SME EM DIÁLOGO - AVALIAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM: PROF. DR. CIPRIANO CARLOS LUCKESI

bom eu quero em primeiro lugar agradecer essa oportunidade de estar aqui agradecer a Secretaria Municipal de Educação que me traz aqui agradecer as pessoas que mediaram essa minha chegada aqui agradecer a vocês todos que estão aqui presentes para essa partilha e eu quero dizer que eu venho partilhar um pouquinho com vocês aquilo que eu fui aprendendo eu comecei trabalhar com educação eh no final dos anos 60 e de lá para cá fui aprendendo coisas né então que eu eh enquanto professor enquanto estudioso enfim né e a disso que eu venio compartilhar algumas coisas com vocês

e eu quero começar por eh dizer que eh falar de avaliação para falar de avaliação nós precisamos eh pensar que o ato de avaliar tem um pano de fundo e antes de entrar na questão mais metodológica propriamente dita eh eu quero colocar algumas coisas eh sobre essa perspectiva do pano de fundo aquilo que sustenta o o ato de avaliar né E então a primeira observação que eu quero fazer como pano de fundo é assim que todo profissional [Música] eh trabalha atua para produzir um resultado e vamos dizer assim o Alfaiate vai produzir o terno o

palitó a calça a costureira vai produzir a roupa PR PR suas encomendas [Música] o o gourm o cozinheiro a cozinheira vai trabalhar para produzir um uma bela comida né uma saborosa comida e o designer vai produzir a decoração que seja mais fantástica mais agradável assim por diante nenhum profissional como profissional estido da sua profissão nenhum profissional com essa qualidade com essa perspectiva ele investe em produzir alguma coisa que não seja satisfatória o o investimento do profissional é produzir o melhor resultado possível e eu fico pensando Qual é o resultado da nossa ação profissional o único

resultado possível viu e significativo da nossa ação é a aprendizagem do Estudante então Eh ensinar tem um correspondente que é aprender e só se ensina se alguém aprende se eu ensino mas ninguém aprende não tem ensino não é porque é o correspondente é o resultado da nossa ação né E durante muitos anos nessa nessa história da educação eh eu vocês nós os educadores nesses 500 anos de modernidade muitas vezes nós nos alegramos com a frustração nos alegramos com o resultado negativo então Eh um educador ou uma Educadora numa escola que consegue ensinar bem os seus

estudantes e todos aprenderem todos serem promovidos usualmente nós colegas olhamos para ele não falamos para ele mas falamos na surdina que lá é o vovozinho da escola é a mamãezinha da escola como que alguém como que todos aprendem como que todos são promovidos alguém tem que ser reprovado essa é a nossa tradição e de de crença de pensamento e assim por diante Anes e de fato deveria ser o contrário Nós deveríamos conseguir bem dizer aplaudir quem consegue resultados positivos porque é assim que funciona na vida social quando vocês procuram uma costureira para vocês um Alfaiate

para vocês o médico para vocês o arquiteto para vocês um engenheiro designer você procura investigar assim quem é o melhor que está disponível na vida social quem é que produz efeitos positivos é assim que a gente procura Eu também todavia quando se refere à educação ao invés da gente poder eh cantar as glórias de um educador uma Educadora que produz efeito positivo para todos os seus estudantes nós nos entristecemos Como como que aquele ali não pode ninguém pode conseguir que todos os educandos aprendam não é então de certa forma nós temos uma um pano de

fundo inconsciente não é porque vocês querem nem porque eu queira é assim porque tem uma tradição social histórica que não é só da modernidade Mas é uma tradição de anos milênios né de culpa e Castigo Alguém tem que ser culpado e alguém Tem Que Ser castigado não é e eu vinha agora VM do hotel para cá vinha conversando no carro estava lembrando de que nós somos herdeiros de uma tradição sóciocultural Judaica e católica não é e eu vinha dizendo assim eu não sei o quantos vocês eh como eu passei por seminário católico e muitos anos

passei 13 anos dentro de um seminário católico E eu então li Muitas vezes os textos bíblicos e eu nunca encontrei em outro lugar Um Deus tão irado Quanto é o Deus da Bíblia não é o Deus dos primeiros livros da Bíblia ele é muito irado não é eh fez tem castigo não é e Nós aprendemos isso não é por causa do Judaísmo em si é são culturas que vão vão Então não tô falando de judeus estou falando da Cultura né e a Igreja Católica por outro lado que herdou essa tradição ela acentuou muito mais essa

tradição do castigo então Nós aprendemos eh inconscientemente herdamos né a gente vai herdando herdando herdando e repete repete repete e nunca se pergunta porque que é que nós repetimos esses Eh esses determin Nações né E todas as religiões e também o judaísmo também o catolicismo também o budismo também o Islamismo né todas essas religiões elas precisavam de fazer uma organização social e aí então Eh como líder da dessas eh tradições religiosas elas eles não tinham poder suficiente para convencer todos os seus fiéis eles apelavam para Deus não é então Deus a autoridade suprema do mundo

diz que assim então nós temos que cumprir isso desse jeito senão a gente vai ser castigado porque o Deus inicial dos textos bíblicos é um Deus irado vamos dizer assim né E então eu fico pensando de que nós achamos sempre isso né tem que ter um lado negativo tem que ter um lado de Ser castigado tem que ter um um lado que ninguém pode ser vamos dizer assim eh sempre elogiado tem alguém tem que pagar alguma coisa então nós herdamos essa tradição de culpa e Castigo então um professor ou uma professora que consegue ser bem-sucedido

a gente olha para ele e diz assim ah não é assim não tá passando a mão pela cabeça dos meninos quando de fato todos nós 100% dos homens e das mulheres que trabalham em educação deveria ter 100% dos Estudantes sendo tendo aprendido e sendo promovido alguns países do mundo Já conseguiram isso então Eh eu estive agora no mês de julho tive oportunidade de estar na Finlândia ainda que a Finlândia seja um país bem pequeno né eles têm 55 milhões e meio de habitantes é o todo dos habitantes do país eh São Paulo O Grande São

Paulo tem três vezes isso né só a grande São Paulo Imagine que lá é um país inteiro ainda que eles tenham só 5 E5 milhões de habitantes mas todas as crianças aprendem no tempo certo né na na idade correta na idade adequada todos aprendem e eu fiquei mais eh entre aspas chocado é que eu soube que as prisões na Finlândia estão sendo fechadas porque não tem Prisioneiro então Eh Fantástico isso nãoé então para que que eu vou manter uma prisão com diretor vice-diretor cozinheiro etc se não tem Prisioneiro para que que eu vou manter vamos

fechar e gastar esse dinheiro em educação lazer e assim por diante né então é possível não é e as Crianças e os adolescentes seguem os anos escolares não tem essa denominação que a gente a gente usa de retenção não existe isso por quê Porque todos os educadores produzem o melhor resultado da sua ação nãoé então o correspondente da nossa ação é a produção de um resultado satisfatório em qualquer profissão até a vida em geral ela aposta no Sucesso Ela não aposta no insucesso né a gente tem tragédias tem terremotos tem maremotos mas a vida tá

sempre apostando no no no sucesso então por que que a gente vai apostar no insucesso não é então essa a primeira coisa que eu queria dizer para vocês trabalhar com avaliação é apostar no sucesso essa é a primeira coisa segunda coisa que eu quero colocar para vocês é que o ato de avaliar não resolve nada o AD avalar não não produz nada no não resolve nada o ato de avalar ele equivale se vocês estão lembrados de quando leram na infância o Pinóquio né o Pinóquio tem um grilinho né no ouvido e o grilinho fica dizendo

assim rapaz você não fez isso rapaz você não fez aquilo devia fazer isso devia o grilinho fica buzinando dentro do ouvido do Pinóquio para ele coisas que ele deixou de fazer e que ele deveria ter feito pois a avaliação é o grilho o grilo do Pinóquio não é ela tá buzinando toda hora na ouvido da gente dizer assim rapaz os meninos não aprenderam ainda tem que ensinar de novo não é Pedro não aprendeu cuide dele Josefina não aprendeu cuide dela é isso que valiação faz ela fica buzinando permanentemente na vida de todos nós indivíduos instituições

organizações sociais é o a função da avaliação é é o grilo do Pinóquio né ela revela a qualidade da realidade e como ela revela a qualidade da realidade ela tá expondo todo dia Olha se você tem o desejo tal vai ter que investir mais essa compreensão de que a avaliação é a nossa parceira porque que nos relata nos sinaliza aquilo que não está bem ou aqui aquilo que está maravilhoso ela relata qualquer coisa O ruim o mais ou menos e o belo avaliação só relata tem uma consequência quem decide não é a avaliação Quem Decide

