Fala aí Juventude tudo certinho só naquela costumeira tranquilidade pessoal seguinte você já sabe que esse aqui é um vídeo de análise a respeito do livro Água Funda da nossa genial e grandiosa autora rut Guimarães autora aí então do modernismo brasileiro tá Só que essa aqui pessoal é a parte dois então beleza você já sabe já tem uma parte um eu vou partir do pressuposto de que você já assistiu a parte um senão você vai pegar o bonde andando e vai perder um monte de informações se não assistiu a parte um ainda volta lá porque aqui
eu só vou então dar sequência Direto e Reto belezinha bom pessoal então depois de toda aquela treta na fazenda Olhos d'Água né aquela treta familiar mas que envolveu também não familiares como o Inácio bugri por exemplo o Joaquim Dias que também não era familiar era um empregado ali mas deu toda aquela treta e tal fato é que a Maria Carolina Maria Carolina agora tá sozinha solitária ali n e precisando também de um Capataz né porque o seu havia ido embora por conta da treta meu vários capatazes vão lá passam pela fazenda um fica um pouquinho
não dá certo outro faz ali a entrevista não passa nem na entrevista com a Maria Carolina até que depois de muitas tentativas aparece ali um alemão né muito rígido muito bruto muito austero e ele consegue se firmar ele ganha a confiança da Maria Carolina Então ela contrata esse alemão como o novo Capataz da Fazenda Olhos d'Água e aqui pessoal meio que do nada o narrador apresenta para nós na verdade lembra que ele apresenta pro moço pro interlocutor né por consequência nós é que ficamos sabendo dessa contação de causo aí né ele apresenta um um outro
lugar e um outro personagem ele fala que ali na nas redondezas da Fazenda Olhos d'Água tinha uma outra Fazenda chamada Fazenda Limoeiro tá e o filho do dono né era um menino meio problema e tal eu sei que o dono da Fazenda Limoeiro tretou com o próprio filho e expulsou o moleque da Fazenda Falou mano aqui não dá expulsou esse moleque de casa tá e ali ele passa a vagar né ele ele né anda por ali anda por aqui até que esse moço vai parar onde na fazenda Olhos d'Água aí a aqui a gente fica
sabendo que assim a Maria Carolina tinha ali por volta dos seus 30 anos enquanto que o filho do dono da Fazenda Limoeiro tinha lá os seus 20 20 e pouquinhos né Então tinha uma uma certa diferença de idade ali entre os dois o carinha era mais novo mais jovem tá E era um carinha assim bonitão de boa lábia estiloso e tal aquele cara que quando chega ele para tudo para o trânsito e tal e é claro que quando quando ele aparece lá na Fazenda Limoeiro assim a Maria Carolina que tava sozinha na vida ela se
empolga Olha o rapaz e pensa Hum que moço interessante parece ser muito trabalhador esse moço ó meu Deus né então ela se empola com o jovem ali que acabou de chegar e aí pessoal ela quer ter o moço ali né da Fazenda Limoeiro Né o filho do dono da Limoeiro ele quer ter o menino por perto mas como é que ele o que que ela vai fazer ela precisa pelo menos de uma desculpa porque porque senão o povo podia falar olha como o povo fala demais né E aí ela pensa no seguinte ela chega lá
no Capataz novo o alemão que tava fazendo um ótimo trabalho ele não agradava muito os funcionários né porque ele era muito bravo tá então os funcionários de fato não curtiam muito o o cara né o tal do Alemão mas ele fazia um bom trabalho para a Maria Carolina ela como chefe gostava do trabalho dele como patroa né E mesmo assim ela pensa não não não tá bom o trabalho do cara ela sabia que tava mas ela precisava de uma desculpa ela chega nele e fala então cara ó o seguinte seu trabalho tá legal mas n
eu precisava de uma outra coisa aí acho que não é esse o momento então eu vou pedir para você sair eu tô te demitindo peço mil desculpas e ela chega Inclusive a falar para ele o seguinte ó se o senhor quiser eu inclusive escrevo uma carta de recomendação e distribuo em todas as fazendas falando muito bem do Senhor tá E aí o que que ela faz quando ela demite O Alemão é claro que ela contata contrata o jovem n o filho da do dono da Limoeiro ela contrata o moço dos seus 20 e Poucos Anos
