Olá amigos! Estamos, aqui, para mais um episódio do nosso estudo do livro Gênesis de Moisés. E, hoje, nesse episódio vamos ingressar no capítulo quatro Capítulo que fala sobre os filhos de Adão e Eva: Caim e Abel.
Eu vou ler, então, um trechinho do texto pela Bíblia de Jerusalém, que é a que nós estamos utilizando, aqui, como referência, embora as imperfeições dessa tradução, e ao longo do nosso estudo nós vamos comentando essas dificuldades da tradução em si. "O homem conheceu Eva, sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Caim, e disse: 'Adquiri um homem com a ajuda do Senhor. ' Depois ela deu também à luz Abel, irmão de Caim.
Abel tornou-se pastor de ovelhas e Caim cultivava o solo. Passado o tempo, Caim apresentou produtos do solo em oferenda ao Senhor; Abel, por sua vez, também ofereceu as primícias e a gordura de seu rebanho. Ora, o Senhor agradou-se de Abel e de sua oferenda.
Mas não se agradou de Caim e de sua oferenda, e Caim ficou muito irritado e com o rosto abatido. O Senhor disse a Caim: 'Por que estás irritado e por que teu rosto está abatido? Se estivesses bem disposto, não levantarias a cabeça?
Mas se não estás bem disposto não jaz o pecado à porta, como animal acuado que te espreita; podes acaso dominá-lo? ' Entretanto Caim disse a seu irmão Abel: 'Saiamos. ' E, como estavam no campo, Caim se lançou sobre seu irmão Abel e o matou.
O Senhor disse a Caim: 'Onde está teu irmão Abel? ' Ele respondeu: 'Não sei. Acaso sou guardador de meu irmão?
'. O Senhor disse:' Que fizeste! Ouço o sangue de teu irmão, do solo, clamar para mim!
Agora, és maldito e expulso do solo fértil que abriu a boca para receber de tua mão o sangue de teu irmão. Ainda que cultives o solo, ele não te dará mais seu produto: 'Minha culpa é muito pesada para suportá-la. Vê!
Hoje tu me banes do solo fértil, terei de ocultar-me longe de tua face e serei um errante fugitivo sobre a terra: mas o primeiro que me encontrar me matará! ' O Senhor lhe respondeu: 'Quem matar Caim será vingado sete vezes'. E o Senhor colocou um sinal sobre Caim, a fim de que não fosse morto por quem o encontrasse.
Caim se retirou da presença do Senhor e foi morar na terra de Nod, a leste do Éden. " Aqui, termina o versículo dezesseis e nós estamos no capítulo quatro, versículos de um a dezesseis. Antes de nós começarmos a já identificar o conteúdo espiritual, a essência de algumas coisas dessa passagem, eu vou ler dois poemas que estão nesse projeto maravilhoso, publicado pelo SER, que é o projeto Número Infinito, que redundou neste livro e no CD de músicas, em que o José Henrique Martiniano musicou os poemas do Augusto dos Anjos, fez os arranjos maravilhosos E ele facilita a nossa compreensão e, aqui, nesse livro há um estudo dessa obra, uma comparação dos poemas do Augusto dos Anjos encarnado e, depois, desencarnado.
Mas, dois poemas, em especial, nos chamam a atenção porque eles dizem, dessa passagem específica, da expulsão de Adão e Eva do Paraíso, do jardim de Éden ou jardim de Delícias e, agora, de um agravamento da situação, porque se, antes,com a expulsão do Paraíso, do Éden que dava todas as coisas sem a necessidade do homem cultivar, o jardim oferecia tudo, na consequência da ação de Adão, ele precisaria, agora, já fora do jardim de Éden, cultivar a terra. Encontraria pedras, espinhos, cardos, Obstáculos, mas a terra seria fértil, Ela produziria em correspondência ao esforço de cultivo de Adão. Agora, com o primeiro assassinato de dois irmãos - essa passagem emblemática e simbólica de um irmão assassinando o outro - e, aqui, não sejamos ingênuos, não se trata apenas de irmãos de sangue, a passagem faz uma referência: qualquer pessoa é seu irmão.
