[Música] começa agora o Bora entender seu espaço para tirar dúvidas e conhecer mais sobre os temas da política em discussão aqui na Câmara toda sexta-feira a gente tá aqui ao vivo pela tv câmara e no YouTube da Câmara dos Deputados para tentar descomplicar assuntos importantes e tirar suas dúvidas sobre tudo que vai ter impacto direto sobre a sua vida e o tema de hoje é a reforma tributária mas nossa intenção aqui não é fazer um debate complicado e cheio de palavras estranhas nós vamos tentar de todas as formas simplificar E focar naquilo que mais importa
ao cidadão que é o impacto que a reforma vai provocar na vida de cada um de nós há décadas as autoridades brasileiras lutam para tentar tirar do Papel um novo sistema tributário considerado um dos mais complexos e Def o nosso sistema é considerado um dos mais defasados e complexos do mundo na Câmara dos Deputados conseguiram o que parecia impossível aprovar um texto com Ampla maioria dos votos a matéria agora está no senado sendo analisada mas o que realmente queremos saber é como a reforma tributária pode ajudar o país mais importante você aí telespectador vai pagar
menos ou mais impostos Vem Com a Gente que hoje nós vamos responder todas essas perguntas e nós temos certeza de que você quer participar Então manda pra gente suas perguntas pelo WhatsApp 61 9962 2573 ou pelo chat do nosso canal no YouTube Câmara dos Deputados oficial a gente te responde tudo ao vivo Bora entender [Música] e para debater com a gente o programa mais uma vez trouxe um timaço de especialistas estão aqui com a gente no nosso estúdio José evand Araújo consultor legislativo da área do direito tributário e tributação Adriano da Nóbrega consultor legislativo da
câmara área direito tributário também e tributação e temos ainda o César perdi aqui o o o detalhe um segundo César Matos consultor legislativo da área de Economia bom pra gente começar eu acho que não não podia ser diferente já arregacei aqui as mangas da blusa porque acho que nós temos um trabalho hoje e difícil mas tenho certeza que os senhores estão amplamente preparados para essa tarefa que é descomplicado esse negócio chamado reforma tributária todo mundo que tá em casa quer saber né Nós vamos pagar mais imposto vamos pagar menos imposto Que benefício que a reforma
traz Que prejuízo que pode haver e eu quero me colocar aqui na condição de cidadão não sou especialista em direito tributário entendo relativamente pouco dessa matéria mas conto com vocês aí para clarear pra gente da melhor forma possível né E tem certeza que quem tá em casa vai ficar satisfeito com esses esclarecimentos pra gente começar já Quero iniciar aí com um pleonasmo né um uma repetição vamos começar pelo começo César para que fazer reforma tributária quer dizer o nosso sistema atual é adequado é inadequado é necessário de verdade a gente perder tanto tempo e lutar
tanto em prol dessa coisa chamado reforma tributária eh Marcelo e muito obrigado obrigado aí pelo convite eh eh esse programa Realmente é muito importante pra gente da hisoria e para vocês da TV Câmara eh de fato é fundamental a reforma foi fundamental A reforma está sendo fundamental a reforma eh eu diria que tem pelo menos dois pilares fundamentais eh em termos de princípios eh que devem ser respeitados em qualquer reforma tributária nesse caso H princípios dois princípios fundamentais é da simplicidade e da neutralidade para você ter uma ideia hoje eh com mon de de de
a dificuldade toda que a gente tem em relação a alguns tributos por exemplo a gente pega e só IPI e piscofins tá certo que são tributos federais legislação complicadíssima ICMS eu tenho 27 legislações Estaduais de cms ISS eu tenho 5570 legislações de ISS Isso é uma ação tão grande que o Brasil hoje ele gasta é uma empresa média ele gasta 1 horas por ano por ano e para lidar com a questão de imposto quer dizer para calcular imposto para saber como eu vou pagar o imposto se a gente for pegar a média da América Latina
quer dizer a gente tá pegando os amigos aqui tá certo os países que estão aqui é mais próximo 330 horas Então na verdade a gente tem uma diferença quer dizer um a mais tá certo no número de horas que a gente gasta e se pegar países da ocde quer dizer os países ricos que são ricos justamente porque tem as melhores práticas também isso ajuda bastante são 159 horas ou seja o que se gasta de tempo e recurso em vez de você tá produzindo bens e serviços para a sociedade você tá na verdade é calculando o
imposto boa parte disso quer dizer é a simplificação que eu acho que meu colega evand vai poder poder falar de uma forma muito mais precisa de como isso vai acontecer é Talvez seja um dos principais ganhos que você vai ter na reforma tributária e isso vamos lá isso você desloca recursos quer dizer da da área meio calcular imposto para fim produzir que é isso que a gente quer tá certo você ter mais produção de bens e serviços Mais Emprego e mais renda pra população Ou seja a palavra chave da reforma seria descomplicar facilitar descomplicar eu
acho que é uma das coisas mais importantes mais uma vez quer dizer se a gente pega o antigo doing Business no Brasil quer dizer do do Banco Mundial que fazia o cálculo ele pegou 100 países Tá certo eh para ver quem era quer dizer em termos de complexidade tributária o Brasil ficou em último lugar último último último e 100 países o último lugar quer dizer quem quer atrair investimento quem quer gerar emprego quem quer criar renda Tá certo você tem eh quer dizer uma uma a a eh um um você tem aí um teto quer
dizer você tem um um um bloqueio eh gigantesco que é a própria burocracia do Imposto E aí você tem na verdade uma coisa de coordenação quer dizer a capacidade que você tem de coordenar e fazer coisas mais simples Tá certo para ah para quem vai quem vai ser tributado é eu acho que é um ganho assim é uma enormidade é uma enormidade Tá certo que você tem eh para a sociedade como um todo aí quer dizer nós estamos pegando empresários e pegando também o cidadão comum César eu sei que você é um dos grandes entusiastas
dessa reforma eu vejo que você tá acreditando né que ela pode trazer benefícios pro país daqui a pouco eu vou voltar pra gente falar mais desses possíveis benefícios né que a gente acha que vão trazer impactos positivos mas antes disso eu queria trazer uma pergunta eh que chegou pela internet Samuel Souza de Brasília eu vou pedir pro Adriano responder essa quais os impostos vão ser eliminados e quais vão ser reduzidos após a forma tem como responder isso para ele Bom dia Marcelo eh obrigado pelo convite eh queria também desejar no início uma saudação a todas
