer isso várias vezes ao dia, no trânsito, numa conversa difícil, enquanto espera na fila do mercado, algo muda. Observador começa a se tornar o seu estado natural. E acredite, isso transforma tudo.
Porque quando você não está mais perdido dentro da sua mente, a vida se torna mais leve, as preocupações não te engolem, os problemas deixam de parecer tão gigantes. Você percebe que sempre esteve aqui, sempre presente, sempre consciente, só tinha esquecido por um tempo. Agora tudo o que precisa fazer é lembrar.
Agora que você já entendeu como funciona essa separação entre o comentador interno e o observador, existe uma prática simples que pode te ajudar a reforçar essa percepção no dia a dia. Durante o seu dia, sempre que lembrar, faça uma pausa de alguns segundos e pergunte a si mesmo: "O que estou pensando agora? " No momento em que você faz essa pergunta, algo interessante acontece.
Você se distancia do pensamento e, por um instante percebe que não é ele. Você é aquele que observa. Quanto mais vezes você fizer isso, mais natural se torna.
Com o tempo, você começa a notar que não precisa mais se identificar com tudo o que passa pela sua mente. Você descobre um outro espaço dentro de si, um espaço silencioso, profundo e inabalável. E se quiser continuar mergulhando nesse assunto e aprender outras formas de fortalecer essa percepção, tem um vídeo aqui no canal que complementa exatamente o que falamos hoje.
Clica aqui e continua assistindo. Te vejo lá.