Essa é a nossa segunda aula sobre os anjos caídos. Se você não assistiu a primeira, recomendo que você vá ao link e que você tente que seguir a ordem. Aliás, essa é a sexta e eu diria a última aula do que estamos resumindo aqui nos fundamentos doutrinários, o que muitos chamam de angelologia, a doutrina dos anjos.
Então vamos lá. Eu quero, em primeiro lugar, estamos falando sobre anjos caídos, como já mencionei, em primeiro lugar, eu quero destacar sua natureza. Fizemos isso em relação aos anjos eleitos e também em relação a Satanás enquanto anjo, embora já na categoria de anjo caído.
Percebemos que eles são superiores aos homens. Quando a Bíblia fala dos anjos, diz que o homem foi criado um pouco menor do que eles. Em Marcos, por exemplo, no capítulo cinco, nos versículos 3 e 4, nós já definimos na aula anterior que a origem dos demônios é a mesma dos anjos caídos, ou seja, são terminologias diferentes para falar dos mesmos seres e a Bíblia fala de um gadareno, um gerazeno possuído não só de um espírito imundo, mas de uma legião.
Os versos três e até o cinco, de Marcos cinco diz assim: "Esse homem vivia nos túmulos, e ninguém podia prendê-lo, nem mesmo com correntes. Porque, tendo sido muitas vezes preso com correntes e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e as correntes foram despedaçadas. E ninguém conseguia dominá-lo.
Andava sempre, de noite e de dia, gritando por entre os túmulos e pelos montes, ferindo-se com as pedras. " Quando diz que ninguém podia dominá-lo, que não havia cadeias, correntes que o prendessem, evidentemente, estava falando de um poder e de uma força superior, a de um ser humano comum e qualquer. São apresentados na Bíblia como espíritos.
Apocalipse 16. 14 usa essa expressão "espíritos de demônios", portanto, não se limitam ao mundo natural e às suas leis igualmente naturais. Aliás, quando Jesus fala a respeito dos anjos em Lucas 20.
34 a 36, ele fala no contexto da ressurreição e diz que quando já não mais poderemos morrer e seremos iguais aos anjos. Então são imortais. Eles não têm uma eternidade prévia porque têm início.
Foram criados enquanto anjos e depois se corromperam, caíram, pecaram, mas têm início, mas não têm fim. São imortais. Portanto, isso já é uma preparação para o nosso entendimento de que haverá um destino eterno para seres que não deixarão de existir.
Falamos na aula anterior também enquanto espíritos são seres assexuados, não têm a capacidade de reprodução, como algumas teorias tentam defender. Quando falamos sobre os anjos, não importa se vamos falar de anjos eleitos ou caídos, a gente precisa destacar que eles são inumeráveis. A Bíblia não menciona números de quantidade de anjos na Bíblia.
Não importa se estamos falando de anjos eleitos ou de anjos caídos. Mas quando a Bíblia mostra que em Apocalipse 12, versos 3 e 4, que Satanás com a sua cauda arrastou um terço das estrelas, uma alegoria para os anjos do céu, a informação que nós temos é que se um terço caiu, dois ficaram, ou seja, para cada anjo caído ou demônio nós temos pelo menos dois anjos eleitos. E não temos apenas um exército divino mais numeroso, nós temos seres debaixo do controle de um Deus cujo poder está além da capacidade de definição.
Ele é chamado de o Todo Poderoso. Então não há razão alguma para temer a ação maligna. Em Daniel, no capítulo sete, no verso dez, falando de anjos, a Bíblia fala de milhares de milhares e milhões de milhões.
Apocalipse 5. 12 usa exatamente a mesma expressão de Daniel. Então nós vamos simplesmente encerrar com essa recapitulação.
São inumeráveis. E quando falamos de anjos caídos, demônios, assim como anjos eleitos, assim como quando falamos de Satanás possui personalidade. A personalidade é a composição de três características básicas.
