[Música] sejam bem-vindos a mais uma live do Brasil escola hoje eu Professor João Gabriel de sociologia né Nós vamos trabalhar uma temática extremamente importante temática no qual nós vamos discutir sobre desigualdade social desigualdade no Brasil de modo mais amplo assim né então um tema que envolve muitas questões envolve uma uma uma discussão pluridisciplinar né e antes de começar aqui de fato a gente começar a conversar sobre o assunto né aproveitando para esperar aí o pessoal que tá entrando na nossa Live né primeiramente já aí agradeço a presença de todos vocês e aproveito também para convidá-los
aí a conhecer aqueles que ainda não conhecem o Brasil escola no YouTube certo a conhecer também o Brasil Escola nas outras redes sociais tanto no Facebook no Instagram no Twitter e o uma novidade Nossa agora né Já temos aí aproximadamente algumas algumas semanas que nós estamos com podcasts nas plataformas digitais tanto no geer quanto lá no Spotify então vocês vão encontrar lá vários vários podcasts nossos lá debatendo variados assuntos né de variadas disciplinas variados professores etc e me fizeram uma pergunta aqui Vinícius Rafael todas as lives feitas aqui vão para o YouTube sim Vinícius todas
as lives elas sobem para o YouTube ok a gente deixa salve aqui no igtv e depois ela vai a diretamente pro YouTube para vocês acessarem Tá bom então vamos começar a conversar moçada vamos lá Cadê o tempinho aí do pessoal aí entrando né acho que a primeira coisa que eu gostaria de de salientar no início dessa Live O tema é um tema importante o tema que nós vamos discutir é um tema relacionado a desigual no Brasil Esse é o tema geral é o tema mais amplo no qual nós vamos entrar e evidentemente aí dentro desse
tema amplo a gente vai discutir algumas questões aí mais verticais alguns assuntos do ponto de vista assim mais específicos que precisam ser tratados também aí de maneira séria e de maneira mais calma não é bom pra gente começar então Eh já tô agradecendo aí todo mundo que tá entrando muito obrigado olá para todos né Eh nós vamos discutir hoje um tema muito importante para começar eu quero discutir questão de desigualdade com vocês tentando entender o primeiro passo que é seguinte desigualdade é um tema que envolve muitas questões é um tema que envolve uma dimensão muito
Ampla eh quando se pensa as motivações que levam a desigualdade e até mesmo as consequências né quais seriam então por exemplo os prejuízos ou os resultados de uma desigualdade pensando Esse aspecto e deixando muito Claro aí né que falar disso é falar de um tema extremamente complexo o primeiro ponto fundamental é entender que primeiro o fenômeno da desigualdade ele é pluridimensional esse é o primeiro aspecto da aula ele é pluridimensional e também ao mesmo tempo ele é pluf que que eu quero dizer com isso pluridimensional no sentido eh no sentido de que um determinado elemento
como por exemplo a desigualdade social ela tem inúmeras causas nós não podemos aqui atribuir uma causa única determinista paraa causa da desigualdade no entanto apesar de existir veja só que eu vou ressaltar aqui no início da nossa Live né apesar de existir uma determinada por exemplo predomínio né da questão Econômica sobre a desigualdade apesar de existir esse predomínio não posso afirmar que esse predomínio econômico ele é determinante em todos os aspectos né eu não posso fazer uma análise aqui reducionista né economicista nesse sentido no entanto quando eu digo que a desigualdade Econômica ela tem uma
espécie de preponderância é porque literalmente nós vivemos numa sociedade marcada pelas diferenças econômicas uma sociedade fundamentada e estruturada em torno da separação entre ricos e pobres os que tem os que não tem então para ficar eh Óbvio o que eu quero apresentar para vocês a minha análise não vai pautar meramente na questão Econômica tentaremos aqui dar uma visão de múltiplas dimensões né de múltiplas determinações uma visão mais totalitária é totalitária não desculpa né totalizante me desculpem totalizante sobre o fenômeno da desigualdade Ok eu vou ressaltar quatro aspectos para nós começarmos aqui a aprofundar no tema