é o gestor a avaliação só nos diz assim olha você tá no caminho correto tá produzindo uma um resultado satisfatório ou não só isso que ela faz não é essa é a a função da avaliação é revelar a qualidade da realidade agora o gestor Ele Decide ó eu estou observando a que a o efeito da ação ainda não é satisfatório então o gestor decide o que é que nós vamos fazer pro resultado vi a ser satisfatório então ocorre que nas instituições nas empresas nas instituições públicas nas organizações sociais o avaliador é um sujeito distinto do

gestor então a uma empresa tem o seu sistema de avaliação mas o sistema de avaliação só diz pro gestor assim rapaz a a nossa empresa tá investindo tal coisa e não tá produzindo resultado só isso que diz o avaliador agora o gestor que é o proprietário da empresa o administrador da empresa ele vai dizer rapaz se a gente continuar desse jeito que a avaliação tá revelando daqui a do meses a nossa empresa fecha Então vou tomar decisão de investir mais para produzir o melhor resultado e permanecer com essa instituição na sala de aula O que

ocorre que gestor e avaliador é o mesmo personagem E aí então a gente confunde gestor com avaliador na sala de aula e nós precisamos de descobrir que nós somos ao mesmo tempo gestor e avaliador mas temos papéis diferentes um papel é do avaliador e outro papel é do gestor então o professor a professora em sala de aula ele é o gestor da sala de aula mas ao mesmo tempo de uma forma distinta ele é o avaliador então na sala de aula eu tenho que promover atos e condutas que me digam assim o que eu estou

fazendo é adequado ou inadequado e ao mesmo tempo eu decida investir mais então vou dar um um exemplo pra gente entender isso em outros lugares outras profissões onde gestor e avaliador funcionam juntos né Eu tenho um filho que é Gourmet ele foi publicit áo depois resolveu voltar pra universidade fez um curso de gastronomia hoje Ele é professor de gastronomia na universidade e mas ele fez curso de cozinheiros também vários cursos de cozinheiros então às vezes ele vai cozinhar lá em casa e tá fazendo um prato ele Experimenta com aquela Bendita colherinha 30 vezes o mesmo

prato que ele tá fazendo aí eu digo mas meu filho para que experimentar tanto ele diz meu pai se eu não experimentar tanto como é que chega no sabor que eu quero que essa comida chegue eu tenho que experimentar e tomar decisão experimentar e tomar decisão experimentar e tomar decisão o que que ele tá distinguindo ainda que ele seja o mesmo personagem que administra a construção da comida ele é o mesmo personagem que está dizendo olha experimentar esse essa colherinha de comida tá revelando para mim se eu tô no caminho certo ou não então ele

é ao mesmo tempo avaliador e gestor na sala de aula nós somos ao mesmo tempo avaliador e gestor mas a gente precisa distinguir isso aí o que que aconteceu na história da educação e que nós praticamos na sala de aula nós nessa confusão de gestão e avaliação nós transferimos a autoridade da avaliação pro instrumento de coleta de dados para avaliação então Eh um estudante faz um teste aí a gente corrige o teste atribui uma nota ao estudante a nota é uma atribuição de qualidade ao desempenho do Estudante aí o estudante vem e diz assim professor

mas não é bem assim do jeito que você corrigiu e você me deu essa nota e um pouco melhor a minha situação aí o professor diz assim em vez de ele poder dizer assim eu Julgo que isso é assim por isso por isso por isso por isso por isso ele diz assim olhe sua prova a responsabilidade Deixa de ser do gestor da sala de aula para ser a responsabilidade da prova não é no entanto quem atribuiu a nota atribuiu a qualidade ao desempenho do Estudante não foi a prova quem atribuiu a qualidade foi o professor

a professora como gestor da sala de aula O que que a prova fez a prova só revela ela só revela o desempenho do Estudante com aquele instrumento e eu tomo a decisão Então quem atribuir nota não é a prova quem atribui nota é o professor Quem promove não é a não é a prova Quem promove é o Professor mas inconscientemente nós passamos a entregar a nossa autoridade a um instrumento porque tem essa confusão entre avaliador e gestor da sala de aula então quem toma a decisão gente é o gestor quem toma a decisão de melhorar

o desempenho da sala de aula é o gestor da sala de aula quem toma a decisão de cuidar de um menino de vários meninos ou várias meninas não é o instrumento é o gestor não é eu trabalho com avaliação muitos anos eu digo assim que tem 47 anos que eu trabalho com avaliação mas hoje eu entendo que tem 72 anos que eu tralho com avaliação que é a idade que eu tenho eu fui uma criança multipet eu fui reprovado na segunda série terceira série quarta série quinta série sucessivamente um ano era reprovado outro ano eu

era aprovado um ano era reprovado outro ano era reprovado sucessivamente E aí vocês vão perguntar como é que você tá nesse lugar não é de convidado de autor de pesquisador lido etc etc eu tive um professor aos meus 14 anos de idade que disse a mim e a outros colegas que estavam como eu esse Infortúnio disse assim Se vocês forem bem ensinados vocês aprenderão eu vou cuidar de vocês desse dia em diante eu nunca mais fui repetente todos os concursos públicos dos quais eu participei eu nunca deixei de ser aprovado nunca depois desse Professor Então

não é a conduta do avaliador É a conduta do gestou não é Se vocês forem bem ensinados vocês aprenderão eu vou cuidar de vocês não é eu eu sei que eu eh ganhei muito né não sei o que que os meus colegas ganharam porque eu tinha 14 anos de idade isso já tem mais de 60 mais de 50 Quase 60 anos eu não sei por onde que eles andam mas eu sei do efeito dessa decisão desse gestor de sala de aula que foi um professor de língua portuguesa que me disse isso disse a mim disse

a meus colegas e como ele era um professor de língua portuguesa ele dizia assim eu só vaiou ensinar vocês a ler escrever porque se vocês aprenderem direito a ler escrever vocês vão ler qualquer livro de história de geografia de matemática de física de química de biologia e vão poder raciocinar e resolver problemas porque vocês entendem o que vocês estão lendo e foi isso que ele fez não é e por isso que hoje eu escrevo relativamente bem não é então então eh eh eh separar né não é separar é distinguir porque separar a gente não separa

porque é um sujeito só mas distinguir quando que eu estou sendo avaliador e quando que eu estou sendo gestor todas as decisões gente todas todas as construtivas são do gestor então eu quero dizer que eu vou vou sinalizar que não existe avaliação formativa existe avaliação quem é formativo É o gestor é ele que decide construir não existe avaliação somativa existe o gestor que diz resultado da minha ação é positivo vejam aqui então nós precisamos de assumir o poder que nós temos nós educadores eu fico pensando aqui vocês são estão em cargos diretivos cargos de liderança

na na nas nas regionais não é mas os 800 900 1 milhão de professores que têm nesse estado aqui que imagina o poder gente que nós temos se todo Professor decidir que eu sou um gestor da sala de aula e decidir que todo aluno meu vai aprender o que tem que aprender vocês Já pensaram nós vamos ser outra Finlândia só que em vez de ser com 5 milhões de habitantes é com 210 milhões de habitantes não é um país saudável mas para isso nós precisamos acreditar que a nossa força se junta a do vizinho a

