As Línguas Indígenas do Brasil

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XIX Jornada da Edição - CEFET-MG
Video Transcript:
[Música] E aí E aí E aí E aí e as Américas foram Último dos continentes a ser povoado uma das teorias mais plausíveis diz que elas foram povoadas por sucessivas migrações de populações da Ásia norte-oriental através do Estreito de Bering por volta de trinta e cinco a quinze mil anos antes de Cristo três ondas migratórias vindas da Ásia corresponderiam as três famílias linguísticas Americanas ameríndia família nada né e a esquimó leu Trina a família ameríndia está associada a primeira migração que povoou todo o continente americano a família nada né um sub grupo da família de
né caucasiana que originou o Vasco e várias outras línguas caucasianas e está associada a segunda migração e somente se sobrepôs a ameríndia nos territórios mais ao norte das Américas por fim a terceira família esquimó e o Trina se sobrepôs a família nada né nas regiões e entre o mais onde hoje se localiza o Alasca o Canadá EA Groenlândia a América possui uma população aproximada de um bilhão de pessoas porém não se pode afirmar que esse número corresponde a quantidade de falantes de línguas Americanas é importante salientar que ainda há línguas indígenas vivas na América cujos
falantes totalizam 49 milhões no Canadá apenas 0,6 por cento da população tem uma língua indígena materna nos Estados Unidos a população indígena considerando as miscigenações perfaz um total de sete milhões na América do Norte existem 254 línguas e mais da metade está ameaçada de extinção nas Américas Central e do Sul a população indígena é mais expressiva contudo as respectivas línguas e culturas tem sido alvo de constante e a diversidade étnica das Comunidades indígenas na América Latina varia conforme a localização Amazônia é a região onde se concentra o maior número de povos indígenas sendo possível encontrar
316 grupos étnicos culturais distintos já América Central contabiliza 328 línguas vivas a região do Caribe tem uma situação bem diferente ali as línguas indígenas foram dizimados pelos colonizadores contudo se por um lado houve o apagamento das línguas por outro as muitas frentes de colonização propiciaram o desenvolvimento das línguas crioulas dessas algumas se tornaram oficiais e outras ainda estão em fase de expansão além das que são as verdadeiras línguas de identidade nacional um olhar abrangente sobre as línguas das Américas leva a constatação de que 3,4 por cento das línguas nativas são institucionais 40 uma das línguas
indígenas estão longe da ameaça de extinção porém sessenta por cento estão muito perto disso principalmente nas Américas do norte e do Sul as fronteiras entre línguas e etnias diferentes não necessariamente correspondem as fronteiras geopolíticas de um país logo a denominação línguas indígenas do Brasil não é categórica dados do censo de 2010 apontavam uma população indígena no Brasil de 817 1963 pessoas o número de indígenas aumentará consideravelmente em relação ao censo de 1991 que trouxe 306 1245 indígenas e também do ano 2000 que trouxe 734 1131 pessoas um Resultado positivo para com a identidade indígena as
regiões com maior taxa de população indígena São a região norte com 37,4 por a população indígena total e Nordeste com 25,5 por cento o Mato Grosso do Sul é o estado da região centro-oeste com maior presença indígena de acordo com os dados da FUNAI e do Instituto socioambiental os grupos étnicos e linguísticos maiores são os ticuna no Amazonas com 53 1444 falantes o povo guarani-kaiowá com 31 mil falantes no Mato Grosso do Sul e o kainan Gui com 45620 falantes na região sul a Funai registra a presença de 274 diferentes línguas no Brasil o programa
de povos indígenas do Brasil registra 305 West London registra 202 línguas indígenas e o muro que é de 2011 entre 150 e 180 línguas indígenas para reconstrução das famílias linguísticas Americanas de fato um dos primeiros problemas a linguiça tiveram de enfrentar foi a falta de documentação escrita para a maioria das línguas nativas outras dificuldades estão relacionadas com as muitas divisões étnicas que podem levar a considerar a variedade de uma mesma língua como línguas distintas o número exato de línguas indígenas vivas hoje no Brasil é exponencialmente inferior ao número estimado de línguas na época da chegada
