O Existencialismo É Um Humanismo, Jean-Paul Sartre | AUDIOBOOK COMPLETO | VOZ HUMANA

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Alysson Augusto
Quando a seguinte conferência foi publicada integralmente em 1946, ela tornou-se o Catecismo do Exis...
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o existencialismo é um humanismo texto do filósofo francês existencialista jean paul sartre tradução de rita correia guedes narração de alison augusto introdução com o país livre dos nazistas desde agosto de 1944 tendo a segunda guerra mundial encerrada um ano depois em 1945 a liberdade reconquistada a cidade viu se em meio às intensas polêmicas ideológicas filosóficas e intelectuais reuniram-se por fim as condições objetivas para que o existencialismo explodisse no cenário parisiense ganhando parte do mundo a partir dali a edição de 29 de outubro de 1945 do le monde anunciou uma conferência de sartre intitulada existencialismo é
um humanismo na qual ele iria expor os princípios gerais da sua filosofia o evento provocou extraordinária frisson nos meios cultos tudo para ria fluiu para assisti lá tornou-se um sucesso cultural impressionante pois provocou a atração de um espetáculo esportivo curso a sequela de tumultos pescoções cotoveladas e cadeiras quebradas sartre ao ver aquele apinhado de gente chegou a imaginar que era uma manifestação dos comunistas contra ele o acontecimento virou uma defesa dele contra os seus opositores e uma expansão didática voltada para a divulgação junto ao grande público algo bem mais detalhado do que ele fizera antes
sobre o mesmo tema dirigida à joão paulo goiano para responder o que é o existencialismo dizia ele então na missiva o homem deve criar a sua própria essência é jogando se no mundo lutando que aos poucos se define angústia longe de oferecer obstáculo à ação é a própria condição dela o homem só pode agir se compreender que conta exclusivamente consigo mesmo que está sozinho e abandonado no mundo no meio de responsabilidades infinitas sem auxílio nem socorro sem outro objetivo além do que deram a si próprio sem outro destino além de forjar para si mesmo aqui
na terra quando a conferência foi publicada integralmente em 1946 ela tornou-se o catecismo do existencialismo servindo desde então como uma síntese das idéias essenciais de sartre para ouvir mais nas ações como esta acompanhe o podcast narração filosófica um podcast no qual é o alisson faça a leitura de textos variados inclusive artigos acadêmicos livros de filosofia o link para o podcast você pode encontrar na descrição deste post vamos agora narração da fala histórica de jean paul sartre o existencialismo é um humanismo gostaria de defender aqui o existencialismo de uma série de críticas que lhe foram feitas
em primeiro lugar acusaram-no de incitar as pessoas a permanecerem no imobilismo do desespero todos os caminhos estando vedado seria necessário concluir que a ação é totalmente impossível neste mundo tal consideração desembocaria portanto numa filosofia contemplativa o que aliás nos reconduz é uma filosofia burguesa visto que a contemplação é um luxo são estas fundamentalmente as críticas dos comunistas por outro lado acusaram nos de enfatizar a ignomínia humana de sublinhar o sórdido o equívoco viscoso e de negligenciar certo número de belezas radiosas o lado luminoso da natureza humana por exemplo segundo a senhorita mexer e crítica católica
esquecemos o sorriso da criança uns e outros nos acusam de haver negado a solidariedade humana de considerar que o homem vive isolado segundo os comunistas isso se deve em grande parte ao fato de nós partimos da pura subjetividade ou seja do penso cartesiano ou seja ainda do momento em que o homem se aprende em sua solidão o que me tornaria incapazes de retornar em seguida a solidariedade com os homens que existem fora de mim e que eu não posso alcançar no code tu na perspectiva cristã são os acusados de negar a realidade ea seriedade dos
empreendimentos humanos já que suprindo os mandamentos de deus e os valores inscritos na eternidade resta apenas a pura gratuidade cada qual pode fazer o que quiser sendo incapaz a partir de seu ponto de vista de condenar os pontos de vistas e os atos a leis tais são as várias acusações aqui procurou hoje responder ea razão que me levou a intitular esta pequena exposição de o existencialismo é um humanismo muitos poderão estranhar que falamos aqui de humanismo tentaremos explicitar em que sentido o entendemos de qualquer modo que podemos desde já afirmar é que concebemos o existencialismo
como uma doutrina que torna a vida humana possível e que por outro lado declara que toda a verdade e toda ação implicam um meio e uma subjetividade humana a crítica básica que nos fazem é como se sabe de enfatizarmos o lado negativo da vida humana contaram-me recentemente o caso de uma senhora que tendo deixado escapar por nervosismo uma palavra vulgar se desculpou dizendo acho que estou ficando existencialista a figura é por conseguinte a cilada ao existencialismo e é por isso que dizem sermos naturalistas se o somos é estranho que assustemos e escandalizamos muito mais do
que o naturalismo propriamente dito assusta ou escandaliza hoje em dia aqueles que gerem tranquilamente um romance de isolada como a terra ficam repugnados quando leio romance existencialista outros que se utilizam da sabedoria das nações profundamente tristes acho nos mais tristes ainda mas será que existe algum mas desesperançado do que o provérbio a caridade bem dirigida começa por si próprio ou ama quem disser víceras desprezado castiga quente service e serás amado são notórios os lugares comuns que podem ser utilizados neste assunto e que significam sempre a mesma coisa não se deve lutar contra os poderes estabelecidos
não se deve lutar contra a força não se deve dar passos maiores do que as pernas toda ação que não se insere numa tradição é romantismo toda ação que não se apoia numa experiência comprovada está destinada ao fracasso ea experiência mostra que os homens tendem sempre para o mais baixo e que são necessários freios sólidos para detê los caso contrário instala-se a anarquia no entanto as pessoas que ficam repetindo esses tristes provérbios são as mesmas que acham muito humano todo e qualquer ato mais ou menos repulsivo as mesmas que se deleitam com canções realistas são
estas as pessoas que acusam existencialismo de ser demasiado sombrio até o ponto que eu me pergunto se elas não censuram não tanto pelo seu pessimismo mas justamente pelo seu otimismo será que no fundo o que amedronta na doutrina que tentarei expor não é o fato de que ela deixa uma possibilidade de escolha para o homem para saber lo precisamos recolocar a questão no plano estritamente filosófico o que é o existencialismo a maioria das pessoas que utilizam este termo ficaria bastante embaraçada se tivesse de justificá lo hoje em dia a palavra está na moda e qualquer
um afirma sem hesitação que tal músico ou tal pintor é existencialista um cronista de quartet assina ou existencialista na verdade esta palavra assumiu atualmente uma amplitude tal e uma tal extensão que já não significa rigorosamente nada está parecendo que na ausência de uma doutrina de vanguarda a lugar ao surrealismo as pessoas a vidas de escândalo e de agitação estão se voltando para esta filosofia que aliás não pode ajudá-lo em nada nesse campo o existencialismo na realidade é a doutrina menos escandalosa ea mais austera ela destina se exclusivamente aos técnicos e aos filósofos todavia pode ser
facilmente definida o que torna as coisas complicadas é a existência de dois tipos de existencialistas por um lado os cristãos entre os quais colocaram e jasper se gabriel marcel de confissão católica e por outros ateus entre os quais a que situar rider assim como os existencialistas franceses e eu mesmo o que eles têm em comum é simplesmente o fato de todos considerarem que a existência precede a essência ou se se preferir que é necessário partir da subjetividade o que significa isso exatamente consideremos um objeto fabricado como por exemplo um livro ou um corta papel esse
