bem-vindos estamos num café do gol só que a capacidade máxima desta sala de 80 pessoas em caso de emergência vamos todos os setores tanto locais de fácil acesso a qualquer sinal do desejo de todos é importante mas foi perdendo então a passagem das pessoas ele tem duas saídas de emergência na sala muito obrigado você pode ser ridículo essa força essa energia espalhada por todos os lugares ela gerada pelo movimento de corpos e mentes surge sempre que alguém lê e escreve joga corres o risco emocionou e desde 2003 nós a usamos para mudar as pessoas a
mudar uma idéia por vias com cinema música arte debates esporte e programas que incentivam o protagonismo social com ela criamos experiências que conecta me transforma realidades assim essa energia forma uma rede uma rede múltipla que estimula a reflexão e renova a esperança nós chamamos sim o do conhecimento com ela vencemos a escuridão instituto cpfl 15 anos compartilhando conhecimento à noite os presentes e os internautas sejam todos bem vindos a gravação do programa café filosófico cpfl hoje damos continuidade o módulo do mês de março e abril grandes intérpretes para questões do século 21 com a curadoria
do historiador josé alves de freitas neto que está presente entre nós junto de seus convidados especiais estamos debatendo sobre pensadores como floyd lacan a na área focou baumann bordini a butler entre outros nomes importantes que pensam questões que permeiam nossas vidas ao longo dos tempos no programa de hoje teremos a historiadora margareth rago com o tema michel ficou a filosofia como modo de vida margareth rago é historiador e filósofo formei formada pela usp professora titular colaborador do instituto de filosofia e ciências humanas da unicamp e professora visitantes pela comissão fulbright no connecticut college nos estados
unidos e na universidade de colômbia de nova york algumas de suas obras são do cabaré ao lar autopia da cidade disciplinar e os prazeres da noite prostituição e códigos da sexualidade feminina em são paulo de 1890 a 1930 entre outros é específico sobre focou ela escreve escreveu o anarquismo ea história organizou com colegas imagens de focou e beleza ressonâncias nishan nas figuras de focou evocou para uma vida não fascista e ainda michel coli as insurreições é inútil revoltar-se ponto de pergunta bom após o encontro a convidada a responder às questões do público e sugerimos que
vocês escrevam essas perguntas estão material nas suas mesas e depois serão entregas depois da palestra na hora da do debate é pedindo favor que desligam seus telefones celulares por favor durante o evento e lembramos que estamos em gravação e por isso nossos câmeras e produção poderão circular pelo espaço durante o evento tá tá tá é aí que começou após falar vamos esperar um pouco nós estamos com um problema na imagem daqui a pouco vamos dar início a um segundo bom pedimos por favor para aguardarem mais alguns segundos mas se usar o auditório em baixo já
está lotado não estamos com algum problema nessa imagem na imagem de retransmissão para o auditório pedimos a paciência de vocês para mais alguns segundos a vítima desta feita né encontrar ae retomamos então a gravação do programa então com vocês a nossa palestrante da noite margareth rago vamos receber com aplausos de boas-vindas é boa noite a todos e todos eu agradeço a presença de vocês a paciência boa vontade e agradeça membros ou josé off pelo convite ea oportunidade de poder falar de si que eu acho um dos maiores filósofos contemporâneos e que pelo qual eu tenho
uma paixão muito grande é um casamento que nunca acabou e que pelo visto vai agora até o final porque por causa da atualidade do futebol que é a questão pela qual quero começar a questão é que é a qualidade dele é algo muito impressionante e que eu acho que a gente vai compreendendo a medida que o tempo passa mesmo por que muitas de suas obras que foram feitas na década de 70 foi com morreu em 1984 nasceu em 1926 não é mas muitas das suas obras que foram feitas então até morrer até 1984 só foram
publicados na década de 90 21 em 2000 em 2004 entendeu então é a gente a gente foi lendo ficou e compreendendo este pensamento retroativamente e não num momento em que ele estava vivendo exatamente né já aconteceu isso também mas eu acho que retroativamente para quem acompanhou a apple por várias décadas é porque as publicações não aconteciam só vocês terem uma idéia o último livro do focou que é o volume 4 da história da sexualidade stacy foi publicado em março ou seja um mês passado em paris as condições da carne mesa ver de lá chefe não
foi ainda traduzido em português a edição que compreenda não chegou ainda não chegou mas o livro foi publicado agora em março quer um livro que foi escrito lá atrás então e que certamente altera muito a leitura que a gente tem do futebol né então e ofuscou é um autor ele é um filósofo mas ele é também um historiador porque ele fez histórias história da loucura história da prisão história da sexualidade em quatro volumes né indo de hoje até os gregos quer dizer passou pela história não é então eu pelo mundo ocidental né então ele tem
uma ele é também um historiador ele é um filósofo é um historiador e ele renovou profundamente essas áreas ea maneira também de a gente pensar é a relação à transversalidade digamos assim do conhecimento é e eu fiz a usp no final dos anos 60 é a história e não em meados de 70 filosofia não é é obviamente que quando eu estudei história historiador falava estudava história né hoje a gente fala de história e vamos chamar um psicanalista porque como assim um historiador que não conversa com o psicanalista não tá entendendo nada não é fundamental de
psicanálise para a história como fundamental a arquitetura com a fundamental geografia como é que essa transversalidade das ciências hoje é uma coisa mais ou menos óbvia mas não era décadas atrás quando focou fez isso né então obviamente ele é de uma qualidade incrível eu acho por tudo isso não é por todas essas essas maneiras ultra modernas né hoje a gente chamaria assim de outras modernas de trabalhar o conhecimento é de renovar o conhecimento é em várias áreas e na filosofia é porque fundamentalmente é vamos à filosofia eu acho que assim a duas grandes matrizes é
do pensamento e da prática filosófica do pensamento filosófico há uma idéia de que a filosofia é ela é um trabalho ela busca a verdade analítica da verdade e é esse o trabalho do conhecimento e assim que a gente aprende na universidade mas provocou a filosofia não é isso ela é muito mais que isso é um modo de vida é um conhecimento que que é prático que tem que ser praticado e que ele se pauta pela experiência pelas práticas e visa a transformação visa ele ele essa frase dele sacudir as evidências sacudi aquilo que é familiar
aquilo que é é que você está acostumado a ver que nem percebe que que é o óbvio ululante pra você mas que tem que ser problematizado então eu acho lindo quando ficou diz que a função da filosofia é tornar visível o que é visível sendo que a gente vem de uma formação é importante também não estou negando é mas acho que a mudança no tempo não é que dizia que que é que que a gente tinha que desviar lar o real de zelar a verdade chegar para chegar à verdade e da ultrapassada eo a ideologia
que seria uma leitura em uma interpretação enganosa enfim r particularizada é pra chegar à av a essência das coisas na verdade né naquela época ele disse não é a função da filosofia tornar visível que estava visível é diz familiarizar aquilo que é tão óbvio tão básico pra nós que você nunca pergunta como isso tem uma história e foi o que aconteceu com a obra dele porque quando ele fez a história da loucura academia francesa rejeitou como assim loucura loucura não tem história como por uma vez a natureza do seu novo ponto não é ele falou
não não loucura tem história assim como a prisão a história da forma de punir a prisão não houve sempre ela nasceu em um determinado momento não é então é quase uma série de imaginar é um filósofo dizem os historiadores que é importante fazer história da prisão história da loucura história da sexualidade não era o historiador dizendo que os historiadores como ampliar o campo da história era um filósofo e um filósofo também praticando a filosofia de outra maneira é na contra mão de muito dos filósofos e vamos dizer de muitos pilotos respeitados agora eu penso que
há a principal atualidade do futebol eu diria é que ele é a sua filosofia é pode ser lida e assim que o que eu penso não é ela pode ser lida como uma introdução a uma vida não fascista eu acho que hoje é o melhor dia fala desse tema se a filosofia pode ter uma função terapêutica se ela pode fazer bem pra alma falar de uma vida não fascista que é possível é que não é nosso destino fascismo que a gente não né não é uma necessidade inscrita na ordem natural das coisas é pra mim
eu acho que assim é é um grande alívio é uma grande lição e é uma grande fonte de esperança então eu penso que é uma filosofia que a igreja não é que renova o pensamento que abre possibilidades que traz outros modos que que procura outros modos de existir é olhando para os nossos modos de existir olhando para as nossas práticas perguntando como nós chegamos a ser o que somos não é se o homem não é uma natureza humana se você não pode falar qq na grécia as pessoas choravam pelos mesmos motivos o que as pessoas
entendiam as práticas sexuais da mesma maneira que nós o que as pessoas pensavam na onu na formação do indivíduo do mesmo modo que nós e hoje nós sabemos que não então se não existe essa natureza ao longo da história é preciso trabalhar com essa historicidade então eu penso que a atualidade do futebol ou é está nessas nessas várias dimensões e também eu gostaria de trazer a idéia de que ele ficou em muito engraçado e se ele ficou conhecido como filósofo da descontinuidade e de fato focou fez uma crítica a leituras que trazia uma continuidade histórica
né então vou fazer a história da prostituição da ao longo da humanidade eu vou fazer história da homossexualidade ao longo da humanidade ele vai falar boa não sei se o amor entre dois homens na grécia antiga que eu não sei não sei o amor entre dois homens na grécia antiga não era homossexualidade a homossexualidade é um conceito médico do século 19 datado e que tem determinada função e tem determinado impacto e tem efeitos de poder então é essa essa desnaturalização é eu acho que é óbvio trouxe um pensamento que é que há estou por muitas
rupturas um pensamento da descontinuidade tipo nós não somos os gregos né é não há uma linha reta de nós é a eles era porém é ao mesmo tempo hoje né depois de todas essas publicações é é posteriores eu penso que ele é também um filósofo da de uma outra continuidade porque é de repente eu me vejo por exemplo interessada nos gregos de uma maneira que eu não estive porque eu quero saber como assim como assim a platéia não é apatia não o que é que quer para os gregos a platéia mas a palavra apatia vende
até mas não é a mesma coisa então eu estou muito eu voltar eu volto eu deixo você esperar um pouquinho porque não sou especialista em história da grécia mas é de uma certa maneira ele também fez essa essa continuidade e de repente eu estou muito preocupado e conversar com o meu colega que é professor de história antiga assim como estou interessado em conversar com um arquiteto com um psicólogo e psicanalista e como médico porque eu vejo que os nossos conhecimentos são parciais e limitados e que é importante essa troca pra gente poder entender esse mundo
tão complexo então eu penso que é assim é o futebol ou é o filósofo da liberdade é o filósofo da multiplicidade é o filósofo da diferença é ele foi conhecido como um filósofo do poder não é todo mundo sabe disso é e sem dúvida eu acho que ele fala muito do poder como um bom anarquista anarquista só fala de poder é porque quer destruir tudo então eu acho que o foco é um anarquista muito embora ele não tenha se colocar ele falou assim perguntar pra ele 'você tem entrevista você é um anarquista ele sim sim