do vizinho a do vizinho do vizinho do vizinho e nós vamos ser milhares de pessoas milhares de profissionais produzindo efetivos resultados na prática educativa Então esse é o segundo ponto que eu queria colocar para vocês a diferença entre o gestor e o avaliador o o o avaliador é aquele que revela a qualidade da realidade o gestor é aquele que toma decisão não existe decisão que toma por ela mesma não existe não é como não existe decisão que a ciência tome por ela mesma quem toma decisão é quem usa a ciência a ciência não não decide

nada a ciência revela não é terceira terceiro pano de fundo que eu quero sinalizar da avaliação é que é preciso que a gente tenha uma filosofia da educação o meu professor que aos 14 anos de idade diz se você for bem ensinado você aprende ele tinha uma Filosofia de vida meus estudantes aprendem essa era a filosofia de vida deles não tem essa conversa de que o estudante não aprende aprende não é ele aprende como se eu investir nele eu não desanimar eu não tenho uma uma conversa que diz assim Ah os estudantes não querem mais

nada Os estudantes hoje só querem videogame Os estudantes hoje só querem o celular Os estudantes sabe a gente tem lamúrias lamúria só só existe um muro no mundo que é o muro de Jerusalém que se chama o muro da lamentação e os judeus gente só um dia por ano vão chorar no muro da lamentação [Aplausos] só um dia por ano os outros 364 dias eles produzem produzem produzem produzem produzem produzem não dá pra gente lamentar não é esses dias eu vi essa coisa que circula hoje graças a Deus tem os meios de comunicação eu vi

um um tezinho que um pai e uma mãe fizeram de um bebê a menina devia ter 1 ano e meio uma coisa assim e o o Taper assim o menino tenta descer da cama aí ele chega na beirada da cama e coloca a perninha do lado e tenta tenta tenta mas não consegue descer porque ess a cama era muito alta aí ele voltou para dentro da cama olhou assim pra cama pegou um travesseiro empurrou empurrou caiu do lado da cama aí ele empurrou empurrou outro travesseiro caiu do lado da cama el empurrou empurrou empurrou outro

três travesseiros aí ele escorregou caiu em cima dos travesseiros deu risada e saiu andando não teve lamúria eu vou resolver esse negócio não é com 2 anos de idade gente então não dá pra gente ficar lá morando Ah minha escola não tem papel minha escola não sei o quê o meu salário é baixo o meu não dá gente se eu quero produzir resultado como G estou eu posso ir pro sindicato e brigar por melhores salários vou para passeata na rua vou brigar nas organizações da sociedade civil mas na sala de aula eu tenho 50 estudantes

50 estudantes vão aprender não é não tem outro caminho porque eu repito aquilo que eu dizia para vocês o produto do nosso trabalho é o estudante que aprendeu e vocês nunca vão saber o que os seus estudantes farão com o que eles aprenderem com vocês nunca saberão não é eu ti a minha alfabetizadora em 1950 ela se chamava Maria Labate e ela la batia tomei muita reguada no vão da orelha se chamava não é muito arregada minha professora Maria Labate Será que um dia ela imaginaria que aquele menino que ela deu tanta reguada no vão

da orelha estaria aqui eh hoje aqui partilhando conhecimento com vocês nem sonhando não tinha como não é e os estudantes que eu ensinei ao longo dos 40 40 e tantos anos que eu tenho de educação para onde que eles foram Sei lá não é então pel pela vida e pelo mundo e a mesma coisa os estudantes que vocês ensinaram n é ou estão ensinando ou os seus professores estão ensinando Então o que a gente tem que fazer é ensinar para aprender só aí a gente pode dizer assim ah mas o currículo uma hora vai ficar

defasado não tem importância nenhuma porque nesse momento eles aprenderam com esse currículo e com essa aprendizagem eles vão aprender outras coisas mais à frente vão estudar outras coisas vão aprender outras coisas com o que com o recurso que vocês subsidiaram para eles não é então esses panos de fundo para mim são fundamentais pra gente falar da avaliação a busca da construção do melhor resultado da nossa ação segundo lugar nós somos gestores distintos de avaliadores ainda que nós precisamos da avaliação mas é preciso distinguir isso para ter clareza da nossa ação quant que nós estamos avaliando

quant que nós estamos admin ministrando em terceiro lugar é preciso ter uma filosofia da educação essa filosofia da educação vai se traduzir em currículo plano de ensino e exercício docente não é eh eh a filosofia é o pano de fundo meus estudantes vão aprender porque eu vou ensinar não vou lamuriar vou investir investir investir e eles vão aprender não é muito bem então com esses panos de fundo eu Posso então falar um pouquinho de avaliação Qual é a função da avaliação que ela eh ela tem a função de nos auxiliar a reconhecer se o resultado

da nossa ação já é positivo ou não é positivo e o que mais nós precisamos ou podemos decidir de fazer para ela via ser positiva então a avaliação não é para dar nota em menino avaliação não é para aprovar ou reprovar menino avaliação Não é nada disso Isso é uma história não é a avaliação está aqui como repito para vocês como grilinho no ouvido do do Pinóquio ela é auxiliar da decisão ela é a nossa parceira na decisão então o ato de avaliar é um ato de investigar a qualidade da realidade e nisso a avaliação

ela eh se equipara a investigação científica a investigação científica estuda e e tenta compreender como a realidade funciona como funciona a pneumonia como funciona a lepra como funciona a relatividade como funciona os movimentos como ela ela revela só não faz outra coisa nenhum cientista resolve nada o cientista revela agora existe um outro personagem que pode ser até o mesmo cientista Juntando os dois papéis que vai dizer assim ó se a ciência funciona assim isso pode ser solucionado de tal forma aí vem a tecnologia vem o tecnólogo e assim por diante na avaliação é a mesma

coisa é uma investigação da qualidade da realidade então avaliação revela a qualidade da realidade agora com a qualidade da realidade eu decido eu gestou decido o que fazer vou voltar um exemplo do do cotidiano do dia a dia vamos supor que no sábado Vocês recebem uns amigos em casa e vocês vão fazer um coquetel de frutas para servir na recepção aos seus amigos a gente bota lá no na coqueteleira o suco de fruta o álcool Água leite condensado açúcar sei lá o que Cada um faz bate ninguém termina de bater os o coquetel de frutas

e bota nos cálices e serve todo mundo pega uma colherinha e experimenta não é quem é que decide sobre a qualidade do cocktail não é o cocktail quem decide sobre a qualidade do coquil é quem tá fazendo o coquil é o gestor do cocktail então o que que experimentar o coquetel revela o que que faz ele revela a qualidade do cocktail agora com essa qualidade eu decido se eu vou melhorar esse coctel o se eu vou deixar do jeito que está ainda que não esteja lá maravilhoso vou deixar desse jeito mesmo eu não tenho mais

como melhorar ou eu decido jogar fora e não vou nem servir o coquetel porque ele não tá satisfatório mas se eu tenho o desejo de continuar servindo o coquetel eu vou melhorar o coquetel eu tomo decisão então avaliação revela Qual é a confusão histórica que nós fizemos no século X até o século X nós não tínhamos escolas do tipo que nós temos hoje o Leonardo da 20 entrou aos 13 anos de idade a alfabeto ele não sabia nem ler nem escrever os 13 anos de idade entrou pra oficina do verrocchio que era um um mestre

de pintura no século X no final do século XV início do 16 e como é que o verque fazia rapaz essa cubinha aí você lavou mal lave de novo ah você quer fazer tinta vermelha Ah você vai ter que pegar flores vermelhas macerar a flor produzir a cor juntar com óleo etc etc e produzia não não fez direito você não macerou direito as plantas por isso que tá tudo misturado aí então ele ia ensinando Ensinando ensinando Leonardo da Vin se tornou Quem era Leonardo da Vin porque ele tinha que se tornar Leonardo da Vin mesmo

