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Video Transcript:
[Música] [Música] เฮ [Música] Olá, estamos iniciando a primeira edição. do programa Valores Supremos da Consciência. Agradeço a sua companhia e a nossa intenção é exatamente refletir sobre essas questões meio que esquecidas da nossa vida, mas que no pós-vida tem se revelado como sendo aquilo que de mais importante um ser humano deveria se preocupar em ao longo da sua vida praticar alguma disciplina vinculada a esses conceitos supremos, mas infelizmente não temos feito isso. Então, o objetivo desse programa que faremos toda quarta-feira às 14 horas, toda quarta-feira 14 horas vou estar aqui iniciando novas edições do programa.
E assim, o nosso objetivo é exatamente semear reflexões inadiáveis sobre a importância desses valores. O objetivo do nosso bate-papo é, num primeiro momento, eu faço uma abordagem geral sobre um tema vinculado a essa questão dos valores supremos da consciência. E caso você enderece alguma pergunta sobre a temática do programa, isso tem que ficar bem claro, sobre o tema do programa, nós temos aqui a contribuição da retaguarda. O Rodrigo e o Janderson estão aqui conosco e eles vão então me repassar essas perguntas. Caso sejam perguntas de outros temas, de outros assuntos, nós vamos responder a essas
perguntas, mas eh numa outra parte do nosso canal do YouTube, que é no painel órbão, onde ali nós respondemos a as perguntas que às vezes não dá tempo, não são possíveis de serem respondidas em palestras e em outros programas. Então assim, eu preciso deixar bem claro que nessas lives da quarta-feira à tarde, não é todo tipo de assunto que eu vou falar. A gente deixa esses assuntos livres para outras lives, para palestras, para bate-papos, diálogos. Mas essa live aqui eu estou atendendo a um a uma solicitação fraternal de amigos espirituais de nós insistirmos em torno
desses temas, desses assuntos, porque nós estamos com um problema muito sério na retaguarda existencial e ainda que a gente consiga semear um pouco de reflexão num só coração, em 10, em 20, em 30, isso Isso já é alguma coisa, porque nós de fato precisamos refletir sobre isso. Então fica feito o nosso acordo nessas lives de quarta-feira. Se você enviar uma pergunta sobre a temática que nós vamos desenvolver ao longo do programa, tentaremos responder. Se a pergunta não for referente ao assunto do programa, a gente vai responder, mas em numa outra oportunidade. Então, dito isto, vamos
começar a refletir sobre os valores supremos da consciência. A questão é: Que valores são esses? Por que é preciso a gente refletir sobre isso? O filósofo inglês Thomas Robs no século X7, ele percebeu o óbvio e sistematizou esse conhecimento. Qual o conhecimento? A natureza, como a gente a conhece, a natureza com todas as paisagens, as espécies vivas que compõem o quadro do panorama da vida na Terra, a natureza não tem valor nenhum. Ela é o que é. Tudo na natureza, absolutamente tudo, desconhece qualquer preocupação com o que nós chamamos de valores. A natureza não sabe
o que é certo e o que é errado. Tanto é que as espécies matam umas à outras o tempo inteiro. A própria natureza se movimenta no sentido das questões ambientais e termina matando inúmeros seres vivos, sejam animais irracionais ou mesmo nós humanos. Ou seja, a natureza ela é cega nesse sentido. Ela não sabe o que é certo ou errado. Portanto, você precisa perceber que aquilo que nós, como seres humanos, julgamos ser certo ou errado, é o que define a maneira como vivemos na Terra. De novo, não pensem que esse pacote de valores do que nós
julgamos como certo e errado já está pronto. Ou vem do céu ou vem de algum lugar. Não é bem assim. Ou nós, humanos, de fato, nos preocupamos em tocar a nossa vida vinculado a alguma preocupação em relação a se estamos ou não alinhados com valores que nobilitam a minha vida, a minha existência. Se não existir essa preocupação, nós, enquanto humanidade jamais iremos evoluir. Um ou outro indivíduo humano evolui a humanidade inteira como rebanho. Não. É preciso que cada um de nós desperte para esse aspecto. Que aspecto? De novo, lá vou eu. A natureza não nos
ensina o que é certo e o que é errado, porque ela não sabe. Nós, humanos, somos a única espécie viva na Terra com sagacidade, com racionalidade, com sensibilidade para poder definir esses valores. Então, se você percebe o que eu estou dizendo, veja como a questão do valor é fundamental, é essencial, está na essência de como a gente toca a nossa vida diariamente. Mas de novo, se a gente não se preocupa com isso, a gente vive de qualquer maneira. Então, um dos objetivos desse programa é convidar você a pensar primeiro, se você tem valores supremos no
âmbito da sua consciência, ou seja, se você mesmo alguma vez ao longo da vida parou para pensar e definir os seus valores, ou você simplesmente foi absolvendo os valores da educação que a família de cada um de nós às vezes passa, outras não. ou valores que aprendemos na escola ou com o mundo, mas esses valores que nos jogam de fora para dentro tem o seu valor. O nome disso chama-se educação, tem a sua serventia, tem a sua eficácia. Mas se isso não estiver enraizado no psiquismo humano, esse ser humano que não tem raízes profundas no
seu psiquismo de preocupação com os valores que irão nortear a sua vida, esse ser humano, além de estar vivendo despreocupadamente, além de estar vivendo inconsequentemente, enquanto vida existe para ele aqui na terra. E quando essa vida se encerra e o eu dele continua existindo em outros níveis, esse ser humano sairá paraa vida espiritual da forma como viveu aqui, ou seja, sem patrimônio moral, sem patrimônio filosófico virtuoso. E aqui eu não tô falando moral e virtude no campo de frescura comportamental ou no campo de valores do puritanismo, seja como a gente entender isso. Eu tô falando
dos valores que cada ser humano precisa edificar na sua consciência, como sendo aquele semáforo com sinal vermelho, amarelo e verde entre o eu humano e a sua própria consciência ancorada nos valores que este humano ou edificou ou este humano aprendeu. E se alguém consegue ser honesto entre os seus princípios e propósitos vinculados a esses valores, o ser humano que consegue fazer isso se torna íntegro. Ele tem uma força, ele acende uma capacidade vibracional luminosa nele mesmo que nós não temos ideia, mas em contrapartida, se esse ser humano ele não tá nem aí por questão de
valor, faz o que tem que fazer, pisa no pescoço da mãe, do vizinho, de todo mundo, eh quer ganhar de qualquer jeito, as pessoas que não estão estão nem aí para os valores que podem tornar a vida humana nobre. Essas pessoas, além de estarem prestando um desserviço absurdo em relação à vida, absurdo em relação à maneira como nós expressamos a nossa cidadania, essas pessoas que agem despreocupadas de honrar valores, sejam eles quais forem, uma pessoa que faz, porque faz para a lei do mais forte, o ferro mais fraco, ganho. Então assim, quando não há elegância
existencial numa pessoa que age intempestivamente o tempo inteiro só para acontecer, só para ganhar sempre, quando não há um freio prudencial no psiquismo de alguém assim, uau, a vida vira o inferno. que nós vivemos em pleno inferno aqui na Terra. Por quê? Porque muitas sociedades já perderam a noção do que diabos significa ter um valor que possa ser compartilhado por essa sociedade. A hora em que cada ser humano vai se desumanizando, vai deixando de perceber que valor é importante, na hora em que isso acontece, ferrou, porque há uma contaminação, porque os menos espertos ficam olhando
pros mais espertos e como o mais esperto faz qualquer coisa para ganhar, aí aquele que é educado, honesto, espera a sua vez, começa a pensar: "Uau, eu tenho que ser daquela forma, senão eu não vou ganhar nada". Ou seja, a sociedade começa a apodrecer loucamente, porque os seus membros não têm valores supremos no âmbito da consciência. Aí a existência de um ser humano assim, de uma sociedade assim, de um planeta onde todos os que vivem nele se comportam dessa maneira, não tem como funcionar, não tem como dar certo. Ah, não, mas minha vida vai muito
bem. Obrigado. É, a vida da gente vai bem, mas assim, da gente, quem? Ah, os Mateus, primeiro os meus, né? Primeiro os teus. Ora, eu observo a mim mesmo e ao meu redor tá tudo bem. É, mas a Se você olhar um pouquinho mais além não tá nada bem. Muito mais da metade das pessoas que vivem na Terra vivem muito mal. As outras tantas que vivem bem vivem despreocupadas de eleger esses valores supremos e de cobrar deles próprios o cumprimento fiel daquilo que eles elegem. como sendo mais importante paraa vida. Infelizmente não há mais nenhuma
instituição, por mais que o Vaticano, por mais que sociedades religiosas, as suas elites tem um discurso de aparentemente terem valores, mas todo mundo age da forma mais desagradável, inconsequente e feia, ainda que o discurso, a narrativa mesmo mostrando um mundo paralelo que não existe, mas as pessoas falam e os fiéis, as pessoas que não têm valores próprios, mas que capturam os valores que lhe são ofertados ao longo da vida de uma ou de outra forma, quando você se alinha automaticamente a um sistema de valores que lhe impõe a obediência cega à aquilo ali, e o
nome disso Isso é ismo. Os conceitos de capitalismo, comunismo, socialismo, monarquismo, catolicismo, protestantismo, islamismo, tudo que é ismo tem o seu aparente conjunto de conceitos e impõe aos fiéis. E os fiéis que seguem aquilo cegamente, automaticamente, não são pessoas que costumam refletir sobre se realmente aquele valor, qual? Matar. Mate o próximo, porque Deus é que quer que você mate. Mate em nome de Deus. Tipo esse valor esdrústulo, criminoso, absurdo, mas absolutamente comum em muitas religiões que terminaram criando esse tipo de situação absurda, matar em nome de Deus. O Deus que essas pessoas que matam acreditam.
