Estradas Malditas: Relatos de Terror dos Caminhoneiros | #Relatos de terror

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DiárioDoTerror
Bem-vindo ao nosso canal, onde mergulhamos fundo nos mistérios e arrepios das praias mais assustador...
Video Transcript:
Olá jovem alma seja bem-vindo ao canal diário do terror se você tem medo de relatos reais e assustadores esse canal não é para você sugiro a você sair desse vídeo mas se você não tiver medo de escutar esses relatos horripilantes sugiro que se inscreva no canal para não perder os próximos relatos algumas histórias ficam enterradas no tempo esquecidas por todos exceto por aqueles que as viveram a ilha do Farol um lugar isolado e quase inalcançável foi palco de uma dessas histórias por muitos anos os pescadores locais evitavam passar perto sempre com medo de cruzar a
linha invisível que segundo eles separava o mundo dos vivos do mundo das sombras diziam que o farol nunca se apagava mesmo quando não havia ninguém lá mas claro como qualquer pessoa cética eu não acreditei em uma palavra dessas lendas até o dia em que fui trabalhar lá eu era jovem e a vida estava complicada tinha perdido o emprego em um pequeno Porto e não havia muitas oportunidades para alguém como eu quando a oferta de trabalho surgiu cuidar do Farol da Ilha do farol por TR meses parecia a oportunidade perfeita para me reorganizar o salário era
bom o isolamento parecia ideal para botar a cabeça no lugar e além disso eu sempre fui do tipo que prefere ficar sozinho então aceitei sem pensar muito o que eu não sabia é que ao pisar naquela Ilha eu estaria caminhando para algo que nunca mais me deixaria em paz no dia em que cheguei a travessia Já me deixou desconfortável o mar estava estranhamente calmo sem vento e o Barqueiro um homem de poucas palavras chamado Geraldo não parecia interessado em conversa ele me lançou alguns olhares estranhos como se soubesse algo que eu não sabia mas nunca
disse nada diretamente só quando estávamos nos aproximando da Ilha ele falou baixinho quase para si mesmo cuidado com o que escuta à noite achei aquilo uma bobagem mas não perguntei quando descemos ele me deixou com uma última frase Não olhe para o farol depois da meia-noite essas palavras ficaram ecoando na minha cabeça enquanto eu carregava minhas coisas até a pequena casa ao lado do Farol Era uma construção antiga de pedra úmida e fria o farol logo ao lado se erguia como uma torre imponente sua luz girando de forma lenta e hipnótica lá de cima a
vista devia ser incrível Mas eu ainda não estava com vontade de subir fiquei por por ali arrumando as coisas tentando me acostumar com o silêncio e o isolamento tudo parecia parado como se o tempo tivesse congelado na primeira noite tudo foi tranquilo o som do mar batendo nas rochas era constante e o farol girava seu feixe de luz iluminando as águas escuras dormi cedo exausto da viagem mas acordei no meio da noite com um som estranho era como um sussurro baixo arrastado algo que vinha de longe mas ao mesmo tempo parecia estar dentro da casa
levantei tentando me convencer de que era só o vento mas não havia vento o ar estava parado pesado mesmo assim voltei para a cama e Forcei o sono a me vencer pensei só estou cansado É a coisa da minha cabeça os dias seguintes foram tranquilos mas o desconforto começou a crescer pequenas coisas objetos que eu tinha certeza de ter deixado em um lugar apareciam em outro a luz do farol parecia estar mais lenta ou rápida Dependendo da hora mas o pior eram os sons o farol à noite Parecia ter vida a cada giro a estrutura
rangia de um jeito que eu nunca tinha ouvido em outros faróis e os sussurros depois da meite um baio como murmurando no escuro na terceira semana decidi subir até o topo do farol não queria parecer medroso então ignorei o aviso do Barqueiro quando cheguei lá em cima a vista era realmente incrível o mar se estendia por todos os lados e o horizonte parecia infinito mas havia algo errado o farol que de perto parecia tão normal tinha uma sensação de presença como se não estivesse sozinho toquei na estrutura metálica e naquele instante senti um frio subir
pela minha espinha algo que nada tinha a ver com a temperatura era como se algo passasse por mim como uma sombra sem Corpo à noite quando o relógio passou das 12 badaladas eu estava acordado e foi aí que o verdadeiro terror começou deitado na cama comecei a ouvir passos no andar de cima no farol eram lentos pesados e se arrastavam de um lado para o outro o farol estava trancado não havia ninguém além de mim na ilha mas os passos continuaram até que o som mudou algo ou alguém começou a Descer as escadas o som
das Botas sim botas eu podia ouvir o barulho característico ecoava pelas paredes de pedra meu coração disparou e eu segurei a respiração esperei o pior mas os passos pararam de repente não consegui me mover por um longo tempo congelado pelo medo até que o silêncio Voltou não consegui dormir mais naquela noite no dia seguinte tudo parecia normal o faraó girava o mar continuava batendo nas rochas e o céu estava Limpo Mas eu sabia que não estava sozinho e tinha certeza de que na noite anterior alguém ou algo tinha descido aquelas escadas conversei com Geraldo o
Barqueiro quando ele trouxe mantimentos contei a ele sobre os sons sobre as botas ele me ouviu em silêncio os olhos Fundos e só depois de muita insistência ele me contou o que sabia há muito tempo um grupo de Guardiões cuidava desse farol um deles Joaquim desapareceu sem deixar rastros Dizem que ele era obsecado pelo lugar que ouvia vozes e passava noites inteiras sozinho lá em cima no farol ele foi o último a cuidar do Farol antes dele ficar abandonado por anos ele hesitou olhando para o mar ninguém sabe o que aconteceu com ele mas alguns
Dizem que ele nunca deixou a ilha que ele ainda está aqui vigiando As palavras dele ecoaram na minha mente eu estava começando a acreditar que algo muito errado acontecia naquele lugar naquela noite os passos voltaram dessa vez mais fortes o som das Botas era mais claro eti uma presença Pass pela casa como se alguém estivesse me observando me levantei trêmulo e saí na direção do Farol Não sei o que me motivou a ir até lá talvez fosse o desespero de entender o que estava acontecendo entrei no farol subindo as escadas de pedra que rangiam sob
meus pés conforme subia o ar ficou mais denso como se algo estivesse me esperando no topo quando cheguei lá a sala estava vazia mas as janelas tremiam com o vento que parecia vir do nada e foi então que vi no vidro embaçado de uma das janelas a marca de uma mão uma mão que eu não tinha visto antes senti o sangue gelar alguém ou algo estava ali e então ouvi novamente não deveria ter vindo a voz veio de dentro do farol grave quase sussurrada mas eu estava sozinho Pelo menos era o que achava Desci correndo