eu sou um anarquista não só na lista e eu acho que é isso mesmo ele é um anarquista porque é o principal crítico do poder não é maior crítico do poder é quando ela está claro mas ele não é o anarquismo se você pensar num grupo militante filiado com carteirinha ou coisa desse tipo oral então ele não é um anarquista ou um discípulo direto do barulhinho do kropotkin em então talvez não seja mas mas eu acho que nessa é preocupação com o poder sem dúvida ele tem uma dimensão libertar impressionante e eu queria trazer um
trecho dele em que ele diz assim nesse é um prefácio que ele faz um livro do gênese e félix batahi o anti ético é que ele intitula de introdução à vida não faz isto e ele diz assim que o inimigo maior é o fascismo ele está falando esse livro mas ele tá falando do que ele está pensando também não é que o inimigo maior é o fascismo não somente o fascismo histórico de hitler e mussolini mas o fascismo que está em todos nós que martela nossos espíritos e nossas condutas cotidianas o fascismo que nos faz
amar o poder desejar essa coisa que nos domina e nos explora então sem dúvida é eu acho que a questão do focou é pensar também o poder mas repensar o poder porque lá porque também como ele mesmo avalia numa entrevista à sua questão é mais do que isso a sua questão é o sujeito então ele disse eu estou preocupado em fazer uma a genealogia do sujeito moderno ou seja de nós mesmos saber como nós somos é da onde que a gente vem de que nós somos herdeiros diretos dos gregos não nós somos durante evento em
geral ninguém da onde vêm essas práticas que nos constitui ora essa essa em discussão sobre o sujeito obviamente causou uma polêmica imensa na década de 70 60 70 quando ele ele acha é tá chegando é é todo mundo acho que nós chamamos todo mundo sabe que o futebol fica muito famoso com esse livro que é vigiar e punir né o nascimento da prisão que é de 1975 e por acaso ele está aqui em 1975 por que ele veio aqui ao brasil cinco vezes ele vem em 65 e depois ele veio nos anos de chumbo ele
vem em 73 e 74 em 75 e 76 em 76 ele foi só no norte então não veio pra cá é mas é de 7 e ele esteve presente na missa é é em comemoração e celebração é ao assassinato do brasileiro jogue dois dias antes ele tinha feito uma palestra num pronunciamento é político numa assembléia estudantil é na fao na faculdade de arquitetura não é e dois dias antes e dois dias depois acontece e se essa tragédia e é ele ele participa dessa missa é mas em tudo isso para dizer que nesse ano também que
a gente conhece o vigiar e punir e em princípio ele tinha ido falar no instituto de medicina social no rio de janeiro ele foi falar sobre a verdade as obras jurídicas não era exatamente da prisão e aparece a história da nigéria punir e em seguida no ano seguinte 1976 o primeiro volume da história da sexualidade é a vontade de saber o segundo vai aparecer oito anos depois 78 anos depois o uso dos prazeres e o seguinte o no ano seguinte o cuidado de si e o último agora o mês passado que as condições da carne
que ainda não foi traduzido em temas e uma produção muito grande e é nesse momento então embora ele já tivesse feito a história da loucura eo nascimento da clínica né na década de 60 as palavras e as coisas é nessa década que o futebol se torna muito conhecido é circula muito mais é convidado vai para estados unidos vai para a califórnia vai e vem aqui pro brasil não é se torna muito e essa e essas obras é muito polêmicas não é causando um grande impacto sobretudo é eu diria também muito também pelo pensamento crítico do
período pensamento crítico do período marxismo não é que é não reconhecia determinadas questões é que ele colocava por exemplo não é não só o fogo foi criticado por só falar do poder como ele também foi criticado por só não ter sujeito não é pra final de fazer história da prisão não tinha gente não tinha um sujeito ea gente como historiadores estávamos acostumados a falar da cidade das do sujeito mas as concepções eram muito diferentes eram muito diferentes então é edson foods assim que eu eo instiga o que o foi o imóvel que o o que
estimula é pensar diferentemente é poder pensar de outro modo e eu só posso interpretar uma frase dessa como um de uma liberdade impressionante porque só alguém que tem uma liberdade de pensamento muito grande é possível de trazer temas novos na contramão de seu tempo né na contramão no sentido de que todo mundo fala assim como assim a prisão tem história sexualidade tem história isso têm história e não é então é é eu admiro assim de uma certa maneira coragem é de manter seus temas de suas pesquisas e não é é meio solitariamente né ele foi
depois mas depois as coisas foram acontecendo mas naquele momento era uma voz falando sozinho e e então é essa questão do pensar diferentemente é fundamental pra ele e o tema central ele vai dizer não é o poder mas é o sujeito o que o foco está querendo dizer ele está querendo dizer é que nós somos constituídos por tecnologias políticas por técnicas de poder é e nós também nos constituímos mas é inocente pensar que você tá aqui do lado de cá e o poder está do lado de lá então quando ele chega é assim que a
gente pensava não é é o estado o crime a polícia reprime a família reprime a sexualidade o poder é repressivo e nós estamos do lado de cá e poder se abate sobre nós e nos cala nos impede de ser aí o fogo vem isso aí 1970 foi com a história da sexualidade a vontade de fazer será qual é a ideia de poder que vocês têm na cabeça que representação de poder dessa de onde vem e ele vai dizer e sei o poder fosse pior do que isso se o poder não fosse repressivo mas fosse produtivo
no sentido de produzir comportamentos produzir atitudes produzir idéias exemplo se você constrói uma cidade em que os negros moram aqui os brancos aqui os homossexuais aqui os heterossexuais aqui os ricos aqui os brancos é e sóbrios aqui e você não queria canais de comunicação fala sério e espero que não haja violência as pessoas não se conhecem se conhece por programa de televisão né o filme não é e as imagens são formadas então ea definição arquitetônica de um urbanista do da cidade ela é uma forma de controle é óbvio não é você define que tipo de
pessoas você quer que se encontra não se encontre que tipo de acontecimento você quer que possam acontecer ou não não posso acontecer então focou vai falar arquitetura é permeada por relações de poder a geografia é permeada por relações de poder existem relações de poder então é muito ingênuo achar que o poder tá lá e nos oprime aqui e nós estamos fora do poder não vão pensar de outra maneira e se o sujeito estivesse imersa em redes de relações de poder e fosse constituído nessas redes se constituísse também não tá falando que todos ouçam robôs ele
tá pegando essa dimensão do poder que era não era pensada que foi uma grande novidade neste momento ninguém pensava isso de que a questão poderia ser o contrário o sujeito ser esse efeito do poder essa frase é obviamente trouxe polêmicas e polêmicas por exemplo focou só pensa em sociedade é nazista é não têm saídas não tem espaço não é essa questão a questão é pensar é como é que o poder nos constitui como é que somos afetados pelo poder o que era uma absoluta novidade naquele período e quando você vai para a obra do focou
você vai ver que ele tem várias modalidades de poder ele ele vai chamar por ele vai pensar no poder disciplinar ele vai pensar no bem o poder ele vai pensar na briga política ele vai pensar na governamentalidade tudo isso na década de 70 um pouco antes ao mas vamos ver na década de 70 ele morre no começo de 80 ele vai estar estudando outra coisa ele vai está estudando as práticas da liberdade quer dizer então essa é uma produção muito grande é uma quantidade de de obras e entrevistas de cursos que a gente aos poucos
vai conhecendo né e então é voltando à questão do sujeito antes de falar mas é dessas obras é o vovô vai dizer oh oh oh sujeito nós é bom um adendo em francês sujeito sg se g quer dizer súdito súdito do rei então se gee francês tem a ver com sujeição em português não tem essa idéia não é mas em francês tem então é surge e quando pra gente o sujeito era ali expressão da liberdade o sujeito era o ator histórico que pensava e agia e tinha que enfrentar o poder lá aí vem o futebol
inverte isso e coloca o sujeito no meio da coisa no meio das relações dizendo essas relações são relações de poder relações de saber poder em que o indivíduo claro ele ele é se não for no totalitarismo ele tem uma margem de de liberdade para eles se constituir ele também trabalha na sua auto constituição ele escolhe não é mas é mais existe é um jogo é um jogo de forças é um jogo de relações é e nós estamos imersos nisso então foi uma outra concepção de poder que ele trouxe a de um poder como positividade obviamente
que positividade no sentido de fazer acontecer né não no sentido de de ser bom ou mau o futebol está dizendo é o poder é nos é nos define é definir quem nós somos nossos gostos de produtos nosso desejo produza até a relação que nós temos com o nosso mesmo então é vamos dizer que essas questões foram muito polêmicas e naquela época hoje eu acho que já não há todo passaram se várias décadas e muitas outras disciplinas e essências avançaram ea gente também sabe mais informais mas naquela época foi assim um estrondo não é porque alguém
que deslocava por profundamente as nossas verdades e as nossas certezas não é sacudir as evidências e então focou é um filósofo e sacode as evidências né e procura outros caminhos de pensar porque a questão dele é pensar se não poderão ser outros como nós podemos sair disso como nós podemos ter uma vida não fascista então acho que a questão ficou em liberdade é como e pra entender a liberdade para pensar em caminhos de outros modos de existência sobretudo éticos é ele ele está enfrentando no mundo como o nosso especialista em catraca em que chip em
é e em prisões em cafeína semana não é indisciplina em biopolítico envio poderem tudo isso em todas essas noções que ele trouxe é que aqui a gente desconhecia estão falando rapidamente delas o poder disciplinar quando ele veio com vigiar e punir ele falou nas disciplinas e ele falou que a modernidade que todo mundo é valorizada como a época da liberdade a revolução francesa a revolução industrial a liberdade do indivíduo também foi a época que criou as prisões a prisão nasceu no mesmo momento que sim que aconteceu a revolução francesa e nasceu com um discurso dos
juristas dizendo que a prisão era problemática porque ela produzia delinquentes ele diz não foi assim criar a pre a prisão foi escolhida como a melhor forma de punir e 50 anos depois da experiência e disse olha o fracasso da prisão não foi isso foi simultâneo os juristas que defenderam a prisão em relação a outras formas de punição disseram que ela tem conveniente ela produza linguagens bom é nesse momento então ele está trabalhando com essa idéia do poder disciplinar é de um poder que hierarquiza assm menta especializa sedentarismo eu vou dar um exemplo pra vocês uma
coisa é da minha própria pesquisa isso das vilas operárias não é construída em são paulo no início da industrialização e era muito os jorge street por exemplo um industrial famoso em são paulo que construiu a fábrica maria zélia construiu a vila maria zélia e dizia assim eu quero uma vila onde o meu operário não precise sair ela tem que ter a igreja escola armazém tudo pra ele não ter contato com as idéias subversivas e nem com a imoralidade então o discurso é muito claro quando você vai ler esse se você pegar um livro do jorge