Moisés matou um monte de gente em nome de Javé. No islamismo existe a guerra santa que se mata em nome de Alá. E o pior, tudo o mesmo ser por trás desse processo. A questão é isso é um culto a que tipo de valor nós devemos achar que a obediência cega a aquilo que as pessoas julgam ser o que Deus quer que elas façam? Isso é um valor supremo da consciência. Isso é um valor supremo da existência daquela pessoa. Mas ela não tem consciência. Ela é só um agente que tem um valor supremo criminoso elevado
à conta de ser a aquele valor a que ela obedece cegamente. E essa pessoa, na sua inocência ou na sua ignorância ou na sua estupidez acha que está servindo a Deus, acredita que vai ser recebido por ele com festas de louvores quando chegar, entre aspas, no paraíso. Então assim, pessoal, observando tudo isso, ao longo da minha vida, eu fui desde jovem exigindo de mim mesmo critérios estabelecidos, mas pela minha vontade, pela minha perquirição, pelo meu próprio escrutínio. Eu observei todos os valores que eu recebi na formação católica que tive no colégio em que estudei, da
minha família. Eu mesmo fui estudando o espiritismo, protestantismo, o islamismo, o budismo, estudei o que eu pude. Absorvi os conceitos importantes que cada religião dessa disponibilizava ou imputava aos seres fiéis. Estudei as doutrinas sociais, filosóficas e políticas do meu tempo e as do passado, todos os ismos. Depois que eu vi tudo que eu podia ver e continuo estudando até hoje, eu decidi, cara, eu vou criar o meu próprio código filosófico de conduta. Eu não vou ser obediente, sou cego. Eu não vou ser alguém automatizado a nenhuma porcaria desta, ainda que todas elas signifiquem o que
de melhor nós humanos fizemos em termos de conduzir a nossa vida de acordo com esses valores religiosos. políticos e filosóficos que criamos até hoje. Mas cada caminho desse pode ser algo maravilhoso ou uma porcaria no sentido de que se as pessoas que estão vinculadas àqueles conceitos daquela doutrina, se elas agirem com dignidade ou não. Isso eu percebi muito cedo. Foi quando eu comecei no meu próprio manual de conduta a eleger a questão da dignidade como sendo o valor supremo da minha consciência humana, não é do espírito que me anima. Não tô preocupado com o que
ele pensa. Respeito. Sou eu. Enquanto esse ser chamado Rogério, que é só um risco na água, daqui a pouco esse corpo morre. Rogério nem mais existe. Ou seja, mas enquanto existir, enquanto existir sem ciência da minha parte, ou seja, autoconsciência, enquanto eu puder lidar comigo mesmo, ter consciência de que existo temporariamente, ainda que no âmbito da ilusão de que existimos entre o conceito de Maia do hinduísmo, mas é outra história. estão lá atrás, eu edifiquei, eu criei, eu escolhi a dignidade como sendo meu valor supremo de consciência. Por quê? Porque eu percebia qual o valor
supremo mais comum que as pessoas ao meu redor, as pessoas que eu amo, têm, qual a preocupação básica delas? Eu fui percebendo que as pessoas que eu admirei, admirava e admiro até hoje, ao longo da minha formação da personalidade, ou seja, da juventude, todas elas tinham a preocupação com Deus, com temor a Deus. Não temos que acreditar em Deus e cumprir o que as religiões mandam. Isso aí, esse grilhão, eu me libertei muito cedo dele. Eu tive sorte de ter amigos e também professores que nós conversávamos livre e abertamente sobre isso e isso me ajudou
bastante a me manter livre no espaço interno da minha consciência, mas eu nunca impus e nunca nem cobrei de ninguém ao meu redor de ser igual, entre aspas, a mim. Nunca, nunca. Eu nunca nem enchi o saco de ninguém ao meu redor tentando convencer de que alguém deve ter valor supremo de consciência, mas eu tinha o meu e tenho. E por que digidade? Porque eu via todo mundo se preocupar em crer em Deus, mas era muita gente corrupta ao meu redor, que faziam coisas que eu não fazia. E essas pessoas faziam, mas tinham temor de
crer em Deus e de se confessar para contar os pecados que tinham feito. Blá pá plá blá. Então assim, eu fui percebendo que quais eram os conceitos das pessoas ao meu redor, a crença em Deus, o temor a Deus, obedecer a Deus, ou seja, o conceito que se tem de Deus terminava sendo o que de mais importante existia para aquelas pessoas. E eu comecei a me diferenciar. Por quê? Porque toda noite eu cobrava de mim mesmo. Fui digno durante o dia, consegui ser digno, tentei ser digno, esqueci de hoje tentar ser digno. São 40 anos
de prática diária de cobrança pessoal, preocupado no que eu próprio penso a respeito daquilo que eu expresso enquanto ser humano, daquilo que eu penso, sinto e faço. Então eu fui crescendo nessa cobrança e dizia a mim mesmo: "CR em Deus não é o mais importante, porque muita gente crê e só faz corrupção e mata em nome de Deus, eh, pedofilia, blá blá blá, de tô fora." Ou seja, eu fui vendo os valores das outras pessoas, respeito, são pessoas que eu amo, mas eu nunca nem cheguei para nenhuma delas. torno a repetir para criticar nada. Eu
apenas observava, guardava para mim. Interiormente eu criei o meu valor supremo de consciência e até hoje a minha bandeira existencial. Eu olho pro nome dignidade, o tempo inteiro não cobrando dos outros, só de mim. E foi nesse ponto em que, para minha surpresa, ao longo do tempo, eu fui descobrindo questões mais profundas sobre a vida e em lidando com os amigos espirituais desde o ano 1986, desde os meus 27 anos, que alguém apertou algum botão aí em algum lugar e eu comecei a lidar com esses amigos, eles começaram a valorizar a minha atitude pessoal. E
foi quando, estudando o hinduísmo, eu me deparei com a expressão ato de verdade. E o tema do nosso programa hoje, o subtema, já que o tema é valores supremos da consciência, o subtema do nosso programa hoje é ato de verdade. O que é um ato de verdade? Eu já falei isso em outra palestra, mas aqui hoje eu vou mais a fundo. Eu preciso então para poder lhe explicar o que se chama ato de verdade ou ato da verdade pessoal de um ser humano, para nós entendermos como é importante o ser humano ter noção das verdades
que ele por ele mesmo elege, escolhe, constrói e enraíza nele mesmo. torna uma raiz profunda. Aquela árvore produzir os frutos de acordo com a verdade que o ser humano cultua, cultiva e expressa a cada segundo da sua vida. Há um conto hindu que fala de um imperador que viveu dois, três séculos antes de Cristo chamado Asoca. E a soca foi talvez o exemplo mais belo de alguém que seguiu os passos da iluminação de Buda. Sidarta Gautama, o Buda, foi alguém que iluminou, em se iluminando, terminou possibilitando a semeiadura de reflexão sobre o assunto através do
budismo. E a SCA naquela época tornou-se um fiel seguidor de Buda. E como imperador, ele nunca perdeu a sensibilidade. É talvez um dos poucos imperadores dignos de serem referenciados e mesmo reverenciados ao longo da história. E há um conto hindu que diz que a Sóca, um belo dia, ao tempo da sua vida, antes de Jesus, chegou na cidade de Varanzi, que é uma cidade situada às margens do rio Ganges, na Índia. E a SOCA lá estava nenhuma das margens. de como ele era o imperador, toda a sua equipe de ministros, assessores e muita gente da
população de Varanasi foi saudar o imperador e a Sóc então lá sentado à margens do grande explanando alguma ideia para os seus filósofos, para os seus assessores, ele estava falando de que em tempos idos a corrente do Ganges e o Ganjes estava Exatamente. Eles estavam na margem do Ganjo, então eles estavam vendo o rio e a Soca dizendo lá atrás existiam pessoas que tinham o poder de fazer com que a corrente do rio Ganges, ao invés de fluir nesse sentido, eles conseguiam fazer com que fluísse no sentido contrário e blá blá blá e blá blá
blá. Aí essas pessoas eram isso, eram aquilo. Aí alguém que estava ali sentado no no chão escutando a explanação do imperador açoca, levantou assim o dedo timidamente, pedindo permissão para falar. Aí o imperador disse: "Pois não". Aí a pessoa disse: "Aqui em Varanzi tem uma mulher que consegue fazer isso". Aí o imperador Rio disse: "Não, é impossível. Não tem não existe hoje em dia ninguém que tenha mais poder mental para fazer com que a corrente do rio Ganje se inverta. Aí a pessoa disse: "Ó, ele tem e ela existe." Aí o imperador disse: "Alguém mais