como o novo Capataz tinha experiência não mas não importa né tá aquele esquema vocês já entenderam e aqui pessoal nesse momento nesse contexto aqui da narrativa tem dois detalhes de escrita muito interessantes e que acabam reforçando a inventividade né a o caráter criativo por parte da autora especificamente do ponto de vista linguístico O primeiro é que quando assim a Maria Carolina vai demitir o alemão o alemão responde inclusive ele responde dizendo que compreende que entende tá tudo certo ele vai tocar o caminho dele então ele mostra que assim ele era um cara extremamente profissional né
profissional tá só que quando ele vai responder a gente tem ali eh uma escrita que simula a fala de um estrangeiro tentando falar português então ele responde algo como eu entender senhora Maria Carolina eu entender perfeitamente releva aí a minha tentativa de imitar um estrangeiro falando português mas enfim você tem essa essa simulação essa emulação Então dessa tentativa por meio da escrita esse esse trecho É bem interessante tá e a gente também tem uma um um outro trecho que pessoal aqui a gente tem de tudo a gente tem ao mesmo tempo essa essa criatividade linguística
e a gente também tem um um uma característica aqui de um forte regionalismo do ponto de vista das crenças populares né Por dá uma olhada nesse trechinho olha o que o narrador fala pra gente a respeito da chegada do moço do Limoeiro lê comigo um vento assim como um uivo de alma penada Z e dava aquelas guascas no canavial lept Porteira batia sem ninguém Pôr a mão ai Pan bom pessoal aí você deve ter percebido né Essa inventividade na escrita nesse caso especificamente por meio do uso da onomatopeia né Essa figura de linguagem que traz
pra escrita elementos que são no nosso cotidiano meramente sonoros ní a gente tem a tradução disso né na na escrita por meio da escrita Então você já tem esses elementos linguísticos bem interessantes e ao mesmo tempo você tem a cois da da da crença né da crendice Popular tá de que a chegada do moço do Limoeiro coincidiu com esse esse uivo esse vento que parecia uma alma penada é como se o narrador tivesse dizendo ali né pro interlocutor dele pro moço que meu parecia que algo estranho tava chegando ó esse negócio não não me cheira
bem Tá esquisito isso aí ó ó tem tem tem cheiro estranho no ar e é cheiro de alma penada bom pessoal e aqui você já imaginou né assim a Maria Carol acaba se casando com o filho do dono da Fazenda Limoeiro tá o rapaz lá bonitão tá o que demonstra mais um traço de extrema hipocrisia por parte dela porque pera aí ela não queria que a gertrud dinhas né namorasse o filho de um Capataz e agora ela acabou se casando com o próprio Capataz tá ah não mas ele era filho do dono da fazenda não
não nessa realidade agora dentro da Fazenda Olhos d'Água ele era o Tais e ela se casou com ele ou seja bem hipócrita essa Maria Carolina aí aí o povo faz várias fofocas né primeiro começou a falar da diferença de idade nossa que escândalo a diferença de idade entre os dois e começa a rolar o boato também de que assim a Maria Carolina tá querendo se livrar de tudo tá querendo vender a fazenda e cair no mundo né já que ela tá sozinha arrumou o marido agora né ela quer cair no mundo quer embora né E
aí a galera ali né dos arredores da Fazenda Olhos d'Água fica pensando Meu Deus será que é isso mesmo que é isso mesmo enfim o povo tá falando nesse ponto pessoal tem um personagem chamado Miro que é um outro irmão da Maria Carolina que Alerta a Sinhá né a Maria Carolina a respeito desse casamento fala ó você tem posse esse cara não tem você não devia casar esse cara pode roubar tudo que você tem se eu fosse você não me casaria Mas é claro que ela não dá ouvidos e lembra lá né extremamente soberba arrogante
e tudo mais e ela não quer nem saber meu ignora os conselhos do irmão e ela tá decidida me ela vai casar mesmo na verdade ela já casou e um forte abraço e aqui pessoal é bem bonita essa parte o narrador encerra esse capítulo com um pensamento Popular uma né uma sabedoria Popular que remete diretamente ao título do livro O Narrador né Depois de todos esses acontecimentos ele comenta o seguinte com o tal do moço a gente passa nessa vida como Canoa em Água Funda passa a água bolha um pouco e depois não fica mais