Nós chamamos isso tripé da personalidade, que são: vontade, que é o poder de escolha e decisão; emoção, quando falamos basicamente de sentimentos; e razão, quando falamos não apenas de intelecto, mas de mente, de pensamentos, na capacidade de fazer planos. Essas três características estão sempre presentes naquilo que classificamos como personalidade, que distinguem as pessoas e que concede a elas individualidade. E os demônios as possuem e a Bíblia menciona as três características em relação a eles.
Vontade. Então, quando lemos Marcos capítulo cinco, o texto da libertação daquele endemoninhado gadareno, a Bíblia mostra que os demônios pediram a Jesus permissão para ir a uma manada de porcos ao saírem do gadareno. Foi um pedido deles e a necessidade de uma permissão de Jesus, mas uma escolha feita por eles.
Então nós podemos olhar, esse é um de vários textos, que indicam isso. Em Mateus também no capítulo 12, no verso 44, o Senhor Jesus fala a respeito do que acontece quando um demônio sai do corpo de alguém. O texto diz assim, eu vou ler na verdade do verso 43 até o 45 e diz: "Quando o espírito imundo sai de uma pessoa, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra.
Por isso, diz: Voltarei para minha casa, de onde saí. E, voltando, ele a encontra vazia, varrida e arrumada. Então vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e entrando, habitam ali.
É o último estado daquela pessoa se torna pior do que o primeiro. Jesus menciona isso, normalmente nós usamos esse argumento para pessoas que passaram por uma libertação. Não adianta que alguém use a autoridade do nome de Jesus, dê uma voz de comando e de ordem para que o espírito saia.
Jesus está dizendo que o espírito, quando olha a casa arrumadinha mas vazia, ou seja, a pessoa não se encheu de Deus, ele não apenas consegue voltar, mas trazer companhia com ele, outros demônios e o estado da pessoa se torna ainda pior do que era antes. Então, o que Jesus está dizendo é que o que garante a efetividade da libertação não é apenas tirar o mal, mas encher aquela pessoa com a própria presença de Deus. Mas, ao mesmo tempo, para dar o exemplo, ele estava falando de um demônio que quer voltar, que escolhe voltar, que tem o poder e a capacidade de fazer uma análise sob a casa vazia e de convidar outros.
Ou seja, nós temos aqui o elemento vontade. Não podemos negar neles o aspecto emoção. No livro de Tiago, no capítulo dois e no versículo 19, a Palavra de Deus diz assim: "Você crê que Deus é um só?
Faz muito bem! Até os demônios creem e tremem. " Essa expressão aqui traduzida "tremem" em outras versões, ela está "estremecem", essa palavra é especificamente usada no original grego, de acordo com o léxico de Strong, é a palavra "phrisso".
Ela significa "eriçar-se, ficar em pé, estremecer, ser invadido por um medo extremo, estar terrificado. " Ou seja, não fala apenas de medo. Não é o tremor de chacoalhar, é o temor de um medo profundo.
Ou seja, eles sabem o poder de Deus, eles sabem que não são páreo, não fazem frente a Deus e eles têm medo de Deus. E essa é uma das emoções que a Bíblia menciona. Já falamos sobre Satanás enquanto anjo caído que desce à terra cheio de cólera, de ira, sabendo que pouco tempo lhe resta e há outras emoções que poderiam ser ligadas aos anjos caídos, mas a ideia aqui é trazer um pouco de base sobre cada área e não necessariamente esgotar o assunto.
E quando falamos a respeito de razão, nós precisamos reconhecer que os demônios possuem conhecimento acerca de Cristo e também a respeito do futuro deles. Por exemplo, em Mateus, no capítulo oito e no verso 29, nós temos um episódio que não pode ser ignorado quando o assunto é esse que é a versão lá de Mateus sobre a libertação do gadareno. O verso 29 fala dos demônios gritando: "O que você quer conosco, Filho de Deus?
