Shalom e bem-vindos de volta ao Israel com Aline Hoje nós estamos em telaviv e a gente vai ter um dia muito intenso porque hoje em Israel é o lançamento do filme documentário da Brasil paralelo que se chama from the River to the Sea do Rio ao mar Eles vieram e filmaram aqui em Israel sobre a guerra eles filmaram no local do massacre do 7 de outubro eles conseguiram filmagens também dentro de Gaza e eles realmente vieram para mostrar a verdade nua e crua a realidade que a gente sente tanto na pele a gente também vai
ver hoje literalmente aqui no telão e eu tô realmente me preparando para um dia muito muito intenso e eu quero convidar vocês a virem comigo agora entrarem e realmente presenciarem e verem com os próprios olhos de vocês o que vai acontecer aqui nos dias de hoje também todas as emoções que vão acontecer então se vocês estão preparados vamos começar e quem veio aqui conosco no dia de hoje é o meu pai Dr Jorge de Shalom Shalom pessoal bom Aline eu fiz a absoluta questão de vir Aé Vivo e e ver o lançamento deste documentário num
momento tão importante que estamos vivendo Vocês não tem ideia Realmente isso é um evento aqui em Israel a gente tá aqui do lado da iral tarbut um dos maiores centros de eventos mais importantes aqui de tela Viva todos os israelenses que a gente tá passando aqui também estão comentando sobre acontecido porque realmente é é uma coisa eu acho que vai entrar pra história aqui de Israel e ainda mais a história do Brasil com Israel Mas tá quase na hora de começar Então vamos lá vamos entrar vamos lá [Música] pessoal e a gente vai agora entrar
aqui na sala lateral porque a gente vai ter uma entrevista exclusiva com os jornalistas da Brasil paralelo que vão nos contar um pouco mais de como foi produzir fazer filmar em Israel em Gaza em tudo que aconteceu por trás das câmeras e enquanto a gente tá falando Tô vendo um monte de gente aqui atrás passar quer dizer Parece que realmente vai est lotado o salão e isso é muito impressionante porque hoje nos últimos dias todos Israel teve uma série uma série de sirenes quer dizer sirenes tocaram tanto aqui em Tel viiv como em outros lugares
do país e isso às vezes acaba fazendo as pessoas não quererem sair de casa e a gente tá vendo como a comunidade Brasileira de Israel e não só brasileiros estão vindo prestigiar o lançamento desse filme documentário isso mostra quão importante é o que a gente veio fazer aqui no dia de hoje e é muito importante vocês saberem pessoal que o que a gente vai ver aqui hoje vai est disponível gratuitamente na Brasil paralela eu vou deixar aqui embaixo um link para vocês também um QR Code aqui na tela entrem nele e assistam o filme com
os próprios olhos de vocês vocês podem se cadastrar agora e receber e assistir gratuitamente o filme no dia 7 de outubro Mas vamos lá que eu quero entrevistar eles para entender um pouco melhor do que que tá acontecendo por trás das câmeras Shalom Shalom Shalom a gente tá agora falando diretamente de telaviv eu queria perguntar para vocês que quando vocês vieram filmar o documentário foi a primeira vez que vocês vieram a Israel foi a minha primeira vez tu era a segunda né foi a minha segunda vez casualmente em 30 anos eu nunca tinha vindo para
cá E aí eu e minha esposa a gente se organizou para vir fazer turismo no ano passado foi a primeira vez e a gente viu inclusive muitos vídeos seus e do Rodrigo Silva para Tent tá se ambientar se situar nas coisas e a gente veio acho que uns três 4 meses antes de começar a guerra e aí a gente veio e aí ficou com uma determinada impressão de que a coisa tava meio tranquila e olha só que bacana acho que a coisa agora vai e tal e enfim a gente ficou aqui uma semana e duas
semanas aqui e aí deu três três meses mais ou menos estourou a guerra e aí depois a gente acabou recebendo o contato do do Michel e aí veio para cá depois pela era minha segunda vez a primeira minha primeira vez e aí foi uma experiência completamente diferente é eu acho que o que tu falou que antes de antes da guerra quando tu veio tinha a impressão que nada tava acontecendo que era uma realidade diferente mas realmente era eu também assim se tu me dissesse no 6 de outubro no dia anterior que ia estourar uma guerra
que a gente ia mudar a realidade eu ia dizer que que não é possível alguma coisa dessas acontecer mas vocês como brasileiros como pessoas que bom já tinha vido no visitar mas que vocês moram tant longe por justamente surgiu essa ideia essa vontade motivação de vir filmar um documentário aqui em Israel sobre o 7 de outubro foi mais ou menos assim a gente recebeu um e-mail de uns amigos nossos que não eram amigos ainda mas viraram que era do Michel e da Karen que acompanharam o nosso trabalho eles enviaram e-mail dizendo pô acho que tem