(Então, o assassinato de qualquer pessoa é sempre o assassinato de um irmão, sempre. ) Ninguém mata um estranho, ninguém mata, ninguém faz o mal, porque não é apenas matar no sentido físico: tirar o corpo. Esse matar, aqui, tem sentidos profundos, profundos, profundos.
Mas ninguém faz mal a um outro apenas, faz mal sempre a um irmão. E, ninguém mata apenas um outro em função da nossa filiação divina. Todos somos filhos de um mesmo Pai e, portanto, devemos ao outro esse sentimento de família: família espiritual,família humana, em função da paternidade e do amor que Deus tem por todos os seus filhos indistintamente.
Mas, olha que interessante: no poema Raça Adâmica, poema de Augusto dos Anjos, que está no Parnaso de Além Túmulo e, aqui, a gente já percebe que o título do poema já é uma metáfora, Já é uma interpretação dessas passagens que nós estamos estudando aqui. 'Raça Adâmica' Então está falando de um gênero humano, de um tipo humano, uma tipologia humana como nós já comentamos aqui. Olha que bonito: A Civilização traz o gravame Da origem remotíssima dos Árias, Estirpe das escórias planetárias, Segregadas num mundo amargo e infame.
Árvore genealógica dos párias, Faz-se mister que o cárcere a conclame, Para a reparação e para o exame Dos seus crimes nas quedas milenárias. Foi essa raça podre de miséria Que fez nascer na carne deletéria A esperança nos Céus inesquecidos; Glorificando o instinto e a inteligência, Fez da Terra o brilhante graal da Ciência, Mas um mundo de Deuses decaídos. É um poema maravilhoso, porque reflete isto aqui, como nós já falamos.
Os textos que nós estamos estudando Eles são evocações da experiência de grupamentos de Espíritos que são, em uma linguagem forte (Augusto dos Anjos usou uma linguagem pesada), escória "escórias planetárias". Esses Espíritos são o resto, aqueles que não conseguiram mesmo acompanhar a evolução dos orbes em que eles evoluíram, em especial, o orbe do sistema de Capela. Em especial Porque não é o único.
Daí, eles vêm para o "cárcere", uma prisão no mundo primitivo. Quando eles chegam, aqui, na Terra, é ummundo primitivo. Eles vêm, aqui, nesse cárcere, para quê?
Para reparar e para examinar, examinar, refletir. Refletir sobre o quê? Sobre quedas milenárias.
Então, quando eles chegam, aqui, eles já estavam em quedas milenárias nos orbes de origem, estavam há milhares de anos caindo, sem absorverem a lei, em um processo de repetição de erro ou de cristalização em um processo de erro. Por isso, que o Augusto dos Anjos vai chamar de "árvore genealógica dos párias". São párias, ou no sentido exato da palavra, marginais.
Marginais, no sentido de estão à margem do processo Estão à margem porque alguém os colocou à margem? Não! Deus não exclui ninguém, Deus não marginaliza ninguém.
Estão à margem por uma opção própria que é o que estamos observando agora: uma pessoa que enche o corpo de explosivo e vai para Londres em um metrô, ou para Paris, para uma ponte famosa, para um lugar turístico para explodir e matar pessoas, ele está sendo marginalizado por Deus? Não. Ele está se marginalizando, é ele que está se excluindo do processo civilizatório.
É a própria pessoa que está se excluindo do progresso humano, porque a humanidade atingiu, hoje, uma sensibilidade pelas suas leis, pelo seu grau de civilidade, uma sensibilidade para este tipo de coisa. Nós não toleramos mais isto: uma pessoa explodindo e matando crianças, usando arma química em crianças, mulheres indefesas, Velhos. Imaginem isto: não é uma guerra que homens fortes estão jogando, que já é horrível, já é uma coisa bárbara.
Não! É uma pessoa forte usar uma arma química em uma criança de quatro anos, indefesa. Então, é o auge da covardia, é o auge da maldade, da rebeldia.
A criatura mergulha o seu psiquismo no mar sombrio da delinquência, no mar sombrio da perversidade, quando nós nos permitimos ser perversos, isto pode acontecer comigo, isso pode acontecer com você, Pode acontecer com qualquer um de nós. Quem comanda isto? A vontade.