Você veio aqui nos atormentar antes do tempo? " O que é a ideia de atormentar antes do tempo? Estão dizendo: "Nós sabemos que há um tempo determinado no futuro, onde nós seremos julgados, receberemos tormento.
Mas você vem fazer isso antes da hora? " O que significa que há uma hora pré determinada, pré estabelecida para que esse tipo de julgamento se manifeste e esse comentário também é interessante. Mas, ao olhar para isso, percebemos aqui o uso da capacidade de razão, da capacidade de raciocínio.
Segunda Timóteo, capítulo quatro, verso um assim como Gálatas, capítulo um, o verso oito mostra que eles também planejam doutrinas enganadoras, ou seja, têm essa capacidade de pensamento. Em Lucas no capítulo oito, nós também podemos perceber que se existe neles a capacidade de estabelecer diálogo e esse é um dos episódios que fala a respeito daquele homem gadareno possuído pelos demônios, ele está estabelecendo um diálogo com Jesus. Então, se existe essa capacidade de diálogo, de fala, de conversa, que é um elemento relacionado à razão, aliás, Atos 19 nos fala no verso 15 a respeito de alguns demônios que os filhos de Ceva, que eram exorcistas, tiveram que lidar e a Bíblia diz que quando esses demônios se manifestaram por meio da pessoa, o questionamento foi: "Eu sei quem é Paulo e vocês, quem são?
" Depois de dizer: "Conheço Jesus e eu sei quem é Paulo". Ou seja, eles conhecem alguns crentes até por nome e a gente pode olhar para tudo isso dentro da capacidade de razão. Vamos falar agora sobre, em segundo lugar, sob a classificação dos demônios.
Percebemos haver entre os demônios uma certa hierarquia. Em Efésios, no capítulo seis, a Bíblia nos mostra que, diferente do Antigo Testamento, quando Israel guerreava contra várias nações, a Bíblia diz: "Porque a nossa luta não é contra carne e sangue", ou seja, não são pessoas, nossos inimigos não são outros seres humanos. E diz assim: "mas contra os principados e potestades, contra os dominadores desse mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais.
" Então ele está falando de uma luta contra espíritos malignos, e toda essa apresentação, príncipes e poderes fala de hierarquia, dominadores. Depois a Bíblia fala de forças espirituais. E aqui nós não temos necessariamente uma classificação de governo, mas ,talvez na mentalidade do exército, aqueles que executam as ordens.
Nós já vimos que a Bíblia, quando usa o termo principado, muitas vezes fala a respeito de um domínio em níveis diferenciados. Daniel capítulo dez, no verso 13, nós vemos a ideia de o príncipe do reino da Pérsia. Depois, no verso 20, a Bíblia fala não só do príncipe da Pérsia, mas também do da Grécia, e nós vemos que é um anjo falando de uma luta que ele tem lá no plano espiritual, portanto, isso precisa envolver os anjos caídos, os demônios no plano espiritual e também entre eles existe essa classificação hierárquica.
Em primeira de Pedro 3. 22, em Romanos 8. 38, a expressão "potestades" ou "poderes, autoridades" são usadas para falar de espíritos malignos.
Quando falamos também dessa hierarquia, não podemos reconhecer apenas príncipes de nações, me parece que muitas vezes algo que alguns tentam classificar de espíritos territoriais. Em Mateus, no capítulo cinco, no verso dez, nós vemos que os demônios se manifestaram no gadareno, pediram a Jesus: "Pediu-lhe com insistência que não os mandasse para fora do país. " Outras traduções só dizem 'para fora daquela região.
' Não define país na perspectiva e do tamanho que nós temos de país como hoje, mas alguns textos simplesmente só usam a expressão "região". A palavra aqui traduzida fala de um espaço localizado entre dois lugares ou limites. Era usada às vezes para falar de uma região, às vezes para falar de um país.