não é mas ele teve um mestre numa oficina aí chega o século X vocês todos estão lembrados que no século X eh nasce o protestantismo a igreja católica tinha domínio absoluto da sociedade agora aparece um grupo de padres que vai dizer assim a igreja católica tá fazendo umas besteiras né O que Lutero fez El quer dizer Lutero é um um grupo de gente ele foi um líder só né E então a a sociedade ficou dividida entre católicos e protestantes aí tem uma a seguinte questão como é que a gente arruma fiéis pra igreja os o

a Igreja Católica inventou a ordem dos padres Jesuítas e os protestantes inventaram muitas escolas não é então o século X é atravessada pela criação de escolas com um diretor um vice-diretor professores professoras etc etc só que não chamava diretor eh o o diretor da Escola se chamava diretor o coordenador pedagógico se chamava prefeito dos estudos professor e professora era professor só que no século X só tinha Professor porque que a educação era masculina né E aí nessa divisão os católicos queriam ter fiéis e os protestantes queriam ter fiéis não dava mais para continuar sendo uma

oficina com três estudantes então agora a gente tem que ter muitos estudantes os Jesuítas organizaram a escola o Inácio Loiola fundador dos Jesuítas eram militar espanhol fundaram escola com turmas igual um batalhão do exército era uma centur de estudantes uma centúria era um batalhão de 100 soldados e um batalhão era dividido em decúria 10 grupos de 10 então o professor tomava conta de 100 e cada grupo de 10 tinha um bedel um líder do Estudante hoje a gente chama muito mais monitor do que bedel né mas o nome monitor também foi inventado no século X

só que em vez de ser pelos católicos foi pelos os protestantes o comeno diz assim cada pequeno grupo de estudantes deve ter um monitor né e os Jesuítas diziam cada grupo de estudant deve ter um bedel né Então a partir daí tinha a seguinte pergunta na oficina o professor o mestre sabe se os estudantes e seus discípulos aprenderam ou não E agora que a gente tem 100 estudantes como é que a gente sabe se eles aprenderam não aí então os Jesuítas que andaram pelo mundo inteiro descobriram na China que existia um negócio chamado exame e

o exame tinha a função de selecionar soldados para Exército no império chinês funcionários para impedito então era um recurso seletivo aí o que que aconteceu trouxe o exame para dentro da escola só que na escola não poderia se usar seletivamente porque o estudante já tem a vaga ele não veio conquistar uma vaga ele já tem a vaga Só que os exames seletivos alguns ficam e muitos saem ou alguns saem e alguns ficam não é E aí então os Jesuítas inventaram o exame que ocorria uma vez por ano no final do ano letivo no decorrer do

ano o professor tinha um negócio chamava pauta do professor que é uma cadern anotando no final do ano tinha um exame que não era praticado pelo professor era praticado por uma banca examinadora pelo prefeito dos estudos da escola ou um coordenador pedagógico vamos dizer assim e mais dois outros professores de uma outra escola né Eh do lado protestante João amó comênio diz que o num num livro chamado didática Magna ou a arte universal de ensinar tudo a todos totalmente todos tinham que aprender porque os protestantes achavam que todos aprender a ler escrever poder ler a

Bíblia para falar com Deus diretamente na igreja católica se falava com Deus através do bispo do Papa etc né Então aí eles diz assim em cada escola tem que ter um em cada município cada distrito tem que ter uma escola etc etc como era para ensinar é que no final de cada aula teria uma prova no final de cada dia de aula teria uma prova no final de cada semana teria uma prova no final de cada quinzena teria uma prova no final de cada mês teria uma prova no final de cada semestre teria uma prova

no final de cada ano letivo tinha uma prova foi isso que a gente aprendeu não é hoje as nossas as nossas escolas estão entupidas de provas não é não de avaliação de provas que é diferente a prova é para provar ou reprovar a avaliação é para diagnosticar não é então de lá para cá né do século X para cá nós essa tradição dos exames escolares e o exame quase que nós fazemos o exame atuar independente da gente ah foi a sua prova que reprovou você não fui eu fui eu claro que fui eu porque fui

eu que elaborei a prova eu que corrigi eu que dei a nota claro que fui eu Mas a gente atribui a responsabilidade à prova não é E aí a gente vai ver que as nossas provas também tem muitos pecos né Muito bem essa tradição então tem 500 anos não é e e tem outras minhas aí pelo meio que a gente não vai ficar falando porque não tem tempo mas em 1930 um educador norte-americano chamado Ralf Tyler ele era jovem ele tinha 28 anos em 1930 ele estava terminando o doutoramento dele Ralf é como se escreve

r a l p h Ralf né e Tyler É tiller com Y então o Ralf Tyler eh Tava terminando o doutoramento dele estava preocupado com uma coisa que ocorria nos Estados Unidos entravam 100 crianças na escola e 30 eram promovidas 70 reprovadas e aí ele diz assim é um absurdo não é absurdo em termos de aprendizagem em termos de tempo em termos de vida em termos de custos Imagina eu invisto R 100.000 em 100 estudantes 30 aprende 70 não eu jogo 70.000 pelo ralo então R diz assim função da escola é ensinar e o menino

aprender Vamos mudar essa estrutura de exame para uma estrutura de avaliação avaliação da aprendizagem foi ele quem utilizou pela primeira vez essa terminologia e assim ensine uma coisa diagnostique aprendeu ótimo não aprendeu ensine de novo diz assim mas isso é o Óbvio mas é só o Óbvio mesmo não é o problema é que a gente não pratica o óbvio diagnostica não aprendeu cai fora meu filho você não aprendeu e seria o contrário foi o que o meu professor lá aos 14 anos de idade fez não aprendeu vem cá que eu vou lhe ensinar eu vou

lhe ensinar e você vai aprender não é ele tomou a decisão do gestor e não atribuiu a responsabilidade à prova é o que o Ralph T propôs em 1930 Nós já estamos a 85 anos depois do Ralf tler Mas a gente não conseguiu aprender isso ainda como prática eh como prática diária como prática cotidiana não é nós começamos falar em avaliação no Brasil em 1900 em torno de 1970 um pouco antes um pouco depois não é Imaginem vocês que levou de 1930 a 1970 levou 40 anos paraa ideia de avaliação chegar no nosso meio veio

de jeguinho aquele jeguinho do Nordeste que vem trotando pela estrada de 40 anos gente não é é muito tempo mas enfim chegou a ideia de avaliação no Brasil nos anos 70 de lá para cá já se passaram 45 anos e a gente ainda nós todos ainda estamos aferrados na ideia dos exames escolar a sua prova sua prova determinou essa nota não é a prova sou eu não é porque eu também elaborei essa prova eu também corrigi Eu também atribuí nota eu também estou indo não é então a pregação do Ralph tley que durou de 1930

a 1994 quando ele morreu ainda Não surtiu efeito nós no Brasil trabalhando com avaliação estamos a 45 anos 47 anos 48 anos trabalhando com avaliação e a gente ainda não conseguiu chegar no patamar de compreender que o at de avalar é o nosso parceiro na construção de um resultado bem-sucedido como é em qualquer atividade humana em qualquer lugar do mundo não é muito bem então o ato de avaliar é um ato de investigar pra gente investigar a gente precisa descrever a realidade não tem como investigar sem descrever a realidade sem descrever a realidade a gente

tem opinião eu acho que talvez seja Mas isso não é investigação isso é opinião a ciência desde que ela foi organizada no século XV século X a ciência exige dados me mostre me comprove de que isso é assim cadê os dados não é então se a avaliação é uma investigação da qualidade do desempenho do Estudante Ela também tem que ter dados não pode ser opinião e tem que ser dado gente construídos com Rigor metod lógico para poder produzir uma compreensão da realidade eu e vocês todos nós temos uma limitação na nossa percepção que é fantástica