street não tem farsi e fala claramente é nós temos que evitar que é a luta de classes e fala assim nós temos que evitar a luta de classe e nós temos que evitar que o olp e de preferência operado na minha vila seja casado porque ele tem que ter família porque senão ele vai querer a prostituição sabe lá né prostituição socialismo anarquismo é tudo a mesma coisa ela é interessante que eles falam é só cinema então essa é a questão do poder está colocada de uma maneira muito muito directo muito claro não é a quinta
realizada hoje né mas você tem que pensar que muita gente viveu isso nessa ou nós podemos dar um outro exemplo em relação à maternidade a mulher não é quer dizer até então vamos ver nessa época o feminismo não estava com essa força que só hoje não existia a historiografia feminista que existe hoje que vem da década de 80 depois né posteriormente é mostra fazendo a história da maternidade a história da mulher a história dos padrões de comportamento masculinos femininos ainda não existia nada disso ele vem dizer é que a identidade é uma imposição é do
estado para baixo de fora para dentro né que é a identidade em que a ideia que nós temos de que a identidade de está no fundo de você mesmo que você tenha uma interioridade onde você existe no fundo de você mesmo que isso é uma representação é uma idéia e que os gregos não pensam absolutamente isso e que essa idéia vem século 19 então quer dizer é muito assim é bom e para as mulheres obviamente a idéia de que a mulher nasceu para ser mãe não é até então eram era um tema inquestionável quer dizer
quem é questionar é as gerações mais velhas é casado e tinha um filho e pronto não tinha essa questão é uma questão foi uma questão partir da década de 70 não é que se começou a perguntar mas é eu tenho que casar eu tenho que ter filho e se não quiser é é solteirona mesa alterou nada onde essa palavra que hoje é mulher emancipada o do local mas sim um feminismo no meio mas antes disso eu acho que tem toda essa desnaturalização essa crítica da identidade essa crítica dessas verdades dessas noções de de explicação do
indivíduo do sujeito é que faziam parte do nosso repertório né então focou em dizer é o poder é produtivo o poder produz veja como é as mulheres são educadas a se a água quererem ser mães não sei se isso é natural esse é um desejo natural elas são educadas assim começa no entanto não sabe isso brinca boneca gosto de cor de rosa não é é aprendem que não podem rir alto em público aprendem que não podem estudar certas certas matérias porque só se exige um cérebro um pouco mais avançado nené a gente sabe muito bem
que engenharia custou as mulheres em média uma série de coisas que eu acho que é isso hoje já está bastante discutido falado ea gente sabe mas faz muito pouco tempo tudo isso faz muito pouco tempo não é verdade da década de 70 para cada mês 50 anos mas eu não sei acho que a idade eu estou achando muito pouco tempo foi o feito foi o que é então é uma é bom então fui ver a minha questão é o sujeito é fazer agir elogia do sujeito moderno então a filosofia do focou é tem como como
questão é e daí novamente a a mais um ponto para a sua atualidade diagnosticar o presente acho que a sua questão é saber que mundo é esse é um diagnóstico do presente qual é o problema quais são os problemas do que do que nós vamos falar nesse dessa nesse dia de diagnóstico do presente e para ele a questão fundamental para falar do sujeito algo que estava completamente fora né não era uma discussão é o e certamente o marxismo tinha avançado muito né quando o marxismo disse que o indivíduo produto das relações sociais de produção não
é mas é e entender essa é o indivíduo como produto das relações sociais de produção e de repente estava pouco porque também superou subo em uma uma relação economia e sociedade muito direta e faltava vamos ver mais uma teoria do poder foram dias que faz uma teoria do poder ele chama de analítica do poder porque ele também não tem idéia de fazer uma teoria que você aplique em qualquer momento não ele está falando muito especificamente da modernidade da então poder disciplinar esse poder que como eu sempre fiquei com jorge street sms sedentarismo a ela o
camisa um espacialista hierarquiza pobres moram ali ricos moram ali hierarquia é e depois ele vai passando o poder depois ele vem com a noção de que o poder é o poder não atua só sobre a consciência o poder age sobre o corpo você não é só produzido por idéias então pra ele o conceito de ideologia é pouco porque ele acha que não é uma questão de consciência e acho que é uma questão mais ampla é corpo e alma é uma coisa só é o corpo a subjetividade está no corpo e você é produzido também no
corpo mulheres não podem sentar de qualquer maneira homens podem mulheres não pode falar alto ou me podem a produção do corpo não é é pessoas mais velhas não podem se vestir não sei como a criança tem que cheirar e se vestir é não sei o que a gente sabe já tudo isso não estou só tentando a organizar em termos do pensamento dele então o poder incide sobre o corpo é e obviamente é a gente tem uma herança pesada também em relação a isso não é eu gostaria de lembrar que as teorias do doutor lombroso não
é é que é que hoje tem um shopping center em são paulo eu lembrou sumol que fica na rua césar lombroso o que diz o doutor lombroso as mulheres são divididas em castas e prostitutas na e públicas mulher pública é pública era prostituta zahia a prostituta pode notar ela tem um quadro grande ela tem os dedos curtos ela tem à testa os anarquistas tem orelha e asa os bandidos têm nariz adunco então ele colocou a identidade no osso na estrutura óssea não é então se você nasce assim então não é um destino ponto final o
fogo vem dizer recebe o poder porque em outras épocas não pensaram isso só é do século 19 e do século 19 entre o ginecologia moderna no século 19 criou toda uma medicina que diz quem você é como você deve comportar o que se deve fazer se você morre também arranjam médico ético não é ter um poder se divide sobre a vida ea morte do indivíduo é ea medicina do século 19 disse isso mulher que a mulher nasceu para ser mãe não tem que estudar muito não as mulheres não têm muito a cabeça com as escritoras
compositores musicais esses e se não essas profissões são boas para os jovens não traz mulheres e homossexualidade está nas falhas né nem sabe e é também o século que cria a noção de perversões sexuais não sei se vocês sabem mas existe é as atividades sexuais as práticas sexuais no século 17 e 18 são chamadas é condenáveis pela igreja pela igreja não sei para o trabalho por outros grupos são chamados de sodomia a sodomia globa uma série de práticas sexuais no século 19 o doutor richard foi um kraftweb abrir o pacote e vai dizer não tão
mais o sexo que é sexo normal é a relação para a mulher para fins reprodutivos ponto o resto isso aqui é o nanismo e só que é tribalismo e só que é o boi a classificação dele é imensa eu nem sei muito bem né mas se quiser procure odor kraftweb fez aprender muito com esse livro chamado psicopatia sexuales né em latim é ele vai dizer é quais são as práticas sexuais condenáveis porque elas são perversões sexuais mas é pior do que isso ele vai dizer que o praticante daquela prática a uma pessoa que faz aquilo
que haja daquela maneira ela tem características físicas óssea e elas constituem uma espécie de organismo é uma espécie tanto que quando vou estudar os anormais este livro que ele faz os anormais ele vai falar muito da do nascimento da do organista como uma figura da normalidade embora a masturbação seja uma prática de muito tempo não é ela vira um problema no século 18 e final do 1819 neste momento de de nascimento do capitalismo urbano industrial e os médicos o doutor diz ou escreve a o nani a dizendo olha só é é a informação é de
que provoca uma alteração na respiração e player na acisp nos meninos e pode levar à morte em loket enade de morrer no ps e os pais sem ficar vigiando não é é porque não é no sábado 16 porque não é hoje porque não é porque naquele momento e eu fui atrás isso com um outro conceito que ele cria quando estudar então está estudando as disciplinas sobre o poder e ele estuda o dispositivo da sexualidade e ele vai dizer a sexualidade é um dispositivo que é um dispositivo conjunto de discursos de técnicas de tratar dados de
concepções que produzem aquela prática sexual de determinada maneira que nomeiam aquela prática sexual de determinada maneira e nomear pra ele obviamente não quer dizer simplesmente dizer o que é quero dizer construir o objeto de que se fala de ver se eu deixo mais claro essa ideia porque é um pouco complicado né veja uma coisa você dizer quem nos vê na grécia antiga existe a relação de amor eros né a relação da principal relação de amor é o amor entre dois homens porque dois homens livres não é o cidadão escravo dois homens livres porque uma mulher
são desiguais e o amor tem que ser entre iguais então a principal relação defendida neste mundo é a o amor entre dois homens mas o amor entre dois homens não é homossexualidade ou sexualidade é um conceito que nasce vários séculos depois no século 19 né na partilha da onu sexualidade a heterossexualidade então vejam a humanidade olha o poder sendo produtor a humanidade não é assim a burguesia eo proletariado é a humanidade é dividida em homossexuais e heterossexuais e isso quer dizer o que homossexuais pra cá ea transexual um pensamento hierárquico excludente e patologista as práticas
então veja veja só quer dizer quando você nomeia então uma prática dessa maneira você retira ela de um de um contexto e realocá em outro no caso da da homossexualidade eu acho que é muito claro patologizar dando e produzindo uma exclusão absurda então foi por isso rodízio poder é muito mais do que repressivo ele não está reprimindo homossexuais ele está dizendo que aquela prática se chama homossexualidade e que homossexual é uma pessoa que tem à testa assim o nariz assim os olhos assim gosta de gato não gosto de negócio de alface e entendeu é muito
pior então é uma são do indivíduo absurda absurda que eu eu acho assim até a década de 70 ninguém tinha ouvido falar essas coisas todas não é é bem o política outro conceito de poder que o fogo traz pra pensar é nessa nessa forma de o estado gerir a vida não só do indivíduo mas da população o estado discutir a questão da natalidade o estado diz a questão da mortalidade estado diz a questão da saúde o que o estado definir onde vai ser aplicada a vacina quer dizer mas essa idéia eu acho que não é
eu não estou nem pensando nessas políticas que a gente dê que nos indigna estou pensando nessa ideia dessa racionalidade de entender que o estado deve tomar conta da data do corpo da população uma coisa que não existe na grécia antiga é os gregos não acha que o político ele tem uma tarefa o médico o padeiro enfim as outras profissões têm outras não é eu fui chamado de bill política essa essa maneira de você se relacionar com a população é gerindo essa população definindo é onde vive como vive num de uma maneira mais ampla do que
esse poder individualizando é no isso é nós nós estamos vendo diferentes modalidades de poder que ele vai descobrindo conforme ele também vai fazer essas pesquisas históricas então acho que é o trabalho do futebol tem muito a ver com essas pesquisas históricas e ele vai criando conceitos para poder pensar essas práticas e aí ele vai nessa década de 70 ele vai se deslocar desse modelo é de pensar o poder para um outro modelo que vai ser o modelo do governo ele vai trazer essa essa palavra o governo eo livro é o governo dos vivos governo desse
do outro governo ele vai começar a usar a palavra governo que é a condução da conduta governar se á se governar o outro conduzir a conduta do outro e ele vai criar uma noção que diz que é de governamentalidade não é governabilidade não tem nada a ver com isso ele cria uma noção que é gol ele está tentando definir uma questão e ele queria um conceito numa palavra para definir com essa e é isso que ele está querendo dizer e ele queria nos hão-de governamentalidade que é uma racionalidade governamental que é uma maneira de conduzir
