Vocabulário dos Afetos - Christian Dunker | Assine a Casa do Saber com 40% OFF (Link na descrição)

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Alexandre Patrício veronelli e muitos outros professores renomados está esperando o que para assinar Aproveite essa oferta de 40% off ainda está em dúvida se vale a pena assinar com 40% de desconto e 7 dias de garantia Então veja agora uma aula gratuita com o Professor chistian dun eu tenho certeza que você vai querer assinar a nossa plataforma para ver as próximas aulas desse curso exclusivo da casa do Saber Oi gente Christian dunc professor do Instituto de psicologia da USP psicanalista vou est aqui com vocês nessas próximas sete aulas discutindo e apresentando o que a gente
poderia chamar de Clínica dos afetos em psicanálise né que envolve uma teorização de que que são os afetos qual fao a diferença paraas emoções pros sentimentos mas também paraas paixões né vai constituir a primeira parte do nossos encontros e eh um exercício né Eh de análise circunstanciada de como eh sentimentos como eh a inveja como ciúmes Como a Culpa como ressentimento eh trabalham eh em situações reais e eh de diante da nossa escuta diante dos nossos propósitos assim de intervenção e transformação né então a diferentes modelos para entender o que que são os afetos que
é são modelos consoantes a diferentes maneiras de intervir de diferentes maneiras de pensar Qual é a potência transformativa que os afetos têm né Eh a gente pode começar dizendo que esse é um é um tema que ganhou expressão p importância social eh notadamente a partir assim dos anos 90 dos anos 2000 quando começou a se perceber na teoria política mas também na teoria social crítica que a mera informação que se tornava cada vez mais barata mais acessível depois com a digitalização ainda mais fácil para as pessoas e encontrarem arcabouços né antes assim radicados em bibliotecas
e em repositórios muito difíceis da gente acessar ou seja na medida que a informação se tornou eh mais barata e mais fácil a gente começou a perceber eh que o potencial que ela tinha de transformar por si mesmo as consciências Era bastante menor do que a gente supunha né ou seja surgiu eh a óbvia indagação de se não é então esclarecendo educando no sentido mais formal se não é no sentido de ilustrando como é que a gente faz para transformar pessoas comunidades e instituições a resposta então se Dirigiu para os afetos né dizer ah se
a gente não toca nos afetos se a gente não tem o entendimento de que os afetos são também uma forma de saber primeira tese né Essa oposição entre ah ou eu estou no afetivo ou então estou no intelectual ela é uma posição datada né ela ela vem aí do construtivismo dos anos 70 dos anos 880 mas ela começou a declinar inclusive pelos achados eh das neurociências né que é um outro personagem teórico desse momento histórico e começa a informar que sim algumas hipóteses da psicanálise e notadamente quanto a importância dos afetos paraa memória importância dos
afetos para o desejo a importância dos afetos paraa imaginação paraa vinculação social do conhecimento é decisivos né Eh portanto a gente tem aí essa essa turn essa essa virada né para a teoria dos afetos em política em teoria social e também novas preocupações dos psicanalistas que tentaram renovar E repensar a psicanálise a partir dessa eh demanda né Eh epistêmica política e ética né então vamos começar nesses dois primeiros encontros a tentar definir o nosso conceito né o nosso objeto né e e propor que existe uma afinidade de saída né assim quem é que pensou em
afetos né quem começou a pensar em afetos isso era importante para quem na história né Eh do ocidente pelo menos e fazendo essa inquirição a gente vai encontrar justamente né a estética né a estética é a filha mais nova da filosofia ela encontrou enquanto sistema de pensamento enquanto sistema articulado né de conceitos uma formulação muito tardia né lá com baumarten com Kant no século XVII né Vamos comparar isso com a lógica que remonta Aristóteles século V aantes de. Cristo né a ética que está lá também no Platão a a filosofia política nasceu lá nos antigos
e a estética prima pobre ela ela ela tava assim subordinada a outros saberes ela era considerada né uma teoria assim eh muito próxima da aplicação muito muito prática né Muito muito orientada para Como faz então ISS isso é bom boa teoria é quando você contempla de longe os objetos e faz um mapa Celestial de como os órbitas funcionam coisas assim mais práticas não eram forte dos medievais nem dos antigos né mas tinha essa sessão né que era Justamente a estética e bom se a gente for olhar paraa estética do Aristóteles ela eh tem dois dois
