você já deve ter visto nas ruas senhoras de idade e senhores que tem tremor nas mãos e às vezes Tremor é muito intenso até dificulta a a apreensão tem dificuldade para pegar uma xícara etc esses sintomas eh São acompanhados de muitos outros Mas eles dominam esses quadros você já vê que as aquelas pessoas andam mas se desequilibram um pouco muitas vezes precisam se apoiar num acompanhante eles não são únicos mas são muito sugestivos da doença de Parkinson doença de Parkinson é uma deterioração do sistema do do no sistema nervoso central especialmente numa área chamada de
substância Negra ou substância nigra que é o nome oficial Essa é a área que produz dopamina a dopamina é um é um neurotransmissor envolvido nas sensações de de prazer Mas ele é muito ela é muito importante também pros movimentos esses quadros TM uma evolução longa eh os tremores eh surgem mas são acompanhados de dificuldade de deglutição de alterações da fala de uma lentificação dos movimentos que os familiares percebem antes ele pegava as coisas era agitado agora faz tudo muito devagar por uma diminuição do tamanho da letra você pega o que a pessoa escreveu 5 anos
antes e vê que a letra é completamente diferente da atual porque a atual é muito pequenininha comparada com aquela enfim esse vai ser o tema que nós vamos discutir para isso nós trouxemos a d Vanessa milanese Dra Vanessa é médica neurocirurgiã chefe de equipe na Beneficência Portuguesa aqui em São Paulo e é professora adjunta da meio Clinic na Flórida nos Estados Unidos essa discussão faz parte do programa saber da saúde que é uma iniciativa da Boston [Música] scientific vamos começar explicando o que é a doença de Parkinson muito obrigada por pelo convite É uma honra
est aqui contigo e conversar um pouco sobre esse assunto que é tão importante né nesse momento de conscientização sobre a doença de paxon a doença de parkson é uma alteração uma doença progressiva degenerativa como o senhor bem falou principalmente ali na região dos gânglios da base principalmente na substância nigra e que com isso vai causando alterações do movimento tanto com tremor que principalmente é um tremor ali de repouso eh tanto uma lentidão do movimento quanto alteração também na marcha no momento em que alteração de de equilíbrio no momento que vai andar geralmente Passos também mais
curtos que que acontecem e uma rigidez importante que também acontece então São esses os principais sintomas mas existem muitos outros que também tão Associados e acaba sendo algo que afeta não só quem tá ali recebendo o diagnóstico mas também toda a família todos os acompanhantes todo mundo que tá convivendo com essa pessoa e a evolução da doença como costuma acontecer uma doença que você carrega por anos né é uma progressão que depende um pouco de que momento que ela se apresenta a gente tem cerca de 10 a 15% que podem acontecer até antes dos 50
anos e cada vez mais esse número vem aumentando que a gente chama o doença de paron jovem e tem a doença que geralmente é o mais comum que é é mais prevalente em homens e cerca de 60% acabam sendo homens ali em torno de 60 entre 60 e 70 anos e o tempo e a forma de evolução dessa doença é é um pouco diferente nesses dois momentos na doença de paron jovem acaba sendo uma evolução um pouco mais lenta a gente fala até que é uma evolução um pouco mais benigna eh que demora ali 10
20 anos para ter uma progressão do fato de tá atrapalhando muito ali na na qualidade de vida e com relação a ao paciente que tá a depois dos 60 anos a progressão é um pouco mais rápida mas no início existe uma resposta muito boa à medicação né que é a as medicações dopaminérgicas principalmente a levodopa que foi iniciada lá de em 1960 e é uma medicação que é muito boa até hoje em dia é um grande Marco né no tratamento da doença de paxon Mas acontece que ao longo da evolução essa resposta à medicação ela
vai ficando um pouco menor e as tomadas acabam acaba que precisa ser mais ve ao longo do dia então no início a tomada ali a cada três três vezes por dia acaba sendo a cada 3 horas ou às vezes a cada 2 horas dependendo da evolução e com isso vão surgindo vários sintomas até de discinesia que aquele movimento dançante Acontece muito com aquele ator Michael J Fox De Volta pro Futuro é bem bem marcante assim e aí com isso a gente tem as a flutuação que acontece ao longo do dia é nesse momento que a
