e você viu que o programa já começou aqui cheio de informação cheio de conteúdo de Jamila vai ficar com a gente até o fim é claro que a gente quer incluir você aqui na nossa discussão a gente perguntou então para os nossos seguidores lá no Instagram se eles sabem o que é apropriação cultural vamos ver o resultado na tela olha lá sessenta por cento disse que tá disseram que estão por dentro ali do conceito e quarenta por cento ainda tem dúvidas alegam não saber o que é apropriação cultural então a gente falou tá bom vocês
não sabem Então o que vocês gostariam de saber sobre a apropriação cultural vamos ver algumas dúvidas que surgiram E aí a gente vai colocando aqui as perguntas para Jamila e também para todo mundo aqui na bancada para gente justamente entre a discussão Porque como de amla Gabi canal disseram muito bem elas são muito maior Débora não entendo quais prejuízos estamos causando as pessoas negras se um branco usar tranças o prejuízo de direto nenhum a questão toda é você não saber a origem da que o dá onde é que eu veio por exemplo eu tenho na
minha casa arco flecha de do do Povo incluindo a arte indígena tenho do Povo Guarani na Argentina mas eu comprei a peça da mão dessas pessoas que me explicaram o que era então se você for a minha casa e falando que que essa peça vou saber te explicar pode saber se o contar a história como ela foi feita e muita do problema das pessoas é eu quero usar porque eu quero usar Mas eu não quero entender da onde isso vem e também não quero me preocupar com a realidade que esses porque Esses povos ainda enfrentam
na nossa sociedade a mesma coisa com o canal garín das pessoas brancas no candomblé Nunca nem mais pessoas não foram proibidas estar no canal a questão é que a pessoa muitas vezes ela quer estar uma religião de matriz africana mas ela não quer se interessar pelo debate anti-racista Esse é um grande problema Oi Kel estar lá e você não se preocupa nem um pouco com o que acontece com essa população você quer estar lá mas você quer apoiar políticas e são é políticas que vão prejudicar ainda mais a vida dessas pessoas então prejudicar nesse sensível
porque não é só uma questão de querer usar e às vezes as pessoas falam Ah mas vocês nem eles também usam cabelo loiro né A falsa simetria a gente fala bom mas a estética loira não é uma estética discriminada as pessoas brancas no Brasil são as pessoas que estão nos espaços de poder essas pessoas nunca foram sobretudo falando do grupo racial branco do Poder nunca foram discriminadas por isso então eu usava o cabelo loiro também não é nem um sentido de apropriação mas de imposição porque Qual é a estética que é imposta como a estética
da Bela e o racismo tem um papel preponderante na construção do delo Eu que vim da geração Xuxa e para criança meninas bonitas Então meninas loiras nos olhos azuis né então toda mulher da minha geração passou por esse processo de alisar o cabelo de torto rituais de tortura tapete quente queimava o couro cabeludo químicas que fazem o ferida Mas você sozinho isso porque vocês queriam não queria te ligava a TV a gente comprava uma revista O que diziam para a gente que era belo era essa estética então não tem como comparar nosso caso é muito
mais um lugar da imposição do que do que se coloca do que é belo do que a procuração a procuração nenhuma nesse sentido agora respondendo de novo a Débora é isso se interessa por essa cultura e Trança tem um significado não é para mim não é só estética os a trança tem um componente político né de você saber a origem cada transa para cada ocasião eu uso vários tipos tem hora que o sol tem meu cabelo mas hoje eu faço isso com muita tranquilidade mas eu venho de uma geração que foi ensinada odiar o seu
cabelo então também é isso com orgulho é uma afirmação política também agora a gente vê o resultado da enquete né deixou até retornar aqui para lembrar o resultado quarenta por cento das pessoas disseram que ainda tem dúvidas alegam não saber o que é apropriação cultural sessenta por cento disseram que sabem qual é o poder da pessoa sumir não eu não sei no mundo que exige que as pessoas saibam tudo o tempo inteiro né Eu acho que eu te dava então eu sempre falo que a dúvida é Nossa chance de aprender eu e eu tenho eu
