o Olá pessoas eu sou Natasha reneman Este é o redemunhando sejam bem-vindos E hoje é dia de comentar com vocês Esse livrasso essa viagem que é o livro A queda do céu palavras de um chá mãe ianomami escrito pelo Davi copenal e pelo Bruce Albert publicado no Brasil pela companhia das Letras [Música] e este livro foi traduzido do francês para o português pela Beatriz perrone-moisés e essa tradição da companhia das Letras conta com prefácio do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro foi publicada Originalmente em 2010 em francês e pela primeira vez no Brasil em 2015 falando
para vocês um pouquinho sobre o autor Davi kopenawa Ele nasceu por volta de 1956 no Estado do Amazonas no extremo norte do estado EA que eu estou usando o termo usado pelos brancos né Estado do Amazonas não é o termo usado pelos povos EA nome do qual Davi kopenawa faz parte e ele viu o seu povo seu grupo de origem ser dizimado exterminado por conta de doenças infecciosas e epidemias que foram propagadas pelo spi que ao serviço de proteção ao índio e por algumas missões cristãs ele ficou órfão e segundo suas próprias palavras tentou virar
Branco aprender o porto e foi trabalhar como intérprete na Funai e isso durante a construção da rodovia Perimetral Norte em 1976 pleno período da ditadura militar brasileira e no início da década de 1980 Ele conta que no livro que foi iniciado pelo seu sogro na sua vocação xamânica ele virou porta-voz do Povo EA nomame Defensores da demarcação do território desse povo e da legalização dos territórios indígenas de uma forma geral e este livrão que tem suas mais de 700 páginas se a gente for contar tudo mesmo inclusive as notas lá no final bibliografia ele tem
várias subdivisões e os primeiros textos com os quais a gente tem contato aqui são o prefácio do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro um Prólogo do também entrou pó logo e coautor do livro Bruce Albert e um texto introdutório do próprio autor do livro da vco O que é um Xamã e a mami e para escrita do livro em si Depois desses três textos iniciais foram coletadas entrevistas dobrou selbert com Davi kopenawa então crucial Este foi o entrevistador que foi a Campo conduzir suas pesquisas e acabou coletando essas palavras incríveis que a gente precisa ler e
essa essa coleção que ele fez foi feito ao longo de 12 anos de1989 até o início dos anos2000 Então os nomes dos dois estão aqui porque as palavras que são ditas na grande maioria do livro são do Davi kopenawa mas foram todas transcritos gravadas coletadas estruturadas em formato de livro e traduzidas do Yanomami do português para o francês pelo Bruce Albert então ficaram por conta do Bruce Albert a transcrição das falas do Davi kopenawa as notas que seriam notas de rodapé mas não estão no rodapé eu posso ficou no final notas de fim são notas
explicativas e referenciais que acompanham o livro E além disso o brother Albert também escreve um posto escrito Os anexos glossários e índice e bibliografia que estão todos aqui no fim do livro afinal de contas do que que trata esse livro Vamos para as palavras do próprio Bruce Albert que diz o livro é ao mesmo tempo um relato de vida auto-etnografia e Manifesto cosmopolítico porque a verdade aqui é muito difícil de a gente classificar esse livro Como pertencente a um único gênero literário ele é o mesmo tempo um discurso de denúncia de lamentação uma reflexão filosófica
bem profunda uma explicação da ontologia da cosmologia da antropologia Claro dos povos indígenas e claro especificamente os povos EA nome segundo o Eduardo Viveiros de Castro o prefácio ele diz o seguinte páginas 23 e 24 o que Lemos em a queda do céu é a primeira tentativa sistemática de Antropologia simétrica ou contra antropologia do antropoceno a época geológica atual que na opinião crescentemente consensual dos especialistas sucedeu a holoceno ao mesmo tempo uma explicação do mundo segundo outro é cosmologia e uma caracterização dos brancos segundo outro antropologia uma contra a antropologia a queda do céu entrelaço