aqui que está me escutando e escutando o que você está dizendo, conhece essa pessoa? Quem conhecer sinalize. Aí várias pessoas da audiência levantaram assim a mão, dizendo que conheciam. Aí quando ele viu que aquilo não era loucura só de uma pessoa, disse: "Mas quem é essa pessoa?" Aí a pessoa que estava falando disse: "É fulana de tal. E ela é o quê? Ela é rainha? É princesa?" Disse: "Não, é da casta". Mas aí o imperador diz: "Tragam essa pessoa aqui." Eh, alguns instantes depois chega aquela mulher e ele pergunta: "Você é o quê?" Aí ela
diz: "Sou professora de sexo". Como é? Eu sou professora de sexo. Nós estamos falando aqui num tempo em que o tantrismo era uma das filosofias mais vigentes nessa época. E essa questão de professora de sexo, no âmbito da visão da época não correspondia ao sentido de prostituta que hoje nós ocidentais e orientais emprestamos a esse tipo de situação. na época não era bem assim ou não era assim, mas ainda assim não era também uma grande distinção ser professora de sexo. Era alguém do povo, era alguém simples, não era um alguém especial, era um ser humano
qualquer. Aí a Sócra disse: "Mas como você, professora de sexo, consegue ter o poder de de E é verdade que você consegue inverter a corrente do ganes?" Ela disse: "É, é verdade. Quer que eu faça?" Aí a SOCA disse: "Quero". Aí ela se dirigiu à margem, começou lá a fazer alguma coisa na mente dela. Aí de repente começou a existir um ou outro redemoinho nas águas. As águas começaram a girar em vortes. A soca se assustou, mandou ela parar porque viu que ela tinha poder sobre o gangos. Disse: "Mas quem é você?" Ela disse: "Fulana,
professora de sexo". "Não, mas não pode, pode." "E como é que você tem esse poder?" Ela disse: "Ah, é o meu ato de verdade. É o ato da verdade pessoal que eu carrego." Aí a Soca disse: "Qual é o seu ato de verdade?" Ah, eu sou um ser humano extremamente falha, mas assim, a vida me fez ser professora de sexo e a verdade que me torna uma pessoa nobre é a de que eu trato todos os meus alunos e alunas com o mesmo respeito, com o mesmo carinho, com a mesma dose de ternura. Eu trato
reis e trato os sudras, eu trato príncipes e trato comerciantes. Eu trato tudo, todos com a mesma distinção e cobro o mesmo valor. Eu não cobro mais caro de quem é rico, ou seja, eu trato a todos de maneira igual. Eu respeito a todos e dou o meu carinho a todos e minhas lições. Aí a Socra disse: "Esse é seu ato de verdade?" Ela disse: "É". "E o que é um ato de verdade?" Eu digo: "Ah, a ela disse: "Ah, eu chego e converso com as águas e com os deuses ou deusas da água, dizendo:
Mesmo eu sendo um ser humano tão frágil, mas a verdade que reside e habita em mim e que eu cultuo é respeitar todos os seres humanos e dar de mim o melhor para todos eles, sem fazer distinção. em nome dessa minha verdade, por favor, me obedeçam. E ela diz que as águas do ganciam a ela quando ela começava a vibrar ancorada na sensação do ato de verdade dela, que era tido como professora de sexo, prostituta. Mas ainda assim ela tinha um poder no coração dela que ninguém tinha, nem mesmo imperador, porque ela era alinhada com
a verdade dela, com o conceito supremo da vida dela. E ela exigia tratar a todos da mesma forma, só que ela tinha consciência dessa verdade e como isso nela era verdadeiro, não era só um blá blá blá. Algo nela criou um vórtice vibratório quântico que fazia com que o seu genoma ou DNA produzisse vórtices quânticos. E como ela conseguia mexer na natureza com isso? É motivo para palestras à parte. Eu não levei muito a sério a primeira vez que eu li sobre isso, mas o a minha sensibilidade foi ao chão no dia em que espiritualmente
eu conheci essa figura, porque esse conta é verdadeiro. E assim é impressionante como aquilo que nós humanos hoje não damos nenhum valor tem um valor total em termos de você se sentir pacificado como ser humano, ainda que cheio de defeitos, de fragilidades, você se sentir pequeno, insignificante. Todos nós humanos somos pequenos, insignificantes. A gente só pode cuidar da nossa vidinha. A gente não tem como, mas ainda sendo pequeno, cheio de defeitos, miserável, insignificante, temporário, transitório, um ser humano, enquanto ele pulsa, enquanto ele vive, nele existem motores quânticos de pulsação magnética ou eletromagnética, ou seja, lá,
como você queira chamar, que sai de um ser humano que tem poderes que a gente nem imagina. E na espiritualidade, o estudo que se faz é esse tipo de poder pessoal está ancorado na verdade enraizada no seu psiquismo. Aí tem que ser uma verdade profunda, pode ser simples como a dessa senhora. Não, eu trato a todos meus clientes da mesma forma. Mas em resumo, o que é que esse conto nos diz? que basta que o ser humano consiga perceber nele um valor verdadeiro, algo que o dignifique frente à existência, algo que faça você dar sentido
a cada segundo da sua existência, obedecendo a um critério de conduta interior filosófico. Ninguém no mundo tá vendo, é só você com você mesmo. Deus não entra nessa equação. Jesus não entra, Buda não entra, ninguém entra. É o eu pessoal, o eu do ser humano com a consciência dele próprio. Quando esse circuito fechado funciona, nós não temos noção de como isso modifica a vida de alguém. Eu tenho, porque eu criei, mesmo sendo um alguém miserável, cheio de defeitos, eu criei o mentalma ao longo da minha vida, exatamente para criar esse circuito interno entre o eu
transitório de Rogélio e uma consciência mais profunda desse eu transitório, não é do meu espírito. E aqui nesse ponto eu fui percebendo quão valoroso era e é um ser humano ter consciência dos seus pontos fortes, dos seus pontos fracos. Isso chama-se autoconhecimento. E você trabalhar no sentido de impulsionar mais e mais os seus pontos fortes, ou seja, as verdades que você enraíza em você mesmo, e cuidar de vigiar e ressignificar os pontos fracos. Ainda que você nunca consiga dar nota 10 a você mesmo em nenhuma dessas matérias, aqui a nota não tem importância. que o
que vale é a consciência de que diariamente você está tentando e você está alinhado com a preocupação de construir valores supremos na sua consciência que nobilitem a sua existência. E o exemplo que o hinduísmo dá não é nem religioso, é uma mulher da vida, como se fala. Então, se por acaso eu tive a felicidade de até agora semear um pouco da sua sensibilidade com essa questão, a pergunta é inevitável. Você tem um valor supremo na sua consciência? Você tem dois valores, você tem quantos? Você tem algum? Alguma vez você já se preocupou em se definir
frente a você mesmo como ser humano? Se você nunca fez isso e a humanidade, a maioria quase totalidade não sabe fazer isso, fica aqui a dica do programa Valores Supremos da Consciência, dizendo que trate você mesmo de construir valores internos que sejam verdadeiros. Não é que frescura comportamental, o que é que os outros vão achar? Não é isso, é você com você mesmo é aquilo que lhe der força. E assim a sua consciência, ela mesma vai se medir diariamente. Se a cada noite, antes de você dormir, você se perguntar: "Eu tenho, eu estou tentando seguir
o meu valor de consciência, aquilo que me dá fragrância espiritual, afinal de contas, a pulsação que vai sair de mim vai sair de acordo com essa verdade pessoal." ou essas verdades pessoais, verdades que ao longo da vida eu mesmo vou checando pessoalmente que definem a minha personalidade. Bem, esse é o primeiro passo no sentido de um ser humano primeiro valorizar os valores filosóficos que ele lida ao longo da vida ou não. Esse primeiro passo é convidar você a que você se preocupe em lidar com esses valores. O segundo passo é dizer, esses valores é muito
importante que você os construa ou que você com consciência crítica copie dos mestres, tipo um Jesus, um Sidarta Gautama, de algum amigo, alguma amiga, um professor, uma professora, um vizinho, alguém que lhe sirva de estímulo existencial. Não é alguém que lhe patrulha ou enche o seu saco tentando lhe convencer de alguma coisa. Não é isso não. Isso cabe às religiões. E isso é que as religiões erram feio porque não dão exemplo. Não tem verdade interior, mas falam como se fosse verdadeiro aquilo que eles pregam. Mas pros outros, ah, tem exceção, claro, em todo lugar a
ser humano maravilhoso. Então, no islamismo, no catolicismo, no protestantismo, no espiritismo, há pessoas maravilhosas que vivem a sua vida íntima, que vivem a sua, o seu sentimento de religião com uma fé nobre, com decência. Claro que sim. Apenas essas pessoas não têm necessariamente consciência do que isso representa espiritualmente ou tem no â do que elas pensam, mas no sentido mais amplo do valor de um ato de verdade. E o que é um ato de verdade? É quando você não pode mentir para você mesmo, cara pálida. Se você mentir, não é ato de verdade, porque a