as pessoas que estão nos assistindo nesse momento hoje nós temos no plano Federal o a contribuição para o pispasep Ah nós temos a contribuição para o financiamento da Seguridade Social a cofins nós temos o imposto sobre produtos industrializados nos Estados nós temos o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços e o IMP S te interromper um segundo enquanto você fala eu vou pedir para colocar arte um no telão pra gente ir acompanhando o seu raciocínio por meio de uma de uma arte que a gente que a gente trouxe pode continuar por favor pois não eh
nós temos então a contribuição para o pispasep a contribuição pro financiamento da Seguridade Social nós temos o imposto que incide sobre operações de seguros nós temos o imposto sobre produtos industrializados o imposto esses no nível Federal o imposto sobre circulação de mercadorias que é estadual e o imposto sobre serviços que é municipal bom vamos pegar por enquanto ali o plano Federal nós temos dois tributos que são praticamente irmãos gêmeos a o PIS e e cofins e esses dois tributos eu tenho eventualmente sempre que eu vou mexer na legislação eu tenho duas leis diferentes por exemplo
uma tratando do PIS outra tratando da cofins na hora que eu vou preencher as minhas declarações vou apresentar informações pro fisco eu tenho ali duas eh dois formulários diferentes vamos dizer assim que entra um pouco no que o César comentou né de horas que a gente desperdiça ali embaixo se a gente pega o ICMS e o ISS nós temos eventualmente dúvidas do tipo eu essa isso que eu estou fazendo isso é tributado como mercadoria pelo ICMS ou isso é tributado sobre a forma de serviço pelo ISS Municipal Então pegando realidade existente em outros países esses
impostos eles vão ser congregados ah na Europa nós temos a experiência do Imposto sobre valor adicionado e no Brasil em função de competências constitucionais que já existiam quer dizer uma parte era da União uma parte de estados uma parte de municípios esse imposto sobre valor adicionado foi dividido em dois tributos diferentes a contribuição para bem e serviço e o imposto sobre sobre bens e serviços ah A ideia é que esses tributos eles sejam quase que irmãos gêmeos né eventualmente pode ter uma pequena diferença ou outra mas adiante se houver oportunidade a gente detalha isso Eh
mas eles caminhariam muito muito próximos um um do outro e a gente tiraria toda aquela complicação que já existe ali atrás eh estão sendo pensados por exemplo sistemas unificados de apuração de pagamento etc Então tudo aquilo que a gente perdia em termos de horas L atrás vai deixar de existir fora isso está sendo criado um outro imposto que não tem relação com essa discussão que é o imposto seletivo Porque alguns produtos por exemplo eles são nocivos à saúde então seu consumo pode causar danos à própria saúde da pessoa né sua qualidade de vida ou então
seu consumo causa danos por exemplo a ao meio ambiente a poluição Enfim então a ideia do Imposto seletivo seria tentar desincentivar o consumo desse tipo de produto eh para com isso diminuir esse Impacto negativo que ele tem inclusive no orçamento público né porque se as pessoas adoecem mais acabamos tendo mais gastos com saúde por exemplo no orçamento público eu queria pedir a sua opinião pessoal Adriano você como especialista da área você acha que ISO aí realmente simplifica o sistema e e que essa simplificação é benéfica eu entendo que é uma grande simplificação sim ah uma
coisa que foi muito discutida na reforma tributária aqui na Câmara dos Deputados é o seguinte hoje o empresário ele tem que se preocupar em qual é o regime de tributação que ele tá sujeito Qual é a alíquota se ele tiver fazendo uma operação por exemplo de São Paulo pro pra Bahia ou se ele está fazendo uma operação de São Paulo para o Mato Grosso eh ou o contrário de Mato Grosso para São Paulo ele vai ter que ver se existe alguma regra específica na na legislação de cada ente há alguns anos eu tive a oportunidade
de fazer um estudo a pedido de de um parlamentar da casa e ele queria que fizesse uma comparação de como era tributado determinado produto pelos 27 estados e para min é surpresa os 27 estados não t sequer uma tabela de incidência do MS que seja uniforme né alguns estados por exemplo eu tenho uma tabela em forma de anexo com os produtos e alíquotas esses produtos não são os mesmos que existem em outro estado eh outros estados alguns estados tratam produtos de uma forma específica e outros não e alguns estados sequer tinham uma tabela eles tinham
simplesmente ali um artigo com uma série de incisos com com alíquotas etc Então tudo isso vai acabar e vai vir uma regulamentação única uniforme e de fácil acesso quer dizer a partir de agora o empresário não vai mais se preocupar com a apuração do tributo ele vai se preocupar com a gestão financeira do negócio dele com o planejamento do negócio dele você quer complementar César é nessa linha você você tá com essa mesma com esse mesmo pensamento absolutamente absolutamente é exatamente isso que vai acontecer eh esse ganho ah esse ganho de de de de simplificação
de racionalização mesmo né quer dizer que na verdade que envolve também outras eh variáveis quer dizer de de desoneração de investimento eh de de reg redução de regressividade também quer dizer um pouco complementando como você na verdade tá mudando a ponderação das alíquotas quer dizer quem mais consome bens eh são as pessoas mais pobres quem mais consome serviços são as pessoas mais ricas Então você também tá mudando essa essa ponderação junto disso tem a questão da cumulatividade tributária esse mecanismo que foi colocado pelo Adriano eh você quer dizer garante que você muito quer dizer na
verdade o sistema antigo era para não ter cumulatividade mas dados os seus problemas operacionais que tão que eu acho que são muito bem eh eh corrigidos por isso é você não terá mais essa cumulatividade que no final das contas é basicamente aquela sua decisão puxa eu vou produzir uma coisa dentro da minha firma ou ou ou ou na verdade eu vou terceirizar tá certo e no final das contas você dava um incentivo para que tudo tivesse dentro da sua firma em vez de terceirizar coisa que eu não sou tão bom Tá certo eu tivesse que
fazer dentro da eh eu tinha que fazer tudo da minha firma por planejamento tributário agora com essa eh com essa especialização e no planejamento e e de de que eu posso agora concentrar naquele do planejamento e não preciso quer dizer não vou pagar duplamente e eh essa coisa mais uma vez esse o sistema atual era para não ter esse problema mas tem Tá certo e eu acho que você fecha muito as portas obviamente que a a criat atividade Às vezes pode ser pode ser pode ser Ampla mas eu acho que entendo que esse automatismo é
