além das contas públicas e do dólar o orçamento desse ano ainda preocupa nem tem né o adiamento da votação coloca algumas travas na execução da peça orçamentária que costuma ser uma ficção logo no comecinho do ano Este é mais um fator que traz insegurança em relação à condução da economia confira a reportagem de Luciana Amaral a lei orçamentária anual é a prioridade do Palácio do Planalto e da equipe Econômica para o início de 2025 entretanto o relator da Medida no Congresso Senador Ângelo Coronel afirmou que a votação vai ficar para o final de Fevereiro ou
para o começo de Março Depois do Carnaval o congressista também tenta corrigir as pendências que envolvem as emendas parlamentares no orçamento deste ano como a loua ainda não foi aprovada o orçamento de 2025 começa com restrições o governo só pode gastar 1 por mês até que a peça orçamentária seja aprovada e sancionada além do exercício financeiro a equipe Econômica observa pontos de inconsistência apresentados pela Receita Federal na reforma da renda novos cálculos sobre o imposto de renda de pessoa jurídica impediram que a medida fosse enviada ao congresso logo após o anúncio as mudanças no ir
só vão ser apreciadas pela câmara e pelo Senado depois das eleições para as presidências das casas legislativas o ministro da Fazenda Fernando Haddad admite a possibilidade de que a proposta seja dividida em dois projetos de lei as alterações pesaram na percepção do mercado financeiro sobre o compromisso do governo em manter a austeridade fiscal a avaliação de analistas é de que o Executivo precisa apresentar novos cortes nos gastos Para retomar a confiança nas contas públicas o indicador de incerteza ecomia calculado pela Fundação Getúlio Vargas está no maior patamar desde 2021 durante a pandemia de covid-19 a
aceleração no crescimento da dívida pública também é motivo de preocupação desde o início do terceiro mandato de Lula o índice cresceu cerca de TRS pontos percentuais atingindo 61,2 do PIB o endividamento do governo encontra dificuldade de estabilização reflexo de uma expansão nas despesas financiadas pelo governo Christopher garman eh novamente boa noite para você aí em Washington Christopher tem tem havido na Inclusive inclusive por parte da Consultoria que você representa uma uma perspectiva muito muito dura em relação a 2025 é o argumento Central é inflação e um sentimento de que essa inflação já está corroendo eh
o performance da economia Provavelmente marcarão o ano é exagerada essa dose de pessimismo Olha eu acho que se a gente olha para 2025 nós vemos duas eh duas vertentes de um lado nós vemos um ambiente geopolítico Aonde a ordem institucional Global está está mais frágil do que a gente tem visto há muito tempo eh enxergamos no ano 2025 como um acúmulo de países olhando mais para dentro de si enfraquecimento de instituições globais incentivo de cooperação eh diminuindo que é um termo que a gente tem utilizado bastante o meu chefe Ian brer tem denominado como G
zer em contraponto ao G7 e o G20 o g0 é uma arquitetura intercional eh sem liderança muito clara mas ao mesmo tempo nós passamos ao longo de 2024 vários governos sofrendo com uma inflação mais resiliente nós viemos várias eleições de unos governantes pagaram um preço elevado para inflação mais elevada e o desafio que nós estamos enxergando para 2025 eh e aí é um pouco mais específico as perspectivas eh de um novo governo trump é uma casa branca eh que vai encaminhar suas promessas eleitorais e uma nova rodada de de de protecionismo comercial deportação de imigrantes
Ilegais que tende se Traduzir por menos crescimento Global mais inflação e taxa de juros mais elevado ados então a gente acredita não só que tação foram calcanhar de Aquiles para vários governos ao longo de 2024 isso isso até explica a derrota dos Democratas nos Estados Unidos é o calcanhar de Aquiles também eh das dificuldades políticas que o Justin TR sofreu no Canadá mas com uma nova rodada de políticas de tarifárias e prodismo Comercial inflação pode permanecer resiliente e um desafio para o crescimento Global em 2025 sim Daniel deixa eu começar por você a apreciação disso
que o Christopher já introduziu aqui na nossa conversa o o Christopher tá em Washington eh ele é ele é profissional de uma consultoria que estabelece cenários de risco com um olho no peixe e outro no gato como a gente diria um olho na situação Internacional e o impacto dela na situação Internacional na política doméstica e a pergunta que a gente faz para para para você repórter político em Brasília é a seguinte como o governo brasileiro tá enxergando as suas decisões e os seus desafios a partir de agora na política econômica exclusivamente sob a perspectiva da