objeto foi fabricado por um artífice que se inspirou num conceito tinha como referências o conceito de corta papel assim como determinada técnica de produção que faz parte do conceito e que no fundo é uma receita desse modo corta papel é simultaneamente um objeto que é produzido de certa maneira e que por outro lado tem uma utilidade definida seria impossível imaginar mos um homem que produzisse um corta papel sem saber para que tal objeto serviria podemos assim afirmar que no caso do corta papel a essência ou seja o conjunto das técnicas e das qualidades que permitem
a sua produção e definição precede a existência desse modo também a presença de tal cortar papel ou digital livro na minha frente é determinada fez aqui uma visão técnica do mundo em função da qual podemos afirmar que a produção precede a existência ao concebemos um deus criador identificamos na maioria das vezes com um artífice superior e qualquer que seja a doutrina que considerarmos quer se trate de uma doutrina como a de de cartel o comad lines admitimos sempre que a vontade segue mais ou menos o entendimento ou no mínimo que o acompanha e que deus
quando cria sabe precisamente o que está criando assim o conceito de homem no espírito de deus é assimilável o conceito de corta papel no espírito do industrial e deus produz o homem segundo determinadas técnicas e em função de determinada concepção exatamente como artífice fabricam corta papel segundo uma definição e uma técnica desse modo o homem individual materializa certo conceito que existe na inteligência divina no século 18 o ateísmo dos filósofos elimina noção de deus porém não suprime a idéia de que a essência precede a existência essa é uma ideia que encontramos com freqüência encontramos lá
and the who em voltar e mesmo em cantos o homem possui uma natureza humana essa natureza humana que é o conceito humano pode ser encontrada em todos os homens o que significa que cada homem é um exemplo particular de um conceito universal o homem em kant resulta de da universalidade que o homem da selva o homem da natureza tal como burguês devem se encaixar na mesma definição já que possuem as mesmas características básicas assim mais uma vez a essência do homem precede essa existência histórica que encontramos na natureza o existencialismo ateu que eu represento é
mais coerente afirma que esse deus não existe há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência o ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito este seria o homem ou como diz rayner a realidade humana o que significa que dizer que a existência precede a essência significa que em primeira instância o homem existe encontra a si mesmo surge no mundo e só posteior mente se define o homem tal como existencialista o concebe só não é passível de uma definição porque de início não é nada só posteriormente será alguma coisa
será aquilo que ele fizer disse mesmo assim não existe na natureza humana já que não existe um deus para concebê-la o homem então somente não apenas como eles se concebe mas também como eles sequer como eles se concebe após a existência como ele sequer após esse impulso para a existência o homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo é este o primeiro princípio do existencialismo é também é isso que chamamos de subjetividade a subjetividade de que nos acusam porém nada mais queremos dizer senão que a dignidade do homem é maior
do que a da pedra ou da mesa pois queremos dizer que o homem antes de mais nada existe ou seja o homem antes de mais nada aquilo que se projeta no futuro e que tem consciência de estar se projetando no futuro de início o homem é um projecto que se vive assim mesmo subjetivamente ao invés de musgo podridão ou couve flor nada existe antes desse projeto não há nenhuma inteligibilidade no céu e o homem será apenas o que lhe projetou ser não aquele que ser pois entendemos vulgarmente o querer como uma decisão consciente que para
quase todos nós é posterior aquilo que fizemos de nós mesmos eu quero aderir a um partido escrever um livro casar-me tudo isso são manifestações de uma escolha mais original mais espontânea do que aquilo a que chamamos de vontade porém se realmente a existência precede a essência o homem é responsável pelo que é desse modo o primeiro passo do existencialismo held por todo homem na posse do que ele é de submetê-lo a responsabilidade total de sua existência assim quando dizemos que o homem é responsável por si mesmo não queremos dizer que o homem é apenas responsável
pela sua estrita individualidade mas que ele é responsável por todos os homens a palavra subjetivismo tem dois significados e os nossos adversários se aproveitaram desse duplo sentido subjetivismo significa por um lado a escolha do sujeito individual por si próprio e por outro lado impossibilidade em que o homem se encontra de transpor os limites da subjetividade humana é esse segundo significado que constitui o sentido profundo do existencialismo ao afirmar mas que o homem se escolhe a si mesmo queremos dizer que cada um de nós se escolhe mas queremos dizer também que escolhendo se ele escolhe todos
os homens de fato não há um único de nossos atos que criando o homem que queremos ser não esteja criando simultaneamente uma imagem do homem tal como julgamos que ele deva ser escolher ser isto ou aquilo é firmar concomitantemente o valor do que estamos escolhendo pois não podemos nunca escolher o mal o que escolhemos é sempre o bem e nada pode ser bom para nós sem o ser para todos se por um lado a existência precede a essência e se nós queremos existir ao mesmo tempo que mudamos nossa imagem essa imagem é válida para todos
e para toda a nossa época portanto a nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor pois ela engaja a humanidade inteira se eu sou um operário e se escolho aderir a um sindicato cristão em vez de ser comunista e se por essa adesão quero significar que a resignação é do fundo a solução mais adequada é o homem que o reino do homem não é sobre a terra não estou apenas engajado a mim mesmo quero resignarmo e por todos e portanto a minha decisão em gaza toda a humanidade numa dimensão mais individual se quero casar
me ter filhos ainda que esse casamento dependa exclusivamente de minha situação ou de minha paixão ou de meu desejo escolhendo o casamento estou engajado não apenas a mim mesmo mas a toda a humanidade na trilha da monogamia sou desse modo responsável por mim mesmo e por todos e criou determinada imagem do homem por mim mesmo escolhido por outras palavras escolhendo me escolha o homem tudo isso permite nos compreender o que subjaz a palavras um tanto grandiloqüentes como angústia desamparo desespero como vocês poderão constatar é extremamente simples em primeiro lugar como devemos entender a angústia o
existencialista declara freqüentemente que o homem é angústia tal afirmação significa o seguinte o homem que se engaja é que se dá conta de que ele não é apenas aquele que escolheu ser mas também um legislador que escolhe simultaneamente a si mesmo e à humanidade inteira não consegue escapar ao sentimento de sua total e profunda responsabilidade é fato que muitas pessoas não sentem ansiedade porém nós estamos convictos de que estas pessoas mascaram a ansiedade perante si mesmas e evitam encará la certamente muitos pensam que ao agir estão apenas enganando a si próprios e quando se lhes