antes de entrar em alguns dados estatísticos e questões relativas ao Brasil eu quero tratar antes disso quatro ideias introdutórias quatro teses a primeira delas nós temos algumas percepções óbvias da desigualdade em épocas de crise sistêmica em crise época de crise social Essas igualdades são mais claras eu vou dar dois exemplos Aqui introdutórios estamos numa crise né de uma epidemia internacional a crise é e do coronavírus a crise de saúde Então ela escancara ela mostra ela demonstra mais uma vez com muita clareza né os aspectos relacionados às desigualdades ela mas cara o dado disso é que
a gente pode perceber que no Brasil essa semana o número de pessoas vítimas do coronavírus né que entraram em óbito já é a maioridade de negros A maioridade é negros maior parte dessas pessoas que estão morrendo são negros a maior parte das pessoas que estão morrendo vítima do coronavírus São pessoas pobres todos os dados tirados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo do Rio de Janeiro as duas secretarias além de ser um dado do Ministério da Saúde de área então né Federal portanto época de crise mostra isso um segundo exemplo para prova essa ideia
de crise hoje nós temos crises migratórias na Europa e se nós pegarmos a qu de pessoas que morrem em decorrência dessas crises e migratórias que estão cruzando por exemplo continentes até mesmo Oceano Mar né inf fruto desse desespero dessa ég dessa Como eu posso falar diáspora né de povos na busca de uma saída também mostra a quantidade muito maior de populações pobres quer dizer existe um tom marcadamente Óbvio de que em épocas de crise essas percepções se tornam mais osas mais claras Ok segundo aspecto na introdutória da aula segunda tese importante crescimento econômico não significa
necessariamente diminuição da desigualdade nós sabemos muito bem que no mundo existe uma concentração de renda muito grande que demarca por exemplo essa prevalência de conclusão de que aumentar a economia de um país movimento do produto interno bruto não necessariamente tem a ver com o índice de desenvolvimento humano ou até mesmo a diminuição daquele índice de gim que mais tarde aqui eu vou citá-lo também certo então a priori a gente precisa Então entender crescimento econômico não significa diminuição da desigualdade Estados Unidos Por exemplo que é sempre usado em comparações né sobre igualdade e desigualdade é um
dos países que tem índices assust assustadoramente grande de desigualdade social e são países que T um predomínio na economia internacional tá terceira tese que eu levanto aqui para comearmos a aula né a base por exemplo da desigualdade social ela culmina em outras desigualdades nós não podemos por exemplo desassociar desigualdades múltiplas por exemplo desigualdade de gênero desigualdade racial não dá para pensar desigualdade Econômica fora de pensar desigualdade faix etária de localidade entende de acesso à saúde etc então a desigualdade ela é um fator amplo multifacetado como eu coloquei no início da aula justamente porque ela está
associada a um conjunto multid determinante de relações Então as análises psicológicas que tentam determinar desigualdade apesar disso parecer absurdo né que tentam entender desigualdade meramente por questões individuais subjetivas elas não dão conta né de compreender de maneira eh profunda a sociedade então a gente tem leituras esquemáticas né e leituras muito mais eu diria complexas a respeito do tema da desigualdade quatro Último Ponto introdutório é que a desigualdade ela é a base Beleza ela é a base para a explicação de vários problemas sociais mas ela não determina ela explica ela não determina porque mais uma vez
é perigoso a gente criar uma análise determinista porque geralmente fica até meio senso comum falar ah mas o crime é o crime tá associado necessariamente ou diretamente ou somente à questão da desigualdade Econômica não somente posso dizer que ele é um tom predeterminante ele condiciona mas ele não pode ser explicação caustica entende causa efeito essa explicação ela é muito complicada e às vezes ela não dá conta da realidade tá bom um abraço para todo mundo aí pro amigo Antônio de Belém do Pará tá que tá mandando um abraço aí para todo mundo é isso aí