todos nós Eu também todo pesquisador todo cientista tem limitação como a gente tem a limitação a humanidade foi inventando recursos para observar melhor a realidade Então se vocês olharem uma árvore frondosa você embaixo dela você diz Nossa que árvore por isso que a gente usa frondoso né árvore frondosa mas coloque essa árvore a 1000 m de distância ela é frondosa mas ela desse tamanhozinho Se eu olhar essa frase a essa árvore a 1000 m de distância eu vou dizer assim as árvores dessa região são todas pequenininhas não são pequenininhas o problema é que a minha

incapacidade de observar a realidade escrever realidade é imensa por isso a humanidade inventou recursos inventou telescópio microscópio os eh as coletas de dados sobre vários e diversos caminhos etc etc vocês todos devem saber que o o aen quando formulou a teoria da relatividade foi em 1905 o aen não conseguia demonstrar a validade da sua intuição em 19 após a guerra a primeira guerra mundial cientista dos Estados Unidos mas especialmente da Inglaterra comprovaram a teoria da relatividade a ain soube dois meses depois da comprovação que a teoria dele tinha sido comprovada porque até aquele momento não

era uma teoria científica era uma opinião não é precisou ter dados da realidade era um eclipse total do Sol que precisava existir e alguém pudesse observar e fazer as medidas e só foi feito isso em 1919 inclusive ensr aqui no Brasil uns cientistas Ingleses vieram para ir porque haveria uma eclipse total do Sol nessa região então quando as Sou rapaz que coisa maravilhosa mas foi dois meses depois da comprovação que ele soube que a teoria dele tinha sido comprovada até ali era a opinião tão precisa da descritiva não é preciso de instrumentos que nos revelem

Então eu tenho 50 estudantes na sala de aula como é que eu sei se eles aprenderam eu poderia perguntar para cada estudante meu filho eu lhe ensinei isso você aprendeu o menino diz aprendi Então me mostre que você aprendeu como eu não posso fazer isso com 50 ou com 100 eu inventei ou a humanidade inventou um negócio chamado teste em vez de eu perguntar para cada um individualmente eu fiz uma formulação de 20 questões e aplico nos meninos cada uma das 20 questões é a seguinte pergunta meu filho eu lhe ensinei isso você aprendeu me

diga se você aprendeu demonstrando que você aprendeu a resposta do menino ou da menina ou do rapaz ou da moça num teste é ele respondendo essa pergunta eu lhe ensinei isso você aprendeu aprendi mostre porque se ele não mostrar é uma coisa interna dele não tem como saber se alguém aprendeu alguma coisa só olhando para ele vocês poderão ficar 3000 anos sentado na frente de uma pessoa olhando para ela vocês nunca saberão o que se passa dentro dela ela pode estar sentada na sua frente e pensando assim mas que cara idiota olhando para mim 3000

besta em vez de viver por aí fica nessa idiotice olhando para mim e eu não sei que ele tá julgando isso porque tá correndo dentro dele não tá fora eu só posso saber se tiver fora e o teste é um pedido gente o teste é um pedido pro estudante meu filho eu preciso saber se você aprendeu o que eu ensinei porque se você não aprender eu vou lhe ensinar de novo então me revele se você aprendeu é isso que é o teste é uma conversa mas a gente faz o teste uma coisa horrorosa não é

então Esse instrumento gente tem que ser um instrumento bem elaborado com regras metodológicas rigorosas senão a gente se engana engana o menino então vou dizer para vocês algumas regrinhas que é importante que regrinhas que são importantes que o teste tenha chame vocês de prova de teste de chame do que quiserem Não é a primeira coisa é que a coleta de dados sobre agem dos Estudantes deve ser sistemática sistemático quer dizer que eu cubro tudo que eu ensinei tudo o que eu ensinei que é essencial Eu desejo saber se o estudante aprendeu tudo tudo que foi

essencial que não foi essencial não precisaria nem ter ensinado não é o essencial então aí eu vou dar um exemplo para vocês que eu dei em 19 qu num congresso em Porto Alegre que me propiciou publicar um livro no ano passado que se chama sobre notas escolares distúrbios e possibilidades nãoé era um congresso como esse aqui com muita gente e eu dizia assim as notas escolares são mentirosas elas nos Enganam aí todo mundo ficou meio abismado né Que nota escolar nos engane Aí eu disse o seguinte ó eu vou dar um exemplo eu sou um

professor de piloto de avião comercial o ensino gente a pilotar avião que leva 300 pessoas lá dentro 240 300 etc etc primeira unidade eu ensinei ensinei ensinei e o meu estudante tirou nota 10 Decolar o avião aí eu ensinei ensinei Ensinei o voo de cruzeiro que é o voo de um aeroporto para outro aeroporto ele aprendeu mais ou menos bem bem tirou seis e eu ensinei pousar o avião ele aprendeu muito mal e tirou dois 10 com 6 16 com 2 18 dividido por 3 6 Ele está aprovado porque a nota dele é acima dos

cinco a minha pergunta pras 1000 pessoas vocês viajam Com ele ninguém quer viajar com ele não é [Aplausos] Mas ele tem média então gente nota não é avaliação não é não é avaliação de jeito nenhum aí vocês trabalham no ensino fundamental e muitas vezes vocês dizem assim como é que esse menino chegou aqui sem aprender adição ou sem aprender subtração ou sem aprender a ler não é assim pela média eu ensino adição ele tirou 10 ensino subtração ele tirou dois eu faço a média 10 com2 12 di por 2 6 ele aprendeu adição não aprendeu

subtração mas no histórico escolar está dizendo que ele aprendeu adição e subtração mentira mentira pura a média gente nos engana não tem jeito não é Então o que tem que valer assim ele aprendeu para eu saber se ele aprendeu o meu instrumento de coleta de dados sobre desempenho do Estudante tem que ter qualidade metodológica rigorosa uma delas é a sistematicidade então eu vou dar um exemplo que ajuda a entender eu sou professor de tá num nos meus livros por aí Alguém já leu isso eu sou um professor de história na nona série eu tô ensinando

história do Brasil no primeiro bimestre ensinando descobrimento do Brasil o livro que eu adotei trabalha descobrimento do Brasil no capítulo 1 2 3 4 5 sou um professor excelente levo tape pra sala de aula dramatizo etc etc etc etc chegou vou elaborar o teste do final do bimestre aí eu abro o livro e olho assim capítulo um pi facílimo não vou perguntar nada do capítulo um porque eu o que eu perguntar aqui eles vão acertar para que que eu vou perguntar se eu sei que eles aprenderam vou perguntar nada para eles acertarem não Capítulo dois

olho rapaz aqui tem Du dois pontinhos que miserável nenhum vai responder me apurrinhando durante dois meses eles vão ver agora como é que a Porca Torce o Rabo aí eu tiro aquelas duas perguntinhas Horrorosas e boto lá de de lado Capítulo TR ih é igual o primeiro não vou perguntar nada o que eu perguntar eles vão saber aí eu tiro duas do quarto duas do quinto Fiz seis perguntas aí eu digo rapaz seis perguntas não tenho que ter 10 perguntas no mínimo seis perguntas ainda tenho que fazer conta de aproximação ten que ficar com a

maquininha acertou duas errou uma quantos pontos ele tem etc etc não eu vou fazer 10 porque daí assim acertou seis seis errou três menos TR facílimo Então vai ter 10 perguntas bom eu já tenho agora duas do capítulo 2 duas do qu duas do seis e agora como que eu arrumo mais quatro flei o livro aí eu encontro as janelinhas aquelas janelinhas de conteúdo aí eu digo assim Menino nenhum estuda conteúdo de janelinha só só ilustração vou fazer pergunta de janelinhas aí faço mais quatro perguntas de janelinha fiz 10 questões tu feliz da vida porque