pergunta mas se todos fizessem o mesmo eles encolhe os ombros e respondem nem todos fazem o mesmo porém na verdade devemos sempre perguntar nos o que aconteceria se todo mundo fizesse como nós e não podemos escapar a essa pergunta inquietante a não ser através de uma espécie de má fé aquele que mente que se desculpa dizendo que nem todo mundo faz o mesmo é alguém que não está em paz com sua consciência pois o fato de mentir implica um valor universal atribuído à mentira mesmo quando ela se disfarça a angústia aparece é esse tipo de
angústia que tipifique garde chamava de angústia de abraão todos conhecem a história o anjo ordena abraão que sacrifício seu filho está tudo certo se foi realmente um anjo que veio e disse tu és abraão sacrificar a seu filho porém para começar cada qual pode perguntar se será que era verdadeiramente um anjo ou será que são mesmo abraão que provas tenho havia uma louca que tinha alucinações falavam e pelo telefone dando ordens o médico pergunta mas afinal quem fala com você ela responde ele disse que é deus que provas tinha ela que de fato era deus
seu anjo aparece como saberei que é um anjo e se escutou vozes o que me prova que elas vêm do céu e não do inferno ou do subconsciente ou de um estado patológico o que prova que ela se dirige a mim quem pode provar mim que fui eu efetivamente o escolhido para impor a minha concepção do homem ea minha própria escolha a humanidade não encontrei jamais prova alguma nenhum sinal que possa convencer me se uma voz se dirige a mim sou sempre eu mesmo que terei de decidir que essa voz é a voz do anjo
se consideram que determinada ação é boa sou eu mesmo que escolha afirmar que ela é boa e não marca nada me designa para ser abraão e no entanto sou a cada instante obrigado a realizar atos exemplares tudo se passa como se a humanidade inteira estivesse de olhos fixos em cada homem esse regravasse por suas ações e cada homem deve perguntar a si próprio sou eu realmente aquele que tem o direito de agir de tal forma que os meus atos sirvam de norma para toda a humanidade e se ele não fizer assim mesmo essa pergunta é
por que estará mascarando sua angústia não se trata de uma angústia que conduza ao que timo a inação trata se de uma angústia simples que todos aqueles que um dia tiveram responsabilidades conhecem bem quando por exemplo um chefe militar assumir a responsabilidade de uma ofensiva e envia para a morte certo número de homens ele escolhe fazê lo e no fundo escolhe sozinho certamente algumas ordens vem de cima porém são abertas demais e exigem uma interpretação é dessa interpretação responsabilidade sua e que depende a vida de 1014 ou 20 homens não é possível que não exista
certa angústia na decisão tomada todos os chefes conhecem essa angústia mas isso não os impede de agir muito pelo contrário é a própria angústia que constitui a condição de sua ação pois ela pressupõe que eles encarem a pluralidade dos possíveis e que ao escolher um caminho eles se dêem conta de que ele não tem nenhum valor a não ser o de ter sido escolhido vemos que esse tipo de angústia aqui o existencialismo descreve se explica também por uma responsabilidade direta para com os outros homens engajados pela escolha não se trata de uma cortina entre posta
entre nós ea ação mas parte constitutiva da própria ação quando falamos de desamparo expressão cara à ryder queremos simplesmente dizer que deus não existe e que é necessário levar esse fato às últimas consequências o existencialista opõe se frontalmente a certo tipo de moral laica que gostaria de eliminar deus com o mínimo de danos possível quando por volta de 1880 os professores franceses tentarão constituir uma moral laica disseram mais ou menos o seguinte deus é uma hipótese inútil e dispendiosa vamos suprimi lá porém é necessário para que exista uma moral uma sociedade um mundo policiado que
certos valores sejam respeitados e considerados como existentes a priori é preciso que seja obrigatório a priori ser honesto não mentir não bater na mulher fazer filhos etc etc vamos portanto realizar uma pequena manobra que nos permitirá demonstrar que esses valores existem apesar de tudo inscritos num céu inteligível se bem que como vimos deus não exista é essa creio eu a tendência de tudo o que é chamado na frança de radicalismo por outras palavras a inexistência de deus não mudará nada reencontramos as mesmas normas de honestidade de progresso de humanismo e teremos assim transformado deus numa
hipótese caduca que morrerá tranquilamente por si própria o existencialista pelo contrário pensa que é extremamente incômodo que deus não exista pois junto com ele desaparece toda e qualquer possibilidade de encontrar valores num céu inteligível não pode mais existir nenhum bem a priori já que não existe uma consciência infinita e perfeita para pensar lo não está escrito em nenhum lugar que o bem existe que devemos ser honestos que não devemos mentir já que nos colocamos precisamente num plano em que só existem homens dostoievski e escreveu se deus não existisse tudo seria permitido eis o ponto de
partida do existencialismo de fato tudo é permitido se deus não existe e por conseguinte o homem está desamparada porque não encontra nele próprio nem fora dela nada a que se agarrar para começar não encontra desculpas com efeito sem existência precede a essência nada poderá jamais ser explicado por referência a uma natureza humana dada e definitiva ou seja não existe determinismo homem é livre o homem é liberdade por outro lado se deus não existe não encontramos já prontos valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta assim não teremos nem atrás de nós nem na nossa
frente do reino luminoso dos valores nenhuma justificativa e nenhuma desculpa estamos sós sem desculpas é o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre condenado porque não se criou a si mesmo e como no entanto ela uma vez que foi lançado no mundo é responsável por tudo o que faz o existencialismo não acredita no poder da paixão ele jamais admitirá que uma bela paixão é uma corrente devastadora que conduz o homem fatalmente a determinados atos e que consequentemente é uma desculpa ele considera que o homem é responsável por sua paixão existencialista
não pensará nunca também que o homem pode conseguir o auxílio de um sinal qualquer que o oriente no mundo pois considera que é o próprio homem que decifra o sinal como bem entende pensa portanto que o homem sem apoio e sem ajuda está condenado a inventar o homem a cada instante longe escreveu num belíssimo artigo o homem é o futuro do homem é exatamente isso apenas se por essas palavras se entender que o futuro está escrito no céu que deus pode vê lo então a afirmação está errada já que assim nem sequer seria um futuro
se entender que qualquer que seja o homem que surja no mundo ele tem um futuro a construir um futuro virgin que o espera então a expressão está correta porém nesse caso estamos desamparados tentarei dar lhes um exemplo que permita compreender melhor o desamparo contarei o caso de um dos meus alunos que veio procurar me nas seguintes circunstâncias o pai estava brigando com a mãe e tinha tendências colaboracionistas o irmão mais velho morreram durante a ofensiva alemã de 1940 e esse jovem com os sentimentos um pouco primitivas mas generosos desejava vingá-lo a mãe vivia só com
ele muito perturbada pela semi traição do pai e pela morte do filho mais velho e ele era seu único consolo esse jovem tinha naquele momento a seguinte escolha partir para inglaterra e ela estar se nas forças francesas livres ou seja a abandonar a mãe ou permanecer com a mãe e ajudá la a viver ele tinha consciência de que a mãe só vive em função dele e que o seu desaparecimento talvez a sua morte a mergulharia no desespero tinha também consciência de que no fundo cada ato que ele fazia em relação à mãe tinha uma resposta
