MURO DE BERLIM: da CONSTRUÇÃO à QUEDA

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Tinocando TV
A ascensão e a queda do Muro de Berlim. De um lado está a Alemanha Ocidental, capitalista, fruto da...
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9 de novembro de 1989, Berlim. Milhares de pessoas se reuniam ao redor de um muro que separava não somente a capital da Alemanha, mas também dois mundos completamente diferentes. De um lado está a Alemanha Ocidental, capitalista.
Do outro lado está a Alemanha  Oriental, socialista. A construção e a queda do Muro de  Berlim ficaram marcadas na história como um dos principais acontecimentos  que moldaram a sociedade moderna. Quais foram os motivos para a  construção de um monstro de concreto que dividiu uma cidade em dois?
E quais foram os impactos para uma sociedade que viveu separada por quase 30 anos? O que nós sabemos é que o mundo  nunca mais foi o mesmo depois do Muro de Berlim, hoje no Investigando Atlas. Oi, eu sou o Tinôco e quando  a Alemanha foi derrotada na Segunda Guerra Mundial, os aliados compostos por França, Estados  Unidos, União Soviética e Reino Unido resolveram dividir o território alemão em 4, um pedaço para cada um.
Só que se você perceber bem,  a capital da Alemanha, Berlim, fica completamente dentro  da zona da União Soviética. Então para não ficar tudo na mão de um só, eles resolveram dividir também a capital. De início, o objetivo era  simplesmente controlar a Alemanha para que ela não voltasse a  fazer o que ela tinha feito na Primeira e na Segunda Guerra, ninguém aguentava mais esse  bicho spawnando o tempo inteiro!
Eles nem tinham ideia na  época, mas dentro de 2 anos, as tensões entre os governos da  União Soviética e dos Estados Unidos iria mudar a história para sempre. Isso só aconteceu porque ambos queriam  espalhar sua influência pelo mundo, construindo um país baseado  em sua ideologia política. O problema é que eram objetivos  diferentes para uma mesma Alemanha e isso só poderia resultar em mais tensão.
Segundo Winston Churchill, a Europa  estava dividida por uma Cortina de Ferro que separava o continente entre  o lado capitalista e socialista. E isso tudo era evidenciado  claramente na Alemanha, onde essa divisão era literal. E para piorar ainda mais a torta de  climão que estava se formando na Alemanha, o lado Ocidental resolveu trocar a moeda do país, criando assim o Marco Alemão.
Isso tudo desvalorizou completamente o  dinheiro do lado Oriental da noite pro dia, já que agora, eles teriam que lidar  com uma enxurrada de notas entrando. Só que ao contrário do que as pessoas imaginam, isso não é bom pra economia de um país, graças à lei da oferta e da demanda. Por exemplo, enquanto você  tinha 1 real para comprar 1 pão, agora você tem 10 reais para comprar o mesmo pão, o que faz o preço dos produtos subirem, já que a sua produção não  aumentou proporcionalmente.
Só que o que mais deixou a União Soviética bolada é que quando a Alemanha foi dividida, o objetivo era controlar o país  todo mundo junto ao mesmo tempo, tomando as decisões em conjunto. Mas como os Estados Unidos meteu o louco, a União Soviética se viu no  direito de meter o louco também, lançando seu próprio dinheiro com  o nome de Marco Alemão-Oriental. Ela informou às outras potências que sanções econômicas e administrativas  seriam aplicadas em Berlim caso eles não aderissem à nova moeda, já que a União Soviética queria que todo  o seu território usasse o mesmo dinheiro.
Os Estados Unidos, obviamente, não aceitaram e assim nasce o Bloqueio de Berlim, onde os soviéticos impediram a passagem de comida, material e suprimento ao lado ocidental, bloqueando toda estrada, ferrovia  ou hidrovia que permitisse que qualquer coisa chegasse do outro lado. Bom, mas aí os Estados Unidos falaram: É, se não pode por água, se não  pode por terra, eu vou pelo ar! Ao longo de 1 ano, mais de 200 mil voos  passaram por cima de Berlim Ocidental, despejando mais de 4 mil toneladas de suprimentos.
Vendo toda essa parada acontecendo, o Stalin resolveu deixar o bloqueio  de lado e remover essa parada. Pouco tempo depois, nasce a  República Federal da Alemanha, também conhecida como Alemanha Ocidental, com sua capital provisória sendo Bonn. E com isso, a União Soviética cria  a República Democrática Alemã, conhecida como Alemanha Oriental  com a capital sendo Berlim.
O lado capitalista começou a receber uma série  de apoios financeiros dos Estados Unidos, o que inflou a sua economia,  gerando o que ficou conhecido como Milagre Econômico Alemão. E isso criou um fluxo enorme de pessoas  querendo passar para o outro lado. Em 1950, 187 mil pessoas  atravessaram para o Ocidente.
Em 1951, 165 mil. Em 1952, 182 mil. E em 1953, 331 mil.