ainda penso se nessas sessenta por cento não estão também pessoas e não tem problema nenhum que estão na superfície da no coração cultural Como ela foi difundida dentro desse debate de internet eu já queria jogar para Diane lá falando um pouco sobre a minha compreensão da sua fala mas a gente precisa ter consciência da violência que permeia essas relações né então se a gente está falando de cultura e eu acho que Claro na história o canal Pode até dizer na história a gente tem tem as culturas e os povos se apropriam das culturas nos outros
o canal falou agora de Roma e dos símbolos egípcios Então tudo bem discussão antiga mas principalmente quando a gente fala de populações minorizados que eu não posso nem chamar de minoritários que sofrem violência e muitas vezes violência associadas a esses símbolos eu penso que este o nosso Cuidado se tem violência nessa equação a gente pode só tomar um pouco vai ficar um pouco mais atento E aí é de Jamily atrás uma coisa interessante que é não focar na Perspectiva individual porque eu acho que as redes elas reforçam muito essa facilidade que aponta o dedo jogar
o outro então não necessariamente a Débora que perguntou por quê perguntou e se algum dia já usou uma trança é de Janeiro me corrija se eu tiver errada mas ela de forma deliberada e consciente tá pensando voo causar mal quero ser insensível não é uma estrutura maior a luz atravessa a todos e por isso que é tão importante a gente ouvia de amla com ouvidos de escutar mesmo para entender como a gente lida com isso e pensar mais sobre as questões mesmo se a gente tiver no sessenta por cento que acham que dançando mini acho
que essa questão principalmente para mim eu não vou na página de ninguém se a pessoa tiver lá usando trança e mandarem a foto eu falar gente eu prefiro discute a apropriação cultural por outra perspectiva essa pessoa perguntar para mim eu vou falar olha na verdade tem todas as armas a pessoa tá lhe usando o trânsito você vai não vai falar nada eu acho a gente tem problemas maiores eu acho que é importante as pessoas se conscientizarem buscarem conhecimento sobre isso mas eu acho que é muito mais importante a gente discutir é quanto que esse sistema
ele continua contra as pessoas continuam sendo apropriadas o quanto que as grandes empresas vão lá e fazem lá pode meu ele é quando a gente vai colocar também digital e e não devolve nada para aquelas comunidades e do que individualizar questão e no terreiro consequência eu tentei longe Santos brancos e eles vão usar turbante dentro daquele espaço Sagrado é porque eles estão ali como tua uma religião de origem Negra entendem o significado daqueles símbolos estão usando as Suas contas estão seus turbantes ninguém vai ficar lá e você não ele tá ele faz parte daquela comunidade
entendi o que significa aquela comunidade Então nem a Débora o que eu te explicar para Débora é no sentido geral da questão agora essa perda de energia Eu acho de foco não é o pulando isso eu acho que é muito é tirado o palco principal eu queria Camila lembrar o seguinte a minha avó alemã usava trans porque a região da cola veio era muito frequente qual seria a diferença minha voz Jamais foi tratada a questão estética do cabelo dela Como uma questão política e ela nunca ouviria cabelo ruim pelo contrário pelo contrário A grande questão
é assim o que que é black Face quando ao Johnson fez o primeiro filme falado e era um cantor e pintou o rosto de negro por quê Porque a base da música Não só no Brasil nos Estados Unidos era da cultura Negra eu quero essa música eu quero sua maneira de pensar criativo eu quero Cartola mas para vender tem que ser um branco eu quero Elvis Presley Mas ele tem que dançar Como um negro e ter voz de negro então ele vai vender como um homem de olho azul mas ele precisa ter tudo isso é
parte da proteção contra o com as pessoas me perguntam em outro Campo que eu trabalho porque que não tem um dia de um homem às vezes um dia do homem existe um dia do homem as você queira em novembro existe mas quando você estiver andando na rua policial limpar o senhor é um homem branco hétero externa presa vou lhe revistar porque eu senti que o senhor é hétero e branco é quando isso acontecer nós teremos um dia do orgulho Branco um dia do orgulho hétero enquanto a se for a contrária nós temos que ter um
dia internacional da mulher um dia da consciência negra um dia do orgulho LGBT etc ou seja é essa questão não é a trança Como diz a Jamila a trança é secundária é como você se comporta estética e do ponto de vista no mercado e da dignidade das pessoas