Então a tradução ela é incerta mas uma coisa é inquestionável me parece que havia uma preocupação territorial. No entanto, a gente pode, junto com outros textos bíblicos, tentar especular se há outros que falam de hierarquia, se há outros que falam de príncipes de nações, pode ter uma hierarquia inferior, mas não podemos dizer isso com toda certeza. Também encontramos algumas classificações que estão relacionadas com atividades.
Então vamos lá. Lucas, capítulo 13, verso 11, fala de um espírito de enfermidade. Uma mulher tinha um espírito de enfermidade, não podia, ela era encurvada, não podia se endireitar.
Jesus impôs as mãos sobre ela. Atos 16. 16 fala de Paulo em Filipos, lidando com um espírito de adivinhação.
Em primeiro Reis 22 de 19 a 23, nós temos a denúncia feita por Micaías, um profeta de Deus, de um espírito de mentira se manifestando na boca dos profetas que Estavam diante de Acabe. E segunda Timóteo, no capítulo um, no verso sete, Paulo usa a expressão "espírito de medo", que Deus não nos deu espírito de medo. Em primeiro de João 4.
6, a Bíblia fala de um espírito de erro. Isso nos faz entender que não necessariamente sejam tipos de seres espirituais diferentes, mas que há uma espécie de categorização de atividades. Alguns migram e atuam com talvez mais frequência e recorrência numa área do que em outra.
Terceiro lugar, vamos falar aqui sobre o caráter e atividade dos anjos caídos. Bom, de uma forma geral, nós podemos reconhecer que eles agem refletindo o próprio caráter e obras de Satanás, uma vez que são liderados por ele e executam o seu próprio plano. Em Lucas, no capítulo 13, quando nós vemos Jesus libertando aquela mulher de um espírito de enfermidade, algo interessante a ser observado é que inicialmente a Bíblia diz que essa mulher tinha um espírito de enfermidade.
Isso está no versículo 11. "Chegou ali uma mulher possuída de um espírito de enfermidade havia já 18 anos". Mas no verso 16, depois de libertar a mulher, Jesus diz: "Por que motivo não se devia livrar desse cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há 18 anos?
" Aqui, Jesus atribui a prisão a Satanás. Isso não significa que o próprio Satanás era o tal do espírito de enfermidade, mas como eles são subalternos, como eles estão debaixo da autoridade do governo de Satanás e executam os seus planos e os seus comandos, então a prisão na qual a mulher estava de um espinho de enfermidade é atribuída a Satanás, porque é uma organização, planejamento e uma atividade que procede dele. Dito isso, nós reconhecemos que existe um alinhamento não só de anjos que seguiram Satanás na sua rebelião, mas que abraçaram seus valores, seus princípios, seu caráter e, portanto, a gente pode dizer que eles normalmente refletem o próprio caráter e obras de Satanás.
Então, todas as características que foram expostas anteriormente acerca do caráter e das atividades de Satanás se encaixam nessa descrição e eu não vou repetir tudo isso aqui. Mas algo que eu acredito que seja muito importante é, mais uma vez, a gente destacar assim como quando falamos do destino de Satanás, falamos a respeito do controle de Deus. Quando os demônios perguntam para Jesus: "Você veio nos atormentar antes do tempo?
" eles sabem que há um tempo definido, que o juízo é certo. Não há a menor possibilidade de que eles virem o jogo e ganhem essa guerra. No entanto, eles também sabem que antes do tempo, não deveriam ser julgados.
Então, há algumas coisas que nós precisamos levar em conta. Por exemplo, Satanás diz para Jesus na tentação, isso está registrado lá nos Evangelhos, a Bíblia diz que ele mostrou os reinos, as glórias do mundo e disse: "Tudo isso te darei, se, prostrado, me adorares. " Interessante que Jesus não responde: "Nada disso foi te dado.
Mentira! Você é enganador, não te foi dado coisa nenhuma. " Jesus não contesta isso, ou seja, Jesus trata como certo.