esses dois fios dispositivos para chegar à conclusão de uma eminência da destruição do mundo levado a cabo pela civilização que se julga a delícia do gênero humano essa gente que liberta de toda a superstição retrógrada e de todo animismo primitivo só jura pela Santíssima Trindade do estado do mercado e da ciência respectivamente o pai o filho e o Espírito Santo da teologia Modernista então aqui É nesse parágrafo Você já consegue notar o Tom ácido do Eduardo viveiro de Castro que não agradou muito o pessoal que leu na nossa leitura coletiva e nesse prefácio além de
lhe apresentar o livro de uma forma bem geral bem resumida ele também faz críticas pesadas a quem ele acha que deve fazer então ele critica os governos que não protegeram o povo Yanomami e que até o atacaram ele critica a imprensa ele critica as mineradoras o seu do intelectuais mal intencionadas e aquele a ponta por quê que foi um ótimo momento este em que foi publicado o livro A queda do céu em 2015 aqui no Brasil por conta do que a gente já sabe de os direitos dos povos indígenas estarem gravemente ameaçados desde sempre mas
continuam sendo e por conta da negligência que Esses povos indígenas sofrem principalmente relacionados ao estado no Eu quero ir no Brasil especificamente E como eu falei no nosso grupo de leitura coletiva nós temos pessoas de várias áreas diferentes também pessoas da etnologia e da antropologia e houve entre os leitores sejam os da área seja os leigos que não não são da antropologia houve um certo incômodo em relação à sempre fácil por ele ser muito acadêmico e houve também a crítica dele ser um pouco arrogante tem um tom arrogante particularmente não foi essa minha impressão mas
eu entendo quem teve essa impressão e eu acho importante deixar registrado aqui para vocês que vieram ao meu vim falar sobre alguns aspectos do livro que é um prefácio que não agradou a todo mundo e o prólogo escrito pelo autor Bruce Albert também apresenta alguns pontos essenciais que serão desenvolvidos ao longo do livro Como por exemplo uma explicação breve cima sobre quem são os Yanomami que lugar eles ocupam eles ficam no norte do Brasil os estados do Amazonas de Roraima e pegam também a Venezuela ele dá uma rápida apresentação biográfica tanto do Davi kopenawa quanto
dele mesmo apresenta o seu próprio currículo e fala algumas palavras sobre as escolhas que ele fez na hora de construir o livro de estrutural e eu achei que esse texto do Bruce Albert revela muito respeito em relação as palavras do Davi kopenawa no post scriptum que vem depois do texto do Davi kopenawa o Bruce Albert comenta mais detalhadamente como é que se deu a sua pesquisa esse processo de estruturação de construção do livro fala sobre o trabalho de campo que ele desenvolveu com os Yanomami e sobre como ele o Davi kopenawa se tornaram amigos e
criar essa relação de confiança que faz parte do pacto etnográfico essencial para que Ele pudesse chegar a esse livro E aí depois desse texto de iniciais essa edição em alguns massinhas não são muitos mas nos ajudam a nos localizarmos direitinho e relação aos nomes de locais ali na região onde os povos EA mami moram e trabalho e em seguida vem o texto breve do Davi kopenawa um texto de apresentação também que em coisa de três ou quatro páginas arrebatada nesse texto Davi kopenawa nos oferece as palavras dele que são palavras de origem acestral que tem
uma tradição oral por trás fortíssima e que segundo eles são palavras inesgotáveis que não se Gastão que não se destroem nem que o livro seja destruído o livro ele chama de pele de papel ou pele de imagens e aquele já dá aquele soco no estômago porque a gente gosta tanto dos livros né a gente depende muito na na é acidentalmente astros ou na nossa cultura branca por assim dizer a gente Depende muito do conhecimento por escrito e nesse nesse texto Inicial Davi que o final e já coloca para a gente o quanto isso é irrelevante