continuando vamos para um ponto que eu quero colocar alguns dados estatísticos agora pra gente continuar nossa aula né De acordo com o dado de 2018 da ONU né que mede o índice de desenvolvimento humano o Brasil está em 79º lugar né entre os países de índice de desenvolvimento humano quer dizer de acordo com esse índice que vai medir né a qualidade de vida nesses países aí vai medir desigualdade social a condições de direitos né consideravelmente básicos nós temos um país que tá hoje num rol de 7 lugar uma das economias que dos anos 2000 se
acendeu né se colocou em país em desenvolvimento um país grande um país que tem um potencial econômico muito grande tem um dado dado da ONU né de lugar no índice de desenvolvimento humano Então não é um país fác e bom de se viver segundo dado importante do início da nossa aula entre os 20 países beleza mais desiguais do mundo entre os países que tem o índice de de desigualdade social absal seja uma diferença muito grande né de uma pessoa para outra o Brasil hoje é o sétimo lugar ficando e atrás né apenas de países de
maioria africana aliás todos são African África do Sul Namíbia Zâmbia República centroafricana lesoto moambique ou seja o Brasil é o sétimo país né no mundo em número de desigualdade social quer dizer tem até um dado que mostra das principais capitais do Brasil né em relação à desigualdade no mundo a cidade de Goiânia no ano de 2010 foi considerada a cidade mais desigual do mundo Ou seja a cidade que tinha tinha a diferença entre populações dela né ricos e pobres tão grande mas tão enorme que era o lugar mais desigual do mundo o nível de concentração
de renda é extremamente alto né bem eu acredito que nesses últimos 10 anos a cidade de Goiânia não teria alterado tanto esse patamar pode ser que não seja ainda a principal né A primeira mas há de se considerar que é sem dúvidas uma capital ainda muito desigual terceiro dado viven sai todo ano todo ano a a ONU lança esse dado pelo desenvolvimento humano tá vinculada a seus órgãos e o problema é que devido a essa epidemia de coronavírus eh deu uma descontrolada nos níveis por exemplo de de análise né então do ano de 2019 para
2020 ainda não saiu porque tá sendo avaliado Então ainda não tem esse dado agora de 2018 foi o último que eu coloquei aqui para nós tá eh o isso o IDH eh o último dado que eu gostaria de colocar aqui também vinculado à ONU mostra o seguinte presta atenção bastante nesse dado moçada porque isso aqui condiciona muitoos questões né a parcela dos 10% mais ricos do Brasil seja 10% de toda a população brasileira concentra 41,9 da renda total do país e a parcela do 1% mais rico do do Brasil Então vamos lá pegamos todos os
brasileiros aí 1% dos brasileiros mais ricos concentra cerca de 30% de toda a renda quer dizer existe uma parcela muito pequena extremamente privilegiada né de acesso o Brasil só perde no mundo pro Qatar que é um país onde tem a parcela de 1% mais I que concentra 30% quer dizer o Brasil chegar quase 30 mas é o Qatar para por exemplo que tem essa maior concentração no mundo então nós estamos aí em segundo lugar um rank aí de medalha de prata para essa péssima colocação para esse péssimo dado né onde eu queria entrar com os
senhores aqui agora eu elaborei aqui mais ou menos pra gente pensar coletivamente aí alguns tipos de diferenças né de desigualdade por exemplo desigualdade Econômica depois desigualdade de gênero segundo aspecto a terceira racial é aárea de saúde vamos tentar estabelecer aqui cinco dados né cinco grandes níveis de desigualdade antes disso só quero alertar os senhores da seguinte questão quando eu vou tratar sobre condições sociais onde os individos estão Eu gosto muito de utilizar uma teoria que vem da USP né do núcleo de movimentos de assult sociais da USP numas Que el diz o seguinte existe em
