Olá pessoal sejam muito bem-vindos ao nosso canal onde as sombras da noite tomam forma através das histórias que vocês me enviam hoje trago mais um vídeo com relatos enviados diretamente para o nosso e-mail cada história que recebo é cuidadosamente editada por mim para garantir que a essência do terror seja preservada enquanto protegemos a privacidade daqueles que decidiram compartilhar seus momentos mais assustadores conosco embora eu acredite na realidade vivida por quem me manda esses e-mails devo lembrar que não tenho como comprovar a veracidade dos acontecimentos então resta a você acreditar ou não Eu me chamo Jair
e trabalho como coveiro há mais tempo do que posso contar o cemitério sempre foi meu refúgio um lugar onde o silêncio fala mais do que qualquer palavra desde que minha esposa Mércia faleceu o som do vento entre as lá e o farfalhar das Árvores mortas tem sido minha única companhia cada pá de terra que removo cada túmulo que Limpo parece trazer um tipo de paz que as ruas lá fora nunca me deram mas a saudade essa nunca foi enterrada Mércia era meu mundo e quando ela partiu uma parte de mim foi junto eu visitava seu
túmulo todos os dias conversava com ela como se ela pudesse ouvir mas no fundo sabia que tudo o que me restava eram memórias até o dia em que encontrei aquele livro era uma manhã como qualquer outra e eu tinha recebido ordens para exumar um túmulo antigo o nome na lápide já estava apagado as letras devoradas pelo tempo o ar parecia mais denso naquele canto do cemitério como se algo ali não quisesse ser perturbado quando cavei o suficiente para abrir o caixão vi que algo estava errado entre os restos mor havia um objeto que não deveria
estar lá era um livro a capa estava rasgada e suja mas os símbolos gravados nela ainda brilhavam Com Uma Estranha intensidade eles pareciam pulsar Sob a Luz fraca do dia como se o próprio objeto estivesse vivo eu deveria ter deixado aquilo onde estava mas não consegui a curiosidade me venceu levei o livro para casa e assim que entrei o silci mais pesado do que nunca coloquei o livro sobre a mesa e me sentei observando-o ele parecia me encarar de volta quando toquei a capa senti um arrepio correr pela espinha como se algo me alertasse para
parar mas a saudade de Mércia era maior do que o meu medo se havia a menor chance de falar com ela de novo eu precisava tentar foli as páginas devagar e cada palavra parecia ecoar na sala as descrições detalhavam rituais estranhos coisas que pareciam retiradas de pesadelos símbolos para invocar espíritos oferendas para abrir portais e métodos para falar com os mortos havia também avisos advertências em letras grandes e desajeitadas não leia não invoque o preço é alto demais eu ignorei tudo isso foi na terceira noite enquanto estudava o livro que comecei a ouvir coisas primeiro
foi um leve sussurro vindo de algum lugar perto da cozinha Fui verificar mas não havia ninguém lá Depois vieram os passos suaves como se alguém descalço estivesse caminhando pelo corredor quando acendi a luz o som parou tudo estava vazio mas ainda assim senti que não estava sozinho a primeira vez que vi algo foi naquela mesma noite estava virando uma página do livro quando percebi pelo Canto do olho uma sombra se movendo na parede pensei que fosse minha imaginação mas quando olhei diretamente juro que a sombra parou como se estivesse me observando eu deveria ter parado
naquele momento mas não parei tudo o que eu queria era falar com Mércia Eu segui as instruções do livro arrisca preparei o ambiente apaguei todas as luzes desenhei os símbolos no chão e acendi Velas ao redor cada passo parecia aumentar o frio na sala e o silêncio ficou tão profundo que podia ouvir meu próprio coração batendo Então ela apareceu a aparição de Mércia estava lá parada bem na minha frente por um instante pensei que fosse um sonho um Delírio causado pela minha saudade mas era real seus olhos brilhavam com o mesmo calor de quando ela
estava viva e seu sorriso Ah aquele sorriso era ex mente como eu me lembrava um reflexo de tudo o que ela significava para mim meu coração quase parou quando ela disse meu nome Jair com aquela voz doce e suave Que tantas vezes Me acalmou em momentos difíceis eu não conseguia conter as lágrimas a emoção me inundou de uma forma tão intensa que meu corpo quase fraquejou eu caí de joelhos ali mesmo incapaz de acreditar que aquilo estava realmente acontecendo Mércia minha Mércia estava diante de mim novamente como se o tempo não tivesse passado como se