É a vontade que comanda. A criatura só atinge esse patamar porque ela quer e ela sai quando ela quiser, porque a vontade é um agente poderoso que direciona, tanto para a queda, quanto para a redenção. Então, o que Augusto dos Anjos está ponderando nesse poema é que a civilização planetária, a civilização da Terra tem um gravame, ela tem um problema, que é a presença desses seres já enrijecidos e que vão construir a civilização ariana, que é a civilização, hoje, que domina o mundo.
Então, a civilização que elege a Ciência, a Tecnologia, como a finalidade da vida e, mesmo que provoque os distúrbios, as desigualdades, os crimes - não importa -, ela insiste nesse projeto e representando, então, glórias. É claro! Quem não se encanta com um avião imenso voando, com a internet, com um computador poderoso?
Quem não se encanta com essas tecnologias? Mas, quando você examina o campo afetivo, emocional e espiritual desses seres, eles lembram deuses caídos. Deuses caídos, por quê?
Porque eles já apresentam um potencial,eles já apresentam uma condição de estar muito além e, no entanto, estão chafurdados no vício, nas paixões, na iniquidade, na maldade, na perversidade e na delinquência. Então essa é a. .
o que o Augusto dos Anjos vai chamar de "raça adâmica", é o tipo humano padrão. Este é o homem padrão da Terra, este é o Caim. Por que, agora, nós temos o auge do processo que é o Caim.
Aquela cena, aparentemente ingênua, do primeiro diálogo da serpente com Eva, a serpente tinha em vista o quê? Um Caim. O projeto da serpente só pode formar Caims, ele não forma outra coisa.
Olha que interessante isto! Então, nós poderíamos dizer que - como gostava de dizer o Honório Abreu… ele gostava de dizer isso - Que do ponto de vista físico, nós temos o processo de concepção. Então, o espermatozóide é introduzido em um sistema orgânico feminino e isto gera um bebê.
Mas, este é o processo físico, este é o processo das formas. André Luiz vai falar no livro Evolução em Dois Mundos, de um outro processo mais sofisticado, que é o da fecundação psíquica. O que é fecundação psíquica?
Quando alguém (pode ser homem ou mulher, porque isto não tem a ver com forma física, não tem a ver com órgão genital) Alguém coloca em você a semente de uma ideia, a semente de um sentimento, de uma postura, de uma atitude e você acolhe essa semente, deixa ela florescer e, daí um tempo, você está reproduzindo na sua vida essa conduta. Aquilo que era uma ideia, um sentimento, um valor, agora, é vida É vida prática, é modo de viver. Então, esta é a ideia que Eva concebeu.
Ela concebeu o quê? Ela concebeu Caim, que é fruto da semente inoculada pela serpente, ou seja, o projeto era rebelar-se contra Deus, desconectar-se de Deus e tentar estabelecer um reinado humano. E o Caim é a máxima expressão desse projeto.
O Caim é a concretização desse projeto. E qual o primeiro fruto? Por isso, Jesus disse assim: 'você quer conhecer a árvore?
' Quer conhecer a árvore? Porque nós podemos ficar, aqui, em uma discussão filosófica sobre a proposta da serpente e, aí, um vai falar assim 'mas essa proposta não é tão ruim assim' e, daí, o outro vai falar 'ela é ruim, mas tem um aspecto bom. ' Então, você pode se perder em um oceano de especulações racionais.
Por isso, qual o critério para se avaliar? O fruto. O fruto.
Qualquer ideia Nós avaliamos o valor de uma ideia pela consequência prática, objetiva e concreta que ela gera. Porque toda ideia, na aparência, tem um brilho, Toda ideia tem um brilho reluz, ainda que seja brilho de latão, De lata, mas brilha. lata velha.
. . mas reluz.
Uma lata velha que reluz. A questão é o concreto. O projeto da serpente não poderia ser diferente porque eu tiro Deus do centro, coloco um ego, um 'eu'.
Quando Deus está no centro, Ele vela pelo Universo inteiro. Então, todos são irmãos e todos são seus filhos e Ele cuida de todos com igualdade. Se eu tiro Deus do centro e coloco 'eu', o que que vai acontecer?