Isso aconteceu porque na época não  havia muita fiscalização nas fronteiras, você precisava de no máximo um  documento ou outro para passar, mas isso não ficaria assim. Depois de uma reunião entre os líderes soviéticos, ficou decidido que as fronteiras seriam  fechadas e rigorosamente fiscalizadas, principalmente em Berlim, já que ela  era basicamente uma ilha capitalista no meio de um oceano soviético, o que fez com que a capital  se tornasse cada vez mais um ponto de tensão entre as duas potências. E para piorar, em 1955 a Alemanha  Ocidental se torna parte da OTAN, que tem como objetivo impedir  os avanços soviéticos.
Como contrapartida, a URSS  firma o Pacto de Varsóvia, uma aliança militar para proteger os países  que faziam parte do espectro socialista. E para impedir que uma Terceira  Guerra Mundial começasse, em 1961, o primeiro-ministro soviético, Nikita Khrushchev, se encontra com o presidente  norte-americano, John F. Kennedy, para discutir a situação de Berlim.
E obviamente não teve diálogo nenhum, ficou um ameaçando o outro. Então, a União Soviética decide que não dá mais! E no dia 13 de agosto de 1961, começa a fechar as fronteiras  de Berlim com arames farpados.
Sendo esse oficialmente o  primeiro dia da construção do que ficou conhecido como o Muro de Berlim. 186 torres de vigilância, quase 500 cães de guarda e milhares de soldados que  percorriam todo o trajeto. Diferente do que muitos imaginam, o Muro de Berlim não era  apenas um muro, mas sim, dois.
Entre eles haviam cercas eletrificadas,  arames farpados, alarmes de som e infinitas armadilhas que poderiam ser usadas contra fugitivos a pé, de carro ou até de tanque. Havia também uma faixa de  areia construída com o objetivo de revelar possíveis pegadas  de quem tentasse atravessar. Eram mais de 200 mil toneladas de concreto e 40 mil blocos que somavam  mais de 4 metros de altura.
Alguns ainda tentaram a sorte de pular o muro, mas dificilmente conseguiam atravessar. Segundo a própria Fundação do Muro de Berlim, ao menos 140 pessoas morreram  tentando ir de um lado pro outro. Existem relatos de alguns trabalhadores ocidentais que moravam em Berlim Oriental, já que o custo de vida lá era mais barato, e agora estavam presos do outro lado.
De certa forma, o muro  realmente cumpriu seu objetivo. Agora, pouquíssimas pessoas  conseguiam atravessar a fronteira, o que também desmantelou o  mercado negro de suprimentos, que saia do lado capitalista pro socialista. Pelo lado Ocidental, o muro foi  visto inicialmente de forma positiva, porque antes, existia um grande  medo de que a Alemanha Oriental tentasse anexar Berlim por completo, mas a construção desse muro era um  sinal de que isso não iria acontecer.
Mesmo assim, essa construção foi  péssima para a União Soviética no âmbito internacional, principalmente com os seus aliados, já que o Ocidente transformou o  muro em um símbolo de tirania, que foi reforçado pelas imagens de pessoas  sendo baleadas ao tentar atravessar. É importante ressaltar que a vida em Berlim  Oriental não era exatamente um pesadelo como era passado pelas propagandas do Ocidente. Isso porque, tanto a educação  básica e o tratamento médico quanto a moradia, o alimento e o transporte eram serviços gratuitos ou muito baratos.
A prática de esportes era muito acessível,  tanto que durante o Muro de Berlim, a Alemanha Oriental sempre ficou  em segundo lugar nas Olimpíadas, perdendo apenas para a própria União Soviética. Em contrapartida, a Alemanha Ocidental  ganhou uma Copa do Mundo em 1974. Mesmo assim, a liberdade individual  de cada um era altamente restringida.
Como, por exemplo, as casas, por  serem administradas pelo Estado, eram todas padronizadas, de modo que havia pouquíssima variedade de  bens de consumo que você pudesse comprar. Você não tinha muita autoridade para  questionar o que estava acontecendo, diferente do lado Ocidental, onde a  liberdade de expressão era garantida. Mas, só para você ter noção, o PIB per  capita da Alemanha Oriental em 1988 era 6 vezes maior do que o do Brasil no mesmo ano.
Já na Alemanha Ocidental havia  uma enorme liberdade educativa, junto a uma variedade  cultural e de entretenimento. Graças ao investimento do que ficou  conhecido como Plano Marshall, a Alemanha Ocidental conseguiu se  reconstruir relativamente rápido, atingindo um PIB quase 2 vezes  maior do que o de seu irmão. E por Berlim Ocidental estar  cercado por um inimigo político, as pessoas comumente viviam com um  sentimento de medo e insegurança.
Isso fez o próprio John Kennedy  ir até Berlim Ocidental em 1963 para fazer um de seus discursos  mais famosos no qual ele diz: “Ich bin ein Berliner”, ou  seja, “Eu sou um berlinense”, declarando seu óbvio apoio ao lado ocidental. Depois de um tempo, a flexibilidade  de travessia foi melhorando e os dois Estados concordaram que poucas  pessoas podiam visitar o outro lado. Em 1972, tanto a República Federal da  Alemanha quanto a República Democrática Alemã se reconheceram pela primeira  vez como dois Estados soberanos, o que diminuiu a tensão entre os dois países e hoje, esse momento é  reconhecido como o primeiro passo para a reunificação da Alemanha.