concreta no sentido de que ele ajudava a viver enquanto cada ato que ele fizesse para partir e combater seria ambíguo poderia perder se na areia não servir para nada por exemplo partindo para a inglaterra ele poderia permanecer indefinidamente no campo espanhol ao passar pela espanha poderia chegar à inglaterra ou a argel e ser colocado num escritório preenchendo papéis encontrava-se assim perante dois tipos de ação muito diferentes uma delas concreta imediata porém dirigida a um só indivíduo a outra dirigida a um conjunto infinitamente mais vasto uma coletividade nacional mas por isso mesmo ambígua e podendo ser
interrompida a meio caminho simultaneamente ele estava entre dois tipos de moral de um lado uma moral da simpatia da devoção individual e de outro lado uma moral mais ampla mas de uma eficácia mais contestável precisava escolher uma das duas quem poderia ajudá lo a escolher a doutrina cristã não a doutrina cristã disso sede caridosos a maio próximo sacrificar vos por vosso semelhante escolher o caminho mais árduo etc etc mas qual é o caminho mais árduo quem devemos amar como irmão o combatente ou a mãe qual a utilidade maior aquela vaga de participar de um corpo
de combate ou a outra precisa de ajudar um selo específico a viver quem pode decidir a priori a ninguém nenhuma moral estabelecida tem uma resposta à moral kantiana diz-nos nunca trate os outros como um meio trate-os como um fim muito bem se eu ficar junto de minha mãe está a lei tratando a como um fim e não como um meio mas por isso mesmo estarei correndo o risco de tratar como meio aqueles que combatem a minha volta e vice versa se eu me juntar àqueles que combatem estarei tratando os como fim e pelas mesmas razões
posso estar tratando minha mãe como meio já que os valores são vagos e que eles são sempre amplos demais para o caso preciso e concreto que consideramos só nos resta confiar em nosso instinto foi o que o jovem tentou fazer e quando nos encontramos ele dizer do fundo que conta é o sentimento eu deveria escolher aquilo que verdadeiramente me impele em determinada direção se eu sentir que gosta da minha mãe o bastante para a lista que ficar todo o resto meu desejo de vingança meu desejo de ação meu desejo de aventuras fico com ela se
pelo contrário eu sentir que meu amor por minha mãe não é suficiente então eu parto mas como determinar o valor de um sentimento o que constituiu o valor do sentimento que ele tinha por sua mãe precisamente o fato de que ele permanecerá por ela posso dizer que amo tal amigo o suficiente para lhe sacrificar tal soma de dinheiro mas só poderei dizer los se eu fizer posso dizer amo minha mãe o bastante para ficar junto dela mas não posso determinar o valor dessa afeição a não ser precisamente que eu pratique um ato que a confirme
a defina ora como eu desejo que esse afeto justifique os meus atos acabou sendo arrastado num círculo vicioso por outro lado hoje disse e muito bem que um sentimento representado e um sentimento vivido são duas coisas quase indiscerníveis decidir que a minha mãe ficando junto dela ou representar uma comédia que vai levar a ficar por causa de minha mãe é mais ou menos a mesma coisa por outras palavras o sentimento constrói-se através dos atos praticados não posso portanto pedir lhe que me ligue o que significa que não posso nem procurar em mim mesmo a autenticidade
que me impele a agir nem buscar uma moral os conceitos que me autorizam a agir vocês viram pelo menos o jovem procurou o professor para pedir de concelho porém se vocês procurarem um padre por exemplo para aqueles usar concelho vocês estarão escolhendo esse padre e no fundo vocês já estavam sabendo aproximadamente o que ele lhes irá aconselhar ou seja escolher o conselheiro é ainda engajar-se a prova disso está em que se vocês forem cristãos dirão consulte um padre existem no entanto padres colaboracionistas padres oportunistas padres resistentes qual deles escolher esse jovem escolher um padre resistente
ou um padre colaboracionista já estará decidindo do tipo de conselho que irá receber assim vindo procurar me ele sabia a resposta que eu lhe daria e eu só tinha uma única resposta você é livre escolha isto é invente nenhuma moral geral poderá inclinar o caminho a seguir não existem sinais no mundo os católicos argüiram sim existem sinais admitamos que sim de qualquer modo ainda sou eu mesmo que escolha o significado que tem quando estive preso com esse homem assassinou estável que era jesuíta havia ingressado na ordem dos jesuítas da seguinte forma tinha experimentado uma série
de dolorosos fracassos ainda criança seu pai morrera deixando o pobre entrou como bolsista numa instituição religiosa onde faziam questão de lembrar ea todo instante que ele era aceito por caridade em seguida perdera diversas distinções honoríficas que tanto agradam as crianças mais tarde por volta dos 18 anos fracassou numa aventura sentimental finalmente aos 22 anos falhou em sua preparação militar fato bastante proibiu que no entanto constituiu a gota que fez transbordar o jarro esse homem podia portanto considerar que fracassaram em tudo era um sinal mais um sinal de que poderia refugiar-se na amargura ou no desespero
porém muito habilmente para si próprio considerou que seus insucessos eram um sinal de que ele não nascera para os triunfos seculares e que só os triunfos da religião da santidade da fé estavam ao seu alcance viu portanto nesse sinal vontade de deus ingressou na ordem quem poderia deixar de perceber que a decisão sobre o significado do sinal foi tomada por ele e só por ele seria possível deduzir outra coisa dessa série de insucessos por exemplo que seria melhor se ele fosse carpinteiro ou revolucionário ele carrega portanto a total responsabilidade da decifração o desamparo implica que
somos nós mesmos que escolhemos o nosso ser o desamparo e angústia caminham juntos quanto ao desespero trata se de um conceito extremamente simples ele significa que só podemos contar com o que depende da nossa vontade ou com o conjunto de probabilidades que tornam a nossa ação possível quando se quer alguma coisa há sempre elementos prováveis posso contar com a vinda de um amigo e este amigo vende trem ou de ônibus sua vinda pressupõe que o ônibus chegar à na hora marcada e que o treinão descarrilhar a permanência no reino das possibilidades porém trata se de
contar com os possíveis apenas na medida exata em que nossa ação comporta o conjunto desses possíveis a partir do momento em que as possibilidades que estou considerando não estão diretamente envolvidas m ação é preferível desinteressar me delas pois nenhum deus nenhum designo poderá adequar o mundo e seus possíveis a minha vontade do fundo quando de carta afirma é melhor vencer nos a nós mesmos do que o mundo ele queria dizer a mesma coisa agir sem esperança os marxistas com quem conversei retrucam me em sua ação que estará evidentemente limitada por sua morte você pode contar
com a ajuda dos outros isso significa contar simultaneamente com o que os outros farão alhures para ajudá-lo na china na rússia e com o que eles farão mais tarde depois de sua morte para retomar sua ação e conduzi la até sua completa realização ou seja a revolução você deve contar com isso caso contrário estará demonstrando falta de moral antes de mais nada devo dizer que contarei sempre com meus companheiros de luta na medida em que esses companheiros estão engajados comigo numa luta concreta e comum na unidade de um partido ou de um grupo que eu
posso em linhas gerais controlar ou seja ao qual eu pertenço como militante e de cujos movimentos estou ciente a cada instante nesse caso contar com a unidade com a vontade desse partido é exatamente como contar com o fato de que o ônibus chegar à na hora certa e o treinão descarregará não posso porém contar com homens que não conheço fundamentando me na bondade humana ou no interesse do homem pelo bem estar da sociedade já que o homem é livre que não existe na natureza humana na qual possa me apoiar não sei qual será o futuro