fiz 10 aplico todo mundo vai mal aí eu digo assim esses meninos não estudam mais que coisa horrorosa mentira o seu instrumento que não presta Esse instrumento gente não presta para coletar dados de avaliação de ninguém Esse instrumento é mentiroso porque o instrumento é mentiroso Seria a mesma coisa que eu vou ao médico com o joelho inchado e aí o médico diz assim rapaz agora aqui no hospital chegou um equipamento maravilhoso é de ponta é um Pets Scan e ele faz um mapeamento do cérebro da pessoa minuciosamente eu vou PR escrever para você aí eu

sui diz Doutor meu problema não é a cabeça não doutor meu problema é o joelho não é então a gente faz pergunta pra cabeça quando devia estar perguntando pelo joelho nenhum um médico faz isso gente ele faz diagnóstico com a busca dos dados para descrever a realidade não é então sistematicidade significa tudo que eu ensinei eu pergunto não é aleatório não é Salt não é salteado eu quero saber se eu ensinei adição subtração multiplicação e divisão eu vou perguntar sobre adição subtração multiplicação e divisão o que que que conteúdos tem adição tem a a o

raciocínio aditivo a fórmula da adição propriedades da da adição solução de problema solução de problemas simples e complexos eu vou perguntar sobre tudo isso eu quero saber se ele aprendeu adição Ah mas eu fiz uma continha ele resolveu a continha tá bom não tá bom gente não é tem que ser sistemático aí um sujeito aprendendo cirurgia cardíaca ele é ótimo para fazer incisão mas quando ele mexe no coração é um desastre não pode ser só a incisão tem que ser a incisão e a cirurgia do coração ao mesmo tempo todo o conteúdo não é então

sistematicidade segunda questão segunda característica fundamental linguagem compreensível O estudante precisa entender o que a gente pergunta não é vocês já ouviram uma frase assim quando vocês eram estudantes pegar num teste você dizer assim professor eu não estou entendendo a questão número CCO E aí o professor diz assim até ontem eu sabia tudo hoje eu não sei nada te vira já ouviram e já repetiram eu infelizmente ouvi e repeti na minha vida não é a gente repete como é que alguém responde alguma coisa que não entende quando vocês Saí daqui alguém vai vai vai perguntar para

vocês em russo na língua língua russa Onde fica o aeroporto dessa cidade o que vocês respondem eu não respondo nada porque eu não entendo o que ele tá perguntando como é que o menino tá dizendo que ele não entende a pergunta e a gente diz para ele te vira não tem como ele responder gente linguagem compreensível há uns anos lá em Salvador um professor de de Ensino Fundamental ensinou simplificação de fração ensinou assim simplifica a fração dividindo numerador e denominador pelo mesmo número a partir de dois foi assim que eu aprendi em 1950 foi assim

que vocês aprenderam quem não aprendeu assim aqui simplificar a fração todo mundo aprendeu assim continua ensinando assim aí a pergunta era assim para menino de 12 anos Qual é a fração equivalente irredutível de 96 sobre 64 numa relação de a sobre B cuja soma do numerador com denominador é dois pontos cinco opções para sinalar a resposta certa 28 meninos todos erraram por que é que o professor não disse assim simplifique a fração 96 so 64 sabe por quê Porque todos acertariam aí ele complicou a linguagem os meninos não entenderam eu peguei uma folha de papel

e escrevi 90 96 so 64 Meu filho simplifique essa fração só para simplificar Professor só não sabe não sei sei então simplifica mas eu não entendi que era isso que era para fazer é claro que ele não entendeu foi feito uma pergunta para ele não entender ele não errou não é porque ele não sabia ele errou porque ele não entendeu e não compreendeu agora vou ajudar a entender matematicamente tá correta não é qual é a fração equivalente irredutível eu dou uma fração a mais simples é equivalente e irredutível desta aqui não é de 996 so

64 Essa é a fração numa relação de a sobre B relação de numerador com denominador cuja soma do numerador com denominador da fração mais simples é Agora é fácil entender mas menino de 12 anos não entendeu aí o professor diz assim eu passei me lasquei Passei dois meses ensinando simplificação de fração eles não aprenderam aprenderam do jeito que você ensinou não do jeito que está perguntando terceira regrinha fundamental é preciso haver compatibilidade entre ensinado e aprendido o conteúdo que eu ensinei eu pergunto no nível de dificuldade que eu ensinei as perguntas tem o mesmo nível

de dificuldade no nível de complexidade que eu ensinei eu pergunto no mesmo nível de complexidade eu ensinei com uma metodologia eu pergunto com a mesma metodologia eu ensinei língua portuguesa por gramática eu pergunto por gramática eu ensinei por texto eu pergunto por texto eu ensinei língua portuguesa através de poesia os meus textos no teste vão ter que ser de poesia é a mesma metodologia não não pode nem ser mais difícil nem mais fácil é com a mesma dificuldade com a mesma complexidade professor de matemática de física adora ensina 12 princípios de uma coisa um por

um aí quando vai no teste coloca os 12 princípios numa questão mas ele não ensinou os 12 princípios ao mesmo tempo ele ensinou um por um Então pergunte um por um Ah mas eu queria que eles usassem os 12 princípios A então ensine o uso dos 12 e princípios ao mesmo tempo eu quero saber se ele aprendeu o que eu ensinei não outra coisa não é então tem que haver compatibilidade entre ensinado e aprendido Salvador uns anos passados tinha um colégio de uma postilha que ensinava sujeito e predicado todo mundo sabe sujeito predicado em língua

portuguesa era assim exemplo de um um sujeito e um predicado Pedro comprou 2 kg de banana qual é o sujeito Pedro por quê Porque faz ação de comprar 2 kg de banana qual é o predicado comprou 2 kg de banana que é a ação que o Pedro faz João e Maria telefonaram para sua irmã em São Paulo qual é o sujeito João e Maria que sujeito é esse sujeito composto porque tem dois núcleos Qual é o predicado telefonaram PR sua irmã em São Paulo e assim por diante ah casa é bonita Qual é o sujeito

casa qual é o predicado é bonitao predicado é esse Um predicado nominal que atribui qualidade ao sujeito casa e assim era tudo dir diretinho assim simples aí veio o teste sujeit tinha que ler um um artigo de uma página e meia com espaço um não é menino de 13 anos de idade lê aquele aquele texto o texto tratava de um sujeito que saiu de uma cidade do interior de Minas Gerais passou 15 dias no Texas vivendo como caubói E aí o o autor do texto inventou 1 coisas que o sujeito chegou no Texas montou em

boi caiu de boi levou chifrado de boi rolou na bossa de boi no xixi do boi no xixi do cavalo etc etc e que voltou ao Brasil contava as peripécias paraos seus amigos e que prometera ir na televisão dar uma entrevista sobre sua viagem ao Texas nos Estados Unidos tendo vivido 15 dias como caubói aí o professor fez assim abriu aspas três pontinhos que Prometeram ir a televisão dar uma entrevista três pontinhos e fechou aspas Qual é o sujeito aí os meninos nos tinha estudado a pila que ele tinha ensinado aí o Menin assim cadê

Pedro não tem Pedro cadê João e Maria não tem João e Maria cadê a casa não tem casa não é todos erraram aí o professor diz assim me lasquei Passei dois meses ensinando sujeito predicado pro diabo desses meninos não aprenderam aprenderam do jeito que você ensinou Então tinha que perguntar Pedro comprou 2 kg de banana qual é o sujeito ou em vez de ser Pedro é Carlos ou é Cipriano ou é Maria ou é ou então Pedro viajou e foi para Campinas não é aí o sujeito predicado tão visíveis aí o professor diz assim ah

mas tem lá um pronome relativo o qu que relaciona a oração subordinada a oração principal menino de 13 anos estudou análise sintática gente aí todos estão reprovados todos estão excluídos Eu Estou decepcionado porque eu passei dois meses ensinando e eles não aprenderam aprenderam claro que aprenderam mas do jeito que você ensinou não do jeito que você tá perguntando ensino simples e pergunto complexo ensino fácil e pergunto difícil ensino um conteúdo e pergunto o outro esses dias eu escrevi um artigo que tá aí na no blog que eu mantenho tá no Facebook que é assim é

invariável gente é invariável no Brasil e fora do Brasil o menino vai pra escola faz um teste e volta para casa aí você chega em casa e diz assim como foi o teste hoje Qual é a resposta invariável é assim professor ensinou uma coisa e perguntou outra Professor ensinou fácil e perguntou difícil e isso gente não ocorre no ensino fundamental não ocorre do Ensino Fundamental a pós-graduação nesse semestre que tá terminando Aliás foi no semestre que terminou meu filho foi meu filho faz engenharia tá no oitavo semestre do curso de engenharia um professor conseguiu para