Uma coisa que a gente tem que entender é que essa separação foi completamente forçada e muitos dos alemães ainda se  sentiam pertencentes a um só país. Tanto que quando eles se reconheceram, o discurso é que eles eram  dois Estados de uma só nação. Acima de lado oriental ou ociental eles ainda eram uma mesma Alemanha.
E aqui, nós chegamos na década de 1980, onde Gorbatchov se torna líder da União Soviética, e depois de um monte de eventos, ela  começa a perder força economicamente. Assim, já não era mais possível manter  um monte de Estados satélite na Europa, dessa forma, o Bloco Soviético  começa a se enfraquecer. Isso fez com que algumas manifestações  começassem na Alemanha Oriental, o que marcou o início da  chamada Revolução Pacífica, que atingiu o seu auge no  dia 4 de novembro de 1989, quando mais de meio milhão de pessoas se reuniram na grande praça pública Alexanderplatz exigindo mudanças políticas.
Na verdade, ao redor de todo o mundo estava acontecendo uma busca  pela liberdade dos povos. Na América do Sul, as  ditaduras estavam terminando. Na Ásia, a China se abre economicamente e na Europa as fronteiras austríacas  são abertas para a passagem húngara, que fazia parte daquele Pacto de Varsóvia.
A partir daí, o governo soviético resolve flexibilizar ainda mais quem  entra e quem sai de Berlim e lança uma série de regulamentações que deveriam ser aplicadas no  dia 10 de novembro de 1989. Então, o chefe do partido em  Berlim Oriental, Gunter Schabowski, é encarregado de anunciar todo esse  novo plano em uma coletiva de imprensa e esse é o começo do fim do Muro de Berlim. Schabowski não participou da reunião que  definiu essas leis que seriam aplicadas, muito menos teve tempo para revisar  o que seria falado na coletiva.
Assim, ele começa a apresentação dizendo  sobre a flexibilidade das fronteiras e que agora, por exemplo, as viagens ao exterior seriam menos regulamentadas e tudo mais. Depois disso, ele começa  a responder às perguntas. A primeira patetada que ele  faz é responder a um repórter que não sabia se precisaria de  passaporte para atravessar o muro, o que já faz começar um burburinho.
Então, Riccardo Ehrman, um outro jornalista, questiona quando as  regulamentações entrariam em vigor, e Schabowski responde: “Pelo que eu sei, entram em vigor imediatamente. ” Assim, o completo caos começa  não somente dentro daquela sala, mas também nas ruas de Berlim Oriental. Dezenas de milhares de pessoas  começaram cercar o Muro de Berlim após ouvirem a notícia de que  as fronteiras seriam abertas.
Os guardas não queriam deixar ninguém passar, mas era impossível controlar tanta  gente sem usar a força bruta. Nenhuma autoridade do exército  queria assumir a responsabilidade de deixar a galera passar pro outro lado, pelo menos até dois comandantes cederem e ordenarem as tropas que abrissem a fronteira sem nenhuma ou pouca regulamentação. Do outro lado, muitos berlinenses esperavam  seus vizinhos com champanhe e flores.
A noite do dia 9 de novembro de 1989 é marcada como o dia da Queda do Muro de Berlim, mesmo que ele não tenha sido derrubado de fato. A queda literal do muro só veio  a acontecer nos anos seguintes, quando os próprios cidadãos começaram  a destruir esse símbolo da separação. Com isso, iniciou-se o processo  de reunificação da Alemanha, com o Tratado de Unificação  que dissolveu o lado Oriental e o integrou completamente ao lado Ocidental.
Apenas algumas pequenas partes do Muro  de Berlim se mantêm de pé até hoje. Elas servem para nos lembrar de um passado  não tão distante que a humanidade viveu. Quantas vidas foram impactadas por esse muro?
Quantas pessoas foram separadas  por ele? Nós jamais saberemos. O Muro de Berlim não foi somente  uma barreira de concreto e aço, foi também uma cicatriz  deixada em uma cidade dividida, um símbolo brutal de tudo que  representou a Guerra Fria.
Por quase 3 décadas, o Muro de  Berlim foi uma testemunha silenciosa de um mundo separado à força. Enquanto a sua construção  simbolizava a separação, a sua queda vem para nos mostrar o poder  da união e da resiliência humana. Bom, esse foi o vídeo, eu  espero que você tenha gostado.
Enfim, se você gostou, deixe o seu  like, se inscreva no canal aqui embaixo. Me siga nas redes sociais @tinocandotv, muito obrigado pelo seu  acesso e até o próximo vídeo. Assista esse aqui e esse aqui também.
Tamo junto, valeu, falou, um grande  abraço do Tinôco e lembre-se: a existência é passageira. Tchau!
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