toda a sociedade uma determinada grau de marcador social de diferença marcador social de diferença o que que mede o que que funciona para que que serve esse marcador social da diferença o marcador social da diferença é um índice que vai colocar os indivíduos dentro dos seus grupos de vulnerabilidade então por exemplo como é que nós podemos estratificar dividir né a nossa sociedade aí para tentar analisá-la nós podemos dividir as pessoas por classe social beleza separando a questões de renda ricos e pobres a posição que as pessoas ocupam né na nas relações de trabalho eu posso
dividir os indivíduos por questões de etnia de origem étnica por cor né eu posso separar essas pessoas por gênero vinculado gênero sexualidade eu posso separar os indivíduos aí em variadas né variadas formas eu posso separar os indivíduos inclusive também em faixa etária então se eu pegar por exemplo esses marcadores sociais a diferença eu consigo ver diferenças e desigualdades Claras entre as pessoas desigualdades óbvias desigualdades que podem ter até ser mascaradas mas que com uma análise um pouco mais profunda e um pouco mais cuidadosa não tão apressada é possível determinar inclusive essas grandes diferenciações exemplo a
diferença entre mulheres brancas e negras que dentro do marcador social né de gênero você encontra a classe você encontra por exemplo as diferenças de e de concepção né de de mundo de de diferença Econômica entre homens negros e mulheres negras entre homens brancos e mulheres negras quer dizer você então convoca um conjunto de elementos específicos para melhor determinar isso é muito importante tá isso é muito importante porque mostra o completo dinamismo e e ao mesmo tempo a grande complexidade de se pensar a desigualdade social certo então vamos na primeiro na desigualdade aí Econômica no Brasil
e no mundo como todo aliás né existe um índice muito utilizado para pesquisar né para tentar explicar o índice de desigualdade Econômica que os países possuem é o chamado coeficiente de Gine que ele marca por exemplo de zer até 1 certo uma espécie de cadeia cala onde estariam por exemplo os lugares com maior índice de de desigualdade Econômica os menores índices mais aproximado de um os maiores índices menos aproximado de um beleza os menores índices o Brasil estaria hoje atualmente no índice de 0,515 0,515 que seria então o índice do brasileiro ocupando atualmente o 10mo
lugar no ranking dos países mais iguais do mundo entende desiguais em todos os níveis não só o econômico já que o econômico o Brasil estaria em segundo né em da desigualdade nesse âmbito o Brasil estaria por exemplo ocupando o primeiro lugar dentro da América do Sul da América do Sul país mais desigual então ah aqueles velhos discursos né simplos às vezes que atacam certos país aqui da América do Sul devido seus regimes políticos e mostra o quanto que insuficiente é esse discurso né o discurso de que esses métodos Vamos pensar aqui o modelo bolivarianista é
utilizado pela Bolívia e pela Venezuela lá você tem uma redução em pouco em pouco índice das desigualdades sociais Você não tem uma redução drástica porque ele se limita é um capitalismo ainda mas ao mesmo tempo isso não significa grandes avanços significa determinado avanço mas não é grande avanço né Eh o Brasil Inclusive durante os os finais dos anos 90 até o início dos anos 2012 13 passou por uma diminuição dessa desigualdade melhorou em certos aspectos porém do último governo de Dilma Roussef até agora no ano de 2019 nós tivemos um aumento enorme beleza um aumento
enorme do índice dessa desigualdade tá eh Claro Fausto eu concordo plenamente contigo nós eh recebemos aí muitas acusações e ataques né basta a gente pensar por exemplo pesquisar nas redes sociais aí os comentários que tem sobre essas aulas pra gente ver o nível né às vezes tão baixo desses ataques ataques que são eh frutos de uma imprecisão científica de conhecimentos e tal né e recebemos muitos ataques principalmente pra gente que acha que sociologia filosofia essas áreas que estudam né diretamente esses temas as ciências humanas de modo geral seria ruim pra escola e tal pelo contrário