ramos principais né um é a poética né e outro é a retórica né Eh ó lá uma prática que tem muito que ver com a psicanálise pelo menos no sentido de que a psicanálise se estabelece enquanto um programa Clínico autônomo independente né A partir lá da famosa carta do Freud AF outubro de 1887 quando ele diz assim não acredito mais na minha neurótica ou seja não acredito mais na minha teoria da sedução não acredito mais na teoria da realidade que estava associada à teoria da da sedução e também não acredito mais no método catártico ah
olha só de onde vem a Catarse a Catarse é um conceito empregado pelo Aristóteles para interpretar o que acontecia ali nas tragédias né na encenação das tragédias gregas né então havia um coletivo e esse coletivo ele ele se via ela se ela se enxergava naquelas no protagonista no no no co adjuvante ele ele ele vivia o conflito que tava sendo posto eh numa forma específica três atos né tudo eh Posto em Sena imediata eh e ali acontecia uma trans transformação né uma transformação que o Aristóteles Diz ela tem uma função social ela ela trata o
mal-estar ela trata a inquietude especialmente ao da forma e nome a dois afetos né quais seriam esses dois afetos então primários a piedade né olha só que é um afeto que a gente diia assim não é tão importante para nós né mas pensem numa cultura fortemente orientada pra guerra né onde a coragem é um valor fundamental que define um guerreiro né que que pode abalar um guerreiro no campo de batalha que ela sinta Piedade solidariedade que ela sinta que e pode não ter as melhores razões para puxar a espada e matar alguém que ele nunca
viu né resultado Piedade não é bom né pode assim criar buracos por onde os inimigos entram na pólice né Eh e o segundo o segundo afeto é o medo não dizer ah se o guerreiro vai para o campo de batalha e com temores com incertezas com medo pode ser que não dê certo n Mas isso não é sentido só por aqueles que estão defendendo a cidade Aquilo é incorporado né pelos seus habitantes Então a gente vai a epidauro a gente vai a cos a gente vai as a os grandes centros terapêuticos da Grécia Antiga né
os os embriões do dos hospitais e eles têm todos lá um anfiteatro um anfiteatro para 40.000 pessoas 30.000 pessoas por quê Porque o teatro era uma forma de tratamento né Eh do nosso sofrimento entendido com experiência social né e revertido por uma experiência estética né Então esse é o ponto quando a gente vai falar em teoria dos afetos né a gente tem que dialogar né com a o que já se disse o que já se entendeu sobre estética né E aí eu colocaria quatro conceitos que vão ã vir lá de trás e que vão se
reapresentar na psicanálise né ou seja eh como tava dizendo né a psicanálise ela nasce de um corte com o quê com a retórica quando o Freud diz eu não vou mais trabalhar com a método catártico é porque eu não vou mais tentar convencer o paciente dizer para ele que é melhor isso aquilo influenciar o paciente dirigir a consciência do paciente Ou seja eu não sou mais o o o articulador o dono da palavra né e o paciente não é mais aquele que passivamente acolhe aceita obedece as ideias que vêm do médio pelo contrário né subversão
frediana É que agora você fala e fala livremente e eu escuto e a gente vai perseguir as formações as soluções que você me trouxer na ordem que você me trouxer segundo a expressão retórica que você conseguir porque é esse trabalho é no fundo O que que a gente tá dizendo o artista é você né quer dizer o manipulador de afetos é você aquele que tem que fazer a aventura dos afetos é você não sou eu estou aqui por e a gente já vai ver isso né des dessa origem na estética se a gente for levar
isso a sério isso significa que os afetos não são aquilo que acontece dentro de você né que é a concepção moderna individualista né não os afetos elas são esses circuito né Ó o modelo né o personagem o ator o roteirista o diretor o público todo mundo ali numas espci de troca onde se produzem efeitos né então nós temos quatro conceitos aí fundamentais o primeiro né é a ideia de aeses ou seja afetos tem que ver com com sensações né com eh algo que se passa no corpo né segundo lugar os afetos eh tem que ver
com mímese né ou seja reprodução lembrança como ser ficção né do que está se passando no outro daí é a ideia não é só o que tá aqui é a suposição É o afeto que o outro sente diante do seu afeto né e é o afeto que você sente ao supor ao projetar um afeto no outro né o afeto é uma circulação não é uma substância né E então a est passa pelo corpo né meses catarses ou seja que é dentro dessa circulação a gente tem momentos privilegiados momentos e o que acontece nesse momento os