uma oportunidade aqui a gente conheceu o trabalho de vocês e acho que tem uma oportunidade aqui de vocês mostrarem o que tá acontecendo E aí a gente viu a oportunidade de fazer um filme não só sobre os acontecimentos do 7 de outubro do conflito mas um filme que eh abarcasse toda toda a reflexão a respeito das diferentes culturas que existem e como o acidente tá extremamente autoconciencia isso com as vozes locais né vozes Árabes e e e israelenses pra gente conseguir custar Isso aí foi foi bem diferente Como vocês conseguiram imagens de dentro de Gaza
e o que que isso causou em vocês exatamente como a gente conseguiu acho que a gente não pode falar mas o que eu posso dizer é como que a gente trabalho de de jornalista de mídia de imprensa a gente às vezes vai em lugares um pouco longes assim para conseguir as coisas mas o fato é que a gente conseguiu fazer um um trabalho em cas eh a gente estava um pouco reci a gente tentou muito e não tinha conseguido eh eu acho que foi a coisa que mais a gente passou trabalho né muito grande não
só com o desafio de conseguir essas gravações que de fato Foi algo realmente complexo mas depois de conseguir administrar esse material e saber em que medida utilizar e como isso entraria no filme enfim foi um exercício muito profundo a gente ficou madrugadas discutindo isso muitas vezes assim porque como o Lucas colocou independente da legitimidade de cada um dos lados é primeira premissa que a gente tinha a gente tá indo de uma certa forma cobrir uma guerra e uma guerra por definição tem dois lados sempre vai ter dois lados né independente da da legitimidade então a
gente não queria fazer um trabalho de propaganda PR Israel ou de propaganda pró Palestina a gente queria e de fato conseguir ir olhar com nossos próximos nossos próprios olhos interpretar e fazer um trabalho minimamente honesto em relação a isso né não querendo buscar falsas equivalências onde não tem né né porque eu acho que isso não é sem parcial no final das contas mas tentando realmente mostrar aquilo que a gente entende que é importante E aí quando se trata das pessoas que de uma certa forma não são conscientes daquilo que tá acontecendo e estão sofrendo com
esse conflito eu acho que aí tem uma realidade importante que precisa ser mostrada mas que precisa ser mostrada com muito cuidado porque tudo que se faz princialmente quando a Guerra ainda está acontecendo a gente não sabe qual que vai ser o o desenrolar o desfecho dessa guerra vai ter consequências a gente não pode fingir que ah não não vai ter consequência a gente quer só mostrar aqui o que a gente viu e vai ter então em que medida a gente consegue de uma certa forma e trazer a realidade que é importante e e o que
é honesto né como um trabalho de documentarista ao mesmo tempo não não sendo cínico Então nossa é uma coisa muito difícil muito difícil mesmo é eu acho que o filme de vocês eh tem duas coisas diferentes primeiro eu vejo que muita gente que fala sobre Israel Primeiro eles sabem o que eles querem falar e depois eles buscam as imagens e os fatos para mostrar a opinião que já é deles independente do lado que seja eu acho que a pessoa muitas vezes já vem com opinião formada e Ok eu quero mostrar o sofrimento de Gaza onde
é que eu vou achar crianças onde é que eu vou achar isso ah eu quero mostrar o lado de Israel onde é que eu vou achar isso Onde é que eu vou achar aquilo e vocês vieram justamente abertos para ouvir os dois lados e e realmente Parabéns para vocês porque a maioria das pessoas que a gente vê falando sobre Israel e Palestina não vem normalmente com essa questão e a outra questão é que realmente a Guerra ainda tá acontecendo a gente chegou agora um pouco antes e eu tava Agora eu vi no pessoal quando tava
chegando aqui o pessoal tá já na movimentação e o pessoal perguntando Ok se tiver sirene O que que a gente faz quer dizer que cinema que teatro do mundo a primeira pessoa a primeira pergunta que as pessoas fazem é Ok se tocar sirene agora por estão tentando bombardear atéa viva outra vez para onde eu vou o que que eu faço então a gente tá vendo um filme sobre a guerra enquanto a gente ainda tá vivendo essa realidade teve agora ultimamente também várias sirenes Quer dizer vocês também tão aqui no meio toda essa realidade mas eh