porque aliado às outras ciências é são as ciências que desmascaram pelo menos mostram debatem estudam esses fenômenos ah tirando aqui uma parte a a aqui a parte aliás eu gostaria até de fazer um comentário os colegas que vão aí alunos e tal que querem essas áreas como a minha área né de trabalho não vão em busca de dinheiro né pode até conseguir uma vida estável pode até conseguir apesar de ser bem difícil isso no Brasil mas vão para uma outra causa um outro motivo muito mais existencial e social né de preocupação do que necessariamente uma
mera questão aí e de busca de dinheiro né deixa eu caminhar um pouco mais rápido aqui desigualdade de gênero né se nós pegarmos também os índices brasileiros aí nos últimos anos nós vamos de novo né marcadamente as questões vinculadas à violência desigualdades bem gritantes determinados tipos de funções de trabalho né estão necessariamente ligados estão necessariamente ligados à desigualdades de gênero principalmente determinadas funções mais remuneradas ou menos remuneradas dentro da própria lógica do capitalismo A Ascensão da mulher Olha o que eu vou dizer hein A Ascensão da mulher alguns postos de trabalho mais bem remunerados também
faz parte da lógica do sistema mesmo assim com determinadas ascensões NS últimas décadas nós ainda Encontramos uma desigualdade gritante assustadora né então pro capitalismo até essa desigualdade ela é ruim porque ela fundamenta necessariamente aí uma espécie de predomínio né uma espécie aí de dominação masculina muito clara terceiro lugar desigualdade racial no Brasil acho que eu nem preciso aprofundar nisso demais né inclusive até indico aos senhores aí uma videoaula uma não três videoaulas que eu gravei sobre o tema racial no Brasil racismo no Brasil vai lá no Brasil escola na no Playlist sociologia você vocês encontrarão
e lá vocês vão encontrar por exemplo questões de três vídeos meus discutindo origem do racismo científico no Brasil as discussões sobre democracia racial eu acho que vocês vão até gostar dessas aulas lá porque onde eu quis mostrar nessas discussões de origem do sistemas raciais né das teorias raciais no Brasil que não foi necessário leis para separar negros e brancos do Brasil florestan Fernandes mesmo sociólogo brasileiro florestan Fernandes ele tem uma OB dele chamado o negro no mundo dos brancos o negro no mundo dos brancos e nessa obra florestan vai trabalhar uma temática interessante que é
após a sociedade abolir a escravidão E aí evidentemente por um ato governamental Nós não precisamos criar leis que excluísse a população por exemplo negra da sociedade do acesso às condições básicas foi necessário na verdade um mero rearranjo do capitalismo que criou processo de marginalização quando fala-se de racismo no Brasil eu acho que um dos Passos mais fundamentais é não abandonar o passado é entender o passado é compreender as relações historicamente construídas para não naturalizar determinadas relações entender que as dinâmicas do racismo na sociedade do Capital são determinadas historicamente e pensar por exemplo a transição da
monarquia paraa República no Brasil é mostrar esses processos quer ver um dado para isso a população brasileira majoritariamente das das cadeias é negra nos dados recentes dados de 2019 vou até utilizar aqui o gráfico que eu trouxe nos dados da infopen serviço de informação das penitenciárias ligadas ao departamento né de de de informações penitenciárias no Brasil hoje saca só essa olha essa questão né no Brasil hoje cerca de 67% da sua população é autodeclarada negra Lembrando que grande parte dessa população não se autodeclara Negra e aí por condições culturais do racismo introjetado e etc tá
pensando ainda nesse aspecto da questão racial vamos vincular a questão do trabalho de acordo com a fenat TR cop que é a Federação Nacional dos trabalhadores seletista das cooperativas brasileiras 63% dos desempregados no ano de 2017 eram negros fonte do IBGE de 2018 4% dos cargos de chefia né n maiores empresas do Brasil São ocupados por negros de acordo com o Instituto etos 39% das mulheres negras são submetidas às condições precárias de trabalho fonte do IBGE de 2018 principalmente aquele resqui escravocrata que nós temos né as mulheres negras que exercem as funções domésticas do trabalho