o coração disparado sentindo que algo me seguia voltei para a casa e me tranquei lá dentro o Mais longe possível do Farol Mas sabia que não estava a salvo a cada movimento a cada sombra que se estendia pelas paredes sentia que Joaquim ou o que restava dele estava se aproximando a ilha do Farol estava viva e eu fazia parte dela agora naquela noite o vento parecia sussurrar meu nome deitado na cama com os olhos fixos no teto senti o peso de algo invisível me observando como se a própria Ilha estivesse conspirando para Me sufocar a
casa do Farol que antes era apenas fria e silenciosa agora parecia viva respirando era como se as paredes pulassem com uma energia sombria e o som do mar lá fora fosse um lembrete constante de que não havia saída eu tentava me convencer de que tudo não passava de imaginação de que estava apenas cansado estressado com o isolamento mas o que sentia ao subir no farol o toque gélido daquela mão invisível aquilo era real e eu sabia que havia algo ou alguém naquela Ilha comigo as horas passaram devagar o relógio parecia arrastar os minutos como uma
tortura Então por volta das duas da manhã o som voltou os passos dessa vez mais nítidos eu sabia que não estava sozinho o som ecoava pela casa ressoando nas paredes de pedra o Ranger pesado das Botas o arrastar incansável pela madeira antiga era como se aquele som estivesse enraizado na própria estrutura do farol reverberando de um passado esquecido mas o pior era que conforme os passos ficavam mais próximos os sussurros começavam a surgir não devia estar aqui as palavras vinham de todos os lados era como se a própria escuridão ao meu redor falasse minha mente
Estava à beira de um colapso mas havia uma parte de mim a parte racional que queria respostas Quem era Joaquim e Por que ele ainda estava ali vagando pela ilha como uma sombra levantei da cama os pés descalços encontrando o chão gelado o ar ao meu redor parecia mais denso carregado de uma opressão invisível peguei uma lanterna e uma faca de cozinha não que eu acreditasse que isso Faria uma diferença mas me dava a falsa sensação de proteção abri a porta com cuidado e os passos cessaram de repente como se soubessem que eu estava prestes
a confrontá-los a casa estava escura exceto pela luz da lanterna que tremia levemente em minha mão decidi num misto de coragem e desespero seguir os sons eu tinha que saber o que estava me perseguindo o que estava tomando conta de mim caminhei até a porta do Farol que se destacava imponente com o c nublado o farol continuava girando mas sua luz parecia mais fraca como se estivesse lutando contra a própria escuridão ao abrir a porta do Farol senti um vento frio me envolver e o ar cheirava a mofo e mzia comecei a subir as escadas
de pedra Um Passo de Cada Vez os olhos fixos na escuridão acima o farol tinha uma escada em espiral que parecia se estender para sempre cada passo que eu dava ecoava como tivesse pisando sobre algo oco morto a meio caminho da subida ouvi o som mais perturbador até agora algo estava respirando não era o som do vento ou das ondas batendo era uma respiração pesada lenta vinda de algum lugar logo acima de mim minhas mãos ficaram suadas e meu coração começou a bater mais rápido mas eu continuei algo dentro de mim me impelia a seguir
em frente a enfrentar o que estivesse lá quando cheguei ao topo a sala de controle do Farol estava escura exceto Pela Luz fraca do Farol girando lá fora foi então que vi no canto da sala havia uma figura Joaquim seu corpo estava encolhido o rosto escondido pelas sombras ele estava vestido com o que parecia ser um uniforme antigo rasgado e sujo como se tivesse sido deixado ali por décadas seu rosto quando se virou lentamente para me olhar era uma máscara de agonia não era humano não mais Seus olhos eram dois buracos negros profundos que pareciam
sugar a pouca luz que restava no ambiente a pele pálida e esticada sobre os ossos como se estivesse mumificada ele se levantou lentamente com um movimento quase impossível como se não tivesse articulações os ossos estalavam de forma grotesca e ele se aproximou de mim arrastando uma bota pesada o som ecoando pela sala quando sua boca se abriu um som gutural escapou uma mistura de gemido e sussurro saia daqui antes que seja tarde eu queria correr mas meus pés estavam presos no chão algo me prendia ali como se a própria Ilha estivesse me segurando Joaquim se
aproximou mais e eu podia sentir o cheiro de podridão como algo que ficou enterrado por demais seus dedos longos e udos se estenderam em minha direção e no último segundo meu corpo finalmente reagiu saí correndo descendo as escadas com tanta pressa que quase caí várias vezes quando cheguei à base do Farol ouvi algo que me fez parar um som de metal raspando no concreto vindo do fundo da ilha onde ninguém ia virei o rosto para a direção do som e vi através da névoa que começava a se formar uma sombra no horizonte algo que parecia
uma entrada uma abertura ou um portal sem pensar fui em direção àquilo conforme me aproximava a névoa ficava mais densa E o frio aumentava de forma insuportável a cada passo eu sentia que estava atravessando para um lugar onde não deveria estar e Então finalmente vi no meio da vegetação densa e das rochas havia uma velha porta de metal semienterrada no solo Parecia ter sido lacrada há muitos anos mas agora estava entreaberta algo estava lá dentro algo que eu sabia que nunca deveria ser descoberto dei um passo para trás mas o som de sussurros começou a
me envolver novamente não eram mais apenas sussurros aleatórios eles formavam palavras e instruções entre termine o que comeou minhas mãos tremiam enquanto Me axima da p não sabia o que encontraria do outro lado mas sentia que tudo estava ligado a Joaquim ao farol a ilha puxei a porta de metal o som de Ferro enferrujado rangendo nos meus ouvidos e dei um passo em direção à escuridão que me aguardava o cheiro de mofo e morte era ainda mais forte ali e eu sabia que a partir daquele momento não havia volta eu estava à beira do desconhecido
diante da Escuridão absoluta que naa da porta de metal e uma parte de mim queria correr fugir para o barco mais próximo e nunca mais olhar para trás mas outra parte a mais forte me empurrava para dentro algo estava me chamando algo antigo Sombrio e de certa forma familiar entrei o chão de pedra sob meus pés parecia pulsar como se o solo estivesse vivo uma extensão da própria ilha a porta se fechou atrás de mim com um estrondo deixando-me envolto em completa escuridão tudo que eu tinha era minha lanterna que piscava vacilante como se não
quisesse iluminar o que estava por vir o túnel à minha frente se estendia por metros talvez mais era difícil dizer as paredes eram cobertas por musgo e raízes grossas como se a própria Terra estivesse tentando engolir aquele lugar o ar estava pesado úmido e o som de gotas caindo ecoava amplificando o silêncio aterrorizante Mas o pior era o som que vinha de dentro um lamento baixo sussurrado como se o próprio ar estivesse chorando continuei andando cada passo ecoando por quilômetros até que finalmente o túnel se abriu em uma câmara Ampla e circular no centro havia