afetos se transformam Essa é a questão da estética né como é que eu como é que eu pinto um quadro e e aquela pessoa que vai ver o quadro ela ela ela ela muda pelo que ela viu ela el ela se vê interrogada pelo que pelo que ela tá vendo no quadro ela ela se inquieta ela se pergunta diante daquela imagem né então estamos aí né Eh a catarses como essa como essa transformação que acontece no sujeito né E que a gente pretende que aconteça também na psicanálise né Eh oeren eh vários autores observaram que
olha quando o Freud tá dizendo abandonei o método catártico ele não tá dizendo que ele abandonou o conceito de Catarse né O que ele abandonou foi a a Catarse usada no plano da retórica usada no plano do do convencimento usada no plano de uma de uma de um de uma certa estrutura de poder dentro da relação terapêutica essa essa é a renovação mas a Catarse dos afetos ela continua a acontecer né e eh é um conceito que durante muito tempo permaneceu assim meio no Limbo né alguns tentaram a ideia de neoc Catarse né la planche
voltou um pouco no assunto eh mas e a ideia estava muito ligada a essa esse entendimento de que a catarse ela é uma espécie de assim expressão de que afetos que estavam contidos eles são assim vomitados eles são postos para fora né tá olha só né aí a gente já tem uma um entendimento de que o afeto que é individualizado ao extremo o afeto que não é partilhado o afeto que não é comum e ela gera problemas tá ele é ela tem um potencial patológico né Eh de tal maneira de que quando ele encontra a
expressão Ah então a gente a gente e estaria no caminho da transformação da cura é isso isso que a terapia visaria né mas veja isso lê e interpreta o termo grego Catarse como purgação é uma das é um dos entendimentos né quando você tem uma ferida né você lanceta a ferida e daí você Purga aquela ferida e daí a pessoa sente assim uma espécie de satisfação inclusive com essa Purificação por quê Porque o mal está sendo extraído o mal está sendo posto para fora em acordo com um procedimento envolvido na tragédia né que é o
o tragos é o body é o colocar o mal para fora da cidade e ficar dentro da cidade com os afetos transformados medo e Piedade posto num postos num novo plano em que a gente os supera pela coragem né e também por ter a imagem por ter a a representação por se ver ali de diante do personagem que transcende a ao comum que ultrapassa o metro né que é o o herói né bom mas a gente pode encontrar duas outras acepções para catarse né Eh o filósofa Martha nusm né Eh que é interessada né Eh
em teorias de de educação ela diz assim eh a catarse ela sempre esteve associada a uma espécie assim de surpresa ou de iluminação ou de um clarão veja já já não estamos no o que está dentro retido preso vai para fora né mas nós estamos assim na ideia de algo algo surge que é novo algo surge que não tem assim uma definição imagética muito clara né algo surge que é visível mas sem forma definida muito importante a gente vai voltar nesse ponto né então catarsis também a gente vai encontrar aí a raiz na noção de
Insight né só que o Insight em inglês remete ao que o in né ao site é a olhar né é uma Opa me me me olhei para dentro ó não é o que a o catar está sugerindo pelo contrário o clarão vem de fora né E ela me causa uma novidade mas ele Princípio não é um olhar para dentro ele é um olhar para fora é uma surpresa né criada pelo que vem Eh aí do outro né e a terceira acepção de catarsis eh ela estaria mais ligada à ideia de que você tem um percurso
ah Um percurso de transformação e que ele envolve uma espécie de reconciliação né uma usar a expressão né dialética né Fun Fun é vem de Zon quer dizer filho fonum é quando os filhos se irmanam novamente né quando os filhos estão brigando você reconcilia eles Opa essa essa é outra coisa eu não tô nem vomitando nem tendo um clarão mas eu estou ah encontrando proporções eu tô encontrando volumes eu tô encontrando e produzindo uma nova unidade veja unidade é um conceito básico da estética tá qu diz assim uma obra é uma totalidade né uma uma
peça um filme uma tela e eu olho para ela e tá tudo aqui tá tá tudo dito né e eu preciso né entendê-la me relacionar com ela do ponto de vista de uma totalidade ela faz parte de uma série ela faz parte de Out outras ã ela se relaciona com outras obras ela dialoga e etc mas ela é uma né é uma uma uma experiência total e completa em si mesmo a gente devia olhar para os nossos pacientes escutar nossos pacientes como se fossem obras de arte o que fizeram com as suas vidas é o
melhor que eles conseguiram na situação que tinham né E os seus sintomas por mais que sejam Dolorosos que sejam penosos que sejam formas de alienação elas são Produções n são Produções que resolvem conflitos resolvem conflitos e reacomodar e às vezes fracionam afetos bom então estamos aí desdobrando essa ideia da que são quatro os conceitos primários aqui né então mimeses aeses catarses E em último lugar Logos não Ou seja a estética não é o simples campo né Eh do irracional daquilo que bom não tem nome daquilo que ultrapassa os conceitos pelo contrário a gente tem conceitos
