Olá pessoal hoje eu tô aqui com o Dr Rodrigo Silveira aqui é médico psiquiatra e que veio explicar pra gente o que que é autismo Dr um para cada 36 é a última estatística que saiu né O que que engloba o que que faz uma pessoa ser diagnosticada com autismo [Música] se o autismo de fato tá cada vez mais presente na nossa sociedade e o que que é o autismo o autismo é uma síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que as crianças nascem e que percorre durante toda a trajetória de vida com eles
e esses sinais e sintomas são basicamente construídos em cima de dois pilares o primeiro deles é a questão da comunicação social né que para os pais é o que mais leva na verdade com dúvidas de sobre se a criança tem ou não autismo normalmente associado com atraso na linguagem um atraso da fala mas é toda questão relacionada a comunicação social e além da comunicação social a questão dos comportamentos restritos e estereotipados Então essas são as os dois pilares com que se sustenta o diagnóstico do autismo é muito Ampla as crianças são muito heterogênese essa é
uma característica marcante do autismo porque às vezes vão ter pessoas que vão dizer assim ah mas o meu filho abraça Ah mas o meu filho olha nos olhos e às vezes se excluem ou se faz um diagnóstico em cima de um ponto específico então o autismo é muito heterogêneo e muito amplo e portanto não é tão simples fazer o diagnóstico sobretudo em crianças pequenas com um nível leve aí a gente precisa ter um olhar muito mais treinado e idealmente esse diagnóstico é feito de uma forma horizontal ou seja em mais de uma consulta e feito
por mais de uma pessoa de uma maneira multidisciplinar ainda que seja um médico que tenha a responsabilidade técnica perante a justiça né de assinar esse laudo de garantir esse diagnóstico esse diagnóstico idealmente ele é feito pelo menos por uma psicóloga comportamental por uma fonoaudióloga e por um médico né que esses diferentes olhares somados vão garantir para o médico a tranquilidade de ele poder dar esse laudo Mas a questão mais importante desse vídeo eu já quero deixar claro aqui de saída aqui se existe uma dúvida se essa criança tem ou não autismo ou algum atraso de
desenvolvimento o mais importante é levar essa criança logo para as terapias é fazer com que ela tenha um acesso muito rápido a terapia comportamental com estratégias naturalistas que é o que a ciência nos garante que vai ser o que vai nos possibilitar uma maior modificação nas estruturas desse cérebro dessa criança na maneira com que as diferentes do cérebro conversam entre si e com isso reduzir os sintomas que causam muito transtorno que causam dificuldades na vida dessa criança então se existe dúvida leve essa criança para terapia Porque se ela não for diagnosticada depois não tiver essa
definição do diagnóstico de qualquer jeito Isso vai ter contribuído muito com o desenvolvimento dessa criança e se essa criança tiver autismo isso vai ter sido a coisa mais importante que pode ter sido feita para mudar a história desse transtorno a maneira com que vai se desenrolar isso ao longo da vida dessa criança porque a gente sabe que principalmente os primeiros três anos de vida mas durante todos os seis anos iniciais da vida dessa criança é onde ela mais absorve o meio ambiente é onde mais tratamentos tem efeito devido essa questão da neuroplasticidade ou seja essa
capacidade desses circuitos neuronais se modificarem conforme a relação com o meio ambiente então quando a gente fala em diagnóstico o que me deixa Muito angustiado às vezes Maíra é as pessoas ficarem presas a detalhes presas a questões de manuais diagnósticos e ficar empurrando com a barriga questão que é mais importante que é levar essa criança para o atendimento comportamental dito isso a gente pode explorar um pouco melhor o entendimento né hoje a gente tem aí o dsm5 tenha si de 11 que basicamente descrevem esses sinais e sintomas da mesma forma né E que nos ajuda
muito a gente usar ferramentas de rastreio aqueles questionários que podem ser feitos por um profissional qualificado ou até uma avaliação neuropsicológica que vão ajudar muito no diagnóstico de dar clareza da sutilezas que vão ajudar muito principalmente nos casos leves né a gente sabe que o transtorno do espectro do autismo é dividido em três níveis de gravidade né o nível 3 que precisa de muito suporte que são as crianças mais graves que acabam não conseguindo desenvolver fala e que muitas vezes estão Associados inclusive com deficiência intelectual é muito fácil de fazer diagnóstico porque essas crianças já
nascem desde bebezinhos muito diferentes ao contrário do nível 1 né que são crianças que inclusive muitas vezes falam que aprendem a falar mais de um idioma com muita facilidade mas já lá desde cedo desde bebezinho a gente já vê o que estrutura essa síndrome que é a dificuldade na educação social a dificuldade de fazer esse bate-bola olho no olho e também esses comportamentos restritos estereotipados os mais conhecidos são essa questão de alinhar os brinquedos de questões muito relacionadas a simetrias a questões de andar nas pontas dos pés ou mesmo estereotipias mas importante dizer o que
que às vezes a pessoa diz assim não o meu filho não tem estereotipia então ele não é autista não é simples assim e muitas vezes o médico por exemplo de uma unidade básica de saúde ou um Pediatra não tem a qualificação necessária a gente precisa qualificar essas pessoas inclusive de fazer esse rastreio de entender a sutileza do diagnóstico das crianças que são mais leves É porque quando eles são pequenos e os sintomas precisam aparecer antes dos três anos de idade apesar de ser diagnóstico ser mais tardiamente principalmente no Brasil lá perto dos cinco anos de