um altar de pedra antigo e coberto por símbolos estranhos e incompreensíveis gravados na superfície de forma tosca e irregular ao redor do Altar A havia marcas no chão restos de velas queimadas ossos antigos e o que parecia ser Terra misturada com sangue seco e foi aí que o vi Joaquim estava lá ou melhor o que restava dele ele estava ajoelhado com as mãos estendidas sobre o altar o rosto pálido seus olhos Fundos brilhando com uma luz Insana ao seu redor sombras dançavam nas paredes figuras distorcidas que pareciam vivas se contorcendo e murmurando palavras ininteligíveis ele
não parecia me notar preso em algum tipo de transe mas o altar o altar estava pulsando como se algo vivo estivesse dentro dele esperando para ser libertado a verdade me atingiu como um soco no estômago Joaquim não estava tentando escapar da Ilha ele estava tentando libertar o que quer que estivesse preso ali De repente ele ergueu a cabeça lentamente como se sentisse minha presença seus olhos encontraram os meus e ele sorriu um sorriso torto doentio finalmente sua voz era fraca quase um sussurro mas cheia de uma Malícia que gelou o meu sangue você veio terminar
o que eu comecei dei um passo para trás o coração disparado o que é isso Joaquim Minha voz saiu trêmula fraca O que você está fazendo levantou devagar os ossos estalando como galhos secos aproximou-se do altar e passou a mão pelos símbolos gravados quase com carinho isso ele murmurou sem tirar os olhos do altar É o que mantém a ilha Viva o que mantém a maldição Adormecida engolia em Seco Tudo começava a fazer sentido a ilha o farol as vozes os sussurros tudo estava conectado àquela maldição antiga mas Joaquim não queria mantê-la Adormecida ele queria
libertá-la por que você está fazendo isso perguntei dando mais um passo para trás ele riu uma risada baixa e sombria cheia de desespero porque o farol é apenas um aviso uma proteção ele disse os olhos fixos em mim agora cheios de loucura o que está aqui embaixo é muito mais antigo muito mais poderoso do que qualquer um de nós e eu eu fui escolhido para libertá-lo as palavras dele rodavam na minha cabeça mas tudo o que eu podia sentir era terror o farol o símbolo de segurança e orientação era Na verdade uma prisão para algo
muito pior algo que Joaquim agora queria soltar você não pode fazer isso gritei desesperado isso vai destruir tudo ele deu mais um passo em minha direção os olhos brilhando de insanidade tudo já está destruído a ilha está morta O que resta dela é apenas uma casca Mas o que está preso aqui pode nos dar uma nova vida senti a pressão aumentar ao meu redor como se o próprio ar estivesse me empurrando em direção ao altar Joaquim Estendeu as mãos para mim e eu senti algo invisível me puxando como se estivesse sendo sugado por uma força
que não podia controlar minha mente girava e o desespero me dominava olhei para para o altar para Joaquim e soube que tinha que parar aquilo mas como então lembrei-me da faca que ainda estava no meu cinto com um movimento rápido a puxei e num impulso desesperado avancei sobre Joaquim ele não reagiu a tempo a lâmina atravessou seu peito e um grito horrível ecoou pela câmara o corpo de Joaquim caiu ao chão retorcendo de dor enquanto as sombras ao redor dele se agitaram gritando junto com ele mas algo deu errado ao invés de terminar com tudo
o altar começou a pulsar mais rápido mais forte a escuridão que antes se movia pelas paredes agora parecia ganhar forma ganhando vida um rugido baixo profundo veio das profundezas da câmara e o chão começou a tremer violentamente Joaquim deitado no chão ainda com o sorriso insano nos lábios murmurou suas últimas palavras já está feito e então o chão se partiu do altar uma fenda abriu-se como se a própria Terra estivesse sendo rasgada uma escuridão densa viscosa começou a escorrer pela câmara e eu sabia no fundo que era o fim corre para a porta tropeçando nas
pedras enquanto o som daquele rugido se tornava mais alto mais intenso as sombras começaram a se espalhar crescendo tomando forma como braço Neos que tentam me agarrar cheguei à saída a tempo de ver a ilha se contorcendo o farol ao longe apagou sua luz pela primeira vez eu não sabia o que tinha libertado Mas sabia que aquilo estava solto agora algo muito pior do que Joaquim algo antigo algo que a ilha mantinha escondido olhei para Trás uma última vez vendo a escuridão tomar conta da câmara corri para o barco de Geraldo o único meio de
sair D que a Il respirava em meu encalço no instante em que me afastei da Costa a última luz do farol desapareceu no horizonte eu achava que tinha escapado mas no fundo eu sabia a maldição estava solta e ela me seguiria para onde quer que eu fosse [Música] [Música] dizem que a estrada tem vida própria para quem passa muito tempo nela isso faz até um certo sentido São horas e horas sozinho cruzando cidades florestas desertos de asfalto sem fim e a gente acaba se sentindo parte daquilo já ouvi histórias de outros caminhoneiros sobre coisas que
viram ou ouviram na estrada sombras que aparecem no meio da noite vozes vindas do rádio até caminhões Fantasmas Sempre achei que tudo isso era conversa para assustar novato mas depois do que aconteceu comigo bom Digamos que eu não duvido mais de nada meu nome é Pedro e eu tô nessa vida de caminhoneiro faz uns bons anos conheço praticamente cada trecho dessa maldita BR 267 onde passo a maior parte do tempo e foi ali nesse pedaço de asfalto que eu comecei a ver a sombra tudo começou numa dessas noites normais de viagem tava levando uma carga
de peças automotivas nada fora do comum o relógio marcava mais de meia-noite e a estrada estava vazia só eu e o som do motor do caminhão cortando o silêncio da madrugada já tava acostumado com isso sabe acalmar da noite aquele vento gelado entrando pela janela entreaberta sempre foi a minha parte preferida do dia quando o trânsito some e a estrada vira só minha mas naquela noite algo parecia diferente o ar estava mais pesado e não era só por causa do cansaço tinha uma sensação estranha como se eu não estivesse sozinho no caminhão no começo achei
que era só coisa da minha cabeça aquelas alucinações que vem quando você fica horas dirigindo sem sem parar Mas de repente eu senti uma presença sabe como se alguém estivesse sentado no banco do passageiro mesmo com o caminhão vazio Olhei pro retrovisor foi rápido quase imperceptível Mas eu vi uma sombra uma figura borrada sem forma definida lá atrás no canto do espelho virei o rosto na mesma hora mas não tinha nada nada além do vazio da estrada e das luzes traseiras piscando na distância naquela hora só balancei a cabeça e pensei tô vendo coisa deve
ser o cansaço acelerei um pouco mais querendo deixar aquela sensação para trás mas cara aquilo não foi um erro nas noites seguintes a mesma coisa aconteceu toda vez que eu pegava aquele trecho específico da BR 267 lá estava a sombra no mesmo lugar às vezes era uma mancha borrada no retrovisor outras parecia mais nítida quase como se tivesse forma humana não tinha como ignorar aquilo comecei a me pegar olhando pro espelho a cada do minutos Sempre esperando ver de novo aquela coisa e ela sempre estava lá certa noite resolvi parar num posto de gasolina para