sua química celular não vai traduzir aquilo como verdadeiro, porque todos as células do seu corpo sabem que você é corrupto. Então não adianta você ficar dizendo que você não é corrupto, que seu ato de verdade é ser honesto. Se você não se sentir honesto e não for honesto, não vai funcionar. E a religião termina fazendo com que muitas pessoas se prendam aos valores exteriores da vida, valores de culto. E a pessoa vai dormir e diz: "Não, eu vou à missa toda semana, eu vou à missa todo dia, vou ao culto, faço tudo que o pastor
manda, pago o dízimo, tá, tá, tá". Então, eu sou uma pessoa decente. É, você fala mal do vizinho, você trata bem as pessoas mais vulneráveis ao seu redor, você se preocupa eh com o outro lá longe de você ou você só defende: "Ah, não, mas eu rezo." O rezar aqui é um outro valor complicado, porque depois da crença em Deus, o valor mais supremo para as pessoas é rezar, rezar. Rezar. Aí você vai e reza: Deus, meu filho vai fazer vestibular, ajude que ele passe. Esse tipo de pedido é indigno, porque você tá querendo que
Deus ajude o seu filho e outros também vão fazer vestibular. Você não quer nem saber. Você está particularizando o seu interesse e fazendo com que Deus pense como você. Isso é totalmente estúpido, mas é o modos operand, entre aspas, infantilizada do ser humano. Ele se esquece que há outros que isso não é digno, que ele não deveria rezar. Sim, mas reza. Caiu um avião, você escapou, todo mundo morreu, graças a Deus eu escapei. E o resto é digno você dizer essa expressão, graças a Deus. É digno você supor que Deus lhe salvou e não salvou
o resto. É digno você se achar o preferido de Deus. Esse tipo de situação não traduz beleza interior. Não, mas isso é fé. Mas é um tipo de fé que agride a sensibilidade filosófica no campo da dignidade. Porque aí você agradecendo a Deus e tudo que é espírito desencarnado que morreu no desastre do avião, olhando pra sua cara tentando entender porque é que você tá vivo, todo mundo morreu, você vai dizer o quê? Porque Deus me protege. Quem diabos é você, cara? Mas nós humanos sempre nos achamos. Quando usamos a fé de forma doentia, aí
a nossa arrogância existencial aparece na presunção de que Deus é meu mordome e ele faz tudo que eu quero. Eu não consigo rodar minha cabeça desse jeito porque isso me agride. Não, agressão, Rogério, é o que você tá dizendo, porque todo mundo na terra reza desse jeito. É, então, crer em Deus, rezar todo dia, blá blá blá blá blá blá, isso não, penso eu, não são valores supremos de uma consciência esclarecida. Podem ser os valores considerados mais importantes de uma mente estacionada no vício de pedir, pedir, pedir, querer receber, querer receber e transferir para todo
mundo responsabilidades que lhe são próprias, um ato de verdade. Ele tem força porque ele traduz o esforço pessoal, a honra pessoal em a própria pessoa estar lidando consigo mesma sem encher o saco de nenhum santo, nenhum espírito, nenhum Deus, blá blá blá. Então assim, esse é o tema do nosso bate-papo de hoje, o ato de verdade, pessoal. O que é que eu poderia dizer mais a vocês? Se vocês acham, se você que me escuta, você acha que isso tem algum sentido, crie um ato de verdade para você a partir de hoje à noite, eleja um
valor filosófico qualquer e vivencie sua vida em torno disso aí. Você não precisa nem contar para ninguém. É algo, é um circuito fechado. Cobre-se toda noite. Porque quando você se pergunta, estou tentando praticar o meu ato de verdade diária, de ser honesto, digno, seja lá o que for o tempo inteiro que eu puder, ih, mas hoje eu não fui. Hoje eu terminei falhando, fui fraco, aceitei aquela proposta, não devi blá blá blá. OK. Tá feita a besteira, tá? Se auto perdoe e procure não repetir. Se alinhe de novo com a tentativa. O importante é tentar.
Não, mas se todo dia eu me corromper, não. Aí você não tá tentando, você tá se enganando. Alguém que acorda bem intencionado e termina falhando é só um alguém que falhou. Mas alguém que já acorda para fazer de tudo que for possível para conseguir, pouco se preocupando em falhar ou não, porque não tem nenhum valor que o motive a existir de forma honesta, decente, esse aqui tá ferrado e a humanidade quase toda tá ferrada. Então, introduzindo o nosso tema sobre valores supremos da consciência, a gente introduziu aqui o tema ato de verdade. Eu vou então
pedir a Rodrigo se tiver alguma pergunta sobre o que nós estamos falando aqui, que ele disponibilize, senão a gente vai continuando a falar, a desenvolver o tema. Você consegue ler aí? Então vamos ver aqui a magia crística, acho que é isso que tá escrito. Pergunta: "E qual o problema se Deus salvou só aquela pessoa? Isso não poderia acontecer? Infelizmente não. Isso só acontece no imaginário das pessoas que se permitem de novo a pensar que Deus atua no sentido de punir ou premiar alguém. esse nível de crença. E por isso esse programa sobre valores supremos da
consciência não é um programa para todo mundo. Eu tenho que falar claro, porque é um é um programa que vai terminar agredindo eh pilares básicos de crenças fáceis, mas crenças essas que estão em vigor a milênios e transformaram a humanidade nisso que hoje nós vemos. Um monte de gente que desconhece os mecanismos por trás da vida, que desconhece os mecanismos que movem a vida, ainda que no âmbito da nossa cultura de encarnados e que resolvem todos os seus problemas com a tal crença em Deus. Quando você não sabe nada sobre um assunto, você diz: "É
a vontade de Deus, é porque Deus quer". Então, qualquer ser humano que use o conceito de Deus para justificar as coisas da sua vida, esse ser humano, ele pode ser o mais bem intencionado possível, mas ele já vai estar cometendo um erro de princípio lógico muito grande. Por quê? Porque ele não vai saber fazer perguntas, não vai querer fazer perguntas, não vai querer exercitar a sua mente entre possíveis respostas, porque a mais cômoda é dizer Deus, Deus fez, Deus faz. Então, para 99% da humanidade, muito provavelmente essas, todos os meus irmãos e irmãs aceitam que
Deus salve uma pessoa, mas não salva. Pelo que se sabe na espiritualidade, o jogo da vida é até simples de ser entendido. E o que é que se sabe na espiritualidade? que Deus para pros espíritos Deus existe, mas é um tipo de Deus que na hora em que ele deu de si a semente da sua deidade e essa semente está disponibilizada como sendo o corpo átmico, o corpo divino que forma ou que faz parte da constituição centenária de um ser humano. Krishna explicou isso no taraguita lá atrás, dizendo que um ser humano era formado por
um corpo físico e mais seis níveis espirituais. Um destes é a semente do sagrado presente em cada consciência espiritual particularizada que se expressa nesses corpos, seis corpos espirituais vinculados a esse corpo físico. Por isso, a Constituição centenária. Pois muito bem, os espíritos dizem que como cada consciência espiritual recebeu de Deus a semente da sua deidade, sem isso nem existe consciência espiritual. Ou seja, em Deus, tendo dado a semente das suas potencialidades, cabe a consciência particular de cada espírito fazer uso disso. E esse espírito, esse eu, usando do aparente livre arbítrio que tem de escolher isso
ou aquilo, de optar por essa ou aquela opção, em o eu fazendo isso, ele aciona os mecanismos das leis de caos e efeito. E aí não tem prêmio nem punição de Deus. O jogo das leis de causa e efeito devido a opção que você, entre aspas, optou por assumir. Isso gera aquela história de que a semeiadura é livre, você opta. De acordo com o que você opta, vem a colheta. Ou seja, a colheta é obrigatória e já está pré-definida pela semeadura que você fez. É um destino que será cumprido como decorrência de algo que você
causou. Os espíritos esclarecem isso há muito tempo, muito abertamente, dizendo: "Deus não se mete na vida de ninguém, nem premia, nem castiga". Então, a pergunta feita pelo nosso irmão ou irmã da magia crística, de que Deus nos salva, não nos salva. Esse conceito quem criou foi Saulo de Tasso, que se transformou em Paulo quando Jesus morreu e em espírito apareceu para Saulo de Tácio, pedindo para ele ajudá-lo a divulgar sua mensagem, já que os apóstolos estavam todos escondidos em Jerusalém, com medo de também serem crucificados. E o próprio Saulo de T quem perseguia os apóstolos.