que que é descrito não me parece haver porta haver espaço para eh para que você retome eh os os as distorções que levavam esse incentivo a eu botar tudo dentro do mesma da mesma firma evand Vamos abrir sua participação você ainda não não falou muito obrigado por participar também eh eu acho que uma das maiores discussões da reforma tributária foi com relação a essa alíquota inclusive se eu cometer alguma imprecisão aqui por favor me corrija mas a há uma previsão de que ela fique por volta de 26,5 queria que você explicasse pra gente isso vai
incidir sobre o que eh não o que que fica de fora por que que é importante ter uma alíquota única qual a sua posição sobre essa discussão primeiro Boa tarde Marcelo colegas aqui do programa os telespectadores da da TV Câmera sou um fã do programa já assisti todos e aprendi muito pois bem essa questão da da da alíquota né é uma é uma questão que que que traz uma certa preocupação e até uma certa surpresa PR as pessoas por que que já não tem uma alíquota definida né A questão é que por tudo que o
Cesar e o Adriano já falaram o nosso sistema é tão complexo que a gente não sabe qual é a alícota que incide efetivamente em qualquer coisa né Porque existe uma incidência de imposto sobre imposto impostos ocultos então a gente não sabe exatamente qual a incidência tributária para que isso fosse possível e que ficasse um sistema viável onde um pressuposto é manutenção da Carga Tributária quer dizer não vai ter aumento de Carga Tributária você criou esse é um pressuposto da da da reforma tributária para você fazer isso você vai ter que calcular essa alícota na hora
que o sistema começar a funcionar e por isso que a gente vai ter um sistema de transição a gente vai falar um pouco daqu na na na frente onde a gente vai definir e vai ajustar essa alícota até nos próximos até 2033 pois bem dentro das expectativas econômicas dos estudos feitos você chegou à conclusão que a alíquota nesse necessária para substituir os tributos atuais é uma alíquota que incide sobre a operação sobre a venda de 26,5 por. Isso é uma estimativa pode ser menos pode ser mais mas o pressuposto é não há um aumento de
Carga Tributária isso é muito Marcelo é é a carga tributário que nós temos hoje né hoje saiu na assim nesta semana saiu uma reportagem no Estadão dos economistas do Banco Mundial onde ele fala olha qual é a lqua dos produtos atuais que nós temos né e para minha surpresa sem % dos produtos por eles listados tem uma tributação maior do que 26,5 por há uma redução F Então tudo vai diminuir b não é bem assim né se você tem um pressuposto de que todo mundo vai pagar uma alíquota única uniforme e hoje a gente tem
um sistema com alíquotas diversas obviamente por por como pressuposto você vai ter alguns produtos que vão pagar mais e outros que vão pagar menos e o que é menos tributado o César já adiantou pra gente aqui o que é menos tributado hoje o serviços Por uma questão histórica não é assim no mundo todo por uma questão histórica que não não dá paraa gente discutir agora os serviços são menos tributários Então por essa lógica os serviços seriam mais tributados e os bens menos tributados a gente vai ver também daqui paraa frente que não foi bem assim
os serviços considerados mais mais meritórios como educação saúde conseguiram uma alíquota reduzida uma alíquota eh menor do que 26,5 por. Mas isso também não é sem custo quando você deixa uma tributação de alguns produtos com menores e e tem continua com o pressuposto de manutenção da Carga Tributária por Evidente você vai aumentar a líquida geral mas o acordo político e o acordo feito agora fala de uma alícota de 26,5 por. Mas você me permite só uma questão técnica mas que eu vou também tentar facilitar hoje em dia nós temos aqui uma técnica meio que oculta
o tributo e eh verdadeiro que é uma técnica da tributação por dentro enquanto No resto do mundo é uma tributação por fora Olha quando você vai pro exterior um produto custa R 100 e a alíquota é 20% você paga R 100 de de de do produto mais R 20 de de tributo por Evidente aqui no Brasil não é assim a lía quando você fal cheg você chega na gôndula lá tá escrito um preço na hora que você vai pagar é um pouco maior porque você insere o imposto na hora de fazer o pagamento isso aqui
no Brasil quando você tem R 100 o imposto já tá dentro parece que é uma bobagem mas isso faz com que as alíquotas elas sejam diferentes então se você fosse considerar os 26,5 do novo sistema com as alíquotas atuais você tem tem que comparar com 21% 26,5 por por fora equivale a 21% por dentro então o que já diminui bastante a carga e se você tivesse que dizer a gente já sabe que o nosso sistema é Ultra complexo a gente não sabe nem Qual é a tributação dos produtos de cada produto Mas se a gente
tivesse que dizer qual é a alíquota média dos tributos no Brasil 35% então você estaria baixando uma alíquota média de 35 para uma líquida média de 26,5 por. o objetivo da reforma Como já foi dito no não é nem aumentar nem reduzir tributo era era manter mais ou menos padrão foi o que foi possível de se construir como como consenso para que fosse aprovado Mas você acha que na sua opinião Então pode acabar havendo uma redução de de de Carga Tributária no total sim veja bem ninguém consome só carne ninguém consome só automóvel ninguém consome
só televisão Você tem uma cesta de consumo então a cesta de consumo existem estudos do Ipe do IBGE que que que que medem isso César pode falar tá melhor a cesta de consumo de uma pessoas das pessoas mais pobres não é a mesma das pessoas mais ricas agora a gente acha Ah não então baixou a lía de alimento resolveu tudo na verdade quando você vai ver as cestas de consumo das pessoas mais pobres alimento não é o principal item Habitação é o principal item transporte é muito relevante então cada um vai ter uma resposta ao
novo sistema de acordo com sua própria cesta de consumo existem estudos estimativas sempre lembrando né que a gente vai ter que são estimativas dos melhores economistas do país que mostra que se não tivesse nenhuma alíquota reduz ida mesmo assim haveria uma redução da da da da pra maior parte das famílias mas como a gente vai ver também nós tivemos alíquotas reduzidos e o o sistema de cashback que a gente vai falar também em que se acredita que os que que que e que vai haverá uma redução de Carga Tributária efetiva para boa grande parte das
famílias brasileiras Cesar a gente tá falando de uma polêmica aqui que é a questão da alíquota única agora eu quero tratar de outra polêmica com você que é a questão da Guerra fiscal a gente já falou um pouquinho de is MS eu acho que a aplicação a utilização desse tributo é também uma das coisas mais polêmicas do nosso sistema tributário atual Você acha que a reforma no nos termos em que ela foi aprovada pela câmara ela pode ajudar a reduzir essa briga entre os Estados eu acho que sim mais uma vez absolutamente Eu acho que