43 estudantes Conseguiu dar zero para 43 estudantes gente não é possível esses meninos fizeram Ensino Fundamental e Médio atravessaram o Ensino Fundamental e Médio estão com oito semestres de curso universitário aprendidos como é que ele consegue dar zero para todos os meninos não deixaram por menos pegaram a prova e andaram em todos os cursos de engenharia da cidade de Salvador para cada professor aí os professores dizeram assim rapaz Quase que eu não consigo responder essa pergunta como é que ela é feita para vocês e eu sou engenheiro há anos os meninos foram para o reitor

reitou chamou o professor graças a Deus E graças a iluminação daquele momento o professor disse eu tô errado vou fazer tudo de novo reconheceu o desvio dele porque ele ele fez um ele ensinou uma coisa e perguntou completamente outra gente não é possível eu só posso perguntar aquilo que eu ensinei Ah mas eu queria saber se eles dão um salto à frente aí então ensine e d o salto à frente Depois pergunte não é última coisa quarta característica fundamental tem que ter precisão precisão significa que o estudante e o professor entende a mesma coisa pela

mesma pergunta e responderiam igualmente aquela pergunta então há uns 15 anos passados precisa pensar 15 anos passados eu estava em Montes Claros uma cidade do norte de Minas uma professora de séries iniciais veio na frente contou o seguinte fato Eu Sou professora de ciências e eu fiz uma pergunta assim qual é a função do esqueleto O menino respondeu a função do esqueleto é destruir a todo aí ela levou para casa levou para casa corrigiu não deu errado não tirou ponto do menino no outro dia perguntou meu filho de onde você tirou essa resposta professora você

não veio o rimé não professora o esqueleto professora quer chegar no castelo de Greco porque no castelo de Greco professor sen está a força ele quer destruir todos para chegar lá e ter a força é isso aí ela diz ah mas eu não tô perguntando pelo esqueleto personagem do rim tô perguntando por esse esquelo ô professora se você tá perguntando por isso você tá em pé aí por causa dele o esqueleto sustenta os animais vertebrados pergunta imprecisa cada um responde como quer só que a gente faz uma pergunta imprecisa quando o menino responde do jeito

que ele entendeu e do jeito que ele quer aí eu digo assim tá errado porque eu entendi que é diferente não tá errado gente a pergunta é imprecisa não é tem aquela velha pergunta o que fez Dom Pedro I sei lá cuspiu dormiu uma vez na vida Dom Pedro deve ter tomado banho não é Comeu agora se eu botar assim o que fez Dan Pedro I no Dia do Fico já não vai dar para dizer que ele cuspiu é no dia do fico no Dia do Fico até ele pode ter cuspido mas o tal do

fico tem uma uma precisão não é esses dias mais ainda um para menino de séries iniciais isso foi lá em Salvador tem uns meses a professora uma professora contava ela mesmo contava que ela pedia os meninos fazer um desenho de um buraco e um objeto dentro do buraco ela queria saber se eles tinham senso de alização aí todos os meninos desenharam o buraco e o objeto dentro do buraco e o menino fez um círculo e botou um ponto segundo a professora Aí ela deu zero deu errado pro menino nessa questão a o menino reclamou disse

professora você pediu para desenhar um buraco e um objeto dentro do buraco Eu desenhei um objeto dentro do buraco a professora disse não você fez um círculo e botou um ponto ele disse não Professor eu fiz um desenho um buraco e objeto dentro do buraco e aí a a professora insisti ele disse professora Então como é que seria o desenho do buraco 8 anos de idade o menino aí a professora ela mesmo contando diz eu fiz no a superfície plana buraco a depressão superfície plana e o objeto aqui Aí o menino de 8 anos olhou

para ela e disse assim professora o buraco a senhora tá desenhando a gente tem que olhar assim o buraco Eu desenhei a gente tem que olhar assim ó é um buraco redondo com um objeto lá embaixo não tem precisão cada um responde como quer então gente o instrumento precisa ter qualidade objetiva de investigação todo instrumento se não tiver essas quatro características básicas não tem o mínimo de Rigor sistematicidade linguagem compreensiva compatibilidade entre ensinado e a ido precisão é o mínimo necessário em qualquer pesquisa qualquer não é e como a avaliação é uma investigação da qualidade

da realidade ela precisa ter objetividade muito bem feito isso a gente elabora um instrumento aplica o instrumento corrige o instrumento como é que eu sei se a aprendizagem foi satisfatória comparando o resultado com o currículo o currículo foi traduzido em em plano de ensino o plano de ensino foi exec eu agora ele aprendeu aquilo que o currículo propõe e que eu ensinei aprendeu então ótimo não aprendeu vou ensinar de novo a avaliação estimula a ensinar de novo né uma última coisa que eu quero colocar para vocês que ataca todos nós não só no Brasil mas

no Brasil também fora do Brasil é um negócio chamado avaliação de larga escala todo mundo fica emperrado com isso sabe por é que nasceu a avaliação de larga escala porque nós educadores começamos reconhecer que o único responsável pelo fracasso escolar não é só o estudante Pode até ser o estudante mas é o sistema de ensino que diz que ensina e ele não ensina por isso tem um fracasso escolar então começou começou nos anos 70 começou a se pensar assim a gente tem que avaliar o s Sista tem que avaliar a instituição tem que avaliar e

assim por diante avaliação de larga escala é um termômetro para dizer se nós estamos como país como nação como estado como município como escola como sala de aula estamos investindo o suficiente na sala de aula para vocês entenderem o que eu tô falando eu vou contar uma história meu filho mais novo fazia o primeiro ano do ensino médio e tinha cinco notas ou seis notas em nove disciplinas e eu arrumei um reforço escolar para ele os professores diziam assim eu não sei para que que você quer um reforço escolar pro seu filho porque ele sabe

tudo que a gente tá ensinando di Então por que que ele tem nota nota vermelha Ah isso é outra coisa ele não presta atenção Ele é distraído mas ele sabe não é aí a escola no chamou a mim minha esposa nós fomos lá na escola conversamos conversamos no final eu pedi a coorden AD assim existe a possibilidade de você me oferecer o a curva de aproveitamento dos colegas do meu filho na turma que ele estuda em cada uma das disciplinas matemática Geografia História física química aí a coordenadora disse nós não fazemos curva de aproveitamento falei

mas isso é simples tô pedindo a curva estatística mais simples é uma contagem de frequência é assim dos 48 meninos que compõem a turma do meu filho em matemática quantos tiraram 10 quantos tiraram 9 8 7 6 5 4 3 2 1 e 0 língua portuguesa mesma coisa etc etc Ah ele disse ah é simples Eu falei é só uma contagem de frequência ele disse eu te dou em 15 dias depois ela me disse E você tá querendo isso para quê Falei é simples meu filho tá com cinco disciplinas seis disciplinas que tá com nota

abaixo de cinco Você sabe quantos estudantes da turma dele estão com notas abaixo de cinco disse eu não sei eu falei Você sabe quantos estudantes da turma dele estão com nota acima de oit ela disse eu não sei falei então a curva de aproveitamento vai dizer para você Quantos estão com nota acima de oito e quantos estão com nota acima de baixo abaixo de cinco vamos supor que dos 48 45 estudantes T 8 9 10 e tem três meninos que t 5 4 3 2 1 Então e nós pedagogicamente e eu também pai Vamos cuidar