política eleitoral doméstica em outras palavras eu vou refazer a pergunta pelo lado de trás o governo brasileiro leva em consideração o que tá acontecendo lá fora nos seus cálculos políticos econômicos William eh bom primeiro Feliz ano novo Eh esse Essa ordem Global mais frágil um ambiente de riscos maiores descritos pelo Chris garman tornam inevitavelmente um um um 2025 um ano mais complicado para lidar com crises se fosse possível escolher um ano deste governo entre 4 anos para ter uma crise melhor que fosse 2023 2024 vai ser mais complicado lidar com esses pontos em 2025 do
que foi em 23 24 o governo reconhece isso agora me parece que o governo ainda não se deu conta totalmente de que o valor de sua palavra se perdeu muito ao longo dos dois primeiros anos é mais ou menos como aquele marido ou aquela esposa que traiu o cônjuge ou a cônjuge em ocasiões anteriores não adianta mais ficar mandando flores não adianta mais levar para sair para um jantar você espera você pode até reconciliar Mas antes você precisa de uma mudança de vida algo muito Claro na percepção de todos aí depois você vem com poesia
vem com rosas mas não adianta agora falar em rosas e falar em poesia é preciso mão na massa a mão na massa não parece tão absurdamente difícil o governo tem um cenário orçamentário fiscal bastante desafiador se você olha o orçamento deste ano conta com 180 bilhões em receitas que são incertas aí a gente tá falando de julgamentos do Carf de outorgas de ferrovias de aumentos de impostos CSL jcp que dificilmente vão se confirmar no Congresso mas um bom contingenciamento em março que é a primeira oportunidade que se que se tem um bom corte de benefícios
tributários pensando em eh eh fim de deduções ali de despesa para saúde educação se pensar em alguma limitação para valer em super salários não é nada do outro mundo para você recuperar a confiança mas antes precisa fazer só depois você grita e só depois você sai com blá blá blá e me parece que o governo ativou claramente a partir de agora o modo reeleição não o modo ajuste Tem qualquer chance eh no mundo político em Brasília atual Caio evidentemente atual é um cavalo de pau quando eu fal caval política a política D qualquer espaço hoje
olhando como você olha a situação política em Brasília ela dá qualquer margem para um cavalo de pau no que o Lula vem fazendo até aqui não se se o que eu acho que mais interessante para 2025 na análise política neste começo de ano é que a política está olhando a economia pode ser meio Óbvio mas está olhando em muito a economia presidente Lula quer fazer uma reforma ministerial para amarrar os aliados para 2026 ninguém quer amarrar com o Lula já em fevereiro de 25 a coalizão em 2026 por quê porque sabe que a travessia de
2025 é de muita incerteza inflação crescendo dólar a seis então a política tá observando esses movimentos você veja os dois futuros presidentes da câmara e do senado da v columb e Hugo Mota não estarão na cerimônia de 8 de janeiro depois de amanhã que o governo lá vai bater bumb e tal vão é é um gesto é um sinal então a política ela eu acho que ela ela apoiaria um movimento de cavalo de pau na política econômica mas ela não espera que isso aconteça e o próprio Lula que eu sinto que gostaria de usar esse
começo de ano vamos dizer para tentar dar uma reforma um cavalo de pau na política via reforma ministerial via Conquista das emendas via avanço do orçamento para o Executivo essa retomada também não consegue porque ele se tá de certa maneira encurralado pelo olhar da política que tá olhando a economia e a imprevisibilidade e todos os sinais do governo de não conseguir ancorar as expectativas taí o Brasil tá tá entrando na categoria de país Exemplo né sobretudo nesses últimos 15 um pouquinho mais Nesses últimos três semanas o país virou uma espécie de exemplo e como que
o debate interno sobre política e economia piora entra numa espiral de piora inclusive de expectativas em função sobretudo do que tá acontecendo lá fora em que medida essa percepção que tá clara e nos comentaristas eu não tô falando nem dos comentaristas brasileiros lá fora tá se dizendo isso a a respeito do Brasil em que medida que isso permeou chegou no governo Ah não chegou ainda né na equipe Econômica sim o senso de urgência eu já consigo eh perceber mas eh no no no no governo presidente Lula eh ainda não há sinais disso né o essa
expressão Cavalo de Pau tem sido tá sendo bastante usada aí nos últimos dias né Por por muita gente por gente do mercado por eh eh empresários jornalistas colegas nossos enfim porque é e é realmente vai ser necessária uma mudança radical do posicionamento do posicionamento do presidente Lula não adianta o ministro Rui Costa fazer um cavalo de pau hoje ele foi ao Ministro da Fazenda Ele foi ao Ministério da Fazenda ele eh eh falou em União né fazendo uma mudança numa postura de opositor e de quase adversário do Fernando hadad nesses dois primeiros anos ele Ministro