Eu tenho a egolatria e o egocentrismo. A egolatria e o egocentrismo geram o que de fruto? Geram o que de fruto?
O que que gera de fruto? Eliminar o meu irmão se ele estiver entre eu e o meu objetivo, porque a egolatria, eu tenho que ser o principal Aqui ele não era o principal Caim não era ele queria ser o máximo, mas ele não era o máximo, então eu vou eliminar o máximo, porque daí eu vou me tornar o máximo. É a lógica daquele que tem o ego no centro!
É a lógica, natural! Este é o fruto! Então, o fruto do projeto da serpente é que ela gera Caims.
Esta é a grande lição da passagem Essa é a grande lição e a grande pergunta. Por isso que Jesus, a todo o momento, volta para o livro de Gênesis de Moisés ('se conhece a árvore pelo fruto'). Olha, alguém está com uma ideia bonita, está falando algo, está com uma proposta muito bonita: na prática, qual o resultado efetivo disto?
Qual que é o resultado efetivo? O que isto gerou de concreto? Por isso que há uma passagem belíssima, que está tratada naquele primeiro filme do Bezerra de Menezes, em que alguém chega para Bezerra e tenta fazer uma contraposição, uma disputa intelectual, um esgrime intelectual, porque isto é fácil de fazer, isto é a coisa mais natural, A gente ficar esgrimando, disputando ideias, filosofias, argumentos.
Isto aí é fácil! Todo mundo faz isto. Então, começa essa disputa entre materialismo, espiritismo e ataca, ali, a crença do Bezerra E o Bezerra muito simples, foge desse esgrima, dizendo: olha, 'então me apresenta os resultados'.
Quer dizer, qual o fruto do materialismo? Alguma mãe que perdeu o filho, que ele consolou? Alguém que perdeu tudo, e que foi amparado?
Qual é o fruto concreto? o resultado concreto? Nós temos que atentar para isto, Ficar muito atento pra isso porque isto, também tem acontecido até no movimento espírita.
Surgem ideias, pessoas agredindo outras, criticando obras, criticando missionários, trabalhadores. Então, vamos ver qual o fruto desse crítico? O que ele apresenta de fruto concreto?
O que a sua vida gera de bem-estar para a comunidade na qual ele está inserido? O que ela gera? Qual o fruto?
Aqui, o texto bíblico engenhosamente começa com a proposta de uma serpente e Eva, ingênua, Adão. . .
chegou o Caim! O fruto. E, Caim é um assassino, porque o processo do reino do 'eu' é um processo de assassinato.
Para que exista uma fortaleza do 'eu', do 'eu' que eu falo aqui é do egoísmo, Egolatria, egoísmo. Porque no Reino de Deus não há uma anulação do 'eu'. Não!
Não! No Reino de Deus, o 'eu' se submete à inteligência suprema e ao amor supremo, mas ele está ali presente. Agora, no reino do 'eu', não!
No reino do 'eu', eu elimino tudo e só tem 'eu'. Esta é a diferença! E a primeira tendência da egolatria e do egoísmo é eliminar o outro.
Eliminar o outro. Então, a primeira coisa que eu penso é tirar a pessoa do grupo, exclui-la do movimento, matar, não deixar que ela fale, não deixar que ela participe: excluir. exclusão Em constelação familiar, vai-se falar muito dessa lei: a lei dos sistemas é uma lei de inclusão.
Exclusão é ferir a lei divina. Por isso, Jesus não exclui Judas do Colégio Apostólico. Jesus o adverte, Jesus adverte ele Ele diz assim: 'eu sei o que você está fazendo, eu sei o que você vai fazer.
Você só está iludindo a você. A mim, não! ' Mas, não o exclui.
Ninguém exclui Judas. Ele que se excluiu. Isso é bonito.
. . Isto é muito bonito!
O processo de exclusão é o processo do Caim. Por isso, outro poema lindíssimo Outro poema do Augusto dos Anjos, que está aqui, no Número Infinito, Nessa coletânea chama-se Civilização em Ruínas, Civilização em Ruínas, Todo o mundo moderno horrendo, em ruínas, Deixa agora escapar o horrendo fruto De miséria e de dor, de pranto e luto, Feito de sânie e de cadaverinas. Olha só!