na cultura dele e o que realmente importa é o valor das palavras oralmente transmitidas é um texto emocionante altamente impactante super curto como eu falei e que nos faça esse senso de respeito de responsabilidade gigantes por a gente tá tendo o privilégio de ter contato com essas palavras milenares eu vou deixar o livro aqui atrás porque ele é pesado livro grandinho que ele vai ficar exposto aqui para você sem eu precisar ficar segurando e aí o preço do livro mesmo está dividido em três partes e cada uma dessas partes subdividido em capítulos a primeira parte
chamada de vir do outro fala sobre a vocação xamânica do Davi copenal aí Nice e a Mônica dele que se deu por intermédio do sogro como eu falei e é a parte que mais pesadamente vai ser apresentada para a gente a Cosmologia EA nome a origem da humanidade segundo as suas concepção O shappire que são espíritos que habitam a floresta na verdade a floresta as águas as montanhas o ar o subterrâneo e não não é um termo que tenha uma tradução precisa para o português a gente os espíritos mas no livro ele fala o tempo
todo dos Japeri e essa primeira parte ela é muito detalhada a respeito dos Japeri dos poderes deles dos poderes dos xamãs que são esses indígenas iniciados e que por meio de sonhos e da substância alucinógena chamada yãkoana conseguem sonhar com chá Pires se comunicar com eles e agir no mundo a partir dessa comunicação Além disso é muito sobre a medicina a mitologia o que a gente chama de mitologia né EA sociabilidade dos povos e o nome e em muitos momentos para mim a leitura foi cansativa por ser muito detalhada e repetitiva em vários momentos mas
depois que eu fui digerindo a leitura né depois que passou e que eu comecei a pensar sobre isso me parece que esse cansaço a faz parte da experiência de leitura faz parte da experiência não da Leitura em si mas do da narração porque me fez emergir muito nessa narrativa eu senti que me fez passar por uma fração mínima mas por uma fração do que os xamãs passam por que ele conta que eles ficam exaustos completamente exaustos durante a sua iniciação quando eles usam essa substância que ao yãkoana Então eu acho que é esse cansaço essa
persistência principalmente e a gente ouviu que a falar faz parte da experiência de leitura a segunda parte do livro chama-se a fumaça do metal e foi a minha parte favorita ela fala do encontro dos Yanomami com os brancos a partir da metade do século 20 Olha só eu encontro muito recente e são relatos impressionantes muito vividos vividos e Dolorosos das memórias do Davi kopenawa e do seu povo que tiveram um primeiro contato com uma missão Cristã norte-americana que se instalou ali no seu território e aqui a gente consegue enxergar com muita clareza o etnocídio as
imposições linguísticas culturais religiosas e o quanto isso é uma violência brutal o genocídio causado pelas doenças trazidas pelos brancos também é um ponto assim que chama muito atenção nessa segunda parte e é dolorido por isso porque o Davi kopenawa perde muita gente nesse processo todo Os relatos eu acho que são documentos preciosíssimos para a gente saber a respeito desse contato entre povos indígenas e brancos são tijoladas que dói no nosso coração eu acho que no nosso grupo inteiro de leitura coletiva a sensação foi a mesma e nessa segunda parte Davi kopenawa conta sobre o momento
em que ele se aproximou mais dos brancos inclusive foi empregado pelos brancos foi maltratado pelos brancos inclusive pelos que pareciam olhadas dele ele aprender um pouco da língua dos brancos o português e foi trabalhar na Funai e essa parte esse momento do livro se passa predominantemente na década de 1970 que é parte do período da ditadura militar no Brasil então ele na real sobre esse período a invasão das terras Yanomami Por parte dos brancos EA construção da rodovia Perimetral Norte a cultura de estradas no geral que foi uma das políticas econômicas promovidas pelos militares é