nada ou seja né ele quer dizer que nós somos minúsculos em relação à Vida é em outras palavras nós né quando passamos pela vida até causamos algum movimento mínimo mas depois a gente passa e meu o universo simplesmente volta ao normal não somos nada diante da imensidão do universo da imensidão que é a vida E aí pessoal o narrador conta que assim a Maria Carolina de fato foi embora ela foi embora aí sim para Minas Gerais beleza desapareceu e Teoricamente nunca mais voltou ali pra região da Fazenda Olhos d'Água mais pra frente eu explico esse
Teoricamente Mas para todos os efeitos ela caiu do mundo aí o narrador volta pro tempo presente e começa a falar a respeito dessa companhia né da maneira como a companhia agora gerencia né A Fazenda Olhos d'Água e os arredores aí ele fala que no tempo presente ali na fazenda Olhos d'Água agora né Por parte da companhia tem um novo Chefão ali que é muito bravo muito exigente mas que trata os funcionários da Fazenda ali como gente trata com respeito trata como pessoas e nío ele acaba ganhando a confiança da galera com um discurso lá sobre
cooperação né e ele diz né que aqui nós somos uma família e olha o que o narrador fala essa frase também é bem interessante faço questão de ler com vocês por guarde isso porque o homem por mais ignorante que seja por mais cego por mais bruto gosta de ser tratado como gente e aqui pessoal mais uma vez a gente tem a inserção de um pensamento uma reflexão social mesmo nesse caso especificamente associada a essa relação eh que ou às relações que se dão no mundo do trabalho né claro que lembre-se de que aqui nós estamos
falando de um Brasil no tempo presente do narrador um Brasil Ali de meados de 1930 então é primeira metade ainda do século XX mas a gente já tem mais uma reflexão social aí e aqui pessoal tem uma fala do narrador que nos faz entender que a companhia já tá ali há algum tempo tá ele chega a dizer o seguinte Olha que interessante aquele velho era um de nós de que velho ele tá falando do chefão da companhia então a gente sabe que né não lá no passado né 50 anos atrás mas um pouquinho antes né
do tempo presente Provavelmente o narrador foi funcionário da companhia né E trabalhou e conheceu ali o chefão então ele fala também entendendo esse discurso aí né da da tal da família nessa companhia aí vai aparecer uma outra personagem bem importante pessoal o narrador volta a falar do Miro lembra do Miro lá o irmão da sená Maria Carolina Portanto o tio da Gertrudes ele fala do Miro rapidamente não dá muita atenção ele só usa o Miro como desculpa como escada né para dizer que o Miro né que já nessa altura do campeonato no tempo presente já
até faleceu o Miro teve uma filha que teve uma filha também ou seja o Miro teve uma neta né cujo apelido é curiango a gente só tem essa informação né do ponto de vista de nomenclatura tá E aí é que a gente tem então a tal da curiango essa personagem então neta do Miro que era irmão da sená Maria Carolina tá a curiango um personagem bem importante Guarda esse nome aí o narrador conta pra gente que a curiango nasceu doce e bonita Então cresceu ali uma jovem super bonita e tudo mais e Em algum momento
um carinha chamado Joca vai se apaixonar por ela quem é esse Joca volta lá no começo lá da parte um tá e você vai se lembrar que no comecinho de tudo uma das primeiras falas do narrador né em uma das primeiras falas ele disse que ele havia sido enfeitiçado pela mãe de ouro né e ele não explica nem quem era o tal do ele ainda não explicou também Quem é Essa Tal Mãe de ouro esse ele é o Joca né então a gente já sabe que hum pera aí esse Joca tá já sei se que
esse Joca é o carinha lá do início e que em algum momento ele vai ser enfeitiçado pela Tal Mãe de ouro que eu ainda não sei quem é mas pelo menos já sei quem é o Joka e sei que nesse momento né ele tá apaixonado Então nesse momento da historinha do narrador que ele tá contando ali sobre o passado o Joca Tá apaixonado então pela curian aí aqui o narrador vai falar também de uma personagem pessoal uma idosa ali por volta dos seus 90 anos de idade já tá uma idosa e e que foi apelidada
pela galera ali da região de choquinha e a choquinha pessoal ela é uma idosa que ela é meio senil já então parece que ela não bate muito bem das ideias tá E aí pessoal ela fica circulando o tempo todo e ela fica pedindo esmola pra galera ela meio que irrita algumas pessoas né enfim ela algumas pessoas têm dó dela outras pessoas TM raiva dela porque acham que ela tá enchendo a paciência pedindo esmola e se intrometendo na vida dos outros enfim a choquinha É uma idosa então que é uma andarilha ela vive andando and pedindo