dentro da estética né Isso é muito interessante porque assim reduz o nosso preconceito epistemológico né de achar que só tem conceito naquilo que é matemático naquilo que é que é bem representado né quando a gente pensa assim o percurso de uma obra né as leituras as infiltrações os diálogos o que ela produz enquanto uma linguagem para a qual a gente ainda não tem um mundo estabelecido isso tudo é um conceito de conceito né um conceito Em que em que a aquilo está se realizando naquela totalidade né Adorno por exemplo vai vai eh pensar a a
importância incontornável da estética por causa disso Chile né cartas ah sobre educação estética do homem né ele vai dizer lá Olha nós estamos aqui num mundo que ele tem um problema de base que muito ruim é um mundo seccionado né Um Mundo Dividido um faz a câmara outro faz o roteiro o outro vem e fala um escreve o livro daí o outro consome e e cada e você quem sabe quem quem quem tá fazendo o quê Ah é um mundo ah onde tem divisão social do trabalho mas a gente tem divisão disciplinar você fica lá
com a Biologia eu fico na psicologia você vai na sociologia e e e e nossa experiência cotidiana também é fracionada vai dizer o que que suo gerera uma espécie de Sofrimento transversal né a vida do sujeito moderno é a vida em estado de fragmentação né em estado de desconexão o Schiller vem dizer tem uma terapia para isso tem um tem um tem um descanso para isso tem uma tem uma área da experiência ó lá o Winco né terceira área da experiência e tem uma área da experiência que que que trata isso chama-se estética se você
não tiver educação estética você não vai ter recurso para fazer vamos comparar né aquilo agora não é a Catarse dos gregos mas é a tragédia moderna é o romance moderno são as formas modernas de de literatura eh eh da expressão estética né postas num discurso postas numa proporção postas num Logos postas em em em formas conceituais né bom breve introdução segundo ponto né qu é a dificuldade de pensar os afetos né e e de apresentar uma teoria vamos dizer assim mais consistente sobre eles os afetos elas são puras qualidades Opa é um problema né ou
seja os afetos eles acontecem Aonde eles acontecem na consciência el não acontecem na memória só elas não acontecem na eh na na na imaginação elas eles perpassam tudo isso né o desejo né mas isso é Freud né os afetos eles são uma propriedade da consciência né e a psicanálise é como a gente já tá habituado né uma teoria do inconsciente um dos pontos mais fracos vamos dizer assim na psicanálise é o que que FR ent dizer sobre a consciência Oi tinha Talvez um artigo da metapsicologia perdido tem aquela nota em o problema econômico do masoquismo
eh tem uma as considerações ali no texto da eh projeto de Psicologia científica para neurólogos 1895 Muito pouco muito pouco se a gente pensa que teoria dos afetos vai implicar a teoria da consciência né mas nesse muito pouco o freed acerta uns pontos assim bem interessantes né ele vai dizer que a consciência e os afetos não estão desligados no sonho por exemplo eh não é porque eles aparecem a consciência como qualidades específicas comparem isso não é uma não é uma novidade comparem os afetos com as cores né Quantas cores existem infinitas por porque o esqu
vem 32 tipos de branco o africano vê 42 tipos de verde a gente as cores não são obje como como parece né o azul foi inventado né enquanto cor social no século XI né antes não tinha porque era caríssimo fazer as túnicas com ah como se lápis lazul só com a descoberta do índigo né Essa essa planta que vinha da Índia que passou a ter ter ter ter o azul disponível né apesar de você dizer o céu o céu não é pros gregos Azul ele é cian Ocean né a cor do oceano né Eh porque
Vejam Só a cor tem que ver com a possibilidade da gente criá-la né então é quando a Virgem Maria passa a ser Olá representada por azul azul manto da Virgem Maria nos renascentistas século X Azul daí é que tem azul e quando a casa dos borbons na França né adota o azul como como a cor do do império francês agora agora um azul nasceu né então é é é é é é é é assim capcioso né porque justamente aquilo que é mais imediato né aquilo que é mais direto que você diz assim eu tô eu
tô vendo eu tô vendo essa cor que o próprio Freud vai dizer não é porque você tá vendo que isso não comporta Disfarce Não é porque você tá sentindo que aquilo que você tá sentindo não pode ser assim mediado por alguma coisa coisa né vamos ver sobre o que que acontece essa mediação né teoria do afeto no Freud ela tá muito ligada a e talvez dependente a teoria da associação que ele pegou do st me a quem ele é traduziu do benham dos dos Ingleses né isso pouca gente conhece Fred estudou filosofia com Brentano ele