dar uma descansada o sono estava me vencendo e o desconforto de sentir que tinha alguém me observando já estava me deixando nervoso o frentista um senhor já de idade que parecia estar acostumado a ver todo tipo de gente notou minha cara de preocupado tudo certo parceiro ele perguntou enquanto enchia o tanque pensei em contar mas o que eu ia dizer tô vendo uma sombra me seguindo pelo retrovisor ele ia rir da minha cara Claro Tudo sim respondi tentando disfarçar depois de pegar um café quente e me sentar numa mesa do restaurante ao lado comecei a
pensar que talvez precisasse de um tempo sabe talvez estivesse exagerando Mas então um outro caminhoneiro que sentado numa mesa próxima começou a puxar conversa ele era um cara grande de barba espessa e jeito cansado desses que parece já ter visto de tudo te vi chegando tá na BR 267 né ele disse sem tirar os olhos da xícara de café Tô sim como é que sabe conheço essa estrada como a palma da minha mão ela tem uns trechos estranhos principalmente à noite naquele momento um arrepio percorreu minha espinha decidi arriscar estranhos como o Caminhoneiro olhou em
volta como se estivesse se certificando de que ninguém estava ouvindo e abaixou a voz tem uma história que corre entre os motoristas mais antigos dizem que se você pegar a estrada na hora errada em um determinado trecho pode ver algo uma sombra que aparece no retrovisor ninguém sabe o que é mas quem viu Nunca conseguiu explicar engoli seco a descrição era Idêntica ao que eu estava vendo e se você continuar vendo a sombra perguntei minha voz mais baixa que o normal o cara deu um gole no Café os olhos cansados de quem já havia passado
por muita coisa alguns dizem que se continuar a ver ela começa a se aproximar no começo só aparece no canto do espelho depois vai ficando mais nítida mais próxima e quando você vê já é tarde demais um frio percorreu meu corpo a sensação de que aquilo não era coincid a na minha mente tentei disfarar o desconforto mas minha mão já estava suando ele notou tá vendo não tá ele perguntou Não precisei responder o silêncio entre nós falou por si depois daquela conversa as coisas só pioraram a sombra antes distante e vaga começou a mostrar maisar
na primeira noite após o encro com o Caminhoneiro no retrovisor mas dessa vez não estava mais parada ela se mexia eu quase perdi o controle do volante quando percebi que a sombra parecia andar em direção à traseira do caminhão como se estivesse se aproximando lentamente a estrada estava Deserta como sempre aquela hora e o único som era o do motor e o vento batendo nas laterais Mas então o rádio começou a emitir estática sabe quando você tá fora da área de cobertura e o rádio fica chiando era isso mas eu não estava sintonizado em nenhuma
Estação o som ficou mais alto e no meio da esttica comecei a ouvir vozes Pedro o som veio Fraco mas foi suficiente para me fazer congelar de onde diabos aquilo estava vindo olhei em volta tentando achar uma explicação mas não havia nada apenas eu o caminhão e a sombra que agora parecia estar a poucos metros de distância no retrovisor acelerei meu coração estava a mil e minhas mãos tremiam no volante tentei ignorar concentrar no caminho mas a sensação de ser observado era insuportável a cada vez que olhava pelo retrovisor ela estava mais perto o borrão
Preto agora tinha contornos quase como se fosse uma pessoa não conseguia ver detalhes mas a figura estava cada vez mais nítida cheguei a um ponto em que não conseguia mais ignorar parei o cam brusc saí e olhei em volta nada a estrada estava Deserta o silêncio era quase sufocante meu peito subia e descia com a respiração pesada mas tudo parecia normal foi aí que ouvi os passos lentos pesados se aproximando de mim virei para trás o coração disparado mas não havia ninguém o som porém continuava senti uma presença atrás de mim mas não tive coragem
de olhar meu corpo inteiro estava paralisado pelo medo Pedro a voz agora clara como o dia veio de novo só que dessa vez ela estava perto muito perto eu não sei como consegui mas voltei correndo pro caminhão com a respiração acelerada e o corpo em Pânico fechei a porta com força e o som de passos do lado de fora continuou por alguns segundos antes de desaparecer liguei o motor e saí de lá mais rápido que pude Depois dessa noite eu sabia que estava preso a algo muito maior do que uma simples Alucinação a sombra me
seguia eu não podia mais escapar dela aquela noite ficou gravada na minha memória como um filme de terror em looping cada detalhe voltava à minha mente enquanto eu tentava seguir em frente mas a verdade é que nada era mais normal eu sabia que estava sendo perseguido e a sombra não parava de aparecer pior ainda eu não sabia por quanto tempo conseguiria lidar com isso sem enlouquecer passei alguns dias tentando evitar aquele trecho da BR 267 fiz rotas diferentes peguei estradas alternativas qualquer coisa para não ter que encarar a sombra de novo mas o problema não
era mais só a estrada não importava para onde eu fosse a sensação de ser observado me acompanhava comecei a perceber pequenas coisas como objetos mudando de lugar dentro do caminhão o rádio por exemplo sempre desligava Sozinho no meio da viagem mesmo quando eu deixava ele sintonizado em uma estação estável uma vez numa dessas viagens mais longas eu parei para dormir num posto de beira de estrada Estacionei o caminhão e deitei no banco traseiro para tentar descansar um pouco mas o sono não veio fácil tinha uma presença ali comigo eu sentia isso no fundo da Alma
mesmo com os fechados Eu sabia que algo me observava o ar dentro do caminhão parecia mais denso quase como se alguém estivesse respirando perto de mim finalmente o cansaço me venceu Mas acordei horas depois com o som de arranhões na lataria do caminhão era como se unhas longas raspasse os olhos e por reflexo Olhei pro retrovisor nada apenas a noite escura o estacionamento vazio e o vento batendo nas laterais do caminhão tentei ignorar me dizendo que era o vento ou algum galho de árvore mas o som continuava e então do Nada ouvi de novo Pedro
a voz veio direto do retrovisor dessa vez eu ouvi claramente sem interferência sem estática era um sussurro gelado Como se viesse de dentro da minha própria cabeça me sentei no banco o coração batendo forte o caminhão estava parado mas o painel piscava como se algo estivesse Mexendo nos circuitos peguei o volante com força tentando me acalmar mas quando olhei de novo pro retrovisor eu vi a sombra estava lá não era mais um borrão distante agora era uma figura nítida quase humana de pé ao lado do caminhão como se estivesse esperando eu podia ver um rosto
ou algo que deveria ser um rosto a forma não era Clara mas havia olhos olhos profundos como buracos negros fixos em mim eu travei não conseguia me mexer não conseguia gritar a coisa continuava lá parada Apenas me observando o pior era o silêncio nenhum som nenhuma interferência no rádio nada apenas o olhar vazio da sombra e o peso opressor daquela presença de repente a porta do caminhão fez um Estalo comoo tentando abri-la o som quebrou o silêncio e minha mente entrou em Pânico Eu sabia que se aquela porta abrisse algo muito pior ia acontecer tentei