Como perseguia os discípulos? Estevan, o principal discípulo de Jesus, não era apóstolo, era discípulo, foi morto devido perseguição de Saulo de Tasso. Então o espírito de Jesus apresentou-se a Saulo, disse: "Cara, para de me perseguir, me ajude". Saulo de Tarso tornou-se cristão, assumiu o nome Paulo. E Paulo foi quem criou o conceito de salvação. Jesus nunca abriu a boca dele para falar em salvação. Outros falaram, ele não. Então esse conceito de salvação, de você ser salvo por Deus, surgiu com Paulo. A doutrina da justificação pela fé que os nossos irmãos protestantes, calvinistas, blá blá blá,
todos têm, de que basta você ter fé, ela contradiz aquilo que Jesus dizia que é dado a cada um segundo as suas obras. Exatamente. Não porque Deus premiia ou castiga, porque o que você causa você colhe. Mas aí Paulo também, que não tinha conhecido Jesus em vida, criou o conceito da justificação pela fé. Basta você ter fé em Jesus, tá tudo resolvido. Esses dois equívocos de Paulo, no sentido de contrariar a lógica cristã, podem não ser visto como equívocos, mas sim como questões teológicas que justificam a criação de uma religião salvacionista ou de uma religião
que pratica a doutrina da justificação pela fé, como os protestantes fazem, sem problemas. É uma questão de opção, mas dizer que foi Jesus que fez isso não foi Jesus. E as outras religiões que não são impositivas também falam a mesma coisa dos espíritos. Deus em existindo é um ser, não é necessariamente uma pessoa que fica se metendo nas coisas. Ele radia a existência, dá de si a semente básica para que cada um exista. E a partir daí, o jogo da vida é com as opções de cada um. Então Deus não salva. Ah, não, mas eu
tava no lugar, aí escutei uma voz, corre, eu corri e caiu um meteório, eu escapei. Isso não é Deus, não. Não é, pode ser um amigo espiritual seu, pode ser alguém que na espiritualidade tenta agir. Isso aí acontece, porque o jogo da vida não é só vida encarnada, é vida ampla. É um conceito de vida eterna que Jesus também falava. Nós entendemos pouco. Então assim, Deus salva, infelizmente não. Seria ótimo que sim, mas ainda que Deus salvasse, salvasse só você, tem alguma coisa errada com esse Deus. Por que que ele não salva todos? Mas como
nós estamos acostumados a pensar isso, eu sei quão doloroso é escutar uma resposta nos termos em que estou aqui ofertando, mas eu espero que sirva como reflexão. Não é imposição de conceito verdadeiro. Nunca da minha boca sairá ao longo da minha vida qualquer pretensão de estar convencendo ninguém do que quer que seja ou tentando conduzir a pessoa a acreditar nisso ou aquilo. O máximo de condução que eu me permito fazer é quando eu estou dando palestra, quando eu estou falando, é que eu sei que de alguma forma eu estou tentando conduzir o pensamento de quem
me escuta, mas eu conduzo para uma reflexão. Cabe a pessoa definir o que ela quer de si mesma, o que ela quer da vida, se é conveniente ela viciar-se em esperar ser salva por Deus. E se com os acontecimentos triviais da vida, graças a Deus, graças a Deus, hoje em dia bandido vai assaltar e quando termina o assalto diz: "Graças a Deus, é tudo certo". Ou seja, Deus financia até assalto algo de muito errado nessa história. Nós vulgarizamos o conceito de Deus. Só e por isso achamos que ele influencia um boxeador a dar porrada no
outro e humilhar outro, um jogador a fazer gol, o outro não. A gente colocou colocou Deus em funções de nossa vida, que dificilmente a atual geração de humanos que está viva consegue lidar com isso de uma maneira adulta, é infantil. Bem, não sei se há mais perguntas, então vamos lá. Estão sendo informado aqui de que há bastante perguntas. O bem nunca luta contra o mal, não é? Os valores supremos se ancoram na dignidade e essência, sem impor a nada e a ninguém. Mas como fica o mundo? Fica nas mãos dos maus. A gente nunca vai
lutar. É, é complicado, Daniel. Muito complicado. Nossos irmãos Daniel e Miguel em Portugal. Por quê? O lutar aí é complicado. O ato de verdade mais profundo que eu conheço em termos de sociopolítica foi o que o Mahatm Gand produziu. E o que é que o Mahatm Grande fez? Mas Gandy era um hindu. Gandhi era um hindu. E na época em que Gandy viveu, os anos 30, 40, na verdade, do século XIX pro X, primeira metade do século XX, Gand como hindu começou a se inquietar com um problema. Que problema? A Inglaterra dominava a Índia há
dezenas de anos, na verdade, há mais de um século. E esse domínio inglês foi se tornando cada vez mais terrível para o cidadão hindu. E Gandinha 1,5 m de altura e era alguém magrinho, ou seja, não era violento. um belo dia foi passando numa praça e viu lá uma linha branca. Eu tô simplificando a história pra gente entender, tá? E vi uma linha de cal branca pintada e ele disse: "Mas o que é isso aqui?" Aí os demais demais pessoas da praça disseram: "Nós hindus não podemos atravessar essa essa linha". Mas por quê? Disse: "Não,
porque os ingleses definiram que a gente tem que ficar só desse lado aqui da praça. Quem atravessar, tá vendo aqueles soldados ali do outro lado? Eles dão pancada e devolve o resto da pessoa pro nosso lado aqui. Então a gente não atravessa. Aí Gandy olhou para aquilo ali, foi para casa, pensou, pensou, pensou. Aí no outro dia ele foi, voltou, se aproximou perto da linha, olhou paraa linha, não tinha ninguém ao redor dele. Os soldados ingleses lá no lugar em que estavam distribuídos no outro lado da praça. Aí ele ultrapassou a linha, deu um passo,
dois passos. Aí os soldados ingleses correram, encheram gand porrada com Abriu ponta, abriu, ele apanhou muito. Jogaram grande do outro lado da linha. Aí os seus compatriotas hindus, você tá doido, você tá louco, tá pedindo para apanhar e ganho calado. Foi embora. meses depois, refeito da pancada, das pancadas recebidas, lá voltou Gand. Aí a turma que tava na praça disse: "Lá vem o maluco que ultrapassou a linha". Eita! E ele está chegando perto da linha de novo. E ele vai ultrapassar. Ele deu outro passo e Gand mais uma vez passou a linha. Os soldados correram,
encheram G de porrada. Jogaram o gande todo sanguentado do outro lado. O pessoal, você enlouqueceu, blá blá blá, o grande vai embora. Meses depois lá volta é grande. Quando Gand volta ia já era conhecido, todo mundo da praça conhecia o maluco que aí Gand foi se aproximou da linha, aí um outro hindu foi, andou, se aproximou de Gand, disse: "A, você vai fazer o quê?" Eu eu não consigo não fazer isso. Como você não consegue fazer isso? Eh, eu não consigo me submeter a isso. Não tá indigno. Mas se você ultrapassar, você vai apanhar. Ele
disse: "Eu sei e eu faço isso sem raiva dos ingleses. Eu sei que eles estão cumprindo ordens. Eu sei que o mundo é assim, mas eu também não consigo não fazer nada. Mas isso não é maneira de lutar. Eu não conheço outra. Eu tenho que praticar não violência. A não violência é a minha forma de lutar, mas sou eu sozinho. Aí o outro disse: "Você vai ultrapassar a linha de novo?" Ele disse: "For". Mas eu não tô lhe chamando não e nem tô pedindo nada, não é? Porque eu tô com vergonha de você fazer isso
sozinho. Aí Gand, ó, volte lá pro seu lugar. O cara ficou ali. Aí Gand passou. Aí o cara também passou, dois cruzaram a linha, pega e porrada em cima deles. Devolveram os dois. Gand vai para casa, o cara vai para casa. Meses depois lá vem Gand. Quando Gand apareceu, aquele que tinha ultrapassado a linha com Gandu para ficar do lado dele. Eu vou fazer com você. Quando os dois se posicionaram para passar, vários hindus andaram, ficaram na mesma posição de Gand perto da linha. Os soldados ingleses pegaram metralhadoras ao invés de Castete. Aí quando Gandy
cruzou, vários cruzaram, a turma atirou, matou gente. Quando a imprensa mundial soube disso e tinha repórteres cobrindo essa história de um maluco que estava praticando desobediência civil na Índia sozinho, Gandy não morreu, nem recebeu tiro, mas muitos morreram. Quando a imprensa mundial soube disso, a imprensa mundial começou a cobrar da coroa britânica, ou seja, do rei da Inglaterra, da rainha da Inglaterra, se eles não tinham vergonha de ver os hindus lutando desarmados, praticando a aça, não violência, sem óde aos ingleses, mas mostrando que iam preferir morrer a se submeter à aquela tirania. com vergonha da
repercussão mundial, a família britânica inglesa resolveu retirar as suas hostes militares da Índia e a Índia tornou-se independente em 1947, salvo engano meu, porque um homem, um ser humano, praticou o quê? o seu ato de verdade. Imaginou, ele não chamou ninguém, ele não tentou convencer ninguém de nada. As figuras que fazem isso são figuras que conseguem ter uma vida interior e nela essas pessoas constrem verdadeiras riquezas, verdadeiros tesouros mentais e conscienciais que nós, simples humanos, não temos muita ideia. Então os nossos irmãos aí de Portugal disseram: "Mas a gente não vai lutar não?" Esse é
o problema. Nós humanos já inventamos diversas maneiras de lutar, mas lutar contra o quê? contra o monstro do momento. O que mais se viu no século XX depois da revolução bolchevique na Rússia foram movimentos de esquerda que usando de um discurso maravilhoso pretendiam destruir os ditadores de direita que existiam desde os quisares russos a outras ditaduras de direita no mundo. Aqui na América Latina, vários exemplos aconteceram. Nicarágua é o Salvador, Brasil, é todo lugar aconteceu. Só que quando essas turmas, a turma da esquerda assumiu, tornou-se tão ou mais monstruosa do que os ditadores de direito.