a morte não tivesse no separado é você é realmente você minha voz saiu entrecortada cheia de descrença e emoção ela assentiu com a cabeça seus olhos também marejados sou eu Jair estou aqui aproximando-se mer assentou-se no chão ao meu lado como tantas vezes fazíamos juntos em nossa casa por um momento todo o peso da Solidão da dor da Saudade desapareceu ficamos ali sentados no chão da sala como se o tempo tivesse congelado como se o mundo inteiro tivesse se resumido aquele instante eu senti tanto a sua falta Jair ela disse segurando minha mão sua pele
era fria mas seu toque ainda era suave como eu me lembrava Parece que foi ontem que eu estava aqui com você às vezes eu sentia que podia ouvir sua voz suas orações eu nunca fui embora completamente eu contei a ela tudo o que tinha acontecido desde que ela partiu falei sobre como eu me sentia perdido sobre como o cemitério havia se tornado minha única fuga e sobre as noites intermináveis em que eu me perguntava O que poderia ter feito para mantê-la ao meu lado Mércia me ouviu em silêncio com os olhos fixos nos me apertando
minha mão como se quisesse me passar força você foi o melhor marido que eu poderia ter Jair ela disse com um sorriso melancólico você fez tudo o que podia Não se culpe por isso as palavras dela eram como um bálsamo para o meu coração por tanto tempo eu me culpei pela sua morte por não poder salvá-la mas ouvir aquilo dela era como se uma parte do peso que eu carregava finalmente fosse retirada então começamos a lembrar dos momentos felizes Mércia falou sobre os piqueniques que fazíamos no parque próximo de casa dos Domingos preguiçosos em que
ficávamos deitados no sofá assistindo nossos filmes favoritos ela riu ao lembrar de como eu sempre esquecia de comprar pão na padaria e de como eu insistia em cozinhar mesmo quando o resultado era desastroso você lembra daquela vez que você tentou fazer aquela lasanha ela disse rindo Jair aquilo parecia mais uma sopa do que uma lasanha Eu também ri com lágrimas escorrendo pelo rosto mas você comeu mesmo assim disse que estava deliciosa claro eu não queria te magoar ela respondeu rindo mais ainda mas juro foi uma das coisas mais horríveis que já comi por horas ficamos
ali Relembrando Nosso Amor nossos momentos juntos nossos planos que nunca puderam ser realizados ela me contou que também sentia saudade de tudo isso que às vezes sonhava com o nosso antigo lar com a rotina que tinhamos eu amava os momentos simples disse Mércia com um olhar distante tomar café da manhã com você caminhar pelo bairro ouvir você reclamar das contas não importava o que fosse tudo era especial Porque estávamos juntos Houve um momento em que ficamos em silêncio apenas nos olhando Eu Queria gravar cada detalhe dela na minha memória Cada traço do seu rosto a
forma como seus olhos brilhavam a maneira como ela inclinava a cabeça levemente ao sorrir eu não sei como vou viver sem você de novo eu disse minha voz trêmula ela segurou meu rosto entre as mãos como fazia quando queria me consolar Jair você é mais forte do que pensa Eu sempre estarei com você mesmo quando não puder me ver o amor que tivemos nunca vai desaparecer eu sabia que naquele momento estava vivendo algo que jamais poderia ser explicado ou repetido aquela foi a noite mais feliz que eu tive em anos e ao mesmo tempo a
mais dolorosa porque lá no fundo eu sabia que aquilo não podia durar olhando para ela uma parte de mim queria gritar para que ela ficasse para sempre mas outra sabia que eu não tinha esse direito o que quer que fosse para mantê-la ali eu pagaria mas também sabia que o preço seria alto demais mas a felicidade não durou no dia seguinte enquanto limpava o cemitério comecei a perceber coisas estranhas as lápides pareciam inclinadas para o lado errado o som do vento que antes era relaxante agora soava como gemidos quando olhei para uma das sombras projetadas
pela luz do sol ela parecia se mover naquela noite já em casa Mércia apareceu de novo mas algo estava diferente seu rosto estava Sombrio e seus olhos que antes eram cheios de amor agora pareciam inquietos você precisa parar ela sussurrou mas antes que eu pudesse perguntar o que ela queria dizer senti um arrepio atrás de mim quando me virei vi a figura pela primeira vez era algo alto deformado como se um corpo humano tivesse sido torcido em ângulos impossíveis os olhos eram buracos vazios e o sorriso aquele sorriso era largo demais cheio de dentes afiados
que pareciam brilhar no escuro a coisa estava no canto da sala me observando imóvel o medo me paralisou você abriu a porta Mércia disse sua voz tremendo de medo agora ele veio atrás de você e eu não vou conseguir descansar em paz naquela noite percebi que eu havia libertado algo muito pior do que imaginava eu fiquei congelado encarando aquela coisa no canto do quarto meu corpo não respondia era como se o ar ao meu redor tivesse desaparecido e tudo o que eu podia ouvir eram os sussurros centenas deles ecoando por toda a casa as sombras