a época em que ele se caso também pessoalmente e em que a questão das terras indígenas da demarcação da necessidade da legalização das terras indígenas veio muito vulto ekolu Davi alcança a vida adulta e percebe a necessidade e importância e toma consciência da importância da responsabilidade de Lutar Pelo seu povo e pelas terras e a mamãe na década de 1980 se inicia também o garimpo ilegal a mineração ilegal nas terras Yanomami que também é relatado de uma forma detalhada a gente consegue enxergar Quais são os problemas dessa desse tipo de exploração Principalmente quando envolve povos
indígenas territórios indígenas e e a gente vê isso a partir do ponto de vista indígena a voz é diretamente de alguém que viveu e que traz um um alerta muito forte e a terceira parte chamada queda do céu mostra a peregrinação do navio penal pelo mundo primeiro pelo Brasil depois pelo mundo alertando acerca da destruição da floresta e do seu próprio povo e eu achei muito bonito nessa parte a maneira como ele aprendeu a discursar a respeito das terras Yanomami das terras indígenas a com os mais velhos do seu povo e de outros povos com
as lideranças indígenas ativistas que já eram mais experientes e como ele ganhou confiança com essa prática ele começa não querendo falar muito e aos poucos ele vai aprendendo com os mais velhos que já estão essa luta mais tempo que ele a como discursar para os brancos e para os seus pares indígenas também e Nessa parte ele comenta bastante sobre a relação dos brancos com a floresta com os antepassados que na visão dele é uma relação de negligência a França e ele também fala muito sobre a nossa obsessão em relação à mercadorias e faz o alerta
de que se Tudo continuar do jeito que a gente faz as coisas o céu vai cair então em resumo mais sobre isso que o livro fala a linguagem do Davi kopenawa é muito acessível e relativamente simples porque a pouco acadêmica ele realmente nos conta histórias Então essa estrutura oral é mantida mesmo por escrito e isso Além das Palavras brilhantes Davi kopenawa também é mérito do Bruce Albert que fez a sua organização e essa transcrição de maneira que nós leitores realmente sentimos que nós estamos ouvindo Davi falar e também é mérito da tradutora Beatriz perrone-moisés a
edição da companhia como eu falei para vocês é muito linda ela tem algumas algumas ilustrações feitas pelo próprio Davi kopenawa aqui olha que bonito é e eu tenho duas criticas a fazer e a primeira é sobre as notas como eu já falei eu gosto das notas no rodapé sempre afirmo isso e eu acho que nesse caso não não ajudou elas estarem lá no final porque muitas dessas motos São explicativas então eu precisava ficar indo e voltando o tempo todo no texto porque na verdade eu acho que as editoras colocam as notas para o final do
livro muito por conta do público que vai ler para o público não se assustar de que o livro é muito acadêmico alguma coisa assim mas não sei nem parece que esse livro é feito para um público interessado no assunto de uma forma não ficcional né então eu pessoalmente sinto muita falta das notas no próprio rodapé embora tem a gente no grupo que nem umas notas que foi lendo o texto de uma forma corrida porque achou que as notas interferiam no texto assim o tom da nossa é muito diferente do Tom do texto porque o texto
como eu falei o fluido é moral EA nota de rodapé aqui tá no final no caso a nossa ela é muito mais acadêmica muito técnica então a quebra a leitura do texto também tem isso mas eu acho que se tivesse no rodapé Também quem não quisesse ler as notas era só não entendeu e a segunda crítica também já mencionei Aqui é do prefácio do Eduardo viveiro de Castro que eu não fiquei Incomodada com ele mas muita gente da Leitura conjunta ficou então talvez colocar esse texto para o final do livro ou se vocês forem ler
nesta edição que ele está no começo é um prefácio final de conta talvez você gosta demais o texto do viveiro de Castro se você leu depois do texto do Davi que ao final ou seja ao final da sua leitura volta no prefácio lê Então como impressão geral da Leitura eu vou fazer minhas as palavras do Viveiros de Castro ele descreve o livro nos seguintes termos a queda do céu será um divisor de águas na o diretório política entre índios e não índios nas Américas verdade que não faltam livros de memórias indígenas no sentido lato ou