é a conduta do outro é nós eu estou dividindo a nossa fala que em em alguns momentos da obra dele que obviamente não são tão separados como eu estou falando é mas eu acho que para fins de exposição no tempo que nós temos é isso que eu posso fazer é obviamente ele vai falar também da liberdade mas por enquanto estamos tentando entender que quique quantidade de temas que ele e de conceitos que ele traz pensar essas diferentes formas de poder ele vai falar de daqui a pouco vou falar da liberdade nesse item eu quero falar
um pouco então é dessas dessas tecnologias é de poder dessas técnicas de poder é que produzi um indivíduo e desse deslocamento que ele faz pra passar a falar em condução da conduta não é diferente a disciplina dessa condução da conduta a condução da conduta diz o cocô né tem muito mais a ver com o neoliberalismo e é interessante que em 1978 o futebol está estudando o neoliberalismo 1978 briga e itatira ainda estavam chegando ao poder claro já tinha vivido a escola de chicago o chicago boys na na ditadura chilena em 1933 né pois já estava
acontecendo as ditaduras na américa latina eo neoliberalismo entrando mas de uma certa maneira ele ele com ele ele passa a se preocupar com esse tema o livro é o nascimento da biopolítica e outro livro é segurança território população que são os cursos os cursos que ele deu que foram público com esse nome né é no final da década de 70 e o que a gente percebe então que ele está se deslocando dessa idéia de um poder que disciplina e produz corpos dóceis vigiar e punir ele vai falar da produção de corpos dóceis ou seja pessoas
economicamente produtivas mais politicamente submissas assim ele chama os corpos dóceis e obviamente isso foi muito usado por exemplo no feminismo pra pensar na produção do corpo do sexo feminino não é é mas ele vai fazer esse deslocamento para falar de uma outra modalidade de poder que é a governamentalidade que a condução das condutas porque também ele está vendo a passagem de um tipo de sociedade que ele estava estudando que ele chamar chamou de sociedade disciplinar por uma sociedade que ele vai passar a chamar e sobretudo beleza que que pra nós divulgou essa noção de sociedade
de controle então o de lesão é ter um texto famoso em que ele vai falar o fofo com isso a sociedade disciplinar e hoje nós não vivemos mais nela nós vemos nascer de controle há outra forma de manifestação do poder mas o livro do focou saindo em 2004 em francês quer dizer no brasil em 2008 nós ficamos sabendo que em 78 o fogo também estava pensando isso e claro eles eram amigos também né tem lá seus as divergências mas não teve qualidade francesa governo é também tem suas aproximações é mas eles estão tão falando em
uma outra modalidade de poder não mais um poder que produz o corpo dócil e que visa produzir o indivíduo é preso na sua identidade preso na sua actividade é por exemplo é o professor que nasce morre nossa vida inteira como professor mas eles estão falando numa outra forma de poder que pede outro tipo de indivíduo o homem flexível um homem que navega que circula que na ioda eles têm uma imagem ótima que ele vai falar é que o animal dessa da sociedade de controle é a serpente né porque ela desliza e essa idéia não é
de um indivíduo que hoje ele é trabalha no banco amanhã ele tem uma banda de rock depois ele ele vira ah sei lá pintor aí ele vai morar lá na alemanha ea uma namorada e não é vai trabalhar na firma do pai da namorada ou sei lá né é nessa nessa capacidade de circulação é é de de mobilidade bom então focou vai chamar a esse tipo de poder não é que eu estou dizendo que a governamentalidade é de um poder que é que é de conduzir a conduta do outro não é e que também incita
o indivíduo a conduzir a sua conduta então não é mais aquele poder disciplinar mas é esse tipo de poder ora o provocou é sobretudo é o neoliberalismo que vai e vai vai vamos dizer trazer essa essa racionalidade que vai vai produzir essa forma de pensamento é porque é pro neoliberalismo a produção da subjetividade é fundamental ea produção de que sua objetividade não sujeito de direito não sujeito legal mas um sujeito de interesse um sujeito competitivo um sujeito que possa se ver como empresário de si mesmo é vocês sabem é que ele quer dizer profo co
é a análise que ele vai fazer do neoliberalismo não é é uma análise própria mente econômica não vai falar de privatização é da destruição dos direitos não não é a análise marxista sem desmerecer a importância da análise marxista óbvio né ele vai entrar pela questão da subjetividade como é que o neoliberalismo afeta a produção da subjetividade como é que essa racionalidade neoliberal é que vai dizer que o mercado não é natural mas ele é importante porque é só assim nós podemos crescer e que o estado tem que portanto e criar condições para que as pessoas
se tornem competitivas que subjetividade está sendo colocado é essa discussão é merece um aprofundamento maior e quem sabe a gente possa pode conversar isso mas eu tenho 15 minutos para falar das práticas da liberdade que eu acho que é fundamental também quando se pensa na filosofia com o modo de vida porque se focou está denunciando é mostrando tratando visibilidade a essas experiências que nós estamos vivendo agora você pensar que você empresário que você é o capital humano e que você tem que aumentar o lucro do seu capital humano agora se você quer ter um filho
é pra melhorar o capital humano favor não vai casar com o cara mais mas fiquei mais pobre mais baixo né casa com cara mais rico mais inteligente você produz um capital humano a espanha criança que nascer para estudar chinês né passei mais rápido ele vai falar bom mas para ele é mas é possível como é se é isso que o nosso mundo está nos colocando como é que a gente está para disso como é que a gente vai haja isso e ofuscou acredita que o cuidado de si é a partir de práticas da liberdade são
uma forma de você se contrapor a esse poder não é quer dizer lutar contra o empresário de si mesmo e lutar contra é o indivíduo competitivo é uma maneira de você se contrapor então a esse a essa forma de produção da subjetividade pelo capitalismo neoliberal é que que tá não é as pessoas estão falando em custo benefício em qualquer qualquer situação é hoje o cuidado de si tão provocou o cuidado de si é uma prática uma experiência filosófica a filosofia uma prática uma experiência e ela faz você pensar em você em ocupar sim em ocuparia
seu self e ocupar se é em cuidar de si a primeira questão é que cuidar de si para nós cai na na caixinha que tem na nossa cabeça de narcisismo rocheta agora só agora é que o indivíduo mais exista e ele vai falar olha para nós pode ser narcisismo não é egoísmo é assim que a gente pensa em cuidar de si porque a gente vem da tradição cristã que falou que você tem que renunciar assim pra você salvar chegar ao outro o mundo você tem que renunciasse e aceitar o que deus diz que é preciso
fazer que é o pastor não é ele vai falar que esse poder pastoral saiu da igreja e se espalhou pela sociedade entre o estado e que a confissão deixou de ser uma prática de do interior da igreja virou nosso modo de relação com a gente mesmo consigo mesmo e o que é confissão provocou uma relação de poder porque você se codifica você codifica as suas práticas a partir do olhar do outro né se o outro acha que o que você fez é é crime então você vai falar como criminoso o criminosa mas se você olhar
do outro então ele acha que isso é uma sujeição e ele vai falar e os gregos a ênfase dos gregos não é na sujeição na subjetivação porque a ideia dos gregos é formar o indivíduo livro cidadão tem que ser um indivíduo tem perante e ético o que o indivíduo tem perante ético o indivíduo tem perante o indivíduo equilibrado que tem domínio sobre as paixões a pathé a não até a patos paixões à platéia ele tem domínio sobre as paixões exemplo o bêbado não tem domínio sobre as paixões ele é vítima das paixões e é escravo
das paixões inter não é livre ele é escravo por um grego que não pode ser escravo nem dos outros e nem disse nem das paixões então o rácio o seu lado racional tem que administrar o seu lado instintivo vocês vão me dizer bom nós também falamos isso não nós não falamos isso nós falamos que o nosso lado racional tem que eliminar o nosso lado incentivo porque tá errado você gostar da pessoa do mesmo sexo está errado você não sei o que tá errado nós temos um padrão de verdade pra qualquer pessoa qualquer idade com uma
moral universal que ninguém consegue atingir né mas enfim é assim que é os gregos não eles não têm uma moral universal de moraes particulares têm tem suas regras o fogo verde eles têm artes do viver eles têm estéticas da existência eles têm modos de pensar como é possível se tornar belo fazer de você uma obra de arte e isso significa se tornar tem perante e ético ético uma pessoa que tem tem a coerência entre o que ela pra te falar eo que ela não é o que ela faz é ele e ele vai falar e
de todas essas essas artes do viver que ele vai chamar de ascese e vai dizer cuidado porque a palavra sesi para gosta colonizada pelo cristianismo e quer dizer renúncia de si para os gregos acese que os exercícios espirituais meditação escrita desse é é dieta é exercícios físicos é que ele fala é a estratégia de retiro você se não é retirar se fisicamente do medo por meio de um meio não se isolar e se retirar e dá uma distância pra você não será afetado pela tereos pelas mesmas pensamentos negativos pelas coisas ruins e pra você ter
essa força que não precisando né é amizade é para ele é fundamental que ele vai dizer para os gregos amizade é um outro modelo de amizade os gregos romanos né é uma amizade é aquilo que permite com que você se fortaleça e se ocupe de si é mais tendo o olhar do outro mas não é um olhar do outro que te digere punir não é um olhar do eu olhar do outro que te ajuda que estende a mão que te ajuda a fazer essa passagem da stutz 'ia para a sabedoria tem um trechinho do cênica
que eu peço licença para ler porque eu acho muito interessante em que ele está definindo o que é o estudos é ele diz assim ele diz assim a deus todos eles assim o estudo e seu cênicas no século 1 e 2 é na no mundo no período helenístico romã o estudos é aquele que está à mercê de todos os ventos aberto a todos os ventos ou seja aquele que deixa entrar no seu espírito todas as representações que o mundo exterior lhe pode oferecer não é capaz de fazer a cpi era a separação a discriminação eo
entre o conteúdo dessas representações e os elementos subjetivos que acabam por misturar se com ele os estudos é aquele que está disperso no tempo não se lembra de nada deixa a vida correr não tenta reconduzir a humanidade pela rememora sensação muda continuamente de opinião sua vida sua existência passar sem memória nem vontade por isso no estudo da pena perpétua mudança de modo de vida e aí no outro momento ele diz o estudo não é capaz de querer como convém ele não tem a vontade livre ele quer várias coisas ao mesmo tempo mesmo contraditórias por exemplo
ele quer ser famoso mas ele reclama da privacidade da falta de privacidade ele quer com preguiça ele quer com inércia sua vontade se interrompe sem parar ele muda de objetivo ele não quer sempre e ele vai dizer que querer livremente querer absolutamente querer sempre é o que caracteriza o oposto da stutz 'ia que essa experiência não é então como é que o indivíduo fazer essa chega a sapiência é por um trabalho sobre se por essa escultura de si que obviamente não é a mesma coisa é no modelo platônico no modelo helenístico no modelo bom no