gente a pensar em outras formas de tratamento né eu queria saber o Existe alguma explicação para que a doença seja diagnosticada hoje e especialmente em homens mais jovens bem a explicação É principalmente pela conscientização Então até essa iniciativa que nossa acaba facilitando né às vezes algumas pessoas estão passando por isso ou conhecem alguém que tá passando por isso e que não sabem não o que do que se trata muitas vezes o o diagnóstico ainda hoje em dia infelizmente ainda demora para ser feito principalmente em pessoas mais jovens mas com a conscientização com a maior especialização
também dos médicos que tão cuidando principalmente os neurologistas que estão ali avaliando esse paciente e até com a o surgimento de exames de imagem que corroboram né o diagnóstico ele é ele é principalmente Clínico mas os exames de imagem eles acabam somando para isso então a gente tem um ultrassom que pode avaliar essa região da substância nigra que pode ser feita em algumas regiões do país avaliação de ressonância magnética também de até de trodat que chama que é um tipo de pet que a gente pode avaliar como que tá essa região ali da substância nigra
a região a região dos núcleos da base para ver que alterações que estão surgindo e até ver como que tá sendo a evolução dessa doença Então isso acaba somando com o diagnóstico é uma doença que tem muitas características né muitas vezes é o diagnóstico de Parkinson é feito a partir de um quadro de depressão né a família leva ao médico uma queixa clássica de depressão e o médico acaba fazendo o diagnóstico a relação entre Parkinson e depressão Então a gente tem alguns eh sintomas que são muito presentes né ali a apatia é algo que é
muito comum e tá muito relacionado a esses neurotransmissores seja a dopamina seja a norepinefrina vários a serotonina também que tá alterada em quem tem doença de pxo então isso por isso que acontece esses sintomas com a a deposição a gente tem uma proteína que chama que todo mundo tem que é Alfa sinucleína existem agregados e desorganização dessa proteína em quem tem doença de pxo e e o acúmulo dela vai acontecendo ali nessa região da substância nigra na região do locos cerúleo ali na ponte que é uma região que tá associada com a produção de neurotransmissores
como a norri benefran do humor esses sintomas de depressão que inicialmente são leves mas que precisam ter que é preciso ter bastante cuidado para que não evolua por isso o acompanhamento multidisciplinar é tão importante com a psiquiatria com a psicologia junto para somar e a própria fisioterapia porque a gente sabe que fazendo exercício físico a gente consegue também liberar endorfinas melhorar o humor e ajudar na neuroproteção da doença de barco o exercício físico é algo que realmente mostra uma uma neuroproteção quando você pega uma pessoa que diz olha meu pai percebe que o pai tá
mais lento tá com um pouquinho de tremor e os passos ficam curtinhos o equilíbrio tá um pouco prejudica ela disse olha isso aí será que é doença de Parkinson Que tipo de médico ela deve procurar quando ela tem acesso é claro é bem importante que seja um neurologista especialista de preferência na avaliação de dúos de movimento a gente tem alguns centros aqui no país e fora do país que fazem essa subespecialização em sub de movimento ou neurocirurgião que seja que lide com a parte da neurocirurgia funcional que é a neurocirurgia que lida com a melhora
da qualidade de vida mas o primeiro qual tem que ser o o ideal seria o ideal seria o neurologista o pessoal da geriatria também acaba somando e E ajudando nesse diagnóstico então eu diria que inicialmente e neurologista e e geriatria uma doença crônica e doença crônica é sempre difícil de explicar pros pacientes Não é porque ficou quer dizer que eu tenho uma tô doente agora eu vou ficar doente para sempre você tem que explicar qual Como é o tratamento essa doença é incurável mas tem tratamento primeiro passo no tratamento qual é o primeiro passo é