da revolução russa possa admirá la e tomar como exemplo na medida em que tenho provas hoje de que o proletariado desempenha na rússia um papel que ele não desempenha nenhuma outra nação mas não posso afirmar que tal situação irá forçosamente conduzir ao triunfo do proletariado devo ter me ao que vejo não posso ter certeza de que meus companheiros de luta retomaram o meu trabalho após minha morte para o conduzir a máxima perfeição visto que esses homens são livres e decidirão livremente amanhã sobre o que será o homem a manhã após a minha morte alguns homens
podem decidir em instaurar o fascismo e outros podem ser bastante covardes ou fracos para permitir que o façam neste momento o fascismo será a verdade humana e pior para nós na realidade as coisas serão como o homem decidir que ela seja isso significa que eu deva abandonar minha autismo de modo algum primeiro tenho que me engajar em seguida agir segundo a velha fórmula não é preciso ter esperanças para empreender isso não quer dizer que eu não deva pertencer a um partido mas que não deverei ter ilusões e que farei o melhor que puder por exemplo
se eu perguntar a mim mesmo a coletiva ação enquanto tal será o dia implantada como vou saber se apenas que farei tudo o que estiver ao meu alcance para que ela ou seja eu o farei para além disso não posso contar com mais nada o que é otimismo é a atitude daqueles que dizem os outros podem fazer o que eu não posso a doutrina que lhes estou apresentando justamente o contrário do que timo visto que ela afirma a realidade não existe a não ser na ação aliás vai mais longe ainda acrescentando o homem nada mais
é do que o seu projecto só existe na medida em que se realiza não é nada além do conjunto de seus atos nada mais que sua vida em função disso podemos entender porque nossa doutrina horroriza certo número de pessoas freqüentemente elas dispõe de um único recurso para suportar a sua miséria e ao de pensar o seguinte as circunstâncias estavam contra mim eu valia muito mais do que aquilo que fui é certo que não tive nenhum grande amor ou nenhuma grande amizade mas foi porque não encontrei um homem ou uma mulher digno de tal sentimento se
não escrevi livros muito bons foi porque não tive tempo livre o suficiente para fazê lo se não tive filhos aqui me dedicar foi porque não encontrei o homem com quem teria podido construir a minha vida permaneceram portanto em mim e não utilizadas e inteiramente viáveis uma porção de disposições de inclinações de possibilidades que me confere um valor que o simples conjunto de meus atos não permitem inferir a hora da verdade para o existencialista não existe amor senão aquele que se constrói não há possibilidade de amor se não há que se manifesta no amor não há
gênios senão aquele que se expressa em obras de arte o génio de proust a totalidade das obras brust o génio de rating e é a série de tragédias que escreveu para além disso não é nada porque atribuir a ratinha a possibilidade de escrever uma outra tragédia se justamente ele não o fez um homem compromete se com sua vida desenha seu rosto e para além desse rosto não existe nada evidentemente está o pensamento pode parecer difícil de aceitar por alguém que tenha fracassado em seus projetos de vida mas por outro lado ele leva as pessoas a
entenderem que só a realidade conta que os sonhos as esperas as esperanças só permitem que o homem se defina como sonho malogrado como esperanças abortadas como espera se inúteis ou seja que ele se define negativo e não impositivo todavia quando se diz tu nada mais é do que a tua vida isso não implica que o artista seja julgado unicamente por suas obras de arte mil outras coisas contribuem igualmente para defini-lo o que queremos dizer é que um homem nada mais é do que uma série de empreendimentos que ele é a soma a organização o conjunto
das relações que constituem esses empreendimentos nessas condições não é por nosso pessimismo que nos acusam mas no fundo pela dureza de nosso otimismo se certas pessoas nos censuraram por desenvolvermos ser expulso e llanes fracos covardes e por vezes francamente mouse em nossas obras de ficção não é unicamente porque eles são pusilânimes fracos covardes ou maus pois se fizéssemos como izola e declarássemos que lhes assim são devidos à hereditariedade por influência do meio da sociedade por um determinismo orgânico psicológico todos se tranquilizaria onde iriam aí está somos assim ninguém pode fazer nada o existencialista porém quando
descreve um covarde afirma que esse covarde é responsável por sua covardia ele não é assim por ter um coração um pulmão um cérebro kova disso ele não é assim devido a uma qualquer organização fisiológica mas é assim por que se construiu como covarde mediante seus atos não existe temperamento covarde existem temperamentos nervosos existem pessoas que têm sangue fraco como diz o povo ou temperamentos ricos mas o homem que tem sangue fraco nem por isso é um covarde pois o que cria a covardia é o ato de renunciar ou de ceder um temperamento não é um
ato e o covarde se definir pelos atos que pratica o que as pessoas obscuramente sentem e que as aterroriza é que o covarde que nós lhes apresentamos é culpado por sua covardia o que as pessoas querem é que nós somos covardes ou heróis uma das críticas mais freqüentemente feitas aos caminhos da liberdade pode ser formulada neste modo mas afinal esses seres tão fracos como poderão ser transformados em heróis da objeção é um tanto ridícula pois pressupõe que as pessoas na são heróis e no fundo é isso que todos desejam pensar se eu nasci covarde posso
viver em perfeita paz nada posso fazer é ser covarde a vida inteira o que quer que eu faça se na sua herói também viverei inteiramente tranquila serei herói durante a vida toda deverei como um herói comerei como um herói o que o existencialista afirma que covarde se faz com o verd que o herói se fazer ói existe sempre para o covarde uma possibilidade de não mais ser covarde e para o herói de deixar de o ser o que conta é o engajamento total e não é com um caso particular uma ação particular que alguém se
engaja totalmente creio que respondemos assim algumas das críticas feitas ao existencialismo vimos portanto que ele não pode ser considerado como uma filosofia do que otimismo já que define o homem pela ação nem como uma descrição pessimista do homem não existe doutrina mais otimista visto que o destino do homem está em suas próprias mãos nem como uma tentativa para desencorajar o homem de agir o existencialismo dislike a única esperança está em sua ação e que só o ato permite ao homem viver nesse plano estamos por conseguinte perante uma moral da ação e do engajamento todavia a
partir desses poucos dados acusam-nos ainda de aprisionar o homem e sua subjetividade individual também aí os interpretam muito mal nosso ponto de partida é de fato a subjetividade do indivíduo isso por razões estritamente filosóficas não porque sejamos burgueses mas porque desejamos uma doutrina baseada na verdade e não um conjunto de belas teorias cheias de esperança mas sem fundamentos reais como ponto de partida não pode existir outra verdade senão esta penso logo existo é verdade absoluta de consciência que aprendi a si mesma qualquer teoria que considera o homem fora desse momento em que ele se aprende
a si mesmo é de partida uma teoria que suprime a verdade pois fora do código cartesiano todos os objetos são apenas prováveis e uma doutrina de probabilidades que não esteja curada de uma verdade desmorona no nada para definir o provável temos de possuir o verdadeiro portanto para que haja na verdade qualquer é necessário que haja uma verdade absoluta e esta simples e fácil de entender está ao alcance de todo mundo consiste no fato de eu me aprender a mim mesmo sem intermediário em segundo lugar esta é a única teoria que atribui ao homem uma dignidade