faça até um desafio você e começa a observar as grandes empresas quem faz parte do serviço de limpeza para você começar né a perceber se ainda não percebeu 86% dos trabalhadores resgatados do trabalho escravo em 2018 no Brasil eram negros ou pardos então eu tô usando os dados gerais aqui dados bem às vezes até bem supérfluos só pra gente notar então que falar que não existe desigualdade racial isso aí é até indial né Eh quarto aspecto de desigualdade desigualdade etária O Brasil possui com certeza um uma questão onde ser velho né é ter risco mostrou-se
agora na época de epidemia Quais as garantias que a população por exemplo idosa tem segundo aspecto desigualdade e problemas que essa essa população idosa tem em relação ao um básico elemento de saúde pública de renda de garantia por exemplo né dos seus direitos de aposentadoria passamos aí por uma remodelação do nosso sistema de aposentados a quantidade de doses que tem morrido com coronavírus sem mesmo ter a possibilidade de lutar contra o vírus foi enorme já no Brasil e olha que nós estamos infelizmente ainda no início desse pico né deixa eu ler alguns comentários que foi
chegando aqui moçada Ah sim hoje é o dia nacional dos pedagogos até mand abraço aí para todos os colegas e trabalhadores da educação né da Educação Infantil e tal os pedagogos e hoje um determinado Ministro né candidato a ser Ministro que substituiria aí o o o Tais né na na Secretaria Nacional aí de de saúde no no ministério da saúde deu um vídeo aí atacando os pedagogos falando que é um bando de preguiçoso Que professor ebur que não trabalha né um ataque tá nas redes sociais né não vou citar o nome da pessoa aí não
mas é público tá aí para vocês e pesquisarem e ver isso aí bom Rodrigo mandou um comentário aqui sociedade racista desigual desigualdade social é triste claro com certeza o Brasil não dá não dá para falar de sociedade de igualidade de igualdade social muito menos racial né Eu quero entrar no último aspecto já que nós estamos berando nossos 30 minutinhos já né desigualdade nas favelas beleza desigualdade nasel eh eu queria mostrar esse esse ponto porque estamos em meio essa epidemia é impossível né não falar sobre existe um problema muito grave atualmente aí no Brasil e principalmente
aqui na em países latino-americanos que TM sofrido bastante né Lembrando que o Brasil é um país que tá descontrolado em relação ao número de seus contaminados e mortos nós temos um índice que coloca essas populações de áreas periféricas em áreas de comunidade né em em condições subnormais de moradia uma vulnerabilidade muito maior basta a gente pensar que hoje grande parte da cidades brasileiras igual por exemplo Rio de Janeiro tem mais de 600 favelas áreas por exemplo demarcadas por insalubridade por vários problemas sociais que nós sabemos muito bem então pensar a desigualdade social é pensar esses
multi aspectos ur mandou uma questão João essa crise em áreas humanas seria um passo para Progresso retrocesso mesmo um grande retrocesso porque na verdade as ciências humanas ela não é culpa e nem a solução desses problemas sociais solução não se passa por exemplo na figura missionária de um professor professor não tem essa função mas é um ataque moral né a gente é desmoralizado socialmente é um ataque adjetivado negativo Ele é baixo ele é baixo porque ele ataca a pessoa né basta você pegar vários vídeos polêmicos aí que a gente tem eu mesmo aqui no no
canal Brasil escola sem muito bem disso de os ataques ser ataques baixos ataques adjetivos não tem debate né existe um ódio no discurso Então isso é um problema né Eh em relação à valorização Ô O Artur é péssimo mesmo existe uma desvalorização né at to que hoje o índice de abandono dos alunos de licenciaturas é enorme no Brasil a evasão nas universidades públicas e privadas é enorme na área da Educação justamente porque nós não temos aí garantia nenhuma não temos garantia nenhuma de como vai ser esse mercado de trabalho né inclusive pode ser até o