dos primeiros europeus que devia ser muito próximo a 1300 de acordo com o programa de documentação de línguas indígenas do Museu do índio nos últimos 500 anos foram exterminados cerca de oitenta por cento das línguas presentes no território brasileiro uma das classificações genéticas mais correntes para as línguas indígenas brasileiras é aquela que identifica dois troncos principais o tronco Tupi e o tronco macro-jê que por sua vez engloba um famílias de línguas existem ainda uma série de línguas isoladas que a família sozinhas o tronco macro-jê compreende dez famílias diferentes boro guató jabuti g karajá krenak maxacali
ofaié feedbacks a iate a maioria delas é constituída por apenas uma ou duas línguas mas a família G a maior de todas é formada por oito línguas e 21 dialetos o tronco Tupi inclui dez famílias ariken Avent juruna mal e mondé puruborá mundo puro rama rama to Party tupi-guarani Essa é a maior família compreende 22 línguas incluindo o moderno e em gato e 18 dialetos algumas famílias de línguas indígenas não pertencentes aos dois troncos mencionados apresentam dimensões notáveis A família era o a que compreende cerca de 18 línguas a família karib engloba cerca de 33
línguas um pano é formada por cerca de 14 línguas a família tucano é formada por 13 línguas e se divide em três Ramos Oeste Leste e Central A Família Arauá compreende sete línguas a família katukina é formada por três dialetos da língua kanamari a família mako compreende quatro línguas a família tapacurá compreende cinco línguas no Brasil e na Venezuela são faladas quatro línguas EA nome as famílias menores são formadas por uma ou duas línguas no máximo são formadas por uma única língua agora a guaicuru as a muco EA Chiquito a família Mura é formada por
duas línguas uma das quais é o pirarrã uma das línguas indígenas mais estudadas acrescentam-se essas línguas cerca de sete outras línguas isoladas como o canal e o tipo na e uma cor a distribuição geográfica dessas línguas em conta há milhões do Brasil do Peru Bolívia Venezuela Colômbia Paraguai Argentina Suriname Guiana e Guiana Francesa em algumas regiões a contextos de multilinguismo pelo fato de comunidades diferentes viverem em contato entre si é comum que mais línguas sejam faladas pelos indígenas daquelas comunidades é possível observar um alto grau de diversidade genética nas línguas nativas brasileiras há também uma
notável variedade em termos tipológicos como você vai conhecer a seguir muitas línguas indígenas brasileiras não têm fonemas consonantais o pirarrã e o Kainã grande por exemplo não possuem fonemas nasais enquanto maxakali não possui fonemas fricativos que tem um som produzido pelo bloqueio parcial E continuo da corrente de ar em algum lugar da boca o pirarrã e umas akali se destacam ainda por possuírem inventários fonológicos bastante reduzidos Além disso O pirarrã possui o tipo logicamente muito marcados o fone que é uma dupla vibrante lateral achadas ó Nessa língua e o vibrante bilabial que faz o ar
da boca sair com força suficiente para os dois lábios vibrarem o mais complexo sistema de marcas morfológicas é o da evidencialidade Esse sistema é complexo não só por que diferencia categorias evidencialidade os muito sutis mas também porque os morfemas correspondentes às vezes são afixos específicos de evidencialidade e outras vezes são veiculados no mesmo morre junto com outros morfemas só para lembrar afixos são elementos secundários que se agregam o radical o tema para formar palavras derivadas outro sistema lexical interessante é o da exclusividade presente em algumas línguas indígenas do Brasil por exemplo em o are o
pronome de primeira pessoa do plural o aruch é exclusivo indica nós o fim do interlocutor ou seja nós representa o falante mais alguém que não é o interlocutor já o Ari inclui o falante e o interlocutor do ponto de vista morfológico as línguas indígenas brasileiras apresentam grande diversidade de tipos Apesar de o isolante assim bastante raro e só ser encontrado em três línguas da América do Sul o Ari okpa which dentro desse paradigma línguas isolantes isolam em um único morph opondo-se às línguas concatenate vivas que separam os morfemas em more fiz distintos as línguas aglutinantes