a única que não o transforma num objecto todo o materialismo me leva a tratar todos os homens eu próprio inclusive como objetos ou seja como um conjunto de reações determinadas que nada distingue do conjunto das qualidades e dos fenômenos que constitui uma mesa uma cadeira ou uma pedra nós desejamos precisamente está conhecer o reino humano como um conjunto de valores distintos do reino material porém a subjetividade que alcançamos a título de verdade não é uma subjetividade rigorosamente individual visto que como já demonstramos no code tu eu não descubro apenas a mim mesmo mas também os
outros através do penso contrariamente à filosofia de de kart contrariamente à filosofia de kant nós nos aprendemos a nós mesmos perante o outro e outro é tão verdadeiro para nós quanto nós mesmos assim o homem que se alcança diretamente pelo código descobre também todos os outros e descobre os como sendo a própria condição de sua existência ele se dá conta de que só pode ser alguma coisa no sentido em que disse que alguém é espirituoso ou é mau ou esse momento se os outros o reconhecerem como tal para obter qualquer verdade sobre mim é necessário
que eu considero o outro o outro é indispensável a minha existência tanto quanto aliás ao conhecimento que tenho de mim mesmo nessas condições a descoberta da minha intimidade desvenda me simultaneamente a existência do outro como uma liberdade colocada na minha frente que só pensa e só quer ou a favor ou contra mim desse modo descobrimos imediatamente um mundo aqui chamaremos de intersubjetividade e é nesse mundo que o homem decide o que ele é eo que são os outros além disso se bem que seja impossível encontrar em cada homem uma essência universal que seria natureza humana
consideramos que exista uma universalidade humana de condição não é por acaso que os pensadores contemporâneos falam mais freqüentemente na condição do homem do que de sua natureza por condição eles entendem mais ou menos claramente o conjunto dos limites à priori que esboçam a sua situação fundamental no universo as situações históricas variam o homem pode nascer escravo numa sociedade pagã o senhor feudal ou proletário o que não muda é o fato de que para ele é sempre necessário estar no mundo trabalhar conviver com os outros e ser mortal tais limites não são nem subjetivos nem objetivos
ou mais exatamente em uma fase objetiva e uma face e subjetiva são objetivos na medida em que podem ser encontrados em qualquer lugar e são sempre reconhecíveis são os objetivos porque são vividos e natação se o homem os não viver ou seja se o homem não se determinar livremente na sua existência em relação a eles embora os projetos humanos possam ser diferentes pelo menos nenhum deles permanece inteiramente obscuro para mim pois todos eles não passam de tentativas para transpor esses limites ou para afastá los ou para ligá los ou para se adaptar a eles conseqüentemente
qualquer projeto por mais individual que seja tem um valor universal todo o projeto mesmo do chinês do indiano ou do negro pode ser entendido por um europeu poder ser compreendido significa que o europeu de 1945 a partir de uma situação que ele consegue pode projetar se para os seus limites da mesma maneira e pode reconstituir em si mesmo o projeto do chinês do indiano ou do africano existe uma universalidade em todo o projecto no sentido em que qualquer projeto é inteligível para qualquer homem isso não significa de modo algum que esse projeto define o homem
para sempre mas que ele pode ser re encontrado temos sempre a possibilidade de entender o idiota a criança o primitivo ou estrangeiro desde que tenhamos informações suficientes nesse sentido podemos dizer que há uma universalidade do homem porém ela não é dada ela é permanentemente construída construo universal escolhendo me construa entendendo o projeto de qualquer homem de qualquer época esse absoluto da escolha não elimina a relatividade de cada época o que o existencialismo faz questão de mostrar é a ligação existente entre o caráter absoluto do engajamento livre pelo qual cada homem se realiza realizando um tipo
de humanidade engajamento sempre compreensível qualquer época e por qualquer pessoa ea relatividade do conjunto cultural que pode resultar dessa escolha é preciso sublinhar simultaneamente a relatividade do cartesianismo e o caráter absoluto do engajamento cartesiano é nesse sentido que podemos dizer que cada um de nós é absoluto respirando comendo dormindo ou agindo de um modo qualquer não existe diferença alguma entre ser livremente ser como projeto como existência que escolhe a sua essência e será absoluto não existe nenhuma diferença entre ser um absoluto temporariamente situado ou seja que se localizou na história e ser universalmente compreensível tudo
isso não resolve inteiramente à objeção de subjetivismo de fato da objeção assume ainda várias outras formas a primeira é a seguinte a quem nos diga que se assim é então cada um de nós pode fazer o que bem entender a acusação que se expressa de vários modos em primeira instância acusa luz de anarquia e em seguida declarou vocês não podem julgar os outros pois não há razão alguma para preferir tal projeto natal outro finalmente há quem diga tudo o que vocês escolhem é gratuito vocês dão com uma mão o que finge receber com a outra
essas três objeções não parecem ter sido formuladas com muita seriedade comecemos pela primeira vez podem escolher o que bem entenderem tal afirmação não é verdadeira a escolha possível em certo sentido porém o que não é possível é não escolher eu posso sempre escolher mas devo estar ciente de que se não escolher assim mesmo estará escolhendo isso se bem que parece estritamente formal tem suma importância pois limita a fantasia eo k o trecho se de fato perante determinada situação como por exemplo a situação que me define como ser sexuado podendo ter relações com um ser de
outro sexo podendo ter filhos sou obrigado a escolher uma atitude de qualquer modo sou responsável por uma escolha que engajam a mim mesmo em gaza também toda a humanidade mesmo se nenhum valor à priori de terminar a minha escolha esta nada ter a ver com o capricho e quem pensar está encontrando aqui a teoria gianna do ato gratuito não estará compreendendo a enorme diferença entre a nossa doutrina e ádige ginou sabe o que é uma situação ele age por simples capricho para nós ao contrário o homem encontra-se numa situação organizada com a qual está engajado
pela sua escolha ele em gaza toda a humanidade e não pode evitar essa escolha ou permanece castro ou se casa e não tem filhos ou se casam e têm filhos de qualquer modo seja o que for que ele faça é impossível que ele não tem uma total responsabilidade em relação a esse problema efetivamente ele escolhe sem se referir a valores pré-estabelecidos mas é injusto acusá-lo de capricho digamos antes que devemos comparar a escolha moral a construção de uma obra de arte e aqui precisamos fazer uma pausa para esclarecer que não se trata de uma moral
estética pois a má fé de nossos adversários é tanta que até disso nos acusam o exemplo que escolhi não passa de uma comparação esclarecido esse ponto perguntamos alguma vez se acusou um artista que faz um quadro de ele não se inspirar em regras estabelecidas a priori alguém alguma vez lhe indicou que quadro deveria fazer é evidente que não existe nenhum quadro definido que deva ser feito o artista engajar se na construção do seu quadro e o quadro que deve ser feito é precisamente o quadro que ele tiver feito sabemos que não existem valores estéticos a