tema de uma live aí nossa né mercado de trabalho das licenciaturas isso pode ser um debate né que a gente possa fazer aqui ao longo dessa pandemia certo e uma outra questão Dener e mecanismos para diminuir desigualdade olha Dener eu sou uma pessoa adepta de que mecanismos reducionistas não resolvem todo o problema né Nós podemos tem medidas aí a curto prazo emergenciais né que são políticas públicas mais profundas e sérias mas ao mesmo tempo nós sabemos que essas políticas públicas ela tem um certo limite o limite tá sem dúvida na própria estrutura desse sistema que
a gente vive Dener só para você passar para um processo de reflexão vamos imaginar uma pessoa aqui no nosso tempo né que tá aí há 30 40 anos sei lá trabalhando e que não tem o direito de ficar dois meses sem trabalhar três meses alguns meses sem poder trabalhar sem colocar sua própria vida em risco Isso prova que nós estamos vivendo num sociedade que tá errado Tem alguma coisa muito grave de errado nisso então é diante dessa dessa preocupação que políticas públicas de curto médio e longo prazo são importantes porque elas podem garantir certas vidas
emergencialmente mas pensar em projetos de Nova sociedade de um novo modelo econômico de um novo modelo político de uma nova forma de se viver minimamente onde pelo menos os trabalhadores têm uma condição de eh de dignidade vamos usar essa expressão aqui para né para ser mais Brando para ser Digno certo eu quero encerrar a minha Live eh discutindo aqui Uma Última Questão da desigualdade questão carcerária eu adoro esse tema esse tema inclusive tá no Brasil escola na lá n nossas aulas já gravadas até Convido os senhores a dar uma olhada né e o problema carceral
é um problema muito grande é um problema que ele mostra uma sociedade dentro da outra sociedade entende uma espécie de lugar que a gente pouco ouve falar que a gente pouco tem acesso que a gente tem medo que a gente tem preconceito e que dificilmente a gente conhece a realidade interna o as questões carcerárias elas envolvem muitas questões envolvem inclusive uma política de encarceramento que nós temos no Brasil uma política de criminalização das pobrezas até tenho aqui a a a péssima notícia para quem não viu né ontem mais uma criança jovem adolescente que foi assassinado
né numa comunidade no Rio de Janeiro onde o pai encontra o filho no IML 17 horas depois do do corpo ter desaparecido e nós sabemos que existe sim uma marcação muito clara e social dentro desse tema que é na verdade aí uma espécie de problema relacionado a uma política racial de extermínio da Juventude Negra e periférica para mostrar isso Qual é o perfil da população carcerária Só Para eu terminar nessa nossa discussão A respeito aqui de desigualdade social vejamos 92% de quem hoje tá preso no Brasil seja em regime provisório ou cumprindo pena mesmo 92%
tem até 45 anos de idade Ou seja é uma população que tá dentro ainda do índice de ser uma população econômicamente ativa né um índice que o a geografia Dora muito o pé né nesse dado do total de pessoas encarceradas no Brasil que lembrando nós temos uma uma política de encarceramento e criminalização da pobreza Clara no Brasil 67% dela é negra 67% também tem até o ensino fundamental completo ou seja até o 9 ano Como assim a gente chama né o non ano ou nona série como a gente considerar essa população então é uma população
que pode ter muito esses dados mascarados que nível de alfabetização é essa ou de Ensino Fundamental às vezes são como usa-se uma expressão muito dura por aí analfabetismo funcional não é 68 de todo mundo que tá preso no Brasil cometem crimes econômicos ou seja levantando aqui uma polêmica que polêmica crime contra a propriedade crime que teria uma redução drástica certo com apaziguamento das igualdades econômicas crimes vinculados principalmente H roubo e furto crimes que em todos os países que alteraram o seu sistema penal discutiram isso de maneira mais profunda ou seja vamos reduzir desigualdade que reduz