esmola para todo mundo enfim Guarda essa personagem porque ela é bem importante também E aí pessoal tem um rolê ali de uma festa de casamento né de uma mina chamada Cecília que é prima da curiango beleza essa mina Então tá ali né no casamento dela e durante a festa o Joca olha vê a curiango já tava ali interessado chega nela birau T tal troca uma ideia convida curiango para dançar ela aceita tudo certo tudo show Maravilha só quando eles vão dançar meu no momento em que a curiango olha diretamente nos olhos do Joka né os
olhares se cruzam ali profundamente cara o Joca tem um surto ele fica doidão sai correndo sem rumo desaparece só é encontrado depois né Por uma galera ali num buraco numa pirambeira e o próprio Joca não sabe explicar o que aconteceu ele fala não eu tava ali dançando com a curiango eu pisquei e depois eu acordei aqui ó e nesse ponto da narrativa a gente não sabe direito o que que aconteceu mas mais paraa frente a gente vai entender que esse surto já tem a ver com o feitiço da mãe de ouro é que a gente
só vai entender isso mais paraa frente Beleza passa um tempão né o Joka tenta desencanar da curiango mas não consegue ele tá ali meu ele só pensa nela curiango e ele acha que a curiango é que o enfeitiçou Olha que interessante ele diz meu por que que eu não esqueço aquela mina a gente tentou dançar não deu certo mas eu só penso nela eu acho que ela me enfeitiçou né só que aí meu ele tentando esquecê-la ele conhece ali ele passa por uma uma mina chamada Mariana né e todo mundo ali sabe né na nas
redondezas ali da da Fazenda Olhos d'Água que a Mariana era o que se chamava de uma mulher da vida né enfim tá era uma uma mulher que tinha várias relações com vários homens e tudo mais e era meio que mal falada por conta disso lembra que o povo fala demais tá E um belo dia olha que louco o o Joca Tenta dormir ele não consegue dormir direito e quando ele acorda ele se pega rondando a casa da Mariana né ma Stalker doidão assim ele tá ali né e ele nem sabe por direito e ele só
consegue pensar que ele tá sob feitiço Ele acha que é Feitiço da curiango não é possível e tem um momento ali bem rápido que o Joka tá trocando ideia com alguns amigos né uns tropeiros com os quais ele faz uma viagem ali e eles estão trocando ideia eles começam a falar de várias crenças populares e tal e o Joka tira sarro fala a isso aí não existe e tal e um dos amigos dele até fala ó com essas coisas não se brinca tem que respeitar as crenças é e ele tira um sarro e tal fato
é que cada carinha ali né Compra um presente né ali para sua a sua respectiva esposa ou namorada enfim né e o Joca fala eh eu não vou comprar nada para ninguém mas depois um dos amigos dele mexe ali na mala dele e descobre que ele comprou sim ele comprou um vestido e parecia que era para tal Mariana e aí sim pessoal ele estava de fato Enamorado pela moça ou tava tentando gostar dela né fato é que tem um rolê ali uma missa campal ou seja um evento religioso e o Joca aparece nessa missa com
a Mariana claro que o povo faz o quê Lógico né começa a falar ó meu Deus como assim aparecer num evento religioso um evento da igreja uma missa com esta mulher da vida que absurdo E aí o Joca começa a ficar incomodado com o Falatório do povo e pessoal aquela breve pausa aqui rapid rinha hein Se você tá curtindo aí o conteúdo curtindo essa análise meu dá um like no vídeo se inscreve aqui no leio logo escrevo também se inscreve no canal e ativa o Sininho assim você não perde nenhum conteúdo se você gosta também
do formato áudio né Eu leio logo escrevo também tem aí o seu podcast nessa plataforma de áudio que você tá vendo aí é só entrar lá e procurar lei logo escreva é o mesmo nome exatamente igual aqui ao canal no YouTube e você encontra lá para curtir durante o seu dia né num momento aí em que você tá num deslocamento numa correria né E além disso se você quer apoiar né esse canal com uma ajuda financeira se você quer cooperar dessa forma clica aí também no botão valeu né nesse botão aí valeu demais tá você