ao redor pareciam se alongar como tentáculo se esticando em direção a mim quando Finalmente consegui me mover peguei a vela mais próxima e a joguei na direção da criatura a luz tremeu e piscou e por um breve momento ela desapareceu mas não foi embora de verdade eu sabia que estava escondida esperando eu corri para fora da casa o vento da noite parecia cortar minha pele mas era melhor do que ficar preso ali com aquilo no entanto ao cruzar o portão do cemitério percebi algo terrível o lugar parecia de diferente as lápides que eu conhecia como
a palma da minha mão pareciam deslocadas como se estivessem fora de lugar algumas estavam rachadas outras cobertas por uma espécie de lodo escuro então ouvi os passos lentos pesados virei para trás e lá estava ele a criatura ela me seguira até o cemitério as sombras pareciam se fundir ao seu redor como se fosse feita delas cada vez que ela dava um passo o chão rangia como madeira velha prestes a quebrar você precisa se livrar do livro Jair Mércia apareceu ao meu lado sua figura estava mais translúcida agora quase como um reflexo num vidro sujo enterre
volte ao túmulo de onde tirou mas como como eu faria isso enquanto aquela coisa me caçava voltei correndo para casa trancando a porta atrás de mim cada sombra parecia mais escura do que antes até a luz das velas tremulava de um jeito estranho como se a própria chama tivesse medo peguei o livro e comecei a foliácea este livro pertenceu a um homem que praticava magia negra dizia a nota ele usava seus feitiços para torturar e amaldiçoar Até que foi morto pelo povo da cidade eu Padre Alonso enterrei o livro com ele na esperança de celar
a maldição mas se você estiver lendo isso saiba que o selo foi quebrado as palavras seguintes me garam até os ossos se o livro foi encontrado o espírito retornará para espalhar seu terror procure-me na igreja de São Bartolomeu há uma forma de banir o espírito mas será perigoso se falhar ele o levará consigo eu sabia onde ficava a igreja de São Bartolomeu Era longe quase fora da cidade mas eu não tinha escolha com o livro em mãos deixei o cemitério e comecei minha jornada a estrada até a igreja parecia mais longa do que deveria o
caminho antes familiar agora parecia estranho como se algo tivesse mudado os postes de luz piscavam quando eu passava por eles e em várias ocasiões tive certeza de que vi vultos entre as árvores então vieram as vozes meu nome sussurrado no vento Jair Jair Jair era como se alguém estivesse ao meu lado mas cada vez que me virava não havia nada ali quando cheguei à igreja era quase madrugada a enorme porta de madeira estava entreaberta e o som de um órgão tocando baixo ecoava pelo interior vazio entrei devagar sentindo o peso do lugar as velas no
Altar tremeluzir lançando sombras que dançavam nas paredes você encontrou o livro não foi disse uma voz atrás de mim era o padre atual ele parecia saber exatamente porque eu estava ali eu contei tudo a ele sobre o livro O Espírito Mércia ele ouviu em silêncio com um olhar grave no rosto Padre Alonso antes de morrer me de para lidar com isso caso o livro fosse desenterrado ele disse Mas saiba que será arriscado o espírito não vai deixá-lo completar o ritual facilmente o padre me entregou um pergaminho com o ritual escrito eu teria que voltar ao
túmulo onde encontrei o livro desenhar os símbolos corretos e recitar as palavras enquanto o livro era enterrado novamente ele me avisou que o espírito faria de tudo para me impedir que ele ficaria mais forte mais agressivo e que eu jamais poderia destruir o livro Eu agradeci ao padre e voltei para o cemitério o caminho parecia ainda mais sombrio agora o espírito sabia o que eu estava tentando fazer e ele estava furioso Cheguei ao cemitério pouco antes do Amanhecer o céu estava tingido de um cinza opaco e o ar parecia pesado como se o próprio mundo
Estivesse se segurando antes de mergulhar em algo terrível o vento frio cortava minha pele mas era o menor dos meus problemas o cemitério estava silencioso demais o tipo de silêncio que não é natural não havia o som das Folhas balançando nem do vento passando pelas lápides era como se tudo estivesse prendendo a respiração carregava comigo o livro e o pergaminho com as instruções para o ritual o padre tinha sido Claro Eu precisaria desenhar os símbolos exatos ao redor do túmulo recitar as palavras e enterrar o livro mas ele também me avisou que o espírito faria