priori contudo existem valores que se tornam visíveis posteriormente na própria coerência do quadro nas relações que existem entre a vontade de criação e o resultado ninguém pode prever como será a pintura de amanhã não se pode julgar a pintura a não ser que esteja feita qual a relação de tudo isso com a moral trata se da mesma situação criadora nunca falamos na gratuidade de uma obra de arte quando nos referimos a uma tela de picasso nunca dizemos que ela é gratuita compreendemos perfeitamente que ele se construiu a si mesmo tal qual é ao mesmo tempo
que pintava que o conjunto de sua obra se incorpora à sua vida o mesmo acontece no plano moral o que há em comum entre a arte a moral é que nos dois casos existe criação e invenção não podemos decidir a priori o que devemos fazer penso ter deixado esse ponto suficientemente claro ao contar a história do aluno que me procurou e que poderia ter recorrido a qualquer moral kantiana ou qualquer outra que não encontraria nenhum tipo de orientação foi obrigado a inventar sozinho a sua lei e quer ele tenha escolhido ficar com a mãe fundamentando
sua moral nos sentimentos na ação individual e na caridade concreta quer tem escolhido partir para inglaterra preferido o sacrifício não poderíamos jamais dizer que esse homem fez uma escolha gratuita o homem face ele não está pronto logo de início eles se constrói escolhendo a sua moral ea pressão das circunstâncias é tal que ele não pode deixar de escolher uma moral só definimos o homem em relação a um engajamento parece-nos portanto absurdo que nos objetos em a gratuidade da escolha em segundo lugar há quem afirme o seguinte vocês não podem julgar os outros sob certo ponto
de vista é verdade sobre outro é falso é verdade no sentido em que cada vez que o homem escolhe o seu engajamento e o seu projeto com toda a sinceridade e toda lucidez qualquer que seja ele esse projeto não é possível preferir ler um outro ainda é verdade na medida em que nós não acreditamos no progresso é o progresso é uma melhoria o homem permanece o mesmo perante situações diversas e a escolha é sempre uma escolha numa situação determinada o problema moral não mudou desde a época em que era possível escolher entre os escravagistas e
os não escravagistas na altura da guerra de secessão por exemplo até o momento presente em que podemos optar pelo mrpp ou pelos comunistas todavia podemos julgar pois como já disse cada um escolhe perante os outros e se escolhe perante os outros para começar podemos considerar isso talvez não seja o juízo de valor mas é um juízo lógico que algumas escolhas estão fundamentadas no erro e outras na verdade podemos julgar um homem dizendo que ele tem má fé tendo definido a situação do homem como uma escolha livre sem desculpas e sem auxílio consideramos que todo homem
que se refugia por trás da desculpa de suas paixões todo homem que inventa um determinismo é um homem de uma fé é possível objetar o seguinte por que razão ele não poderia escolher se como um homem de uma fé e eu respondo que não tenho que jogar normalmente mas definiu a sua má fé como um erro não podemos escapar aqui ao juízo de verdade a má fé é evidentemente uma mentira pois dissimular total liberdade do engajamento no mesmo plano direi que têm uma fé igualmente aquele que declara que certos valores pré existentes a si próprios
estar em contradição comigo mesmo se concomitantemente quiser esses valores e afirmar que eles me são impostos alguém pode perguntar me se eu disser ser um homem de uma fé eu responderei não há motivo algum para que você não possa ser lo mas declarou que você tem uma fé e que a atitude de estrita coerência é a atitude de boa fé além disso posso fazer o juiz moral quando declarou que a liberdade através de cada circunstância concreta não pode ter outro objetivo senão de querer se a si própria quero dizer que se alguma vez o homem
reconhecer que está estabelecendo valores em seu desamparo ele não poderá mais desejar outra coisa a não ser a liberdade como fundamento de todos os valores isso não significa que ele a deseje abstratamente mas simplesmente que os atos dos homens de boa fé possui como derradeiro significado à procura da liberdade enquanto tal um homem que adere ao sindicato comunista ou revolucionário quero alcançar objetivos concretos tais objetivos implica uma vontade abstrata de liberdade porém essa liberdade é desejado em função de uma situação concreta queremos a liberdade através de cada circunstância particular e querendo a liberdade descobrimos que
ela depende integralmente da liberdade dos outros e que a liberdade dos outros depende da nossa sem dúvida a liberdade enquanto definição do homem não depende de outrem mas logo que existe um engajamento sou forçado a querer simultaneamente a minha liberdade ea dos outros não posso ter como objetivo a minha liberdade a não ser que meu objetivo seja também a liberdade dos outros de tal modo que quando ao nível de uma total autenticidade reconheço que o homem é um ser em que a essência é precedida pela existência que ele é um ser livre que só pode
querer a sua liberdade quaisquer que sejam as circunstâncias estou concomitantemente admitido que só posso querer a liberdade dos outros posso portanto formar juízos sobre aqueles que pretendem ocultar a si mesmos a total gratuidade de sua existência e sua total liberdade em nome dessa vontade de liberdade aplicada pela própria liberdade àqueles que dissimularem perante si mesmos a sua total liberdade com exigências da seriedade ou como desculpas deterministas eu chamarei de covardes os outros que tentarem demonstrar que sua existência é necessária quando ela é a própria contingência do aparecimento do homem sobre a terra eu chamarei de
canalhas porém covardes ou canalhas só podem ser julgados ao nível de uma rigorosa autenticidade assim embora o conteúdo da moral seja variável certa forma dessa moral é universal kant afirma que a liberdade quer a si mesma ea liberdade dos outros certos mas ele considera que o formal e o universal bastam para constituir uma moral nós pensamos pelo contrário que princípios abstratos demais não conseguem definir a ação tomemos mais uma vez o caso do aluno em nome de quê grande máxima moral teria lhe pedido decidir com toda a tranquilidade de espírito abandonar sua mãe ou permanecer
junto dela não existem meios para julgar o conteúdo é sempre concreto e por conseguinte imprevisível há sempre invenção a única coisa que importa é saber se a invenção que se faz é feito em nome da liberdade examinemos por exemplo os dois casos seguintes vocês poderão constatar em que medida se assemelham e ao mesmo tempo diferem consideremos o moinho à beira do rio nele encontramos certa mocinha mec twitter que encarna o valor da paixão e está consciente disso ela está apaixonada por um jovem rapaz esse vem noivo de uma garota insignificante essa média o livro em
vez de preferir levianamente a sua própria felicidade escolhe sacrificar se renunciar é o homem que ama em nome da solidariedade humana na cartuxa de parma a sanseverino e exemplifica o caso oposto considerando que a paixão constitui verdadeiro valor do homem ela teria declarado que um grande amor merece sacrifícios que é preciso preferir o amor paz chão a banalidade do amor conjugal que reuniria steven ea jovem boba com quem deveria casar se ela escolheria a sacrificar esta última e realizar a sua felicidade e como nos mostra estendam ela se sacrificaria si mesma por paixão se a
vida assim o exigisse estamos aqui diante de duas morais rigorosamente opostas eu considero que elas são equivalentes nos dois casos a meta proposta foi a liberdade e vocês podem imaginar duas atitudes estritamente semelhantes quanto aos efeitos uma jovem por resignação prefere renunciar ao seu amor outra por apetite sexual prefere desconhecer a ligação anterior do homem que ama essas duas ações se assemelham exteriormente aquelas que acabamos de descrever contudo são inteiramente diferentes a atitude da sanseverino está muito mais próxima da de mérito livre do que de uma voracidade e inconseqüente vocês podem portanto constatar que essa