idade para ser autismo tem que ter começado esses sintomas cedo né com certeza as pessoas estão com muitas perguntas e dúvidas e podem ir colocando aqui nos comentários que nós vamos fazer mais vídeos se preciso for para complementar tudo que vocês querem saber aproveita que você vai nos comentários e já dá um joinha porque esse vídeo é muito importante manda para pessoas que vão se beneficiar dele porque sabe Rodrigo é difícil a gente ouvir assim dos médicos isso ter esse embasamento ter essa força que traz um médico altamente qualificado para falar sobre isso porque o
que a gente vê na maioria das vezes a gente recebe relatos todos os dias é de famílias angustiadas Porque as mães percebem as mães sentem que tem alguma coisa no desenvolvimento dessa criança que muitas vezes elas não são ouvidas muitas vezes se se coloca assim ai tá é corujista de mãe é mãe neurótica vai trabalhar vai fazer alguma coisa E aí depois fica fácil de ver o atraso porque o atraso vai se acumulando conforme esses prejuízos essas diferenças vão trazendo Barreiras de aprendizagem né Isso é muito importante né E mesmo essa questão dos os sintomas
aparecerem antes dos três anos na própria descrição do manual diagnóstico lá do dsm né aquela discrição ela é feita para ser aplicada numa criança de mais ou menos três anos de idade então muitas vezes tu vai usar aqueles critérios para um adolescente para uma criança maior ele precisa ser levado em consideração a história pregressa daquele daquela criança e como é que ela se comportava ao redor desses três anos de idade nesse mundo acelerado que a gente vive e as pessoas pressionadas às vezes por muitas demandas as consultas médicas é importante ser dito que não podem
ser rápidas não tem como em 5 minutos em 15 minutos tu fazer ou não um diagnóstico de autismo é Preciso com que se escute muito esses cuidadores é Preciso com que se Observe essa criança e nos diferentes contextos em que dê tempo para ela mostrar as potencialidades e as deficiências dela e isso a gente não consegue fazer num estalar de dedos então a gente precisa tanto qualificar os médicos qualificar as pessoas que estão lá na ponta de aplicar esses rastreios de entender a sutilezas relacionadas ao diagnóstico quanto melhorar a qualidade das consultas em si que
as pessoas possam ter tempo de ser avaliadas né porque no autismo ou em qualquer outra condição relacionada com o neuro desenvolvimento tempo importa muito e a angústia toda é essa tu citou isso que o diagnóstico é feito lá perto dos cinco anos foi feito um trabalho vendo isso em diferentes países do mundo e incluindo o Brasil esse artigo foi publicado acho que em 2017 e ele mostra lá que no Brasil o diagnóstico é feito em média em 4,7 anos né ou seja com quase cinco anos de idade que é justamente quando se está encerrando a
primeira infância então isso Talvez seja coisa que mais angustia a gente no sentido de trazer informação para que as pessoas possam se movimentar da maneira certa o quanto antes Porque quanto mais cedo maior a chance de a gente modificar essas estruturas cerebrais só para reforçar isso e ficar mais claro para as pessoas né então o autismo é uma condição que está aos genes né uma série de gênes existem mais de 400 genes que estão implicados né na questão do transtorno do espectro autista e uma pessoa quando nasce autista ela é um herdo parte desses genes
da família do pai parte desses genes da família da mãe e a mistura desses genes que faz com queloda esse diagnóstico com que esse cérebro organiza essas estruturas esse circuito cerebrais a forma com que essas diferentes regiões Conversem entre si venham feitas de uma forma atípica e essa maneira típica conquistar conectado o cérebro é responsável Então por esse sintomas de dificuldade de comunicação social de interesses restritos e estereotipados das questões sensoriais que a gente tá vendo inclusive que são os primeiros sintomas que a gente pode ver numa criança então tudo isso está relacionado para a
gente entender o que é o autismo mas se tem uma mensagem importante de a gente passar aqui Maíra é que se as pessoas estão em dúvida que elas procurem logo uma intervenção comportamental que elas consigam ter orientação a primeira coisa importante no tratamento é com que esses pais tenham aí uma um coaching parental com que esses pais saibam O que fazer com análise do comportamento aplicada preferencialmente de uma forma naturalista mas com que ele saibam O que fazer no dia a dia com os comportamentos de birra com as questões de agressividade com conseguir enriquecer o
ambiente e a maneira como que se faz o bate-bola com essa criança né esse olho no olho da criança para a gente conseguir desde muito em todos os momentos da vida dessa criança a gente conseguir modificar a forma com que esse cérebro se estruturou de uma forma típica buscar os olhos dessa criança se posicionar na mesma altura dela consegui fazer tudo isso que a Maíra ensina a gente a tanto tempo aí né e a nossa mestra nesse sentido Então se as pessoas têm dúvida a respeito do diagnóstico se instrumentalizem aprendam aprendam a questão da terapia
comportamental feita de forma naturalista como até a Maíra sempre fala né que isso não serve só para crianças autistas e isso serve para todas as crianças com ou sem atrasos no desenvolvimento perfeito muito obrigada por todas essas informações com certeza tem pessoas que precisam de mais ajuda e que podem te encontrar lá no Instagram né lá o Rodrigo abre caixinhas de perguntas nos Stories coloca post sempre muito atualizados que o seu Instagram é @dr Rodrigo Silveira certo podem te encontrar lá e também falar com você no Direct Com certeza a gente sempre tá lá tentando
justamente oferecer para essas pessoas instrumentos ferramentas para gente transformar para melhor a vida dessas crianças com autismo das suas famílias que bom muito obrigado eu te agradeço em nome de toda a comunidade porque a gente precisa muito disso porque esse tipo de Conduta é diferente nesse mundo que é tão comum obrigada mesmo Rodrigo até o próximo vídeo pessoal até tchau tchau [Música]