essa questão multidisciplinar que eu comentei então a fisioterapia junto a a psicologia junto a fonoterapia Porque mesmo no início da doença a gente pode já ter alguma alteração de fala alteração da deglutição existem exercícios que melhoram muito isso a gente tem Como avaliar com uma otorrino exame na otorrino né que do mesmo jeito que existe a endoscopia para ver como tá o estômago a gente tem também uma endoscopia para ver como tá a deglutição através dessa endoscopia a gente consegue ver se tá indo pro local errado e trabalhar para que isso não evolua lá na
frente então inicialmente isso esse acompanhamento multidisciplinar medicações que somam são medicações que aumentam a a oferta ali de dopamina no no nosso organismo então indicações que como a levodopa que aumentam modificações dopaminérgicas agonistas dopaminérgicos então existem vários medicamentos que a gente pode somar para ajudar nisso e Existem algumas fisioterapias específicas até com neuromodulação com estimulação transcraniana que podem somar também para ajudar no sintomas principalmente até nesses sintomas de alteração de sono que é muito comum e alteração de humor e ansiedade também que é bastante comum na doença de basea tratamento da doença de Parkinson é
muito é muito eficiente não é você inicia o tratamento e quanto tempo ele vai levar para começar a funcionar bem a gente começa com medicações que de acordo para cada paciente a gente vai ter uma resposta particular né então a muitas vezes a gente começando com duas tomadas no dia já vai ter uma melhora a partir de três tomadas a gente sempre pede para que tome pelo menos um mês um mês e meio para ter uma um efeito ali ideal da medicação E é claro que aí a gente vai ajustando essa medicação para chegar no
melhor possível para que a ali segurar a xícara fazer atividade ali no dia a dia volte a ficar de uma forma leve né e de uma forma eh que se consiga o objetivo de ter uma qualidade de vida ali dia a dia e quando esses doentes param de responder tentativas de tratamento cirúrgico da doença de par que ISO são até antigas né mas aí surgiu a a chamada DBS né Deep Brain simulation né simulação cerebral Profunda o que é em que se baseia esse método na verdade as cirurgias até vieram antes das medicações né com
procedimentos ablativos de lesão ali na profundidade tanto no tálamo como no Globo pálido no cérebro que são os ganglios da base ali na profundidade mas aí no que se começou a usar a medicação se pensou que ah não precisa neurocirurgião não não faz mais parte do time de tratamento só que aí no que acontecem as flutuações a partir do quarto quinto ano de doença que a gente vai tendo essa a gente fala como se fosse uma montanha russa o momentom toma medicação fica bem aí depois vai baixando a medicação aí vai piorando dos sintomas e
com isso a gente precisa oferecer algo a mais para tentar fazer com que fique esses sintomas fiquem mais equilibrados ali ao longo do dia aí que entra a estimulação cerebral profunda já é um procedimento que também já existe desde ali da da década de 70 os primeiros para doença de parkon foram feitos na no final da década de 80 início da da década de 90 a gente tem a liberação do fda já 22 anos e aqui no Brasil também disponível esse tipo de procedimento que faz uma estimulação desse gânglio seja o globo pálido interno ou
seja o núcleo subtalâmico que é o mais comum e o mais usado aqui no nosso país para ajudar na melhora desses sintomas motores principalmente o tremor a essa rigidez e a lentidão do movimento algumas vezes acaba tendo melhora também ali do Sono melhora também da dor mas geralmente secundária a melhora desses sintomas motores quando você fala em intervenções cirúrgicas que mexem com o cérebro as pessoas muito assustadas explica como é a técnica então geralmente a gente faz um exame muito bom de imagem tanto que isso é crucial pra resposta boa desse paciente procedimento geralmente é
feito acordado é claro que em alguns casos dependendo do da intensidade dos dos movimentos pode ser feito também do dormindo mas aí a partir do momento que a gente fez essa tomografia a gente funde com a ressonância que foi feita antes da cirurgia e aí a gente consegue precisar o um ponto ali no núcleo subtalâmico porque não é só colocar no núcleo subtalâmico tem uma região específica lá até dependendo dos sintomas do paciente que a gente chama um DBS personalizado dependendo dos sintomas do paciente dependendo da da escolha também se foi no no Globo pálido