ligar o motor mas o caminhão não respondia a chave girava o painel piscava Mas nada a sombra se moveu lentamente foi caminhando em direção à janela do motorista e eu sabia que não tinha muito tempo foi então que um reflexo de Puro desespero comecei a buzinar o som alto e agudo ecoou pelo estacionamento cortando o silêncio da madrugada a sombra parou por um segundo como se estivesse surpresa e de repente desapareceu o motor ligou sozinho e eu pisei no acelerador sem pensar duas vezes saind o mais rápido que pude Durante os próximos dias comecei a
ficar obsecado com o que estava acontecendo perguntas rondavam minha mente sem parar o que era aquela sombra por que estava me perseguindo E acima de tudo o que ela queria de mim foi aí que Decidi voltar ao trecho da BR 267 precisava de respostas por mais que isso me apavorar algo naquele lugar estava ligado àquela coisa e se eu quisesse resolver essa situação teria que encarar de frente naquela noite peguei o caminhão e dirigi direto para o ponto onde tudo começou era uma noite fria a lua cheia iluminava a estrada Deserta conforme me aproximava daquele
trecho o ar ficava mais pesado como se algo estivesse me puxando de volta para aquele Pesadelo o rádio começou a chiar a estática voltando e eu sabia que estava no lugar certo passei pelo primeiro quilômetro sem nada acontecer mas assim que cheguei ao segundo quilômetro eu a vi de novo a sombra parada no meio da estrada como se estivesse me esperando eu pisei no freio o caminhão derrapou mas parou a poucos metros dela o motor ainda estava ligado mas eu mal conseguia respirar ela não se moveu apenas Ficou ali me encarando dessa vez havia algo
diferente eu sentia que ela estava mais forte mais presente como se finalmente estivesse pronta para o que quer que fosse Pedro a voz dela ecoou na minha cabeça mas dessa vez parecia mais humana tomei coragem e desci do caminhão minhas pernas tremendo como nunca antes a estrada estava vazia o vento cortava meu rosto mas a sombra não desapareceu ela estava ali reava para sentir o frio emanando dela como se tivesse saído de um lugar onde a luz nunca alcança quem é você minha voz saiu baixa quase um sussurro a sombra não respondeu mas eu senti
no fundo que ela queria me mostrar algo comecei a caminhar em direção à figura cada passo mais difícil que o anterior quando cheguei perto o suficiente a sombra deu um passo para trás se virando para a estrada e começou a se mover lentamente eu a segui como se estivesse hipnotizado o asfalto parecia se estender à frente a escuridão ficando mais densa a estrada que eu conhecia tão bem agora parecia diferente como se estivesse me levando a um lugar que não deveria existir finalmente a sombra parou e foi então que eu vi no acostamento parcialmente encoberto
por arbustos e árvores havia um caminhão abandonado o capô estava destruído e a ferrugem tomava conta de toda a lataria era um caminhão antigo talvez de Décadas atrás mas o que mais me assustou foi o estado dele o caminhão Parecia ter sido deixado ali por muito tempo mas ainda tinha marcas de pneus recentes na estrada como se alguém tivesse tentado usá-lo há pouco tempo é você perguntei olhando para a sombra ela se virou para mim e naquele momento eu soube a sombra não era apenas uma entidade qualquer ela era um caminhoneiro assim como eu alguém
que tinha se perdido naquela estrada e que agora estava preso buscando ajuda de repente uma dor aguda atravessou minha cabeça como se algo estivesse tentando invadir meus pensamentos imagens confusas passaram pela minha mente um acidente o som de metal se chocando gritos O Caminhoneiro ele tinha morrido ali sozinho na estrada e agora ele queria que eu terminasse o que ele não conseguiu antes que eu pudesse entender completamente o que estava acontecendo a sombra se dissipou no ar desaparecendo como fumaça o som da estrada voltou e eu fiquei ali sozinho na escuridão de frente para o
caminhão abandonado a verdade era Clara agora a sombra não estava tentando me machucar ela queria que eu encontrasse o que estava perdido mas o que isso significava o rádio do meu caminhão chiou novamente e dessa vez uma voz Clara surgiu no meio da estática você ainda não terminou Pedro eu fiquei ali parado o som do rádio ainda ecoando na minha cabeça Você ainda não terminou a voz era Clara firme mas ao mesmo tempo cheia de uma angústia que eu não conseguia entender olhei para o caminhão abandonado à minha frente e tudo começou a se encaixar
mas de uma maneira que eu preferia não acreditar o Caminhoneiro que tinha morrido ali ele queria que eu soubesse o que realmente aconteceu ele queria que eu resolvesse algo que tinha ficado incompleto respirei fundo sentindo o ar frio da madrugada encher meus pulmões silêncio ao redor era pesado quase opressor e o Brilho da Lua mal conseguia iluminar o caminho com o coração acelerado decidi me aproximar do Caminhão velho e enferrujado era como se alguma força invisível me empurrasse me obrigasse a ver o que estava ali as portas do caminhão estavam entreabertas e quando toquei a
lataria um arrepio percorreu meu corpo a sensação era de que o tempo tinha parado para aquele veículo porta devagar e o rangido do Metal me fez hesitar por um segundo o interior estava coberto de poeira o cheiro de mofo forte demais para ignorar mas algo chamava minha atenção no banco do motorista uma carteira jogada ali quase coberta de sujeira peguei a carteira com cuidado e abri dentro encontrei o documento do motorista José Miranda o nome soava familiar mas eu não sabia de onde talvez tivesse ouvido falar sobre em alguma conversa na estrada talvez fosse apenas
mais um nome perdido entre as tantas histórias de caminhoneiros desaparecidos quando virei o documento um pedaço de papel dobrado caiu no chão peguei as mãos já Tremendo e desdobrei era uma carta escrita com pressa mas legível se você está lendo isso significa que eu não consegui algo na estrada está me seguindo Há dias e eu não sei o que é não sei se vou conseguir chegar ao meu destino ouço vozes no rádio sinto uma presença no caminhão mas não há ninguém se eu não voltar por favor avise minha família avise que avise que eu tentei
eu só queria voltar para casa as palavras me atingiram como um soco no estômago aquele homem José passou pelos mesmos horrores que eu ele tentou escapar da sombra tentou voltar para casa mas falhou agora ele estava preso ali e de alguma forma sua alma vagava naquela Estrada esperando por uma Redenção que nunca veio mas por que eu porque ele me escolheu para encontrar essa carta para reviver o que Ele viveu Foi então que percebi a sombra não estava me seguindo apenas por vingança ou ódio José queria que sua história fosse contada Queria que alguém soubesse