um dos principais objetivos da reforma é é quer dizer que na verdade é você ampliar o grau de cooperação coordenação eh da da federação e você nesse nesses eh nesse nisso você realmente eh porque na verdade você não tem mais aquela coisa de você dá quer dizer que dá um incentivo quer dizer que é uma das regras que a gente não falou aqui ainda que é a mudança da tributação da da origem para o destino Tá certo Quer dizer até hoje quer dizer o ICMS é tudo tributado na origem então quer dizer se eu tenho
Ah um um um bem que foi produzido eh em determinado lugar e mas vai ser consumido em outro é é eu vou tributar o ICMS na origem isso dava espaço para toda a guerra fiscal Tá certo porque todo mundo querendo atrair eh quer dizer dando reduzindo o imposto para atrair eh para o seu estado veja assim o grau de distorção que isso que isso pode pode gerar em lugar de eu está indo para estado x ou estado Y eu vou considerar não as as vocações daquele lugar mas sim porque o tributo é menor naquele lugar
porque na verdade teve guerra fiscal e o o o o o secretário de fazenda me prometeu uma redução isto não vai mais acontecer Tá certo com o novo com a a a o novo conhecido sistema dual aqui que foi eh colocado então quer dizer essa integração essa harmonização de regras tá certo é eu acho que ela é fundamental para você acabar com essa guerra fiscal eh que eu acho que que ninguém ganha com isso quer dizer você gera quer dizer um enfraquecimento real da da da Federação eh e de fato acho que a gente tem
um ganho enorme com isso quando você tira esse incentivo fiscal você iguala o jogo para todos os estados eu acho que vem uma outra questão que é onde essas empresas vão se colocar se o imposto é igual provavelmente elas vão se colocar onde é mais estratégico para elas onde você de repente tem mão de obra ou tem Ah enfim as capacidades de produção estão mais ativadas as de cada lugar Que consequência que isso traz pro país por exemplo o que que tem de bom e de ruim nisso de você acabar concentrando um pouco as indústrias
nos locais que tem mais facilidade para produzir não quer dizer muito do problema do do Brasil tem a ver com com a com essa distorção locacional Tá certo se você não quer dizer se você usa quer dizer se você tá localizando a sua indústria para fazer planejamento tributário Tá certo você vai perder competitividade Tá certo você vai perder competitividade você tem que fazer você tem que estudar a sua localização de acordo com a vocação de cada lugar de acordo com as vamos lá as dotações de recursos de capital humano eh onde você tem a floresta
por exemplo você tem pode ter a uma capacidade quer dizer você de produtos que t a ver mais com a questão da sustentabilidade você tem várias quer dizer várias formas de você alocar esse recurso e agora você tá dando uma sinalização muito mais limpa Tá certo de como você vai fazer isso quer dizer um pouco separado dessa coisa então você não vai precisar ficar fazendo aquela coisa de nota fiscal que vai e volta e e e aí você aumenta demais o custo de transporte aumenta demais o custo do insumo porque na verdade as regras de
localização geográfica eh locacional que você tá fazendo elas estão baseadas quer dizer na ideia de que um deu mais vantagem do que o outro neutralidade é uma palavra chave dessa reforma Tá certo então essa ideia de você quer dizer a essa migração da da da da regra de origem paraa regra de destino ela aumenta muito esta capacidade de neutralidade quer dizer o sistema tributário não pode influenciar não deveria influenciar as decisões de como eu vou alocar os meus recursos não aí não É só locacional não tá certo é de outras é de várias outras formas
pode acabar reduzindo aquele chamado custo Brasil não pode não vai não é pode isso aí não tem pode isso aí isso é uma certeza tá certo mas poucas poucas coisas a gente pode afirmar Com certeza mas mais uma vez duas palavras chave nessa reforma neutralidade Tá certo você caminhou para para um sistema muito mais neutro e um sistema muito mais neutro é um sistema muito mais capaz de turbinar crescimento econômico do país como um todo tá certo e Simplicidade mais uma vez esses dois fatores são Chaves e nesse nessa questão da da da da Guerra
fiscal nós essa coisa de neutralidade é chave bom a gente tem agora uma pergunta em vídeo que eu quero pedir pra gente colocar no telão Ah vamos ouvir o que o Isaac do Rio de Janeiro ele não não disse sobrenome dele mas é o Isaac do Rio de Janeiro vamos ouvi-lo meu nome é Isaac sou do Rio de Janeiro eu gostaria de saber por uma tributação num país que é tão pesado essa reforma agora tributária não tem um projeto para caixar exatamente as grandes riquezas né desse país tem tem mais paga imposto nesse país são
os pobres Por que não fazer as taxação dos Ricos Também vamos começar pelo César Quer comentar César veja o objetivo da desta reforma não foi a introduzir um imposto sobre grandes fortunas Tá certo não foi esse o objetivo na verdade você tem uma Emenda não é isso que é de uma outra proposta que tá que tá acho que no Senado e vai que tá aqui que será discutido acho que el o Adriano pode falar um pouco melhor que vai ser discutido Mas a questão acho que fundamental dessa reforma nós estamos a gente tem que discutir
nessa questão de distribuição de renda que é uma questão fundamental é o que que é mais importante pra gente a gente quer é reduzir pobreza ou melhorar distribuição de renda são dois objetivos que não Obrigatoriamente camin no mesmo sentido Tá certo eh quando eu tô falando de neutralidade simplicidade eu tô atacando eh pobreza a partir de crescimento econômico a partir de nível de emprego a partir de investimento a partir de produtividade Tá certo e e e e obviamente também teve uma outra parte da reforma que foi distributiva quer dizer essa a realocação de de indústria
e serviços de fato tem uma característica distributiva eh e que por isso quer dizer você tem impactos diferentes inclus inus por classes de renda as classes de renda é mais baixa vão ter um aumento eh de de de de de de renda um pouco maior mas não é substancialmente maior vai ter um impo de renda aí eu não tô falando poder de compra se falar poder de compra é é maior também tá certo você é um pouco maior também eh se eu falar em relação a isso então no final das contas eu acho que ah
a gente tem que pensar em relação à pobreza eh tributação dos ricos tributação de grandes fortunas tem que ser muito cuidadoso Porque nós não queremos quer dizer que o capital saia do país quer dizer Esse fenômeno ficou conhecido lá do do guerard deard né Car era que ele queria sair da França porque tavam tributando a fortuna do dep do guerard depad os hotshield Quando miterran entrou ah entrou no governo dele tributar os hotshield saíram da França e aí você tem Impacto sobre você vai ter menos financiamento pros Empreendimentos produtivos você vai ter menos emprego ninguém