achamos todos os tipos sintáticos de ordem constituintes básicos nas línguas indígenas brasileiras sujeito-objeto e verbo e sujeito verbo e objeto são as mais frequentes mas a línguas que apresentam a ordem verbo-sujeito objeto e também as bem mais raras objeto o sujeito e objeto sujeito é verbo por outro lado várias línguas não apresentam nenhuma ordem dominante ou admitem todas as possibilidades na frase básica ou mais de uma mas não todas possíveis entre as línguas indígenas algumas informação morfológica nominativa acusativa ou seja o sujeito de um verbo intransitivo e o sujeito de um verbo transitivo recebe um
tratamento diferente do objeto direto do verbo transitivo e outra essa informação ergativo absolutiva aquelas em que há uma oposição fundamental entre duas funções sintáticas na época da chegada dos portugueses ao Brasil no século 16 o litoral brasileiro estava povoada por tribos indígenas falantes principalmente de línguas da família tupi-guarani Jê e Caribe e articuladas em redes culturais e comerciais intensas em todo o litoral palavras de uma língua Franca o ar hoje ou amanhã Ingá a língua das pessoas de base principalmente o Tupi que funcionava como língua e da comunicação intertribal o contato com os portugueses fez
essa língua Franca se enriquecer com empréstimos e elementos do super strato português a nova versão do a banho ainda começou a ser conhecida como língua geral ou em em gato língua boa no final do século 16 o Padre Anchieta publicava a sua primeira gramática arte de gramática da língua mais usada na Costa do Brasil e a língua continuou sendo estudada e ensinada principalmente pelas instituições Jesuítas até aqui em 1758 o Marquês de Pombal impôs o uso da língua portuguesa na colônia proibindo explicitamente as línguas nativas sobretudo a língua geral no entanto um gato ainda é
falado por cerca de 19 mil pessoas entre Brasil Colômbia e Venezuela os maiores vestígios das línguas indígenas brasileiras são os nomes de lugares e também de pessoas o chamados antropônimos de plantas e animais sobretudo a partir de palavras de origem Tupi como topónimos temos Itambé usado para indicar morros escarpadas Mas também como nome próprio de localidades de Minas Gerais Pernambuco e Bahia Paraná que significa mar grande rio algo semelhante ao mar e Capanema que significa mato ruim como exemplo de nomes de pessoas temos Iraci mãe do Mel Iracema que quer dizer fluxo de Mel ou
enxame de abelhas na flora e fauna temos açaí aipim Caju Pitanga pequi jerimum IP jabuti jacaré Jaguar sabe a Siri Jibóia urubu tatu tamanduá entre vários outros também há vestígios um pouco mais estruturais no português que derivam de bases lexicais e como em Cajueiro perereca Capinzal junto com algumas expressões idiomáticas de derivação Tupi como estar na pindaíba ou seja está sem dinheiro e chorar Pitanga e quer dizer queixar-se alguns sufixos derivacionais tem Claro origem Tupi o Sul do tupigua zul que significa grande e é usada para formar aumentativos por exemplo minhocuçu minhoca grande mirim do
tupiry que quer dizer pequeno e é usado para formar diminutivos exemplo cadeira Mirim escoteiro Mirim Ohara do Tupi Ara que quer dizer nascer exemplo Marajoara Manauara que a quem nasceu em Manaus ir Anna parecido com o mal feito caferana Sagarana outros traços que tem sido remetidas a influência indígena relacionam-se a fenômenos de reduplicação com o uso existencial de ter a estrutura nome codificador mas trata-se contudo de foto existe difícil comprovação não se pode embasar o reconhecimento de influências das línguas indígenas no português brasileiro é sempre necessário verificar a verossimilhança de Tais propostas com base em
dados históricos e demográficos específicos de cada lugar de contato que possam sustentar Tais hipóteses o E aí E aí [Música]
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