no núcleo subtalâmico a gente vai ali de uma forma precisa com aqueles pontos x y z são as coordenadas estereotáxico daí a gente vai para o centro cirúrgico geralmente paciente o mais confortável possível a marca a gente coloca como se fesse num Lou o paciente geralmente escolhe a música que gosta para ficar mais confortável possível e a gente vai fazer alguns testes ali durante a cirurgia a gente faz abertura da pele abertura do do crânio geralmente uma abertura ali em torno de uma moedinha de 1 centavo e para passar o micror regg que muitas vezes
a gente consegue ouvir é bem interessante a gente consegue ouvir as células cerebrais nessa nesse momento e precisar se realmente tá chegando no local ideal para esse paciente e depois a gente implanta o eletrodo Ah e faz alguns testes ali no transoperatório para avaliar se tá tendo essa melhor hora do tremor da rigidez e até da lentidão do movimento e até é um momento bastante emocionante durante a cirurgia não só pro paciente mas para todo todo mundo que tá ali na sala de cirurgia porque o paciente consegue ver a melhora ali durante o procedimento mesmo
essa melhora do tremor principalmente da rigidez e da lentidão do movimento por isso é importante não fazer anestesia geral que senão você perde essa esse esse dado né isso aqui pode ser existe tem uma discussão grande em congresso a gente até tem essa discussão de Ah será que fazer com anestesia geral é um bom caminho para algumas pessoas pode ser também porque o mais importante a gente conseguir oferecer a técnica né Mas se a gente pode também ter uma arma mais para ter um uma precisão ainda maior nesse implante a gente acaba preferindo e dando
como primeira opção essa de fazer acordado mas depois a partir do momento que a gente colocou no no ponto ideal do esse eletrodo a gente conecta uma extensão que passa aqui por trás da orelha e depois a gente coloca no conecta a um gerador de pulsos que é como se fosse uma bateria que fica ali abaixo da clavícula nessa região no subcutâneo e essa para fazer essa parte aí já seria em anestesia geral a estimulação cerebral profunda não cura doença de Parkinson é claro mas ela tem um Impacto importante na qualidade de vida tem um
impacto muito importante e isso é algo que a gente ouve ali dos pacientes no pós-operatório que é bastante emocionante até muitas vezes até no primeiro dia logo Depois do procedimento eu ouço pacientes que uma coisa que eu sempre pergunto os meus pacientes é o que eles querem com o tratamento Quais são os objetivos deles com tratamento eu lembro de uma paciente que falou que queria levantar para ir ao banheiro à noite ou que queria voltar a correr porque uma grande paixão da vida dela era correr e tanto ali no dia a dia como até competições
ela já no primeiro dia após a cirurgia ela conseguiu é algo que muitas vezes a gente não dá H valor né o fato de levantar para ir ao banheiro e voltar pra cama sem estar sentindo desconforto sem estar sentindo dor e isso foi algo que já ali no primeiro dia ela conseguiu e conseguiu também aos poucos né as atividades de corrida e e até estimular outras pessoas com doença de parkson a fazer essa atividade de corrida eu tenho também um paciente que trabalha muito com oratória então ele é pastor e fala muito né durante as
as pregações tudo e isso era algo que ele queria continuar fazendo porque era a missão de vida dele né Então a partir do momento que a gente fez o procedimento ele consegue continuar lá ele já tava no momento que tava parando de fazer reduzindo a quantidade de Idas né e de da atividade dele ali no dia a dia como pastor e ele conseguiu continuar então a gente vê os pacientes voltando e resgatando esses sonhos que no fundo é a nossa a nossa vida né Cada um cada um que tem ali aquele sonho que tem essa
missão a gente eh resgatando isso a gente consegue melhorar muito qualidade de vida então só alguns exemplos mas nossa se eu fosse contar aqui ah a gente ficaria horas e horas porque é muito muito gratificante e muito transformador o que a estimulação cerebral profunda faz com a qualidade de vida de cada um né que tá ali submetendo não existe em medicina nemum tratamento que funcione em 100% das pessoas né Qual é a chance de sucesso então é bastante alta geralmente 90% dos pacientes eles falam que teve uma resposta boa ou muito boa ao tratamento principalmente