chefe da casa civil não adianta essa dem mostração de de flores e poesia vai precisar acontecer uma mudança radical de posicionamento eh do do do presidente Lula o que eu não acredito esse exemplo que o Brasil tá dando hoje William é não é só eh de como essa espiral pode impactar o o o país ainda para uma piora eh de como não estar preparado porque assim não é que a gente tá vendo é uma surpresa a piora do cenário internacional né de um dia pro outro Acordamos com isso não né o Brasil já sabe que
o cenário internacional tá piorando e em vez de ir se preparando para esse momento não foi se piorando a sua situação diante daquilo que vai acontecer na economia internacional então é o exemplo assim olha se você tá sem gordura para queimar E você tá vendo que a situação tá piorando Segura a Onda Não foi o que a gente fez então então Christ Deixa eu aproveitar a sua perspectiva internacional o olhar que você tem aí de fora sobre o Brasil e e e e pedir que você avalie o seguinte há uma há uma por outro lado
há por parte do governo brasileiro uma disposição muito grande em atrair um forte investimento internacional direto por exemplo mas não só em infraestrutura ou no setor de óleo e gás por exemplo em que medida você detecta no olhar do investidor estrangeiro sobre o Brasil a digamos eh uma silv lining como se fala em inglês um um um um algo no horizonte que diz pera aí aí tem uma chance É acho é boa pergunta William se a gente olha a diferença entre investidores estrangeiros com investidores locais ao longo dos últimos do anos claramente os investidores estrangeiros
estavam mais otimistas ou menos alarmados sobre as perspectivas do governo Lula do que o local e parte não é tanto que eh o local tem mais informação o gringo tem menos informação acho que é um pouco porque o estrangeiro vê o Brasil em termos relativos então enxergo o mundo aonde vários os países estão eh com suas contas públicas deteriorando enxergo o mundo com risco eh eh eh de conflito geopolítico em alta Uma deterioração política em vários países importantes de mercados emergentes então com poucas alternativas de de investimentos olhando né grandes países mercados emergentes como o
Brasil eh e o Brasil tem ativos nesse nesse novo mundo é um é um produtor Agro uma potência agrícola enorme não é eh uma potência energética com produção de petróleo crescendo e uma economia rasamente limpa com fonte de energia limpa então isso tudo atrai eh mas eh William Eu sinto que mesmo que o investidor estrangeiro permanece eh um pouco menos alarmista desse espiral negativo a distância entre o investidor local e o investidor estrangeiro diminuiu eh nesses últimos meses eh porque todos estão enxergando eh uma dívida pública que tá crescendo e um governo que foi incapaz
de manejar expectativas e houve um fracasso eh muito grande no anúncio do pacote fiscal no final de Novembro não é não só pelo o que foi anunciado mas pelo fato que anunciou conjuntamente com uma reforma da renda com cunho populista Então esse esse evento parece tem um cheiro de um ponto de inflexão sobre expectativas e quando aí todos estão olhando que daqui paraa frente nós estamos no modo reeleição e não vai haver um cavalo de pau de uma nova reforma fiscal muito grande aí até mesmo o investidor estrangeiro não quer entrar numa situação que pode
deteriorar mais então todo mundo fica de barbas de molha nessa nesse espiral de expectativas Mas eu só colocaria uma ressalva se você permite William essa crise de confiança que a gente passou os últimos mês dois meses muito mais doméstico do que externo porque no fundo a gente olha Eh as os mercados financeiros globais eles ainda estão com uma visão otimista sobre a perspectiva de um governo trump Eles não estão colocando no preço eh a possibilidade de fazer uma rodada de tarifas muito agressivas que possam levar a uma inflação mais residente na economia americana não tô
colocando no preço uma perspectivas de uma deterioração do cenário externo global de crescimento seja nos Estados Unidos ou na China Então essas esses riscos de um governo trump estão sendo minimizados e o que os mercados estão refletindo é um governo amigável ao setor privado e por isso que a bolsa americana tá eh tava batendo o recordes então no fundo essa deação espiral foi mais raízes domésticas E se o cenário externo piorar vamos ter uma nova rodada de piora E aí a vida fica bem complicada mesmo para a política econômica brasileira eu vou eu vou só