criminalidade também lembrando os crimes contra a vida que são os chamados crimes mais violentos ediondos e tal como latrocínio assassinato e tal também estão associados ao fator da da dos crimes contra a propriedade ou seja geralmente é um roubo certo seguido de morte ou um tráfico al de uma arma de alguma coisa assim ligado por exemplo a uma propriedade então às vezes o assassino ele não mata sair matando torte a direita simplesmente assim na maioria dos casos os dados que nós temos aí de departamentos como depen são relacionados a crimes econômicos portanto onde eu quero
chegar pensar desigualdade social o tema parece que é batido todo mundo fala todo mundo às vezes utiliza é sempre pensar uma dinâmica muito mais complexa determinis é um problema grave entende as gerações por exemplo que estudaram os problemas sociais alertaram temos que pensar em totalidade pensar uma relação mais dinica complexa eu vou deixar esses momentos fininhos aqui para ler algumas comentários tá reportagem que o IDH Mundial será o menor em 30 anos será o menor em 30 anos esse ano né Por Conta aí do coronavírus como recuperar isso bom Ô Daniel Guilherme desculpa recuperar isso
assim eu não tenho uma solução mas a gente sabe muito bem que nós temos hoje um sistema internacional financeiro né que poderia muito bem reduzir esses danos só para mostrar isso em meio a uma pandemia tem grupos que estão lucrando mais inclusive bancos que estão numa taxa de juros assim exorbitante num momento de desespero que estão lucrando mais do que em áreas em em épocas de estabilidade ou de não pandemia então assim como solucionar eu não sei mas eu garanto a você que cada estado cada política e principalmente que a classe trabalhadora encontra seus próprios
meios auto-organizados de buscar essas suas formas de se proteger né o wesler comentou Será que não vivemos hoje aquilo que foi negado as gerações passadas uma distribuição de renda igualitária uma educação de qualidade uma saúde de qualidade ou seja direitos básicos que foram negados com certeza são consequências consequências que não resolvem a curto prazo pensando por dentro dessa sociedade são consequências que demorarão aí décadas se brincar século infelizmente ou que nunca nunca resolverão completamente seus problemas tá para finalizar Arthur mandou aqui devemos insistir nos diálogos e debates que são recheados de discursos de ódio ou
alienação evitamos os debates olha Ô Artur eu não tenho regra para isso eu não tenho solução mas eu garanto uma coisa dialogar com quem não quer dialogar é um problema na verdade existem formma de combate a isso Beleza discurso de ódio não é liberdade de expressão beleza discutindo bem pelo ponto legalista é crime determinado tipo de discussão é crime acusações assim elementos baseados nesse tipo de Conduta é crime portanto eu não sou muito adepto de ficar dialogando com quem não quer diálogo o diálogo tem que ter mínimas regras de racionalidade partindo disso aí sim é
possível a gente avançar né o diálogo é sempre importante mas com quem não quer dialogar fica difícil você já notou que tem gente que gosta do Bate e não do debate aí fica difícil não é verdade senhores meu tempo já bateu já extrapolei mais o tempo vou levar até bronca Muito obrigado pela presena de todo mundo comentários né pelo nosso discussão foi excelente eh muito bom a gente tá sempre aqui dialogando nessas lives e tal ao longo do da próxima semana Devo entrar com mais alguma live com senhores tá Um grande abraço para todos acompanha
aqui nas redes sociais o Brasil Escola Siga o Brasil Escola aqui no nosso Instagram fique sempre por dentro todo dia tem uma live às 3 da tarde essa Live vai subir pro YouTube aproveita no YouTube estamos lançando vídeoaulas lá ainda né aulas que que a gente tinha gravado antes da pandemia estamos aí todos em casa além do mais podcasts aproveita essa novidade de nós beleza é temos podcasts lá no no no dezer temos podcasts lá também no Spotify acompanha sempre por aí valeu muito obrigado a vocês aí agradeço a Tha Calheiros Muito obrigado obrigado Guilherme
né A Ana que tá chegando aí agora Mandou um oi Muito obrigado um abraço para vocês e nos vemos logo [Música] mais