o que realmente aconteceu com ele e de alguma forma ele achou que eu era a pessoa certa para isso enquanto minhas mãos ainda seguravam a carta ouvi Passos o mesmo som lento e arrastado que havia ouvido nas noites anteriores mas dessa vez estava mais próximo virei-me devagar com o coração na garganta e vi a sombra de José parada ao lado do caminhão ela não se movia não falava mas os olhos aqueles olhos vazios e Fundos estavam fixos em mim eu encontrei sua carta Rei sentindo o frio aumentar ao meu redor a sombra permaneceu imóvel mas
senti algo mudar era como se de alguma forma eu tivesse feito o que ele queria a presença ao meu redor parecia menos opressora menos sufocante mas a sombra ainda estava lá e eu sabia que havia algo mais a ser feito foi então que entendi José não queria que eu apenas encontrasse sua carta ele queria que eu fizesse o que ele não pode voltar para cá casa terminar a viagem que ele nunca conseguiu completar o rádio do meu caminhão chiou novamente e a estática foi interrompida por uma voz baixa quase imperceptível mas que Eu reconheci imediatamente
era a mesma voz que me seguiu durante Todas aquelas Noites na estrada Pedro você sabe o que precisa fazer eu sabia a sensação de que o fim estava próximo tomou conta de mim caminhei de volta para o meu caminhão sentindo o peso da responsabilidade não era mais sobre mim era sobre José sobre sua família e sobre encerrar aquele ciclo liguei o motor e enquanto a estrada se abria à minha frente a sombra de José desapareceu o trecho da BR 267 que antes parecia amaldiçoado agora estava mais tranquilo quase Sereno o vento gelado ainda soprava mas
havia uma calma ali que eu não sentia há muito tempo a luz da lua iluminava o e pela primeira vez senti que estava no controle enquanto dirigia a carta de José ainda no meu bolso eu sabia que tinha que completar o que ele começou a viagem até sua cidade a entrega da mensagem à sua família era a única forma de acabar com o tormento que nos cercava o silêncio da estrada agora era um alívio a sombra tinha desaparecido e o rádio estava quieto mas eu sabia que não estava sozinho estava comigo de uma maneira que
eu nunca entenderia completamente Cheguei ao meu destino ao amanhecer o sol tingindo o horizonte de laranja e vermelho quando parei o caminhão e desci a sensação de alívio foi imediata caminhei até a porta da Pequena casa que o endereço na carteira indicava e toquei a campainha com a mão trêmula uma mulher de meia idade atendeu a porta seus olhos estavam cheios de dor mas ela sorriu levemente Ao me ver posso ajudar ela perguntou a voz fraca eu sou Pedro caminhoneiro hesitei por um segundo mas sabia que precisava contar a verdade eu encontrei isso disse entregando
a carteira e a carta de José ela pegou os itens surpresa e Leu rapidamente a carta lágrimas começaram a rolar por seu rosto ele Ele Nunca Voltou [Música] Sempre achei que ele tivesse se perdido ou a mulher parou sem conseguir continuar eu apenas a senti sem palavras sabia que José estava ali de alguma forma finalmente em paz quando voltei para o caminhão olhei mais uma vez para o retrovisor não havia sombra não havia voz apenas o silêncio de uma manhã tranquila mas no fundo eu sabia que a estrada ainda tinha seus segredos José estava livre
mas eu nunca mais olharia para o retrovisor da mesma maneira Afinal a sombra que me seguiu por tanto tempo agora era uma parte de mim [Música] no ramo de caminhoneiro a gente vê de tudo percorri estradas por quase 15 anos e já passei por situações que dariam boas histórias para mesa de bar mas nada nada se compara ao que aconteceu naquela noite o que eu carrego comigo agora não é história para rir no fim nem daquelas que a gente exagera para impressionar o que aconteceu foi real e até hoje quando fecho os olhos ainda consigo
ouvir aqueles sons mas deixa eu começar do começo tudo começou quando o Vicente Meu chefe me ligou de madrugada eu estava em casa acabando de jantar Quando o Telefone Tocou ele era do tipo que não ligava à toa então Já atendi preparado para alguma missão complicada Rui ten um frete para você urgente a voz dele soava mais séria que o normal mas tem um detalhe é confidencial você vai buscar uma carga no porto e vai levar até uma fazenda no meio do nada a única coisa que você precisa saber é que SB nenhuma circunstância deve
abrir o contêiner nada de curiosidade entendeu curiosidade não era meu forte desde que pagassem bem e o trabalho fosse limpo não me importava o que estava sendo transportado então aceitei e talvez se eu soubesse o que viria depois teria recusado na hora mas não dá esses avisos né Cheguei ao Porto naquela noite e o lugar estava mais estranho do que o normal pouca gente quase nenhum movimento O que é incomum para um lugar que nunca dorme um cara me esperava perto de um galpão era alto usava um casaco grosso e parecia estar nervoso quando me
aproximei Ele olhou para os lados antes de falar comigo como se estivesse sendo observado você é o Rui Ele perguntou olhar diretamente nos meus olhos sou sim vim pegar a carga certo aqui está ele apontou para um contêiner grande Preto diferente dos que costumo carregar lembra do que te disseram não abre isso ele parou por um segundo como se estivesse decidindo se deveria falar ou não se você ouvir alguma coisa ignora Aquilo me deixou inquieto não era comum ninguém avisar sobre barulhos vindo de uma carga mas de novo curiosidade não era minha praia a senti
subi no caminhão preparado para mais uma longa viagem o trajeto era pela BR101 estrada que conheço bem o destino uma fazenda a uns 300 km de distância a viagem parecia tranquila no começo exceto por um detalhe o tempo estava esquisito o céu estava Limpo mas um vento frio começou a bater Sabe aquela sensação de que o clima está errado como tivesse vindo uma tempestade que não tinha sido avisada Pois é mas continuei quando passei a primeira hora foi quando a coisa começou a ficar estranha ouvi um som de início achei que fosse o motor ou
algo normal do caminhão mas depois o barulho ficou mais claro era um arranhar suave como se algo ou alguém estivesse dentro do contêiner tentei ignorar Afinal o cara no porto disse que isso podia acontecer mas conforme a viagem avançava o som ficava mais insistente passei por uma pequena cidade já com a estrada mais vazia quando ouvi de novo agora mais forte o arranhar estava lá mas dessa vez parecia que havia algo mais um batido suave como se alguém estivesse batendo de leve de dentro do contêiner meu coração começou a acelerar Eu juro que tentei ignorar
abri a janela liguei o rádio fiz de tudo para não dar atenção ao som mas era possível ele vinha de forma irregular às vezes forte às vezes tão fraco que parecia uma imaginação mas estava lá mais algumas horas se passaram e eu estava no meio de um trecho deserto da estrada cercado por árvores de ambos os lados quando tudo piorou o arranhar e os batidos cessaram por completo e então ouvi algo que não tinha como ignorar um sussurro sim um sussurro Fraco mas claramente uma voz o sangue gelou nas minhas veias isso não podia ser