traduziu né a psicologia do Aristóteles e esses textos dos associacionistas como é que pensam os associacionistas né a gente tem eh intuições né as intuições elas são uma espécia de ligação entre uma representação né pode ser uma imagem pode ser um conceito né com uma excitação com vamos dizer assim uma quantidade de energia e entre essas duas coisas né entre a a a imagem e a e a e a excitação a a face vamos dizer assim mais intras somática a gente tem um um um um elemento de liga que é o afeto né e o
que caracteriza então o recalcamento o trauma a divisão subjetiva a esquise enfim os inúmeros processos indutores de sintomas os processos da que estão na Gênese da das Diferentes psicopatologias né inclusive os três mais assim estudados são sintomas inibições e angústia angústia é um afeto né Eh o que caracterizam essas essas Produções é justamente o desligamento entre representação e afeto né porque o que que acontece quando acontece esse desligamento o afeto perde sua qualidade ela se retrans fora vamos dizer assim no no que a gente pode dizer assim uma é uma conjectura do que que é
o afeto antes dele a qualidade Ah só pode ser uma quantidade essa hipótese do Freud tá lá no projeto né ou seja essa hipótese tá lá no reggel né você vai aumentando a quantidade você vai aumentando a quantidade e de repente surge uma nova qualidade né e ho a gente poderia dizer isso é pouco explorado que a psicanálise nesse sentido ela participa de uma de uma família de hipóteses filosóficas chamada emergentismo tá ou seja existem propriedades emergentes né são chamadas propriedades supervenientes a hora que aparece você não volta mais pro anterior mas antes ela não
estava lá e ela surgiu de uma de um incremento quantitativo né Eh aqui o Freud ela tá H herdando uma série de pressupostos que eu queria explicitar eh para vocês daqui a pouco né antes dizer então afeto questão relativa à consciência afeto eh qualidade desligamento de representações né Eh como se a gente tivesse assim estado básico libido amorfa indefinida Opa vira ess afeto vira vergonha Opa volta ser libido estado estado eh livre né No começo Fred Achava que esse Estado Livre e ele correspondia a uma toxina sexual não era bom ele acumulava né algo que
ficava ali pedindo o quê expressão né de dizer Ah tá entendi por que que ele não por que ele não confia tanto assim na Catarse porque Catarse entendido dessa maneira seria simplesmente colocar ali para fora a toxina sexual que estava ah sendo acumulada sem tratar a causa da acumulação né e a teoria das neuroses atuais né hipocondria neurose de angústia neurastenia né que são formas de Sofrimento que exprimiam essa essa patologia do olha tá tudo voltando a ser esse estado básico da libido o libido Sem Nome libido Sem Nome a gente chama de angústia ah
ok então a gente já tem essa esse tópico também e a terceira terceiro ponto de partida fridiano menos menos batizado né mas muito importante quando a gente olha para a a Gênese filosófica desse desse conjunto de problemas é a ideia de que os afetos se repetem e os afetos têm uma espécie de história uma espécie de história né ou seja eh quando você Experimenta alegria essa alegria ela repete né diferente da representação mas ela repete a a série de alegrias que você já experimentou antes lembra aquelas antigos mostradores de caminhos pelos metrôs de Paris ou
de Londres que se apertava um botão e ela mostrava Qual é o caminho que você tinha que fazer para ir de uma estação para outra né Imaginem que essa banum é um conceito do Freud ela acontece em relação aos afetos né quando você Aperta aquele botão né daquele afeto toda a série de afetos já vividos né Ela é eh reilin ela eh é refeita né como é que nós vamos entender isso né é uma espécie de clichê de marca fundamental é um traço nário é é é uma Ah vamos dizer assim um um um caminho
que é representacional ou é um caminho ligado assim a aos traços de excitação só uma questão meta psicológica lógica de fundo né ainda não muito bem encaminhada ainda não muito bem tratada Então vamos a definição né Eh por assim contraste de gênero e ah diferença específica n a gente pode dizer que o afeto ele é esse algo né que meio afeta no sentido do do qual eu sofro né Eu sou no Afeto né E veja que isso tem que ver com as categorias aristotélicas né os oito modos do do ser né e ele diz lá