Está percebendo que ele está evocando palavras ligadas a Caim? Onde tem assassino, tem cadáver. Onde tem assassinato, tem insânia, loucura.
Caim é fruto de um projeto. Olhe então Vou ler de novo. Todo o mundo moderno horrendo, em ruínas, Deixa agora escapar o horrendo fruto -o fruto, a consequencia- De miséria e de dor, de pranto e luto, Porque?
Porque houve morte, assassinato Feito de sânie e de cadaverinas. Em vão, sobre o Calvário áspero e bruto, Sangrou Jesus em lágrimas divinas, Sob as ofensas torpes e tigrinas A tentarem-lhe o espírito incorrupto. Saturada de treva, angústia e pena, A Civilização que se condena Suicida-se num báratro profundo Porque na luz dos círculos da Terra, Nos turbilhões fatídicos da guerra, Ainda é Caim que impera sobre o mundo.
Forte, não é? Vou ler de novo. Porque na luz dos círculos da Terra, Nos turbilhões fatídicos da guerra, Ainda é Caim que impera sobre o mundo.
Basta a gente olhar: você olha, hoje, para os governos, para os fenômenos das nações que estão ocorrendo, sobretudo, envolvendo a Ásia. Quem que impera sobre o mundo? Caim Caim e a sua fome de morte, a sua fome de sangue.
Isto é importante, né. Agora, quando nós comentamos isto aqui, nesse estudo, não é para ficar fazendo crítica social ou política, nem sociológica. Não é isto!
Porque seria muito cômodo, nós aqui sentados na varanda da nossa casa, nos arvorarmos em julgadores, em juízes de líderes e de nações. É muito atrevimento! Não é isto!
Quando nós mencionamos isto aqui, é para uma reflexão pessoal. Pessoal Então, assim O que nós precisamos refletir com essa mensagem é: quanto Caim ocupa na minha vida? quanto?
Qual que é o papel que Caim ocupa no meu,pensamento, no meu sentimento e na minha conduta? Eu estou excluindo pessoas e instituições porque elas são imperfeitas? Eu estou propondo a condenação de quem está errado?
Eu estou criticando, agindo, querendo destruir com a minha palavra pessoas ou instituições? Eu emano sentimentos de ódio e de raiva contra pessoas e grupos? Eu ajo de uma maneira que levanto de manhã, vou a uma padaria e, daí, eu mato a alegria do atendente que está me entregando o pão porque eu acordei mal humorado?
Eu vou para o aeroporto, e tiro a tranquilidade da pessoa que está trabalhando, simplesmente, porque eu estou ansioso? Isso é Caim. Isto também é Caim.
Isso também é Caim! Eu mato a reputação de pessoas porque me permito divulgar no whatsapp, na internet ou em conversas? Eu me permito atacar a honra das pessoas?
O trabalho através de uma crítica não construtiva, de uma crítica pessoal, ofensiva? É Caim. Isto é Caim.
Denegrir alguém, atacar, ferir, abandonar, abandonar. . .
: isto é Caim, é conduta de Caim. Este é o fruto, É o que ele fala: um 'horrendo fruto'. Augusto dos Anjos é genial: "todo o mundo moderno horrendo, em ruínas, deixa agora escapar um horrendo fruto".
Este é o fruto! É o fruto. O que mais é o fruto de Caim?
Vamos pensar aqui. . .
fruto de Caim: Inveja Inveja do irmão, soberba. Qual de nós não tem soberba? Qual de nós?
Qual de nós encarnados, aqui, não tem soberba? Nós temos. Agora, a pergunta não é esta.
Essa pergunta é errada. Eu não tenho que ficar perguntando: Ah, eu sou orgulhoso? Eu sou egoísta?
Eu sou invejoso? Esta pergunta é tola, porque somos! todos somos.
A pergunta que Santo Agostinho nos aconselha a fazer é diferente. A pergunta que ele nos aconselha a fazer é: Qual o papel que a soberba ocupa na minha vida? ou desempenha na minha vida?