real eu pensei devia ser minha cabeça pregando peças cansaço acumulado alguma coisa Mas em vez de diminuir o susurro ficou mais alto mais definido não dava para entender o que dizia mas parecia desesperado como se estivesse tentando me avisar de algo o que quer que estivesse naquele contêiner estava vivo isso eu sabia queia abr mas o pavor comeou a me consumir o que poderia estar lá dentro será que era algum animal Algo pior olhei para o retrovisor e por um segundo juro que vi uma sombra passando por trás do contêiner como se algo Estivesse se
movendo por fora fri o caminhão no meio da estrada o coração disparado tentando entend o que estava acontecendo desci devag faróis o silêncio era profundo só quebrado pelo som do vento nas árvores eu caminhei até a parte de trás do caminhão sentindo cada passo pesar mais o contêiner estava lá imóvel como deveria estar mas aquele silêncio era opressivo foi quando de repente ouvi um som forte vindo de dentro um baque seco seguido por uma batida constante como além ese bendo com os punhos dentro esperado para sair meu instinto foi correr fugir deixar o caminhão ali
e nunca mais olhar para trás mas algo a maldita curiosidade que eu sempre achei que não tinha me fez ir até a porta do contêiner minhas mãos estavam suando tremendo enquanto eu destranca a fechadura o ar ao meu redor parecia mais frio e tudo dentro de mim gritava para eu parar mas eu abri o que vi dentro do contêiner é algo que nunca vou esquecer havia algo ou melhor alguém lá dentro mas não era uma pessoa comum a figura estava enrolada em Correntes o corpo magro quase esquelético e os olhos Deus aqueles olhos eram completamente
brancos sem vida mas ao mesmo tempo eu sentia que ela Aquilo me observa antes que eu pudesse reagir a coisa começou a se mexer devagar como se estivesse despertando um cheiro podre encheu o ar e a sensação de opressão ficou tão forte que quase me fez cair a figura abriu a boca mas o som que saiu não era humano era um grito gutural que fez meus ossos tremerem eu corri tranquei o contêiner de volta e entrei no caminhão sem olhar para trás a única coisa que eu sabia era que precisava sair dali liguei o motor
com as mãos trêmulas e acelerei pela estrada o mais rápido que pude Mas mesmo dentro do caminhão eu sentia aquilo sentia a presença daquela coisa como se estivesse me seguindo mesmo presa no contêiner o som voltou mais forte mais claro batidas violentas vinham de trás como se o metal fosse Se romper a qualquer momento o caminho para a fazenda parecia não ter fim o rádio do caminhão começou a chiar e sussurros que não eram meus preenchiam o ar eu queria gritar mas estava preso com medo sem saber o que fazer quando finalmente avistei a entrada
da Fazenda um alívio misturado com desespero tomou conta de mim Estacionei o caminhão e saí tropeçando nos próprios pés um homem esperava por mim na entrada o mesmo que tinha me dado as instruções pelo telefone ele parecia impassível como se soubesse exatamente o que estava acontecendo você entregou não é ele perguntou com a voz fria eu Apenas assenti sem conseguir dizer uma palavra Ele olhou para o caminhão e por um momento um sorriso torto apareceu em seu rosto não perguntei mais nada só queria sair dali enquanto voltava para o caminhão ouvi o som das correntes
do contêiner novamente e naquele momento entendi que aquilo não estava terminado o que quer que estivesse dentro daquele contêiner ainda estava lá e de alguma forma sabia que eu o havia libertado a sensação de que eu precisava sair dali o mais rápido possível era esmagadora tudo em mim gritava para acelerar para deixar aquele lugar aquela carga e todo o pesadelo para trás mas algo dentro de mim sabia que não seria tão simples assim aquilo que eu tinha visto aquela coisa presa dentro do contêiner não era humana e o que quer que fosse estava longe de
ser controlada enquanto eu me afastava da fazenda a estrada mais cura do que antes as luzes dos Faróis mal iluminavam alguns metros à frente e o ar parecia mais pesado quase sufocante a noite estava mortalmente quieta nem o som dos Grilos ou do vento entre as árvores me acompanhava só o som do motor o ronco grave e Solitário me lembrava que ainda estava no controle do caminhão ou pelo menos era o que eu queria acreditar após alguns minutos de silêncio senti o volante vibrar levemente meu primeiro pensamento foi que havia algo errado com o caminhão
mas ao olhar para o retrovisor Eu vi algo se movia dentro do contêiner mesmo trancado mesmo depois de tudo o que eu fiz para garantir que aquilo ficasse preso a sombra que eu havia visto antes parecia ganhar forma como se estivesse tentando romper o metal que assegurava o som Voltou não era mais apenas o arranhar suave agora era algo mais violento batidas constantes pesadas como se aquilo estivesse desesperadamente tentando sair não não não murmurei para mim mesmo tentando ignorar o pavor que se acumulava no peito a estrada continuava interminável e a cada quilômetro o som
ficava mais forte as batidas ecoavam pela cabine e eu podia sentir o caminhão tremer como se algo estivesse tentando se libertar a força eu não conseguia parar de pensar na figura er ada em Correntes aqueles olhos brancos e vazios aquilo que estava dentro do contêiner parecia mais forte a cada minuto meu coração disparou quando ouvi uma nova série de sussurros dessa vez mais altos mais próximos não estavam mais Vindo de trás estavam dentro da cabine Virei a cabeça rapidamente para os bancos do passageiro e quase perdi o controle do volante uma sombra baixa mas visível
estava sentada no no banco ao meu lado não havia forma definida apenas uma presença densa pulsante senti o ar ficar gelado e pesado como se a própria escuridão estivesse viva meus dedos tremiam no volante e o pavor aumentava com cada respiração foi quando a sombra se mexeu ela não era sólida mas a presença era palpável como se o próprio ar estivesse sendo consumido por ela lentamente a coisa virou o que eu podia apenas supor que era sua cabeça e senti um calafrio percorrer minha espinha Por que me libertou a voz sussurrou baixa e gutural como
se ecoasse de um lugar muito distante Eu Tentei responder mas as palavras não saíam minha boca estava seca e minha mente girava tentando processar o que estava acontecendo tudo dentro de mim dizia para pular do caminhão Mas minhas pernas estavam travadas no lugar as batidas no contêiner aumentaram agora eram socos violentos metálicos quase rítmicos como se algo Estivesse se preparando para explodir para fora e então de repente houve silêncio por um momento pensei que o pior tinha passado que talvez aquilo estivesse contido mas o silêncio que seguiu foi ainda pior o ar na cabine parecia
congelado e foi então que ouvi o som de metal se dobrando como se estivesse sendo rasgado por algo impossível de conter olhando pelo retrovisor vi o impossível a porta do contêiner estava deformada como se algo a estivesse forçando de dentro para fora e então ela abriu meu coração parou não era possível a carga aquilo que deveria estar preso agora estava solta uma figura escura de forma humana mas grotesca saiu lentamente do contêiner as correntes que antes asseguravam estavam agora penduradas e arrastando no asfalto como serpentes de metal aquela coisa tinha um corpo magro deformado e