eu queria saber para vocês Qual foi a história que mais impactou vocês vocês entrevistaram muitas pessoas Eu sei mas assim qual história assim tá realmente marcada dentro de ti olha Teve teve uma senhora que nós gravamos na Praça dos Soldados eh caídos em que os pais dela foram para Auschwitz e ela passou pelo holocausto enquanto criança e ela vive aqui em Israel e agora ela perdeu o Neto no seddi de outubro né Então ela mesmo eu não aguentei tive que perguntar para ela um pouco invasivo talvez di assim o que que tu aprendeu da vida
com tudo isso né porque ela tá bem velhinha então eu falei o que que tu que que aprendeu da vida é fim do fim da vida aí qual é a conclusão né E ela deu uma mensagem super positiva a vida é maravilhosa a vida é muito boa a gente tem que ser muito grato a Deus etc e então foram várias histórias de força que eu acho que que deveriam nos inspirar essas histórias me marcaram muito lembro que Dessa senhora eu até tirei uma fotografia com ela que eu achei muito legal primeira coisa que me marca
vindo do Brasil de um ambiente que tá extremamente polarizado politicamente e tudo mais é que mesmo a gente entrevistando pessoas às vezes de espectros políticos um pouco distintos ou até mesmo de religiões ou ou ateus ou religiosos ortodoxos etc eh tu via uma certa eh unidade em em boa parte do discurso o que não é comum no Brasil se você entrevista uma pessoa mais à direita você vai vi uma coisa completamente oposta a uma pessoa mais à esquerda ou uma pessoa mais religiosa ou menos religiosa isso foi foi novo para nós e e foi foi
foi foi forte eu espero que o nosso filme colabore com censo de responsabilidade a gente não não botou a caneta uma expressão que eu gosto de usar a gente não botou a caneta no nosso filme Nossa eu quero dizer isso aqui ninguém disse então deixa como é que eu faço para dizer isso aí a gente não tinha uma opinião a gente veio para cá sem nem saber as polêmicas políticas envolvendo o primeiro ministro aí de vocês nada a gente chegou Oi tudo bem pessoal como é que funciona Israel é verdade saber o que que era
direita isso que que a direita pensa que que a esquerda a gente chegou assim descobrindo claro que com algum repertório de outros lugares para poder interpretar mas descobrindo e eu vejo como é fácil emitir opinião sem nenhuma responsabilidade é muito fácil é simples não não precisa fazer mais nada tu pode simplesmente inventar as palavras que mais te parecem adequadas falar elas numa ordem que mais parece bonit bonito parecer inteligente parecer elegante lindo não tem nenhum não condiz em nada com a realidade eu acho que quanto mais influente for a pessoa pior é esse tipo de
decisão Então eu acho que o nosso filme ele tem o objetivo de introduzir responsabilidade ele não vai ter uma proposta ele não vai ter uma saída quem tá quem tá esperando uma porta de saída não vai achar ele vai ter Olha o que nós encontramos é isso aqui é amargo a gente tá até por isso que o o mot da nossa campanha é a realidade do Oriente Médio sem filtros o que eles nos disseram posto posto para vocês eu acho que isso tem que ser um alerta tem que ser um alerta pra gente pensar se
a gente não tá mimado demais com as nossas opiniões né tem essa coisa eu tenho a minha opinião e depois eu vou lá e vejo como é que ela se encaixa né e eu acho que isso Isso já faz muito mal pro ocidente muita coisa uma quando Assunta é uma guerra que a gente falava que é consequência vidas humanas Talvez seja imperdoável usar esse tipo de responsabilidade para fazer análise esse documentário tem eu acho um pouco desse papel de lembrar que a cultura que a gente conquistou especialmente no ocidente tudo aquilo que a gente gosta
que a gente quer preservar e valoriza eh não é dado não é não é uma coisa simples não é uma coisa que vem surge naturalmente e não é eh hegemônico e unânime no mundo inteiro né todo mundo que Valoriza as mesmas coisas que a gente valoriza isso tem um preço tem um custo eh Isso precisa ser percebido e defendido né e eu acho que o documentário ele tem o objetivo de tentar deixar isso mais claro eh não só para quem vive aqui mas para quem vive no ocidente às vezes esquece disso e acaba abrindo mão
de coisas que são importantes Eu acho que o mundo e o Brasil merecem ver a verdade do que tá acontecendo como vocês falaram sem filtro pô em várias línguas inclusive viu vai ter agora isso é uma coisa nova o YouTube tá liberando para ter dublagem em outras línguas Então a gente vai ter dublado em inglês em português na língua original e legendado Inglês francês hebraico espanhol espanhol então enfim muita gente vai poder [Música] assistir as instruções de segurança do em R tabut se houver alguma sirene nós estamos no andar subsolo é para que todos permaneçam