Qual o percentual de soberba nas minhas atitudes? Que tem soberba tem. Eu tenho soberba, Eu tenho soberba, eu sou soberbo.
Mas, qual que é o percentual? Como é que está isto? Porque se eu estou com um percentual alto de soberba, preciso olhar isto, preciso cuidar disto, preciso me conhecer, refletir como Santo Agostinho.
Ao dormir: 'puxa vida, naquela hora que eu estava no trânsito, porque eu fiz daquele jeito? '. A soberba, agora, está influenciando até a maneira como eu dirijo.
'Puxa vida, eu fui na loja, vi um negócio, Mas olha… engraçado, a inveja agora ela está influenciandoaté a roupa que eu compro. Eu estou comprando por inveja. Eu não estou comprando para atender a uma necessidade.
' Essa reflexão é mais profunda, esta é a reflexão que nós devemos fazer. Este é o conhece-te a ti mesmo. É você medir o percentual: qual o percentual de orgulho na minha vida?
O que que o orgulho… Poxa vida. . .
o negócio está complicado porque o orgulho, agora, está começando a influenciar a minha relação com meu filho, com minha filha. O orgulho, agora, chegou na minha relação conjugal. Então, está sério!
Está sério! Preciso acender a luz vermelha, preciso corrigir isto. Não é para perguntar: eu tenho ou não tenho orgulho?
Não existe encarnado na Terra que não tenha orgulho. Não existe ninguém encarnado na Terra que não tenha inveja. Não tem ninguém encarnado que não tenha violência.
Violência, soberba, inveja, maldade, prepotência, egoísmo, vaidade, todos os encarnados na Terra possuem, porque quem não possui nada disto não encarna mais em planetas como a Terra. No mínimo, no mínino. .
. Se encarnar, encarna em outros orbes muito a frente, mas não em orbes físicos como a Terra. Não encarna!
Não encarna. Está aqui encarnado, Tem que fazer essa pergunta. A grande pergunta é: percentual.
Qual o percentual que a maldade… a maldade já está, Já está ditando como que eu faço compra em um supermercado. Olha que interessante isto: a maldade está ditando a minha atuação no movimento Espírita. Olha só!
A minha insânia de excluir, de matar pessoas está indo para a minha atuação dentro da Casa Espírita. É preocupante: eu preciso. .
. eu preciso olhar isto! Fazer como Santo Agostinho: anotar!
'Puxa vida, hoje eu fui fazer a tarefa, eu sou coordenador da tarefa, mas maltratei todo mundo que estava trabalhando. Gente, eu estou virando um Caim. Nossa, esse meu lado Caim está dominando a minha atividade espírita.
' Tem que ir lá, Tem que anotar Tem que vigiar, começar a reduzir, porque é o fruto. Então, é fácil A gente sentar aqui e falar do Presidente da Coreia, E xingar ele E criticá-lo, não é? aí, eu vou para o aeroporto, dá um problema no check-in e eu faço o quê?
Eu ajo exatamente como o Presidente da Coreia. Exatamente exato. Vocês querem ver?
Vou dar um exemplo, aqui, que é sério: A gente critica o Presidente dos EUA, o Presidente da Coreia, o presidente da guerra aí, você compra um ingresso para assistir a um espetáculo espírita. Dá um problema, Aí o que que você faz? Você age como um Caim.
Age como Caim. Liga lá, ofende, agride, berra, grita, se tiver uma arma atira. Um ingresso para ir em um evento espírita!
O que isto significa para mim, para você e para todos nós? Porque eu não estou me excluindo disto. Aliás, eu devo confessar, aqui, de público, que eu estou preocupado com o quanto Caim está imperando em mim Haroldo.
O quanto que Caim… Eu estou preocupado que eu estou alerta para ficar vigilante e diminuir isto em mim. Eu já identifiquei, eu estou falando aqui para mim. Se isto de algum modo poder te ajudar, se isto se aplicar a você… mas, eu estou falando de mim.