seus braços incrivelmente longos pareciam se mover de maneira impossível dobrando-se em ângulos que desafiavam a lógica seus olhos aqueles Malditos olhos brancos agora estavam focados em mim eu sabia que tinha que acelerar mas o caminhão o caminhão parecia estar preso como se o peso daquela coisa estivesse sugando a energia dele o pavor que senti foi indescritível a figura se movia lentamente Mas cada passo que dava parecia esmagar o chão sob ela senti as mãos suarem no volante e cada segundo era uma tortura Então ela começou a correr a criatura avançou na minha direção e eu
só consegui pisar no acelerador com toda a força que tinha o caminhão deu um tranco e a estrada à minha frente começou a desaparecer sobre a velocidade que eu impus o som das correntes arrastando no chão foi ficando para trás mas a presença aquela maldita presença parecia continuar me acompanhando o rádio antes mudo começou a chiar novamente e entre os chiados ouvi a mesma voz agora mais clara você abriu o portal agora não há como voltar o pânico me tomou o que quer que fosse aquilo eu sabia que não era algo desse mundo eu tinha
aberto algo muito maior do que podia entender e agora estava pagando o preço as luzes da estrada piscavam e por um segundo eu vi a figura no meio do asfalto como se estivesse à minha frente mesmo depois de eu ter deixado ela para trás Meu Coração batia descontrolado e eu sabia que estava correndo contra o tempo aquela coisa não ia me deixar escapar tão facilmente o que quer que estivesse no contêiner não era apenas uma carga era uma maldição A Fazenda o homem no porto tudo fazia parte de um plano maior e eu tinha caído
direto na armadilha eu não sabia como nem por Mas uma coisa era certa não era o fim senti uma onda de desespero me invadir quando no espelho retrovisor vi a criatura se aproximando novamente mais rápido do que deveria ser possível a única coisa que eu podia fazer era continuar dirigindo Onde e por quanto tempo eu ainda não sabia mas uma coisa era certa eu tinha libertado algo que jamais deveria ter saído e agora não havia como escapar o pavor que crescia dentro de mim já tinha ultrapassado qualquer limite eu sabia que não podia continuar fugindo
para sempre a criatura estava cada vez mais próxima como se a distância entre nós fosse nada para ela o caminhão por mais rápido que fosse parecia incapaz de escapar daquela presença que agora pairava sobre mim como uma sombra impossível de sacudir o rádio continuava chiando os sussurros se misturavam para os sons do motor e minha mente estava em uma espiral de Puro desespero a estrada à minha frente se tornava cada vez mais deserta e foi aí que percebi algo eu não estava mais na mesma Estrada o asfalto antes Claro e familiar agora estava coberto por
uma nvoa espessa e a paisagem ao redor havia mudado árvores retorcidas e escuras pareciam cercar a estrada como se estivessem tentando me aprisionar a sensação de que o próprio ambiente estava se transformando me fez perceber que eu já não estava mais no mundo que conhecia você não pode escapar a voz no rádio ecoou uma última vez firme e decidida eu precisava fazer algo ir rápido pisquei os olhos e como se uma ideia desesper nada tomasse forma lembrei-me das correntes aquilo que havia mantido a criatura presa talvez elas fossem a chave olhei pelo retrovisor mais uma
vez e com o rror vi que a criatura estava praticamente ao meu lado correndo na mesma velocidade que o caminhão suas correntes agora soltas balançavam ao vento e seus olhos brancos me encaravam com uma fome ancestral não havia como escapar dela pela velocidade mas talvez eu pudesse fazer outra coisa sabia que era uma loucura mas já não tinha mais opções segurei firme o volante respirei fundo e virei o caminhão bruscamente em direção a uma curva fora da estrada o veículo derrapou quase capotando mas consegui manter o controle a criatura me seguiu suas garras enormes arranhando
o chão ao meu redor E eu sabia que só tinha uma chance com o caminhão em movimento eu saltei o impacto me jogou com força contra o chão e por um momento perdi a consciência quando abri os olhos o caminhão estava tombado a poucos metros de mim e a criatura agora de pé entre as árvores me observava o olhar dela era uma mistura de raiva e satisfação mas havia algo mais as correntes que antes estavam soltas agora estavam enroladas em seu corpo novamente cada vez que ela tentava avançar as correntes pareciam se apertar mais como
se algo estivesse prendendo de novo eu percebi que havia uma conexão entre a criatura e o que ela carregava algo naquele ato de fuga ou talvez no desespero tinha reativado o poder das Correntes ela rugiu um som ensurdecedor que fez o chão tremer as correntes a puxavam para o chão como se o próprio solo estivesse tentando reivindicá-la de volta sem pensar muito corri para o caminhão tombado dentro da cabine ainda pendurado no banco do passageiro estava o amuleto que o homem do porto havia deixado no início da viagem eu não sabia o que aquilo era
mas parecia importante com o amuleto na mão me aproximei da criatura que agora estava lutando contra as Correntes ela me viu e tentou avançar mas algo Talvez o próprio poder do amuleto a impediu um grito Primal de pura raiva ecoou enquanto ela era puxada de volta foi quando entendi eu não a libertara ela já estava solta por séculos mas as correntes as correntes a mantinham controlada o amuleto de alguma forma era a chave para selá-la novamente com um movimento desesperado joguei o amuleto em direção à criatura quando ele a tocou um clarão brilhou no meio
da Escuridão as correntes se apertaram de uma vez como serpentes que finalmente esmagam sua presa e o corpo da criatura começou a ser sugado para o chão como se estivesse sendo engolido pelo próprio inferno de onde veio eu caí de joelhos exausto enquanto a criatura desaparecia completamente sugada para dentro da terra o amuleto agora inerte caiu no chão com um som Oco o silêncio que se seguiu foi quase insuportável a estrada a névoa as árvores tudo parecia normal de novo a criatura se foi e a sensação de opressão finalmente aliviou eu fiquei ali no chão
por alguns minutos tentando processar o que tinha acabado de acontecer tinha acabado Será que realmente tinha terminado peguei o amuleto do chão agora sem qualquer brilho e olhei em volta ainda com a sensação de que algo poderia acontecer a qualquer momento de volta ao caminhão me forcei a ficar em pé sentindo o corpo exausto mas com a Estranha sensação de que o pior havia passado a carga proibid hav esta de no pelo menos por enquanto quando Finalmente consegui pegar carona com um caminhoneiro que passou horas depois não consegui explicar o que tinha acontecido e nem
tentei voltei para a estrada mas nunca mais aceitei um trabalho sem perguntar o que estava levando aprendi da pior maneira que algumas cargas não devem ser mexidas e às vezes o que você não sabe pode ser o que vai te salvar ah
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