Olha tem dois modos do ser que operam em conexão que é o pragma que é a prática né que é a ação né e o Patos né ou o aquilo que é a aeta da ação né então quando eu tenho experimento um afeto né Isso vai eh desencadear um processo que dialoga com pragma todo afeto ele então encaminha pro qu para um movimento né para uma ação para uma resposta né mas em princípio né Essa afetação essa afec ela tem uma característica muito interessante muito crucial mesmo que é assim eu não sei o que e
como eu estou sendo afetado Porque tudo que concerne a relação com saber com a nomeação com a detecção que afeto é esse vem em qualificações posteriores lembra do clarão né quer dizer imagina o afeto como um clarão pode ser um clarão de tristeza pode ser um clarão de orgulho pode ser um clarão de alegria pode ser um clarão de medo é um clarão e esse afeto enquanto vamos dizer assim experiência indeterminada né não não não não deixa de Ressoar com um desses afetos vamos dizer assim primários né uma dessas condições primárias do sujeito vamos assim
ou do sujeito antes dele se tornar sujeito que é aos a desamparo né Por que que o desamparo chama desamparo porque eu não sei nem o que vai vai me amparar Diante daquilo que eu estou ou que está me afetando né Imaginem isso que eu eu eu eu eu não tenho né controle posse domínio eu não tenho eu não tenho ciência sobre isso que está me afetando né uma das maneiras de vamos dizer assim portanto se defender do afeto né É antecipo dizer ah não não não eu eu eu eu já sei o que vai
acontecer né eu já sei o que essa pessoa vai me dizer eu já sei o que que vai se dar nessa situação né como chama isso ansiedade né ou expectância né Vamos pegar a palavra ansiedade de onde ela vem de ânsia desejo já há uma relação entre os afetos e o desejo há uma relação entre os afetos e essa forma que eu tô chamando assim meio genérica de saber tá eh bom ah os afetos portanto estão sujeitos a um a um gradiente de qualificação nós vamos ver que isso eh uma longa controvérsia né Vamos entrar
nisso daqui a pouco talvez no nosso próximo encontro né Eh mas mas por hora né Nós vamos tentar introduzir aquilo que são as adjacências primárias dos afetos né que é essa ideia que o afeto envolve uma teoria do tempo que o afeto envolve um entendimento do outro é que o afeto me leva a um movimento né ela me leva a um movimento que pode ser interno mas pode ser externo também né ele convoca uma resposta né esta resposta né vou mo tificar ela foi chamada a partir do século X né de emoção moo movimento né
motor movimento né e as emoções elas são elas foram muito estudadas no século XIX porque elas são padrões de comportamento muito definidos né olha só os afetos extremamente indeterminados Quantas cores t o mundo infinitas né de uma cultura para outra já mudou de uma época para outra já mudou Mas e as emoções extremamente fixas né um autor que inaugurou a teoria das emoções modernas né é o Darwin no seu a expressão das emoções em animais e humanos porque ele viu que havia algo muito característico da espécie humana né comparando ela com os grandes primatas que
é a nossa capacidade de exprimir sinais pela face né Isso é muito muito curioso de como as emoções elas e tem no trabalho do Darwin tem lá as fotos ele contratou né atores daí ele mostrava aquela foto e as pessoas diziam não isso aqui é medo não isso aqui é raiva não sei o quê eh e e e foi percebendo que havia assim uma transculturalidade ela não é perfeita há várias críticas a isso mas a ideia é de que olha parece que as emoções Elas têm sim uma espécie de base biológica Ela poderia estar ligada
à vinculação primária dos seres humanos por exemplo a famosa aderência preg até o Lacan fala na no estágio do espelho da criança ao sorriso do adulto a resposta em sorriso sincrônica que faz com que o adulto se ligue na criança por quê Porque ele acha que a criança tá conversando com ele tá conversando como fazendo esse processo de eco né ou de transitivismo ou de intra interj ação a gente vai ver esses termos mais à frente dos afetos né Di olha eh a a a disposição biológica ela ela recupera uma coisa que estava lá nas
antigas teorias sobre as paixões das da alma e sobre as paixões do ser que vamos falar no próximo encontro que é o fato de que a gente olhando para os afetos eles frequentemente se traduzem em oposições né esperança e medo no espino né a a no Darwin ele vai dizer e são seis são seis talvez oito mas mais as que a gente pode assim ter mais confiança são seis tá alegria e tristeza quem vai dizer que elas não formam um par né Eh raiva e medo né que vai se subsidiar nas hipóteses lá do Canon
né ah ou seja situação filogeneticamente importante eh do do do do animal com sua presa né do do estou numa situação de encontro alo que o que que eu tenho que decidir se eu fujo n medo né ou se ataco a raiva ódio né ataque e fuga é uma uma reação que tem correlatos né neurofisiológicos Muito bem descritos né então aoa sua frio o o sistema gastrointestinal se retém pupila se contrai e pelos eriçam para aumentar o seu volume e há uma série de de de de respostas que você pode dizer Olha eu não sei