modelo cristão é a renúncia de ensino é o trabalho sobre si então focou faz essa oposição entre duas maneiras de pensar a produção da subjetividade absolutamente em pó opostas na aac vem com o cristianismo que a renúncia de si e que vai predominar e é a dos antigos gregos que nós esquecemos e perdemos né a gente deveria ter incorporado no nosso repertório a palavra subjetivação ea gente nem sabe o que é que a gente agora está sabendo eu fui com falou faz né mas até pouco tempo atrás a gente sujeição a gente sabe muito bem
a gente não sabia que ela subjetivação essa relação consigo mesmo sem ser por esse modelo de achar que você está no fundo de você mesmo e aí não é não é um trabalho sobre se há aí uma é um referendo amento de uma idéia que você tem sobre você então você nasceu egoísta e você vai morrer go está você nasceu para ser jornalista você vai ser jornalista até o fim de sua vida porque está dentro de você esse autêntico é ser o que você realmente é os gregos de melhor sentido da palavra tem sentido você
se tornar aquilo que você é por um trabalho sobre si é um trabalho de de ocupar-se de conhecer-se então ele vai dizer é a famosa frase de sócrates conhece te a ti mesmo na verdade é cuida de ti mesmo os seus pesquisadores e ofuscou falo isso né o grego não é conhece te a ti mesmo é cuidar de ti mesmo e para cuidar de si você tem que se conhecer mas o fundamental não essa descoberta de si para se purificar pelo modelo da confissão porque só assim você vai poder entrar no outro mundo a questão
é conhecer se para se transformar para você continuar nesse mundo de outra maneira de uma maneira ética é pra finalizar dessas práticas é a resina é destacada por focou e é muito espantoso que a gente tem que explicar o que é poesia porque está no nosso dicionário e para a região quer dizer a coragem da verdade sócrates é uma rede asta né não é uma coragem da verdade em qualquer contexto uma coragem da verdade em situações de risco quando você pode morrer e um só pra te falo então paciência eu posso morrer então vou morrer
vai preso na empresa vai ser torturado enfim a ciência não é uma questão de fidelidade a si mesmo é uma questão ética uma questão ética no sentido de você é definir o que você quer pra você é então eu queria chamar atenção e focou ponha a resina retórica e eu me espanto que a retórica seja incorporada no nosso vocabulário né ea retórica não tem compromisso com a verdade um advogado pode ser advogado de bandido depois ele é advogado da vítima e tanto faz entendeu não tenho um compromisso com a verdade advogados deveriam ter compromisso com
a verdade a nossa sociedade deveria ter compromisso com a verdade e nós sabemos que não tem que tem jogos de interesse dos mais toscos e tacanhas finalizando é para não me alongar demais a gente poder conversar eu queria trazer desse texto com o qual eu iniciei que a introdução na vida não faz isso e eu recomendo 3 prefeitinhos que ficou fala e fala assim eu sugiro os prefeitos para a vida é um fascista a primeira é não imagina que porque é preciso ser triste para ser militante mesmo se o que esse combate é abominável é
a ligação do desejo com a realidade que possui força revolucionário no outro momento ele diz não se apaixonem pelo poder a perseguição a todas as formas do fascismo desde aquelas colossais que nos rodeiam nos esmagam até aquelas formas pequenas que fazem a menina tirania das nossas vidas cotidianas é importante que a gente lute contra contra elas é e final do final b para encerrar e serra é é porque uma passagem incrível em que o futebol vai falar da importância da imaginação vocês sabem que na nossa racionalidade é é pautada por oposições binárias girafas excludentes a
razão ficou aqui imaginação coisa de mulher né é que agora governa é a cópia invertendo mas eu vou contar uma frase linda porque ele vai falar que sem imaginação você não inventa como você vai querer outro modo de existência se imaginar não é quer dizer senão você vai legitimar o que já existe se você quer criar um outro modo de vida não é ele vai falar assim eu acredito que não existem diferenças profundas entre razão e imaginação eu ou acredito que a razão precisa ser imaginada os possíveis usos da razão são muito mais numerosos do
que as pessoas em um determinado tempo acreditam e ele tem um texto maravilhoso que eu recomendo para vocês em que ele está se opondo a noção de utopia porque ele fala utopia leva lá não sei quando onde ele propõe a heterofobia outros espaços aqui agora e ele tenha um texto lindo que eu recomendo vocês procurarem se chama outros espaço em que ele termina dizendo assim que o barco é uma e ter o topo por excelência porque o barco junto um monte de pessoas numa sociedade num espaço flutuante mas ao mesmo tempo ele está livre mas
ao mesmo tempo ele está sujeito a infinitude do mar não é pode né pode acontecer o que né ele fala é o barco ele está analisando o cinema teatro biblioteca arquivo ele vai pro barco e ele falou barreto e ter o top aparece por excelência e de repente ele diz assim uma civilização sem barco é como crianças cujos pais não têm a cama dupla para elas ficarem brincando e pulando numa civilização sem barcos a espionagem substitui a aventura ea polícia substitui o sol e iluminado dos piratas é lindo obrigado bom depois dessas afirmações tão poética
não é por parte da margareth rago é com vocês agora e meu procura formular essas perguntas por favor por escrito levante a mão e você as perguntas serão recolhidas pelas nossas colaboradoras e excepcionalmente quem de vocês quiser fazer uma pergunta ao vivo poderá fazê lo mas por favor se concentrem na pergunta faça uma pergunta concisa assim daremos possibilidade maior número de pessoas de participarem do debate então é com vocês porém a primeira pergunta é do nosso curador que está presente aqui então por favor josé alves obrigado margareth pela sua participação no módulo parabéns pela excelente
palestra como sempre pegado a obedecer à recomendação da sde ana rose em directo a é como definir a liberdade em tempo demorado de evaporação de significados não corremos o risco de pensar liberdade apenas como o comportamento narcísico já respondo sim com certeza acho que é eu acho que assim é ótimo a questão é zé porque o neoliberalismo traz exatamente essa idéia de que você é livre de que você é um empresário de si mesmo e você faz você você quiser competindo sendo bastante competitivo e sabe e sabendo produzir o seu a elevar a renda e
o lucro porque você é uma empresa seu casamento empresa suas relações são mim não é que você tem empresas e é uma empresa e seu filho a outra empresa enfim você tem que pensar como empresário de si mesmo é e é a idéia do neoliberalismo é de uma liberdade absoluta não é tanto que eu acho que assim pro feminino esse é um grande desafio porque o feminismo está falando as mulheres têm de se autonomizar e agora o neoliberalismo está falando isso mesmo o goleiro tem que se autonomizar favor sem estudo sem assédio porque as mulheres
são muito produtivas e o assédio e estupro na produtividade cai a renda entendeu o raciocínio é sempre econômico é custo benefício é alguns autores chamam de wind branco que a que veio aqui foi né apanhou no aeroporto de congonhas companheira da judith butler não é ela tem um livro maravilhoso sobre a desde democratização que o neoliberalismo produz o fim da democracia e ela vai falar isso que é aaa a economizar são de todos o sial economizei chan tudo é pensado em termos de custo benefício se dá lucro o seu amor aquele afecto à mãe com
nenê se dá lucro benefício como então de fato é um é uma uma ameaça muito grande à noção de liberdade mas eu penso que a gente não pode perder a noção da liberdade porque a noção da liberdade é fundamental para você pensar a possibilidade de criação de outros mundos não na chave do neoliberalismo que é uma chave de sujeição de submissão de competição né mas numa chave de valores éticos e nós temos história nós temos uma tradição toda que a gente esqueceu porque a gente quer dizer se você for comprar um sêneca na banca de
jornal por favor não é quer dizer eu acho que essas noções as crianças tinham que está aprendendo não tinha que aprender quando eu leio focou quando chegar na universidade isso tinha que está no cotidiano das nossas vidas porque é porque nós jogamos fora uma tradição que que tá lá atrás e que vai defender que o cidadão só pode ser político quem é equilibrado quem é temperar ante quem é honesto quem é ético quem é íntegro e quem cuida de si pode cuidar do outro e tem de cuidar do outro a quem não cuida desse despenca
sobre o outro quem é egoísta narcisista é sem vergonha todos os adjetivos que aí que eu não quero falar não é é não proibiu não é é a nossa moral aqui não é é todos esses adjetivos eles eles é negativos é eles são eles são frutos de pessoas que não se cuidam e que não não pensa em se cuidar e não não acho que precisam de cuidado é o narcisista na minha interpretação não é uma pessoa que se ama é uma pessoa que ama a imagem que ela tem em si mesma né o narcisista é
um cara que uma mulher com uma mulher com que a pessoa que se acha lindo e pode ser bem feio mas ele acha que é lindo ele se ama a italiana ele vai estar olhando no espelho e enxergando uma imagem dele mesmo e isso é machismo então nazismo é um desconhecimento desse é uma ausência de cuidado de si e eu acho que o que foi o futebol está propondo é uma fortalecendo o fortalecimento do indivíduo é a constituição de uma subjetividade ética que a única capaz de ser verdadeira não é atoa que o último estudo
focou sobre os cínicos não é o dois meses antes de morrer eu fui contra estudando cínicos e o livro é apaixonado é bonito é emocionante é porque ele ele entende que os cínicos lutam pela verdade e pelo desejo da verdade que o escândalo da verdade porque eles acham que eles têm que ser viver de verdadeiros o tempo todo 24 horas que eles não têm que marcar a agora porque cinismo passa para a história como hipocrisia falsidade fala sério isso é uma história da perversão a história da maldade né eu vou fazer o meu próximo livro
a história da maldade andré com gostinho pelo mal a 0 não tinha ciência de responder um pouquinho só mas é por aí vai boa noite aqui é tudo bem a gente está transmitindo ao vivo agora pela pela internet tanto no facebook quanto no canal do youtube no aplicativo também do instituto é só alguns números assim é passaram cerca de 3 mil pessoas que tiveram acesso à palestra de vários lugares do mundo só citar alguns lugares aqui mas pernambuco são paulo rio grande do norte minas santa maria lisboa no japão sábado de manhã já pessoa estava
no café em nada do japão fumaça disso algumas salas de aula também se reunirão é só você cita duas aqui o instituto de estudos do xingu em são félix do xingu gol e alegre eo instituto de psicologia e desenvolvimento humano de londrina ea gente começa com a pergunta da ana raquel barreto que diz o seguinte se a sociedade de controle de focou se relaciona de alguma forma com a noção de modernidade líquida e já emendando com outra pergunta do luiz otávio campos que está relacionada se nessa sociedade que se diz moderna será que estamos vivendo
na prisão panóptica de futebol passa né obrigada também pela questão é difícil né eu pelo que eu conheço do do palma sim eu acho que é possível dizer que se relaciona mas eu não vejo não sei talvez eu não conheço suficientemente né eu não vejo no bauma uma crítica do poder do que caracteriza por porque ele porque está achando disso sociedade controle porque está falando é um outro tipo de poder que se que aqui a kombi não quer dizer que o substituir o outro não existe mais o poder disciplinar obviamente uma vida mais complexo mundo
mais complexo mas em termos de análise para pra gente ter diferenças não é perceber as coisas ele vai falando as o poder disciplinar visa produzir corpos dóceis daquele indivíduo obediente certinho trabalhadores e e nico na fábrica higienizada e tal nazismo e faz mesmo não deu outra né não sei se vocês sabem nazismo tinham uma secretaria chamada departamento da beleza do trabalho embelezar as fábricas só porque porque pintar as fábricas de branco tratar bem os trabalhador por lavar o banheiro fazer excursões eles falam assim pra acabar com a luta de classes porque se o operário achar