pode cooperar você pode né trazer aí a sua a sua ajuda sua cooperação com diversos valores e aí você vê o que fica melhor para você caso você queira ajudar dessa forma é claro o leio log escrevo segue firme e forte tamo junto e é isso aí né obrigadão Bora voltar pra análise e nessa missa Mariana e curiango se encontram E aí fica aquele olhar esquisito uma olha pra outra né o narrador fala que a curiango mede a Mariana a Mariana olha de volta não gosta e aí o Joca não gosta daquela situação se sente
incomodado pega a Mariana tira dali E aí o narrador diz que ninguém sabe exatamente o que eles conversaram mas parece que teve até Vestido Rasgado ali então acho que eles pretar Aram parece que Eles terminaram aqui pessoal é um belo indício de que o nosso narrador não é onisciente o tempo todo porque se fosse onisciente o tempo todo ele saberia exatamente o que foi dito o que foi conversado o que que os dois falaram ali né a briga e tudo mais mas não ele só especula né diz o povo parece que eles tinham brigado ali
é o que pareceu né enfim então fica essa impressão no ar por conta do relacionamento com a Mariana o Joca havia recusado um trabalho que apareceu ali né tinha aparecido um recrutador olhando para uma galera e chamando a galera para um trabalho meio esquisito meio suspeito e prometendo né um salário gigante ótimas condições enfim aquele papo sabe né quando a esola é demais a né e o santo desconfia sabe esse ditado popular mais ou menos isso né então o Joca não aceitou mais por conta da Mariana né ele não quis ir para esse trampo porque
teria que ir para longe tá E ele quis ficar com a Mariana agora que ele tinha terminado com a Mariana Ele pensou meu que saber vou aceitar aquele trampo lá né meu trampo milagroso com ótimas condições vamos nessa claro que o trampo era furada no início do Capítulo 9 o narrador conta pra gente que meu fica muito claro que aquele recrutador Na verdade era um enrolão eraa um golpista e os trabalhadores que aceitaram meu estavam sendo submetidos ali a uma situação análoga à escravidão cara e quem denuncia essa condição ali na comunidade essa condição dos
trabalhadores é um carinha apelidado de mané pão doce porque ele era padeiro tá E ele já havia em algum momento caído naquele golpe só que ele conseguiu fugir então quando ele aparece ali alguém comenta né que aquele recrutador tinha passado pela região uma né pão doce fica pistola e denuncia para todo mundo aquele golpe aquela exploração ali em relação aos trabalhadores aí aqui a gente tem um trecho bem pesado da narrativa pessoal porque a denúncia dá certo o povo ali da das redondezas da Fazenda Olhos d'Água o povo se reúne né e vai para enfim
tenta encontrar e encontra de Fato né aquele recrutador né E a galera consegue libertar os trabalhadores meu que beleza até aqui tudo bem só que o povo se junta também para fazer justiça com as próprias mãos em relação a esse recrutador e a cena não é bonita não velho tem uns caras ali que se juntam com o apoio do Povo né da Galera tava revoltada com esse recrutador que realmente tinha feito tudo que tinha feito então tava errad ísimo Claro mas eles pegam o cara mano amarram o cara batem no cara e eles jogam o
Cara amarrado dentro de um quarto lotado de remédio para matar carrapato E aí o corpo do cara começa a meio que derreter o cara vai morrendo aos poucos de uma maneira super pesada cara que cena pesada e aí tem essa questão também da justiça com as próprias mãos e aí né como é que a gente fica agora lembra que a gente tá falando de um Brasil interiorano do início do século XX cara E aí é como é que funcionam as leis nesse lugar são as leis de fato Ou são as leis e populares regionais que
vigoram ali cara enfim muitas questões pra gente pensar e fato é que a cena é bem difícil de ser lida é o narrador até conta pro moço uma outra ideia que tem a ver com as Tais crenças populares ele chega a dizer o seguinte que né ali naquele sofrimento absurdo o recrutador chegou a amaldiçoar todos os homens que tavam né que estavam o torturando então eu amaldiçoo todos vocês vocês vão morrer e tudo mais né E aí guarda essa ideia aí né Essa essa uma essa maldição que fica aí no ar jogada pelo recrutador e
o narrador até diz o seguinte eu concordo que eles deveriam ter dado um belo de um susto no cara mas jogar veneno no cara e deixar o cara queimando no Veneno ali na sala aí já foi um pouco demais então ao mesmo tempo que o narrador demonstra uma empatia de dizer que foi demais que aquilo não devia ter ido até onde foi ele diz que se fosse um susto bem dado ou seja se o cara tivesse apanhado bem aí Tudo bem então esse narrador ele é parte da comunidade a gente tem aqui um pensamento contextual