o que essa pessoa tá sentindo lá dentro mas eu eniro por isso que ela tá tá com entre o medo e e a raiva ou ela está mais pra raiva ou ela está mais pro medo alegria e tristeza raiva e e e medo e o par menos lembrado que é o o o nojo ou aversão vamos dizer assim e a surpresa né lembra do clarão olha só é a surpresa que a gente em geral não dá muito valor acha que é é não é bem um afeto onde ela vai aparecer na psicanálise no trauma né
não tem trauma não tem Shrek não tem terror não tem horror não tem angústia né no sentido de daquela que desencadeia a formação de sintomas se não houver surpresa o aparelho psíquico não estava preparado ela não tava eh em prontidão ele não tinha recursos de simbolização ele não estava no tempo dos acontecimentos e daí veio o quê sexualidade antes da hora depois da hora por cima por baixo naquele olhar naquele toque nem experiências que eu não estava pensando em mim mesmo e resultado surpresa né surpresa e aversão aversão disgust né quer dizer é um é
um é um dos contrários do desejo vamos dizer assim eh mas ela vai ser talvez o embrião do que mais tarde a gente vai encontrar também na psicanálise com o nome dos afetos sociais né nojo culpa e vergonha né é a Tríade eh mais assim enfatizada né então ah andam aos pares né as emoções e eh possuem uma uma estabilidade expressiva tá ligada mais ou menos né A a nossa história evolutiva Mas então o o inominável Né o indeterminado dos afetos se qualifica como emoções ou melhor ele ele leva Por um lado né A a
ação e depois da ação que é o que é menos estudado né E ela ela deixa uma memória lembra que o afeto ela ela ela tem uma marca ela deixa uma marca cada vez que você Experimenta um afeto ela ela cria um bloco ele cria uma um agregado que você vai dizer assim Isso define uma totalidade lá estética Isso define uma um um um que você pode contar né e e e e e essa totalidade ela tem uma vamos dizer assim uma força de feedback né ela estabelece o que o pumor né Essa teórico da
estética chamou de atmosfera né que que é a atmosfera os antigos chamavam de humor né eh ou de disposição que é como novos afetos vão cair em qual paisagem né então o sentimento né sentimento que aparece né no FR sentimento de si né né ou sentimento de eu né sentimento de né são duas expressões que ele usa né diferencia diferenciadamente isso tem que ver com o quê com a interpretação social dos afetos né quando elas elas vão se tornando vamos dizer assim Hum expressivamente melhor delimitados quando eles vão se tornando hegemônicos quando eles vão se
tornando assim a moeda de troca básica então sinta mais inveja do que ciúmes bom isso vai depender daquela injunção de afetos né vai depender daquela construção de afetos né quais são os afetos que possuem por exemplo relevância ou potência transformativa para aquela casal para aquela comunidade para aquela instituição para aquele país para aquela época né então há há uma Valência política dos sentimentos que a gente ainda não não estudou mas já sentiu na pele né cria um ambiente social onde o sentimento dominante é o ódio que que vai acontecer né que que vai acontecer eh
com a gente que de repente se vê preso em discursos que produzem e reproduzem o Ódio mesmo quando você não quer mesmo quando você não tá disposto a ingressar naquela paisagem eh de afetos não não não é compulsório aqui você tem que para participar do jogo Você tem que sentir esse afeto né Às vezes o afeto pode mudar e a gente olha historicamente né e ele vai vai alterando ó essa conversa ela tem o m da Alegria aí tudo fácil né Por que que tantos e professores apresentadores começam com uma piada começam com uma coisa
assim um gracejo porque isso estabelece o qu Qual é o nosso pacto né Qual é o sentimento Qual é o nosso humor Qual é o nosso cômico né E vej isso tá lá no Freud eu tô tirando isso de xist de sua relação com o inconsciente onde ele vai dizer distinguir né o cômico do humor né ou cômico pode implicar e ela escorregou na na casca de banana ele ele se ferrou e eu não olha só prazer para mim e desprazer para ele e tudo bem mas ah essa é uma forma mais degradada mais simples
né E de de fazer pacto social que é no fundo nós e eles né o xist ele estabelece um outro parâmetro que é assim o xist depende da sua eficácia ela só é xist porque a gente faz a gente ri e quando a gente ri o que que aconteceu um fragmento de verdade saiu do untad rukum ou seja aquilo que não pode ser dito aquilo que é censurado não é o recalcado Hein gente não é fedr engum É untad rukum saiu do isso não se diz isso não se diz numa aula isso não se diz