que está trabalhando na casa dele ele não vai querer quebrar a casa dele então pra vencer então é um tipo de poder é de produção não é o outro tipo de poder é o contrário é o indivíduo se sentir é autônomo é obter a aaa ele trabalha o que quer fala com que ele quer se não quiser cancela você vê é pronto atendeu então sim tem a ver com a sociedade líquida na medida em que os valores são dissolvidos né eu acho que se a gente pensar no líquido de uma maneira pelo lado negativo então
talvez possa pensar pelo lado positivo mas pelo lado negativo existe uma uma perda de valores né você sabe que eu me dei conta outro dia que antigamente existia uma palavra todo mundo sabe agora não sabe mas o jovem não sabe que é é simancol é verdade ficou antiga não é um palavrão antiga nesta manhã com mas simão coura sacar um pouco capital um pouco que escute a lita tenho né algumas necessidades o mundo ficou literal demais eu não sei se isso casa com a liquidez do dólar mas o mundo salienta literal demais é tudo não
tem mediações as pessoas interpretam tudo muito literal não é fazer um enterro simbólico e isso é muito perigoso não é porque não é eu me lembro daquela moça que falava assim eu tô aqui no psiquiatra tudo que tem muita vontade de matar minha mãe né eu falava sem armas e contra aquela bonequinha enfim onde agulha para debater e votar só desperta o impacto é só noite aqui né é a outra questão era é se nós estamos vivendo a ansiedade para ótica eu acho que tem muito de sociedade patriótica mas também um o que mudou mesmo
tempo acho que depende nem a idéia da sociedade patriótica sociedade da vigilância é como como pelo modelo arquitetônico da prisão não ofuscou vai encontrar na história é o bem tam os irmãos bem tanger mb e samuel é que queria um princípio que te tônico para economizar é o que antes seria uma arquitetura mandei que que em que muitos em que poucos viam muitos em que muitos viam poucos não é muito os olhos para o rei né a essa arquitetura em que a arena em que muitos olham para o rei é a modernidade vai pensar na
arquitetura em que poucos viam muitos porque senão você vai gastar muito então se você tiver lá uma torre central com muita visibilidade nas celas em volta e um indivíduo em cada célula é o que está ali ver todos né conta dirigir todos e eles não se os que estão aqui não sabem quando estão sendo olhados vigiados portanto eles interiorizam a vigilância então essa idéia do princípio panóptico eu acho que está mas é mas a sociedade de controle é mais refinada o poder agora é muito mais sutil quer dizer é uma idéia de que vocês podem
tudo seja empreendedores inovadores criativos não é então é uma é uma idéia de outros espaços é porém absolutamente e codificado e normatizados né não são a prática da liberdade na reinvenção da sociabilidade não é fazer uma vigilância muito maior existe um coreano eu só sei falar o sobrenome dele que é fã hn ram e ele tem um livro e que está é que tem até inglês e em espanhol ele estudou na alemanha ele é assim deve ter 50 anos o livro chama psico política é às novas tecnologias do poder no neoliberalismo e ele vai falar
que o que ele vai falar que o focou o estudo ouviu o poder e que ele acha que o poder é também que é psicólogo que hoje a dominação é muito mais psíquica por todas essas coisas que os jovens sabem que eu não sei né de internet de facebook de é de bom os jovens ajudem por favor como essas formas de controle do da cultura imaterial é não é é que que chegam na sua psique ele vai falar ele vai falar em vez de bill política em psicopatologia ética que está falando da produção da psique
então é muito pior que botko na produção do corpo do contexto ali é produção da psique né anterior até então eu acho que tá dando medo socorro é a próxima pergunta ver o do público da thalita carvalho e ela diz o seguinte que é sem dúvida as pessoas buscam as relações de poder fortemente prova são as redes sociais com o poder de definir verdades e agora de forma mais valiosa ainda de produzir mentiras com asfic news aí a pergunta dela seria qual seria o diagnóstico do focou nesse cenário cinquenta anos depois acontece né eu acho
que assim é claro ficou na época pelo focou você pode pensar não é que essas relações de poder são muito mais sofisticadas isso que eu tô falando hoje não é porque até há anos porque assim houve um momento primeiramente nós acreditávamos na verdade a gente conhecer a verdade um ponto depois na década de 70 para cá nós passamos a pensar que a verdade relativa que ela né tem a ver com o lugar de fala hoje se diz essa expressão que não existia obviamente não tinha nem espaço para a expressão então a verdade espaciais é né
quando eu era criança era verdade que homossexual comia criancinha quando eu fiquei adulta e chorar se você fala uma coisa dessa é patológico era você é patológico né não não há figura quer dizer isso era um uma é um racismo à violência e sexismo é absurdo né claro ea gente concorda com isso mas houve uma mudança de 180 graus na maneira de você se relacionar com com determinadas práticas e com determinados indivíduos de pessoas né e idéias e tal então é então eu penso assim que a verdade foi relativizada não é mas daí a achar
que qualquer coisa é verdade que é após verdade aí né não não favor não tem nada a ver aí eu acho que a gente sai porque eu acho que para o futebol a questão é a verdade é como você se relaciona com a verdade por exemplo eu penso que o feminismo é um movimento de busca da verdade as mulheres que iriam ser o que elas queriam ser elas não queriam ser o modelo médico do século 19 que deu hoje nós temos bagagem para falar disso porque tem um livro de história dizendo a invenção da maternidade
menção da mulher a invenção elizabeth wada terra o mito do amor materno não é hoje a gente sabe que o inventor da mãe moderna avançou mas a gente não sabia isso na década de 70 eo movimento feminista explodiu dizendo olha lamento não sei não dá pra ser isso que vocês querem que eu seja eu quero ser o que eu quero ser eu não sei o que eu quero ser eu tenho que viver pra ver na prática a experiência que você é um desejo de verdade assim como é um desejo de verdade o movimento gay disse
olha eu lamento não dá pra ser que vocês querem que eu seja dá pra ser o que eu posso ser então eu acho que a questão da verdade está posta não é e por isso mesmo que foi bom é importante para nós conhecer esses mecanismos de poder que que impedem você de ter acesso à verdade e que colocam que a maneira que você tenha acesso à verdade ao modelo cristão é a renúncia desse pra você e é o pastor que diz que qual é a sua verdade é um pastor que vai dizer como você deve
ser você é um ser o pastor o seu rebanho é o poder pastoral evocou vai trabalhar muito com o poder pastoral porque ele vai dizer que o neoliberalismo integrou o estado moderno integrou pouco o poder pastoral a idéia de condução das condutas o mundo grego não havia a menor menor possibilidade de pensar é que o indivíduo deveria ser conduzido o pastor bugre quer que seja ele ele pode isso não quer dizer que ele pretendia do outro ele poderia ter um conselheiro espiritual um mestre um guia que o ajudasse a chegar em si mesmo não renunciar
não há se a olhar pra cima dizer olha eu não posso gostar disso eu sou como quer os sete pecados capitais lan nem lembro mais dessa história é só isso só que não posso é não é não é disso que se trata é eu sou é isso que eu quero ser e que eu posso ser quer dizer a questão provocou é como a gente pode criar outros modos de existência há pouco tempo vamos assistir um filme chamado no um filme sobre essa lomé que passou no cinema agora faz pouco tempo maravilhoso maravilhoso filme soberano salomé
uma figura riquíssima que quer viver e ela não quer se a esposa com quem não quer casar porque não quer casar porque não ama os homens não era amos homens mas ela não quer viver a ela que aquele lugar ela não quer aquele lugar pra nós é muito compreensível isso dá pra entender muito bem que eu não queira ter lugar hoje eu não sei se a minha mãe tenderia a minha avó minha avó talvez porque a minha volta não minha volta é um outro momento não é essa é um outro momento também não é a
família nuclear e eo modelo da da mulher do privado as mulheres do campo da fazenda ela tem outra experiência né então é não existe não é o capitalismo urbano industrial agora ela anunciou não é ela ela quer por exemplo ela quer ser amiga ela quer morar com o amigo não quer casar mas ela que morava com um amigo porque a amizade que ela tem que não é não passa pela relação sexual e ela quer também ter relações sexuais mas é muito interessante porque eu acho que coloca outras maneiras de experiência de vida que estão muito
fora do nosso do nosso quadro né fala esquadro para falar do quadrado né do pacote quando existe y pronto boa noite professora anete a eu gostaria saber tanto na perspectiva de coco quanto na sua há como ter uma má aproximação entre a filosofia história e também como essa proximidade repercute nas duas áreas em nossas vidas muito obrigado obrigado também perguntou eu sou uma que fez história e depois de fazer filosofia porque eu entendia que e história eu aprendi há tanta coisa tinha tanta informação das civilizações das sociedades que não sabe o que fazer com aquilo
é e eu não tinha conceitos quer dizer aí chegou o marxismo né que ajudou a estruturar a entender a bom é uma sociedade de classes a bom tem por base proletariado tem conflito capital trabalho a abom deu a entender um pouco as coisas do jeito que ela anda a vender coisa nenhuma né então eu penso que a filosofia é fundamental é para a história é pra você poder você você pensa a partir de conceitos você precisa saber com que o conselho está trabalhando ninguém ninguém pensa sem conceito não é você pensa com conceitos ea leitura
que você vai fazer é muito é muito importante eu vou dar um exemplo que talvez seja mais rápido vai pra pra pra falar é outro dia eu gosto muito de estudar a história da aranha e eu descobri que na mitologia o vídeo escreve metamorfoses e descartaram minha era uma moça linda noiva completamente rebelde que ter se ia muito bem e não tinha mãe ela aprendeu com o pai ela não tinha mãe aprendeu com o pai ela era uma pessoa rebelde muito inteligente muito criativa e o pai eram tij dor de tecidos ele conta que a
e ela falava pra todo mundo que ela ter se ia muito melhor que a deusa ea deusa ficou irritada e foi lá e falou vamos lá então vamos ver quem é melhor né e e elas tecem e ea tapeçaria dar aquele é mais bonita que a deusa adeus ace e quitada a rebea acaba com a copa tapeçaria da dar aquele e fala e aracne fica tão chocada anuncio e se enrolou no pescoço e está se focando e área para bater na fala 'não não não vai morrer não pode voltar você e toda a sua espécie
vai ser um inseto suas pernas vão crescer e conforme a deus vai falando as pernas vão crescendo o corpo vai diminuindo e ela vai vir uma aranha e o castigo além disso que a olha como má a palavra tempo além disso você vai passar a vida ter sendo com um fio e incolor e o pai dela era atingir dor de ter sido bom olha essa história da aranha é linda né é linda mas olha o nosso olhar para aranha aí eu fui no itaú cultural numa exposição dos indígenas e aí eu vi um mito a
história da aranha contada pelos indígenas aranha é uma amiga da tribo como ela sabe que ser ela ensina todo mundo até ser e portanto ninguém filhas em casa todo mundo pode fazer a sua caça só tem da sua habitação porque aranha amiga ensinou todo mundo até ser eu fiquei pensando assim é uma criança que aprende que aranha uma amiga ela vai olhar pra mim é como uma criança que aprende que a aranha é o monstro ela vai jogar para ganhar como então os conceitos às interpretações estrutura a maneira como você olha para a realidade historiador
