MILTON SANTOS EM AULA SOBRE PAISAGEM E ESPAÇO

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NOTAS DE GEOGRAFIA
No vídeo o Grande Milton Santos da uma aula sobre os conceitos de espaço e paisagem, apresentando pa...
Video Transcript:
é que o espaço é pode ser entendido como um conjunto indissociável de objetos em sistema e de ações em sistema de sistemas de objetos de sistemas de ações este que é o centro da minha da minha proposta atual dos objetos os objetos as coisas Isto é fazendas eh cidades casas portos Jardins parques são objetos porque a paisagem ela ela pode ser no máximo um todo de representação mas ela não é a representação de um todo a paisagem é por definição fragmentária ela é um fragmento ela é um fragmento tanto na Sua percepção quanto na sua
realidade A Sua percepção a paisagem é que eu vejo o que eu vejo que varia a minha o meu a circunferência que não é a palavra correta quer dizer o meu horizonte é mais mais adequada essa palavra esse Horizonte que varia da minha posição diante do conjunto de objetos que eu quero Observar se eu estou perto se eu estou menos perto se eu estou longe se eu estou muito longe se eu estou na mesma altura se eu estou no terceiro andar se eu estou no balão eu tenho diante de mim uma paisagem que é diferente
que tem um Contorno diferentes que se dá a mim limitada por horizontes diferentes e que é um fragmento da realidade Total a paisagem é sempre fragmentária é essa paisagem pelo fato de que eu fez de que eu a interpreto de que eu desejo exprimi-la ela se dá como um todo de representação mas ela não representa o todo a paisagem ela nos traz uma totalidade já dada quer dizer uma totalidade que se cristalizou no momento anterior ao da nossa o nosso contacto não é essa totalidade viva é uma totalidade mor a paisagem ela cristaliza o momento
do passado porque a paisagem não é ação a paisagem é o agido não é o ativo e a totalidade é sempre o ativo a ação porque a totalidade é atualidade e a atualidade é a vida no presente presente a paisagem ela nos traz o presente passado a paisagem aquilo que eu tenho diante de mim é uma a priori do que eu parto para conhecer e eu imagino que também para agir na medida em que os objetos desde que nós os construímos Eles Têm algum comando sobre a vida subsequente quer dizer a construção dos objetos resulta
de um conjunto de ações voluntárias ou menos eh Racionais ou menos e que dão como resultado a criação de novos objetos mas também esses objetos realizados localizados eles passam a ter um papel na maneira como nós vamos continuar a viver sobre eles de repetir Que paisagem não e espaço não são a mesma coisa ali a a grande ambiguidade da Geografia no que vai do século Exatamente Essa os geógrafos talvez até hoje não tenham Ainda separado claramente a noção de paisagem e a noção de espaço a minha proposta exatamente considerando a o espaço como os conjun
de sistema de objeto sistema de de ações é a de atribuir ao sistema de objetos a definição da paisagem enquanto que o espaço teria a ser definido como esse conjunto indissociável de sistema de ações de sistema de objetos a paisagem seria o sistema de objetos aquilo que se dá ao nosso sensório é a paisagem não é o espaço a paisagem se oferece ao nosso corpo como um corpo outro o espaço é mais do que um corpo porque ele é essa resultado dessa união indissolúvel entre sistemas de objetos e sistemas de ações o que se pode
dizer é que essa realidade territorial ela teria que ser examinada segundo essas duas faces a face paisagem e a face espaço o espaço não é uma categoria técnica mas a paisagem é essa categoria técnica por qu Porque tudo que é feito hoje na face da terra tudo que é aposto à face da terra hoje tem um conteúdo técnico tudo é técnico no traçado é técnico no conteúdo como também é a ação que se vai desenvolver sobre essas coisas tem um conteúdo técnico eu acho que que caracteriza exatamente o mundo em que vivemos essa tecnicidade que
tanto invadiu o mundo das coisas como invadiu e comanda o mundo das ações o espaço não é uma categoria técnica porque a ação ainda que ela comece como algo técnico ela emana do homem e o homem por mais que ele deseje ser tecnici ele não o é ente porque é homem dizer que e nos intervalos ou nos interstícios da vocação do homem para ser uma coisa que aliás nós assistimos isso com muita frequência Hoje quantos homens e mulheres também desejam ser coisas e se e se comportam como fazem um esforço para se comportar como se
fossem coisas só que não consegu completamente a paisagem ela aparece como algo estável enquanto que a sociedade parece com algo que varia quer dizer essa estabilidade da paisagem é relativa nós sabemos que ela também evolui que ela se metamorfoseia e a sociedade é também relativamente variável porque a organização que está por trás da atividade humana ela pretende atribuir a essa atividade um ritmo um rito o meso rito o mesmo o sentido do espaço vem dos processos que seiz sobre a paisagem de tal maneira que se pode dizer que Dom da paisagem das formas físicas e
o domo do Espaço das formas sociis alguém vai se levantar ou já se levantou ainda que sentado e dizer ora a paisagem é um produto social é é um produto social mas é um produto social que que corresponde a ações do passado já o espaço ele é sobre ele é fundado nessa herança mas ele reflete o dinamismo do mundo vivido as coisas têm qualidades funcionais porque cada coisa nasce para exercer sobretudo no mundo da técnica as coisas nascem para exercer uma função precisa eu não posso eu não devo querer tirar água desse microfone nem desejar
que com esta garrafa a minha voz se multiplique penso que não consigo porque cada objeto tem uma qualidade funcional mas a qualidade funcional ela supõe um sistema não há uma qualidade funcional que seja um atributo exclusivo da coisa o objeto tende a exercer aquela função mas o que faz com que ele Exerça a função é a sua inserção no sistema que é o sistema social então a as qualidades adjetivas ou ou ou funcionais da paisagem são suad ditadas subordinadas às qualidades sistêmicas de uma dada sociedade o objeto tem uma constituição técnica que faz dele algo
de preciso que lhe dá uma vocação que deposita nele uma promessa de realização da ação segundo certas normas porque a técnica é normativa por definição cada vez mais a história desse da segunda metade do século XX é cheia de demonstrações disto os objetos surgem com uma vocação a realizar uma certa função mas eles não têm n nes mesmo a força para a realização dessa função por di objetos a sociedade pode alterar qualitativamente o papel dele objeto essa existência relacional que a gente encontra naquilo que eu est chamando de os objetos T Por conseguinte essas qualidades
de primeira ordem Outra Vez mar visto outra vez que são naturais entre aspas sempre técnicas e as qualidades de segunda ordem que são as qualidades sociais que vem da sociedade a paisagem aparece Então como um sistema material enquanto que o espaço aparecerá como um sistema de Valores hoje mais do que antes os objetos T um papel também na produção das ações quer dizer a história do homem é a história de uma crescente produção intencional dos objetos até que nós alcançamos hoje a produção daquilo que simond Don chamou de objeto concreto o que que eles cham
de objeto
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