numa peça de teatro isso não se diz numa PR isso não se diz aqui isso não se diz nessa família isso não se diz nessa comunidade é Ops subiu e disse nós fizemos uma pequena transgressão porque nós dissemos a verdade e quando a gente faz essa transgressão a gente ganha um prêmio no inconsciente que é o riso que é a satisfação e esse prêmio a gente quer mais em cima dele ó lá afetos e repetição afetos prazer e sua repetição você pega aquela piada e conta e passa ela adante né vou dizer ó vou contar
e aquilo fica formigando enquanto eu não conto pro outro eu fico eu fico procurando alguém para contar aquela piada por quê Porque eu quero ter de novo aquele prazer só que eu não posso ter aquele prazer de novo por quê Voltamos no Afeto chave faz parte de uma boa piada que ela não seja velha ela tem que ter surpresa tá ela está lá no texto do Freud ela tem que produzir desconcerto tem que ser concisa né tem que produzir surpresa e iluminação Olha onde a gente volta o clarão né Opa aquela tirada né aquela rápido
que você puxa vi uma coisa que não tava não tava sendo vista antes o xist é uma produção estética e é uma produção social Capítulo 5 xiste como como processo social né e portanto onde é que a gente chega na no xist como modelo de afetos né afeto do tipo um né quer dizer nós Contra Eles o afeto do tipo dois e que temos nós e a drit person né a terceira pessoa simbólica que que cria uma comunidade né e o terceiro tipo de manejo de afetos que vai ser humor e que a gente tá
associando com o sentimento o sentimento social que lá no texto 27 é onde elho diz só temos uma só temos n a melhor estratégia contra o superu e o superu ele é ele é uma espécie de organizador de afetos ele não é só um destruidor de afetos ele cria compulsoriamente isso aqui tem que ser ó mais ódio mais ciúmes e mais inveja eh inclusive chato né mas ideologia contemporânea mais alegria tá o que o que perturba a economia dos afetos porque o qu o sentimento social se torna coercitivo e não mais uma produção né do
nosso laço como acontece no caso do schist mas a uma uma verdadeira resposta pro superior diz o frid é humor né Que bela maneira de começar a semana diz o sujeito está indo pro cada falso ser enforcado di que caramba tem que ver a semana ele vai morrer na segunda-feira mas ele faz um xist né com ao contar e contar-se essa essa piada subvertendo a sua própria miséria social né então Eh é um recurso em que o eu cria uma versão de si cria um um um eu linha e entrega esse eu linha para o
super eu devorar e quando ela faz isso ela cria um excedente de satisfação né que pode ser um um sarcasmo que pode ser assim uma eh pode ser uma ironia eh pode ser assim um recu que a gente vê no comediante eh no ator como uma uma arte né como uma verdadeira técnica então recapitulando gente a a teoria dos afetos em psicanálise ela ela não é unitária né ela vai ter dentro do Freud vários modelos né Acabei de apresentar aqui o modelo eh do Tie que é um mas a gente podia agregar o modelo do
luto o o luto é um afeto normal perdeu tem que fazer um trabalho reconstitui aceita a perda e etc e no final alegria né É Um percurso de afetos n eu tentei mostrar isso aí no livro lutos finitos e infinitos começa com a dor depois você vai paraa angústia eh depois da angústia Você vai para a a privação ou desespero daí a do desespero você vai para a os afetos ligados ao temor ao medo Ah daí você vai para os afetos ligados à surpresa o espanto e você termina na alegria que era o grande Mig
pro Freud Por que que quando a gente termina um luto a gente fica alegre é porque o eu deixou de trabalhar como no caso do humor né ela ela não tem mais que ter aquela aquela aquela função de acerto de contas com superor pode ser mas ele não conclui né então a gente tem o modelo do do do do shist né a gente tem o modelo do luto a gente tem o modelo que vai a gente vai discutir aqui bastante do Lacan que é baseado na angústia angústia como como afeto Central se a gente quer
pensar os afetos a gente tem que ver qual é a sua moeda básica sua moeda básica é angústia angústia ela vira né ela se qualifica né com os diferentes afetos elas se transformam nos diferentes afetos é um modelo né Eh e a gente tem também um dentro do modelo da angústia uma espécie de contram modelo né que é o modelo estranho doley né que é uma outra maneira de pensar a angústia né então vamos trabalhar com esses três modelos só para mostrar que eles não são unitários e que e que há uma diferença entre o
entendimento fridiano e o entendimento lacaniano sobre sobre a a a angústia né E a gente vai falar um pouco sobre as origens desse desse dessas diferenças no nosso próximo encontro
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