nos seus lugares Não há necessidade de se deslocar e nós a estamos [Música] AB quem ainda tá vivo quem tá vivo um de vida e nesse momento eu levantei não sei como urrei asesso est emim levantei e eu virei e ele não tava me vendo direito causa o gáses era um cheiro também de de corpo queimado que é uma coisa que não dá nem para descrever nem para esquecer e ele pegou e começou a me me aprestar para sair só quando ele me apressou para sair eu congelei porque entre eu e ele tinha um mar
de Corpos e só naquele momento eu percebi que eu tava cercada por corpos e na minha cabeça a única coisa que passava era nossa V que não ajudao [Aplausos] eh eu tô eu tô realmente Sem palavras para explicar para vocês o que a gente acabou de assistir Ah é muito intenso a primeira coisa mas eu posso dizer que eu tô realmente Surpreendida Porque como uma pessoa que mora em Israel que tá vivendo essa guerra literalmente quer dizer meu marido tá agora que eu tô falando com vocês meu marido tá no exército na fronteira defendendo o
país quer dizer por mais que eu seja parte de tudo isso tem muita coisa que eu vi que eu não sabia tanto na questão histórica na questão ideológica muitas imagens por trás das cenas Obviamente as imagens de dentro de casa que a gente normalmente não tem acesso bom obrigada primeira coisa pai por ter vindo comigo eu que te agradeço por ter me trazido e eu quero a tua opinião também em relação ao que a gente viu muito impactante muito esclarecedor em alguns aspectos mas instigante demais a gente tem que assistir tem que pensar reassistir ler
estudar e compreender todo esse processo que a gente vive é não eu também saí com essa sensação que eu vou ter que assistir esse filme mais de uma vez para absorver tudo informação e isso é importante pessoal para todo mundo que tá assistindo esse vídeo assistam o filme ele vai est disponível gratuitamente eu acho isso também importante o pessoal da Brasil paralelo veio aqui investiu no bolso deles eles fizeram esforço de meses em toda essa produção e eles vão disponibilizar gratuitamente quem quiser assistir pessoal eu vou colocar aqui embaixo o link aí vocês podem já
através do link chegar se inscrever para poder assistir gratuitamente ã mas eu acho que a gente é aqui entre os últimos e deixa eu dizer uma coisa Esse filme foi feito por brasileiros o Brasil está de parabéns eu não tenho ideia e Olhem que eu acompanho isso bastante de alguma outra equipe cultural ou jornalística que tenha feito com este nível de profundidade e de isenção Isto é o mais importante mas eu ia dizer a gente tá eu acho que entre os últimos agora pessoal vamos sair continuar conversando aqui do lado de fora desculpem pessoal meu
pai já teve que sair um pouco na frente mas eu quero contar para vocês um pouco da sensação de tá dentro dessa sala e ver todo esse filme realmente no telão era uma sensação muito estranha porque tava todo mundo em completo silêncio dava assim dava para ouvir só respiração das pessoas de fundo Realmente é muito pesado ver tudo que a gente viu eles usaram imagens verdadeiras ah tanto do massacre do 7 de outubro feito imagens em Gá em Israel no Sul em tantos lugares e uma coisa que me marcou muito que o que eles falaram
antes logo antes de começar o filme eles falaram é que eles eles sentiram obrigados a usar as imagens do 7 de outubro usar as imagens do massacre porque eles disseram que não teriam acreditado se não tivessem visto com os próprios olhos deles e a gente realmente tá vivendo uma realidade que é inacreditável não só que dentro de Israel como também Na Autoridade Palestina em Gaza e em tantos outros lugares da região que estão envolvidos no conflito porque as vezes a gente olha uma manchete de um jornal A gente olha uma notícia que Fala 2 TR
minutos de Israel de Gaza do que tá acontecendo e às vezes a gente esquece quão complexo e quão difícil é esse conflito para todos os lados quando sofrimento e quanta complexidade há nessa guerra e por isso eu tenho um pedido pessoal a vocês assistam o documentário from the River to the Sea do mar Ao rio assistam ele e vejam com os próprios olhos de vocês a realidade que tantas vezes parece Inacreditável eu vou deixar mais uma vez para vocês aqui o kry Code o link tudo assistam documentário se vocês estão assistindo isso antes do set
de outubro se inscrevam assim vocês vão poder ver gratuitamente assim quando lançar no 7 de outubro se vocês estão assistindo depois já vão e assistam agora porque realmente vai mudar a visão de vocês em relação a tudo que tá acontecendo em Israel e também no mundo Shalom e obrigado