Ou seja, ao longo do século XX nós vimos ditadores absurdos de direita e de esquerda. Nós vimos pessoas absolutamente fanáticas se alinhando a questões de direita e esquerda, cometendo crimes em nome do bem que eles achavam que representava, enquanto o outro lado era sempre o lado ruim, o lado mau, o lado perverso. E assim, direita e esquerda se substituíram tanto no tipo e no grau de estupidez que praticaram e praticam até hoje, como também terminaram levando a que pessoas maravilhosas se alinhassem automaticamente ao que julgam ser os pendores de direita e de esquerda. A coisa
chegou num ponto tal de mediocridade em termos de produção de resultados que nenhum sistema de direito, de esquerda mais em qualquer país, conseguiu produzir porcaria nenhuma no sentido de resolver o problema que Thomas Robs lá atrás colocou. Ei, um jacaré come pato. OK, o jacaré é predador, o pato é a presa, mas o ser humano é lobo do próprio ser humano. O homem é lobo do próprio homem. Como é que a gente resolve isso? Espinosa foi um filósofo que surgiu tentando criar a religião da razão para resolver esse problema de Thomas Robs. Depois de Espinoza,
todo um processo de consciência, seja de empresários, seja de trabalhadores, começou a existir. Veio a Revolução Industrial, veio a organização e sindicato, veio um movimento de um cara chamado Moses Hess na Alemanha, início século XIX, um judeu que terminou estudando a fundo a noção da religião da razão proposta por Espinosa para substituir tudo que era a religião doente do mundo. E Moses R, com base nisso, foi criando algo que hoje a gente chama de socialismo científico, que foi aquilo que Marx e Engels, depois com base em Moses H, criaram o livro Capital apresentando as suas
teses. Só que Marx ingenuamente acreditava na rebelião provocada pelas massas. dois, três séculos antes disso, Espinosa, que foi o criador desse movimento consciencial, disse: "As massas jamais irão provocar coisa nenhuma no campo da rebelião, no campo da luta, porque não vão produzir inteligência o suficiente para fazer isso de forma digna, decente." Só que Marx acreditava que sim e ancorou a sua crença que herdou de Moses Hess, o socialismo científico. Nessa nesse pressuposto, as massas vão se rebelar, vão construir um outro mundo. Primeira coisa que a turma fez na Rússia, Lenin, Stalin, Trotsk e outros, quando
assumiram o poder, foi destruir a massa. Ou seja, eles fizeram a revolução russa em nome da massa. criaram a revolução comunista, mas passaram a matar tudo que era massa na União Soviética. Primeiro foram os poetas, depois os professores, ou seja, Stalin começou a matar todo mundo junto com Laurente Berria para deixar a Rússia sem cabeças pensantes. Então assim, se a gente olha pra esquerda, vê essa desgraça. Se olha pra direita também vê desgraças. A questão é lutar contra quem, meu irmão? contra Lula, Bolsonaro, Trump, Biden, eh Putin. tem, só que nós não temos mais como
lutar, porque a globalização de fato nos levou a que ficássemos sob o império de uma mídia que é controlada por essas figuras aí e por quem está por trás disso. Pouco importa se é Lula, Bolsonaro, se é Bayern, se é Trump, essa turma ganha sempre e essa turma é dona de tudo que é imprensa. Então não há mais luta a ser feita. Por quê? Porque nós não temos opção. Nós, seres humanos, chegamos a um ponto tal de mediocridade. Quando a gente volta em Lula, em Bolsonaro, em Trump, em Binen, seja em quem for, e não
cobra de si mesmo uma preocupação com a dignidade do voto. Ou o que é que diabos essa pessoa que eu tô votando representa no campo da dignidade? Que exemplo ela dá? O que, ou seja, quando a gente vai e faz algum alguma coisa, e muitas vezes na vida eu fiz isso, eu na minha juventude eu não podia votar nem participar de festival de música com outra música podia, porque a Polícia Federal levava a gente para explicar o sensor, a letra da música, uma coisa ridícula. Então assim, quem viveu isso aí tem prudência todo tipo de
ditadura, seja de direita ou de esquerda, nenhuma presta. Mas ao longo da vida, como a gente não votava na minha época, quando a gente começou a votar e eu procurava opções, então eu escolhi o menos ruim. E escolhendo o menos ruim, eu já voltei em tanto cafageste da minha vida que eu tenho vergonha. Eu digo, não, não vou, não me sentia mais digno votando. Eu digo, eu vou tentar criar novas alternativas. E até hoje é essa a minha luta, mas é uma luta pacífica de tentar convidar os meus semelhantes a não se alinharem automaticamente. Não,
eu vou votar em Lula para não eleger Bolsonaro. Não, eu vou votar em Bolsonaro para não eleger Lula. Tudo bem, é uma opção. Mas eu não consigo fazer mais isso. E mas não estou criticando quem faz. Agora, quem endeusa Lula, quem endeusa Bolsonaro e perde a totalmente a noção de senso, é porque uma pessoa assim já não tá preocupada com coisa alguma no campo da dignidade pessoal, porque em Deus há seres humanos que não merecem talvez um aplauso e só críticas, mas a turma em Deus, a turma demoniza a luta, meu irmão, meus dois irmãos
que fizeram a pergunta de Portugal para você lutar por alguma coisa. Primeiro você tem que identificar o objeto da luta, tá? Nós vamos lutar contra o quê? Contra quem? E ok, o que é que nós temos a oferecer diferente desses caras? Se se ao invés de Lula, de Bolsonaro, de Trump, de Biden fosse você, fosse eu, o presidente, será que seria diferente a gente seria tão corrupto, maluco quanto esses caras? É uma pergunta que cada um deve se fazer se achar que deve. Eu faço. Então eu não tenho mais os, entre aspas preocupação com lutas
que a sensação de dignidade pessoal já não me permite me alinhar com elas. até eventualmente eu posso votar nisso ou naquilo devido a uma certa circunstância, mas eu separo o meu ser do movimento de consciência, o movimento mental que eu tenho que fazer naquela circunstância porque eu decidi desse jeito. Então, qual a minha dificuldade em responder a essa pergunta? Porque eu já sou um ser humano que não sabe mais lutar da maneira convencional como direita e esquerda se agridem estupidamente, brigam e não produzem bulhufas no campo das ideias, dos projetos. É uma destruindo o que
a outra fez. E é por isso que nós somos a quem dos estamos a quem do subdesenvolvimento. Nós nos tornamos medíocres enquanto cidadãos. Então eu não saberia responder a sua pergunta. de lutar. A gente não deve lutar. Eu luto todo dia. Esse programa é uma luta minha. Faz 20 anos que eu fujo das solicitações que os amigos espirituais fizeram para eu criar esse tipo de programa, para falar desse tipo de situação, para ver se a gente influencia no campo da reflexão as pessoas a refletirem de modo crítico sobre o contexto maior da vida, que cada
uma reflita como quiser, que cada uma vota em quem quiser, se alinhe com quem quiser ou se torna um desalinhado, que é o meu caso. Sou são a humanidade toda vem para cá e eu sozinho tô caminhando no sentido contrário. Sozinho, vírgula. Tem tem várias pessoas que também tem esse passo solitário, essa estranheza de ver todo mundo vir de lá para cá e você tá indo aí. Você olha assim de lado e vê uma ou outra pessoa. É a tal linha de Gand, é a tal linha imposta, porque o poder vem. Então assim, eu já
sou um desalinhado, mas nunca deixo de lutar, mas minha luta é em torno da verdade que eu pratico. Então eu não me alinho a figuras que aparecem na minha frente como sendo as opções que a sociedade produziu. Todas essas figuras mostram não o nosso problema, mas o sintoma dos nossos problemas. Lula, Bolsonaro, Trump, Biden não são causa de nada. Eles já são sintoma da nossa doença, da nossa mediocridade enquanto cidadãos, de não sabermos criar opções mais atrativas ou opções mais produtivas para o progresso da sociedade. Então, lutar isso seria lutar contra a sociedade que produz
isso. Não, eu não faço isso. Como eu disse, certas lutas eu já sou desalinhado, mas sabe aquele caranguejo que você coloca dentro de uma lata e o caranguejo ali não para de se movimentar dentro da lata? Sou eu. No âmbito da minha vida, aquilo que eu posso me movimentar para expressar a minha luta pessoal no campo da satriagarra, da satiagarra que me movimenta. E o que é satagrarra? é um conceito sânscrito que quer dizer resistência pacífica e amorosa em torno da verdade pessoal, do meu ato de verdade frente a mim mesmo. Essa luta eu não