um pensamento de local e um pensamento de época também Nessa altura do campeonato o Joca já tá entregue a bebida né já não tava mais com a com a Mariana também não tava com a curiango tava bebendo até umas horas todo mundo ali na nas redondezas preocupado com Joca meu Deus Joka tá bebendo demais aí tem uma cena que aparece a tal da choquinha de novo pedindo esmola né a galera fica estressada põe a choquinha para correr e fala meu sai daqui choquinha não enche a paciência e tal e todo mundo aí nesse contexto preocupado
com o Joka que não tá legal não aí tem uma cena curiosa também em que o Joka ele se esconde para tentar observar né bem Stalker para tentar observar a curiango mas na verdade ele acaba pegando ali a Cecília lembra Cecília a prima da curiango que tava se casando e tudo mais daí ele pega a Cecília com um carinha chamado Kim então a Cecília tava traindo o marido que era amigo do Joka aí o Joka fica nesse conflito meu será que eu conto pro meu amigo né Será que eu não conto enfim ele fica nessa
nesse conflito pessoal aí contar Ou não e a gente fica sabendo que em algum momento o Joca voltou a ter contato com a curiango ele se reaproxima dela tem um rolê que ela tá andando com um balde na cabeça Ele oferece ajuda ali para carregar e aí eles vão se reaproximando e tudo mais e a gente sabe dessa dessa relação dos dois né aí e aqui o narrador diz pra gente o seguinte ele antecipa ele começa a trazer agora só agora já bem quase pro final do livro ele começa a trazer informações sobre a mãe
de ouro ele começa a dizer que né No final das contas a a a maldição né aquele feitiço que o Joca sempre achou que tinha sido jogado pela curiango hum na verdade não o narrador começa a dizer que o feitiço veio é por parte da mãe de ouro Aí sim pessoal só no início do Capítulo 11 que quase pro finalzinho do livro é que o narrador conta pra gente quem é a mãe de ouro a gente fica sabendo pessoal que mãe de ouro na verdade não é uma pessoa é uma entidade do folclore brasileiro que
se manifesta por meio do fogo na verdade quando ela quer se manifestar ela surge né em formato de uma bola de fogo tá ela vive no centro da terra e quando ela quer mudar de lugar ela se converte nessa bola de fogo e aí ela circula e enfim se desloca para onde ela quer se deslocar Mas então a gente sabe que a mãe de ouro é essa bola de fogo essa entidade do folclore brasileiro Olha aí mais um elemento ali né de crença Popular ou de Mística Popular tá de novo né você tem vários elementos
ali que se aproximam do real e vários elementos que desafiam esse real O que é real de fato fato é que dependendo da região do contexto né do qual você tá falando meu não há como questionar essas crenças populares todo mundo acredita e acabou né olhando de Fora porém pode haver né dúvidas dúvidas serão geradas O que é real e o que não é fica aí para você leitor refletir e pensar tem até um trecho em que alguém fala pro Joca Joca isso aí que você tem esse você esquece as coisas de vez em quando
não sabe o que aconteceu será que não é a mãe de ouro e aí meu é muito louco porque ele chega a dizer mãe de ouro nada é a mãe de bosta né ou seja ele desdenha mesmo e a galera fica mal fala não desdenha da mãe de ouro ela pode te pegar aí o Joca repensa reflete E aí a gente entende o que aconteceu com ele lá atrás quando ele né tentou dançar com a curiango ele ele acaba admitindo e reconhecendo que foi a mã de ouro mesmo ele falaa Ó eu só tenho dificuldades
de admitir mas o que eu vi aquele dia foi a mãe de ouro correndo atrás de mim eu olhei nos olhos da curiango e eu vi a mãe de ouro eu vi a bola de fogo e eu corri de medo e tá então eu acredito de de verdade na mãe de ouro e eu sei que é ela que tem me afetado todo esse tempo aí o próprio Joca diz né ele reconhece que ele cresceu desdenhando a mãe de ouro sempre falou mal sempre desdenhou nunca acreditou e fazia piada mesmo e ele imagina né ele ele