desses três meninos porque eles estão com uma aprendizagem satisfatória agora imagine se for o contrário três tem nota 8 9 10 45 dessa turma tem nota 5 4 3 do 1 E z0 aí eu vou dizer assim se 45 tiverem nota acima de 8 9 10 eu vou dizer essa escola é maravilhosa ela tá cuidando dos meninos mas se 45 tiverem notas abaixo de CCO eu vou dizer essa escola não está cumprindo O que ela disse porque ela diz que ensina e os meninos deveriam aprender Eles não estão aprendendo então a escola não tá cumprindo

o contrato dela porque é o sistema de ensino que tem que produzir o efeito o menino é o resultado do efeito da produção dessa dessa ação então gente a avaliação de larga escala não é só Enem Enade saeb Deb avaliação de larga escala começa na sala de aula dos meus meninos só cinco aprenderam tô lascado não vou ensinar tudo de novo não é não dá para dizer que os meninos que são os responsáveis o que que eu fiz que eles que em 40 40 menino só 30 aprenderam ou 35 ou só 20 aprenderam só 10

aprenderam ou nenhum aprendeu Como foi o caso do do professor que deu 43 zeros tá er tem alguma coisa errada não é mas aí isso ocorreu quando meu filho estava no primeiro ano do ensino médio passou primeiro ano segundo ano terceiro ano meu filho já fez 4 anos de universidade e eu ainda não recebi a contagem de frequência não recebi já se passaram 7 anos era 15 dias vocês sabe por quê Porque a gente não quer uma avaliação de larga escala É por isso porque psicologicamente inconscientemente nós assimilamos a ideia que o único responsável pelo

fracasso escolar é o estudante não é o sistema não é aí e recentemente eu tive numa cidade do interior do da Rondônia que se chama Cacau o sujeito que me recebeu era o foi secretário de educação dur durante 8 anos e ele não era mais secretário de educação aí ele me disse assim professor Tem muita gente que reclama do Ideb porque é uma nota né uma avaliação do sistema de ensino do município eu quando assumi a Secretaria de Educação do meu Município o Ideb da do meu Município era 2.8 Eu terminei os 8 anos de

secretário de educação com o Ideb 7.8 eu falei o que foi que você fez ele disse professor do primeiro dia que eu fui que eu S fui secretário de educação ao último dia eu Visitei escola Visitei os professores Visitei os diretores e insistindo insistindo no treinamento na qualidade ensino na qualidade de ensino no ensino que os meninos não eram os responsáveis pelo fracasso escolar mas nós é que éramos e como que a gente investir investir investir investir em 8 anos nós passamos de 2.8 para 7.8 Aí eu disse para ele se você continuasse trabalhando na

secretaria para mudar agora de 7.8 para 7.9 ia ter mais trabalho do que você teve para mudar de 2.8 para 7.8 muito mais porque agora você tem que refinar e refinar e refinar mais habilidade para poder tá tá subindo nessa escala é muito mais exigente agora não é então é o investimento gente de larga escala não dá pra gente reclamar da avaliação de larga escala Claro que vai ter distorções tem gente que vai premiar secretaria que vai premiar secretaria que vai castigar o acaps no ensino superior Castiga então o sujeito que o o o programa

que não tirou nota três vai perder verba etc etc isso gente é igual exame escolar não foi aprovado tá castigado reprovado excluído um programa de de de pós--graduação que tirou nota 2,5 o a Caps tem que dizer assim rapaz o que que nós vamos poder fazer para vocês subirem do 2,5 Pro 7 de onde que eu vou arrumar professor para mandar ir para vocês para vocês crescerem aprenderem a fazer pesquisa e crescerem na produção científica não vai castigar castigar Não serve nada gente não serve para nada gente não é vocês sabem como que a Universidade

de São Paulo se fez não sabem a Universidade de São Paulo quando ela começou em 1935 ela fez assim nós não temos professores e pesquisadores universitários que possam sustentar essa Universidade contrataram professores na França na Espanha na Alemanha que passaram aqui vocês conhecem todo mundo conhece um um pesquisador chamado lev que criou a antropologia social eh eh eh praticamente é um dos criadores o listr viveu aqui anos anos ensinando fazer pesquisa social por quê porque o governo entendeu que não adiantava castigar a Universidade de São Paulo tinha que investir na Universidade de São Paulo não

cabe gente castigar uma escola porque os meninos não aprenderam não cabe o diretor de escola tomar um professor que produz resultado não produz resultados satisfatórios e dizer rapaz que absurdo não eu tô do teu lado vamos vamos investir e construir um resultado mais satisfatório gente administrador não é para lamentar problema nem castigar problema é para solucionar problemas recentemente um uma periferia da cidade de sador quando a Escola de Ensino Fundamental era de 8 anos ainda tinha 200 meninos retidos na quinta série que era a passagem da quarta para quinta diz assim eles não aprenderam ler

você sabe o que que a diretora fez disse assim rapaz nós vamos resolver esse problema reuni os professores e diz assim olha nós temos 200 estudantes retidos na quinta série não é possível daqui a pouco nós vamos ter escola inteira retida na quinta série Vamos criar 10 turmas de 20 estudantes Quem de vocês quer trabalhar com uma turma dessa para fazer esses meninos aprenderem um ano depois não tinha um menino retido na quinta s mas é um diretor que toma a decisão e diz assim vamos achar uma solução mas se ele não toma toma na

mão o destino da escola dele no outro ano não ia ter 200 ia ter 230 No outro ano ia ter 280 No outro ano e assim por diante então a avaliação de larga escala gente é para conscientizar nós educadores da nossa turma pro diretor da Escola se enzar de que a escola dele não está com Bom desempenho pro secretário municipal de educação se conscientizar de que as escolas que ele lidera não estão com Bom desempenho professor na sala de aula diretor de escola secretário de educação Ministro de educação tem que ter o olho brilhando pela

educação Ah minha escola é muito complicada não tem o que fazer Ten o que fazer é como o menino que eu contei para vocês de 1 ano e meio que foi descer da cama não conseguia descer da cama ter o travesseiro bota o travesseiro e vai descer da cama solução tem agora é preciso investir na solução Ah mas dá muito trabalho dá eu quero saber o que que não dá trabalho até para dormir bem de noite dá trabalho não é em vez da gente ficar vendo televisão até às 3 da manhã depois de dormir 2

horas a gente aprende a dormir às 8 às 10 da manhã dá trabalho para mudar esse hábito Mas se a gente quiser muda não é então em síntese a avaliação gente seja na sala de aula seja na cozinha da casa da gente em qualquer profissão a avaliação é a nossa parceira que está nos dizer assim olha o resultado da sua ação ainda não é satisfatório quem vai fazer a inclusão é o gestor seja o gestor da empresa o gestor da instituição Professor como gestor da sala de aula o pai e a mãe como gestor da

família o cozinheiro como gestor da cozinha é ele quem vai fazer a inclusão não é então num outro dado momento eu disse que a a avaliação era inclusiva Não hoje eu entendo diferente a avaliação subsidia o gestor ser inclusivo é ele que é inclusivo é o professor que é inclusivo é a professora que é inclusiva é o secretário de educação que é inclusivo avaliação é a parceira Bota ela aqui enganchada aqui no braço e diz para ela olha me revele sempre quando a qualidade do meu trabalho já é positiva e quando não é positiva porque

quando não for positiva eu quero saber para eu investir mais não é então a avaliação é a parceira do Sucesso Ela não tem função de castigar não tem função de excluir ela só parceira para gritar no ouvido do gestor você precisa investir mais com mais alegria com mais liderança com mais prazer para produzir um melhor resultado bom acho que era isso já falei bastante aqui para vocês Muito obrigado muito agradecido