de tudo para impedir e ele estava certo comecei a desenhar os símbolos no chão com uma faca que carregava minhas mãos tremiam tanto que mal conseguia traçar as linhas cada vez que cortava a terra para formar os padrões sentia como se algo ao meu redor estivesse ficando mais forte o vento começou a uivar carregando com ele sussurros não eram apenas sussurros quaisquer era o som de várias vozes misturadas chamando meu nome Jair Jaí Jaí tentei ignorar e continuar Mas então ouvi Passos pesados lentos vindo de todas as direções ao mesmo tempo olhei ao redor E
lá estava ele a criatura saiu da Escuridão entre os túmulos sua forma ainda mais horrenda do que antes era alta anormalmente magra com braços longos demais para o corpo a cabeça estava torcida para o lado e Seus olhos eram vazios negros como o espaço infinito Mas o pior de tudo era o sorriso largo cheio de dentes afiados que pareciam reluzir mesmo na penumbra você acha que pode se livrar de mim tão facilmente a voz ecoou como se viesse de dentro da minha cabeça o espírito começou a avançar e o chão ao redor dele parecia apodrecer
o cheiro de carne queimada e podridão tomou o ar as lápides rachava ele se aproximava eu tentei continuar o ritual mas minha voz falhou meu corpo tremia tanto que quase deixei o livro cair você abriu a porta coveiro ele rosnou e agora você será minha última vítima antes que eu pudesse reagir o espírito lançou sua mão esquelética na minha direção não foi um toque físico era como se uma onda de energia me atingisse jogando-se para trás eu bati contra uma lápide e senti uma dor lancinante nas costas O livro caiu no chão a alguns metros
de distância minhas mãos sangravam e o frio era tão intenso que parecia congelar meus ossos quando tentei me levantar senti algo me segurando mãos invisíveis que se agarravam à minhas pernas e ombros puxando-me para baixo como se quisessem me arrastar para o túmulo eu estava paralisado de medo o espírito avançava lentamente seus passos ecoando como marteladas sua presença parecia consumir o mundo ao meu redor tudo estava escuro e cada movimento Parecia Impossível Foi então que ouvi sua voz Jair lute era Mércia ela apareceu ao meu lado seus olhos estavam cheios de tristeza você precisa pegar
o livro e terminar o ritual mas agora agora Ele é mais forte ele está ligado a mim não não posso perder você de novo minha voz saiu embargada entre soluços Mércia se ajoelhou ao meu lado seus olhos Nos meus se você não terminar isso ele vai destruir tudo precisa me deixar ir Jair é a única forma eu sabia que ela estava certa mas meu coração se partiu naquele momento reunindo todas as forças que me restavam me arrastei até o livro enquanto o espírito ria você nunca vai me vencer coveiro o espírito avançou novamente seus braços
se esticando de forma grotesca tentando me alcançar senti suas mãos invisíveis apertarem meu pescoço cortando minha respiração meus olhos lacrimejavam e tudo ao meu redor começou a escurecer foi Mércia Quem me salvou ela se colocou entre mim e o Espírito sua luz fraca mas suficiente para afastá-lo por um instante o espírito gritou em raiva suas palavras agora distorcidas e ininteligíveis agora Jair Mércia gritou com o livro em mãos comecei a recitar o ritual minha voz tremia mas Mércia continuava ao meu lado segurando o espírito enquanto ele se debatia e lançava gritos ensurdecedores o vento ao
redor se tornou uma tempestade e as sombras pareciam ganhar vida tentando apagar os símbolos que eu havia desenhado mais rápido Mercia gritou novamente com o coração acelerado terminei as últimas palavras do ritual seguindo as instruções enterrei o livro no túmulo original e pressionei a terra com todas as minhas forças o espírito soltou um grito que parecia ecoar pelo próprio inferno sua forma começou a se contorcer dissolvendo-se em pedaços de sombra que desapareceram na terra ele tentou resistir mas a força do ritual era maior Mércia virou-se para mim uma última vez está feito meu amor Mércia
não você não precisa ir ela sorriu tristemente eu sempre estive ligada a ele Jair você me libertou também sua forma começou a desaparecer como fumaça se dissipando no ar eu tentei segurá-la mas minhas mãos passaram direto por ela antes de desaparecer completamente ela sussurrou eu sempre vou te amar e então o silêncio o cemitério voltou ao normal o vento soprava suavemente e o céu começava a clarear eu fiquei ali ajoelhado diante do túmulo com o rosto molhado de Lágrimas Mércia se foi e desta vez para sempre hoje trabalho no mesmo cemitério mas nunca mais olhei
para aquele túmulo algo dentro de mim mudou para sempre naquela noite e se uma lição que aprendi é esta não mexa no que deve permanecer enterrado nem todo mistério precisa ser resolvido e se você estiver me ouvindo eu deixo um aviso Nunca mexa no que deve permanecer enterrado nem todo mistério merece ser resolvido