Em outro momento, Jesus se refere a Satanás no evangelho de João, lá no capítulo 12, chamando ele de "o príncipe desse mundo". Ou seja, ele está dizendo: "Ele tem autoridade. " Agora a pergunta é: quando é que essa autoridade foi dada?
Deus nunca deu essa autoridade diretamente a Satanás. A Bíblia nos mostra que Deus deu essa autoridade ao homem. Mas, segunda de Pedro, no capítulo dois, no verso 19, nos mostra o quê?
Que quem é vencido em algo se torna escravo daquele que o vence. O que se entende é que, por ocasião da queda e do pecado, a autoridade que o homem recebeu de Deus, ele acabou passando às mãos de Satanás. A pergunta é: por que isso ainda não foi retomado?
Jesus usa uma linguagem em Mateus 21, interessante. Ele fala de um arrendamento quando fala de Deus concedendo o seu reino aos homens Ele fala de uma vinha que foi arrendada. Ele fala que o primeiro grupo de lavradores, uma alusão a Israel, não entregou os frutos, então Ele diz: "Vou confiar a vinha a um segundo grupo de lavradores.
" Mas o arrendamento é sempre um contrato com prazo determinado. Se a gente seguir essa ideia e essa lógica, então o tempo de autoridade, o "prazo de arrendamento", entre aspas, por assim dizer, a título de ilustração, que o homem teria, ele foi estendido a Satanás e, de alguma forma, esse tempo precisa concluir antes de que Deus estabeleça o juízo final. Agora, até que Deus estabeleça um juízo final e permanente sobre Satanás, os anjos caídos, os demônios isso não significa, em absoluto, que eles estejam fora de controle.
Nós já mencionamos, falando do próprio Satanás, que é o líder que comanda todo o exército de anjos caídos, que quando chegar a hora certa, um anjo vai descer do céu, não vai precisar mais do que um, um anjo vai descer do céu, prendê-lo numa cadeia durante mil anos. A Bíblia diz que depois importa que seja solto por um pouco de tempo e o comentário que eu fiz nessa aula sobre o destino de Satanás é que ele vai fazer um último servicinho para Deus. E a brincadeira dessa analogia de um servicinho é mostrar que, mesmo na sua tentativa de se opor a Deus, Deus, na sua grandeza, na sua multiforme sabedoria, na sua presciência, consegue tirar lucro das tentativas de Satanás, que Ele conhece muito bem e antecipadamente.
Me lembro quando garoto de ouvir meu pai dizendo que todo golpe de machado que o diabo já tentou dar contra a igreja, contra o povo de Deus ao longo da história Deus fez com que se voltasse sobre a própria cabeça Dele. E quando falamos dessa capacidade de gerência de Deus e isso se estende ao comandante de todos os demais anjos caídos, os demônios, inevitavelmente também se aplicam a todos os demais. Então, algo que em você precisamos sustentar que, assim como o diabo, seus súditos também estão sob o controle de Deus, não no sentido de que a maldade que fazem foi determinada por Deus, mas nós precisamos entender que ela acaba sendo permitida por Deus e muitas vezes usada como juízo para aqueles que pecam, que se expõem.
O diabo não pode ferir qualquer pessoa. A Bíblia diz que ele anda em nosso derredor bramando como leão, buscando a quem possa tragar. Ele não pode tragar qualquer um, porque num senso geral há sempre uma proteção de Deus.
Quando o ser humano, por exemplo, escolhe abrir mão da proteção de Deus, quebra os princípios de Deus em vez de se sujeitar a Ele, ele acaba se expondo. A Bíblia não fala só de resistir ao diabo, mas ela fala "sujeitai-vos, portanto, a Deus e resisti ao diabo", ou seja, a capacidade de resisti-lo tem a ver com a sujeição a Deus. Quando a sujeição a Deus não é praticada, existe exposição, e quando nós entendemos essas verdades, faz um pouco mais de sentido perceber algumas coisas que Deus gerencia.