quer isso tá certo e existe obviamente uma uma iniciativa do governo brasileiro Eh agora no G20 de propor imposto sobre grandes fortunas Mundial Tá certo para você evitar que quer dizer que saia de um pro outro eh Teoricamente Teoricamente isso poderia evitar esse tipo de eh Se se todo mundo comprar eu acho que os países do G20 gostaram Mas e a gente tem que ver se realmente é algo que vai dar certo ou é uma coisa apenas teórica certo Quer complementar evand é eu acho que também o Adriano mas só para complementar deixar claro que
assim eh a reforma tributária é uma ela é proposta pelo governo atual né E ela é dividida em etapas né então nós trabalhamos agora com a reforma do consumo pelo que sabemos e pelo que a gente escuta né na imprensa e também aqui no Parlamento virá no ano que vem também a tributação da renda questão de questão de dividendos e tudo né O César é o nosso economista que entende os impactos em relação a isso nós da Consultoria que estamos abertos a tratamos com todas as as as as Vertentes né então quando vier também no
ano que vem a tributação da renda estaremos lá trabalhando mas no momento respondendo a Isaac não é que não seja mais ou menos importante a a reforma do consumo era uma reforma fundamental porque nós tínhamos o primeiro o pior sistema tributário do consumo do mundo a questão da renda é uma outra questão que o Parlamento também será que discutirá oportunamente segundo escutamos no ano que vem quer quer complementar eu gostaria só de pegar um gancho no que o César e o evand falaram nós temos em qualquer país do mundo três grandes Pilares que envolvem a
tributação um deles é a renda o outro é o consumo e o outro é o patrimônio o primeiro projeto de lei complementar que foi aprovado aqui na Câmara dos Deputados regulamentando a emenda constitucional 132 o projeto de lei complementar 68 de 2024 ele buscou regulamentar a tributação do consumo no que se refere ao imposto sobre bens e serviços e a contribuição sobre bens e serviços vem um segundo projeto de lei complementar e ele está prevendo a instituição de normas gerais em em termos de imposto sobre transmissão por morte ou doação que é um imposto Estadual
eh o texto que está na Câmara dos Deputados eh para ser aprovado ele está prevendo ali que eh grandes patrimônios definidos nos termos de legislação Estadual poderão ser tributados à alíquota máxima desse imposto tá existe já essa previsão e esse ponto não foi destacado então caso a matéria siga pro Senado esse ponto já está aprovado eh aqui pela câmara e existe também uma outra emenda que está eh que foi destacada e está pendente de votação que busca exatamente a instituição do Imposto sobre grandes fortunas já que esse outro projeto procurou tratar um pouco da da
questão da tributação do patrimônio né mas como o César colocou muito bem a a questão da tributação das grandes fortunas ela é bastante delicada porque ela pode envolver fuga de recursos do Brasil né então Eh Talvez o Grande óbice até hoje paraa tributação das grandes fortunas no país tenha sido exatamente essa experiência negativa que se vislumbra em outros países Uhum eu queria só quer dizer fazer Eco Ah e concordar com Isaac eh nós temos uma uma concentração nos impostos indiretos muito grande o imposto indireto ele de fato quer dizer que imposto que vem nos bens
nos bens e serviços Tá certo ele é um imposto mais perverso do ponto de vista distributivo porque você vai pagar Independente da sua capacidade de pagamento Independente da sua renda tá então aqui tem uma estatística que é muito ah que é muito pouco confortável Muito desconfortável pro país eh que quando você pega as menores faixas de renda é 211,2 tem a ver com impostos indiretos para as menores faixa de Renda quando você vai pras maiores faixas de renda o tributo indireto tá em 7,8 Tá certo dá para falar que proporcionalmente o pobre tá pagando mais
muito mais Então na verdade é uma questão de distribuição de tributos indiretos com outros tributos essa reforma o objetivo na verdade era manter mais manter equilibrado quer dizer a ser neutra também do ponto de vista de arrecadação eu não vou nem aumentar e nem diminuir tem esses isso que a gente falou da questão de serviços barra industriais que dá uma redistribuição tá certo mas esse problema que é um problema estrutural quer dizer da gente contar demais com com com com ah com tributos indiretos na verdade quando a gente vai comparar por exemplo a gente pega
a nossa tributo a nossa Carga Tributária Total com países da ocde mais ou menos é 33 34 32 fica é tudo muito parecido a gente não tá destoando tanto obviamente que oide para um país e em desenvolvimento poderia ser um pouquinho Menor Mas tudo bem mas não tá destoando quando a gente vai para tributos indiretos Tá certo a o percentual do Brasil vai para 15 pon alguma coisa percentual enquanto que dos países da ocde é 11.8 então você tem uma diferença de quatro pontos percentuais que faz que é uma uma diferença que indica a regressividade
Tá certo da nossa estrutura muito focada impostos indiretos mas mais uma vez isso não foi o objetivo dessa reforma Se bem que tem um dispositivo tem um mecanismo né que talvez seja acionado ou não que dependendo do dependendo do grau de de de arrecadação você pode na verdade transitar entre renda e e impostos indiretos que eu acho que o evand evand me falou foi você na verdade que me falou isso acho que você poderia e desse mecanismo que tá na reforma enfim é uma previsão genérica né sempre lembrando só reforçando até pra gente poder a
né ver ver vários pontos ainda que falam da reforma a questão da tributação da renda será tratada oportunamente no ano no ano que vem existe um dispositivo um princípio Lógico que permite que no futuro se incentiva que você faça uma deslocamento de cargas né mas não tá sendo tratado no momento pegando um um gancho do César eu acho que ele tentou lembrar daquela famosa inversão da pirâmide tributária né Parece que proporcionalmente os ricos no Brasil pagam menos imposto do que o pobre né e parece que a reforma não enfrentou tão amplamente essa questão Ah dessa
inversão mas tem um mecanismo que eu acho acho que é muito importante da gente falar que é o cashback que ele vai ah devolver ali alguma coisa Ah em cobrados na forma de imposto vai retornar isso pro cidadão especialmente o o mais pobre Adriano explica pra gente como como é tá esse mecanismo nessa lei que tá sendo analisada Ok eh lembrando o nosso saudoso Ariano Suaçuna né que dizia que não trocava o axente dele pelo Ok de ninguém Ah eu até não gostaria de falar pro público em geral cashback pode ficar uma coisa confusa né