com relação a essa questão da redução do tremor a redução da rigidez a redução da Inclusive das medicações na no pós-operatório essa resposta que a gente tem ali na cirurgia muitas vezes é o a gente consegue aumentar um pouco ali na cirurgia o estímulo mas depois a gente precisa voltar para um estímulo mais baixo ali no no pós-operatório ou muitas vezes até deixar desligado inicialmente porque a gente tem um inflam ação em volta né da da região onde foi colocado o eletrodo que acaba dando um efeito de lua de mel que a gente chama nesses
nessas primeiras duas três semanas e depois que passa esse efeito de lua de mel que a gente começa realmente a aumentar o estímulo aos poucos para que reduza o máximo possível efeitos colaterais que a gente sabe que podem acontecer também a estimulação alteração na na questão do movimento mas isso se tiver com estímulo muito alto a aí a gente abaixa e aí melhora e algumas alterações também na no andar pode acontecer mas aí a gente também consegue ajustar isso e fazendo um estímulo direcional né que hoje em dia a gente tem essa tecnologia de jogar
o que a gente tá jogando ali de energia pro local preciso do núcleo a gente consegue diminuir esses efeitos colaterais e algumas vezes também alteração de fala mas tudo isso é bastante a gente consegue subindo a o estímulo deag ali em torno de 2 3 meses às vezes até 6 meses para ter o efeito máxximo da que a gente pode chegar na na doença de parkson a gente consegue reduzir e deixar próximo a zero esse tipo de efeito adverso quer dizer você tem que acompanhar esses doentes né Por quanto tempo Com que frequência geralmente no
primeiro mês pra gente fazer esse teste até do contato para avaliar o local ideal pra gente jogar esse estímulo depois a partir a cada 3S meses na nos primeiros 6 meses depois a cada 6 meses no Prim nos primeiros 2 anos depois a cada ano ou a cada 2 anos até para avaliar a questão de como que tá esse gerador porque o gerador se a gente usa o não recarregável existem dois tipos o tempo vai ser em torno ali de 5 ou 6 anos de duração Dependendo do quanto que a gente tá entregando de energia
e o recarregável ele dura dura cerca até de 25 anos então a gente pode est espaçando um pouco mais essas visitas ao médico só para verificar se tá tudo certinho se precisa também às vezes fazer um ajuste de medicação a gente também não pode esquecer que a doença continua evoluindo né então muitas vezes a gente pode precisar fazer um ajuste um pouco maior por conta da evolução que aconteceu naquele ano então É interessante fazer uma avaliação ali ah anual o Seria o ideal quer dizer os pacientes com Parkinson desde o momento que é feito o
diagnóstico até o o fim da vida tem que ser acompanhados de perto né Sem dúvida e por equipes né porque nenhum nenhuma especialidade tem a capacidade de englobar todos todos os sintomas e todas os as queixas dos pacientes né agora está disponível pelo SUS nós temos sim alguns centros no SUS que tem disponíveis que a gente consegue oferecer isso pro paciente nós temos na neurocirurgia funcional sete centros do nosso país principalmente na região sul e sudeste mas também nós temos três centros na região Nordeste também temos três centros na região centro-oeste com isso a gente
consegue oferecer principalmente a a ablação né que é a radiofrequência que é aquele procedimento que existia antes até né da desse da da medicação da levodopa surgir mas do DBS existem poucos centros no país e num número limitado infelizmente principalmente depois da pandemia a gente acabou tendo uma redução Na quantidade de de procedimentos ofertados anualmente em cada serviço mas é algo que é possível sim fazer através do sistema únicos de saúde e na saúde suplementar nos convênios na saúde suplementar é coberto né por conta das regras da da Agência Nacional de saúde todos os convênios