Como, por exemplo, no primeiro livro de Samuel, no capítulo 16 e no verso 14 nós temos a declaração: "Depois que o Espírito do Senhor se retirou de Saul", a Bíblia diz: "um espírito mau, vindo da parte do Senhor, o atormentava. " A turma diz: "Então espera aí. O espírito é mau, mas veio da parte de Deus?
" Sim, determinação de Deus, juízo divino. O Senhor retira o seu Espírito e diz: "Não dá para relacionar com você. Você pecou, ultrapassou todos os limites.
" Deus está dizendo: "Estou fora", mas o Senhor está dizendo: Eu vou julgar você. " E há uma determinação divina executada por um espírito maligno que só estava esperando a oportunidade de atormentar Saul. Mas Deus obviamente está fazendo uso dessa circunstância gerenciando ela.
Isso também pode ser bem entendido na visão de Micaías. Em primeiro Reis 22, de 19 a 23 a Bíblia fala de muitos profetas, centenas que estavam diante de Acabe, dizendo: "Pode ir à batalha, o Senhor te entregou o inimigo, Você vai ter vitória. " E a Bíblia fala do rei de Judá, já desconfiado diz: "Não tem outro profeta aqui, não?
Aquilo tudo não cheirou bem. " Alguém diz: "Não, tem um profeta, mas ele nunca fala o que é bom para a gente. " Tipo: "Não fala o que a gente quer ouvir.
" ele faliu: "Talvez é isso que a gente tenha que ouvir" Micaías é trazido e quando chega ele diz: "Olha, eu tive uma visão. Eu vi os anjos reunidos diante de Deus, à sua direita e à sua esquerda. " Quando a Bíblia separa um grupo à direita, outro à esquerda está falando de um grupo bom e outro ruim.
No julgamento das nações, a Bíblia diz que Jesus vai separar à sua direita as ovelhas, à esquerda os bodes, os cabritos. Um grupo é tratado com bom comportamento e boa recompensa, enquanto o outro grupo da esquerda não. Então essa ideia, na linguagem bíblica, fala mesmo em relação aos espíritos reunidos diante de Deus, de um grupo bom e de um grupo ruim.
E Deus pergunta: "Quem vai induzir Acabe a sair à batalha para que ele caia nela e morra? " Deus está dizendo: "Eu vou julgar. " E a Bíblia diz que um espírito se prontificou e na visão, nós não sabemos se ela é literal ou simbólica, mas na visão Micaías vê o anjo explicando: "Eu serei um espírito de mentira na boca dos seus profetas", e ele consegue a permissão divina para sair e executar juízo.
Então estamos falando de uma atividade maligna. A Bíblia diz que Deus não pode mentir. A Bíblia diz que o diabo é que é o pai da mentira.
Esse espírito de mentira tem que ser um espírito maligno do do grupo que classificamos da esquerda, daquele que na ideia bíblica, na separação não é o grupo bom, mais obviamente debaixo uma permissão divina para que exercesse uma certa atividade. Em primeiro aos Coríntios 5. 5, Paulo fala de pessoas que ele estava entregando a Satanás para destruição da carne, ou seja, removendo a proteção de sobre o corpo.
Mas ele termina dizendo: "para que o espírito seja salvo no dia do Senhor". Ou seja, mesmo para com o corpo debaixo de juízo, a carne debaixo de juízo, talvez num leito de enfermidade pudesse haver arrependimento e salvação para o espírito. Mas quem executaria o juízo não era um anjo eleito.
A Bíblia usa a expressão Satanás, podendo ser ele pessoalmente ou o seu reino. Então, sempre que falamos de juízo, não podemos deixar de colocar na balança que Deus é justo, há juízo para essa vida, há juízo vindouro posterior e que no formato que Deus tem para executar juízo agora, muitas vezes ele se utiliza desses anjos, que são os anjos caídos, são os demônios. Se utiliza não no sentido de obrigar.