vamos dizer que ali é realmente uma devolução do imposto sobre bens e serviços e da contribuição sobre bens e serviços né Aham eh essa devolução vai ocorrer para as famílias de baixa renda famílias de baixa renda Tá previsto na lei no projeto de lei complementar são aquelas que ganham até meio salário mínimo eh per capita eh essas pessoas por exemplo no caso da aquisição de botijão de gás que é algo que impacta muito as famílias de baixa renda principalmente esse público eles vão receber 100% de volta do imposto que foi pago né Essa é uma
medida mais inteligente por exemplo do que medidas eh que buscam desonerar ali o preço do do combustível exemplo que nós tivemos em experiências recentes aqui no Brasil por quê quando eu desonera o preço do combustível eu tô desonerando pro transportador que que leva ali no caminhão eu tô desonerando pra pessoa rica que tá andando com o poste dele lá em São Paulo quer dizer eh eu desonerou para todo o público sem distinção e nesse caso eu estou exatamente aquelas pessoas que mais precisam dizendo Olha se você pagou aqui R 30 de imposto por exemplo você
vai receber esses 30 de volta outra coisa que impacta bastante para essas famílias são a conta de energia elétrica né uma coisa que no geral as pessoas não podem abrir mão água água e e esgoto gás encanado enfim algumas cidades também tem isso nesse caso essa devolução vai ser de 50% dos dos tributos e outros produtos eh conforme regulamentação vai ter vão ter uma devolução de 20% do imposto que foi pago e isso vai atenuar um pouco aquele custo que o César mencionou que as famílias de baixa renda T ali eh grande parte do do
da da sua economia eh sendo direcionada pro pagamento de tributos os entes federativos a união estados municípios eles vão poder prever em legislação específica local que esses esses percentuais sejam maiores inclusive do que esses a essão obviamente ali do do botijão de gás que já tá no máximo possível né Uhum eh Então vai haver essa previsão eu queria até aproveitar para para pegar um gancho eh numa pergunta que foi feita anteriormente sobre os custos da da reforma tributária Ah que você disse eu tenho um investimento que está num local que de repente é um local
que não é o ideal né então pelo fato de nós aproximarmos esse investimento do local ideal em que ele seria produzido a gente vai ter uma redução de custo também isso também vai favorecer as famílias de baixa renda eh eu posso ter um problema qual é o problema que não foi mencionado ainda a população que está nesse local em que esse investimento é produzido vai haver empresas que vão sair dali e provavelmente vão migrar para outro lugar então nesse caso há previsão de um fundo de desenvolvimento Regional a ideia desse fundo é exatamente tentar levar
recursos públicos investimentos públicos para esses locais em que talvez a produção de determinada as mercadorias ou a prestação de determinado serviço não seja a ideal né certo vamos entrar numa parte agora que eu acho que é queridinha da população aí despertou paixões e muita discussão que é o o tal do Imposto seletivo a gente tem um vídeo da do Paulo de Brasília Vamos ouvir a a a pergunta dele a respeito disso me chamo Paulo tenho 26 anos sou de BR e eu tenho uma dúvida em relação a a esse processo da reforma tributária imposto seletivo
eh Existe alguma experiência internacional de outros países e no sentido de responde de fato o aumento de tributos aumento de imposto no caso imposto seletivo sobre bebidas alcoólicas bebidas destiladas fermentadas enfim É de fato eficiente para o consumo para des lá até porque a ideia do seletivo é desestimular o consumo de produtos enfim que fazem mal à saúde ao meio ambiente então a minha dúvida é essa se na experiência internacional há exemplos de que há exemplos que mostram que isso de fato é eficiente ou não já que você implica necessariamente no aumento da Carga Tributária
E então fica essa a minha dúvida fazer um negócio vou te apertar um pouco agora porque eu sei que calcular atributos com base na nova regra ainda não não tá na n muito claro ainda não tem como ser preciso 100% preciso ainda em tudo né mas complementando a pergunta dele uma coisa que eu ouvi demais na rua a cerveja vai aumentar quer dizer e aumentando o custo da cerveja o consumo cai a experiência internacional mostrando isso eh obrigado pela pergunta do Paulo uma pergunta muito importante porque nós temos na reforma tributária como o Adriano já
falou duas partes né a parte do Imposto de consumo que é o ibs o imposto seletivo o imposto seletivo a gente deseja justamente o contrário do outro né o a gente deseja o objetivo da criação do Imposto seletivo é aumentar o custo de alguns produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente e como o Paulo muito bem falou ele parte do pressuposto que aumentando o preço as pessoas consumirão menos e E se atingirá o aquele objetivo de de de se consumir menos bom é um esse é é um modelo de tributação que existe no
mundo todo né são os os exis texos tem muitos estudos em relação a isso mas estudos econômicos Você sabe né eh não é não é uma matemática precisa existem estudos que dizem que realmente há uma diminuição um exemplo da questão de tributação de bebidas açucaradas né uma polêmica é bastante grande no México ela foi introduzido e com bastante com estudos econômicos e alguns dizem olha aumentou o o o o o o a tributação mas não diminuiu o consumo bom eh é independente disso foi uma opção do legislador a gente trazer esse modelo de tributação essa
tributação não é o objetivo dela não é arrecadatória né não é um tributo fiscal como se chama na teoria é um tributo extrafiscal com outros objetivos agora a grande vantagem dele que a gente vai introduzir agora a partir de preço desses pressupostos e vai haver uma acompanhamento par e passo da eficiência desse sistema esse esses tributos só tem sentido em continuar se eles atingirem seus objetivos a alícota dele qual é não está definida na reforma na reforma nessa se definiu apenas Quais são os tributos que vão ser eh honer aros com imposto seletivo a lía
será definida por eh por por lei ordinária até 2027 quando se pretende começar a tributação agora em relação à cerveja também não vou fugir eh da pergunta não ou do das coisas que já são oneradas você tem que entender que já existe uma seletividade nos tributos atuais hoje o cigarro e as bebidas alcoólicas já são mais tributados por tributos que também T essa a função seletiva Hoje em dia a diferença é que também você tributa a mais produtos produtos considerados suntuosos ou menos importantes hoje não vai ser só produtos considerados eh eh prejudiciais à saúde
ou ao meio ambiente agora hoje a cerveja e o cigarro por exemplo já são bastante tributários o que a gente imagina que venha a regulamentação a gente não pode dizer que a gente não é do Poder Executivo verá no ano que vem e também a gente não sabe o que vier de lá como é que será eh recebido aqui no Parlamento A ideia é que se tenha uma tributação que já é elevada né que não haja um aumento do do tributo mas isso a gente vai ver eh no ano que vem né Porque repito cigarro