estrito do termo tanto alto como é ter o biografias especialmente de membros dos povos situados na América do Norte aí ele fala mais um monte de coisas e diz assim mas a queda do céu é um objeto inédito compósito e complexo quase único em seu gênero pois ele é ao mesmo tempo uma biografia singular de um indivíduo excepcional um sobrevivente indígena que viveu vários anos em contato com os brancos até incorporar-se ao seu povo e decidir tornar-se chamando uma descrição detalhada dos fundamentos poético metafísicos de uma visão de mundo da qual só agora começamos a
reconhecer a sabedoria uma defesa apaixonada do direito à existência de um povo nativo que vai ser bem engolido por uma máquina civilizacional incomensuravelmente mais poderosa e final é uma conta em antropologia arguta e sarcástica dos brancos o povo da mercadoria e de sua relação doentia com a terra com formando um discurso que Albert caracterizou lapidarmente como uma crítica xamânica da economia política da natureza então como eu falei como próprio viveiro de Castro mencionou é um livro que mistura autobiografia profecia sua Mônicas mitos e narrativas de sonho manifestos políticos e eu acho que esse livro é
uma joia da literatura e dos estudos antropológicos e da história e da sociologia e da filosofia de tubo e um dos pontos mais importantes que mais me chamaram atenção nesse livro é que o Davi kopenawa com sua fala reiterada como eu falei é uma fala que se repete ele consegue inverter vários estereótipos que a gente tem relacionados aos povos indígenas de um modo geral bom e no senso comum então por exemplo é muito comum a gente falar sobre povos indígenas na escola apenas no passado quando a gente fala de colonização então é como se Esses
povos indígenas tivessem parado no tempo entre "o que gera aqueles problemas de questionar a se você indígena Por que que você tá usando o celular se ele é índio entre aspas porque que ele tá usando roupa porque ele é índio e está usando roupa porque ele é entendida e está usando o celular uma coisa não nega a outra eles não pararam no tempo eles também são povos do presente e do futuro e é isso que dá para ver aqui no livro porque esse discurso de que os povos indígenas pertencem ao passado é um discurso útil
e fabricado propositalmente daqueles aqui não interessa demarcar terras indígenas como O agronegócio como a mineração as mineradoras o governo O Código Penal conseguem ver esqueça noção às vezes em poucas palavras como eu falei ele coloca os povos indígenas não no passado mas no presente como povos de resistência e no futuro como provedores de uma sabedoria que os brancos ainda não compreenderam porque eles nos fornecem conhecimentos que resistiram ao presente é um presente altamente predatório né é um conhecimento que dura no tempo porque é um conhecimento que leva em conta as gerações culturas que algo sobre
o qual a filosofia ocidental tá pensando só partir do século 20 e olhe lá nem toda a filosofia ocidental só alguns autores sobre a sobrevivência da floresta dos rios dos animais da própria humanidade esse nós sobrevivermos a essas catástrofes que nós mesmos estamos causando eu acredito que será muito devido à incorporação e esse tipo de pensamento de ensinamento e modos de vida e práticas dos povos indígenas porque são modos de vida que são sustentáveis e respeitosos ao meio ambiente ao mesmo tempo então os povos indígenas não estão apenas no passado no passado sim é muito
importante a gente estudá-lo mas eles estão no presente eles vivem hoje inclusive nas cidades inclusive nas universidades e eles serão o futuro de alguma maneira Esperamos que de todas as maneiras e ao contrário do que nós não indígenas nós brancos gostamos de pensar Nós não somos o futuro a gente gosta de se colocar no lugar de civilização que pensa no futuro por meio da tecnologia como seres Racionais e planejadores e o Davi mostra aqui nesse livro que os brancos são completamente imediato e na visão dos povos Yanomami que a gente só pensa em mercadoria que