diz que sabe que na cabeça e no coração dele ele sabe disso que a mãe de Ouro o persegue a vida inteira porque ele lá no início da vida né na infância adolescência ele sempre fez piada com a mãe de ouro e hoje na vida adulta ela o persegue aí a gente tem essa explicação Claro Mística religiosa né com base em crença Popular a gente tem a explicação do por o Joka passou por tudo que passou aí nessa altura do campeonato o Joka já tá com a curiango eles realmente ficaram juntos deu certo mas lembra
que a mãe de ouro tá sempre ali na espreita agora a gente sabe tá eles têm um filho tá e por conta do nascimento do filho o Joca agora precisa de um emprego mais sério aí ele vai pedir emprego numa usina que tem ali na região Ah e nessa mesma Usina trabalhavam alguns caras que ajudaram a dar aquele castigo lá no recrutador lembra né o veneno para carrapato tá então tem o Joka e tem uns outros caras que já trabalham lá que tem a ver com essa galera aí lembra que o recrutador tinha jogado uma
uma maldição né Vocês vão tudo morrer Guarda essa informação aí meu e na usina tem um dia em que o Joka tem uma crise na usina cara ele pega uma um pedaço de madeira lá né que tava super quente e ataca com um outro funcionário quase mata o cara da Mobo e os caras chegam a mudar o Joka de lugar coloca o Joka numa outra posição e depois o carinha que fica na posição do Joca vai sofrer um acidente e morrer em serviço cara Então olha as tretas que começam a acontecer parece que o rolê
tá meio amaldiçoado mesmo hein tem até um médico aí né lá da usina que atende os funcionários e tal e atende a comunidade também né o Doutor Amadeu que chega até né A intercederem favor do Joca tal e aí a gente tem aqui é bem interessante né uma contraposição entre a crença né a religião a crença popular e a ciência porque o médico leva para um caminho mais científico ele fala não meu o Joca tem um um um um problema é muito identificável e que tem que ser tratado tá só que a gente tá falando
de um Brasil interiorano de 1930 e poucos cara né então é claro que não não se trata desse tipo de de questão então Joca fica simplesmente em entregue as crenças populares muito mais do que entregue a ciência ou a qualquer tratamento E aí pessoal é só agora pro finzinho do livro que a gente tem uma bombástica Revelação literária né lembra da Sinha Maria Carolina o narrador conta pra gente que o que aconteceu lá no passado foi que a sinha Maria Carolina né fugiu lá com o moço do da Fazenda Limoeiro lembra né só que a
agora ele revela pra gente que meu o rolê não deu certo né assim a Maria Carolina não chegou a viver nem um mês com o cara por eles estavam com todo o dinheiro numa mala uma mala lotada de dinheiro ela tinha vendido a Fazenda quando eles estão na estação de trem já né indo rumo a Minas Gerais e tudo mais o moço do Limoeiro olha para ela lá no passado lembra Ele olhou para ela e falou espera aqui rapidinho né na plataforma da estação espera aqui rapidinho meu amor que eu já volto e o cara
nunca mais voltou O cara roubou todo o dinheiro dela tá e ela fica ali desesperada começa a perguntar por ele e aí é um funcionário da estação que fala para ela então eu vi esse cara com uma mala ele pegou o trem só que na outra plataforma e esse trem já saiu tem uma meia hora né Aí a gente tem um caráter mais onisciente de fato por parte do narrador porque se ele não tava lá como é que ele sabe de tantos detalhes então tem uma onisciência aí não é narrador que vai alternando e aí
a gente sabe que na verdade assim a Maria Carolina ela em algum momento ela ficou tão abalada com isso que ela enlouqueceu e ela acabou voltando sim pra região da Fazenda Olhos d'Água Só que já transformado numa outra pessoa charope da vida uma pessoa que foi envelhecendo envelhecendo e hoje né ou ou hoje não né tempos depois lá daquele daquele passado a gente só sabe então que essa essa essa sen Maria Carolina envelhece o tanto que ela se tornou uma idosa meio doida que vive pedindo esmola pra galera E aí pessoal nesse diálogo entre o
narrador e o moço né a impressão que a gente tem é que o moço pergunta né ele fica encucado e pergunta não então pera aí então o tempo todo a choquinha e assim ah são a mesma pessoa e aí o narrador Vai dizer que não só que é bem interessante ele disz que não por quê Porque ele fala que a choquinha foi a Sinhá né A Sinhá era uma pessoa a choquinha outra né porque o que aconteceu com aá lá na plataforma da estação de trem aquilo né matou a siná então a siná que a