"Ainda é Caim que impera sobre o mundo". Mas,o mundo lá fora? Não!
sobre o mundo íntimo também, principalmente, ainda é Caim que impera sobre o meu mundo íntimo, porque se eu pegar as últimas três semanas Eu, eu, As últimas três semanas da minha vida e contabilizar os minutos em que as minhas ações, sentimentos, Sentimento! pensamentos e palavras estavam em harmonia com Jesus, Está desse tamanhozinho assim Mas, se eu somar as palavras, atitudes, pensamentos e sentimentos que estavam em sintonia com Caim, dominou quase que todo o tempo das últimas três semanas. Então, quem que impera no meu mundo íntimo?
Quem que está dando ordens aqui? Quem que é o presidente do meu coração? Quem que é o presidente do meu país Caim!
Do meu país interior. É ele quem preside, é ele quem manda, é ele quem impera. Não é nem presidente, ele é o imperador.
Imperador. Como ele é o imperador no meu mundo íntimo, a maioria das minhas ações reflete o quê? Uma vontade de eliminar as pessoas.
Mas, eliminar as pessoas Haroldo? Como assim? Eu nem tenho vontade de matar.
é. . .
Acontece que, para Jesus (vamos lá no Sermão do Monte) Pra Jesus você pensar mal de uma pessoa, você já está matando ela, porque você está excluindo ela. Você diminuir uma pessoa, você já está matando. Por que matando?
Você está tirando o papel que ela ocupa no sistema em que você vive Deus a colocou no sistema então, pelo simples fato de eu diminuir a pessoa, eu já estou matando, estou excluindo! estou estou querendo tirá-la. Como disse Jesus, só de eu falar "raca", só de eu falar algo que denigre a imagem de alguém eu já estou agindo sobre inspiração de Caim.
É Caim imperando sobre o meu mundo íntimo. Então, aqui nós vimos o tamanho do problema que nos espera. Agora, fazemos essas reflexões não para desanimar ninguém, não para deixar uma mensagem de desalento, de desesperança.
Não, de jeito nenhum! Por que nós estamos dizendo isto? Para que, seguindo o conselho de Santo Agostinho, A gente adquira o hábito de, toda a noite, pegar o ipad (porque, agora, não é nem cadernetinha mais) Pega o ipad ou o tablet, anota anota o seu dia: na primeira coluna Jesus, na segunda, Caim.
E anota! Acordei de manhã, como foi o café da manhã: Jesus ou Caim? Depois, fui para o trabalho, como é que foi?
E, no trânsito: Jesus ou Caim? Para você, não é para ninguém. Você não tem que mostrar isso para ninguém.
Ninguém vai cobrar isto de você, nem o seu Espírito Protetor vai cobrar isso de você. É sua consciência, é você, é sua meta pessoal! De esforço E aí, nós vamos nos conhecendo.
A gente faz isto, não é para já intervir, para melhorar, não! É para se conhecer! É para eu ter a exata dimensão de quanto Caim manda em mim, porque depois que eu mapear, nossa.
. . aí eu vou montar uma estratégia para, aos pouquinhos, tirar o poder de Caim e conferi-lo ao Cristo Ao Cristo dentro de mim, interior, interno.
Então, esta é a proposta que nós temos. Nós estamos estudando isto aqui para a redenção, para a nossa eliminação e não para a nossa depressão. Não é?
Não é pra isso. Mas, não podemos nos manter na ingenuidade. É preciso identificar o fruto, porque tem muita árvore bonita, com aparência bonita, com folha bonita, com flores exóticas e perfumadas, mas e o fruto?
E o fruto? Qual é o fruto? O fruto é o propósito de toda árvore.
é o propósito de toda árvore. Então fica esta lição aí, com a ajuda do Augusto dos Anjos, que faz esta análise maravilhosa de toda a humanidade, de toda a civilização humana, nos ajudando também a fazer uma análise mais interior do nosso mundo íntimo, dessa imensidade que é o nosso território interior para que a gente faça aquela edificação proposta lá na questão 282 do livro O Consolador: a edificação interior, que é o Evangelho dentro de nós. Até o próximo episódio, onde nós vamos conviver mais com o nosso Caim, estudar mais esta figura e o Abel, que foi assassinado.
Que há lições, aí, valiosas nessa passagem enigmática, simbólica, envolvendo esses grandes personagens desse drama. Até o próximo episódio.