segunda acusação que nos fazem é simultaneamente verdadeira e falsa podemos escolher qualquer coisa se nos colocarmos ao nível de um engajamento livre a terceira objeção é a seguinte vocês recebem com uma mão o que dão a outra isso significa que no fundo os valores não tem seriedade já que vocês nos escolhe argumentarei dizendo que lamento muito que assim seja mas já que eliminamos deus nosso senhor alguém terá de inventar os valores temos que encarar as coisas como elas são e aliás dizer que nós inventamos os valores não significa outra coisa senão que a vida não
tem sentido a priori antes de alguém viver a vida em si mesma não é nada é quem a vive que deve dar lhe um sentido eo valor nada mais é do que esse sentido escolhido pode constatar se assim que é possível criar uma comunidade humana criticaram-me por perguntar se o existência mesmo é um humanismo responderam-me afinal você escreveu na náusea que os humanistas estavam errados você traçou de um certo tipo de humanismo por que razão voltar atrás agora na realidade a palavra humanismo tem dois significados muito diferentes podemos considerar como humanismo uma teoria que tomou
o homem como meta e como o valor superior a humanismo nesse sentido em que optou por exemplo quando em sua narrativa a volta ao mundo em 80 horas o personagem declara ao sobrevoar as montanhas de avião o homem é admirável isso significa que eu pessoalmente que não construir aviões irei beneficiar me dessas invenções particulares e poderei pessoalmente enquanto homem considerar-me como responsável e um rádio pelos atos particulares de alguns homens o que supõe que podemos atribuir um valor ao homem e função dos atos mais elevados de certos homens tal humanismo é absurdo pois só o
cachorro ou o cavalo poderiam emitir um juízo de conjunto sobre o homem e declarar que o homem é admirável o que eles não têm a mínima intenção de fazer que eu saiba pelo menos mas não podemos admitir que o homem possa julgar o homem o existencialismo dispensa o de todo e qualquer juízo desse tipo o existencialismo não colocará nunca o homem como meta pois ele está sempre por fazer e não devemos acreditar que existe uma humanidade a qual possamos nos derrotar tal como fez auguste comte o culto da humanidade conduz a um humanismo fechados sobre
si mesmo como de conta e temos de admiti lo ao fascismo este é um humanismo que recusamos existe porém um outro sentido para o humanismo que é no fundo o seguinte o homem está constantemente fora de si mesmo é projetando-se perdendo-se fora de si que ele faz com que o homem vista por outro lado é perseguido objetivos transcendentes que ele pode existir sendo o homem essa superação e não se apoderando dos objetos senão e relação a ela ele citou no âmago do centro dessa superação não existe outro universo além do universo humano o universo da
subjetividade humana é a esse vínculo entre a transcendência como elemento constitutivo do homem e não no sentido em que deus é transcendente mas no sentido de superação ea subjetividade na medida em que o homem não está fechado em si mesmo mas sempre presente num universo humano é nesse sentido que chamamos urbanismo existencialista humanismo porque recordamos ao homem que não existe outro legislador a não ser ele próprio e que é no desamparo que ele decidirá sobre si mesmo e porque mostramos que não é voltando se para si mesmo mas procurando sempre uma meta fora de si
determinada a libertação determinada a realização particular que o homem se realizará precisamente como ser humano após essas reflexões vemos que nada é mais injusto do que as acusações de que fomos alvo o existencialismo nada mais é do que um esforço para tirar todas as consequências de uma postura até a coerente esta não pretende de modo algum mergulhar o homem no desespero mas se tal como fazem os cristãos se decide chamar desespero a qualquer atitude de descrença nossa postura parte do desespero original o existencialismo não é tanto um ateísmo no sentido em que se esforçaria por
demonstrar que deus não existe ele declara mais exatamente o mesmo que deus existisse nada mudaria ex nosso ponto de vista não que acreditemos que deus exista mas pensamos que o problema não é o de sua existência é preciso que o homem se reencontre e se convença de que nada pode salvá-lo dele próprio nem mesmo uma prova válida da existência de deus nesse sentido o existencialismo é um otimismo uma doutrina de ação e só por má fé é que os cristãos confundindo o seu próprio desespero com o nosso podem chamar nos de desesperados e aí pessoal
ali só falando então gostaram do texto de hoje vocês concordam com a filosofia existencialista de vertente atéia e as suas implicações eu particularmente release texto depois de anos nem lembro quantos anos mas a impressão que eu tive na primeira vez que eu li foi que o sartre estava propondo algo realmente difícil de refutar e que de certa forma sua visão sobre a liberdade humana remete à idéia de liberdade enquanto uma espécie de desimpedimento absoluto algo que aliás permitiu certas críticas a ele só que agora com essa leitura eu vejo as coisas de um modo um
pouco diferente por exemplo quando o sartre fala sobre a moralidade não se sabe é que eu estudo especificamente ética filosofia moral então quando sabe falar sobre moralidade sobre a idéia de que nós escolhemos os nossos valores e portanto eles não são impostos a nós mas são criados e mantidos por nós bem ao meu ver isso não é tão óbvio assim como ele coloca e eu não posso exigir que os atores saiba todos os meandros desse debate já que enquanto um existencialista aqui do século 20 né meta ética talvez sequer fosse algo pensado como disciplina na
sua época e outra coisa que hoje eu percebo é que o site talvez nunca tenha falado de uma liberdade de ação no sentido pragmático da coisa para o uso do termo liberdade de ação está falando de atitudes na disposições atitudinais enfim mas a não no sentido pragmático e deixa eu explicar aqui isso porque ele fala liberdade metafísica é uma liberdade no sentido de não haver uma relação de causalidade entre o que somos é o que a gente é de fato e o que foi feito de nós de modo que somos feitos a todos momento estamos
nos construído a eles construído nem a cada instante e portanto a gente é qualquer coisa que viemos a fazer seu show fez a eu vou estudar agora eu sou um estudante se eu for sei lá dá uma aula o professor neto talvez tenha um pouco de aristóteles aí aquela frase famosa dele de que nós somos aquilo que fazemos repetidas vezes e afirmar isso nessa concepção de uma liberdade a metafísica nem não exatamente uma liberdade pragmática né a afirmar que nós somos meta fisicamente livres é diferente de afirmar que a gente pode fazer qualquer coisa o
que seria até absurdo pelos mais variados motivos enfim vocês ouviram a pouco a nossa última conferência histórica talvez a obra mais popular the search e que instiga muita reflexão que gera bastante polêmica para alguns embora pareça tratar de obviedades para outros e se de alguma forma leitura deste texto este gol a reflexão e melhorar um pouquinho teu dia que tal me ajudar financiando a produção de áudio books audiotexto de filosofia pessoal é bem simples basta acessar a área só augusto ponto com.br e descobrir como me ajudar nessa empreitada é sério é um trabalho difícil mas
eu acredito que vale a pena e vai valer muito muito mais a pena mesmo se vocês puderem me ajudar a me ajudar a financiar esta empreitada com 125 reais já tá de grande tamanho tá bom enfim eu vou ficando por aqui ea gente se vê no próximo episódio aquilo narração filosófica o seu podcast de áudio livros e áudio textos de filosofia então um forte abraço
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