tarde dizendo que tá olhando para a realidade né então é sem conceito não tem condições senão ele pode contar histórias né pode dizer que no brasil não houve escravidão porque se os portugueses não tivesse chegado que seria dos indígenas quem quer dar comida para eles estão rindo mas eu ouvi isso numa união uma grande universidade no exterior um professor trazendo essa história foi absolutamente chocante então é agora é pra vida eu acho que a filosofia como modo de vida obviamente me atrai muito mais que a filosofia que vem de kart né eu acho que estou
muito mais ligado à espinosa focou deles e de ri da uea esses autores porque eles pensam como você pode se transformar isso eu acho de uma liberdade incrível quer dizer você pensar que não é um destino que você não precisa ser isso ou aquilo que você essa idéia de que você pode ser outro positivamente é maravilhosa quer dizer não essa idéia de que vale hoje eu gosto de cabelo verde amanhã tem o curto depois ter cumprido e ficou gorda ou magra aí pensei assim não não é bem disso que se trata mas é uma questão
de uma elaboração ética para você se constituir como uma pessoa que vale a pena viver né gente que vale a pena nesse mundo que pode transformar esse mundo não é porque é essa coisa que nós vivemos não é um destino e nós temos saída gororoba não é possível que com tanta inteligência a gente não seja capaz de criar um mundo mais humanizado não é possível que a gente aposta na maldade é possível que a gente é aposte na violência no extermínio e no aumento das prisões no aumento é pra isso é pra isso que então
uma pessoa vai ser governante pra ver como ela elimina determinados grupos inclusive fisicamente porque se você tirar a vacina de determinados grupos da periferia você sabe que eles vão morrer mais rápido existe isso eu estou chocada de ter de descobrir que a maldade a esse ponto ora esse isso não é um destino então eu acho que o espaço da liberdade das práticas da liberdade está aberto eu acho que é uma questão de compromisso de engajamento de a gente querer o bem público querer o bem comum pra gente poder ser mais feliz eu aprendi com os
anarquistas que a liberdade social que quanto mais um mundo for livre mas você é livre e eu acho isso maravilhoso porque antes de o ler os anarquistas de conhecer os anarquistas têm aprendido que a liberdade individual e hoje eu acho que não é óbvio que eu estou no meio livro meu espaço de liberdade de falar o que eu penso de para a residência é possível num estado de dominação aparecer impossível né nasinho você vai ser a reação não é então é essa resposta que posso dar à filosofia com o modo de vida e ea história
que se noutra com a filosofia assim como o focou se no trio a história para construir todo o seu sistema de pensamento porque afinal essas disciplinas história disciplina geografia foi uma invenção não é quando isso da história na usp ainda assim o prédio da história aqui para da geografia aqui então quer dizer o que é que vocês tudo tempo e aqui você com estudo espaço gostou hoje nós nos falamos olha eu não sei se eu vou ter tempo para fazer isso eu não sei se eu tenho esse espaço né a gente fala de tempo como
espaço mudou a representação do tempo e do espaço entre esses prédios ficaram sem nosso sem sentido não é um prédio que é o tempo que estuda aqui os paus a estudar e geografia história é de uma época adaptado e eu acho que é uma maravilha e pensar isso pensa que a gente pode fazer o arquiteto então não é arquiteto depois já beijou outro espaço lá de seres humanos que seja mais circular - panóptico não é ea cabeça da gente seja menos quadrada eu sou historiador então eu não sou geógrafa não falou eu quero mais é
conversar psicanalistas porque eu acho que é verdade porque pra entender de subjetividade e de sujeito e sem falar com stela eles são especialistas nisso né eles sabem do assunto celeiro na cameron eu acho e precisa buscar analistas são não é ter uma função terapêutica também não é a filosofia em geral são filósofos também não é tão ali então ea literatura que a imaginação fundamental para as nossas vidas fundamental porque você imagina outros mundos e de repente para acusando do mundo imaginou antes de fazer não é tem que não faz mal aguentou invenção dele mas que
está vai ver que a mãe de versão de seu espectro da biografia dele mas a imaginação é fundamental não é pra que você cria outras formas como a arte mas a arte pra vida não só na alíena no museu na vida vamos criar estetizar a idéia de estética da existência maravilhosa na que a tradição que o foco tem pra técnico sob os gregos maravilhoso estetizar a própria vida viver artista é lindo professora aqui de novo a duas perguntas do público agora que uma é do lúcio arantes que diz assim é para focou poder permeia as
resistências e por sua vez constrói o corpo social então como pensar o corpo como sujeito de si dentro de uma esfera estanque de censura e restrições gemendo com outra pergunta que é a pessoa não se identificou mas ela gostaria de saber sobre a relação de focou com a psicanálise uma vez que as questões das relações do poder e corpo dizer o desejo a subjetividade já haviam sido abordadas por floyd de outras formas é muita coisa né é a primeira com que a mesma é meu amor é provocou poder meses calças e por sua vez constrói
o corpo social então como pensar o corpo como sujeito de si dentro de uma esfera estanque de censura e restrições então eu votei duas moções bem interessantes assim ele pensa a dominação para ele é diferente de relações de poder ele pensa a dominação como um estado de dominação por exemplo o nazismo o faça o totalitarismo então seria um estado de dominação em que as relações de poder não são possíveis não dá né a escravidão fazer se você né não dá o que não quer dizer que não tenha pessoas que reajam e tal mas reagiu e
morna então então estado de dominação pro ficou são contextos históricos situações em que você não tenha possibilidade é do jogo do poder da resistência da luta em é em situação em mim é estados democráticos né as relações de poder são possíveis porque existe a liberdade eu fico pensando um pouco e ela se dá nesse jogo de de poder e liberdade eu fico pensando um pouco o que foi a dominação patriarcal até a década de 70 60 sessenta digamos 60 ninguém perguntava o que é ser mãe o que é ser pai o que é tem que
casar não tem casa isso não estava colocado era a vida é esse ponto era uma dominação patriarcal que ninguém falava que aquilo era uma dominação patriarcal ninguém falava que quem tinha definido aquilo eram os homens brancos do mundo ocidental assim como se estudava história e estória estória do público e ninguém falava que aquilo história do público história era isso que foi só um bem pra frente que entrou a história da vida privada a história do medo a história dos das emoções a história do cheiro é só e macy s década de 80 e 90 netão
então eu penso que é assim a gente vive um estado de dominação patriarcal em que as relações de poder não podia acontecer quando se quebra é você tem os movimentos que a aaa coisas pode aí vem o movimento gay vem movimento negro em movimento indígena de movimento feminista disputando e nós estamos aí nessa disputa que está acontecendo até agora é use a as pessoas não estão se constituindo autonomamente sem ser nos marcos do discurso neoliberal sim estão olha para o feminismo olha que as mulheres cresceram olha o que a independência feminina a emancipação feminina hoje
quer dizer a minha geração pra para as mulheres de 40 anos prazo de 20 ou de 15 a diferença brutal é brutal o que foi o problema pra mim nem passa pela cabeça dela não entendem teve um dia a gente se reuniu há de 60 de 40 ea de 20 e eu falei 'bom eu fui assediada né fisicamente a de 40 falou assim eu fui assediada por palavras a d-20 falou eu tenho um apito é uma mudança brutal é henrique e claro o espaço das mulheres eu estou pegando o feminismo porque é um movimento que
mais deu certo né é que as mulheres se constituem como sujeito de 'secar' pistons e que ele tem cuidados disse sim eu até eu tomar a minha pesquisa atual é a política de nós mesmos porque eu acho que quando o feminismo disse não pra aquela mulher confinada no lar ele possui outra o feminismo pois outras coisas no lugar muitas outras as mulheres são muito diferentes muito cada um de um jeito estão brilhando né sem renunciar ou renunciando à maternidade tanto falam essa questão a questão é quem você quer ser como você quer viver a sua
vida à vida atua sem é sem ser sem o primeiro próximo de uma maneira que você afeta positivamente próximo negativamente a outra questão era é a pessoa gostaria de saber sobre a relação de focou com a psicanálise ataque uma vez que as questões as relações do poder e corpo desejo a subjetividade haviam sido abordados por frontin eu acho que há há há pessoas especialíssimas né super especialistas nessa nesse tema que tem se dedicado como professor ernani chaves e da universidade federal do do pará não é e tem livros publicados sobre cocô e psicanálise aqui no
brasil estudou na alemanha uma discussão uma maravilhosa é é em princípio poderia dizer que o focou se opõe à psicanálise mas recentemente eu também li um texto do focou em que ele ele faz uma afirmação em relação à fraude maravilhosa ele ele fala que o floyd transformou a racionalidade da sua época na medida em que ele introduziu os sonhos para pensar é o indivíduo e que antes né o sonho de menor importância é não há como como negar a importância de foe freud que transformou profundamente a teoria da degenerescência doutor lombroso né que vinha anteriormente
quer dizer é uma é um é de uma riqueza é muito impressionante agora é o focou tem algumas alguns textos eu acho então tem textos em que ofuscou fala uma coisa e faz uma crítica tem texto em que ele defende eu não sei eu não saberia dizer ele tem esta posição eu acho que ele tem ele ele conversa crítica é é mas enfim é eu penso também que hoje a psicanálise não é psicanálise de 40 anos 50 anos atrás ela também mudou muito e também ela tem outras maneiras de ddt ajudar a se pensar e
bom eu faço eu faço terapia que o psicanalista há muitos e acho que é um é muito bom é muito bom porque eu tenho que me ajudar não é é uma pensando me ajuda me pensar é a entender as motivações é porque não é agora e eu também penso que então não tem como negar o aporte da psicanálise né agora provocou você tem que pensar que por uma pessoa que faz a crítica do cristianismo no nível que ele faz porque ele vai dizer assim não é só que o modelo cristão é de produção da subjetividade
de é que que se pauta pelo exame disse pela confissão pela purificação por essa hermenêutica de se quer descobrir o eu que que existe dentro de você e que você é instaura ele dizer esse modelo instaura uma relação de si para consigo de desconfiança você tem que saber se está sempre em suspensão porque afinal é você está querendo que você quer ou é o diabo sant''anna está dentro de você no diabo no corpo que tá aqui ó entendeu então se é esse o modelo se esse modelo cristãos é se tornou um modelo que chegou em
toda em outras esferas é essa idéia de que você nunca sabe de você e que você tem que estar em eterna vigilância daqui vai querer uma coisa que não pode querer que você vai fazer uma coisa pra fazer enfim essa idéia da vigilância 24 horas é é destrutiva é uma destruição não é uma construção de cinco quer dizer para os gregos na verdade cada um tenha tempo não tem o diabo no corpo neves não são cristãos que são pagãos né eles têm seus deuses lá mas quem sabe de mim sou eu no mundo grego sou