Estão esperando a oportunidade de destruir, que é a sua natureza. Quando pessoas pecam, se rebelam, a proteção é tirada e eles muitas vezes entram em operação. Mas como o próprio Paulo diz: "para que a carne seja destruída e o espírito seja salvo", muitas vezes, nesse ambiente, Deus pode reverter a situação, gerar arrependimento, conserto.
Nós sempre vemos que a misericórdia triunfa sobre o juízo. Há níveis de juízo onde Deus está dizendo: "Estou tentando trazê-lo de volta. " Por meio de Ageu o Senhor fala: "Olha, eu permiti que acontecesse isso, isso e aquilo outro, e não houve entre vós quem se voltasse para mim.
" Ou seja, Deus está dizendo: "Não estou julgando como quem diz: acabaram-se as oportunidades", Ele está dizendo: "Estou fazendo isso, tentando recuperá-los". E nessa ideia geral de juízo, o Salmo 78. 49 diz: "Lançou contra eles o furor da sua ira: cólera, indignação e calamidade" mas ele acrescenta: "legião de anjos portadores de males.
" Aliás, se você leu o Apocalipse e já mencionamos alguns desses textos anteriormente, em outras aulas você vai ver anjos que estão presos, portanto, a gente simplesmente já presume aquela declaração "são anjos caídos que pecaram", serão soltos para execução de juízo. Ou seja, não estão fora de controle. Não significa que podem fazer o que querem e que Deus não tem condição de reverter esse quadro.
Também não significa que Deus está liderando essa obra má, mas, muitas vezes, permitindo que as consequências se instalem e nós não podemos negar o controle de Deus. Além disso, precisamos destacar o destino. Em primeiro os coríntios no capítulo seis, no verso três, Paulo pergunta: "Vocês não sabem que haveremos de julgar os anjos?
" Presume-se que ele está falando de anjos que caíram, por quê? Os anjos eleitos, santos que executam a ordem de Deus obedecem a sua Palavra, como diz o Salmo 103. 20, não têm necessidade alguma de serem julgados.
Então aqui a gente faz essa distinção e a gente sabe que haverá juízo, não só o juízo, por terem se rebelado contra Deus, pecado contra Ele se apartado, mas talvez de alguma forma, de acordo com o nível de atividade, haverá julgamento. E a Bíblia fala de tormento eterno. Por exemplo, em Mateus no capítulo oito e no verso 29, nós lemos o seguinte que aqueles anjos perguntam para Jesus: "Você vem nos atormentar antes do tempo?
? A gente já falou que tem um tempo determinado e que virá o tormento. Agora, quando esse tormento vier, ele será irreversível.
Mateus, capítulo 25, verso 41, diz que, declaração do próprio Jesus, a Bíblia diz que o inferno foi criado para o diabo e os seus anjos. E a Bíblia nos mostra que quando finalmente Satanás for lançado lá, ele não vai sozinho, a Bíblia fala de companhia. Apocalipse capítulo 20, verso dez diz: "O diabo, que os enganado, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde já se encontram a besta e o falso profeta; e serão atormentados dia e noite para todo o sempre.
" Ou seja, não só Satanás, mas ele não vai sozinho, ele tem companhia dos que o seguiram. Ali a besta e o falso profeta estão sendo mencionados e haverá tormento eterno para todos os demônios que se rebelaram. Então, com isso, acredito que a gente consegue concluir falando do destino, essa ideia e o entendimento dos anjos caídos, assim como falamos em relação a Satanás.
Há um destino de juízo eterno, irreversível para eles e até que isso chegue, não estão fora de controle. Têm um certo nível de permissão para causar males sobre pessoas que se expõem a eles, mas não sobre aqueles que se encontram guardados, protegidos debaixo das asas do Altíssimo. Como diz o Salmo 91.