eles cobrem esse procedimento existem AL os critérios específicos Como ter uma boa resposta a levodopa inicialmente ter também uma essa avaliação multidisciplinar e também fazer a ter uma funcionalidade né na na região dos na questão dos movimentos dos membros e tudo isso a partir do momento que a gente tem essa comprovação o convênio ele ele autoriza e e é um procedimento que pode ser feito para ajudar porque acaba somando muito né na qualidade de vida e os convênios cobrem Sim esse procedimento Vanessa uma doença que você pode e deve tratar com medicamentos não é durante
anos às vezes né doente vai bem tá equilibrado fica assim como é que você Define um momento fal não agora tá na hora de fazer a estimulação cerebral excelente pergunta e é algo que muitos pacientes até em discussões eh ele chegam e e familiares também né ficam com essa dúvida mas o momento principal é assim fazer a pergunta de O que é que está alterando na minha vida a doença de parkson e o que é que a medicação já não consegue mais segurar de de melhora eu tô tendo alteração com relação ao tremor que mesmo
tomando a medicação tá me incomodando muito e o momento que a medicação tá parando de fazer o efeito tá tá caindo o efeito raciocínio que é interessante é pensar assim ah será que seria legal eu ficar na minha melhor fase no meu dia sempre ao longo do dia todo É nesse momento que essa que a resposta para essa pergunta é sim que a gente pensa na na na estimulação cerebral profunda para somar né na na qualidade de vida porque a gente também tem que ter em mente que existe uma janela para indicação Então a gente
tem um momento que a gente pensa na indicação mas existe um momento que a gente não pode infelizmente ess quando eu recebo um paciente que já tá nesse momento é triste porque a gente não tem mais essa possibilidade de oferecer o tratamento cirúrgico então quando tá existindo algumas alterações cognitivas muito importantes que a gente sabe que com avançada doença principalmente ali depois dos 15 anos quando a gente tá falando de uma doença que surgiu ali depois dos 60 anos Isso vai começando a acontecer alterações também eh de alucina alterações psiquiátricas também muito intensas isso também
pode ser uma contraindicação ao procedimento alterações muito importantes na fala alterações da Marcha também muito importantes quando já tá ali na cadeira de rodas ou não consegue mais se levantar isso é o momento que a gente também não consegue mais indicar o procedimento por isso que é bem importante a gente ter em mente essa possibilidade de tratamento para poder ofertar no momento que é ideal na para aquele paciente não deixar passar né da hora você tem mais algum comentário para fazer bem que é muito importante a esse tipo de conversa né que a gente teve
para quem tá assistindo para quem passa por essa situação ou já até tem alguém na família ou algum amigo que tá passando por essa situação é bem importante introduzir esse assunto introduzir essa conversa porque a doença de parkson infelizmente ela não tem cura pelo menos até hoje né a gente busca pela cura Mas a gente não tem cura ainda mas existe como ter qualidade de vida como ir atrás dos seus sonhos como continuar buscando felicidade ali na sua vida com a as tecnologias que a gente tem disponível então e é o recado que fica aqui
para que se alguém tiver passando por isso conhecer alguém que tá passando por isso compartilhe né essa informação para que chegue a a mais pessoas muito obrigado anessa se você tem um caso na família uma pessoa que tem tremores os passos vão ficando curtos os movimentos lentificados eh a letra pequenininha procura atendimento médico rapidamente os avanços ocorridos na doença de Parkinson foram enormes desde quando eu saí da faculdade de medicina 50 anos atrás diagnóstico precoce é muito importante Porque existe tratamento Existem várias formas de tratar a doença no durante a evolução e nós podemos conseguir
hoje que os pacientes vivam mais vivam em condições melhores e possam aproveitar o convívio com a família ainda por muitos anos Este podquest é um dos que est que você pode encontrar no nosso portal nós temos mais de 100 podcasts gravados conheça também os nossos outros podcasts o saúde sem tabu o porqu dói e outras histórias todos estão disponíveis nos principais agregadores e no YouTube Muito obrigado