bebidas alcoólicas já são bastante tributadas hoje em dia no modelo atual vamos ver no telão O que que tem eh ao contrário disso O que que tem benefício ah na arte número cinco O que que tem de regimes diferenciados eh que vai acabar tendo redução de alíquota eh ah profissões regulamentadas fiscalizadas por conselhos redução de 30% ah redução das alíquotas de 60% para serviço de educação saúde dispositivos médicos dispositivos de acessibilidade Então quer dizer você tem uma série de de posições ali que foram escolhidas Ele usou a palavra meritório né e serviços considerados essenciais talvez
que receberam ali algum tipo de de benefício né Eh tem até redução de alíquotas a zero dispositivos médicos dispositivos de acessibilidade alguns tipos de medicamento Então você tem ali uma uma série de produtos ainda que ã vão receber e digamos assim um incentivo tributário né agora eu queria falar com César César impactos da modernização Que tipo de modernização que você acha que vem que pode vir com essa reforma e que tipo de benefício que se traz pro cidadão Olha a gente não pode mais uma vez nós não podemos eh desprezar os efeitos eu acho que
os principais efeitos que nós não podemos desprezar é o crescimento econômico Tá certo eh e isso a a a a a reforma ela impacta diretamente por vários dos efeitos que foram aqui colocados mais uma vez neutralidade e simplicidade eh São dois elementos eh tão importantes que eles que o efeito que eles têm sobre o crescimento econômico sobre que vai vir muito via investimento Tá certo incremento de investimento e principalmente produtividade total dos fatores todo toda a teoria Econômica hoje de crescimento econômico assim por que que nós crescemos por que que se cresce né tem a
ver com produtividade ser mais produtivo produzir mais com menos tá certo da melhor forma possível e a questão é que como a a a carga tribut a o sistema tributário não é neutro Tá certo você tem um impacto direto eh na produtividade da economia por vários custos que você adiciona distorções que você adiciona que fazem com que o nosso o que eles chamam de quer dizer é é é um nome que pode parecer complicado PIB potencial é o é o é o o o a o a produção de riquezas produção de bens e serviços na
economia que você pode fazer sem ter inflação por isso que o banco central eh tem que às vezes aumentar muito mais os juros porque o nosso PIB potencial é baixo que a gente pode crescer potencialmente é baixo Ah o Braulio Borges da da do do ibri na Fundação de Túlio vagas tem o estudo que é mais que é um dos mais badalados é obviamente que há muitas críticas vários economistas fizeram várias críticas metodológicas são pertinentes eh mas mas enfim todos esses esses Eh esses estudos econômicos econométricos tem são eh naturalmente várias críticas mas assim a
a as nativas que você tem de crescimento é tanto veja essas essa reforma tributária é uma reforma tributária focada no longo prazo pros nossos filhos muito mais do que para nós nossos filhos PR os nossos netos então assim você tem eh o crescimento e nos nas próxima década não vai ser tão significativo assim porque nós temos a transição a transição nós vamos conviver com dois regimes Tá certo eh e e isso na verdade mais uma vez foi evand que me explicou muito bem disse assim olha no a gente em certa medida a gente tem que
ir testando para ver se as coisas dão certo isso é não é diferente da economia é diferen da vida tá certo muita coisa de testa tá certo primeiro para saber se funciona ou não funciona na vida real então por isso que você precisou de uma transição de 7 anos eh no caso quer dizer desses tributos em que nesse período de convivência a gente vai aprender a lidar com os novos tributos mas no longo prazo nós vamos poder chegar eh quer dizer na nas estimativas que que foram dadas você pode chegar a um aumento do um
do crescimento econômico de quase de 1/4 a mais ou seja você pode só por causa desse reforma quer dizer um efeito isolado dessa reforma Tá certo sem contar obviamente outros outros fatores que quer dizer as micr reformas micr fundamentos mas só nessa reforma nós podemos ter quer dizer agregado quer dizer nossos filhos e netos poderão ter contar com 1/4 a mais de produção de de riqueza de de de de bens e serviços no país isso de fato eh gera um aumento uma melhoria do padrão de vida o PIB quer dizer a a renda per capita
quer dizer o número de bens e serviços que estão à disposição de cada um de nós aumenta bastante e isso vai se refletir eh Basic realmente no padrão de vida de cada indivíduo só te interromper um segundo César a gente tem inclusive uma arte mostrando um impacto muito positivo eh dessa dessa Reforma em relação ao PIB você quer comentar É de fato quer dizer veja você tem ess esse efeito quer dizer que é meio de Médio prazo de 15 anos 20% tá certo Então veja ele começa a acontecer mesmo muito fortemente depois da transição na
transição Vai ter efeito positivo vai mas ele é mais Modesto que mais uma vez nós vamos estar aprendendo Tá certo quando você tá aprendendo Quando Você dirige moto quer dizer você vai você já vai sair pra estrada não vai fazer isso isso não é assim na vida não é assim em qualquer política econômica então ele foi foi muito Prudente Tá certo a reforma tributária em fazer essa as transições em geral inclusive para redistribuição de recursos entre estados e municípios quer dizer isso é politicamente mas é mas é pragmaticamente também tá certo você não quer você
não quer ter uma disrupção no País tá certo e essas essas essas períodos de transição foram importantes por isso agora um prazo mais longo 24% obviamente que você pode ser um pouco menos mas mesmo que seja vamos lá 15% Tá certo já é quer dizer se você no longo prazo contar com 15% a mais de só por causa desta reforma eu diria que é a reforma mais fundamental que a gente fez aí na última década e muito disso tem a ver mais uma vez o que que faz o país crescer no longo prazo o que
importa o krugman que foi laureado do Nobel ele dizia assim olha produtividade não é tudo mas é quase tudo tá certo então aqui quer dizer a a produtividade ou o incremento da produtividade quer dizer que muito tem a ver com esse deslocamento de recursos assim de burocracia de distorção na na nas decisões do do do empresário muito você vai poder botar no seu próprio negócio a sua energia vai pro próprio negócio isso aumenta a produtividade em 16% quer dizer você tem um um incremento da produtividade é estimado e eu eu acho que pode pode estar