abro mão em nenhum segundo da minha vida. Só que ela é solitária, ela é discreta, ela não sai provocando ninguém e nem sai afrontando ninguém. Por quê? Aí vamos pro primeiro aspecto da pergunta dos nossos irmãos. De fato, você não tem como combater o mal, porque se você combater o mal com o mal, você tá agindo de uma maneira má. Você está sendo igual ao monstro que você tá querendo combater. Você se tornou mal. Esse é o problema da direita e da esquerda. se corromperam, mas uma fica acusando a outra e quando uma entra, ou
seja, não vou me repetir, mas a minha resistência pacífica e amorosa é uma homenagem ao que Gand ensinou. Gand nos mostrou que um ser humano sozinho pode revolucionar não só a corrente do rio Ges, como a corrente da o fluxo da corrente da própria vida humana. grande conseguiu liberdade, a libertação e dependência de um país do pior tipo de colonialismo que já surgiu no mundo, que foi o colonialismo inglês, que ferrou com o mundo durante três séculos. De certa forma até hoje ferraga. O que as colônias europeias, o que as potências europeias fizeram com o
mundo. Nós nunca vamos conseguir remendar isso. França continua roubando 14 nações asiáticas e não há uma voz digna na França que critique o pensamento francês que mesmo tendo criado a independência, a revolução francesa com base independ igualdade, fraternidade, blá blá blá, os caras roubam descaradamente colônias africanas que desde o século XVI a França rouba. E hoje 14 nações africanas continuam sendo roubadas. E não há uma imprensa no mundo que critique isso. Eu não posso aplaudir uma coisa dessa. Eu não tenho como aplaudir. Mas eh o mundo inteiro acha isso normal. Eu não acho nunca que
eu posso aplaudir a França e lamento pelos meus irmãos e irmãos franceses que passam pela vida e não tem consciência do mal que estão fazendo lá na África. Então assim, lutar contra o quê? Lutar contra quem? Eu luto contra a ignorância, a minha e a de todo mundo, e semeio que posso no campo da reflexão, porque essa é uma luta não violenta, não tentando convencer ninguém de coisa alguma, mas dizendo o que eu penso, se for útil. E assim, essa é a única luta que eu me permito expressar, mas dela não abro mão. Sei que
isso não é uma resposta legal paraa pergunta que foi feita, mas é a resposta que eu posso dar. Ainda temos tempo para mais uma pergunta? Não sei se ainda tem. Tem muitas perguntas. Pode ser mais duas. Pode ser mais duas. Vamos lá. Você costuma dizer que Jesus é seu mestre? Não seria mais produtivo pararmos de pensar em Deus e focar apenas em Jesus? Haja visto que há tantos milagres quando direcionamos a fé a ele. Eh, Rodrigo é que nos pergunta isso. Olha, eu não ando atrás de milagres de de ninguém não. E não peço nada
a Jesus, a Buda, a Deus ou a quem quer que seja no âmbito pessoal. Quando eu tinha 30 e poucos anos, eu disse para Deus: "Ó, eu não vou mais ficar rezando para você, não vou mais encher seu saco. Não sei exatamente se você existe, mas eu acho que sim. Mas a partir de agora eu vou lhe homenagear com o meu silêncio. Eu vou tentar agir de forma digna e cobrar de mim mesmo. Isso se você achar que pode me dar ou não, é com você. Ou seja, esse tipo de conversa eu tive lá quando
eu tinha 31, 32 anos. Eu me lembro disso porque foi na época em que eu parei de fumar. Este corpo fumava bastante e na época eu parei e me lembro que foi exatamente nessa idade, só devido a esse marco. E desde então, de fato, eu tenho dedicado minha vida a aprender filosoficamente aquilo que me é útil, aquilo que eu posso produzir como sendo útil paraa vida, homenageando a vida como eu posso. Mas eu não ando atrás de milagres. Eu nunca pedi nada. Nem as vezes em que esse corpo morreu, eu não pedi nem para ninguém
me salvar. Quando eu percebi que o corpo ia morrendo, as vezes em que isso aconteceu, a minha preocupação era tentar me sentir digno na hora da morte do corpo. E assim foi. Não sei se quando chegar a hora efetiva de uma morte, de fato, que não haja eh reanimação do meu corpo, como os médicos fizeram, se nessa hora eu vou gritar, ai me salve. Mas até hoje eu tentei agir com elegância, porque isso me dignifica e essa é minha preocupação, né? Então, deixando claro que eu não ando atrás de milagres, mas vendo a pergunta do
Rodrigo, sim, de fato, pessoas no mundo há que vem figuras como Jesus, como o próprio Saibaba, que até pouco tempo esteve entre nós. De fato, essas figuras produzem isso que nosso irmão Rodrigo chama de milagres. que são bênçãos que elas dão. Sim, dão. Então, a pergunta dele, é melhor a gente deixar de orar para Deus e rezar para essas figuras? Se você tiver que rezar, na minha opinião, sim, é melhor rezar para essas figuras se você quiser conquistar isso. Porque de fato, no jogo da expressão vibratória da prece bem direcionada, realmente existem figuras amorosas como
Jesus, como Saibaba. que respondem sempre que podem. E isso é real, isso é verdadeiro, isso é algo que nós podemos aferir. Esses seres atuam, mas Apollônia de Tiana e Jesus foram duas figuras que viveram na mesma época. E depois de suas vidas, os seus respectivos espíritos checaram se valeu a pena eles terem produzido tanta magia, ou seja, tanto milagre. Por quê? Porque a pergunta que se faz é: maiores devem viciar a humanidade a só querer receber? O que é que acontece com uma pessoa que fica viciada em receber? Ela não desenvolve seus próprios potenciais de
resolução de problemas, como ela sempre recebe, ela fica viciada em produzir os mesmos problemas que ela produz sempre, porque no final ela acha que alguém resolve. Ou seja, eu estou só dizendo que o tal milagre, Rodrigo, que a gente quer receber nem sempre dignifica a nossa existência. É só um vício. O digno aqui é dar, não é receber. Quem recebe se é pequena, quem dar se engrandece. Então, dizendo isso, eu espero estar deixando bem claro o que eu penso, mas não deixo de concordar com assertiva com a perspectiva, com a lógica da premissa que o
nosso irmão aplicou a pergunta dele. Se tem que rezar, é melhor rezar para Deus ou para essas figuras? Para essas figuras. Porém, eu preciso só dizer mais uma coisa. Essas figuras também respondem às preces que algumas pessoas fazem a Deus, porque essas figuras, cada um no seu nível de compreensão. Jesus no âmbito do judaísmo cristão, saibaba no âmbito do hinduísmo, do shivaísmo, do vaixinaísmo e outros ismos que tem na Índia, eles se acham figuras que ou representam Deus ou como Saibaba se diz, o próprio Deus é encarnado. Mas Saibaba costuma lembrar uma coisa, quando alguém
o procurava e isso que me contou foi professor Hermógenes, uma certa conversa que tivemos aqui em Natal no almoço aqui no hotel da Via Costeira, ele me dizendo às vezes que tinha estado com Saibaba e uma vez eh acho que foi a esposa dele, eh estava ele, a esposa Saibaba. Saibaba perguntou pra esposa de Hermógenes porque ela fez um comentário se você acha que eu sou o quê ou quem? Aí ela disse: "Eu acho que você é Deus porque para fazer o que você faz, esses milagres todos, Saibaba produzia vibut, produzia e deu um anel
com retrato, ou seja, faz um monte de coisas, são taumaturgistas. Aí tem toda uma série de istas que a gente precisa compreender. Mas aí quando a esposa de Hermógenes disse isso, Saab disse: "De fato, eu sou Deus, só que vocês também são." A diferença é que eu sei que sou. Vocês ainda não têm essa consciência. Então assim, Saibaba, Jesus, essas figuras maravilhosas, eles agem também em nome da crença em Deus que os humanos t, porque esses avatares são os principais responsáveis por esse estado psíquico. final, foram eles que transformaram a humanidade nesse nessa massa devocional
que abriu mão de desenvolver seus próprios potenciais para que Krishna, Jesus, Zoroastro, Saibaba resolvam seus problemas. Então, viciar-se nessa devoção, passando o dia inteiro rezando um terço para Jesus, cantando mantra para saber ou cantando H Krishna. Quem passa o dia inteiro cantando não desenvolve seus potenciais, mas seguramente cria campos vibratórios de unicidade com essas fontes. E como essas fontes de fato t força mental e um certa dose de poder espiritual para retribuir, realmente eles retribuem. Isso é um fato. Então sim, vale a pena rezar para quem gosta de rezar e alerir milagres e bênçãos. Vamos
então a última pergunta do nosso programa Valores Supremos da Consciência desta tarde. Eh, a Tstoy, Tstoy é um escritor russo, atribui a frase: "A quem passe por uma floresta e só veja lenha para sua fogueira". Somar elegância aos valores envolve cessar essa natureza, agir para manifestação do bem potencial em tudo. É de fato somar elegância aos valores da vida. Eh, quem fez a pergunta é Tabajara dos Reis. como você mesmo diz, somar elegância aos valores da vida. Talvez seja esse o segredo da potencialização pessoal. A minha luta enquanto ser humano é porque todos os ensinamentos