gente conhecia assim a Maria Carolina não existe mais a choquinha é outra pessoa tá o narrador diz isso de uma maneira bem interessante acompanha aí comigo choquinha é siná não é siná era a outra choquinha foi siná já viu como lagarta vira borboleta foi a borboleta que virou lagarta E aí sim a gente tem essa revelação bombástica de que uma pessoa é a outra né a choquinha E assim a Maria Carolina são a mesma pessoa ou na visão do narrador não são a mesma pessoa porque senha Maria Carolina como a conhecemos já não existe mais
por isso que lá no iniciozinho do diálogo entre os dois o narrador Diz pro moço que a senha Maria Carolina nunca mais pisou ali ele sabia que a choquinha era Maria Carolina mas ele diz dizia que o que ele tava querendo dizer que aquela Maria Carolina conhecida essa nunca mais pisou porque a que voltou já era uma pessoa totalmente transformada pelas tristezas enfim e decepções da vida e olha que louco lembra que assim a Maria Carolina era extremamente arrogante e tudo mais meu quando ela volta ali né para um para um pras redondezas da Fazenda
olhos d' água né algumas pessoas reconhecem ou mas a maioria não sabe qual é que é tem umas crianças que zoam com ela como a chamá-la de in baldeação porque lembra que quando você tá numa estação de trem para trocar de trens você faz uma baldeação né então quando como tudo aconteceu com ela numa estação de trem a galera ao invés de chamá-la de Sinhá começou a chamar de Iná que já era né uma contração ali nesse caso pejorativa tá e começaram a chamar então né As crianças chamara de inabal deção e algumas poucas pessoas
que ofereceram ajuda para ela lembra que ela ela era extremamente arrogante né quem ofereceu ajuda para ela Ela ouviu o seguinte não tenho parentes não tenho ninguém só tinha ele não tenho para onde ir não quero voltar tenho vergonha de voltar depois do que aconteceu prefiro trabalhar em terra estranha é por isso que ela vai voltando aos poucos né ela volta pras redondezas pra região mas ali para Olhos d'Água mesmo para conviver com a galera ela volta muito tempo depois e muitas pessoas nem a reconhecem mais é como se o narrador tivesse razão né como
se a narrativa e legitimasse o discurso do narrador no sentido de que a Maria Carolina essa não voltou quem voltou já era outra E aí meu no final da narrativa a gente fica sabendo que houve um monte de morte cara o marido da Cecília lembra o cara né tal ele mata a Cecília e não foi nem por conta da relação dela com o King foi por conta da relação dela com outro cara que nem nem tinha nada a ver nem tava acontecendo nada né Teve gente que morreu de tiro né um cara tentou pular uma
cerca ali né passar para uma outra propriedade levou um tiro enfim né teve aquele outro cara que tinha morrido na usina lembra então todos os caras ali né envolvidos com Joca e também indireta ou diretamente envolvidos lá no esquema do recrutador meu todo mundo foi morrendo cara maior treta maldição esquisita essa aí velho e aí no finalzinho do livro A gente só fica sabendo que a curiango tá muito preocupada com Joka porque ele não tá bem tá cada vez pior cada vez ficando mais doido já não tá mais na usina né E aí o Joka
é internado numa clínica tá el tá doidão né um belo dia ela vai visitá-lo na clínica descobre que ele já fugiu da Clínica e ela fica brava com o doutor né o tal do Dr Amadeu meu Deus Joka precisa de cuidados e tal fato é que no final das contas o Joka se torna uma espécie de Andarilho né ele fica doidão e se perde no mundo tá E aí o narrador né Ele termina dizendo que não só o Joca mas também a curiango né ambos foram atingidos pelo feitiço pela maldição da mãe de ouro porque
no final das contas né a a curiango e o e o Joca não ficam juntos e ela fica lá né tem que cuidar da criança do filho deles sozinha tá E aí é esse esse é o desfecho Né o Joca fica doidão não morreu mas ficou doido então a impressão é que todo mundo inclusive a curiango todo mundo foi atingido Aí segundo a crença Popular todo mundo se ferrou e foi atingido por conta do Joca porque esse carinha é que vivia tirando s Então dessa entidade folclórica a mãe de ouro e é isso pessoal assim
nós encerramos mais uma análise então a respeito dessa autora gigante da literatura brasileira Obrigado para você que ficou aí nos dois vídeos Nas duas partes tamo junto é nós e até uma próxima valeu e tchau