separar um pouco dois pedaços do que você acabou de colocar é a parte a qual você se refere como que se espera que seja implementadas as pras eleitorais do trump nós vamos pegar logo depois do intervalo Chris especificamente esse ponto eu vou voltar à questão que você é definiu com uma expressão dura você disse nós estivemos num ponto de inflexão no que se refere à confiança se a gente passa isso pra atmosfera política Daniel esse ponto de inflexão se traduz não só em relação ao que o investidor estrangeiro ao que os operadores de mercado registram
mas se refere quando a gente consulta as pesquisas e opinião a própria população Daniel a população acredita que a inflação vai subir e que também nos próximos 12 meses diminuiu muito o número de pessoas que acham que a situação vai melhorar como é que isso tá batendo no Planalto willam o que eu percebo é o seguinte né a gente tá H dois dias dessa celebração do Dia da memória ali do 8 de janeiro e um dado que incomoda moda um pouco o Palácio do Planalto eu tô me referindo a uma pesquisa recente Se não me
engano da Quest e que mostra que 78% das pessoas não conseguem nomear E aí independe se elas aprovam ou se rejeitam o governo Lula elas não conseguem nomear acertos indicar acertos do governo Lula isso pode ser tido como um erro de comunicação que é o que o Palácio do Planalto eh gosta prefere enxergar ou uma sensação das pessoas de que a vida não tá tão ruim mas também não tá tão boa e portanto essa incerteza das pessoas de que a vida está melhor veja estamos longe agora neste momento de um desastre o PIB tá crescendo
3% E você tem uma inflação que é um pouco mais elevada do que se gostaria mas também não tá Explosiva no momento a perspectiva é que é ruim né acontece que o governo também não consegue capitalizar a sua gestão econômica não consegue demonstrar claramente ou fazer chegar à população essa ideia de que o Brasil está prosperando de que as coisas estão melhores essa ideia pois não danel não é que o Caio tá tá tá ansioso não não e aí só e aí só me parece o seguinte o governo quando e joga ali uma celebração do
8 de janeiro é sempre uma tentativa de mostrar o seguinte falar assim olha Eh não se preocupe com economia isso não é o mais importante não porque eh a gente tá falando de um projeto aqui que tem suas falhas mas o outro projeto é o projeto antidemocrático é o projeto do mal é o Projeto ruim né então é sempre tentar jogar esse nós contra eles e o governo sempre vai ficar apelando para isso a questão do 8 de janeiro tá clara e a gente vai falar bastante aqui essa semana certamente principalmente na quarta-feira mas é
é um ambiente que o governo joga seguro né ganhou eleição Nesse contexto né de democracia contra não democracia mas para 26 eu acho o palácio muito otimista assim William eu acho que quando Eles olham acho não tenho certeza porque eu ouço isso deles quando Eles olham o cenário econômico e eles vêm mais cedo no prime at estava colocando aqui né IPCA e inflação quando Eles olham ali Poxa 5% de inflação PIB crescendo a dois eh o juros vai est alto É aquilo é um cenário que eles na cabeça deles eles conseguem ganhar a reeleição e
a reeleição tá mais importante do que qualquer cavalo de pau num momento como esse já tá num modo reeleição já tá num modo expansionismo fiscal Então eu acho que eles não e Eles olham quem que é meu candidato contra não tem né até agora não tem né o Tarciso não sabe se vai ser o Caiado seria muito fraco para enfrentar daí tem a questão do super Lula Então eu acho que apesar de tudo isso que a gente tá falando aqui a gente tem tratado disso eles em si acham que do jeito que está e do
jeito que será e as condições econômicas em 26 dá para levar Olha o William Isso é uma eu já já vou pegar aqui do Caio eu eu fico na situação horrível é porque a gente tem que ir para intervalo mas por favor ta isso não é rapidamente eh é é uma trajetória tão parecida com com a Dilma que chega dar tristeza porque assim a Dilma ela tinha e o governo e o ministro Guido Man e tal eles tinham essa convicção de esticar a corda até 2014 para ganhar a eleição e ganharam e ganharam a eleição
ganharam a reeleição Mas jogaram o país na pior crise do sei lá eu do século entende então assim o Brasil dificilmente vai cair numa recessão profunda e tudo mais mas assim eh essa coisa de esticar corda e se contentar a inflação na meta né que era a maior falácia do governo Dilma a inflação está na meta a meta era 4,5 mas a inflação fechando à 6,49 No Limite do da da banda lá superior do sistema era ok então essa coisa assim da de esticar a corda no limite dos indicadores e no limite do que é
possível acreditando que precisa passar pro pro dia seguinte mas no dia seguinte a crise vai est lá contratada e esper e