que as doutrinas esotéricas, filosóficas, mesmo as humanistas, sempre defenderam até a filosofia, é de que o ego humano precisa ser pisado, destruído, porque é um pecador. É a questão do pecado original. Até Freud embarcou nessa questão de que o ego humano tem problemas. Jung, diferente de Freud, não embarcou, pelo menos na minha opinião, quando Jung tratou da individuação, ou seja, o ser humano em permanente progresso ou processo de mudança progressista rumo à complexidade. Então, eu sou alguém meio vinculado às critérios de Jung e de outras figuras que tentam empoderar o ser humano, convidando o ser
humano a perceber o quão de grandeza existe nele. que esse programa, o ato de verdade que aqui eu citei da senhora lá do conto hindu, da professora de sexo de grande, atos de verdade a gente vê diariamente na vida feito por pessoas que a gente nem sabe que existem, mas que provocam no tecido, na tescitura da existência, verdadeiras revoluções de ordem energética, vibratória, espiritual. e a gente nem nota. Então, esse é o convite que eu faço a mim mesmo. E nesse programa eu tento ofertar reflexão em torno disso. Por quê? O nosso irmão colocou a
visão utilitária que Tói criticou. Ah, você passa por uma floresta só lenha. Há tantos conceitos que você possa formar olhando para uma floresta, né? Os árabes dissem: "Ah, a floresta está escondida sobre as árvores". Por quê? Porque se você passa e vê uma árvore, é uma árvore só que você tá vendo. Mas na hora em que você vê diversas árvores, surge um conceito mais complexo do que uma simples árvore, que é o conceito coletivo de floresta. E numa floresta tem vida abundante de uma série de espécies vivas que torna aquilo um reino. Ou seja, o
conceito que você dá, você pode ver diversas árvores e só enxergar diversas árvores ou lenha, como tostoid diz. Mas você pode também associar isso e dizer: "Não, ali tem uma floresta. Se eu for tirar a lenda ali, eu vou talvez ferrar com todas as espécies que ali vivem". Ah, mas eu sou um ser humano. Eu preciso eh pegar a lenha para vender, para poder ter dinheiro para comer e meus filhos também. OK. Então, vamos tentar encontrar um meio termo que faça com que eu me sinta digno. Eu cuide da minha sobrevivência, mas também respeite o
tal meio ambiente que significa vida. Ah, não, isso aí é frescura de esquerda, não é? Se a gente acabar com todo o meio ambiente da Terra, nós estamos ferrados. Ah, não. Então você esquerdista não. Eu acho ridículo a defesa feita pela esquerda em termos de meio ambiente e por figuras que não sabem nem falar a respeito do problema. Eu acho meio ridículo no mundo inteiro. Eu sou alguém que falo sobre questões ambientais desde os anos 80, 90, nas palestras que eu fazia, na minha função profissional. Mas assim, não é essa questão. Eu tô falando aqui
é de dignidade. Se você não se preocupa com a vida do outro, mesmo que o outro seja um animal, você não vai saber se preocupar com a vida de outro ser humano. Porque a imbecilidade, a idiotícia, cretinícia, ela sobe em escala e é quase uma linha reta. A gente às vezes começa daquilo que é simples e esquece de dar valor às coisas simples. Quando chega nas coisas complexas, a gente também não vai saber dar valor. Em algum momento a gente se corrompe. Então assim, penso que associar o conceito de dignidade, não, não pode criar boi,
pode a terra não, mas boi faz mal ao meio ambiente. Faz. O ser humano também faz tudo, faz mal o meio ambiente. Então nós precisamos achar um meio termo. Essa é a lei do desenvolvimento sustentável. Por quê? Porque a geração atual precisa aprender a consumir num grau que respeite a possibilidade da geração que ainda virá também ter alguma coisa para consumir. Se nós consumirmos tudo hoje, os nossos descendentes não terão o que consumir. Então eu defendo o meio ambiente no sentido do conceito de desenvolvimento sustentável, exatamente por essa equação. Essa equação foi criada por um
cara chamado Lester Brown, que colocou a equação filosófica, mas o problema é que ninguém sabe montar essa equação matemática e dizer quanto a gente pode consumir hoje, de maneira que a gente preserve algum consumo paraas gerações humanas no futuro. Então isso aqui não é você impedir o agronegócio de acontecer, não. agronegócio dá muito emprego, dá muita grana pros países, paga imposto, mantém muita coisa funcionando. Não é acabar, não é ser contra o agronegócio, isso é burrice na minha opinião. É, nós precisamos educar os processos, todos os processos que a vida na Terra tem. E a
gente só educa a gente associar valores complexos, significados, valores que todos compartilhem o respeito a eles. A visão utilitária que nós temos, que foi a questão proposta pela crítica de Tolstoy, pelo nosso irmão que fez a pergunta levantando a questão. Então, tudo está no equilíbrio. Mas se nós, humanos não nos preocuparmos com a dignidade das nossas opiniões, dos nossos pensamentos, no que é que resulta se o meu pensamento vier a ser aplicado, vai resultar em quê? Ah, não tô nem aí pra questão climática. Esse tipo de postura que a direita ultra conservadora tem colocado, porque
a diz que a esquerda é cheia de frescura na defesa do meio ambiente que termina impedindo o progresso, esse é o eterno desafio que há muito tempo vem em curso, mas a gente só tá percebendo a importância dele agora. Por quê? Porque agora nós estamos desconfiados que tem um monte de choques de realidade e que vão cair na nossa cabeça, já estão caindo e a tal questão ambiental é só um desses aspectos. Então, como discutir isso? através da proposta do nosso irmão na pergunta, associando a visão utilitária um outro tipo de conceito mais complexo, mais
elegante, que respeite a dignidade existencial, seja do planeta, seja das espécies que vivem no planeta e entre as quais a nossa própria espécie homo sapiens. Mas para isso seria necessário que o homem deixasse de ser o lobo do próprio homem, da própria vida. Para isso é necessário que o ser humano deixasse de agir de forma cretina, violenta, defendendo só os seus interesses e sem se preocupar com uma questão mais macro, uma questão maior. Por quê? Porque a parte é sempre menor que o todo. A parte é menos importante que o todo. Então, qualquer país da
Terra é importante que a Terra, até porque a Terra pode desistir sem nenhum país desse, mas nenhum país desse pode desistir sem a Terra. E se a gente acabar com o planeta, não tem lugar para ninguém. Então, é estultice, é burrice a maneira como, infelizmente, esses assuntos vêm sendo tratados. E Tostoy critica a visão da do utilitarismo barato, a visão imediata de quem só consegue expressar visão simplória sobre as coisas. É preciso um refinamento. É preciso sim que a gente oferte eh como ser humano, como agente da vida, expressando a nossa cidadania planetária ou cidadania
nacional, seja lá o que for, em que nível for. Mas precisamos fazer isso com senso de dignidade própria, né? dignidade de religião, de filosofia, dignidade que o seu eu cria sendo importante. E assim me despeço de vocês nesse programa de hoje, torcendo que esse assunto dignidade como o valor supremo da existência, o ato de verdade que a gente analisou aqui, então se isso resultar em você, uma tentativa de você mesmo produzir o ato da sua verdade pessoal e diariamente você conviver com esse norte na sua vida, essa bússola filosófica Se nós tivermos conseguido repassar a
importância de se refletir sobre isso, esse é o nosso intento. Vou ficar muito feliz. caso, né? É só um pedido de desculpas, um sorrisozinho amarelo na face por ter enchido o seu saco durante tanto tempo com assunto que talvez não seja aquilo que você gostaria de ter escutado. Mas sendo honesto, toda quarta-feira às 14 horas eu vou estar insistindo no tema valores supremos da consciência. Ato de verdade foi o tema só do primeiro programa, vinculado a essa temática maior. Cada quarta-feira eu vou trazer um tema vinculado a essa temática e a gente vai tentar refletir
sobre isso. Se você quiser nos acompanhar nessa empreitada intelectual, mas também filosófica e também espiritual, seja muito bem-vindo. Se não foi esse o caso, desculpas. Agradeço a sua companhia e realmente agradeço o penhorado, a paciência e a companhia de cada um de vocês. E aqui me despeço e até o nosso próprio próximo programa. Obrigado.
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