subestimado a gente pode num daqui 20 anos 30 anos se se ainda estivermos fazer uma uma uma uma projeção e o aumento dos investimentos e ativos quer dizer nos próximos 15 anos 12% e no longo prazo 15% isso também é uma enormidade o que nós o que se investe no país é muito pouco a formação bruta de Capital fixo e no final das contas isso e infraestrutura isso é fundamental pro crescimento é fundamental pro cidadão tá certo a gente tá a gente tem ameaça de vários estrangulamentos na infraestrutura eh que são quer dizer que tem
muito a ver com a questão tributária das distorções na área tributária então quer dizer só Essa parte quer dizer ela não é sozinha não é só essa reforma mas ela ela veja ela é um componente essencial E mais uma vez ela vai ela vai ter efeito eh diretamente na vida do do cidadão E mais uma vez dois princípios neutralidade e simplicidade são dois princípios foram privilegiados e eu acho que acertadamente nessa reforma evante chegou uma pergunta pra gente eh pelo WhatsApp bem na linha do que o César tava falando na questão da transição quereria ver
queria ver se você podia comentar a Ana Patrícia de Brasília Quais os principais desafios na transição para o novo sistema proposto pela reforma tá querendo saber da transição né que tem de dificuldade nisso é o o César já adiantou boa parte dessa dessa resposta né hoje nós temos oente fizer um paralelo que hoje com uma pessoa com uma doença que não seja incapacitante mas de uma doença grave que eu faço paralelo com nosso sistema tributário você não toma um remédio e fica bom no dia seguinte você vai convivendo com aquilo vai tomando o remédio e
vai melhorando paulatinamente por isso que foi necessário fazer uma transição longa né vai começar em 2026 com uma alíquota de 1% apenas para você começar a ver como o sistema funciona em 2027 você substitui os tributos federais né também eh E cria a CBS e apenas em 2029 você começa com a mudança do ICMS e do ISS Por que que demora tanto eh do ICMS ISS porque hoje nós temos como também já foi falado aqui vários benefícios fiscais concedidos para atração de empresa nesses tributos e você não pode simplesmente acabar Então você precisa Pouco a
Pouco eh eh eh anulá-lo né como o Adriano já falou também existe uma previsão de um fundo eh da União financeiro para poder compensar as empresas por conta disso então essa transição é um momento para você se adaptar ao novo ao ao novo modelo e e muito importante também de calibrar a alíquota né Essa alíquota de 26,5 por vai lá a gente vai fazer cálculos e todos os anos é possível ir ajustando de modo a não aumentar a carga tributária Global nem diminuir também então você pode aumentar e diminuir por isso que é importante Ana
Patrícia essa questão da transição é o ideal não é como o César bem falou nós conviveremos com dois sistemas tributários por esse período mas veja bem o novo sistema também como já foi falado aqui ele é baseado na simplificação a simplicidade Então o que basicamente a obrigação acessória que a empresa vai ter é emitir a nota fiscal ela emitida a nota fiscal dali automática também mente também existe a previsão de declarações pré-preenchida simples o outro sistema que esse aumento de complexidade do dos dois modelos também não vai ser tão grave é o que se espera
mas foi o preço necessário a se pagar para se sair de uma situação muito ruim para uma que se espera bem melhor evand nosso programa já tá caminhando pro final eh eu queria um comentário seu sobre o Simples Nacional porque a gente sabe que é um um impacto muito grande na vida dos empresários tem muito empresário brasileiro eh tocando o barco dentro desse formato o que que muda resumidamente se você tá no Simples Nacional não vai mudar nada da sua alíquota hoje o simp Nacional a gente sabe que na verdade é um sistema unificado de
pagamentos onde você paga todos os tributos o que vai acontecer aquela parte do pagamento referente a PIS cofins IPI ICMS is SS vai ser substituído pela mesmo valor não vai ter nenhuma mudança o que muda no Simples Nacional que é importante falar PR As empresas dos simples nacionais que estão no meio da cadeia elas vão poder optar que é um problema hoje do sistema atual para ficar nesse sistema de pagar o ibs e a CBS no sistema de débitos e créditos que permite com que você aproveite tudo que você comprou os os impostos pagos E
você também passe pra frente pra cadeia isso é muito importante Isso é uma limitação pras empresas dos simples atuais então elas vão poder optar por esse sistema alternativo e aquelas que estão no final da cadeia se você é um cabeleireiro se você é uma empresa do varejo vai ser exatamente a mesma coisa Adriano sua última Participação pra gente puxar a sardinha pra gente Papel da Câmara dos Deputados nessa reforma tributária a gente sabe que tem outros atores presidência Poder Executivo enfim mas o papel da Câmara dos Deputados nessa reforma tributária é eu quero primeiro lembrar
um fato histórico né a os parlamentos começaram a controlar a previsão de instituição de impostos isso lá em 1215 com a Carta Magna no Reino Unido é exatamente para evitar abusos então assim é da própria natureza do Poder Legislativo Cuidar dessa parte dos impostos eh acho que a pergunta é um pouco difícil no seguinte sentido nós estamos aqui na TV Câmara e Somos aqui servidores da Câmara dos Deputados também então se nós simplesmente dissermos que foi positiva a participação da Câmara dos Deputados poderia dar impressão para as pessoas de que eh nós não estamos sendo
isentos em função dessa eh peculiaridade né mas eu queria dizer que o papel foi muito importante com uma ilustração se nós pegarmos as sugestões que chegaram de aprimoramento do texto ao longo do tempo da tramitação do projeto de lei complementar número 68 e pegarmos as emendas que foram apresentadas em plenário nós estamos falando aí de aproximadamente 2.000 contribuições em que se debruçaram horas e horas e horas para se chegar no texto que foi encaminhado ao Senado Federal né então acho que esse número diz tudo é realmente um trabalho árduo e e os Consultores que participaram
desse processo estão de parabéns também os parlamentares eu acho que somente um partido né que não participou da aprovação não votou favorável à aprovação todos os demais favoráveis e agora vamos aguardar a tramitação no Senado para que a gente possa entrar definitivamente aí nesse processo dessa dessa reforma tributária Quero Agradecer demais a vocês pela participação o evand o Adriano e o César três craques aí do ah da economia da da da questão dos tributos Muito obrigado de verdade por terem participado obrigado e se você quiser assistir ou rever este programa basta acessar o Portal da
câmara na internet ou canal da câmara no YouTube na semana que vem o nosso tema vai ser regras atuais para posse e porte de armas Muito obrigado pela sua companhia e até a [Música] próxima h [Música] [Música] he [Música]