a gente só pensa em dinheiro que nós somos completamente responsáveis em relação ao futuro inclusive e só pensamos em satisfazer as nossas necessidades imediatas no final da página 76 ele diz o seguinte o Davi kopenawa por isso quero mandar minhas palavras para longe elas vêm dos Espíritos que me acompanham não são imitações de peles de imagens que eu olhei não vem dos livros vem dos Espíritos estão bem fundo em mim faz muito tempo que eu mama o mama é o Deus Criador e nossos vocês traz as depositaram em nosso pensamento e desde então nós já
temos guardado elas não podem acabar se as escutarem com atenção Talvez os brancos Parem de achar que somos estúpidos talvez compreendam que é seu próprio pensamento que é confuso e obscuro pois na cidade ouvem apenas o ruído há milhões carros rádios televisores e máquinas por isso suas ideias costumam ser obstruídas e enfumaçadas Eles dormem sem sonhos como uma Chaves largados no chão de uma casa enquanto isso no silêncio da floresta nosso xamãs bebemos o pó das árvores e angolana e que é o alimento do Xapuri estes então levam nossa imagem para o tempo do sonho
por isso somos capazes de ouvir seus cantos e contemplar suas danças de apresentação enquanto dormimos essa é a nossa escola onde aprendemos as coisas de verdade aqueles fogo no estômago né que a gente precisa e outro aspecto fundamental que eu livro me trouxe foi a importância da escuta a linguagem do Davi é muito clara Sem Rodeios saber que vocês viram que ele fala dos Pensamentos enfumaçadas Ele também disse que os brancos falam de uma forma muito enrolada que os nossos pensamentos são cheios de fumaça bom e que a nossa linguagem acaba sendo labiríntica e confusa
e não tem enrolação por parte do Davi as repetições dos temas existem porque fazem parte da cultura oral né já que tudo é baseado na memória eles precisam memorizar de alguma maneira e essa memorização uma das técnicas de memorização é a repetição Então faz todo sentido que o texto seja um pouco repetitivo Então essa repetição que tornam a leitura mais enfadonha mais cansativa mas exigente nos ajudam a nós leitores a fixarmos algumas visões do mundo que ele quer que a gente fixe que ele quer que a gente se lembro a gente se lembra muito dos
termos que ele usa dos modos de narrar Então essa repetição faz parte do todo faz parte da experiência nós ficamos embebidos das palavras e das histórias do Davi kopenawa é um livro a Inês se vo mas como eu disse não é uma leitura muito fácil exige dedicação e vale a dedicação ela é extremamente recompensadora apesar de ser densa e longa e para finalizar eu penso no quanto nós somos sortudos de termos contato com esse tipo de conhecimento a gente é sortudo por ter nascido no tempo e no lugar onde esse livro é acessível sabe e
nada do que eu falar aqui no vídeo vai chegar perto da experiência que a própria leitura do livro esse livro é um monumento que chegou até nós por conta da generosidade das palavras do Davi com o final graças à organização e à disposição do Bruce Albert e graças ao trabalho de todo mundo fez esse livro acontecer no final das contas Então gostaria de agradecer a todo mundo que fez esse livro acontecer e também é todo mundo que participou comigo e com a Bárbara do canal de de barbary dessa leitura conjunta e deixar o link para
resenha que a Bárbara fez sobre esse livro aí no box de descrição por favor assistam a Bárbara organizou junto comigo essa leitura e foi maravilhosa queria agradecer as pessoas que participaram com a gente especialmente a Carlene que é o antropólogo e teve experiências de Campo ela visitou alguns povos indígenas e relatou que a gente vivências xamânicas então foi muito incrível poder compartilhar desses relatos e é isso gente espero que vocês tenham gostado da resenha Lembrando que se você quiser adquirir esse livro na Amazon por favor utilize o link que fica aí no box de inscrição
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