eu que sei é o meu regime alimentar o que ou as idéias zona o que não quer dizer que eu não precise do outro mas o outro é aquele que me dá a mão e me ajuda nesse trabalho de controle não é aquele que me decifra que diz quem eu sou na verdade você é um psicopata não é você o perverso sexual não é bem isso e eu penso que a psicanálise é bastante sofisticada tratei maneira de trabalhar com a produção da subjetividade para ajudar o indivíduo a chegar a ele mesmo é de uma maneira
incrível eu queria contar para as mulheres que há pouco tempo eu descobri que a palavra b negada em inglês é self lecce aí fiquei chocado self leves rolés sem casa sem teto céu filés sem eu na terrível porque pensar que as mulheres sólido caso o usuário não foi o caso da ceb negadas as mulheres foram então o cristianismo em cima das mulheres fala sério além da eva responsável na alma o mito de origem da gente eva responsável pela queda não do homem da humanidade só não começa a eva depois é se o primeiro casal que
fiquem foi pelo casal adão e eva se relacionar o que aconteceu a queda foi expulso para isso não pode dar certo essas histórias não pode dar certo é muito difícil esse mundo é muito difícil eu acho que nós precisamos sim da psicanálise e pps que ficou é concordaria comigo a psicanálise é fundamental com todas as críticas que ele possa ter a leitura do floyd e se aquilo né mas eu acho que é isso não tem como não tem como maretti bom é é antes de mais nada agradecer né o que você trouxe pra nós aqui
hoje através desse a esse autor desse filósofo tão importante gostei de ouvir um pouco mais né sobretudo a partir da perspectiva que você trouxe que é da ética para uma vida não fascista e sobretudo né é nesse apelo nessa convocação que o que o fogo faz um ativismo ético e político em todo o seu pensamento e também através da sua militância porque não só enquanto intelectual mas também enquanto militante ele de fato né patente ou néné através de atitudes é o que ele pensava no momento nem que a política é tão demonizada né em que
apelos moralizantes também circulam né no nosso meio é em que medida nephu kohl pode nos trazer justamente uma atitude né outra que não é essa que muitas vezes a gente encontra por exemplo em candidatos porque se coloca por exemplo como não políticos e justamente é reforçando essa demonização da política e focou justamente faz uma pelo contrário é fazer uma divisão ético e político que foge justamente essa demonização da política e sobretudo com essa versão cada vez mais moralizante de apelo às massas sabemos que você como historiador a sabe como ninguém é que os fascismos sempre
faz um grande apelo moralizante as massas como justamente potencializar atitudes não fascistas diante de um diagnóstico desse nosso presente atual obrigado mais uma vez olha a capa obrigada pela sua questão é que certamente você sabe responder bem melhor do que eu e que é muito difícil porque veja é ufu co é ele ele inaugura uma outra forma de de uma outra uma outra forma de cd de militância né ele coloca em cena outra forma de militância é outro quando e entrevista ele vai dizer eu eu penso que a tarefa dada do intelectual não é dizer
a verdade para as massas não é ser nele ele certamente está fazendo uma crítica ao modelo leninista nessa idéia de que o partido vai conduzir é as massas é não é e qq porque ele é detentor da verdade porque ele tem uma ciência objetivo que é capaz de entender o mundo e portanto ele vai passar isso ele vai vai vai definir o caminho ora o foco vai fazer que ele vai chegar num momento em que nos anos 70 o marxismo está se difundindo na sociedade brasileira não é está se difundindo a sociedade brasileira ele vai
chegar falando contrário ele vai falar 'não eu penso que o intelectual tem que ser específico ele ele é aquele que sacode as evidências torna visível que está o que é visível ele diz família familiares a olhar ele problematiza a é as relações e as e denuncia as formas do pólo de poder o fascismo de cada dia fazemos o nosso inclusive nosso do outro nosso de cada dia então ele faz isso no seu espaço no seu campo não é quer dizer é naquela época o intelectual o militante revolucionário suponha se que ele abandonasse tudo por exemplo
fosse trabalhar nas fábricas junto ao proletariado que seria classe e revolucionária por excelência o futebol está falando na contramão disso ele está dizendo não ele não tem que sair do lugar onde ele está ele é aonde ele está aqui ele pode transformar são nessa ação são transformações pequenas pontuais mas enfim é o que é o que é nós podemos fazer quer dizer ele não acredita que alguém tenha a chave olha agora é o seguinte a evolução no brasil vai ser por esse caminho a sair dessa então eles acredita dessa postura ele vai trabalhar muito mais
com essa idéia de um de uma tarefa de crítica da cultura crítica do poder crítica das interpretações é muito mais do que a idéia de óleo meu projeto é tal então não tem nenhum texto do focou em nenhum momento em que ele vai definir um projeto de transformação da sociedade e ele foi muito cobrado por por causa disso lembra você fala fala fala desconstrói tudo critica tudo não propõe nada no lugar e ele falava não é a tarefa do intelectual ele não é deus que está ali e vai de iluminar as massas aí seria cair
na figura do pastor que sabe porque ele é iluminado por deus entende quando o rebanho ora não é disso que se trata é provocou a saída certamente são construções coletivas são construções coletivas são as pessoas que que vão propor o que elas querem que vão criar os modos de existência que elas querem conforme as disponibilidades né é agora o que eu acho interessante nessa militância dele porque também eu acho que tem que entender um pouco o contexto né nessa década que ele está chegando né pra nós na década de 70 começo dos anos 70 é
a subjetividade é uma um termo que numa questão que não se discute a isso não tem importância é psicanálise nem pensar é sexualidade e depois era super estrutura o importante era mudar as relações sociais de produção o negócio era auto gestão da produção nas fábricas auto gestão da produção no campo acabando com a propriedade privada e tendo a autogestão econômica dada dos meios é dada dos produtos não é das mercadorias dos produtos o que aconteceria vou as pessoas se transformariam elas deixariam de ser egoístas deixariam c a história mostrou que não é necessariamente assim pode
acontecer e pode não acontecer não é imediato não é não necessariamente você é ver todo mundo ter terra todo mundo ter propriedade vai significar que as pessoas não serão mais competitivas invejosas é balão na outra não é isso essa mudança passa por um trabalho ético um trabalho sobre si por uma formação por uma discussão então a questão que não é uma questão de vigilância não é porque eu também me lembro muito bem nos meus tempos de militância estudantil na década de 60 nos anos 60 e 70 que você tinha que gostar disso essas músicas de
sucesso autores é que às vezes não gostava não é então e isso está mais próximo de renúncia descido e de afirmação de si não é de repente não gostava da música que aquele grupo político com o qual você se identificavam gostava mas eu não podia falar muito porque senão você era burguesa pequeno burguesa não é então não dava certo é então eu fui chega nesse momento e fazendo a crítica isso e pensando uma outra modalidade de uma outra possibilidade de ser também militante e ele na verdade vai participar do jipe que o grupo de informação
das prisões ele vai trabalhar com prisões que na época era visto como nunca em proletariado era assim pra que lidar com o preso para não fazer nada pois o conservador reacionário tem que investir no proletariado no setor que vai fazer a revolução entendeu e para ele isso se isso significava uma má hierarquiza são exemplos observar que usar essas pessoas vale apenas as pessoas não vale a pena não é assim né então eu penso que ele trabalhou no sentido de definir um outro tipo de militância é de pensar um outro tipo de engajamento político e certamente
o seu pensamento político ele está falando contra o fascismo fascismo nosso de cada dia quando o poder pela liberdade pela constituição desse como uma outra forma um pouco como ética então focou junta política e ética ética para ele é fundamental na medida em que se ele tem uma frase linda no momento eu preciso achar porque essa é muito bonita ele diz assim quando ele está estudando o cinismo no final da sua vida nessa nesse livro lindo chamado a coragem da verdade a coragem na verdade ele diz assim e essa prática da verdade que caracteriza a
vida química não tem por objetivo simplesmente de se dizer e mostrar o que é o mundo em sua verdade ela tem por objetivo por objetivo o objetivo final mostrar que o mundo só poderá alcançar sua verdade só poderá se transfigurar e todos se tornar outro para alcançar o que ele é e sua verdade à custa de uma mudança de uma até alteração completa na relação que temos conosco e é nesse retorno desse assim é nesse cuidado de si que se encontra o princípio da passagem para esse mundo o outro prometido pelo cinismo é lindo é
difícil né teve a idéia de que se o mundo não se encontrar consigo mesmo encontrar sua verdade ele não poderá se transferir ar ele não poderá ser o ser outro mudar porque nem está sabendo do que se de estudos né então eu acho muito bonito isso porque é essa questão da verdade e olha essa questão da verdade estava colocado nos movimentos revolucionários claro né anarquismo comunismo socialismo desde o século 19 falavam que um homem novo formar o homem novo do novo mundo essa questão está colocada só que enfim um tipo de leitura em que a
subjetividade sexualidade não eram consideradas fundamentais e vem ofuscou e diz mas na sociedade burguesa na sociedade moderna a sexualidade virou rei qualquer coisa que vai fazer passa pelo sexo vai vender carro você tem uma propaganda que é uma mulher nua porque ele faz a pergunta por que a sexualidade se tornou a definidoras da identidade porque os gregos aceitem o sexo é importante mas a alimentação é mais importante um certo estão mais preocupados em ter manuais de orientação é da alimentação do da atividade sexual ele fale ao longo da história isso fez assim foi havendo uma
inversão ea sexualidade ficou o sexo ficou fundamental para definir a identidade e se dividir a humanidade em heterossexuais e homossexuais expulso entendeu que é uma reviravolta muito grande de um pensamento como marxista que considerava que a sexualidade é uma questão secundária que havendo a revolução social às mulheres se emancipar iam houve a revolução social não devem nem se param porque as coisas passam por outros canais né também ele faz a crítica o haxixe é porque ele vai dizer o racha e achou é a revolução sexual do haxixe que é bárbaro maravilhoso né nos anos 30
o racha achou que o que a repressão que era que você teria que lutar contra a repressão para chegar a ser o que você é quero uma questão de repressão e o codis não é uma questão de repressão não é assim você está aqui o poder 20 esmaga então você tem que tirar o poder o poder está nas entranhas está no seu desejo de confessar e dizer que você é um perverso sexual porque você se masturba provocou isso é uma projeção da narrativa dominante hegemônica mas é que de um grupo social e têm lugar de
fala né entendeu então eu acho que é muito diferente e e claro é difícil é difícil porque não faz parte do nosso repertório nós não fomos educados a pensarem subjetivação nós fomos educados a pensarem sujeição entender a dominação como sujeição e a pensar em renúncia disse é assim que foi a nossa educação e por isso é muito difícil um pensamento que desloca e te faz pensar é é prisão é bom te tem que ter prisão tinha pressa na grécia aliás a punição uma saída enfim não sei eu não sei responder ele também responde é que
não é eu acho que não é não somos nós é a sociedade que vai responder agora o problema é que é difícil né galera infelizmente não chegamos ao fim do nosso debate o tempo se esgotou